Destaques

terça-feira, setembro 21, 2010

Banheiro suspeito (2)

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Sem Copa e devendo explicações

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No comentário de um post aqui do Futepoca eu já tinha falado sobre a recuperação de um documento de 1952, na Prefeitura de São Paulo, que revela as condições para a doação do terreno onde está o estádio do Morumbi: o São Paulo Futebol Clube deveria utilizar no máximo três quartos do terreno para suas atividades esportivas, e no restante, como contrapartida, teria que construir um parque infantil (com entrada franca) e um estacionamento com 25 mil metros quadrados. Nada foi cumprido e, pior, o local foi ocupado por um clube social particular que sempre gerou dividendos.

Nada disso viria à tona, depois de 58 anos, se o São Paulo não tivesse metido o Morumbi na disputa (fracassada) por um ou mais jogos da Copa de 2014. Quando a diretoria começou a cobrar mais empenho das esferas públicas para sua (frustrada) reivindicação, alguém desencavou esse documento para provar que, para o seu bem, o clube deveria era ficar de bico calado - pois não cumpriu seu compromisso com a Prefeitura de São Paulo. Agora é tarde. Leio hoje, na coluna "De prima", do jornal Lance!:

Contrapartida - O Ministério Público de São Paulo deu até 15 de outubro para o São Paulo se explicar sobre exigências não cumpridas no terreno do Morumbi. Segundo a Associação dos Moradores da Vila Inah, ao receber o terreno, o clube se obrigou a construir, em parte da área, um parque infantil com acesso livre ao público e um estacionamento.

E agora, Juvenal? Primeiro, arrumou briga com Corinthians e Palmeiras, que não mandam mais seus jogos no Morumbi, uma sensível perda de receita. Depois, inventou a dispendiosa e irreversível reforma do estádio, crente que ia abrigar um jogo da Copa de 2014, mas deu com os burros n'água. Agora, vai ter que explicar o inexplicável. Vamos bem, presidente, muito bem...

segunda-feira, setembro 20, 2010

O Polvo Paul decide

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Arte do camarada Thiago Balbi, a partir de uma ideia nascida no fórum adequado.

Sem comentários.


domingo, setembro 19, 2010

Lucas garante o 2 a 0 sobre o Palmeiras no Choque-Rei

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O Palmeiras perdeu para o São Paulo por 2 a 0 no Pacaembu neste domingo, 19. Jogou pior do que o adversário no Choque-Rei e foi derrotado. Para deixar o torcedor mais preocupado, tomou outro gol depois de um balão do goleiro adversário. O mesmo havia ocorrido na semana retrasada, contra o Vitória.

O primeiro tempo foi péssimo, daqueles que explicam porque os dois times estão lá no meião da tabela. O desfecho no segundo tempo mostrou por que o lado verde não vai subir mais do que isso na classificação. A não ser que melhore muito.

O Palmeiras poderia ter deixado o domingo melhor se, depois de sofrer o revés, dos pés de Lucas (ex-Marcelinho) aos 10 do segundo tempo, tivesse colocado alguma bola para dentro. Mas Rogério Ceni evitou três chances mais ou menos boas. Mais chato do que não marcar é ter que reconhecer o trabalho do 1 do São Paulo...

Defesa desarticulada, meio inexistente. Ou quase. O Palmeiras não conseguiu criar de fato, mesmo com o recuo tricolor.

Ainda deu tempo para, com tranquilidade, o time de Sérgio Baresi fazer o segundo com Fernandão. Recuado e esperando o contra-ataque, ficou fácil com a falta de capacidade ofensiva dos adversários.

Lucas foi o nome do jogo, ou do segundo tempo, que foi quando se jogou algum futebol – aquele esporte em que 22 jogadores, metade de cada lado, disputando o esférico e tentando fazer a bola passar pela meta do adversário.

Sem Kléber, o Palmeiras não tem um nome para ser do jogo, porque Valdívia não resolveu nada até agora, desde sua volta.

Luiz Felipe Scolari pula, grita, xinga... Se eu reclamo daqui, imagino que do banco de reservas eu também reclamaria. O problema é que ele foi expulso novamente. E não resolveu o time.

Que os são-paulinos me contradigam (ou façam a troça).

Não vejo ninguém na minha frente (até domingo a noite, pelo menos)

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O Corinthians não deu sopa para a zebra, abafou e fez 3 a 0 no o Grêmio Prudente, neste sábado, no Pacaembu. Iarley abriu o placar, em belo passe de Elias, Jorge Henrique guardou o segundo, em belo passe de Bruno César, e Elias fez o terceiro, após uma troca de passes dentro da área prudentina que terminou com um toquinho de calcanhar de Paulinho.

Enfim, foi tão fácil quanto teoricamente é o jogo entre o vice-líder e o lanterna do campeonato. Como o Timão já havia perdido para dois lanternas provisórios antes (os dois goianos, por coincidência ou obra de forças maiores), cabe a comemoração.

Com o resultado, roubamos a liderança do Fluminense pelo menos até o Fla-Flu deste domingo. E mesmo com o clássico, o máximo que o Tricolor consegue é empatar nos mesmos 44 pontos, precisando ganhar pelo menos por 3 gols de diferença do Flamengo para volta à ponta – se fizer só dois, ficamos na frente pelos gols marcados. E tudo isso com um jogo a menos, a partida adiada contra o Vasco, que será em 13 de outubro, salvo engano.

Convém destacar que os bons resultados recentes foram conseguidos com 5 ou 6 desfalques – a dúvida é se você considera Ronaldo nessa categoria ou não. Mas Dentinho, Chicão, William e Ralph (machucads) e Jucilei certamente nela estão. E Bruno César jogou gripado.


O empate no grande jogo entre Cruzeiro e Botafogo, no Engenhão, também ajudou, mantendo os dois outros contendores mais próximos a uma distância segura. Os números e as boas atuações recentes ajudam a elevar o moral da tropa para as duas pedreiras dessa semana: Santos na Vila e Inter no Beira Rio.

No primeiro turno, no Pacaembu, o Corinthians meteu 4 a 2 no Peixe, com Ganso e Neymar em campo – mas ainda sem Robinho. Ou seja, claro que a Vila faz diferença, mas dá pra arrancar um resultado razoável. Contra o Inter, outra vitória, um 2 a 0 mais comum. Mas o Colorado melhorou de lá pra cá, com a chegada de Celso Roth. Jogos em que o empate sem dúvida é bom resultado.

PS.: O domingo passou e o Fla-Flu acabou em insanos 3 a 3, no que deve ter sido um abaito jogo. E deixou o Corinthians na liderança. Até quarta, pelo menos.

sexta-feira, setembro 17, 2010

Contra o São Paulo, o Inter é soberano

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O jogo de ontem, no Morumbi, terminou com a torcida gritando "olé" a plenos pulmões. A torcida do Internacional de Porto Alegre, que fique claro. Ela também berrou, sem dó e com toda propriedade, em plena casa do adversário: "Ôôôô, o freguês voltou, o freguês voltou, o freguês voltou...ôôô!". Muito justo. Os 3 a 1 sobre o São Paulo foram implacáveis - e o placar poderia ter sido ainda mais elástico. Como previ aqui, há coisa de uma semana, os verdadeiros testes pra mostrar o que é e o que pode esse time do Sérgio Baresi eram contra "o ótimo Botafogo, no Rio de Janeiro, e o excelente Internacional-RS", pois vencer os sofríveis Atléticos de Minas e de Goiás e o esforçado Flamengo não queria dizer nada.

Pois é, o São Paulo não passou em nenhum dos dois testes. E suas péssimas atuações levam a crer que o futuro na competição é nebuloso. Volto a repetir: não tem time para vencer nenhum dos dez primeiros na tabela - nem o próximo adversário, o Palmeiras, que também vive tempos difíceis mas que jogará embalado por uma importante vitória lá no Sul. Já o São Paulo entrará em campo com o peso da humilhante derrota para o Inter, dentro de casa, sobre os ombros. Hoje estreia no cinema um filme chamado "Soberano". Os jogadores que usaram a camisa do Tricolor ontem devem estar pensando que o protagonista é o Internacional...

No mais, mesmo considerando que o São Paulo está equidistante da zona da Libertadores e do rebaixamento (sete pontos para mais ou para menos), foi espantoso ouvir a hilariante declaração do - inócuo - Jorge Wagner ao final da partida de ontem:

- Precisamos mostrar resultados e, quem sabe, encostar no G-4 e depois brigar pelo título.

Sem comentários.

quinta-feira, setembro 16, 2010

Boa notícia para o presidente manguaça

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Se o presidente vier a São Paulo nas eleições, pelo menos uma boa notícia está assegurada. No Estado, não haverá "lei seca", que impede a venda de bebidas alcoólicas do dia da votação.

Como tudo que é muito bom, vamos tomar cuidado (ops, só cuidado), porque a notícia saiu no caderno Poder da Falha de S.Paulo. De lá, desconfio até da data impressa.

Segundo o jornal, a decisão foi tomada em acordo feito com a Secretaria de Segurança Pública do Estado e o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo. A venda de bebidas alcoólicas já havia sido liberada nas eleições de 2008 em São Paulo. A liberação aconteceu por uma decisão liminar feita a pedido da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes).

Se for verdade, vamos esperar por uma segunda boa notícia. Que os ébrios deste Estado levem Mercadante ao segundo turno. Para daí comemorar (quer dizer, beber) moderadamente (rs).


Tá bom, vai

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O Santos venceu ontem o Atlético-GO na Vila por 4x2. Foi uma virada sensacional: o adversário vencia por 2x1 os 30 do segundo tempo, e o Peixe mostrou garra e talento para virar o placar e sonhar, ainda que de forma tímida, com o título do Campeonato Brasileiro.

Acontece que, hoje, ninguém está falando sobre isso. O que todo mundo discute é a insubordinação que Neymar mostrou ao final da partida.

Eu preferia fazer um texto sobre a reação do time, sobre a boa atuação de Madson, sobre mais uma pífia jornada de Keirrison e Marquinhos, mas não tem jeito. Falemos de Neymar, então. Por isso o "Tá bom, vai" do título do post.

Neymar já estava nas manchetes desde o início da semana. No domingo, quando o Peixe foi derrotado pelo Ceará, Neymar se estranhou com atletas do time adversário e iniciou uma confusãozinha que culminou em pancadas nas costas de Marquinhos.

Iniciou-se aí um blablablá chato, com o pai de Neymar dizendo que o garoto precisava de mais auxílio psicológico, inúmeros jornalistas dizendo que o jogador estava chato e mimado demais, e poucos - eu incluído - apontando que ele estava sendo caçado pra caramba em campo, e que suas indiscutíveis demonstrações de chatice não legitimavam atos de violência contra ele. A tal da carretilha contra o Ceará foi o maior exemplo disso (a 3:30 aqui). Ele tenta o drible, é parado pelo zagueiro que usa o braço, e o juiz manda seguir. Soou, ao meu ver, algo como "quem mandou fazer graça? Agora aguenta".

Então chegamos no episódio de ontem. Que é completamente diferente do de domingo, e dos antecessores que envolvem o garoto. Ontem, Neymar se insubordinou com seu técnico. Falou palavrões, o ofendeu em público. Foi além da "discussão de quem quer ganhar o jogo", algo que comumente se fala quando dois profissionais do mesmo time discutem durante uma partida.

E aí não há muito o que fazer. A diretoria tem que punir Neymar - sei lá se com uma multa no salário, ou qualquer outra coisa. Tem que ter cautela para não punir o time. Afinal, com Robinho e Ganso fora do time, a ausência de Neymar teria como principal vítima o próprio Santos, e não o atleta.

Prevejo dezenas de dias chatos, repletos de comentários repetitivos sobre tudo o que acontece com Neymar. E não me preocuparei em rebatê-los. Minhas respostas também seriam repetitivas. No fim, cada um acaba acreditando no que quer acreditar.




Renê Simões
"Estamos criando um monstro", disse o técnico do Atlético-GO - time que levou quatro gols em quarenta minutos, está na zona do rebaixamento e, portanto, teria muito o que explicar à sua torcida - após o jogo de ontem.

Desde que comecei a acompanhar futebol, uma coisa que sempre vi como unanimidade foi o fato de ser anti-ético um profissional de um time fazer críticas sobre outra equipe. Nunca pegou bem, sempre foi repreendido pela imprensa, pelos próprios profissionais.

Aí Renê solta esse caminhão de sentenças sobre Neymar, e a reação geral parece ser de apoiá-lo. "O professor Renê tem muita experiência no futebol, sabe o que fala". Realmente, parece saber mesmo. Por conta de tudo o que disse, ninguém parece estar preocupado com o vexame que o time dele deu ontem...

Quem é que não ganha fora de casa?

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À 1h20 da madrugada de quarta para quinta, o Brasil alcançou emplacou mais um primeiro lugar no trending topics mundial do Twitter. Depois do CalaBocaGalvão e da recente DilmaFactsbyFolha, a mensagem campeã do momento, como mostra a figura (clique para ampliar), foi um nada educado “CHUPA FLUMINENSE”. Fruto, creio eu, da mobilização conjunta da massa alvinegra e dos muitos rivais do tricolor carioca.

Zombarias a parte, o fato é que o Corinthians foi ao Engenhão e venceu o Flu por 2 a 1. Pra quem não ganha jogo fora de casa nem com reza brava, veio na hora certa. Num jogo tenso e de muita marcação dos dois lados, o Timão fez uma partida taticamente muito boa e conseguiu impor seu jogo por conta da qualidade de seus volantes. Paulinho, Elias (ele não é meia?) e, principalmente, Jucilei foram muito bem marcando e jogando.

O primeiro gol saiu de um belo passe de Elias para Jucilei – que estão chamando de chuveirinho, mas discordo. O nosso selecionável matou no peito com categoria e tocou no cantinho. Isso foi já aos 44 min. De um primeiro tempo amarrado, que já por aí tinha apenas quatro finalizações corintianas e duas do Flu.

Na segunda etapa, o time voltou recuado para sair no contra-ataque – coisa que detesto – e o FLu trocou um dos zagueiros do 3-6-1 que usou na primeira etapa pelo atacante Rodriguinho. Rolou como se imaginava: o Flu pressionava, mas não chegava com tanto perigo assim, e o Corinthians saia rápido. Aí, aos 20 minutos, Elias deu belo passe para Alessandro que invadiu a área e deu para Iarley fazer de carrinho.

O tricolor ainda descontou com Washington, na única falha da linha de impedimento paulista (o ataque carioca apareceu na banheira uma boa meia dúzia de vezes). Rolou pressão, e Adilson foi tirando atacantes e colocando meias cadenciadores, congestionando o meio e mantendo a posse de bola com muitos passes – numa autêntica retranca parreirística. Deu certo e levamos os seis pontos do jogo.



Agora, os dois times estão empatados na liderança, com 41 pontos, mas a ponta segue com o Flu pela vantagem de um mísero gol no saldo. Como o Timão tem um jogo a menos, no aproveitamento, estamos na liderança.

A vitória de hoje não foi “final antecipada”, dadas as características dos pontos corridos, como destacou o conselheiro Acácio. Mas dá uma moral danada. Na sequência, o Corinthians recebe o combalido Grêmio Prudente – o que assusta pela tendência Robin Hood demonstrada pelo time. No Rio, rola Fla-Flu, imprevisível mesmo com a distância na tabela. E o Cruzeiro, recém chegado à disputa da primeira posição, com 40 pontos, pega o Botafogo, componente final do G4, com 37. Com um pouco de sorte, dá pra terminar na liderança matemática.

PS.: Ok, esse negócio de sumir quando o time perde e aparecer quando ganha não é dos mais bonitos. O fato (ou a desculpa) é que a vida anda corrida. Tentarei ser mais assíduo.

Palmeiras ganhou do Grêmio. Acredita?

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No Olímpico, o Palmeiras venceu o Grêmio por 2 a 1. O alviverde mostra que vai melhor fora de casa, mesmo quando o domicílio é o Pacaembu. Vai entender. Marcos Assunção foi decisivo ao marcar um e cruzar no segundo, de Ewerthon. Jonas diminuiu, mas o campeonato fica menos trágicoda 10ª posição.

No dia do aniversário do Tricolor de Renato Gaúcho, sobram  dúvidas sobre o futuro. Os times estavam empatados em 26 pontos, só que o Grêmio estava sem perder a cinco jogos.Tem muito chão pela frente, são duas equipes medianas que vão disputar vaga na Sul-Americana.



Valdívia ficou no banco no começo do jogo. Foi a primeira partida em que o chileno foi preterido desde sua volta. O Palmeiras também abandonou o 3-5-2 de cinco volantes para um 4-4-2 de quatro volantes. Bravo! Não foi isso que fez diferença, foi a confiança demonstrada no gramado.

O gol do Palmeiras aos 14 minutos foi castigo para o time azul, preto e branco, porque os donos da casa mandavam na partida. Mas a falta em Ewerthon foi cobrada por Marcos Assunção deixando a noite mais feliz e mais verde (limão-siciliano).

Já o segundo, aos dois da etapa final, foi aquele gol-luva. Caiu no jeito para deixar o time mais tranquilo. Com boa atuação de Deola e um ou outro contra-ataque que quase dava certo, parecia que a partida estava sob controle verde.

Para quem vencia por 2 a 0, parece normal. Mas fazia tempo que não se via esse tipo de vento a favor do Palmeiras no gramado. O gol gremista só saiu aos 46, num bate rebate. Houve chances boas, mas os visitantes não se acuaram, o que é bom.

O pior é imaginar que, no próximo jogo, contra o São Paulo, muito provavelmente, o desempenho em nada lembrará o que se viu em campo em Porto Alegre. Por que, não sei. Continua a faltar meio de campo criativo, mas isso não explica como a tranquilidade de hoje entrou no lugar da ausência de time do fim de semana, ou da equipe que tanto empata neste campeonato.

Vai entender.

quarta-feira, setembro 15, 2010

Medo, pânico, desespero

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Há quatro meses, eu já comentava a visível irritação de José Serra (à direita, sempre) e perguntava se ele não ia partir pra cima dos jornalistas. Não deu outra: depois da Miriam Leitão e do Heródoto Barbeiro, que foi limado do programa Roda Viva, da TV Cultura, agora foi a vez de brigar com Marcia Peltier, da CNT, na gravação de entrevista que vai ao ar hoje à noite. "Faz de conta que eu não vim", rosnou Serra, depois de perguntas sobre pesquisas de opinião e quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB. "Isso foi montado", acusou o candidato tucano. Marcia reagiu, indignada: "Montado para quem? Aqui não tem isso". Para finalizar o ataque de destempero, Serra perguntou se Dilma Rousseff também seria entrevistada pela CNT. Com a confirmação, sugeriu "educadamente" que dirigissem as perguntas à adversária petista.

Nisso que deu falar mal do Lula...

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De candidata à presidência da República em 2006, com espaços generosos em todos os meios de comunicação, a ex-histriônica Heloísa Helena teve que se contentar com um modesto mandato de vereadora em 2008 e agora vê ameaçada sua eleição para o Senado, por Alagoas. Segundo a mais recente pesquisa Ibope, Renan Calheiros (PMDB) lidera, com 54% das intenções de voto, e a segunda vaga do Estado nordestino está dividida entre a candidata do PSol, que caiu de 44% para 41%, e Benedito de Lira (PP), que cresceu 7 pontos e agora está com 35% das intenções de voto.

Com isso, empatou tecnicamente com Heloísa Helena, pois a margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou menos. Sintomática essa queda nas intenções de voto da líder PSolista, pois ela, que sempre vociferou contra o popular presidente Lula (81,4% de aprovação), seu governo e seu partido, está concorrendo a uma vaga no Senado em um Estado onde a candidata do PT, Dilma Rousseff, já atingiu simplesmente 66% das preferências.

Para lembrar dos grandes tempos da F1

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O vídeo abaixo é de 1986, na Hungria e mostra um jovem e valente Ayrton Senna sendo ultrapassado por um Piquet no auge de sua forma.


O interessante, para quem gosta de automobilismo, é que Piquet tenta uma primeira vez, toma o X de Senna e depois faz praticamente um cavalo de pau em plena curva para não ser novamente ultrapassado.

É bom lembrar que Piquet estava numa Williams, um dos melhores carros da época, e Senna numa Lotus que andava bem atrás, mas mesmo assim dá para ver dois grandes pilotos em ação.

Comparação com a F1 de hoje?????

O desespero machucando o coração (2)

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Outro dia comentei aqui sobre o despropósito da Editora Abril de enfiar uma foto do José Serra no meio do encarte de um CD do Chico Buarque. Agora foi a vez das Organizações Globo colaborarem com sua parcela no desespero pela iminente surra que os tucanos levarão nas urnas. Hoje, o site do jornal O Globo traz uma inacreditável "matéria" sobre o "futuro" do governo federal. Contra todas as evidências, a taróloga Cinara Mattos (foto) garante: "Vai ter segundo turno, entre Dilma e Serra".

Além do "incentivo moral" para o PSDB, Cinara ainda tenta convencer os eleitores de Dilma de que, vitoriosa, ela estaria à beira da morte e passaria seu governo para "assessores". "Ela vai ganhar e vai focar na economia, mas, como está doente, vai precisar ser muito assessorada". Não contente em urubuzar a saúde da candidata, Cinara ainda alerta os simpatizantes do popular presidente Lula que ele será inimigo dela. "No primeiro mês de mandato, Dilma vai mudar com o Lula completamente. Ele vai querer comandar atrás dela, e ela vai dizer que não, que o comando é dela. Eles vão romper definitivamente", sentencia a taróloga.

Em tempo: Cinara Mattos é a mesma que previu, para o Globo Esporte, que seremos campeões na Fórmula 1 este ano. "Com certeza voltaremos a ser campeões. Os mais cotados são o Felipe Massa e o Bruno Senna. Um dos dois vai trazer a taça para o Brasil". Faltando cinco provas para o final da temporada, Massa é o 6º colocado na tabela, 63 pontos atrás do líder, e Bruno Senna é o 22º, sem um ponto sequer. Melhor que isso: Cinara também previu, para o site UOL, que a final da Copa do Mundo de 2010 seria entre Brasil e França. "Essa será a final", disse a taróloga, em janeiro. "(A França) Vem quente. Ela quer porque quer. A cabeça está direcionada para ganhar. Tem chance real". Raymond Domenech que o diga...

terça-feira, setembro 14, 2010

Cúmulo da desinformação

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Segunda de manhã, sinal para o ônibus, corrida até a porta. A bordo, posição alcançada, a conversa alheia está pela metade. Um manguaça dialoga sobre eleição deste ano. Este manguaça estica as orelhas e só ouve.

– Mas diz que ele bate na mulher... – esbravejou.

A interlocutora, com 20 anos a menos, não entende bem. Eu, tampouco.

– Ah, é?

– É, saiu até no jornal... Parece que ele bateu na mulher um tempo atrás.

Ela demora a puxar da memória os resquícios da lembrança do noticiário de 2005, quando Sandra Mendes de Figueiredo Crunfli registrou ocorrência por agressão, admitida por Netinho de Paula, atualmente candidato ao Senado pelo PCdoB. O caso é, indiretamente, tema de inserções de Aloysio Nunes, que começa uma defesa da Lei Maria da Penha condenando (com razão, diga-se) "quem bate em mulher". A crítica velada tem destino certo.

O episódio é também motivo de resistência para que este eleitor que escreve sequer cogitar o empenho de seu voto ao representante da Cohab no maior astral, apesar de ter sido motivo de "mea culpa" público em seu programa no SBT, em 2009.

Mas no coletivo, o clima era de papo entre amigos, mas com toda pinta de proselitismo a favor de algum outro candidato. Ledo engano.

– É bom isso... – insistiu o meliante, de camisa verde-água aberta até o terceiro botão.

– Como é que é bom, homem? – disse a moça, tirando as palavras de minha boca e apreensiva com tamanho acinte.

– É que é bom, né? Hoje, se eu pegar o chinelo pra dar no meu filho porque ele aprontou, se eu encostar em mulher, vou preso. Aí que é bom ter um cara lá pra defender a gente.

A chinelada é referência à lei da palmada, sancionada pelo presidente Lula em julho deste ano que veda tapas, beliscões e castigos físicos de outras naturezas. A parte de "encostar em mulher" é alusão à Lei Maria da Penha, assinada pelo mandatário em 2006 para proteger principalmente vítimas de violência doméstica, num dos maiores avanços apontados pelos movimentos de mulheres no país.

Ainda na sequência de tradução do que parece que o cidadão queria dizer, "um cara lá" significa um representante no Senado. A expressão "a gente", os que precisam ser defendidos, relaciona-se ao homem de que considera que a violência é ação legítima e eficaz do ponto de vista pedagógico na educação e (afe!) afirmador de masculinidade na relação "afetiva" com a senhora sua esposa. Ou algo assim.

A moça tentou arguir. Buscou "vejas bens" do fundo do estômago, mas havia poucas possibilidades de diálogo. Não ousei interferir nesse diálogo. Fui para o fundo do ônibus.

segunda-feira, setembro 13, 2010

É a cabeça, irmão

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Não imaginava de nenhuma maneira que este ano meu Galo estivesse disputando uma das gloriosas vagas do rebaixamento.


O investimento foi alto, jogadores como Fábio Costa, Réver, Diego Souza, Ricardinho, Daniel Carvalho, Obina, Tardelli fazem do Atlético um das cinco maiores folhas salariais deste campeonato.

E ainda vem a cara comissão técnica do gênio Luxemburgo.

Nada disso deu certo até agora.

Talvez por um motivo simples, o desmonte do time que foi campeão mineiro e a montagem de outro em pleno começo do Brasileirão.

Por melhor que sejam os jogadores, isso não costuma dar certo. Mas foi a opção.

Com os maus resultados, outro problema.

Jogava-se bem mas, invariavelmente, no primeiro turno, o resultado acabava sendo a derrota. Bolas na trave, chances perdidas na cara do gol, para tudo ser resolvido num chute de fora da área acertado pelo adversário.

Mais ansiedade, mais falta de confiança e mais resultados negativos, ciclo porque já passaram diversos times.

A esperança de torcedor vem de um fato diferente neste segundo turno, que ainda está em sua segunda rodada.

Contra o Vasco, o time jogava bem, tomou gol e se perdeu mais uma vez, mas conseguiu o empate no final do segundo tempo.

Ontem, contra o Prudente, várias chances desperdiçadas no primeiro tempo, bola na trave etc. Quando tudo caminhava para um empate desastroso em casa, novo gol no final do segundo tempo de Obina. O quinto gol em três jogos.

E isso num momento em que o time jogava mal e era fácil prever que o Prudente faria um gol no contra-ataque a qualquer momento.

Pelo menos nesses primeiros dois jogos, a história mudou.

Que isso volte a dar confiança aos jogadores e que continuem a pelo menos fazer pontos e tirar o Galo do rebaixamento.

É pouco, muito pouco, mas é o que se tem.

É que não teve futebol

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É verdade que não assisti ao jogo entre Palmeiras e Vasco no domingo. Terminou 0 a 0, a exemplo do que ocorreu no primeiro turno. Quem assistiu, não gostou.

Não teve muito futebol. Luiz Felipe Scolari continua falando em pensar em 2011. Apesar de haver mais atacantes em campo, não houve meio de campo para levar a bola. No chutão, na trombada, nada aconteceu. A marcação vascaína resolveu. Incômoda 13ª posição.

É o pior desempenho desde 2002, o ano do trágico rebaixamento. Melhor mudar de assunto.

sexta-feira, setembro 10, 2010

Bate no peito, goleirão! Comemora!

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Sumemo, falamemo!

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Durante encontro da cúpula executiva da ONU em um resort austríaco, o manguaça chinês Sha Zukang (foto), subsecretário-geral para Assuntos Econômicos e Sociais da instituição, pegou o microfone lavou a alma contra seu chefe (ah, os chefes!), o coreano Ban Ki Moon, e os estadunidenses (ah, os EUA!):

- O vinho me afetou um pouco, mas eu quero dizer algumas coisas que estão na minha cabeça. Eu sei que você nunca gostou de mim, sr. secretário-geral... Bom, eu também nunca gostei de você. Eu não queria vir para Nova York. Era a última coisa que eu queria fazer. Mas eu comecei a amar a ONU e estou começando a admirar algumas coisas sobre você. Você tem tentado se livrar de mim. Você pode me mandar embora a qualquer hora, pode me demitir hoje. 

Não satisfeito, resolveu falar de outro alto diplomata da ONU, o estadunidense Bob Orr. "Eu realmente não gosto dele: ele é americano e eu realmente não gosto de americanos."

Pronto, virou meu herói!

Uma derrota chata para impedir a arrancada

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Santos, Botafogo, Pacaembu. A junção das três palavras traz, há 15 anos, más lembranças ao torcedor peixeiro, e ontem não foi diferente. Num jogo em que as duas equipes erraram muito, o Botafogo acabou sendo mais eficiente e fez com Loco Abreu o 1x0, que levou a equipe do Rio ao terceiro lugar do Brasileirão. Já o Santos interrompeu uma sequência de seis jogos sem derrota e ficou distante dos líderes do torneio.

Seria possível dizer que o jogo de ontem seguiu o preceito do "quem não faz, toma" - principalmente se levarmos em conta que o Botafogo marcou seu gol aos 45 do segundo tempo. Mas, apesar de adequada, tal determinação seria injusta. O Santos até criou mais do que o adversário, mas não atuou de maneira encantadora o suficiente para dizermos que o resultado de ontem foi injusto.

O time foi a campo no 4-4-2. Arouca e Danilo como volantes, Marquinhos e Zezinho na armação e Neymar e Keirrison na frente. Não foi uma boa opção, principalmente por causa dos meio-campistas. Zezinho até se movimentou e criou uma ou outra chance; mas Marquinhos foi péssimo, sofrível. Está nitidamente fora de forma. Não consegue criar jogadas, dar bons passes, tentar o gol.

O resultado foi um Santos opaco no primeiro tempo. Neymar tentava suas jogadas, mas não podia fazer milagre com o resto do time desorientado.

Aí, no intervalo, Dorival Júnior acabou sucumbindo às pressões da torcida e sacou Keirrison e Marquinhos, para colocar Madson e Zé Eduardo. Bobagem: o ex-Coritiba e Palmeiras até que não estava tão mal assim e Zé Eduardo foi péssimo. Além de colocar um jogador que não rendeu (e tirar um que precisa do tal "ritmo de jogo" para render), Dorival acabou queimando uma alteração e descartando o fator-surpresa.

Com isso, em todo o segundo tempo o Santos foi um time demasiadamente desordenado. Parecia que havia uma distância de 15 quilômetros entre meio-campo e ataque. Neymar não jogou mal, mas posicionou-se de maneira errada - ficou na ponta esquerda, isolado, pedindo bola o tempo todo. Madson só corria, sem produzir, e Zé Eduardo estava nulo.

No final, o castigo. Loco Abreu acabou marcando um belo gol e fazendo a festa dos poucos botafoguenses que estavam no Pacaembu ontem.



Ganso
Ao ler que o Santos fica distante dos líderes e que o principal motivo da derrota de ontem foi a desarticulação em campo, é meio inevitável lembrar da contusão de Paulo Henrique Ganso e decretá-la como a principal responsável pela "saída" do Santos da briga pelo título.

Além do Santos ainda não estar fora da disputa (claro que a situação está complicadíssima, mas o Flamengo do ano passado tinha pontuação semelhante à do Santos a essa altura do campeonato), é preciso mentalizar que o Ganso não faz mais parte do elenco do Santos para 2010 e que o time tem bons jogadores, que podem suprir - claro que não com a mesma eficácia - a sua ausência.

O que menos contribuirá para o Santos agora é adotar a postura de lamentar a lesão do camisa 10 e passar o restante da temporada chorando o leite derramado. É possível fazer mais, as vitórias sobre Avaí e Goiás vieram sem Paulo Henrique, o Santos segue vivo.