Destaques

terça-feira, novembro 27, 2007

Ufanismo & esculhambação

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Nos anos de chumbo do governo Médici, entre 1969 e 1973, uma das canções que mais enchiam o saco em território nacional era "Eu te amo meu Brasil", da dupla Dom & Ravel (foto), talvez a mais célebre das obras ufanistas produzidas no período. Quem viveu a época ainda se lembra - mesmo que se esforce para esquecer - dos versos cadenciados pelo ritmo de marcha militar: "As praias do Brasil ensolaradas (lá-laiá-la)/ O chão onde o país se elevou (lá-laiá-la)/ A mão de Deus abençoou/ Em terras brasileiras vou plantar amor". Realmente, uma pérola do cancioneiro baba-ovístico brasileiro.

Pois eu estava conversando com dois amigos jornalistas, João Paulo e Roberto, que estavam entrando no ginásio ali naquele início da década de 1970, e eles relembraram uma paródia dessa canção que todo mundo cantava na escola. Pelo caráter subversivo total (ainda mais naquele período específico), a versão da molecada é digna de registro:

Maconha no Brasil foi liberada (lá-laiá-la)
Até o presidente já fumou (lá-laiá-la)
Agora eu vou ficar na minha
Vou tomar bolinha com o governador

Eu te amo meu Brasil, eu te amo
Meu coração é de Jesus
E o meu pulmão, da Souza Cruz

Eu te amo meu Brasil, eu te amo
Ninguém segura os maconheiros do Brasil!

Mais que apito amigo: apito sócio

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Inovação no quesito arbitragem camarada: hoje, a partir de denúncia do presidente do Goiás, Pedro Goulart, a mídia repercute a acusação de que Sérgio da Silva Carvalho, juiz escalado para apitar Corinthians x Vasco nesta quarta-feira, em São Paulo, seria proprietário de uma escolinha de futebol da franquia Chute Inicial, em Brasília. Detalhe: a franquia é do Corinthians.
"A escolinha dele mandou para a Federação (Goiana de Futebol) um fax, que foi repassado para nós, pedindo para as crianças entrarem como mascotes do Corinthians na partida contra o Goiás (no Serra Dourada, em 11 de novembro)", acusou Goulart, em matéria de hoje do Lance!.

O presidente do Goiás disse ainda que, justamente pela ligação com a escolinha, o juiz Sérgio Carvalho pediu para ser excluído do sorteio para a arbitragem do jogo entre goianos e corintianos. Goulart também questionou a antecipação da escolha das arbitragens de amanhã. "Para os jogos de quarta-feira, a escolha sempre é feita na segunda. Desta vez foi antes. É estranho isso".

O juiz, óbvio, nega que seja proprietário da franquia e diz que o dono é um "amigo" (não disse o nome). Porém, o presidente da Federação Goiana de Futebol, André Luiz Pitta, confirmou as acusações de Pedro Goulart. "Ele (o juiz Sérgio Carvalho) me ligou na véspera do jogo (Corinthians x Goiás)", revelou Pitta, ao Lance!. "Solicitei um documento formal. Logo depois, a associação mandou um fax, fiz o ofício e encaminhei ao Goiás. O documento não prova que a escolinha é dele porque veio assinado por um diretor. Mas quando me ligou, disse que era proprietário. Ele mexe com isso", garantiu o presidente da FPG.

O nó da história é que, mesmo considerando que o Goiás esteja querendo pressionar a arbitragem, é realmente estranha a escalação de um juiz tão inexpressivo para a partida que pode, virtualmente, livrar o Corinthians do rebaixamento à série B. No Brasileirão deste ano, o juiz já apitou três partidas do alvinegro de Parque São Jorge: 2 x 2 com o Figueirense (fora), 1 x 1 com o Inter-RS (Pacaembu) e 0 x 2 para o próprio Vasco (fora). Ninguém questionou a arbitragem. Porém, atentem para o fato: a última partida de Sérgio Carvalho foi a sonora goleada de 4 x 0 do Náutico sobre o América-RN em Recife, em 10 de novembro. Na ocasião, o clube pernambucano livrou-se definitivamente do rebaixamento. Ou seja, satisfação garantida ou dinheiro devolvido.

segunda-feira, novembro 26, 2007

Dunga convoca Seleção Olímpica

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Hoje o anão chamou pela primeira vez a Seleção Olímpica do Brasil, que ficará sob seu comando. Quase todos os jogadores atuam no Brasil, com exceção de Pato, que é do Milan mas ainda não joga por lá.

Por mim podia ter chamado o Hernanes, que terá 23 anos em 2008. Mas como ele completa essa idade antes dos Jogos, não sei se poderia ser convocado.

Confira os nomes e diga: faltou alguém?

Goleiros
Felipe (Santos)
Renan (Internacional)

Zagueiros
Breno (São Paulo)
Leonardo (Grêmio)
Leandro Almeida (Atlético-MG)
Rhodolfo (Atlético-PR)

Laterais
Apodi (Vitória)
Nei (Atlético-PR)
Valmir (Palmeiras)
Leonardo (Portuguesa)

Volantes
Charles (Cruzeiro)
Maycon (Internacional)
Ramires (Cruzeiro)

Meias
Diego Souza (Grêmio)
Thiago Neves (Fluminense)
Toró (Flamengo)
Pedro Ken (Coritiba)
Wagner (Cruzeiro)

Atacantes
Pedro Oldoni (Atlético-PR)
Alexandre Pato (Milan-ITA)
Keirrison (Coritiba)
Diogo (Portuguesa)

Glória na Mooca

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O domingo de tantos jogos importantes - e da tragédia baiana - quase deixou passar em branco um feito histórico. O Junventus venceu a Copa Federação Paulista de Futebol, ao perder do Linense por 3 a 2 (tinha vencido o primeiro confronto por 2 a 1 e tinha a vantagem de dois resultados iguais). Com isso, o tradicional time garantiu uma vaga na Copa do Brasil.

Parabéns ao Moleque Travesso! É a Mooca rumo à Libertadores!

Crônica de várias mortes anunciadas OU a insanidade de lotar estádios de futebol

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No final da tarde de domingo, no programa "Bola na Rede", da RedeTV!, o locutor Luiz Alfredo saudava o Bahia pelo retorno à série B e enaltecia o clube por ter a melhor média de público das três divisões do Brasileirão (40,4 mil por jogo). Naquele exato momento, o time baiano empatava com o Vila Nova (GO) por zero a zero, na Fonte Nova, e confirmava o acesso. Mais de 60 mil, o público. Pouco depois, no precário estádio, um pedaço da arquibancada superior cedeu e a cratera no cimento tragou vários torcedores para uma queda de 20 metros (foto acima, de Welton Araújo - Reprodução). Até o momento, sete morreram.

Voltemos a 4 de março de 1971. Texto do jornal A Tarde de hoje: "A Fonte Nova (inaugurada em 28 de janeiro de 1951) seria reinaugurada. Ganhou mais uma rodada de arquibancadas, a parte superior. Ninguém imaginava que tudo acabaria em tragédia. O presidente Emílio Garrastazu Médici estava presente. O Bahia jogaria a primeira partida contra o Flamengo e o Vitória faria a segunda contra o Grêmio de Porto Alegre".

Segundo o jornal, mais de 112 mil pessoas estavam lá. Mas o público pagante divulgado, pra variar, foi menor: 94.972 pessoas (a capacidade oficial era de 96.640). Segue o jornal A Tarde: "O jogo inicial foi tudo bem. O tricolor ganhou por 1 a 0, a torcida se agitou e as arquibancadas balançaram, mas ninguém ligou. Por volta das 19 horas, no meio do segundo tempo, o Vitória empatava com o Grêmio em zero a zero, quando tudo começou. Um boato de que o estádio estava desabando gerou pânico, as pessoas começaram a pular da parte superior para baixo 'como se fosse uma cachoeira humana', conforme registros da imprensa na época". Resultado: dois mortos e 2.086 feridos. Coincidentemente, registra ainda A Tarde, foi do mesmo lado do acidente de ontem.

Ou seja: o mesmo estádio, a mesma arquibancada, o mesmo evento, a mesma lotação insana e, infelizmente, o mesmo resultado. Lembrando do discurso eloqüente e floreado de Luiz Alfredo, de que "quanto mais pessoas num estádio, melhor", fico me perguntando: pra quê? Quando vejo imagens de estádios lotados, não vejo festa nem espetáculo. Vejo perigo, insegurança, desconforto, histeria coletiva, riscos de toda sorte. Tudo bem que a Fonte Nova está um lixo, é um estádio podre. Mas, ao contrário do acidente de ontem, o de 36 anos atrás ocorreu por pisoteamentos, e não desabamento. O que me faz concluir que, juntou muita gente, dá merda (com o perdão da palavra).

Gostaria que a mídia repensasse esse oba-oba de "time que leva mais torcida". Em 2006, achei ridícula a disputa entre São Paulo e Atlético-MG para ver quem lotava mais o Morumbi ou o Mineirão. Este ano foi o Flamengo no Maracanã e o Bahia na Fonte Nova. Uma hora tinha que acontecer uma tragédia. Inevitável. Melhor seria que, nesses grandes estádios, a lotação máxima fosse de 25 ou 30 mil pessoas. Para quê mais? 20 mil pessoas com conforto, segurança, transporte, alimentação e tranqüilidade é muito melhor que 60 mil se espremendo e correndo risco de morte. Lucro ou "espetáculo" de torcidas valem mais que vidas?

Só para completar, reproduzo a lista de acidentes em estádios brasileiros publicada por A Tarde:

MORUMBI – Em 2 de março de 1969, no meio de uma partida em que o Corinthians ganhava do São Paulo por 4 a 2 um raio caiu próximo ao estádio. No meio do empurra-empurra, um muro desabou. Um torcedor morreu e 40 ficaram feridos.

MARACANÃ – Em 19 de julho de 1992, decisão do Campeonato Brasileiro, entre Flamengo e Botafogo, estádio lotado; 20 minutos antes do jogo começar, o alambrado da arquibancada superior cedeu e mais de 40 torcedores do Flamengo caíram em queda livre de mais de quatro metros sobre os que estavam na parte baixa. Três morreram e 90 ficaram feridos.

TAUBATÉ – Em 21 de setembro de 1995, o lateral Vítor, do Corinthians, foi jogar a camisa para a torcida depois de uma partida contra o Vitória, em Tabauté. Cerca de 300 pessoas se aglomeraram no muro da arquibancada. A estrutura desabou e 20 torcedores caíram no fosso. Cinco saíram gravemente feridos.

ALBERTO SILVA - Num jogo entre Tiradentes e Fluminense do Rio, em 1973, em Teresina, capital do Piauí, o alambrado desabou. Quatro torcedores morreram.

SÃO JANUÁRIO – Em 30 de dezembro de 2001, num jogo entre Vasco e São Caetano, o alambrado do estádio (Rio de Janeiro), que pertence ao Vasco, desabou: 140 pessoas ficaram feridas. As investigações da polícia culparam “os torcedores brigões” pelo acidente.

Por que votar no Futepoca

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O leitor do Futepoca já sabe que este humilde coletivo concorre como melhor blogue esportivo no Best Blogs Brazil. O que você pode não saber é que estamos chegando na reta final da escolha.

O último dia para votação é 10 de dezembro, mas a partir do dia 5 já não se divulgam mais as parciais. Por enquanto, estamos em segundo lugar, 11% atrás do blogue do Juca Kfouri. uma diferença boa, mas não intransponível. E já foi maior.

E é justamente nesse esforço de reta final que vamos novamente pedir o voto de quem lê e também dos blogues parceiros do Futepoca. Afinal, disputar com um blogue de jornalista famoso, há décadas na área e que conta com destaque no Uol, portal de maior audiência da rede brasileira, é tarefa árdua. Já conseguimos um feito, que é estar na frente do blog da Soninha Francine, também do Uol, mas achamos que ainda dá pra, pelo menos, nos aproximar do Juca.

Se você ainda não votou na gente, vote aqui. Se já votou, dê um toque pros amigos. Agora, se você não acha que a gente mereça o seu voto, dê uma força pra outros dois concorrentes que, assim como nós, não contam com suporte financeiro e que, certamente, fazem seus blogues com a mesma paixão pelo esporte que move os autores de cá: o Mundo Esportivo e o Velocidade.

É bom lembrar que o prêmio não dá nenhuma compensação monetária, mas só o reconhecimento já nos deixa feliz. Não deixe de votar.

PS: Qualquer dúvida sobre como votar, é só dar um toque pra gente.

Eu e a torcida adversária

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Tania Lima, amiga de Carminha, eminência parda desse blogue, foi pela primeira vez a um estádio de futebol no jogo da seleção contra o Uruguai. Mas ficou na torcida celeste... Abaixo, o texto dela, feito para o Futepoca, que conta como foi.


Ontem foi minha estréia. Passada a injustificada aversão pelo futebol, que gradativamente foi perdendo força no decorrer dos últimos cinco anos, vi-me, de corpo e espírito presentes, no estádio do Morumbi. Em tempo: já via-me, na noite que antecedeu a partida, misturada à turba de torcedores vestidos de verde-amarelo. Mas o ingresso que caiu-me às mãos, físico, palpável, legível e com indicação de setor e assento, no dia da partida, colocava-me junto à torcida adversária! Não é como estar avizinhada, ou ter no entorno etc., é exata e especificamente estar imiscuída!

Pouco dada a eventos que reúnam multidões, e por consequência não familiarizada com o ambiente, embora a partida tivesse seu início marcado para as 21h45, antecipei-me, e às 18h em ponto disse aos colegas de trabalho: me estoy yendo. E fui. Andei errante entre um e outro portão de acesso até ver-me instalada cerquita a los hermanos. Iniciado o espetáculo, os uruguaios, em intervalos, entoavam entusiasmados: “Soy, celeste, soy celeste, soy celeste, celeste, soy, soy !!!” Havia uma lista de alternativas para o “celeste” do refrão, que eu não conseguia decifrar, por mais que disponibilizasse os dois ouvidos, dúvida que após uma consulta, no intervalo, a um uruguaio, muy guapo, ficou esclarecida, deixando claro a relação do celeste do refrão com a cor da camisa da seleção uruguaia. A ignorância decididamente aprisiona, e é lindo o azul do céu que nos cobre a todos.

Não ponho resistência ao que se configura previsível, e como costumeiramente acontece, emocionei-me com o hino nacional brasileiro, e desafinada, inclusive porque no peito dessa desafinada indubitavelmente bate um coração brasileiro, cantei solitária, altiva e orgulhosa de meu hino que é, dentre todas e muitas belezas, uma primazia em música e verso.

Há num estádio de futebol, com algo aproximado a 80 mil pessoas presentes, uma energia reinante, sob o efeito da qual nos sentimos inebriados e, sem qualquer autonomia, somos movidos por sentimentos e sensações que oscilam e se intercalam entre o desalento e a euforia, ao sabor de qualquer passe incerto ou drible magistral. Seguramente a aversão passada se transformou ontem em paixão.



domingo, novembro 25, 2007

Joel faz milagre e Fla quebra tabu

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Aqui em São Paulo ele é estigmatizado - e vai continuar sendo, tenho certeza. Não é somente por "bairrismo". Suas duas passagens em clubes paulistas, no Guarani e no Corinthians, foram caóticas. Assim como foi caótica sua estada no Internacional.

Mas alguma coisa Joel Santana tem com o Rio de Janeiro. Digam o que quiserem: que o estadual de lá não vale nada, que o campeonato é uma porcaria, que só jogam jogadores fracos e etc; mas o fato é que um cara que consegue levantar o título local pelos quatro grandes do Rio merece muitos aplausos.

E merece mais, claro, pelo que concretizou hoje com o Flamengo. O rubro-negro passou a primeira parte do Brasileirão entre os piores do campeonato - havia um déficit de jogos por conta do Pan, mas mesmo assim o aproveitamento do Fla era pífio - e de repente começou a jogar bola. Sob o comando de Joel, após a queda de Ney Franco - que foi condenada por muita gente da imprensa, diga-se - passou a somar pontos e mais pontos e fechou o Brasileirão de maneira assombrosa. E hoje garantiu matematicamente a classificação à Libertadores.

Joel não fez isso sozinho. Dentro de campo, dois nomes foram fundamentais para o sucesso: Fábio Luciano e Ibson. O zagueiro repetiu o bom futebol que os corintianos já conheciam e deu um jeito na zaga do Fla, ao lado de Ronaldo Angelim. Já o meio-campista comeu a bola, como não fez nos tempos de Porto.

De quebra, o Flamengo quebrou um tabu histórico. Sua classificação à Libertadores é a primeira que um time do RJ consegue na era dos pontos corridos - o próprio rubro-negro foi ao torneio continental no ano passado, mas via Copa do Brasil.

Esses números, aliás, impressionam. Em 2007, o Rio completa um jejum de sete anos sem um título do Brasileirão e, como dito, não emplacava um clube do estado entre os quatro primeiros desde 2002 - a honra coube ao Flu, semifinalista do Brasileirão daquele ano.

sábado, novembro 24, 2007

Mensalão tucano-mineiro e o "mais do mesmo"

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Quando o escândalo do mensalão foi detonado em 2005, Lula e os diretores do PT entoavam sempre a mesma frase, em resposta às perguntas acusatórias: "os acusados têm amplo direito de defesa. Vamos investigar as denúncias e punir os culpados".

A sentença é tanto repetititiva quanto corretíssima. O Brasil, sabe-se, é um país dado a punir antecipadamente algumas pessoas. Daí o "amplo direito de defesa" ao qual se referia o presidente e os dirigentes do Partido dos Trabalhadores. O "investigar as denúncias" demanda uma análise mais precisa das acusações - com a premissa elementar que quem deve apresentar provas é o acusador, e não o acusado - e o "punir os culpados" vai no centro da coisa. Se o cidadão realmente fez besteira, que pague por isso, nos termos da lei.

À época, pela repetição exaustiva da frase, Lula e os petistas foram acusados de uma certa inércia. Os opositores atacavam - que adianta repetir o mantra se nada mais efetivo acontece? E com a lentidão característica da justiça nacional, a apuração do caso - o "investigar as denúncias" - ainda está em tramitação, e não sabemos onde realmente isso vai parar.

Agora, o procurador Antonio Fernando de Souza apresentou denúncia formal contra o tal do "mensalão mineiro" - que a mídia, cada vez mais, tem se disposto a chamar pelo nome correto, "mensalão mineiro-tucano". O caso tem como protagonista Eduardo Azeredo, senador por Minas Gerais, e derrubou o ministro Walfrido dos Mares Guia, que à época era aliado do tucano na corrida pelo governo de seu estado.

Coincidentemente, a bomba detonou às vésperas do Congresso do PSDB, onde os bicudos se reuniram para tomar chá e, nas suas palavras, "discutir o futuro do Brasil".

Fernando Henrique, Aécio Neves, José Serra, Sérgio Guerra e tantos outros foram questionados sobre o caso. A resposta deles? "Azeredo tem amplo direito de defesa. Vamos investigar as denúncias e, se for o caso, puinir os culpados".

É...

P.S.: Alguém viu o Alckmin nesse congresso do PSDB? Rapaz, de presidenciável o cara passou a figurante.

sexta-feira, novembro 23, 2007

Cuidado com o bar que você freqüenta

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Depois do prefeito abduzido pelo diabo, mais uma pra seção bizarrice: Vlamir Aparecido Ferreira, 48 anos, mais conhecido como Cavalo, morreu na quinta-feira (22/11) à tarde, em Santo André (SP), depois de ter levado 513 picadas de abelhas. No domingo (18/11), ele estava em um bar na avenida Sargento Silvio Rollemback, bairro Centreville, no citado município, quando um enxame de aproximadamente 70 mil abelhas partiu de um salão de cabeleireiro do outro lado da rua – onde os insetos haviam feito uma colônia dentro de uma luminária – e o atingiu. Eram abelhas africanas (e, portanto, o enxame não veio da China). O manguaça sofreu duas paradas cardíacas no local e outras quatro no hospital. Sobreviveu por cinco dias e expirou. Detalhe: os rins e o fígado (atentem para isso) de Cavalo já estavam "comprometidos". Mas os médicos não se arriscaram a afirmar que isso teria sido seqüela das picadas.

Prefeito abduzido pelo diabo renuncia

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Quando Jânio Quadros renunciou à presidência da República, atribuiu sua atitude a "forças ocultas". Mas um prefeito de uma cidadezinha norte-americana conseguiu identificar as tais forças que o obrigaram a abrir mão do cargo. À frente de Certenton, um município de Arkansas (terra de Bill Clinton), Ken Willians deixou a prefeitura alegando que o diabo o havia abduzido há aproximadamente 30 anos.

Ele era o alcaide local desde 2001 e, segundo seu depoimento, passou a usar o atual nome a partir de 1980.Antes, era um pregador da Igreja Batista chamado Don LaRose, e morava em Indiana em meados dos anos 1970. Foi ali que aconteceu o fato que iria mudar a sua vida: foi abduzido pelo diabo e esqueceu de toda a sua vida até então.

A verdade só lhe foi revelada após resgatar sua memória com uma "injeção da verdade" que o fez lembrar de tudo. De acordo com o prefeito, o nome Ken Willians foi "emprestado" de uma pessoa que morreu em um acidente de carro em 1958.

A mudança teria acontecido para proteger sua esposa e os dois filhos que tinha como Don LaRose. Ele afirma que, depois de deixar o cargo, vai continuar a viver sua vida "normal" (sic) com sua atual família. A polícia local diz estar investigando o caso.

Haja acompanhamento psiquiátrico...

Mais informações no http://www.4029tv.com/news/14664847/detail.html (em inglês).

Para onde vai Vanderlei Luxemburgo? Ou fica?

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Gerardo Lazzari
Anteontem, o maranhense Raimundo, um dos quatro gentis porteiros do prédio onde moro, na zona Oeste de São Paulo, me disse quando eu chegava pela portaria: “É, seu Eduardo, parece que o Vanderlei vai sair”. Raimundo, além de nascido no Maranhão, é santista. Está preocupado.

Nas últimas semanas, especulações não faltaram sobre o destino do técnico mais cobiçado do Brasil. O presidente do Flamengo, Márcio Braga, chegou a emitir nota oficial garantindo a permanência do Joel Santana no comando técnico do time da Gávea em 2008, para rejeitar as especulações de que Luxa voltaria a treinar o clube para o qual confessa torcer.

O máximo mandatário do Atlético/MG, Ziza Valadares, admitiu que até mesmo uma vaquinha entre torcedores abastados do Galo estava sendo organizada para levar Luxemburgo.

O staff do técnico, por sua vez, espalha que ele negou convite para treinar a seleção do Irã, e Luxemburgo aproveitou para dizer que a prioridade é o Santos, e que só negocia com outros depois de ser rejeitado pelo Alvinegro praiano.

Por outro lado, há quem ache que Dunga não dura muito, e portanto Vanderlei seria a bola da vez para a seleção.

Quem aposta em quê? Eu apostaria hoje no seguinte: ou ele fica no Santos, ou vai pro Flamengo ou será a bola da vez da seleção. É uma aposta tripla. No jogo do bicho, se acertasse, eu ganharia pouco. Mas talvez acerte. Ou não?

quinta-feira, novembro 22, 2007

Os melhores do brasileirão, segundo a CBF

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A CBF divulgou, nesta quinta-feira, a lista dos concorrentes a melhores do brasileirão. É a hora das injustiças e das queixas. O prêmio será entregue no dia 3 de dezembro, no Rio de Janeiro. O colégio eleitoral foi formado por jogadores, ex-jogadores, técnicos e jornalistas.

Como foi o treinador da seleção brasileira Dunga quem anunciou os concorrentes, ao lado de Jorginho (foto), cabe um apontamento. Apenas o lateral-esquerdo santista Kléber foi relacionado pelo xará de anão de conto de fadas para as Eliminatórias da Copa do Mundo.

CBFNews


Além da surpreendente categoria de melhor árbitro, há outras curiosidades. Acosta, atacante uruguaio do Náutico, o único do time pernambucano, está entre os craques do Brasileiro, ao lado do campeão Rogério Ceni e do chileno Valdívia. Dois estrangeiros e um goleiro. Outro detalhe é a categoria Craque da Torcida, que tem dois goleiros entre dos três concorrentes : Felipe, o único que se salva no (e salva o) Corinthians e Rogério Ceni de novo.

O São Paulo é o que mais tem nomes na lista, 13, incluindo duas das três revelações. A liderança nas indicações do campeão poderia até ser esperada, mas é bastante para um time cuja principal qualidade é o caráter coletivo. O Santos, segundo colocado, tem três, mesmo número do Corinthians (todas do goleiro Felipe) e menos da metade das indicações do Palmeiras, que briga para se manter em quarto.

O Verdão chega a 7 indicados, sendo que Valdívia está em três categorias. Caio Jr. disputa, surpreendentemente, como melhor técnico, ao lado do campeão Muricy Ramalho e de Joel Santana, responsável pela virada flamenguista. Vanderlei Luxemburgo ficou de fora. O Flamengo tem cinco, e o restante vai nas exceções.

À lista.

Goleiro
Diego ( Palmeiras)
Felipe (Corinthians)
Rogério Ceni (São Paulo)

Lateral-direito
Coelho (Atlético-MG)
Léo Moura (Flamengo)
Joílson (Botafogo)

Zagueiros
Breno (São Paulo)
Thiago Silva (Fluminense)
Fábio Luciano (Flamengo)

Zagueiros
Juninho (Botafogo)
Alex Silva (São Paulo)
Miranda (São Paulo)

Lateral-esquerdo
André Santos (Figueirense)
Juan (Flamengo)
Kléber (Santos)

Volantes
Maldonado (Santos)
Pierre ( Palmeiras)
Hernanes (São Paulo)

Volantes
Martinez (Palmeiras)
Rodrigo Souto (Santos)
Richarlyson (São Paulo)

Meia-direita
Ibson (Flamengo)
Diego Souza (Grêmio)
Paulo Baier (Goiás)

Meia-esquerda
Valdívia (Palmeiras)
Thiago Neves (Fluminense)
Jorge Wagner (São Paulo)

Atacante
Acosta (Náutico)
Dagoberto (São Paulo)
Leandro Amaral (Vasco da Gama)

Atacante
Aloísio (Sâo Paulo)
Josiel (Paraná)
Dodô (Botafogo)

Treinador
Caio Júnior (Palmeiras)
Muricy Ramalho (São Paulo)
Joel Santana (Flamengo)

Árbitro
Leonardo Gaciba (RS)
Paulo César Oliveira (SP)
Heber Roberto Lopes (PR)

Revelação
Breno (São Paulo)
Felipe (Corinthians)
Hernanes (São Paulo)

Craque da torcida
Rogério Ceni (São Paulo)
Felipe (Corinthians)
Valdívia (Palmeiras)

Craque do brasileiro
Acosta (Náutico)
Rogério Ceni (São Paulo)
Valdívia (Palmeiras)

quarta-feira, novembro 21, 2007

Vitória que envergonha

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Duvido que alguém consiga negar que o Uruguai jogou melhor pelo menos 80 minutos da partida. Duvido que alguém ache que sem as defesas do Julio César a gente não teria levado uma goleada. Duvido que haja algum maluco que não veja que sem os milagres do Luiz Fabiano a gente teria perdido. Alguém achou essa vitória justa?

O.k. goleiro está lá para defender, atacante para fazer gols. Mas dá vergonha quando uma seleção brasileira joga encolhida como time pequeno e não acerta nenhum passe dentro de casa e com os ditos melhores jogadores do mundo.

Pois desafio qualquer São Paulino a achar uma jogada certa do Kaká durante toda a partida. Desafio qualquer admirador do Gilberto e do Mineiro (se os há) a achar um passe que eles tenham acertado. Desafio até mesmo a maioria santista deste blog a achar alguma jogada digna do talento do Robinho nesta noite. Ronaldinho também foi mal, mas era o único que ainda tentava correr e foi substituído quando o Brasil empatava dentro de casa com o Uruguai por um volante. Medo do Dunga de perder?

Pode ter até algum maluco ache que ele acertou a marcação com a entrada do Josué. O ex-volante São Paulino até entrou bem, mas pela comparação com Gilberto Silva e Mineiro, que nada fizeram de útil.

Dunga hoje para mim mostrou um lado que não conhecia. Acho que não entende de tática, não sabe arrumar o time etc. Mas a surpresa foi descobrir que ele é medroso. Não tirou o Kaká provavelmente porque estava em São Paulo. Pôs um volante para segurar o empate.

O.k. ganhou o jogo. Mas pelo menos eu não tenho nada a comemorar.

Homenagem só para Júlio César e Luiz Fabiano. Vocês mereceram. Os outros deviam ter vergonha do que fizeram em campo. Sorte que não consegui ingresso para ver essa partidinha. Já pensou gastar R$ 100 (podia ser R$ 300, dependendo do cambista) e ainda ter de aturar os Vips globais e orquestra tocando hino no início da partida só para a Globo se promover com essa seleçãozinha.

Afe, pelo menos vou dormir feliz, não gastei meu dinheiro.

Dor de cotovelo

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Incomodado com os holofotes sobre o atacante Adriano, da Inter de Milão, que passa por tratamento no Reffis do São Paulo, o ex-vice de futebol do Corinthians, Roque Citadini (foto), soltou a seguinte pérola em seu blog: "Só o oportunismo sem freios do SPFC é que explica a luta por trazer um atleta nestas condições. Ou aquilo ali não é mais Refis (sic), mas um departamento do AAA, um tal AAF (Associação de Alcoólicos Famosos)".

Credo!

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Terça-feira, feriado na capital paulista (Dia da Consciência Negra), e o São Paulo FC promove outra "festa do penta" numa casa de espetáculos da Zona Sul. As atrações "musicais": Nando Reis, Jairzinho, Kiko do KLB e os jogadores Dagoberto e Souza "tocando" pandeiro e cavaquinho. Presenças políticas: José Serra, Gilberto Kassab e ministro Orlando Silva. Piadinhas sem graça: Marco Aurélio Cunha. Desfile de "moda": Leandro com aplique de cabelo comprido e Richarlyson de óculos ray ban lilás. Ou seja, tirando o motivo da festa (o título são-paulino) e a Solange Frazão, foi mesmo uma verdadeira noite dos horrores...

terça-feira, novembro 20, 2007

Qual o melhor campeão brasileiro da História?

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Depois de promover a escolha do pior campeão brasileiro da História, com vitória do Corinthians de 2005 (48% dos votos dos mais de 8.500 participantes), agora o Futepoca, com sua nova "agenda positiva", quer saber: qual o melhor campeão brasileiro já visto em terrras nacionais?

A escolha não é fácil, como já previa o Conselheiro Acácio. Os critérios adotados para indicar os times são variados: pode ser aquele que deu espetáculo, quem impressionou pela regularidade e teve pinta de campeão desde as primeiras rodadas ou o clube que foi tão superior aos demais na fase final ou no decorrer do campeonato que virou barbada em qualquer aposta de esquina ou boteco do país. No geral, as equipes aqui listadas combinam um pouco ou muito de cada um desses requisitos.

Confira abaixo os indicados, xingue porque seu time não está entre eles, mas não deixe de escolher o melhor:

Palmeiras de 1973

O primeiro bicampeão do torneio que teve início em 1971 era um esquadrão. A chamada "segunda Academia" havia sido campeã dos cinco campeonatos que disputou em 1972, e tinha o divino Ademir da Guia, Leão, Luis Pereira, Dudu, Leivinha e César Maluco. No quadrangular final, foram duas vitórias sobre o Cruzeiro (fora de casa) e Inter. Na última rodada, bastou o empate com o São Paulo para garantir o título. No total de 40 partidas disputadas, o Verdão ficou dez pontos à frente dos dois segundos colocados (na época, vitória valia dois pontos) e sofreu apenas três derrotas, com um incrível saldo de 39 gols. Não é à toa que, dos atletas vencedores daquele ano, cinco estavam na seleção que disputou a Copa de 1974

Internacional de 1979

O que falar de uma equipe campeão invicta? Esse foi um caso único na história do campeonato, 23 jogos, 16 vitórias e 7 empates. O clube de Ênio Andrade era o primeiro a conquistar três títulos brasileiros e contava com Mauro Galvão, Batista, Falcão, Jair e Mário Sérgio. Venceu o Vasco nas duas partidas finais, tanto no Beira-Rio como no Maracanã. No ano seguinte, chegaria à final da Libertadores, mas perderia o título para o Nacional de Montevidéu. Talvez a conquista de 2006 tenha vindo com 16 anos de atraso...

Flamengo de 1983

Poderia estar aqui o Mengão de 1980 ou de 1982, mas os erros - e supostos erros - de arbitragem que influenciaram essas duas edições faz com que o time de 1983 represente a maior torcida do Brasil nessa escolha. Não que nessa final também não haja reclamação por parte dos santistas, mas o Flamengo tinha um timaço. Raul no gol, Leandro e Júnior nas laterais, Adílio e Zico no meio fizeram parte de um escrete que encantou o Brasil e o mundo no início dos anos 80, tendo sido, em um curto período, campeão estadual, nacional, da Libertadores e do Mundial Interclubes. Nas duas partidas finais, perdeu do forte Santos de Pita e Serginho Chulapa em São Paulo por 2 a 1, mas superou os paulistas no Maracanã por 3 a 0.

Palmeiras de 1994

O time havia saído da fila de 17 anos sem títulos no ano anterior, com um Paulista e um Brasileiro. Agora, era novamente campeão atropelando seus rivais na reta final. O time de Vanderlei Luxemburgo tinha Velloso, Roberto Carlos, César Sampaio, Mazinho, Edmundo, Evair e Rivaldo e terminou a primeira fase em quarto lugar. Mas, na hora da decisão, foi inconteste. Venceu duas vezes o Bahia nas quartas-de-final, fez o mesmo com o forte Guarani de Edu Lima e Luisão e, na finalíssima, bastou uma vitória e um empate contra seu maior rival, o Corinthians de Viola e Marcelinho Carioca, para ficar com o título. Teve ainda o melhor ataque com 58 gols em 30 partidas.

Corinthians de 1998

Mais uma vez à frente de um grande time, Vanderlei Luxemburgo podia contar no meio de campo com atletas do nível de Vampeta, Rincón, Marcelinho e Ricardinho. Meias que sabiam tocar a bola e eram incisivos quando chegava a hora de atacar. E eram eles que davam o tom da equipe que terminou em primeiro lugar a fase de classificação. Em seguida, o Timão fez valer o regulamento e, nos play-offs, desclassificou o Grêmio com duas vitórias, bateu o Santos nas semifinais e superou o Cruzeiro do goleiro Dida, Müller e Fábio Junior. Contando o geral de partidas disputadas, ficou a dez pontos do vice, uma bela vantagem.


Santos de 2002

Um time em formação do qual não esperava muita coisa. Essa era a equipe do Santos daquele ano que, embora tenha tido lampejos de grande futebol no decorrer da competição, não passava a segurança necessária para o torcedor, tanto que se classificou em oitavo na primeira fase. No entanto, na fase final se agigantou e fez os fãs de futebol delirarem. Venceu duas vezes o São Paulo, chamado à época de "Real Madri brasileiro" e que tinha Ricardinho, Kaká e Luis Fabiano. Nas semis, a vítima foi o Grêmio do artilheiro da competição Rodrigo Fabri e de Danrlei, que ameaçou "dar porrada" em Robinho. Na finalíssima, duas vitória contra o Corinthians sagraram o título e o fim da fila santista de 18 anos. A equipe de Leão contava com Fábio Costa, Léo, Renato e os hoje selecionáveis Alex, Elano, Diego e Robinho.

Cruzeiro de 2003

Na primeira edição da competição disputada por pontos corridos, o Cruzeiro não só fez cem pontos em 46 jogos como também chegou a 102 gols. O time terminou 13 pontos à frente do Santos, segundo colocado, e teve o fantástico aproveitamento de 72,5% (o melhor da era dos pontos corridos e que não pode ser superado pelo São Paulo de 2007) no ano em que obteve a chamada "Tríplice Coroa", sendo campeão estadual, da Copa do Brasil e do Brasileiro. Novamente um campeão nacional tinha Luxemburgo como treinador e, desta vez, a estrela da companhia atendia pelo nome de Alex, o meia canhoto que só não fez chover naquele 2003.

São Paulo de 2007

Pode não ter dado espetáculo, mas na era dos pontos corridos ninguém se mostrou tão à frente dos rivais como o São Paulo de 2007. Superioridade em pontos, em jogos decisivos e com uma incrível marca de 15 gols sofridos em 36 partidas. Mesmo sem um craque daqueles de encher os olhos - exceção feita a Rogério Ceni -, o Tricolor contou com uma defesa firme e um meio de campo que sabe tanto marcar como atacar, com todos desenvolvendo essa dupla função. Foi tão fácil para o São Paulo que os adversários acharam sem graça o título. Mas existe mais graça para o torcedor de um time que ser campeão de forma tão superior aos demais?

Atualização 21/03/2012 - O leitor Marcelo Colorado sugeriu também a inclusão do Internacional de 1975/1976. Vai aqui o link sobre o bicampeão.

Qual o melhor campeão brasileiro da História?


segunda-feira, novembro 19, 2007

Três rebaixados definidos na série B

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Faltando apenas uma rodada, a série B já tem três rebaixados definidos. Ituano-SP, com 33 pontos. Remo-PA, com 36. E Santa Cruz-PE, com 42, que não terão a chance de enfrentar o Corinthians na disputa do título da segundona em 2008.

Falta o último degolado, que ficará entre Paulista-SP, com 45 pontos e 12 vitórias. Avaí-SC, com 48 pontos e 12 vitórias. Santo André, com mesmo número de pontos e vitórias, mas com saldo de gols melhor (0) contra (-7) do Avaí. A chance do Paulista é vencer o Ipatinga em Jundiaí e torcer para que os concorrentes diretos percam. É difícil... O Gama, (48 pontos e 13 vitórias ainda corre poucos riscos) .

De destaque, a queda do Santa da primeira para a terceira em dois anos (se cuida, Parque São Jorge) e o Paulista, que já chegou à Libertadores e agora pode ir para a terceirona.

Sobre os que subiram, pouco a destacar, apenas a volta do Coxa provavelmente no lugar do Paraná, do Ipatinga no lugar do Juventude, da Portuguesa (no lugar do Corinthians?, mais provável no do Goiás), e do Vitória no lugar do América (RN).

A não ser que o STJD resolva aprontar, mas isso fica para outro post.

Palhaçada

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Sport campeão brasileiro de 1987 (CBF) - Em pé: Betão, Estevam Soares, Flávio, Rogério, Marco Antonio e Zé Carlos Macaé; Agachados: Robertinho, Ribamar, Nando, Zico e Neco (Técnico: Jair Picerni)

Essa história de troféu "das bolinhas" (foto ao lado) para o São Paulo, de Flamengo pentacampeão brasileiro ou Sport campeão de 1987 já está beirando as raias do absurdo. Leio agora, nos jornais, que o Sport está preparando uma grande festa para seu último jogo na Ilha do Retiro este ano, contra o Cruzeiro, no sábado (24/11) - com direito a exibição do troféu de campeão brasileiro de 1987. Não sei não, mas acho que vai ter até volta olímpica (!). Para mim, o Flamengo é penta. Mas, por considerar o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, disputado entre 1967 e 1970, como um legítimo Campeonato Brasileiro, o primeiro penta foi o Palmeiras, que depois tornou-se hexacampeão (1967/ 1969/ 1972/ 1973/ 1993/ 1994). Portanto, por culpa única e exclusiva da CBF, que não reconhece o Robertão e que promoveu as confusões em 1987 e 2000 (a estapafúrdia Copa João Havelange), temos de agüentar agora essa palhaçada do Sport, do Flamengo e do São Paulo. Quer saber? Desmontem o troféu e entreguem meia dúzia de bolinhas para cada time! E chega de conversa mole!

Flamengo campeão da Copa União de 1987 - Em pé: Leandro, Zé Carlos, Andrade, Edinho, Leonardo e Jorginho; Agachados: Bebeto, Aílton, Renato Gaúcho, Zico e Zinho. (Técnico: Carlinhos)

domingo, novembro 18, 2007

Mal acostumados

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Já estamos ficando mal acostumados. Porém, no sentido inverso do que a expressão costuma ser usada. Já vemos a seleção brasileira jogando fora contra times de qualidade técnica inferior - caso do Peru hoje - e escutamos dos atletas canarinhos:"tínhamos o objetivo de vencer, mas não podemos desprezar um empate fora de casa". Não???

Pois eu desprezo totalmente. O Brasil jogou, o tempo todo, para empatar com o Peru. Quando à frente no marcador, não se preocupou em atuar aproveitando os contra-ataques que a seleção peruana o presenteava. Os laterais de Dunga são laterais mesmo, não alas, e avançam pouco. Quando defendem, ainda conseguem comprometer, como é o caso do canhoto Gilberto. Seu lado foi a avenida peruana, e suas falhas defensivas só não causaram uma tragédia porque Juan estava inspirado demais. Maicon pouco desceu. Se isso não era orientação técnica, que ambos fossem substituídos.

Os volantes não atacam. Se Mineiro, quando no São Paulo, aparecia próximo à área adversária em momentos cruciais para o Tricolor, na seleção ele não avança. Quanto a Gilberto Silva, melhor que não vá para frente mesmo. Como seu xará de equipe, sua permanência como titular é um enigma.

Quando está zero a zero, Dunga tem um esquema. Quando está um a zero, o esquema é o mesmo. Quando o Peru empata, Dunga substitui. Coloca Elano para jogar no lugar de Robinho, mas na função de Ronaldinho Gaúcho, que ocupa a esquerda que era do atleta madrilenho. Pouco antes, troca Vágner Love por Luis Fabiano. O esquema? Rigorosamente o mesmo. Não consegue fazer uma alteração que seja de fato tática. Por que? O empate fora de casa é bom.

PS: Revi "Pelé Eterno" ontem. O Rei recebe passes de Pepe, Coutinho, Pagão, Dorval... Vendo ontem os passes dados por Vagner Love a Robinho, Kaká e Gaúcho, fico pensando se Pelé seria o Rei caso tivesse que fazer tabelas com o atleta do CSKA.