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Só pra constar, vídeo (é do YouTube, mas eu vi no Último Segundo) do golaço que o argentino Lionel Messi marcou na vitória do Barcelona sobre o poderoso Getafe por 5 a 2, pelo Campeonato Espanhol. O tal do cara dribla cinco jogadores (dribla mesmo, engana), inclusive o goleiro, e passa por uns sete no total. Todo mundo lembrou do gol histórico do Maradona e a jogada é mesmo parecida. Não é todo dia.
No trecho de avião entre São Paulo e Recife, senta uma gaúcha ao meu lado. Estava voltando de sua cidade natal, Porto Alegre, após o enterro do pai, um gremista fanático que teve sete filhas.
Além de conviver com elas, morava também com a esposa e a mãe. Mas não se incomodova por viver rodeado de mulheres. O problema mesmo eram os genros. Das sete filhas, seis acabaram se apaixonando e casando com torcedores do Inter. A última continua solteira.
Claro que o velho tricolor era incomodado constantemente pelos homens que, além de terem tomado suas filhas, ainda faziam troça do seu time. Amargou tempos ruins com campanhas péssimas do Grêmio, a queda pra segundona e toda sorte de sarro dos genros.
Ultimamente, estava se vingando. Vibrou com a desclassificação do Inter no campeonato gaúcho e vinha se dleiciando com a tortura colorada na Copa Libertadores. Em uma ocasião, ligou para Recife somente para azucrinar um dos genros.
Mas o câncer já estava avançado e ele faleceu na quarta passada. Não viu o Grêmio perder por 3 a 1 do Cúcuta e cair pra terceira posição do seu grupo na Libertadores. Também não presenciou a derrota por 3 a 0 para o Caxias no último domingo.
No velório, na quinta, sua filha colocou a camisa do Grêmio sobre o caixão, após uma longa discussão com as irmãs, que não aceitaram a vontade do pai de ser enterrado vestindo o que considerava seu manto sagrado. Ao lado, era velado outro corpo, envolto em uma grande bandeira do Inter.
Inevitável, familiares que estavam no velório ao lado se aproximaram, viram a camisa do rival, e não perderam a chance:
- Até aqui estão enterrando o Grêmio.
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Se a rusga entre os dois grandes gaúchos é maior que quase tudo, em Campina Grande, segunda maior cidade da Paraíba, Treze e Campinense dividem o coração dos moradores locais. No entanto, quando um dos dois joga com um clube da capital João Pessoa, os torcedores se unem pra torcer contra. A rivalidade entre as cidades acaba superando a dos times.
Ninguém segura o Futepoca. No máximo, empurra ladeira abaixo. A dica é do Glauco: a cachaça Seleta, em sua página lista sites relacionados ao tema cachaça. O único blog é o Futepoca.
O rótulo é produzido pelo mesmo fabricante da Boazinha, sempre em Salinas (MG). Juntas, são disparadas as maiores engarrafadoras de cachaça artesanal do país.
O clipping publicado aqui em 5 agosto de 2006 é, digamos, complementar.
O jornalista Luis Nassif está lançando Os Cabeças-de-planilha (Ediouro), livro sobre o qual ele já vem falando faz algum tempo em seu blog e que eu achava que seria apenas uma análise sobre o Plano Real e as idéias fixas de boa parte dos economistas brasileiros hoje. Como se fosse pouco, dirão os sensatos. O “apenas” só se justifica pelo que acabou saindo no livro de Nassif. Além da análise, o jornalista desvenda um esquema de favorecimento e tráfico de informações grotesco, que rendeu a André Lara Resende, banqueiro e sábio tucano, a bagatela de R$ 500 milhões. E ele não foi o único beneficiado.
A brincadeira ocorre logo no início do Plano, em 1994. A intenção do plano era manter uma paridade entre a nova moeda e o dólar. No entanto, desde o início o real valeu mais do que a moeda americana, diferença que aumentou com o tempo. Entre os resultados dessa sobrevalorização estão o alto déficit em conta corrente do período e a necessidade de manter juros altos, para atrair capitais especulativos, desacelerando a economia.
Enquanto o país parava, banqueiros e outros operadores ganhavam fortunas no mercado de câmbio, municiados por informações privilegiadas fornecidas pelos formuladores da política cambial. É como se a o bicheiro divulgasse o resultado com antecedência.
Abaixo, trechos do livro publicados no Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim. Que, aliás, afirmou sobre a história: “Esta é provavelmente a denúncia mais grave já feita sobre as maracutaias na política econômica brasileira.”
“...(André) continuou tendo participação ativa nas formulações econômicas, em um caso flagrante de ‘inside information’. Aliás, ele era mais do que um insider. Era o economista com dupla militância, ajudando a definir as regras do Real e, depois, operando no mercado em cima dessas margens”. (Pág. 187)
. “... algumas instituições começaram a atuar pesadamente no mercado de câmbio, apostando na apreciação do real... a mais agressiva foi a DTVM Matrix... com capital de R$ 14 milhões passou a ter uma carteira de R$ 500 milhões. Seu principal sócio era André Lara Resende“. (Pág. 197)
. “Para fortalecer a posição dos “vendidos” (como o Matrix de André), nos meses que antecederam a implantação da nova moeda, Winston Fristch reuniu-se reservadamente em São Paulo com instituições financeiras... fornecendo o mapa da mina da apreciação do Real... Um dos presidentes de instituição financeira presente me contou a surpresa deles ao ver um membro do Governo passando o mapa da mina cambial”. (Pág. 198)
Ora, e onde estava Fernando Henrique Cardoso, o pai do Real, nosso salvador, amém? Amorim relembra uma entrevista concedida por FHC a Nassif em fevereiro deste ano: “Por três vezes ele diz que não sabia do que acontecia – e não sabia o que acontecia sobre o Plano Real, que mudou a economia, a moeda e o país (para o bem e para o mal...). E por cinco vezes ele diz que não foi consultado. Não foi consultado sobre questões centrais da reforma do Plano Real. É espantoso !!!”
Para arrematar, mais um trechinho do livro pinçado pelo Conversa Afiada: “André Lara Resende via o plano como uma forma de enriquecimento e ascensão social. Depois de enriquecer com o Real, realizou sonhos adolescentes de comprar carros e cavalos de corrida – que transportou de avião para Londres, quando resolveu passar uma temporada por lá” (Pág. 211)
Agora, quero ver os companheiros jornalistas que tanto chiaram com a história (não comprovada) de favorecimento ao filho do Lula crucificarem banqueiros e tucanos em geral.
Edu Maretti Estava eu passando pela rua Maria Paula e viaduto Jacareí ontem, no início da noite, quando vi o ônibus do Santos Futebol Clube estacionando na frente da Câmara Municipal de São Paulo (foto).
O veículo não trazia jogadores do time, mas uma equipe de reportagem e membros da assessoria de imprensa do clube. A equipe chegava para a sessão solene em homenagem aos 95 anos do clube da Vila Belmiro. A iniciativa partiu do vereador Celso Jatene (PTB).O Santos foi fundado no dia 14 de abril de 1912
O presidente do SFC, Marcelo Teixeira, participou da sessão. Mas claro que não veio no ônibus.
Tudo bem que o jogador, ao comparecer outro dia a um programa de debate esportivo na TV, estava parecendo um clone de Edson Cordeiro. E as duas primeiras sílabas de seu nome também não ajudam muito. Mas a perseguição sobre Richarlyson pela sua suposta homossexualidade já está beirando a zombaria. Ontem, a chamada de capa do Lance! sobre o gol contra que selou o empate entre São Caetano e São Paulo foi: "Richarlyson, que time é teu?". Não bastasse o trocadalho, o mesmo jornal publica hoje a seguinte legenda: "Depois de gol contra, Richarlyson vai ao Peru". Maldade pura.
Da dupla Falcão e Galvão Bueno a respeito da contratação de Paulo César Carpegiani como técnico do Corinthians, durante o intervalo da partida entre São Caetano e São Paulo:
"Sem omelete, não se faz ovos".
Seria a subversão da culinária tradicional?
Com todo destaque da mídia e a crecente espetacularização do esporte, nossos ídolos esportivos, principalmente os do futebol, nos parecem cada vez mais distantes. Não que sejam realmente seres de outro planeta, mas adoram se comportar como tal. Muitos acham que jogam mais do que jogam, outros acreditam que valem mais do que valem. Às vezes, quando começam a despontar nas categorias de base, já passam a olhar de forma diferente. Do alto. E a partir de então exorcizam o passado, não se recordam mais de onde vieram e adotam o pedestal como seu lar definitivo.
Assim, ver ídolos humildes é algo cada vez mais raro. Na saída do jogo do Santos com o Bragantino, no sábado, esperava o ônibus sozinho em um ponto da avenida Doutor Arnaldo. Nisso, chegam um negro alto, aparentando 40 e poucos anos, junto com uma moça de idade semelhante. Olho pra eles e reconheço o homem. Ele, vendo minha camisa santista, puxa papo. "Então só empatamos hoje, hein?".
Era Zequinha Barbosa, um dos maiores fundistas da história do atletismo brasileiro. Participou de quatro Olimpíadas (4º colocado em Barcelona, 1992), foi nº 1 do mundo nos 800 metros, campeão mundial indoor em 1987 e prata em 1991, além de ter sido o primeiro brasileiro a ganhar ouro no Grand Prix de Roma, um dos eventos mais importantes do atletismo mundial. E ali estava ele, pegando ônibus e puxando papo com um desconhecido que, em comum com ele, tinha o time do coração.
Logo, mais uma pessoa, uma jornalista da Federação Paulista de Futebol, se integraria ao papo. Durante quinze minutos, Zequinha falou de futebol, tirou um sarro de leve da palmeirense que o acompanhava e corou a jornalista tricolor quando disse que a atual geração de torcedores do São Paulo "era difícil de aguentar". Contou também do seu Santos, elogiou Luxemburgo e lembrou que havia feito uma aposta com o técnico Emerson Leão, em 2002, prometendo um jantar a ele caso o Alvinegro fosse campeão.
Comentou sobre seu curso de Educação Física na FMU, depois de passar vinte anos morando nos EUA. E assim seguia a conversa. Animada, tanto que, sabendo que os quatro fariam itinerário parecido, Zequinha sugeriu à moça que o acompanhava, quando chegou um ônibus que servia para os dois, que esperassem o próximo apenas para ir conosco e continuar o papo. Diante da delicada negativa, se despediu e subiu no ônibus, ainda falante.
A jornalista, um pouco incrédula, virou pra mim e exclamou "era o Zequinha Barbosa!". De fato, é difícil acreditar que você pode encontrar um ídolo de infância no ponto de ônibus.
Antes da derrota para o Botafogo foi lançado aqui o desafio entre o milésimo gol de Romário e o milésimo "post" do Futepoca.
Agora, com o baixinho desclassificado de qualquer atividade até o começo do brasileirão, virou covardia. Vamos em breve ao Vavá fazer o milésimo. Espero que nenhum futepoquense esteja ansioso ou refugue na hora, como vem fazendo o baixinho.
Aliás, a ironia, o milésimo quase sai de cabeça, faltaram uns cinco centímetros de altura. Mas o que mais vem me chamando a atenção é como Romário está amargurado e ansioso. Exatamente o contrário do que foi durante toda a carreira, em que parecia jogar final de Copa do Mundo como se fosse amistoso em Madureira.
De qualquer forma, para dar uma chance ao Baixinho, podemos depois de fazer nosso milésimo marcar uma pelada do time (?) do Vasco contra o Clube Atlético Fupetoca. E a gente nem escala o Talitão, porque aí seria covardia...
Tudo no Morumbi. As partidas das semifinais do Paulistão serão no estádio do São Paulo o que, pra entendedor meia-boca, já apontam que as finais lá serão. Feliz estará o São Caetano, que jogará duas partidas fora de casa. Por que essa poderosa esquadra não reclamou antes, hein? Certamente a FPF escutaria seus argumentos.
Muito curiosa a reação de alguns tucanos às pesquisas que mostram o governo Lula com aproximadamente 50% de aprovação. Nas palavras do deputado federal paulista José Aníbal, "estamos aniquilados".
Mas o melhor foi o discurso do também tucano de São Paulo Arnaldo Madeira (a imprensa só acha pessedebista paulista?). "A Câmara se transformou numa extensão do Executivo. Aqui se vota o que o governo quer", declarou, esquecendo do rolo compressor do governo FHC, que chamava qualquer tipo de opositor de "fracassomaníaco" (ô, democrata...).
E prosseguiu Madeira. "As pesquisas refletem uma realidade que não podemos alterar neste momento. O PSDB terá de dialogar com setores da sociedade, manter sua coerência e aguardar que esta situação se modifique com o tempo". O petista recalcado que sofreu com a crise política de 2005/2006 e agora estiver a fim de tripudiar, essa é a hora.
O time sub-19 do Palmeiras conquistou o Torneio de Bellinzona, na Suíça - mais informações aqui.
Mas é bom que tudo seja esclarecido: apesar de ser um torneio internacional, com adversários de porte como Barcelona, Tottenham e Borussia Monchengladbach, a diretoria do clube negou a possibilidade de pleitear junto à FIFA o reconhecimento da taça como um Campeonato Mundial.
O Vasco foi eliminado da Taça Rio, o segundo turno do campeonato Carioca. O jogo terminou o tempo regulamentar em 4 a 4. Apenas um gol, da equipe vascaína, saiu na segunda etapa. Com 3 minutos, estava 2 a 0 para o time de Eurico Miranda. Aos 33, 3 a 2. Aos 44, virada: 4 a 3 para o Botafogo. Romário continua, em sua contagem, na marca dos 999.
Sem o veterano, imprestável com as cãibras pós-jogo, a representação de São Januário desperdiçou as três primeiras cobranças na decisão por pênaltis. Desclassificação.
O mais divertido foi o terceiro do Vasco, de Jorge Luiz. Depois de bela jogada, o cruz-maltino tocou por cima do goleiro Júlio César. O baixinho se atirou para tentar tirar uma casquinha e garantir o milésimo. Quando chegou na bola, já estavam, ele e a redonda, depois da linha do guarda-metas.
O Vasco vai esperar até o Brasileiro ou vai marcar um amistoso contra o América para o Romário jogar o primeiro tempo de um lado e o segundo para satisfazer a promessa feita ao pai, seu Edevair?
O relógio marcava 47 minutos do segundo tempo. O São Bento se preparava para cobrar uma falta a dois metros da entrada da área palmeirense quando sirenes dispararam na rua de baixo. O som aumenta, se aproxima. Pelo vão de prédios, vi passar duas viaturas do corpo de bombeiros disparadas pela rua vazia. Um palmeirense se atirou, pensei.
E, se fez isso, foi sem ver a defesa de Diego Cavalieri na falta cobrada quando nada importava na partida realizada em Sorocaba. O time da casa, com nome de santo que inspirou o papa e calções azul-de-pijama, já estava rebaixado. E o alviverde eliminado com a vitória do Bragantino, em casa, contra o Barueri por 2 a 1. É claro que não confirmei minha ilação estapafúrdia do inconformado suicida.
O pior é que Valdívia mais avançado rendeu bem. Osmar, isolado no ataque, fez dois e deixou o terceiro no travessão direito do goleiro Rafael. Martinez marcou, mas desceu ao ataque até que com personalidade, como fazia Magrão quando era palmeirense. Os três volantes posicionados contra o rebaixado São Bento, um constrangimento para a história de time grande, não representaram a tragédia esperada. É claro que a entrada do meia William deu outra cara à partida, tanto assim que foi dele o segundo tento e nele a penalidade do terceiro. Mas agora isso vale tanto quanto os cinco gols que faltaram que, empilhados em uma hipotética goleada histórica (mais dilatada do que a do Manchester contra a Roma), poderia dar a classificação por saldo de gols.
Tampouco tive oportunidade de conversar com o Conselheiro Acácio. A esta altura, imagino-o desolado com o torcedor que saltara da janela, mas teria discurso pronto. Que a classificação foi perdida no Parque Antártica contra o Guaratinguetá, sob a trapalhada de uma defesa que se abriu como jaca mole madura que despenca de um time que não soube vencer em casa. Pior, que só não viu uma goleada ser aplicada no primeiro tempo por inaptidão do time da cidade de Frei Galvão.
Vai dizer, porém, que o time fez sua parte. Que os trinta dias de intertemporada até a estréia contra o Flamengo, no Brasileirão, tem tudo para fazer a diferença. Que o elenco é jovem, que 19 atletas têm menos de 25, que vão ganhar confiança. Que a base é boa, o técnico cascudo, mas capaz de pôs a meninada pra jogar.
E na Copa do Brasil, lembrará ele e seus aceclas, a fatalidade foi a arbitragem ter mandado voltar a cobrança defendida por Diego Cavalieri. Que ter ficado onde até o Corinthians passou foi um acaso.
Enquanto isso, na prática, o primeiro semestre do Palmeiras está no lixo. Ao ouvir o saopaulino do andar de cima comemorar o primeiro gol em Bragança, o desgosto, sem brincadeira, me remeteu à derrota por 4 a 3 no Barradão para o vitória, de 17 de novembro de 2002. Foi exagero.
Amanhã, setores palmeirenses vão se dizer "satisfeitos" com a desclassificação. "Foi melhor", bufarão. Somaram a derrota para o Noroeste no Palestra para dizer que, "com esse time que não ganha nem em casa quando precisa, tinha mais é que perder."
Eu preferiria ver o time capenga de um técnico covarde entre os classificados, mesmo que fosse para perder do Santos na semi-final. O palmeirense que, no meio da (minha) agonia, se atirou e foi socorrido pelos bombeiros concordaria. Junto até do Conselheiro. É triste.
Para o site RSSSF (www.rsssf.com), o maior artilheiro da história do futebol é o austríaco Josef Bican (foto), falecido em 2001, com mais de 800 gols em jogos oficiais (eles não dão o número exato). Pelé teria balançado as redes 765 vezes e Romário, 756 - considerando-se apenas partidas oficiais de clubes e seleções. Na Áustria, corre a lenda que Bican chegou a fazer 5.000 gols. O RSSSF foi lançado em 1994, com informações sobre campeonatos de todo o mundo, abastecido por colaboradores. Somando-se apenas gols em campeonatos nacionais, Bican aparece mais uma vez no topo, com 643, seguido de Pelé (538) e Romário (533). Bican, que nasceu em 1913, começou a carreira no Rapid Vienna. Em 1937, foi para o Slavia de Praga, na República Tcheca, onde virou ídolo, marcando 328 gols em oito anos. Em 1969, quando Pelé estava prestes a fazer o milésimo, a imprensa européia o entrevistou sobre o seu número de gols e lhe perguntaram por que ele não divulgava uma lista com seus 5.000. A resposta foi bem humorada: "Você acha que alguém acreditaria se eu dissesse que fiz cinco vezes mais gols que Pelé?".
Inzaghi marcou contra o BayernCom os resultados de terça e quarta-feira, três ingleses e um italiano farão as semifinais da Liga dos Campeões da Europa. O destaque foi a impressionante goleada do Manchester sobre a Roma, por 7 a 1, na terça-feira.
Muito boa a manchete do caderno de esportes da Folha de S. Paulo de hoje: “Palmeiras vai ao ataque com 3 volantes”. A matéria esclarece que “sem o suspenso Edmundo -principal nome ofensivo do time, seu artilheiro no Paulista (12 gols) ... -, Caio Júnior aposta num substituto que, em vez de ter o ataque como ofício, é um volante de contenção”.
Com Marcelo Costa, “o Palmeiras começa o jogo em que pode até precisar de uma goleada com mais defensores do que jogadores de frente. Martinez e Pierre são os outros dois volantes”, esclarece o jornal.
Pergunta deste escriba: agora vai?
O Lance! adianta que, em reunião marcada para as 11h de amanhã, a Federação Paulista de Futebol deverá confirmar Morumbi e Pacaembu como únicos estádios a receberem partidas das semifinais e finais do Paulistão deste ano. Isso garantirá uma óbvia vantagem para o São Paulo, dono do Morumbi, e já está provocando uma grita geral por parte de Santos, São Caetano e mesmo dos que decidem hoje a última vaga - Bragantino, Palmeiras, Paulista e Ponte Preta.
Após longo tempo sem escrever neste estupendo blog (período marcado por manifestações de fãs, dentre os quais algusn membros deste fórum, saudosos de meus textos), trago um link do YouTube com gols que o autor chama de engraçados, e eu de bizarros. Momentos patéticos de sorte dos atacantes, por vezes auxiliada pela inépcia das defesas. Lá vai: http://www.youtube.com/watch?v=acfCQIgQ_aU
Há alguns meses, a filósofa Marilena Chauí, em entrevista à revista Fórum, disse, em tom de contrariedade, que setores do PT defendiam a aproximação do partido com setores do PSDB (cito de memória). Segundo o site Congresso em Foco hoje, o deputado (Cândido) Vaccarezza (PT-SP) “defende não só a reprodução da coalizão do governo Lula nas eleições municipais de 2008 como também a ampliação da base governista, com o ingresso do PPS e até de parte do PSDB”.
“Setores do PSDB que são social-democratas poderiam estar em outro partido e compor com o PT”, teria afirmado ele, segundo o site. Perguntado sobre nomes tucanos, ele respondeu que tinha os nomes, “mas seria deselegante citá-los”.
Vaccarezza é o mesmo que foi objeto de um post indignado do Olavo, tempos atrás, comentando uma reunião entre dois sorridentes recém-eleitos: o próprio Vaccarezza e o velho Paulo Maluf.
Ensina-se na matemática que o "elemento neutro" é aquele que, quando faz parte de uma operação, não exerce nenhuma influência em seu resultado final. Os dois exemplos clássicos são o número zero, na adição, e o um, na multiplicação.
No futebol, elemento neutro seria aquele time que consegue parecer incólume na maioria dos campeonatos que disputa. Não briga por títulos, mas também não perambula na zona do rebaixamento; não despeja goleadas históricas mas também raramente é humilhado; não tem uma torcida fanática, mas também não é caracterizado por públicos vergonhosos.
Pois bem, poucos times viviam uma situação tão "elemento neutro" no futebol nacional quanto o Rio Branco de Americana no Campeonato Paulista.
O Tigre disputava a elite do Paulistão initerruptamente desde 1993 (oficialmente, está na primeira divisão desde 1989, mas aí é naqueles módulos estranhos dos quais a torcida do São Paulo sente saudade). E em todos esses anos - com a única exceção de 1993, quando ficou entre os semifinalistas - não fez nada de notável no campeonato. Nem pro bem, nem pro mal.
Talvez os feitos que deram maior visibilidade ao Rio Branco foram a revelação de dois atletas em especial, o volante Marcos Assunção, que brilhou no Santos, e o meio-campista Souza, aquele, ex-Corinthians e São Paulo e que no ano passado foi o comandante do América-RN na campanha da volta à primeira divisão do Brasil.
Mas tudo isso acabou no domingo. O Rio Branco foi derrotado pelo seu quase xará Rio Claro e, com uma rodada de antecipação, está matematicamente rebaixado à Série A-2 do Paulista.
É curioso. Se por um lado o time se acostumou com a elite - e pode encontrar nisso uma motivação maior para conseguir a promoção no ano que vem -, por outro não tem a "pegada" da Série A-2 que outros rivais mais habituados a subidas e descidas, como Ituano, Santo André, Botafogo de Ribeirão e Juventus possuem.
E a própria segunda divisão é bem diferente. O Rio Branco encontrará o segundo nível do paulista em um formato bem diferente do que disputava nas décadas anteriores - aliás, será a primeira vez que o clube disputará a Série A-2, com esse nome, que já existe há um bom tempo.
Quanto aos torcedores, nós também estranharemos a saída desse simpático clube da primeira divisão. Era uma garantia de "estabilidade" no campeonato.
(...) Desde a ida de um chefe de Estado ao leste europeu e, lá, em um campo de extermínio, ajoelhar-se e pedir perdão, o ato tornou-se corriqueiro, até banal.
(...) No pedido de perdão dos tempos contemporâneos, falta o ato de contrição e a consciência profunda de que se praticou efetivamente uma ofensa. Tudo é cenografia televisiva. Nada é interiorizado.
Ignora-se, nesta inflação de pedidos de perdão, que o ato de perdoar é unilateral. Cabe ao agredido agir de acordo com sua consciência e oferecer o seu esquecimento, se assim achar conveniente.
Não pode o juiz de futebol anular um gol e, depois, solicitar perdão. Agrediu milhares de torcedores. Humilhou jogadores. É exemplo chulo, mas aconteceu nestas terras tropicais na última semana. (...)
Personalidades religiosas não escapam a este surto de perdões. Ferem a Lei Eterna e, depois de uma penitência, um pedido de perdão. Solene, se possível, trivial se assim exigirem as circunstâncias.
O último perdão vai além dos limites plausíveis. Os controladores de vôo há meses tumultuam o transporte aéreo nacional. Quando querem, param todos os aeroportos. Não se preocupam com as conseqüências. Prejudicados e prejuízos não importam. (...)
Nestas terras tropicais, todos querem ser Raskolnikov, a personagem dostoievskiana que recobra o gosto da vida após arrependimento de seu crime. Não dá. Só com muita vodca. Cachaça é pouco.
Listas elaboradas por manguaças ou similares sempre geram polêmica. Ainda mais se tais listas tratarem de gols. Os 999 do companheiro Romário já foram debatidos na imprensa. Os do Pelé, idem. Mas ninguém falou de Flávio Minuano, ex-atacante do Corinthians, Internacional e Fluminense, que afirma ter feito nada menos do que 1.070 gols desde as categorias de base.
Tudo bem, calculo que nas minhas peladas de praia tenha marcado mais de 600 gols, apesar da incredulidade dos manguaças desse blogue (difícil reconhecer o outro), mas Minuano assegura ter tudo documentado - como Romário e Pelé. Foi no mês de julho de 1973, em entrevista à revista Placar, que Flávio, à época no Porto, revelou que seu empresário junto com dois jornalistas o ajudaram a elaborar uma listagem com 972 gols até então. O milésimo acontecera, segundo ele, em 1976.
"Foi quando eu jogava pelo Pelotas, no interior do Rio Grande do Sul, em uma partida contra o Caxias no Alfredo Jaconi. Acho que foi empate de 3 a 3. O pessoal lá comemorou, teve um oba-oba, mas foi uma coisa superficial. O Brasil não ficou sabendo. Recentemente, fizeram um levantamento e me falaram que eu fiz 1.070 gols no total", declarou ao Globo Esporte.
Mas a tal marca não surgiu apenas hoje, quando o debate sobre milésimos (isso não é automobilismo) se acirra. Matéria produzida pelo site Gazeta Esportiva, com toda falta de cuidado característica de nossa mídia, vaticina: "Consagrado artilheiro, ele é, segundo o Departamento de Estatísticas da Fifa, o oitavo maior goleador do mundo, com 1.070 gols durante toda sua carreira".Dia 10 de abril de ano ímpar marca cem dias de governo no Brasil, seja na Presidência, nos governos de estado ou nas prefeituras. Em 2007, os jornais não apontam a data como manchete, e ela mal entra nas páginas internas.
Quando aparece, a linha é de que o segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva chega sem marcas nem feitos louváveis, como no editorial de O Estado de S.Paulo, (para assinantes). Nem os blogueiros de plantão lembram do assunto.
Numa pesquisa via News.Google, aparecem notícias de Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Sul mais ou menos com a mesma tônica, mas voltadas aos governos de Eduardo Campos (PSB), Cid Gomes (PSB) e Yeda Crucius (PSDB). Dúvidas, poucos projetos, eventuais balanços...
Cem dias são pouca coisa para avaliar uma gestão, segundo informa o Conselheiro Acácio. Ouvi no início do ano, analistas dizendo que esse período marca uma certa "lua-de-mel" ou um pacto velado (coisas bem diferentes entre si, que fique claro) entre governo, eleitorado e oposição. Outros dizem que o período dá a tônica do governo: se começar bem, é bom; se for mal na primeira centena de dias, melhor voltar para casa. Tudo bobagem. Mas é bom para reflexão.
No caso do governo federal, a reforma ministerial só foi concluída em meados de março. Quase depois da semana santa (para assinantes, na nota "Calendário"), como previa a jocosidade de deputados da oposição.
Não dá para dizer que o governo esperou até ali para começar, mas o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não teve suas medidas provisórias aprovadas, o Programa de Desenvolvimento da Educação (PDE) traz iniciativas importantes, mas poucas definições de fato. O Fórum para discutir Previdência acalmou os ânimos da neoliberalidade e (felizmente) ainda não sinalizou com mudanças efetivas, além de prometer que as eventuais mexidas seriam apenas para quem ainda não começou a contribuir.
Há ainda a crise nos aeroportos que se arrasta desde novembro de 2006, a de segurança desde sempre e as incertezas sobre os Jogos Panamericanos.
A oportunidade é boa para malhar o governo (ou elevar o "Índice Vamos Derrubar o Lula", do Paulo Henrique Amorim). É claro que a CPI do Apagão Aéreo é mais eficiente para isso. Mas soa curioso o esquecimento.
Na conjuntura atual, fico pensando se o período não poderia ser usado em referência ao governo de cem dias de Napoleão Bonaparte, em 1815, que terminou com a derrota em Waterloo, na Bélgica. A oposição iria adorar.
Gol contra é sempre um negócio meio ridículo. Mas tem uns que são mais ridículos que outros. Nesse final de semana, o Portsmouth ganhou do Manchester United por 2 a 1, pelo Campeonato Inglês. O segundo gol dos Pompey (viva a Wikipedia) foi um dos gol contra mais hilários que eu já vi. O Rio Ferdinand deve estar realmente puto até agora. A bola estava na mão do goleiro e ele zuou tudo!
Não achei vídeo só com esse gol, então vai o link para os "melhores momentos" do jogo.
http://www.youtube.com/watch?v=ow9QRXFhjtg
Pela segunda vez na semana, o Palmeiras teve a faca e o queijo nas mãos para resolver sua situação. Por pouco, o time poderia ter se mantido vivo e bem nos dois campeonatos do primeiro semestre, mas foi eliminado da Copa do Brasil e continua em situação delicada no Paulista.
No domingo, contra o Guaratinguetá, em pleno Parque Antártica, o empate de 2 a 2 teve sabor de derrota. O time da cidade de Frei Galvão abriu dois de vantagem no primeiro tempo, com Dinei, em dois contra-ataques que me fizeram lembrar a zaga do ano passado que abria verdadeiras clareiras para os adversários. O Guará cedeu o empate, com Valdívia, de cabeça, e Edmundo de pênalti (desta vez no canto superior direito do goleiro).
O time do Vale do Paraíba teve dois expulsos, pênalti não marcado no primeiro tempo e se segurou diante da incapacidae palmeirense de superar a retranca. Com a derrota do Bragantino, o alviverde poderia ter voltado à quarta colocação isolada do Paulista e chegaria à última partida contra o São Bento dependendo apenas de suas forças.
Na quinta-feira, no mesmo estádio, a classificação da Copa do Brasil é que escapou, diante do Ipatinga, nos pênaltis. Na ocasião, o time teve todo tempo do mundo para chegar ao terceiro gol, mas, como admitiu o técnico Caio Jr. no programa do Milton Neves, não teve competência.
No sábado, o Corinthians venceu o América em um Pacaembu vazio, apenas 2.400 pagantes. No Palestra Itália, foram 5.000. O domingo frio e chuvoso não ajudou, mas para um time que briga para a classificação, é ainda mais triste do que o ocaso corintiano.
Fica Edmundo
Um dos que mais sentiram a oportunidade perdida foi Edmundo. Ao fim do jogo, nervoso com a incompetência do time (e da diretoria), se emocionou em entrevista. Chegou a dizer que pensava em parar de jogar futebol. O motivo foi a divulgação de que o clube liberaria o atleta para jogar nos Estados Unidos caso se confirmasse proposta. O melhor: Edmundo não quer ir. Gilberto Cipullo disse que tudo é um mal-entendido. Mas o camisa 7 deixa claro que está com a "paciência torrada", como diria minha avó.
Suspenso da última partida com o terceiro amarelo, o camisa 7 se disse cansado com o excesso de jogos. Levando em conta que, há dez ou quinze anos o volume de competições para times de ponta era pelo menos 50% mais intenso, os 36 anos estão claramente pesando para o craque. Na perspectiva de que as distâncias percorridas no Brasileirão serão muito superiores às realizadas até agora no ano, o Palmeiras não pode depender tanto assim do veterano bom de bola.
Isso fica grave para um time cuja falta de capacidade de resolver vem sendo recorrente. O "quase", típico de times pequenos ou que acumulam anos na fila, é insuportável.
Hoje pela manhã, no meio da transmissão de Botafogo-SP 3 x 3 União São João, em Ribeirão Preto, a Rede Vida colheu o seguinte depoimento do técnico botafoguense Nenê Belarmino: "A gente tem que ter tranqüilidade para conseguir ter calma".
Como suposto anteriormente, o Ipatinga levou a melhor no jogo de volta da Copa do Brasil. Derrotou o Palmeiras nos pênaltis.
Ao contrário do que suponha este embriagado, a definição foi emocionante que incluiu 2 a 0 no tempo regulamentar e empate na primeira série de cobranças na marca de cal. Na primeira partida, os mineiros haviam levado a melhor pelo mesmo placar.
Ainda diferente do que foi escrito, Edmundo entrou no segundo tempo. Não atuou bem e chutou para fora o último pênalti palmeirense da série de cinco. Se marcasse, a vitória dos donos da casa seria assegurada. O Ipatinga seria beneficiado por um erro do auxiliar Marcos Tadeu Nunes que mandou voltar a cobrança de Adeílson que, na primeira tentativa, foi defendida por Diego Cavalieri. Na segunda tentativa, o tento foi conferido.
Discordo da avaliação de que o erro da arbitragem tenha sido responsável pela desclassificação alvi-verde. Foram dois gols antes dos 30 minutos. Nos 60 restantes, faltou competência (e talvez sorte). Diria até que faltou perceber que aquilo não era suficiente. Alguns vão acusar o Caio Jr. É possível que tenha faltado um chacoalhão no intervalo, mas nem a entrada de Edmundo funcionou. Na hora dos pênaltis alternados, Valdívia foi preterido a Amaral, o zagueiro promessa. A responsabilidade foi alta, cobrança no travessão. Erro de Caio Jr.
Vale dizer que Edmundo e Valdívia, el mago, pela segunda partida seguida não resolveram. O time atual, muito superior ao da temporada passada, mostra que não é tão dependente dos dois para vencer. Mas não para resolver. É claro que não se pode esperar que eles salvem a representação de Parque Antártica sempre, e há um avanço no cenário. Mas o que conta é a desclassificação.
P.S.: O clube foi autuado até pelo Procon (Folha On Line). A diretoria também é melhor do que quando era o Mustafá. O que tampouco quer dizer muita coisa.
Tabata foi decisivoMesmo não jogando um primor de futebol, o Santos venceu o Defensor em Montevidéu por 2 a 0 e chegou a sua sétima vitória seguida, incluindo jogos pelo Paulista e pela Libertadores. A última partida que não venceu foi o 1 a 1 contra o São Paulo, pelo estadual, dia 11 de março. É 100% no torneio continental, o que, se confirmado no jogo contra o Deportivo Pasto na última rodada, na Vila, dioa 19, lhe dará a vantagem de disputar todos os mata-matas, até uma eventual final, com a vantagem de fazer o segundo jogo como mandante (se não for isso me corrijam).
Contra o Defensor, Rodrigo Tabata, que entrou no segundo tempo, (quem diria?) foi decisivo, deu mais movimentação e toque de bola ao time, e ainda fez o segundo gol, depois de receber um passe de Zé Roberto. Conhecido como Samurai pela torcida do Santos, o jogador já tinha feito uma grande partida contra a Ponte Preta no domingo.
A série de sete jogos seguidos de vitória do Peixe é a seguinte:
14/03 - 3 x 0 no Gimnasia y Esgrima (na Vila)
18/03 - 2 x 1 no Ituano (em Itu)
22/03 - 2 x 1 no Gimnasia y Esgrima (na Argentina)
25/03 - 2 x 1 no Rio Claro (no Parque Antarctica)
28/03 - 2 x 1 no Corinthians (na Vila)
01/04 - 4 x 2 na Ponte Preta (em Campinas)
05/04 - 2 x 0 no Defensor (no Uruguai)
Como o Romário não faz, os futepoquenses farão o milésimo.
Explico, está lançado o desafio ao baixinho para ver se ele faz o milésimo gol ou os futepoquenses encaçaparão o milésimo "post" antes.
Segundo nosso matemático-estatístico e "brimo" Anselmo faltam 42 publicações para chegarmos lá. Como o baixinho está dando bobeira, é nóis na fita...
Mas, falando sério, parece que o milésimo gol está fazendo mal a Romário e ao Vasco, afinal não faz o gol nem sai de cima.
Que o diga o Gama. Zebra como a do maraca ontem pode até acontecer, mas quando estão todos lá para ver algo que é dado como favas contadas e não acontece, com o Vasco tendo mudado de estádio para comemorar e o Romário alugado até boate para festa... Tudo se torna mais dramático.
E a gente vê tudo de cadeira, com um sorriso à lá Fradinho nos dentes.
De acordo com as leis do jornalismo, sou obrigado a voltar à questão do Rolling Stone Keith Richards e as cinzas do pai, conforme publicado no blog ontem pelo Anselmo, e dar a versão do outro lado.
Segundo o Globo.com, “Horas após a divulgação da história de que Keith Richards havia cheirado as cinzas de seu pai misturadas com cocaína, a empresária do guitarrista (...) negou a veracidade da declaração”. A empresária Jane Rose disse ainda: "Não consigo acreditar que alguém tenha levado a sério. [Keith] disse [aquilo] como piada". Veja aqui a matéria.
Não vi o jogo do São Paulo com o Necaxa, mas, pelos melhores momentos,o Tricolor sobrou em campo o que, aliás, era previsível e já tinha dito isso em mesa de bar (o time mexicano é bem meia-boca). Entretanto, que me perdoem os auto-declarados "perseguidos" sãopaulinos, o primeiro gol foi irregular, falta do Hugo na jogada...
Segundo o blog do Fernando Rodrigues, o presidente Lula respondeu, bem humoado, que não pretende trocar o ministro da Defesa, Waldir Pires. "Não tem troca de ministros. A reforma ministerial acabou. Se quedem 'tranquilis'."
Segundo a nota, Lula tentava falar espanhol, já que, mais adiante, mencionou a "Suprema Corte Brasileña", para responder sobre a CPI do Apagão Aéreo. Na opinião desse modesto escriba, trata-se de uma homenagem ao Mussum, conhecido por circular por programas infantis de samba-canção e uma garrafa de cachaça na mão (o mézis).
O futebol é mágico, entre outras coisas, porque só ele, como esporte, é capaz de gerar tantas escritas que Nelson Rodrigues chamaria de inexplicáveis. Inexplicáveis coincidências.
Antes de mais nada, o título acima é mentiroso. Quem está na foto publicada pelo Estado de Minas de hoje, 4/4, é seu pai, Dondinho. A publicação vale pela semelhança entre os dois. Segundo a quase colaboradora futepoquense, Carmem, eles têm a mesma cara. Mais que isso, a semelhança é assombrosa.
De qualquer forma, para quem tiver interesse, a matéria está no www.superesportes.com.br e mostra como em 1940 o pai do craque estreou com a verdadeira camisa alvinegra num amistoso contra o São Cristóvão, fez passe para o único gol, machucou-se, foi substituído e não passou no teste, sendo dispensado e voltando para Bauru.
Daí o texto especula que se o teste tivesse dado certo um tal de Edson, que nasceu no mesmo ano do teste, poderia ter nascido em BH e, quem sabe, jogado no Galo. Mas como não existe "se" na história... Infelizmente
Aposentado da Fórmula 1, o alemão Michael Schumacher (foto) aceitou o convite para atuar oficialmente pelo Echichens, time da terceira divisão suíça. No último domingo, ele ajudou a equipe a derrotar o Chene Aubenne por 3 a 2 - e inclusive marcou um dos gols. Schumacher costumava treinar no Echichens nas folgas entre as corridas e chegou a atuar em partidas amistosas ao lado da equipe, que hoje luta contra o rebaixamento. "Temos problemas na defesa, mas devemos acreditar que podemos escapar dessa até o fim do campeonato", disse o ex-piloto ao jornal Gazzetta Dello Sport.
Os resultados da Liga dos Campeões da Europa, jogos de ida, foram:
PSV 0 X 3 Liverpool
Milan 2 x 2 Bayern Munique
Chelsea 1 x 1 Valencia
Roma 2 x 1 Manchester United
Já nossos palpites foram os seguintes:
Thalita
PSV 2 X 1 Liverpool
Milan 1 x 0 Bayern Munique
Chelsea 1 x 1 Valencia
Roma 2 x 1 Manchester United
Maretti
PSV 1 x 1 Liverpool
Milan 1 x 1 Bayern
MuniqueChelsea 2 x 0 Valencia
Roma 2 x 1 Manchester United
Glauco
PSV 1 x 2 Liverpool
Milan 1 x 1 Bayern Munique
Chelsea 2 x 1 Valencia
Roma 2 x 3 Manchester United
Marcão
PSV 1 x 0 Liverpool
Milan 0 x 0 Bayern Munique
Chelsea 2 x 0 Valencia
Roma 2 x 2 Manchester United
Momento ecológico: o atacante Edmundo serve um copo de cerveja na boca de um macaco de circo. O fato ocorreu em setembro de 1999 e, pra variar, gerou mais uma polêmica na vida do polêmico jogador.
O título é sensacionalista, mas vale a piada. O portal Santista Roxo lançou uma campanha para tentar segurar o meia Zé Roberto no Santos, denominada Fica, Zé! Por volta das 13 horas, o abaixo-assinado elaborado para sensibilizar o craque alcançava quase três mil assinaturas.
Mas o dado curioso é que, pela manhã, um hacker corintiano tentou sabotar a campanha. Durante vinte minutos quem clicava no link correspondente às assinaturas era redirecionado para o site oficial do Corinthians.
Segundo o portal, o IP do rapaz foi identificado e ele será devidamente processado. Saudades da época em que torcedor só invadia treino...
A pedidos do ocupado Edu Maretti, a matéria do Estadão, reproduzindo conteúdo da BBC.
O Lance! trouxe nesta semana uma retranquinha com o Vanderlei Luxemburgo dizendo que o Fábio Costa "merece uma nova oportunidade" na seleção brasileira. "É um jogador de seleção e esteve lá comigo mesmo", comentou Luxa, que convocou o goleiro para o Pré-Olímpico e para as Olimpíadas de 2000. "Ele está fininho, em grande forma", acrescentou o técnico. Sou conhecido aqui entre os futepoquenses por criticá-lo, mas, de fato, Fábio Costa está fazendo um excelente início de temporada e é um dos destaques da campanha santista no Paulistão e na Libertadores. Está visivelmente mais magro, com um poder de reflexo muito maior do que antes e já há muito tempo não comete uma falha bisonha. Se o Dunga o convocar, é puro merecimento.
Na frente de uma banca de jornal, diante de publicações esportivas, em meio a uma discussão impossível de ser identificada a distância, um manguaça decreta ao dono do estabelecimento:
— Nada... Hoje sai esse milésimo do Romário... Nem que seja gol contra.
"O homem, no curso de sua história, foi alienado, torturado, explorado. A grande massa da humanidade viveu quase sempre na opressão. Por outro lado, os opressores são uma degradação do homem. (...)
Karl Marx descreveu de maneira drástica a 'alienação' do homem. Mesmo que não tenha atingido a verdadeira profundidade da alienação – porque raciocinava apenas em âmbito material – forneceu uma imagem clara do homem vitimado por bandidos."
O trecho, segundo a BBC, é de um capítulo dedicado à parábola do Bom Samaritano, em que "bandidos", para usar a terminologia de Ratzinger, espancam um homem, depois de assaltá-lo. Na narrativa bíblica do Novo Testamento, o estrupiado é deixado na beira da estrada, diante de transeuntes de várias posições sociais. Apenas um estrangeiro (o samaritano, no caso) é que o ajuda.
O dado curioso do "elogio" a Marx é que Ratzinger foi o autor do interrogatório de Leonardo Boff, em 1984, no Vaticano e, quando cardeal próximo a João Paulo II, foi dos que mais fizeram contra a Teologia da Libertação, corrente que propunha uma leitura marxista da Bíblia.
Embora signifique pouca coisa (ou quase nada), até porque contém uma divergência clara entre as visões, quem sabe não é um começo pra tornar o título do post menos sensacionalista?
O quase perfeito desempenho do São Paulo dentro de campo nos últimos anos - campeão paulista, da Libertadores, mundial e brasileiro em duas temporadas - fez com que se repetissem muitos chavões sobre a administração do clube. Que seria um exemplo de profissionalismo, organização, planejamento, etc., etc., etc...
Pois bem, essa diretoria "modelo" fez uma que, se fosse feita pela diretoria do Corinthians, já teria ganho toda a imprensa e repercutido até não poder mais.
O site do Vasco divulga uma carta do presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo enviada ao presidente do clube cruzmaltino, Eurico Miranda. A intenção da missiva é elogiar o empenho de Eurico a incentivar os mil gols de Romário.
Mas o "auge" do texto está no momento que o dirigente tricolor diz a Eurico: "você é necessário ao nosso futebol".
Confiram vocês mesmos clicando aqui.
Feio isso, não?
Essa vai para a diretoria do Corinthians: em Rondônia, o também ex-goleiro Mazzaropi (contemporâneo de Leão) acaba de deixar o comando técnico do Vilhena. Informei.
Além dos mil gols de Romário, a torcida do Vasco da Gama terá mais uma data comemorativa neste mês: em 21 de abril, o estádio São Januário completará 80 anos. Mas há um detalhe que poucos vascaínos vão querer lembrar: o adversário e o placar da partida inaugural. Pois coube ao Santos F.C. aplicar um sonoro 5 a 3 na equipe carioca – um prenúncio do que faria o chamado “ataque dos 100 gols” no Campeonato Paulista do mesmo ano. O santista Evangelista fez o primeiro gol em São Januário e depois marcou mais um. Araken, Osmar e Feitiço completaram a goleada e Galego, Negrito e Pascoal diminuíram para o Vasco.
O Rio de Janeiro ainda era a capital do país e, para se ter uma idéia da importância da solenidade, a partida foi assistida pelo presidente da República, Washington Luís, e por diversos ministros e personalidades da época. Construído no tempo recorde de 10 meses, o estádio São Januário tinha capacidade para 40 mil pessoas – foi o maior da América do Sul até a inauguração do estádio Centenário, no Uruguai, em 1930, e o maior do Brasil até 1940, quando foi concluído o Pacaembu.
A fita simbólica da inauguração foi cortada pelo comandante português Sarmento de Beires, que acabara de cruzar o Atlântico percorrendo de avião, pela primeira vez, o trajeto Lisboa-Rio. E o pontapé inicial foi dado pelo presidente da Confederação Brasileira de Desportos, Oscar Costa (na foto que ilustra o post, ele chuta a bola sob observação dos santistas Feitiço e Araken).
Mas os paulistas botaram água no vinho verde da colônia vascaína. O Santos venceu com Tuffy, Bilu e Davi; Alfredo, Julio e Hugo; Omar, Camarão, Feitiço, Araken e Evangelista. E o Vasco, fenômeno popular do futebol carioca na época, foi derrotado com Nelson; Espanhol e Itália; Nesi, Claudionor e Badu; Pascoal, Torterolli, Galego, Russinho e Negrito.
Naquele ano, o Santos ainda venceria outro amistoso contra o Vasco. Por isso, ganhou da imprensa o adjetivo de "Campeão da Técnica e da Disciplina". Em 1957, ao compor o hino oficial do alvinegro praiano, Carlos Henrique Roma fez alusão a esse feito: “Com técnica e disciplina/ Dando o sangue com amor/ Pela bandeira que ensina/ Lutar com fé e com ardor”.
Menos de um mês após a inauguração de São Januário, o Peixe estreou no Paulistão com uma estrondosa vitória de 12 a 1 sobre o Ypiranga, com sete gols de Araken - recorde em uma única partida, só superado 37 anos depois por Pelé, que fez oito no Botafogo-SP. No estadual de 1927, o Santos marcou 100 vezes e terminou com média de 6,25 gols por partida. Mas a excelente campanha não garantiu o título. No último jogo, quando só precisava empatar, foi derrotado em casa pelo Palestra Itália, por 3 a 2. De qualquer forma, foi um ano histórico para o Santos.
Na Agência Estado, Pelé diz: “Acho que foi até bom, porque ia ser no 1º de abril e ia ser o gol da mentira. Acho que foi até uma ajudinha que Deus deu pro Romário.”
E foi além: “Ele vai fazer. É claro que ele vai fazer. E é bom porque é mais um que mostra que o futebol brasileiro é o mais ofensivo de todo o mundo”, disse Pelé, que destacou ainda o lado positivo da espera. “Os jogos do Rio que não vinham dando renda e foram quase 60 mil pessoas ao jogo do Romário”, contabiliza.
Ele pediu orações para a recuperação de Diego Maradona e ironizou o reconhecimento da Fifa do título da Copa Rio de 1951 como título mundial. Se fosse assim, diz o atleta do século passado (olha a rusga), o Santos teria uns oito títulos só no tempo em que ele comandava as excursões pelo mundo.
Até que demorou. Foram sete longos meses para o ex-técnico corintiano Emerson Leão sair do clube após brigar com atletas argentinos, dirigentes, jogadores, imprensa, faxineiro, roupeiro, massagista e o que mais passassse na sua frente.
Justo? Talvez não, mas necessário pela situação que se criou. Confesso que, a despeito do senso comum da mídia, que estava adorando malhar o treinador, acho Leão competente. Em 1998, quando treinou o Santos, era o único esquema tático que se diferenciava do comum 4-4-2 e do então recém-adotado-por-qualquer-técnico-brasileiro 3-5-2. Ele colocou o time pra jogar com três atacantes, Lúcio (ex-Flamengo e outros 20 times) na esquerda, Aristizábal na direita e Vila pelo meio. Um bom e efêmero ataque já que os pontas foram vitimados pelo péssimo estado dos gramados destas bandas.
Já em sua segunda passagem, em 2002, todos sabem o resultado. tirou o time da fila, sacou do ostracismo Renato e Elano, encostados no clube, recuperou um desacreditado Paulo Almeida, promoveu Robinho a titular, fez um tal de Alberto marcar gols (alguém lembra dele jogando bem em outro time?) e preferiu treinar moleques a acolher "astros" veteranos gentilmente oferecidos por Marcelo Teixeira.
Ainda faria sucesso no São Paulo, montando o time que seria campeão da Libertadores mais tarde (Paulo Autuori inteligentemente não alterou o esquema da equipe). Mas depois disso começaria sua via crucis. Foi para o Japão, voltou com o rabo entre as pernas, e teve uma passagem tumultuada pelo Palmeiras. Quando parecia que ia engrenar no São Caetano, foi seduzido pelo Corinthians. Tirou o time da zona de rebaixamento do Brasileirão, mas não deu padrão à equipe. Escurraçou alguns jogadores como Mascherano e Tevez, e viu vários - vários mesmo - outros atletas escaparem das suas mãos por pura incompetência da diretoria do time.
Hoje, não sorri mais como no tempo em que treinava os meninos da Vila e voltou a ser carrancudo e ranzinza. Mas, um argumento usado ad nauseam e que é um pavoroso lugar-comum, é chamar Leão de autoritário e esculachá-lo por conta disso. De fato, ele é. E os outros? Muricy é um docinho de pessoa, assim como o elegante Vanderlei? E o treinador mais louvado e incensado do país, Bernardinho, que fala muito grosso com mulheres e alivia com homens? Será ele um exemplo de ponderação?
Na verdade, parece que as pessoas pedem por um tipo de técnico "discplinador", eufemismo para autoritário, que trate os jogadores como crianças arredias. "Boleiro tem que ter rédea curta", pregam os sábios. Talvez como qualquer empregado, garçom ou coisa que o valha. Quem comanda tem que mandar de fato, pensam, refletindo um ranço histórico da sociedade brasileira. Será que é só o Leão que age assim? Se ele fosse bem sucedido no Timão, seria tão questionado por seu autoritarismo?
Amanhã, terça, e quarta-feira acontecem os jogos de ida das quartas-de-finais da Liga dos Campeões da Europa. Para quem puder ver ao vivo nos canais ESPN (infelizmente não é o meu caso), é um prato cheio. Quem não puder, poderá ver os tapes.
A Inglaterra colocou três times entre os oito: Chelsea, Liverpool e Manchester United. Os italianos Roma e Milan, o holandês PSV, o espanhol Valencia e o alemão Bayern de Munique completam a lista. Na terça-feira, o grande clássico Milan x Bayern de Munique, no San Siro, em Milão, é a grande atração, embora seja provável que, pelas características dos dois times, o futebol não seja dos melhores. É um duelo imprevisível. Jogando um futebol feio e pragmático, o Milan passou pelo Celtic da Escócia nas oitavas com um gol de Kaká na prorrogação. Mas a força de sua camisa pode levá-lo às semifinais. Mal no campeonato alemão, o Bayern Munique é uma incógnita, mas tem tradição. Nas oitavas, eliminou o Real Madrid.
Na quarta-feira, o jogo que mais chama a atenção é Roma x Manchester. Considerado um dos favoritos ao título, o time inglês – que se classificou ao bater o fraco Lille, da França – tem pela frente um dos melhores times da Europa no momento (não se sabe até quando), a Roma, que eliminou fora de casa o forte Lyon na fase anterior, vencendo por 2 a 0. O Liverpool vem credenciado por ter superado o antes favorito Barcelona, de Ronaldinho Gaúcho. Pega o PSV, que joga um futebol muito distante da bela escola holandesa.
O sempre forte Chelsea (que despachou o Porto) joga com o Valencia (que eliminou a Inter de Milão). O time inglês é favorito, mas o Valencia, tradicionalmente, dá trabalho.
Junto com Van Nistelrooy do já eliminado Real Madrid, Kaká (foto acima) é o artilheiro da competição, com seis gols.
Confira a programação
Terça – 03 de abril
Ao vivo
15:45 - PSV X Liverpool - ESPN Brasil
15:45 - Milan x Bayern Munique – ESPN
VT
00:00 - Milan X Bayern de Munique - ESPN Brasil
*17:45 e 22:00 - PSV X Liverpool - ESPN
* O canal dá os dois horários para o VT na programação
Quarta – 4 de abril
Ao Vivo
15:45 - Chelsea x Valencia - ESPN Brasil
15:45 - Roma x Manchester United - ESPN
VT
17:45 - Chelsea x Valencia - ESPN
00:45 - Roma X Manchester United - ESPN Brasil
Um título alternativo para o post seria: Palmeiras não segue na Copa do Brasil. Pelo título que ficou, naturalmente é uma resposta ao "Estão subestimando São Caetano e Bragantino".
O Ipatinga foi derrotado pelo Atlético Mineiro no estádio Independência,
Mesmo com o revés no estadual e numa campanha mediana, o Ipatinga tem tudo para seguir na Copa do Brasil. O possível desfalque de Edmundo na quinta-feira, principal jogador do Palmeiras, a vantagem de 2 gols adquirida na primeira partida e a pouca capacidade do time paulista de reagir em partidas decisivas são o que sustenta a argumentação.
No estadual, apenas contra o Paulista de Jundiaí, em janeiro, e contra o Sertãozinho, em março, o time saiu atrás no marcador e conseguiu virar. Nas outras ocasiões em que tomou o primeiro gol da partida, foram empates e derrotas. Em momentos decisivos, como no jogo contra o Noroeste, em 7 de março, quando poderia ter subido às quatro primeiras, perdeu em casa. Contra o São Paulo, no Morumbi, dia 1º de abril, outra derrota.
Tendo de vencer por três gols de diferença para se classificar, ou por
Para piorar, o time vai precisar mostrar reação também no campeonato Paulista. O Bragantino tem o Sertãozinho fora de casa e o Barueri em Bragança. Nada muito complicado. Já o São Caetano pega dois na corrida contra o rebaixamento: em casa o São Bento e como visitante o Rio Branco.
Como o time de Parque Antartica depende de tropeços dos adversários, além de fazer o dever de casa, a lua-de-mel do técnico Caio Jr. com a torcida tende a acabar em breve.
Parece consenso entre a mídia esportiva - e mesmo entre os colegas futepoquenses - que a final do Campeonato Paulista será disputada por dois dos chamados "times grandes". A aposta óbvia é Santos x São Paulo e por isso já existe até briga, nos bastidores, pela definição dos locais dos jogos decisivos. Foi só o Palestra reagir nas últimas duas ou três rodadas para que já dessem sua classificação como certeza absoluta - e alguns otimistas apostaram até num Santos x Palmeiras na final. Para mim, isso é subestimar demais os outros clubes que brigam por vaga nas semifinais.
O São Caetano, por exemplo: é um dos times mais regulares da competição. Tem 10 vitórias, sendo 4 fora de casa. Entre seus destaques estão Somália (foto), o artilheiro do campeonato, e Douglas, um meia realmente muito promissor. O time vai fazendo uma campanha semelhante a de 2004, quando chegou desacreditado à segunda fase e atropelou São Paulo e Santos antes de conquistar o título contra o Paulista de Jundiaí.
Outro clube que ninguém está prestando atenção, no momento, é o Bragantino. Seus principais artilheiros, Alex Afonso e Everton, merecem atenção. O time fez 33 gols - é o quarto melhor ataque, empatado com o Noroeste. E tomou só 15 gols até aqui, sendo a segunda melhor defesa. Mesmo assim, a mídia esportiva só fala de Santos, São Paulo e Palmeiras e ninguém analisa ou comenta com mais detalhes (e respeito) o trabalho desses clubes que correm por fora.
Pois é, e lamentavelmente quem tentou entrar em http://agenciacartamaior.uol.com.br/ constatou que a Agência Carta Maior saiu mesmo do ar. Triste. E preocupante. Mostra a precariedade com que a chamada imprensa independente trabalha, a dificuldade que tem para sobreviver.
Concorde-se ou não com a linha editorial da agência e de outros veículos que insistem em desafinar o coro dos contentes (Torquato Neto), ela tinha (espero que este verbo no passado não seja definitivo) uma importância muito grande na web, como fonte de informações e, principalmente, de análise a partir de um ponto de vista "do lado de cá" do espectro político.
Eu tenho motivos particulares para lamentar. Os jornalistas Betch Cleinman, Antônio Martins e eu participamos do que se poderia chamar de embrião de Carta Maior, em 1999. Atualizávamos diariamente e tinha uma edição semanal. Falo embrião porque nem mesmo o Flávio Aguiar parece considerar a existência de Carta Maior antes de 2000, como mostra seu editorial da semana passada, embora já então (1999) a agência estivesse no ar, ainda que precariamente. Mas com o mesmo estilo que depois consolidou. Saí da promissora agência em março de 2000, para trabalhar na Revista Submarino.
Seja como for, eu torço para que Carta Maior encontre forças e volte ao ar.
22 min do segundo tempo: falta para o Palmeiras não marcada pelo árbitro no meio de campo. Richarlyson pega a sobra, avança, chuta no ângulo e faz um golaço. Finalzinho de jogo e Arnaldo César Coelho na Globo aprova a arbitragem do Wilson Luiz Seneme: "manteve a disciplina". Resultado: 3 a 1 para o São Paulo.
Volto a dizer. Não tem pra ninguém. Se é pra errar, que se erre para o tricolor. Se é pra marcar aquele pênalti para o tricolor, teria que marcar uns 5 pênaltis por jogo. Mas, pro tricolor, marca-se.
Nem Deus alcançaria aquela bola, mas foi pênalti pro tricolor. A TV tem que repetir a jogada 20 vezes pra se concluir que foi falta (nem falta foi), mas o juiz viu pênalti incontinenti. Pro tricolor. Não há bom senso quando o tricolor joga.
Sinceramente, se eu fosse tricolor, teria vergonha. Ainda estamos no intervalo. Talvez o juiz compense no segundo tempo. Mas eu queria que um juiz (no cômputo geral de um jogo) decidisse contra o... tricolor.
No Trivela, há um resumo dos amistosos das equipes americanas na semana, seleção por seleção. É um gria para quem quer acompanhar a Copa América de 2007, sediada na Venezuela. Resultados: 3 x 1 Suíça e 2 x 0 Paraguai
Destaco a Colômbia:
P.S.: Enquanto isso, em Johanesburgo, a Bafana Bafana, do técnico brasileiro Carlos Alberto Parreira, estreiou mal, com derrota para a Bolívia por 1 a 0.
Certamente a Colômbia é a seleção que termina a semana com mais motivos para comemorar. A equipe de Jorge Luis Pinto mostrou consistência e um esquema de jogo que começa a se definir. Os zagueiros Arizala e Ivan Córdoba foram testados nas laterais e responderam bem, sobretudo contra a Suíça. O zagueiro Mosquera também deu segurança à defesa, permitindo que Viáfara e Dominguez trabalhassem com tranqüilidade no meio-campo. No ataque, quem começa a ganhar espaço é Chitiva, do Pachuca.
Tá no UOL Esportes, sobre o empate entre Corinthians e Sertãozinho, por 2 a 2, em pleno Pacaembu. O texto começa com o seguinte nariz de cera:
A meta estabelecida pelo Corinthians para o restante do Campeonato Paulista era manter a dignidade e honrar a camisa do clube com vitórias nas últimas partidas da competição. Mas nem isso o time do Parque São Jorge conseguiu fazer.Mais adiante, o volante Magrão dispara, ao reconhecer o direito da torcida de cobrar atuações melhores do time: "Eu tenho apenas que me preocupar em jogar futebol, e está difícil fazer isso."
Antonio Cruz/Ag BrFruto de greve, paralisação, motim ou seja lá o que for, o caos a que assistimos nos aeroportos é indesculpável. Ao contrário de CPIs com fins políticos, deveria trazer à tona de novo, a meu ver, isto sim, uma discussão séria no âmbito do Parlamento sobre a necessidade de se regulamentar a greve de setores essenciais do serviço público. Limitando esse direito, óbvio, como defendeu até mesmo o presidente Lula, que foi por isso duramente atacado há algumas semanas, já que ameaçou o “sagrado” direito de uns achincalharem o Direito (com D maiúsculo mesmo) dos outros, no caso o consumidor dos serviços do transporte aéreo e o cidadão. Resumindo, o Brasil.
“Nós estamos com um gravíssimo problema que afeta a segurança nacional”, teria dito o novo ministro da Comunicação Social, Franklin Martins. Mas o velho ministro da Defesa, Waldir Pires, que parece encarnar como ninguém o personagem lendário do bobo da corte, continua a ser uma figura decorativa, sem autoridade, que não sabe de nada, nada resolve, nada vê. É vergonhoso. O presidente da República quis preservar a figura histórica do Waldir Pires, por sua folha se derviços prestados ao país, pobrezinho.
Em qualquer país sério do mundo, um ministro gagá como esse sequer teria assumido. A crise se prolonga há seis meses e nada acontece. O ministro continua lá, preservado, e atravessou incólume até mesmo a reforma ministerial. Parece que teremos que nos acostumar ao caos como algo normal. A nova paralisação, como diz a Agência Brasil, “ocorreu um dia após uma liminar do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter determinado o desarquivamento do pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo”.
O governo aceitou conceder uma gratificação salarial de emergência e garantiu que nenhum grevista será punido. Ótimo. Danem-se os cidadãos. Salve os direitos dos controladores de vôo.
Nivaldo Gomes de Oliveira, dono da Solution, tem em seu escritório, perto da avenida Paulista, cerca de 2 mil cachaças diferentes. Seria mais um distribuidor, não fosse por uma peculiaridade: só bebe cerveja.
A empresa de importação e exportação e distribuição, se dedicava apenas a matériais industriais, equipamentos de proteção individual de trabalhadores etc. Foi para trazer itens do estrangeiro que foi chamado por dois empresários que, no início da década de 90, decidiram lançar uma nova marca da que matou-o-guarda.
Para se diferenciar num mercado dominado pela baixa qualidade das levanta-defunto de Pirassununga, queriam importar um modelo de garrafas. Nivaldo ouviu, desconfiado, todas as qualidades da bebida. Ao conhecer o pedido dos interlocutores, respondeu:
— Não recomendo... Por mim, valeria a pena. Eu trago as garrafas, vocês lançam o produto, eu faturo o meu e vocês os seus. Daqui uns anos, na hora de repor, se o vidreiro do exterior fechar, toda a identidade construída vai por água abaixo, porque o recipiente vai ter que mudar...
Convencidos diante de um modelo similar nacional, pediram que o convidado permanecesse para uma rápida apresentação de uma consultoria contratada para assessorar o lançamento. À época, o interesse dos fabricantes era comercializar por R$12 cada garrafa de um litro, mas contrataram uma pesquisa de mercado para conhecer a viabilidade da idéia. Os resultados eram desanimadores. O máximo que poderiam obter por unidade era R$9, indicava o levantamento.
Nivaldo se ofereceu para conduzir um outro estudo. Nunca fora capaz de diferenciar as pingas – todas iguais a seu ver, davam a mesma dor de cabeça quando misturadas na caipirinha e consumidas em excesso. Mas se os empresários estava tão confiantes, se garantiam que era tudo aquilo, poderiam apostar uma verba extra em outra enquete.
Dez dias depois, os resultados apontavam que o preço projetado poderia vender bem. Tudo dependia de que tipo de manguaça se entrevistava. Questão de segmentação.
Os satisfeitos empresários, pediram a Nivaldo que fizesse a distribuição. Depois de muita resistência, cedeu. O resultado, para o cervejeiro que vende cachaça, está aí.
Em tempo, a marca lançada era a Espírito de Minas que, hoje, é vendida em embalagens de 750mL por R$ 27 a R$36. A dose não sai por menos de R$4 em botecos paulistanos metidos.