Destaques

segunda-feira, agosto 06, 2007

Collor pode perder mandato

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O título é um pouco sensacionalista, admito; mas condiz com a verdade. O TSE sinalizou que pretende expandir para o executivo e o Senado medida que pune com a perda de mandato os políticos que trocaram de partido após a eleição (veja matéria sobre isso aqui).

A idéia, a princípio, seria aplicar a determinação aos deputados e vereadores - que compõem a principal massa de políticos do país e que são os que mais fazem uso do partido para vencerem as eleições. Vale lembrar que nos pleitos para deputados e vereadores os famigerados "votos na legenda" são essenciais para que alguns consigam a vaga no parlamento - e isso gera algumas distorções bizarras, como a turma eleita em conjunto com Enéas Carneiro em 2002.

O TSE já havia aprovado essa determinação; e agora, sob consulta do deputado Nilson Mourão (PT-AC), sinaliza que deve expandi-la para os senadores e representantes do executivo.

Caso a medida seja aplicada a ferro e fogo, perderiam o mandato, de cara, três senadores famosos: Cristovam Buarque (eleito pelo PT, hoje do PDT), Roseana Sarney (do DEM para o PMDB) e o citado Collor, que foi do PRTB para o PTB. Os governadores Blairo Maggi (MT) e Ivo Cassol (RO), que migraram do PPS para o PR, também estão na mira.

Confesso que não tenho opinião formada. É preciso coibir a festa da troca de partidos; por outro lado, nos cargos majoritários não se pode dizer que "o mandato é do partido", como para os outros. Fico em cima do muro. Alguém tem uma opinião melhor?

Fiel o catso!

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Desde sempre ouvi a lorota, repetida ad nauseum, de que a torcida do Corinthians é a única "fiel", que não abandona o time etc etc. Nunca acreditei. O Brasileirão deste ano é a prova incontestável de que, como qualquer outro torcedor, o corinthiano enche estádio só quando o time vai bem - e some quando vai mal. Mentira? Pois vejamos: depois de vencer o portentoso América-RN fora de casa, o Corinthians levou 40 mil pagantes ao Morumbi, no dia 23 de junho, contra o Paraná.
O zero a zero marcou o início do calvário de dez partidas sem vitória. E o que fez a "fiel torcida"? Debandou. Depois do Paraná, o Corinthians recebeu o Palmeiras no mesmo Morumbi. Ora, se 40 mil foram ver o time paranaense, o lógico seria um público superior ou pelo menos semelhante no mais tradicional clássico paulista. Mas o "pé atrás" ficou claro pelos 28,3 mil pagantes (e temos que considerar a enorme parcela de palmeirenses). Pra complicar, o Corinthians perdeu o clássico (1 x 0) e a partida seguinte contra o Sport (2 x 1), fora de casa.
Pois bem, e a "fiel"? No jogo seguinte, em pleno Pacaembu, míseros 8,6 mil pagantes foram ver o 1 x 1 com o Fluminense. Por se tratar de um clássico, o Corinthians x São Paulo, no Morumbi (1 x 1), atraiu 26,9 mil pessoas - público semelhante ao do jogo contra o Palmeiras - e aí também deve-se considerar a boa parcela de são-paulinos. Bom, o time de Parque São Jorge foi a Porto Alegre e perdeu de 3 a 0 do Internacional mas, em seguida, a tão decantada "fiel" decidiu "ir na boa": a partida contra o lanterninha Náutico no Morumbi era prenúncio de goleada e recuperação, e por isso 17,9 mil compareceram. Resultado "inesperado": 3 a 0 para os pernambucanos.
Aí, após o 2 a 2 fora de casa contra o Figueirense, a mentira da fidelidade ficou exposta: 5,3 mil pagantes no empate de 2 a 2 contra o Flamengo (no clássico das maiores torcidas do país) e, no último sábado, só 4,2 mil na vitória por 1 a 0 contra o Goiás - ambos os jogos no Morumbi, afinal, esperava-se mais da "fiel".
Sempre ouvi falar que a torcida do São Paulo não vai a estádio, que não acompanha o time etc etc. Porém, como o Corinthians tem o dobro (ou mais) de torcedores, começo a considerar que, proporcionalmente, os são-paulinos são o tanto quanto - ou mais -"fiéis". Ou não, mas essa conversa de "fiel torcida", que comparece em peso até nos momentos ruins, ninguém engole mais.

Desconsolo

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Simplesmente hilário o desconsolo de Renata Vasconcellos e Renato Machado (foto) no Bom Dia Brasil de hoje, na Globo, ao noticiar a pesquisa do Datafolha sobre a popularidade do presidente Lula, incólume após o linchamento midiático com a tragédia da TAM. De acordo com a pesquisa, 48% dos entrevistados consideram o governo Lula ótimo ou bom, o mesmo índice da pesquisa anterior, em março. Para se animar, Renata Vasconcellos ainda enfatizou que, entre os 8% da população que viajam de avião, a popularidade do presidente caiu. Mas a cara de bunda do Machado traiu sua sensação de "dever não cumprido". Coitadinhos...

domingo, agosto 05, 2007

Cachaça pode salvar o planeta

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Há consenso de que a substituição do uso de combustíveis fósseis pelo de álcool da cana-de-açúcar pode exercer um papel importante na redução do saldo de gás carbônico (CO2) na atmosfera. É que o CO2 emitido quando da queima do álcool corresponde exatamente àquele que a cana-de-açúcar absorveu durante o seu crescimento. Isso, aliás, é bastante evidente. A biosfera é uma grande sistema em equilíbrio, o carbono encontrado em uma planta tem que ter saído de algum lugar, e na deterioração deste vegetal terá que ser absorvido no ambiente de alguma maneira.
O problema dos combustíveis fósseis está no fato de que reservas muito densas de carbono são retiradas de camadas subterrâneas profundas, sem que isso faça parte do atual equilíbrio de todos os seres vivos da Terra. E isso é lançado na atmosfera. O CO2, junto com outros gases, provoca o efeito estufa, que por sua vez leva ao aquecimento global, cujas conseqüências não se sabe ao certo. Há previsões catastróficas, outras nem tanto, mas o certo é de que há e haverá mudanças notáveis.
Diante deste quadro, alguns cientistas já devem estar pensando na teoria que acabei desenvolvendo enquanto consumia doses alternadas de Januária, Armazém Vieira (presenteada por membros do Futepoca) e Claudionor. Não sei em que lugar do mundo, mas sem dúvida isso já deve estar sendo pesquisado. Pois é demasiado óbvio para que não se veja.
Ora, acompanhem o meu raciocínio. Retomo do início: a cana-de-açúcar absorve uma quantidade enorme de CO2 da atmosfera. Um hectare de cana absorve de cinco a dez vezes mais carbono do que a mesma extensão de pasto, por exemplo. Se queimado na forma de álcool, esse CO2 retorna à atmosfera e a conta empata. Mas e se essa mesma cana não for queimada e for consumida na forma de cachaça??? Não haveria emissão para a atmosfera, e retiraríamos quantidades relevantes de CO2 da atmosfera.
Consultei um grande especialista, o engenheiro agrônomo Oscar Antonio Braunbeck, diretor de pesquisas sobre o tema na Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp (Feagri). Após refletir um momento, me disse que até concordaria com minha tese, desde que abandonássemos a discussão teórica e partíssemos para a implementação do projeto. Servidas as doses de Januária, ele avaliou que parte do carbono ingerido na forma de cachaça seria exalada e retornaria à atmosfera de todas as maneiras, outra parte seria retida na protuberância frontal do manguaça na forma de gordura. E concordou, para a minha glória, que parte do carbono seria eliminada em formas não gasosas.
Acompanhava a discussão a pesquisadora em Química Maiara Oliveira Salles. Ela alertou para o fato de que parte desse carbono voltaria à atmosfera na forma de gás metano, que é muito mais nocivo em matéria de efeito estufa do que o CO2. Discutiu-se a possibilidade de que cada manguaça portasse um isqueiro para queima de gás metano, em caso de necessidade.
Os efeitos secundários seriam também bastante benéficos. Não se pode tomar cachaça e dirigir ao mesmo tempo. Em geral, os manguaças preferem as posições paradas para consumir o seu néctar. Mais cachaça significaria uma provável redução no número de viagens realizadas pelos manguaças. Devem ser contabilizados aí aqueles que dormem no boteco, que desistem de fazer outras coisas etc.
Assim, está sendo elaborado projeto, a ser encaminhado à ONU, de uma campanha "Cachaça para a vida". Que cada cidadão mundial consuma uma quantidade diária de cachaça, com o intuito de reverter os efeitos do aquecimento global.
Há dúvidas de qual seria a quota diária adequada. Os mais conservadores falam em uma a duas doses diárias; os mais radicais acreditam que se deva consumir em cachaça a quantidade correspondente ao consumo diário em álcool do meio de transporte que utiliza. Ou seja, se você tem um carro a álcool que consome em média dois litros por dia, sua obrigação seria a de consumir os mesmos dois litros em cachaça.
O projeto incluiria a construção de novos botecos e a qualificação de botecos existentes, para que todo manguaça planetário tenha a opção de consumir cachaça de qualidade sem precisar atravessar a rua, para não gastar com transporte e emitir CO2, e também por razões de segurança.
A viabilidade econômica seria conquistada com a formação de um novo mercado, em que se negociariam créditos de cachaça. O cidadão que se abstivesse de cumprir com seu dever cívico e não consumisse sua dose diária poderia adquirir créditos de cachaça de um ativista manguaça, cuja atuação resulte em excedentes de captura de carbono.
Quem duvidava de que o Brasil é o país do futuro já pode voltar a sonhar. Nossa vocação parece ser mesmo a de salvar o planeta.

sexta-feira, agosto 03, 2007

"Futebol é varonil, não homossexual"

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Eu ouvi no rádio pela manhã. Cheguei no trabalho e procurei no Google Notícias. Não achei. Conversei com o Glauco no MSN. Achamos que era esdrúxulo demais. Então desisiti da busca.

Mas era real.

Um juiz arquivou a queixa-crime de Richarlyson contra o diretor administrativo do Palmeiras, José Cyrillo Jr., que insinuou em programa de TV que o jogador seria homossexual.

O fim da história pouco importa. O que é quase inverídico é a justificativa para a decisão do juiz Manoel Maximiano Junqueira Filho.

Seguem trechos da matéria da Folha (na íntegra aqui, para assinantes):

"No documento, o juiz sugere que, se [o atleta] fosse homossexual, "melhor seria que abandonasse os gramados".
Em outro trecho, Junqueira Filho diz que "quem se recorda da Copa do Mundo de 1970, quem viu o escrete de ouro jogando (...) jamais conceberia um ídolo ser homossexual".
A seguir, ele afirma: "Não que um homossexual não possa jogar bola. Pois que jogue, querendo. Mas forme seu time e inicie uma Federação".
Por fim, Junqueira Filho utiliza uma estrofe popular antes de proferir a sentença: "Cada um na sua área, cada macaco no seu galho, cada galo em seu terreiro, cada rei em seu baralho. É assim que penso"."

Os advogados do jogador já entraram com apelação contra a decisão. Encaminharam ainda reclamação contra Junqueira Filho ao Conselho Nacional de Justiça, por homofobia.

Não merece comentários.


Update: íntegra da sentença aqui

Pés fora do coletivo: CUT cansou no plural e governo reage

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O avanço do movimento "Pés fora do coletivo" é inexorável. A percepção de que dia 18 de agosto é um sábado fez aumentar as adesões.

Primeiro, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) que mandou avisar os empresários mais a seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SP) que eles "Cansaram". O Futepoca continua a preferir o termo "Tô de saco cheio", porque, como ensinou Cláudio Lembo – o ex-governador conservador, democrata e comunista-antielite branca –, "cansei é termo de dondocas enfadadas em algum momento de suas vidas enfadonhas".

O da CUT também se diz apartidário e nega ser oposição ao dos empresários. O contraponto é para avisar que a paciência dos trabalhadores também tem limites e incluir sua pauta na onda de reivindicações. "Cansamos do trabalho escravo, cansamos de trabalho infantil, cansamos das taxas bancárias, cansamos dos acidentes de trabalho", declarou Artur Henrique, da CUT, à Terra Magazine.

Tarifa de ônibus nas cidades pode cair
O ministro das Cidades, Márcio Fortes de Almeida (PP), declarou que o
Projeto de Lei das Diretrizes da Política de Mobilidade Urbana irá estabelecer preços para cada linha do transporte público. A intenção é calcular o valor com base nos custos do próprio transporte, o que faria as passagens baratearem. As informações são da Agência Brasil.

Encaminhado na quinta-feira, 2, ao Congresso Nacional, as diretrizes precisam ser aprovadas para entrar em vigor.

A pressão do movimento "pés fora do coletivo", lançado em 30 de julho, foi suficiente para fazer Fortes apontar que, de 1995 a 2003, houve redução no uso do transporte público e mais gente andando a pé, porque a tarifa está cara, o serviço é inadequado e as condições de tráfego ruins.

Vampeta: Camisa 10 do São Paulo é um palhaço

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Perguntaram para o Vampeta, que deve voltar aos gramados no próximo domingo, contra o Goiás, sobre a falta de grandes meio-campistas para vestir a camisa 10. Veja a resposta abaixo:

- O Pet é craque, o Valdívia é da seleção chilena e vem jogando muito bem. Já o 10 do São Paulo é um palhaço. O futebol atual tem muita marcação, mas está faltando qualidade para vestir essa camisa. Aí você vê a 10 do São Paulo com o Souza...é piada. Podem avisar ao Souza que o papagaio está de volta.

Eleições mexicanas e bebidas exóticas

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Matéria interessante trazida pelo UOL (só para assinantes aqui) fala sobre as eleições estaduais mexicanas. O pleito abordado é o do estado da Baixa Califórnia, na divisa com os EUA. E o personagem central do texto é Jorge Hank, candidato ao governo pelo PRI.

O PRI, lembrando, é o partido que manteve a hegemonia no México por mais de meio século. Atualmente tenta conviver com a difícil tarefa de ser oposição. O partido também está na tarefa de "pedra" na citada Baixa Califórnia - e Hank tenta reverter o jogo abusando de táticas direitistas e populistas.

Segundo o texto - do Financial Times - o candidato é um milionário, com 19 filhos (alguém se lembrou de Anthony Garotinho?) e que, uma de suas peculiaridades, possui um zoológico particular de deixar o Simba Safári com inveja. Promove anualmente festas em que reúne "pobres" e distribui a eles presentes voluptuosos. Seus principais beneficiários são as mães e crianças com deficiência.

A matéria relata que o comitê de campanha de Jorge Hank é sediado num local dos mais exóticos - uma rinha de brigas de galo.

E o ponto alto do texto, ao meu ver, está na descrição de uma bebida que o candidato degusta (?) enquanto recebe a reportagem. Transcrevo aqui na íntegra:

[Hank] senta-se à sua mesa em um quiosque na rinha de Palenque, em Tijuana, saboreando doses generosas de tequila. Ele insiste em dizer que a bebida é especial - um amigo chinês a temperou com alguns escorpiões, cascavéis, bile de urso e os pênis de três animais: um leão, um tigre e um cachorro. "Ela faz a gente suar", afirma o candidato, esvaziando o copo de um só gole.

Não sei o que é pior, se a bile de urso ou os três tipos distintos de pênis.

Morre Angelo, mas quem se lembra?

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Morreu ontem o ex-jogador do Galo Angelo, aos 54 anos, de infarto fulminante.

Mais lembrado por ter sido vítima da violência de Neca e Chicão, jogadores do São Paulo que quebraram seu joelho na decisão do campeonato de 1977 e nem receberam cartão do grande (?) Arnaldo César Coelho, que hoje diz que a regra é clara, mas poderia explicar por que não expulsou alguém que pisou no joelho de outro jogador caído e se contorcendo de dor.

Mas vamos ao que interessa, o Ângelo. Minha primeira memória dele é de 1976, num campeonato mineiro. O Galo estava mal e jogaria contra o Cruzeiro, favoritíssimo. O técnico Barbatana tirou um atacante, à epoca jogava-se com 4, e escalou Ângelo com falso ponta-esquerda. O Galo ganhou de 3 a 1 e iniciou hegemonia de quase uma década nas Alterosas.

Vem, depois, na minha memória, a final de 1977, disputada em março de 1978, por demais conhecida dos futepoquenses. Desse dia, recordo o Ângelo contorcendo-se em dor, dor que seria maior de todos nós, atleticanos, ao perder , invicto, nos pênaltis, o título de um campeonato em que tínhamos feito dez pontos a mais que o segundo colocado.

O Galo foi o primeiro vice-campeão invicto. Sofri como nunca, ainda criança, talvez a maior decepção da vida, das muitas que viriam. Mas naquele dia tornei-me atleticano para sempre!

Trânsito maldito

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No segundo dia de greve do Metrô de São Paulo, os motoristas particulares já sabiam que o rodízio estava suspenso. Resultado: mesmo em lugares não servidos por Metrô, o trânsito pela manhã esteve péssimo. Isso não é muita novidade, já que de sexta-feira o trânsito em São Paulo costuma ser o rascunho do mapa do inferno. Com o rodízio liberado, então, a galera aproveitou a possibilidade de uma esticada depois do trabalho.

Todos os dias saio do Campo Limpo de ônibus e vou até o Bairro do Limão. São cerca de 20 quilômetros de distância. O trânsito chegava até quase a porta da minha casa. A Estrada do Campo Limpo, a Av. Francisco Morato e a R. Teodoro Sampaio apresentaram lentidão incomum, causada pelo excesso de veículos. Mesmo não havendo linha de metrô alguma por perto. Nos dias "comuns", demoro cerca de 1h30 para chegar ao trabalho. Hoje foram mais de 2 horas.

Não agüento mais perder de 3 a 4 horas por dia no ônibus. TODOS os dias. Só a nossa campanha "Pés para fora do busão" percebe isso?

Dia 18, todos para fora do busão!!!

Prefeitura não sabia que o clube Bahamas era casa de prostituição

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A prefeitura de São Paulo decidiu fechar o clube Bahamas. O motivo é simples: o alvará de funcionamento era para hotel, boate e restaurante, e não para casa de prostituição.

Quem visita a página do lupanar de luxo na internet não precisa de mais do que 15 segundos para identificar o ramo do negócio. Termos como "shows exóticos" e "american bar" aparecem acima de fotos de mulheres semi-nuas e em posições de consulta ginecológica. O slogan, posicionado abaixo da logomarca é: "Erotismo, sensualidade e algo mais".

A subprefeitura da Vila Mariana, responsável pelo fechamento do Bahamas, alerta, em nota, que "casa de prostituição" não é um ramo de atividades licenciado pela prefeitura, além do que, ela poderia ser enquadrada como lenocínio, quer dizer, exploração e agenciamento de prostituição.

Oscar Maroni Filho, o dono do Bahamas, é ainda o organizador de lutas de vale-tudo e o dono do hotel construído nas proximidades do aeroporto de Congonhas que, por sua altura, era criticado por pilotos e especialistas por dificultar a aterrissagem no local. Depois do acidente com o Airbus da TAM, em 17 de julho, a obra foi alvo de pesadas críticas tanto ao empresário quanto à prefeitura, embora o andamento da construção ocorresse por liminares judiciais. Maroni se diz perseguido.

Hipocrisia não
Maroni diz não querer tratar o tema com hipocrisia. A prefeitura tem outros problemas. Em 2005, durante os preparativos para o GP de Fórmula 1 na cidade, o Clube Bahamas e outras casas de prostituição espalharam polêmicos outdoors pela cidade considerados, pela prefeitura, como "pornográficos". Várias boates recorriam ao expediente desde 2003.

No do Bahamas, havia foto de uma mulher semi-nuas agachada na frente de um modelo vestido com macacão usado por pilotos e mecânicos de equipes de F1. Os anúncios foram proibidos pelo então prefeito José Serra (PSDB), hoje governador do estado.

Ainda assim, a mesma prefeitura, hoje sob o comando de Gilberto Kassab (DEM) não teria percebido o caráter do estabelecimento. Em 2005, duas casas noturnas que funcionavam como agenciamento de garotas de programa. Romanza e Millenium foram fechadas por irregularidades de segurança ou de alvará.

Se a prefeitura decidir por uma nova ofensiva, motoristas de táxi consultados pelo Futepoca dizem conhecer as mais frequentadas que lhes oferece comissões e cafezinho a cada cliente trazido.

Para ler mais
Prefeitura de SP bate de frente com a prostituição na F-1 (21/09/2007) - Diário do GABC
Prefeitura retira outdoors pornográficos e lacra duas casas noturnas (20/09/2005) - Prefeitura de São Paulo
Prefeitura proíbe outdoors sobre "festinhas" depois da Fórmula 1 em São Paulo (20/09/2007) - Último Segundo, com fotos
Clube Bahamas, a casa de prostituição de luxo, nos termos de seu proprietário.

quinta-feira, agosto 02, 2007

Mais uma do "Cansei"

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É um absurdo o que os militantes do Cansei estão fazendo com os humoristas do Brasil. A mais pura concorrência desleal, e com altíssima produtividade. O presidente da Associação Comercial de São Paulo, em entrevista ao Terra Magazine, soltou uma pérola digna de nota, com a firmeza e clareza típicas do comentarista Casagrande em suas ponderações. Ao defender que o "movimento" é apolítico, foi questionado sobre uma eventual adesão do MST, se seria bem-vinda. A resposta a questão abaixo:

Não... é... o... não é... quer dizer... esse movimento não tem nada que ver com a Associação Comercial. Apenas a Associação Comercial dispõe de um contingente que pode... (enfático) MST não! Porque o MST é... o MST nasceu em razão de alguma coisa. E não é de hoje. Por isso que eu estou dizendo... não tem nada que ver com o atual governo. O MST não nasceu em razão do PT. Ele é anterior.

Quem entendeu que se manifeste.

"Não pode ter proposta"

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Do presidente da Philips no Brasil, Paulo Zottolo (um dos organizadores do "Cansei, nosso parceiro), em entrevista à Folha de São Paulo de hoje:

FOLHA - O movimento vai apresentar alguma proposta?
ZOTTOLO -
Se tivesse proposta seria um movimento partidário. Como não é partidário não pode ter proposta. Para mim, o "Cansei" é um convite à meditação.

Einh????

Tudo tem limite mesmo: até panfleto do Metrô

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Distraído, desavisado e alienado (como sempre), fui pegar o metrô hoje cedo, em São Paulo, e me deparei com um verdadeiro cenário de guerra: funcionários com camisetas escrito "Operação" zanzavam ensadecidos, tensos; o alto-falante repetia a todo instante que o serviço estava funcionando só até a estação Ana Rosa; faixas de plástico listradas de amarelo e preto impediam o acesso a uma das entradas e tinha mais polícia - dentro e fora da estação - do que em dia de clássico entre Palmeiras x Corinthians.
Tonto como só eu sei ser, perguntei a um dos agitados funcionários de camiseta branca o que estava acontecendo. "-Nada!", ele me gritou, transtornado. Uma senhora obesa desistiu de esperar o trem e saiu esbravejando: "-Tem que privatizar logo esse negócio!" (ah, essa elite paulistana que mora em Pinheiros...). Lesado e desinformado (ah, esses jornalistas bêbados que não assistem TV nem lêem jornal...), só percebi o que estava acontecendo quando entrei no vagão: era dia de paralisação dos metroviários.
Foi então que encontrei sobre as cadeiras um panfleto azul com o singelo título "Tudo tem seu limite! - Urgente: Metrô informa". Sob olhares tensos de funcionários que discutiam pelos walk-talks, quase não acreditei no que estava lendo. Tratava-se de um arrazoado de "motivos" para o cidadão ficar revoltado contra os metroviários, que estariam "usando a população como refém". Recheado de pontos de exclamação, o libelo anti-Sindicato cuspia "informações" como "cerca de 70% da passagem é utilizado no pagamento de salários, e o Sindicato quer mais!", e também "o Sindicato quer receber o benefício (participação nos lucros) duas vezes no mesmo ano, e antes de cumpridas as metas".
Mas o pior ficava para o fim, onde, sob o título "Você precisa saber", há uma lista de benefícios recebidos pelos metroviários, como se tudo fosse crime hediondo ou a maior injustiça do mundo. Pasmo, li ali o seguinte: "(Os funcionários do Metrô recebem) Salários, em média, mais de duas vezes superiores aos do Metrô do Rio de Janeiro, que é privado e dá lucro". Perceberam o tom desse material oficial, assinado pela Companhia do Metropolitano de São Paulo? E o pior é que a impressão desse troço foi paga com o nosso dinheiro.
Ao sair do estação, na Avenida Paulista, tinha três viaturas paradas na calçada, na boca do metrô, com policiais olhando feio. Parecia que ali todo passageiro era suspeito ou culpado de alguma coisa. Realmente, não existe limite para a truculência do PSDB no (des)governo de São Paulo...

Quem diria: Roth, um dos melhores

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Quem é o melhor técnico nesse Brasileirão? Não sei. Mas, numa lista dos melhores, um nome não pode ficar de fora: Celso Roth.

Sim, ele mesmo, Celso Roth! Que despontou para o Brasil no bom Internacional de 1997, passou maus bocados no Palmeiras em 2001, foi o primeiro técnico a escalar Diego e Robinho no Santos em 2002 e de uns tempos pra cá perambulava sem sucesso por uma série de clubes.

Ele assumiu o Vasco sob desconfiança geral. O clube da Colina havia acabado de demitir Renato Gaúcho - que ficara uns dois anos por lá - e não tinha jogadores de maior qualidade. O elenco seria o mesmo que no ano passado quase abocanhara uma vaga na Libertadores, o que não era grande coisa. E lá foi Roth para sua missão.}

Hoje, o Vasco comemora um belo terceiro lugar na classificação do Brasileiro e ontem conseguiu uma façanha, derrotar o Internacional em seus domínios. Anteriormente, já havia goleado Santos e Atlético-MG em casa. Por pouco também não tira pontos do Palmeiras no Parque Antarctica. Acho que não tem fôlego pra brigar pelo título, mas uma vaga na Libertadores é um sonho viável.

Eurico Miranda, a despeito de todos os seus sabidos e repetidos defeitos, é um cara que sabe dar tempo aos técnicos que comanda. Quem sabe essa não é a chance de ouro de Roth?

Galo x Santos, há quanto tempo!

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Santos F.C./Divulgação
Apesar de terem sido registrados entreveros entre as torcidas de Atlético/MG e Santos em Pinheiros (zona Oeste de São Paulo), não foram notificados casos de violência mais grave. De minha parte, só vi o segundo tempo da vitória do Peixe sobre o Galo por 2 a 1.

Mas, a julgar pelo segundo tempo, algumas poucas constatações óbvias (sem intenção de provocação, palavra de manguaça): a diferença do Santos para o Atlético, tecnicamente, é enorme. O Santos cresce assustadoramente (para seus adversários) com Kléber no meio. Como jogou bola o rapaz. Pena que Luxemburgo diga que a tendência natural na carreira do lateral/meia seja o meio de campo mesmo, mas “não agora”, já que Kléber está disputando uma vaga na seleção, pela lateral.

A segunda constatação é que o Santos parece não gostar de jogo fácil. Podia ter goleado, tinha o jogo dominado completamente, mas com duas falhas grotescas no finalzinho (uma de Tabata, outra de Alessandro, que deram contra-ataque quando quem deveria ter contra-ataque era o Santos!), só não tomou o empate por sorte. Mas um empate, dado o que jogaram ambas as equipes (no segundo tempo), teria sido injusto.

O Atlético/MG é um time que pode crescer, um time de garotos que, se bem orientado, tende a se firmar, ou pelo menos ficar longe do rebaixamento, mas isso é imprevisível, dada a instabilidade dos times brasileiros e o temperamento de Leão, que tanto pode dar bons frutos como jogar tudo na lama.

E o tal Kléber Pereira, pelo que vi ontem, pode ser a solução do ataque santista. Além do golaço (com direito a passe magistral de Kléber), incomodou o tempo todo, posicionando-se bem e se deslocando bastante. Pronto.

quarta-feira, agosto 01, 2007

Movimento Fica, Dualib resiste

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Às armas, camaradas!

O movimento Fica, Dualib! foi atingido com a licença de nosso inspirador da presidência do Corinthia, mas resistiremos.

Afinal, não somos de fraquejar e ele voltará um dia, nem que seja no dia do Juízo Final do rebaixamento...

Não somos de fraquejar, e ainda há de haver o dia em que o Dualib Eterno seja realidade lá na Fazendinha.

Os motivos para tal desejo já foram explicitados nos sete motivos do Movimento, nossa verdadeira bíblia (veja aqui).

De qualquer forma, nosso movimento não desistiu.

Se Dualib passar, ainda há a possibilidade de André Sanchez eterno, Roque Citadini eterno e outras pragas piores que as sete que assolaram o Egito.

Se os curinthianus acharem que é praga demais farei o pior dos xingamentos, a escalação de hoje:
Felipe; Edson, Zelão, Fábio Ferreira e Wellington (Eduardo Ratinho); Moradei, Ricardinho (Vampeta), Dinelson (Kadu) e Willian; Everton Santos e Clodoaldo

"Cansei" adere à campanha do Futepoca

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Depois das inúmeras adesões populares recebidas pela proposta desse blog de boicotar os ônibus no dia 18 de agosto, em protesto contra o "apagão do transporte coletivo", fontes fidedignas afirmam que os próprios "militantes" do "Cansei" também vão se juntar a nós.


Empresários, milionários, ordiná... ops, enfim, boa parte das pessoas que estão promovendo a "jornada cívica" contra "tudo o que está errado" garantiram à reportagem do Futepoca que NÃO vão andar de ônibus no dia 18. Os patriotas não quiseram se identificar por medo de sofrerem represálias por parte de outros democratas que não conseguiriam entender tal gesto de grandeza.



Caem por terra pois as acusações de que os movimentos, o nosso e o deles, sejam rivais. Assim como nós não voaremos no dia do boicote, os "cansados" também não vão pegar ônibus. Folgo em viver em uma democracia como a nossa que permite a convivência e a paz entre classes sociais distintas. Sejam bem vindos, "cansados"! Em breve publicaremos o número da conta bancária para que vocês possam fazer suas doações

Bebedeira e falta de firmeza decretaram fracasso do Brasil na Copa

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O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, resolveu botar a boca no trombone - com relativo atraso - e explicou algumas das razões para a campanha fracassada da seleção na Copa de 2006. "Tinha jogador que chegava entre 4 e 6 da manhã bêbado", disse o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ao jornal Estado de S. Paulo desta quarta.

Teixeira ainda deu a entender que faltou firmeza ao técnico Carlos Alberto Parreira. "Era óbvio que aquilo não ia funcionar. Como é que ninguém via isso?", esbravejou, o que justificaria a escolha de Dunga para sucessor. "Por isso é que eu preciso de disciplina e esse é o papel de Dunga", completou.

Sobrou também para Ronaldo, atacante do Milan, obeso e ex-fenômeno. "Como é que um atleta pode chegar a uma Copa pesando 98 quilos? Eu tenho quase isso e não sou atleta", questionou sugerindo um veto à presença do dentuço na Copa de 2010. "Com quantos anos está Ronaldo hoje? Com quantos anos ele estará em 2010 na Copa? É só isso que eu tenho a dizer", disse.

Flamengo: o rebaixado mais caro da história

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Não é nem praga em urubu que anda voando na perigosa zona do rebaixamento, mas o que a direção do Flamengo está fazendo de tudo para cair, isso está. Pode até não dar certo, mas...

No desespero, trocou Ney Franco pelo eterno Joel Santana. Sei que a criatividade dos cartolas não é lá essas coisas, mas o número de vezes que o Joel foi chamado para salvar times do Rio e crise já é um escárnio. Não dá nunca para pensar em algo diferente? Ele vai durar quantas rodadas?

Mas outro ponto que chama atenção é a contratação indiscriminada de jogadores. Pegaram o Roger, do Curinthia, que ganhava R$ 250 mil por mês, trouxeram o Ibson, do Porto, não deve ter sido por menos, mais o Fábio Luciano, da Turquia, que também deve ganhar por aí, além do Jonathas, que também estava na Europa.

Como essas coisas não planejadas e de última hora não costumam dar certo, pode ser o rebaixado mais caro da história...

Nem é praga, mas experiência... O Galo, quando caiu, desandou a contratar um monte de jogadores com nome e sem futebol. Deu no que deu...

Sem contar que o Flamengo, time que mais deve no país, contrata jogadores caríssimos por que saem barato: é só não pagar... Mas aí a crise aumenta ainda mais.

Como diria o Vampeta, à época do Flamengo, "eles fingem que pagam e a gente finge que joga".