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quinta-feira, setembro 30, 2010

Marcos Assunção salva e Palmeiras bate o Inter

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Jogando ao mesmo tempo em casa e fora de casa, o Palmeiras venceu o Internacional de Porto Alegre na quarta-feira, 29, por 2 a 0. Ambos os tentos verdes foram assinalados por Marcos Assunção, de falta no lado esquerdo da intermediária. Na Arena Barueri como mandante da partida, o Verdão alcançou a terceira vitória seguida, feito inédito no campeonato.

Antes, venceu o Flamengo no sábado, por 2 a 1, e o Grêmio Prudente, por 1 a 0.

Mais surpreendente, Valdívia criou duas boas chances de gol para Kléber, que perdeu três oportunidades. Um feito interessante para a equipe comandada por Luiz Felipe Scolari, ainda sem meias e com poucas opções de escalação.

O time do Inter jogou menos do que em partidas anteriores. Tudo seria diferente se Deola não tivesse feito uma defesa à lá Marcos, o Goleiro, em cabeçada de Edu. Ou se Leandro Damião tivesse acertado o chute na primeira etapa.

Quando os visitantes mostravam porque não arredariam da quarta posição no campeonato, Marcos Assunção começou a cobrar faltas. Errou a primeira, mas acertou a segunda. E também a terceira – com ajuda do morrinho artilheiro, que tirou definitivamente Renan da bola.

A próxima partida do time é contra o Santos. Se, no Paulista, o alviverde venceu e forjou a zebra em uma época em que passava por crises, resta saber se vai ter futebol para manter a boa e inédita fase no campeonato.




Que coisa

Foi só eu não conseguir tempo para assistir três jogos seguidos do Palmeiras que, não deu outra, três resultados positivos. Pé frio? Em minha defesa posso alegar que o palmeirense e candidato a segundo colocado na eleição presidencial, José Serra (PSDB) não menciona as partidas do time no Twitter. Coincidência? Medo.

Foi só o Luiz Gonzaga Belluzzo assinar sua licença da presidência para ser submetido a uma cirurgia cardíaca que o mantém internado há uma semana, que seu vice, Salvador Hugo Palaia, fez um auê no clube. Ele fica apenas 45 dias no cargo – até que o economista melhore – mas mandou Gilberto Cipullo, vice-presidente de futebol, embora, além de outros dois diretores. Tudo isso perto da eleição (do clube, em janeiro, quando o atual presidente já falou que não concorre e Palaia é candidatíssimo). Coincidência? Sabotagem?

segunda-feira, setembro 27, 2010

Meninos, infelizmente, eu vi

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Dessa vez não teve pressentimento, eu tava mesmo era cansado de ficar em casa no sábado e, depois de três longos anos, resolvi voltar ao Morumbi, para assistir São Paulo e Goiás (sim, podem rir à vontade). E foi no 11º jogo do meu time que vi em um estádio - ou 12º, se contar o da Copinha - que presenciei a segunda derrota in loco. E que derrota! Não fosse o zagueiro Alex Silva, o único do time que sabia o quê, quando, onde, como e por quê, o São Paulo teria levado 6 ou 7 gols, fácil, fácil. (Fotos: Rubens Chiri/SPFC)

Para completar o vexame, eu fui ao estádio acompanhado das duas filhas, Letícia (17 anos) e Liz (8). Caía uma garoinha chata, mas não fazia muito frio e o público era surpreendente, cerca de 18,5 mil pagantes. Logo nos 10 primeiros minutos, Letícia observou: "Por que não tem ninguém do São Paulo aqui no lado direito? É estratégia? Eles treinaram isso?". Claro que não - e não demorou muito para que o (morto) Rodrigo Souto perdesse um lance bobo por ali, a bola fosse alçada na área, a defesa (defesa?) batesse cabeça e o Goiás fizesse 1 a 0.

Na saída de bola, Letícia repetiu: "Mas não tem ninguém, de novo, aqui do lado direito! Por que?". Não soube responder. E, pra não variar, os goianos pegaram outra bola por ali, em cima do zagueiro (zagueiro?) Samuel e, sem perdão, fizeram 2 a 0. Rogério Ceni já tinha desistido de gritar com a zaga (zaga?) e Alex Silva tinha ido por conta própria para a lateral direita, expulsando Rodrigo Souto para o meio. Mas a impressão era de que os dois tentavam evitar o naufrágio tirando água com xícaras.

Correndo de calça jeans - O São Paulo não tinha lado esquerdo (Carleto jogou?) e Casemiro e Jean não deviam ter entrado em campo. "Esse Casemiro parece que corre de calça jeans", comentou, com toda razão, um torcerdor à minha frente. E foi Jean quem fez uma bobagem na lateral direita (de novo!) que originou o terceiro gol, ainda no primeiro tempo. Nossa torcida estava atônita. O Goiás, que está na zona de rebaixamento e que havia perdido 13 de 24 jogos, estava colocando o São Paulo na roda e goleando com uma facilidade espantosa.

Perdeu outros dois ou três gols feitos e a cada minuto os atacantes saíam livres na cara de Rogério Ceni. Lá na frente, Lucas e Ricardo Oliveira haviam dado dois ou três toques na bola, não mais. Do meio pra trás, o São Paulo parecia um catado de moleques disputando pelada na rua, todo mundo trombando, errando passes de 1 metro e batendo cabeça geral. Coisa inacreditável. Bom, pra resumir, o São Paulo voltou para o segundo tempo tentando partir para o "abafa", com Cléber Santana no lugar do (infeliz e grosso pacas) Samuel e Dagoberto substituindo (o inexistente) Jorge Wagner.

'Vai, quero-quero!' - Melhorou alguma coisa. Dagoberto acertou um chute de fora da área, para defesaça de Harlei e, numa sequência de quatro escanteios seguidos, Alex Silva e Cleber Santana cabecearam para mais dois milagres absurdos do arqueiro alviverde. "Hoje, para o São Paulo fazer gol, só se for do quero-quero. Vai, quero-quero!", gritou um outro torcedor, incentivando as aves que passeavam pelo gramado. E foi só. O Goiás ainda perdeu umas duas chances de aumentar o placar, no contra-ataque, e, assim como o Inter-RS na semana retrasada, terminou tocando a bola de pé em pé e dando olé, em pleno Morumbi.

"Ah, eu fico muito nervosa vendo o São Paulo no estádio", comentou Letícia. "Com esse time aí, quem não fica?", concluí, amargamente. Liz, por sua vez, nem se manifestou, passou o tempo todo entretida com um joguinho no celular. Podem anotar: para mim, não vai ter próxima vez. E, para o São Paulo, não vai ter alívio por escapar do rebaixamento até a última rodada.

sábado, setembro 25, 2010

Santos 4 X 1 Cruzeiro - goleada de gente grande

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Para o santista, a expectativa em relação à partida contra o forte Cruzeiro, há nove partidas sem derrota, era muito grande. Era a hora de mostrar se a equipe ia desperdiçar o resto do ano e entrar em uma crise ou se daria sinais de que todo o clima ruim que imperou na Vila Belmiro nas últimas duas semanas ia acabar.

O Santos veio para a partida modificado em relação ao esquema tático que vinha sendo utilizado e também aos titulares da primeira partida do interino Marcelo Martelotte no comando do time. O Peixe voltou a utilizar três atacantes, com Zé Eduardo pela esquerda, Marcel centralizado e Neymar atuando mais pela direita. Danilo passou a jogar na sua função original, lateral direito, enquanto Roberto Brum voltou à cabeça de área, revezando com Arouca na função.

Tomando mais a iniciativa, como era de se esperar, o Alvinegro pressionou o Cruzeiro até metade do primeiro tempo, quando o clube mineiro equilibrou as ações e passou a levar perigo para o gol de Rafael. Com Marquinhos apagado na armação e Neymar bem marcado ora por Caçapa, ora por Fabinho, o destaque peixeiro foi Roberto Brum. O volante, que chegava bem ao ataque e quase sempre sem marcação, deu três assistências na primeira etapa: uma desperdiçada por Marcel, que bateu em cima de Fábio; outra por Neymar e uma que Zé Eduardo finalizou sem força. O volante também conseguiu, na maior parte do tempo, anular o ótimo meia argentino Montillo, destaque azul no Brasileirão.

O mais efetivo cruzeirense era o inteligente Thiago Ribeiro. Jogando nas costas de Léo, ele quase repetiu o gol feito contra o Avaí, quando chutou uma bola na trave, que depois bateu nas costas do goleiro Renan e foi para o gol. Mas desta vez Rafael conseguiu tirar com o cotovelo e evitou o tento. O atacante Farias ainda mandou a bola para as redes depois de um lance que já estava paralisado por conta de um impedimento. Erroneamente marcado, diga-se, mas mais difícil de marcar do que, por exemplo, o gol corintiano contra o Santos no meio de semana.

Na segunda etapa, tudo indicava que o zero a zero não iria continuar. Com mais volume de jogo, aos 9 o Peixe abriu o placar. A jogada novamente se iniciou com Roberto Brum, Neymar acionou Zé Eduardo que finalizou para a defesa de Fábio. No rebote, Marcel marcou e fez seu sétimo gol na competição.
Aos 14, o Santos chegou com muito perigo de novo. Zé Eduardo fez bom lance na direita do ataque e Danilo chutou para nova defesa de Fábio. Cuca mudou o Cruzeiro, colocando o meia Roger e tirando Fabrício. Minutos depois, sacou Fabinho para colocar Elicarlos.

O Santos encaixava o jogo e ia bem, até Zé Eduardo, que vinha melhor no segundo tempo do que no primeiro, deu um tapa em seu marcador e tomou o segundo amarelo. Com um a menos, Martelotti colocou Alex Sandro no lugar de Marcel, reforçando a marcação no meio. Já o Cuca promoveu a entrada do atacante Robert no lugar do lateral esquerdo Diego Renan.

O que se configurava a partir dali era um Cruzeiro em cima do Santos, que iria se proteger como pudesse. Mas não foi o que aconteceu. Aos 24, Marquinhos cobrou muito bem uma falta do lado esquerdo, sofrida por Neymar, na cabeça de Edu Dracena. Saía ali o segundo do Peixe.

Mesmo pouco fazendo para evidenciar sua superioridade numérica e sem conseguir acuar o Alvinegro, o Cruzeiro diminuiu. Aos 35, Thiago Ribeiro aproveitou o rebote de uma excepcional defesa de Rafael e marcou o gol mineiro. Aos 40, o volante Adriano entrou no lugar de Marquinhos e o Peixe, que havia iniciado o jogo com três atacantes, por força das circunstâncias terminava com três volantes e Neymar solitário à frente.

E foi o polêmico menino que deu um passe de letra para Alex Sandro na intermediária. O outro jovem avançou, deu um drible da vaca em Elicarlos, e marcou por cobertura seu primeiro gol no Brasileirão. Um gol de placa, daqueles que valem o ingresso.

Mas faltava o de Neymar. O prodígio pegou a bola na direita, passou por dois e finalizou por baixo das pernas de Caçapa. Outro belo tento que consagrou a vitória peixeira e a bela atuação do garoto nos 45 minutos finais.



*****
No geral, a equipe mostrou a mesma vontade que vinha apresentando nas últimas pelejas. Falta de garra nunca foi o problema da equipe, aliás. Mas a entrada de Roberto Brum deu mais consistência e criatividade ao meio de campo, carente desde a saída de Wesley. Além disso, ter um especialista na lateral direita, Danilo, também reforçou a marcação no setor. E vencer, jogando quase 30 minutos com um a menos, uma equipe como o Cruzeiro, dá moral pra qualquer time.

Contudo, o mais importante foi ver que os jogadores deixaram de ter o semblante sombrio depois de fazer gols, como foi no clássico do meio da semana. Os atletas se abraçaram após cada tento e teve até coreografia no quarto gol de Neymar. O beijo de Dracena em Marquinhos e Neymar depois do segundo gol deixam para o torcedor a impressão de que não existe racha no elenco e que, passada a tempestade, a bonança pode finalmente voltar.

sexta-feira, setembro 24, 2010

E foi Muricy quem derrubou o "mestre"...

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Muricy Ramalho e Vanderlei Luxemburgo, treinadores que já foram considerados "os reis dos pontos corridos", se enfrentaram mais uma vez em campo ontem, mas em situações bem distintas. Muricy vem com uma boa campanha à frente do Fluminense no Brasileirão, na vice-liderança, seguindo de perto o Corinthians. Já Luxemburgo amargava a zona de rebaixamento com o Atlético-MG, rezando para que uma vitória abençoada estendesse o seu prazo de validade. Resultado: 5 a 1 para os cariocas, 15ª derrota dos mineiros em 24 jogos. E Luxemburgo sumariamente demitido nos vestiários.

Que o "mestre" tinha pouca chance de recuperar o combalido Galo e que seus dias estavam contados, não resta dúvida. Mas é curioso que Muricy, aquele que no São Paulo já chegou a empatar mais que Luxemburgo no Santos, tenha sido seu carrasco. Os dois técnicos já bateram boca em clássicos (foto ao lado) e se provocaram pela imprensa algumas vezes, por assuntos de seleção brasileira, de avaliação de jogadores, de Copa Libertadores e até mesmo sobre comentários de partidas. O jeito despojado de Muricy de falar e se vestir sempre constratou com os ternos bem cortados e o discurso empolado e auto-suficiente de Luxemburgo. E as comparações pioraram após a frustrada passagem de Muricy pelo Palmeiras, com a perda de um Brasileirão praticamente ganho em 2009 - clube pelo qual Luxemburgo levantou duas taças dessa competição.

Quando Muricy começou a se destacar no futebol nacional, à frente do Inter-RS (injusta e roubadamente) vice-campeão brasileiro em 2005, Luxemburgo vivia o ápice de sua carreira, como treinador do poderoso Real Madrid. De lá para cá, Muricy levantou três campeonatos nacionais, pelo São Paulo, e segue com chances de vencer mais um. Já Luxemburgo retornou ao Brasil para passagens apagadas pelo Santos (duas vezes) e Palmeiras, antes da horrorosa campanha atual do Atlético-MG. No primeiro turno, o Fluminense de Muricy já havia aplicado 3 a 1 no Galo, lá em Minas Gerais. Com o placar de ontem, Luxemburgo tomou este ano 8 gols do time comandado pelo técnico rival, e fez apenas 2. Seu futuro, mais do que nunca, é totalmente nebuloso. Muricy não tem nada com isso.

quarta-feira, setembro 22, 2010

Erro ou acerto?

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A surpreendente demissão do técnico Dorival Júnior do Santos, após o não menos surpreendente confronto com o craque Neymar, é o assunto na boca dos torcedores nesta quarta-feira, dia de clássico do alvinegro praiano contra o líder Corinthians, pelo Brasileirão.

Meu amigo Francisco Neto, um santista de quatro costados (já citado aqui), considerou a demissão um erro. E justificou:

- A demissão do técnico e a escalação do Neymar contra o Corinthians pode resolver um jogo, mas não o campeonato. Aliás, além de prejudicar o time na competição, compromete o projeto todo que se iniciou com Dorival, e que deveria sobreviver até a uma eventual saída do Neymar, como sobreviveu às saídas de André e Robinho.

Interessante a análise desse torcedor santista. De minha parte, acho que a diretoria deveria ter definido o prazo de suspensão de Neymar logo no dia seguinte ao jogo em que ele bateu boca com o técnico. Devia ter ficado explícito: vai ter 1 jogo de suspensão, ou 2, ou 15 dias - sem volta, sem perdão. Como não fizeram isso, ficou vago. E a torcida, naturalmente, pressionou pela volta do craque no clássico. Dorival se sentiu humilhado e peitou o clube, barrando Neymar sem falar com ninguém. Aí, a diretoria não tinha mesmo outra coisa para fazer.

Uma pena. Dorival Júnior merece aplausos pelo o que fez no Santos. E merecia o prêmio de disputar a Libertadores com o time.

domingo, setembro 19, 2010

Não vejo ninguém na minha frente (até domingo a noite, pelo menos)

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O Corinthians não deu sopa para a zebra, abafou e fez 3 a 0 no o Grêmio Prudente, neste sábado, no Pacaembu. Iarley abriu o placar, em belo passe de Elias, Jorge Henrique guardou o segundo, em belo passe de Bruno César, e Elias fez o terceiro, após uma troca de passes dentro da área prudentina que terminou com um toquinho de calcanhar de Paulinho.

Enfim, foi tão fácil quanto teoricamente é o jogo entre o vice-líder e o lanterna do campeonato. Como o Timão já havia perdido para dois lanternas provisórios antes (os dois goianos, por coincidência ou obra de forças maiores), cabe a comemoração.

Com o resultado, roubamos a liderança do Fluminense pelo menos até o Fla-Flu deste domingo. E mesmo com o clássico, o máximo que o Tricolor consegue é empatar nos mesmos 44 pontos, precisando ganhar pelo menos por 3 gols de diferença do Flamengo para volta à ponta – se fizer só dois, ficamos na frente pelos gols marcados. E tudo isso com um jogo a menos, a partida adiada contra o Vasco, que será em 13 de outubro, salvo engano.

Convém destacar que os bons resultados recentes foram conseguidos com 5 ou 6 desfalques – a dúvida é se você considera Ronaldo nessa categoria ou não. Mas Dentinho, Chicão, William e Ralph (machucads) e Jucilei certamente nela estão. E Bruno César jogou gripado.


O empate no grande jogo entre Cruzeiro e Botafogo, no Engenhão, também ajudou, mantendo os dois outros contendores mais próximos a uma distância segura. Os números e as boas atuações recentes ajudam a elevar o moral da tropa para as duas pedreiras dessa semana: Santos na Vila e Inter no Beira Rio.

No primeiro turno, no Pacaembu, o Corinthians meteu 4 a 2 no Peixe, com Ganso e Neymar em campo – mas ainda sem Robinho. Ou seja, claro que a Vila faz diferença, mas dá pra arrancar um resultado razoável. Contra o Inter, outra vitória, um 2 a 0 mais comum. Mas o Colorado melhorou de lá pra cá, com a chegada de Celso Roth. Jogos em que o empate sem dúvida é bom resultado.

PS.: O domingo passou e o Fla-Flu acabou em insanos 3 a 3, no que deve ter sido um abaito jogo. E deixou o Corinthians na liderança. Até quarta, pelo menos.

sexta-feira, setembro 17, 2010

Contra o São Paulo, o Inter é soberano

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O jogo de ontem, no Morumbi, terminou com a torcida gritando "olé" a plenos pulmões. A torcida do Internacional de Porto Alegre, que fique claro. Ela também berrou, sem dó e com toda propriedade, em plena casa do adversário: "Ôôôô, o freguês voltou, o freguês voltou, o freguês voltou...ôôô!". Muito justo. Os 3 a 1 sobre o São Paulo foram implacáveis - e o placar poderia ter sido ainda mais elástico. Como previ aqui, há coisa de uma semana, os verdadeiros testes pra mostrar o que é e o que pode esse time do Sérgio Baresi eram contra "o ótimo Botafogo, no Rio de Janeiro, e o excelente Internacional-RS", pois vencer os sofríveis Atléticos de Minas e de Goiás e o esforçado Flamengo não queria dizer nada.

Pois é, o São Paulo não passou em nenhum dos dois testes. E suas péssimas atuações levam a crer que o futuro na competição é nebuloso. Volto a repetir: não tem time para vencer nenhum dos dez primeiros na tabela - nem o próximo adversário, o Palmeiras, que também vive tempos difíceis mas que jogará embalado por uma importante vitória lá no Sul. Já o São Paulo entrará em campo com o peso da humilhante derrota para o Inter, dentro de casa, sobre os ombros. Hoje estreia no cinema um filme chamado "Soberano". Os jogadores que usaram a camisa do Tricolor ontem devem estar pensando que o protagonista é o Internacional...

No mais, mesmo considerando que o São Paulo está equidistante da zona da Libertadores e do rebaixamento (sete pontos para mais ou para menos), foi espantoso ouvir a hilariante declaração do - inócuo - Jorge Wagner ao final da partida de ontem:

- Precisamos mostrar resultados e, quem sabe, encostar no G-4 e depois brigar pelo título.

Sem comentários.

quinta-feira, setembro 16, 2010

Quem é que não ganha fora de casa?

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À 1h20 da madrugada de quarta para quinta, o Brasil alcançou emplacou mais um primeiro lugar no trending topics mundial do Twitter. Depois do CalaBocaGalvão e da recente DilmaFactsbyFolha, a mensagem campeã do momento, como mostra a figura (clique para ampliar), foi um nada educado “CHUPA FLUMINENSE”. Fruto, creio eu, da mobilização conjunta da massa alvinegra e dos muitos rivais do tricolor carioca.

Zombarias a parte, o fato é que o Corinthians foi ao Engenhão e venceu o Flu por 2 a 1. Pra quem não ganha jogo fora de casa nem com reza brava, veio na hora certa. Num jogo tenso e de muita marcação dos dois lados, o Timão fez uma partida taticamente muito boa e conseguiu impor seu jogo por conta da qualidade de seus volantes. Paulinho, Elias (ele não é meia?) e, principalmente, Jucilei foram muito bem marcando e jogando.

O primeiro gol saiu de um belo passe de Elias para Jucilei – que estão chamando de chuveirinho, mas discordo. O nosso selecionável matou no peito com categoria e tocou no cantinho. Isso foi já aos 44 min. De um primeiro tempo amarrado, que já por aí tinha apenas quatro finalizações corintianas e duas do Flu.

Na segunda etapa, o time voltou recuado para sair no contra-ataque – coisa que detesto – e o FLu trocou um dos zagueiros do 3-6-1 que usou na primeira etapa pelo atacante Rodriguinho. Rolou como se imaginava: o Flu pressionava, mas não chegava com tanto perigo assim, e o Corinthians saia rápido. Aí, aos 20 minutos, Elias deu belo passe para Alessandro que invadiu a área e deu para Iarley fazer de carrinho.

O tricolor ainda descontou com Washington, na única falha da linha de impedimento paulista (o ataque carioca apareceu na banheira uma boa meia dúzia de vezes). Rolou pressão, e Adilson foi tirando atacantes e colocando meias cadenciadores, congestionando o meio e mantendo a posse de bola com muitos passes – numa autêntica retranca parreirística. Deu certo e levamos os seis pontos do jogo.



Agora, os dois times estão empatados na liderança, com 41 pontos, mas a ponta segue com o Flu pela vantagem de um mísero gol no saldo. Como o Timão tem um jogo a menos, no aproveitamento, estamos na liderança.

A vitória de hoje não foi “final antecipada”, dadas as características dos pontos corridos, como destacou o conselheiro Acácio. Mas dá uma moral danada. Na sequência, o Corinthians recebe o combalido Grêmio Prudente – o que assusta pela tendência Robin Hood demonstrada pelo time. No Rio, rola Fla-Flu, imprevisível mesmo com a distância na tabela. E o Cruzeiro, recém chegado à disputa da primeira posição, com 40 pontos, pega o Botafogo, componente final do G4, com 37. Com um pouco de sorte, dá pra terminar na liderança matemática.

PS.: Ok, esse negócio de sumir quando o time perde e aparecer quando ganha não é dos mais bonitos. O fato (ou a desculpa) é que a vida anda corrida. Tentarei ser mais assíduo.

Palmeiras ganhou do Grêmio. Acredita?

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No Olímpico, o Palmeiras venceu o Grêmio por 2 a 1. O alviverde mostra que vai melhor fora de casa, mesmo quando o domicílio é o Pacaembu. Vai entender. Marcos Assunção foi decisivo ao marcar um e cruzar no segundo, de Ewerthon. Jonas diminuiu, mas o campeonato fica menos trágicoda 10ª posição.

No dia do aniversário do Tricolor de Renato Gaúcho, sobram  dúvidas sobre o futuro. Os times estavam empatados em 26 pontos, só que o Grêmio estava sem perder a cinco jogos.Tem muito chão pela frente, são duas equipes medianas que vão disputar vaga na Sul-Americana.



Valdívia ficou no banco no começo do jogo. Foi a primeira partida em que o chileno foi preterido desde sua volta. O Palmeiras também abandonou o 3-5-2 de cinco volantes para um 4-4-2 de quatro volantes. Bravo! Não foi isso que fez diferença, foi a confiança demonstrada no gramado.

O gol do Palmeiras aos 14 minutos foi castigo para o time azul, preto e branco, porque os donos da casa mandavam na partida. Mas a falta em Ewerthon foi cobrada por Marcos Assunção deixando a noite mais feliz e mais verde (limão-siciliano).

Já o segundo, aos dois da etapa final, foi aquele gol-luva. Caiu no jeito para deixar o time mais tranquilo. Com boa atuação de Deola e um ou outro contra-ataque que quase dava certo, parecia que a partida estava sob controle verde.

Para quem vencia por 2 a 0, parece normal. Mas fazia tempo que não se via esse tipo de vento a favor do Palmeiras no gramado. O gol gremista só saiu aos 46, num bate rebate. Houve chances boas, mas os visitantes não se acuaram, o que é bom.

O pior é imaginar que, no próximo jogo, contra o São Paulo, muito provavelmente, o desempenho em nada lembrará o que se viu em campo em Porto Alegre. Por que, não sei. Continua a faltar meio de campo criativo, mas isso não explica como a tranquilidade de hoje entrou no lugar da ausência de time do fim de semana, ou da equipe que tanto empata neste campeonato.

Vai entender.

segunda-feira, setembro 13, 2010

É a cabeça, irmão

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Não imaginava de nenhuma maneira que este ano meu Galo estivesse disputando uma das gloriosas vagas do rebaixamento.


O investimento foi alto, jogadores como Fábio Costa, Réver, Diego Souza, Ricardinho, Daniel Carvalho, Obina, Tardelli fazem do Atlético um das cinco maiores folhas salariais deste campeonato.

E ainda vem a cara comissão técnica do gênio Luxemburgo.

Nada disso deu certo até agora.

Talvez por um motivo simples, o desmonte do time que foi campeão mineiro e a montagem de outro em pleno começo do Brasileirão.

Por melhor que sejam os jogadores, isso não costuma dar certo. Mas foi a opção.

Com os maus resultados, outro problema.

Jogava-se bem mas, invariavelmente, no primeiro turno, o resultado acabava sendo a derrota. Bolas na trave, chances perdidas na cara do gol, para tudo ser resolvido num chute de fora da área acertado pelo adversário.

Mais ansiedade, mais falta de confiança e mais resultados negativos, ciclo porque já passaram diversos times.

A esperança de torcedor vem de um fato diferente neste segundo turno, que ainda está em sua segunda rodada.

Contra o Vasco, o time jogava bem, tomou gol e se perdeu mais uma vez, mas conseguiu o empate no final do segundo tempo.

Ontem, contra o Prudente, várias chances desperdiçadas no primeiro tempo, bola na trave etc. Quando tudo caminhava para um empate desastroso em casa, novo gol no final do segundo tempo de Obina. O quinto gol em três jogos.

E isso num momento em que o time jogava mal e era fácil prever que o Prudente faria um gol no contra-ataque a qualquer momento.

Pelo menos nesses primeiros dois jogos, a história mudou.

Que isso volte a dar confiança aos jogadores e que continuem a pelo menos fazer pontos e tirar o Galo do rebaixamento.

É pouco, muito pouco, mas é o que se tem.

É que não teve futebol

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É verdade que não assisti ao jogo entre Palmeiras e Vasco no domingo. Terminou 0 a 0, a exemplo do que ocorreu no primeiro turno. Quem assistiu, não gostou.

Não teve muito futebol. Luiz Felipe Scolari continua falando em pensar em 2011. Apesar de haver mais atacantes em campo, não houve meio de campo para levar a bola. No chutão, na trombada, nada aconteceu. A marcação vascaína resolveu. Incômoda 13ª posição.

É o pior desempenho desde 2002, o ano do trágico rebaixamento. Melhor mudar de assunto.

quinta-feira, setembro 09, 2010

Rogério 20 anos, São Paulo 28 pontos

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Mais do que o alívio pela vitória, a partida de ontem no Morumbi valeu para marcar duas homenagens da diretoria do São Paulo, pela carreira de 20 anos no clube de Rogério Ceni e pelos 200 jogos de Jorge Wagner. Num elenco em que Washingtons, Léos Limas, Andres Luíses e companhia indesejada vêm e vão, são marcas que merecem destaque. No grupo tricolor, o segundo mais longevo é Richarlyson, com cinco anos e mais de 230 partidas - bem longe dos 925 jogos do goleiro capitão. Porém, faço uma ressalva aqui: dizem que ele tem 90 gols quando, na verdade, fez 92. É que a Fifa não computa dois gols de falta em partidas não-oficiais contra um combinado Santos-Flamengo, em 1998, e contra o time russo Uralan Elista, em 2000. Até aí, tudo bem, é um critério. Mas, se esses dois jogos estão incluídos no total de 925 completos ontem, torna-se um contrasenso. Ou retiram todos os jogos não-oficiais da soma e consideram 90 gols, ou os incluem e elevam a artilharia de Ceni para 92 tentos. De acordo?

Quanto ao São Paulo no Campeonato Brasileiro, mantenho minha opinião de que ainda é muito cedo para soltar fogos e dizer que o time vai brigar pela Libertadores ou que afastou completamente o fantasma do rebaixamento. Volto a dizer que os Atléticos de Goiás e de Minas estão na zona dos rebaixados, vivendo profundo momento de crise, e que o Flamengo caminha para a mesma situação, com o pior ataque do torneio e sem oferecer qualquer perigo para seus adversários. Por isso, é perigoso achar que vitórias sobre times tão combalidos e perdidos sejam "a volta do campeão". Os próximos compromissos do São Paulo são contra o ótimo Botafogo, no Rio de Janeiro, e o excelente Internacional-RS, que segue no embalo total que pegou após o recesso para a Copa do Mundo e que não diminuiu nem um pouco após a conquista da Libertadores.

Só depois desses jogos mais difíceis, para emprestar uma expressão utilizada outro dia pelo camarada Nicolau (referindo-se ao Corinthians), é que nós vamos ver se o tricolor do Morumbi tem mesmo garrafa pra vender. Mas, que o Marcelinho é boleiro, isso é! Casemiro promete e ontem tivemos a estreia de outro garoto, Zé Vítor. Graças a Deus! O caminho é a molecada, coisa que o Santos mostrou há muito tempo.

Vitória e Palmeiras fazem 1 a 1 de doer

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Depois de sair perdendo no Barradão, o Palmeiras conseguiu empatar o jogo contra o Vitória na abertura do segundo turno. O futebol exibido foi ruim de doer, com lances especialmente toscos a partir dos 40 minutos do segundo tempo, quando os visitantes de camisa cada vez mais verde-limão-siciliano só estavam preocupados em dar chutões para longe.


Foi muito diferente tanto do jogo de ida quanto de volta da Sul-Americana. Foram realmente poucos os momentos de inspiração. Do lado do Vitória, isso ocorreu na quarta-feira, 8, com Ramón em chutes de fora e cobranças de falta. No Palmeiras, ficou só em um lance ou outro nas laterais ou no meio de campo, nada muito produtivo.

Luiz Felipe Scolari escalou mal o Palmeiras. Novamente com cinco volantes no meio de campo, com Rivaldo pela esquerda e Marcio Araújo pela direita, o time era pouca coisa. Dependia apenas de Kléber para trombar e tentar a sorte. Não aconteceu, de fato. Com exceção de um pênalti em Luan e um chute do camisa 11 Rivaldo, o time não criou nada.

O Vitória foi melhor na etapa inicial. Além do gol de Elkeson em uma bobeada da zaga, estava melhor em campo. Ramon e Evandro deram dor de cabeça para a defesa adversária. É que o meio de campo palmeirense era só marcador, defensivo mesmo.

No segundo tempo, Valvívia e Tadeu foram a campo nas vagas de Pierre e de Luan. O time passou a jogar com um meia após muito tempo. Melhorou, mas não chegou a ser um marco de virtuosidade. Com o camisa 30 menos preso na frente, abriram-se outras opções para se jogar. É bastante óbvio, mas contrastante o suficiente para ser digno de nota.

O empate ocorreu no segundo chute em direção ao gol tentado pelo Palmeiras. Ou melhor, no rebote dessa tentativa. Edinho arriscou de fora da área, quando a defesa do Vitória deu brecha. Viáfara bateu roupa e Tadeu marcou no rebote. Depois disso, o alviverde poderia ter rendido mais, criado mais, chutado mais. Como não o fez, não conseguiu virar. Passados os 35 minutos, o time desistiu e recuou, na base de chutões para espantar o perigo de revés.

Além da falta de capacidade ofensiva e do excesso de dependência de Kléber, preocupam os exageros de faltas dos volantes. Assustou ainda Deola em duas falhas, uma de comunicação com Maurício Ramos que quase rendeu o segundo do rubro-negro e outra em um recuo de bola em que o goleiro por pouco não se embananou.

Valdívia foi melhor jogando apenas nos últimos 45 minutos. Mas não se acertou plenamente no time, em meio a tanta limitação. Felipão consertou a equipe depois de ter começado com uma escalação ruim. Arriscou um pouquinho mais ao manter menos volantes em campo, mas nada que produza tantas esperanças de apresentações melhores. Amarga 12ª posição.

segunda-feira, setembro 06, 2010

Corinthians centenário atropela Goiás para festa da torcida

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Em semana de festa, o Corinthians naõ decepcionou os 34 mil torcedores que lotaram o Pacaembu no sábado (inclusive este que vos fala) e sacolou de virada o lanterna Goiás por impiedosos 5 a 1. De quebra, a semana mais corintiana do século trouxe a derrota do Fluminense par ao Guarani, por 2 a 1, deixando o Corinthians apenas 1 ponto atrás do tricolor e com um jogo a menos.

O Timão, como parece ter se tornado praxe da equipe nos últimos jogos, entrou meio devagar na partida. E novamente pagou o preço. Aos 7 minutos, Alessandro e Ralph não conseguiram marcar o veterano Júnior que um chute no ângulo oposto de Júlio César.

O 0 a 1 não desanimou a Fiel, que recomeçou imediatamente a cantoria. E o time respondeu, pressionando o visitante, que só parava as jogadas com faltas. Em três delas, Bruno César exigiu defesas difíceis do goleiro Harlei – que levou cinco e ainda recebeu nota 7 do Lance pra se ter uma idéia do massacre. Jorge Henrique e Iarley, este em sua melhor apresentação com a camisa alvinegra, ainda meteram uma bola na trave cada um.

Tudo isso antes dos 37 minutos da primeira etapa, quando o excesso de faltas dos goianos levou à expulsão de Amaral, pelo segundo amarelo. De onde eu estava, merecido. Se o Timão já dominava, daí pra frente virou atropelo.

Adilson Batista demonstrou mais uma vez uma diferença em relação ao antecessor ao trocar Paulinho por Defederico logo após a expulsão. Mano, aposto, esperaria mais. O empate saiu aos 43 minutos, quando JH aproveitou belo passe de Jucilei e colocou na cabeça do artilheiro do campeonato Bruno César, que mais uma vez jogou muito.

Mas a chuva de gols estava guardada para a segunda etapa. O que foi muito bom, já que vi os quatro gols na meta que estava bem na minha frente. Aos 10 minutos, Iarley recebeu passe de Bruno César, driblou o ex-colega Harley e tocou para as redes. Aos 15, Jorge Henrique marcou o dele aproveitando rebote de cabeçada de Ralph.

A vitória já estava garantida, mas a torcida queria mais. E o time acompanhava o ritmo do bando de loucos, que começou a gritar “olé” antes da metade da primeira etapa. Numa dessas sequencias, o Timão tocou a bola por mais de dois minutos com a torcida acompanhando. Até que a bola acabou nos pés de Bruno César, que invadiu a área pela linha de fundo e sairia na cara do goleiro, não fosse derrubado por Romerito (em lance considerado polêmico, mas que de onde eu vi, foi claro). Pênalti batido por Iarley aos 29 minutos, tornando a vitória em goleada.

Ela ainda viraria chocolate com o gol contra de Marcão, que desviou chute de Boquita de fora da área (“Ele é meu vizinho!”, comemorou um corintiano perto de mim e de meu pai). 5 a 1, fora o baile. A torcida comemorou com um “parabéns pra você” o presente dos jogadores na semana do centenário.

O segundo turno começa com uma sequência das mais difíceis. Primeiro, Atlético PR fora de casa. Depois, Grêmio no Pacaembu. E ainda tem Santos, Inter e o duelo dos líderes com o Flu, todos fora. Hora de, diria o sábio, ver quem tem garrafa vazia pra vender.

A derrota verde, de virada, no encontro de ex-Palestras Itálias

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O Palmeiras perdeu do Cruzeiro de virada em pleno Pacaembu. No primeiro tempo, fez 2 a 0 de pênalti e em cobrança de escanteio. No segundo, tomou três, todos dos pés de Roger Chinelinho. Pior do que perder no encontro de Palestras Itálias, é o revés com mando de campo. Ainda mais trágico é ter como algoz o atleta ex-Corinthians, ex-Grêmio, ex-Adriane Galisteu... Resultado: 3 a 2 para os mineiros.

A etapa inicial foi boa, com vontade e chances produzidas. O segundo tempo foi ruim, com quase nenhuma capacidade criativa. E, mais uma vez, a torcida palmeirense apoiou o time, mesmo depois da virada. A compreensão com Luiz Felipe Scolari continua a mil, o que é bom. Seria melhor se o time correspondesse mais.

Valdívia ainda precisa jogar de verdade. Ele até ficou bravo ao ser substituído, chutou a sombra e tudo. Kléber mostrou a determinação habitual, mas acaba exigido demais em função da pouca criatividade dos volantes que compõem o meio campo.

Uma notícia até que boa foi a atuação de Pierre na marcação de Montillo. Como ele vinha mostrando falta de ritmo em partidas anteriores, a disposição é positiva, embora ainda esteja distante do marcador e ladrão de bolas do campeonato de 2008. A parte ainda mais trágica é a contusão de Marcos, o Goleiro, que sofreu pancada no joelho.

E assim, acabou o primeiro turno para o time verde. Em 19º lugar, no limite da classificação para a Sul-Americana de 2011. Para o Palmeiras, é muito pouco. Para o que tem sido mostrado em campo, o esperado. Considerando-se algumas das peças à disposição, deveria ter mais pontos.

sexta-feira, setembro 03, 2010

Cai ou não cai?

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Se tem uma coisa que me espanta, no São Paulo, é o sossego da diretoria em relação ao Campeonato Brasileiro. Eles parecem ter uma certeza inabalável de que o time é imune a rebaixamento. E não é! Ontem, conseguiu segurar uma vitória suada contra o combalido Atlético Goianiense, em casa, num jogo em que o placar mais justo seria o empate. Está claro para todo mundo que Sérgio Baresi não será mais nada além de um esforçado interino, com resultados pífios. Já disse aqui e repito: não há time titular, nem esquema tático, nem lateral direito, nem meio campo e nem linha de ataque definida. E faltam só três meses para a competição terminar! O que estão esperando para trazer um técnico de verdade? Se o cidadão vier quando faltar apenas um mês e meio para o fim, não conseguirá fazer nada, por conta da pressão, e será tarde demais. Grêmio e Atlético Mineiro não vão ficar vendo a banda passar, vão reagir desesperadamente. O São Paulo não tem time para vencer duelos decisivos, clássicos ou qualquer partida contra qualquer um dos dez primeiros colocados. Na sorte, segura um empate, como no domingo, contra o relaxado Fluminense. Isso é muito perigoso, muito mesmo. E, para a diretoria tricolor, parece que nada acontece. Não sou a Regina Duarte, mas tenho medo. Muito medo de que meu time dê para os corintianos o melhor presente do centenário deles...

quinta-feira, agosto 26, 2010

Massacre à vista

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Depois de escapar de uma goleada histórica contra o Corinthians, graças a Rogério Ceni, o São Paulo não conseguiu fazer um golzinho sequer no Vasco da Gama, em pleno Morumbi. Perder fora e empatar em casa, nessa altura do campeonato, é caminho certo para a Série B. Pra piorar, enfrenta no próximo domingo o líder Fluminense, que está voando baixo, num Maracanã (provavelmente) lotado. Sem Ricardo Oliveira, contundido. Sem zagueiros confiáveis no elenco. Sem lateral direito de ofício. Sem volantes em boa fase. Sem um bom meia de ligação. Sem ataque definido ou entrosado. Sem esquema tático, sem padrão de jogo. Sem motivação. Sem rumo. A diretoria é incompetente, o técnico é interino, o patrocínio é temporário. O time é uma vergonha. O futebol é horrível. Palpite fácil: massacre. Muricy Ramalho, Andre Luís e Washington não têm motivos para serem condescendentes. Eu também não teria.

Não me falem de futebol no domingo, por favor. Nem na segunda-feira.

segunda-feira, agosto 23, 2010

Corinthians passeia e faz 3 a 0 no São Paulo, fora o baile

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“O freguês voltou!”, cantava a Fiel torcida no Pacaembu, já com o 3 a 0 sobre o São Paulo anotados e a fatura devidamente liquidada. Elias marcou dois, Jucilei fechou a conta, e o baile só não terminou em goleada histórica pela boa atuação de Rogério Ceni. O goleiro fez pelo menos três defesas dificílimas, uma delas num lindo voleio de Bruno César, que mesmo sem marcar manteve a ponta na artilharia do torneio.

Adilson mudou o esquema alvinegro para um 4-2-2-2, como virou moda descrever, com Bruno César e Elias nas meias, Jorge Henrique e Iarley no ataque, Ralph e Jucilei de volantes. O esquema é bastante ofensivo, menos pela formação que pela agressividade com que o time marca no campo do adversário e procura atacar. Funcionou também por conta da tarde pra esquecer do Tricolor, que errou quase tudo que tentou. Seria ainda melhor com pelo menos um atacante matador.

Do lado sãopaulino, Sérgio Baresi escalou um time meio estranho, com Ricardo Oiveira isolado no ataque, Fernandão indeciso entre ser atacante e meia, e Cleber Santana com a responsabilidade de armar o time. Não sei quem falou pro pessoal do Morumbi que Santana é meia. Destacou-se como segundo volante no Santos.



O time do São Paulo, para mim, está dado: é Fernandão articulando pelo meio, com Fernandinho e Marlos nos lados e Oliveira de centroavante. Volante, pega dois dos trocentos que tem por lá e bota pra jogar. Mas o pessoal insiste em formações mais defensivas, desde Ricardo Gomes. Desde Muricy, aliás.

Voltando ao Corinthians, já escrevi aqui mais de uma vez, especialmente no segundo semr]estre de 2009, após a as´da de Douglas, que Elias não é meia. De fato, mantenho a posição se que o camisa 7 não serve para a função de Douglas. Não é um articulador, não dá cadencia, não prende a bola no meio, não faz lançamentos. Hoje, continua não fazendo nada disso, funções desempenhadas com muita competência pelo ótimo Bruno César. Elias é outro tipo de meia, de infiltração. Chega mais à frente, dá o último passe e finaliza. Um jogador mais vertical. Aí, ele está indo muito bem.

As mudanças de Adilson fazem o Corinthians chegar com mais gente ao ataque. Mas acabam desprotegendo um pouco a defesa, que tem mostrado problemas. William talvez não tenha velocidade para jogar desse jeito. Ou talvez com Ralph se adaptando melhor e Jucilei ficando mais preso, dê pra organizar a coisa.

Sentimos ainda falta de um atacante que, bem, faça gols. Jorge Henrique jogou muita bola ontem, nas costas de Júnior César, foi um dos melhores em campo, ao lado de Elias. Saíram pelo seu lado as melhores jogadas, inclusive os passes para os dois últimos gols. Mas faz tempo que não marca. Os gols têm saído dos pés dos jogadores de meio-campo. Não tem problema um ataque em que as responsabilidade de marcar estejam divididas, mas em gente que não anda cumprindo com sua parte nessa divisão. Quem sabe com a volta de Dentinho a coisa melhora.

Quarta-feira, tem o Cruzeiro no Mineirão. Jogo difícil, mas importante. Precisamos aumentar bastante os pontos ganhos for de casa para brigar pelo título. E no domingo, Vitória no Pacaembu. Com a possível volta de Ronaldo. A saber se para o bem ou para o mal.

EU JÁ SABIA! (2)

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(Plagiando, às avessas, o post do Nicolau de QUASE 3 ANOS ATRÁS...)

domingo, agosto 22, 2010

Baresi, Eriksson e o modelo fanfarrão

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Por Moriti Neto


A notícia já é sabida, mas, por algumas informações recentes, vale requentar. Após a saída de Ricardo Gomes, Sérgio Baresi foi anunciado como técnico interino do São Paulo. Dirigiu a equipe em uma oportunidade, no empate contra o Cruzeiro, por 2 x 2, no domingo passado. Não foi mal. Enfrentou um adversário de bom nível e o Tricolor jogou de igual pra igual, tocando a bola e trabalhando bem jogadas ensaiadas.      

A opção

Sérgio Felipe Soares, como jogador, foi formado no Tricolor. Era zagueiro. Na base, destacava-se por boa noção de posicionamento, técnica ao sair pro jogo e liderança, o que lhe rendeu o apelido de Baresi, inspirado no ex-zagueiro italiano, Franco Baresi, ídolo na Azurra e no Milan, nas décadas de 80 e 90. 
Foi dos principais jogadores do time que conquistou a Copa São Paulo de Juniores de 1993, em grande final contra o Corinthians, vencida por 4 x 3, e que deu o primeiro título do torneio ao São Paulo.

Prometia. Telê Santana gostava dele. No entanto, fez apenas oito partidas no profissional, estreando num empate em 1 x 1 contra o rival do Parque São Jorge. Cedo, enfrentava problemas com contusões seguidas e tinha a concorrência dos campões mundiais Ronaldão, Válber e Adilson. Foi negociado. Jogou em Cruzeiro, Ponte Preta e União São João de Araras. Em 2003, aos 30 anos, lesionado gravemente, parou de jogar e passou a atuar em comissões técnicas. Primeiro como auxiliar do time principal do Santo André e, posteriormente, como treinador das categorias de base do clube do ABC. Esteve no São Caetano antes de chegar ao São Paulo, em 2008.

Em 2009, dirigiu pela primeira vez uma equipe profissional: o Toledo (PR). Voltou à base do Tricolor este ano e ganhou a Copa São Paulo novamente, comandando a molecada Tricolor.

Neste domingo tem, outra vez, o Corinthians como adversário, em momento que pode ser crucial para sua carreira no Time da Fé. O São Paulo está mal e não vence o rival há mais de três anos. Uma vitória pode aumentar a confiança no treinador, tanto por parte da torcida quanto da direção. Mas...

Discurso e prática

A cúpula são-paulina diz que pretende contar com Baresi ao menos até o fim de 2010 e que a escolha se deve ao conhecimento dele junto à base. Porém, ao contrário do que afirma a direção do clube, a escolha ocorreu em virtude de nenhum nome de peso ter sido consenso. A possibilidade de alguém de maior experiência assumir o cargo a qualquer momento, entretanto, não está descartada.

Desde ontem, pulula na imprensa o nome do sueco Sven Goran Eriksson, que, de acordo com seu empresário, Óscar Dias, “gostaria de trabalhar no São Paulo”. Dirigentes tricolores avaliaram positivamente “a vontade do treinador de vislumbrar a possibilidade de um desafio no Brasil”.
 
Tática

As “informações” dão conta de que Eriksson foi oferecido ao time do Morumbi. Além de falar português fluentemente, o treinador, de 62 anos, teria afirmado o desejo de trabalhar no Brasil. O sueco já rodou o mundo, treinou grandes times e seleções. Entretanto, apesar do histórico de conquistas, não vem triunfando nos últimos tempos.

O currículo do europeu é, em síntese, o seguinte. Começou a se destacar no Gotemburgo, da Suécia, onde ganhou a Taça Uefa. Foi quatro vezes campeão português pelo Benfica e uma vez italiano, pela Lazio. Ganhou quatro edições da Copa da Itália, por Lazio (2) Roma e Sampdoria. 

No ano de 2001, acertou com a seleção inglesa e disputou duas Copas do Mundo. Em ambas, caiu nas quartas de final. Para o Brasil (2002) e Portugal (2006). Nos cinco anos no comando da Inglaterra, não conquistou títulos e ainda se envolveu em polêmicas, como uma entrevista para um “jornalista” – na verdade, um Sheik árabe disfarçado – onde dizia, entre outras coisas, que o zagueiro Rio Ferdinand era "meio preguiçoso".

Depois, ainda na Inglaterra, treinou o Manchester City, deixando o clube ao final de apagada temporada. No ano de 2008, ele foi contratado para trabalhar na Seleção Mexicana, visando à Copa de 2010. Após dez meses, foi limado por causa das fracas atuações do selecionado. O limite foi uma derrota por 3 a 1 para Honduras, nas Eliminatórias da Concacaf.

Em julho de 2009, o treinador assumiu o cargo de diretor de futebol do Notts County, da quarta divisão do futebol inglês. Um semestre depois, deixou o modesto clube e assumiu mais uma seleção, a Costa do Marfim, para disputar a Copa. De novo com o Brasil pela frente, foi eliminado na fase de grupos. Está desempregado desde então.

A notícia, até por ser inusitada, ganhou destaque no cenário futebolístico em algumas partes do mundo, mas me parece fanfarronice. São Paulo e Eriksson têm algo em comum no momento: a falta de resultados dentro de campo. A impressão é de tática para atrair holofotes e desviar o foco do que interessa, ou seja, bola rolando. Só. Nada que contrarie o “modelo de gestão” são-paulino. Cantado em prosa e verso por muitos, mas que, de fato, vive deitado em louros de vitórias passadas e mais fala do que faz.