Buenas, como ninguém se adiantou, dou início aos comentários sobre o São Paulo x Santos deste domingo, no Morumbi. Minha opinião sincera: pelo o que o tricolor fez no primeiro tempo (dominou amplamente) e pela reação do alvinegro praiano na segunda etapa (anulou o adversário), um empate seria o resultado mais justo. Muricy Ramalho acertou ao revezar Jorge Wagner e Richarlyson em jogadas ofensivas pela esquerda e Leão merece aplausos, justamente, por ter colocado Marcinho Guerreiro e Adriano e anulado essas jogadas, além de mandar Alemão cair no espaço deixado por Reasco, de onde cruzou para o gol de Rodrigo Souto. Porém, Carlos Alberto, desafeto de Leão, entrou no final para decidir a partida (na foto de Gaspar Nóbrega, da Vipcomm, aparece comemorando com os reservas). E o empate, resultado justo, não aconteceu. Por isso, vamos às polêmicas:
1 - Teve o tal pênalti cometido por Miranda e não marcado pelo juiz. Na Rádio Bandeirantes, o repórter de campo gritou pênalti no ato e o comentarista, que estava no estúdio, viu a imagem pela TV e disse que não tinha sido nada. A melhor imagem que vi, mais tarde, foi a da Globo. A bola pinga na grama, pinga em cima do braço do Miranda e o Rogério Ceni voa nela. Eu acho que tanto poderia ser marcado como não. Num caso, o Muricy choraria. No outro, chora o Leão.
2 - O Fábio Santos empurrou de forma grotesca a barreira do Santos no gol de falta de Juninho. Pelo o que entendi dos comentários na RedeTV e na ESPN, o juiz deveria ter mandando voltar a cobrança e dado cartão amarelo para o são-paulino. Quanto a isso, concordo plenamente.
3 - O Muricy, pra variar, diz que houve dois pênaltis sobre o Aloísio. Um foi numa jogada em que o juiz deu vantagem, pois a bola sobrou para o Jorge Wagner, que chutou para fora. O outro o técnico chorão não especificou e também não constou nada parecido nos VTs dos programas esportivos.
4 - O Rodrigo Tabata sofreu falta de Carlos Alberto no lance de sua expulsão. É nítido. Não sei se ele tinha cartão amarelo. Se não, a própria expulsão também foi injusta. Depois, o Adriano invadiu a área e, antes de se jogar na linha de fundo, levou um peteleco na orelha, desferido por Domingos. Aceitou a provocação, deu a cabeçada e foi expulso. Merecido.
Deve ter mais uns 300 lances polêmicos. Comentemos, pois.
Ps.: Deixo bem claro aqui: concordo totalmente com o Leão de que o chororô são-paulino pós-clássico com o Corinthians deu certo. Se o pênalti do Miranda tanto poderia ter sido marcado como não, o fato de o juiz não ter tido "peito" para marcar diz muita coisa mais do que mera "interpretação"...
A comparação é um pouco absurda, mas funciona "a nível de ilustração": imaginem que, aqui na América do Sul, o time com a soberania local fosse, por exemplo, o Paraguai - a despeito das glórias mundiais e jogadores consagrados de Brasil e Argentina.
Cito o exemplo para falar do título que o Egito conquistou, hoje, na Copa Africana de Nações, ao vencer Camarões por 1x0 na final. É o sexto do país - que assim se isola na lista dos campeões continentais, superando Camarões e Gana em duas conquistas.
O Egito não tem jogadores badalados, diferentemente da maioria de seus rivais na CAN. Tampouco se destacou em alguma Copa do Mundo. Só esteve no principal evento do futebol mundial duas vezes, em 1934 (quando se tornou a primeira nação africana a jogar uma Copa) e 1990 - quando obteve a façanha de emaptar com a Holanda da histórica trinca Van Basten, Gullit e Rikjaard.
Já seus oponentes se destacaram com boas campanhas em Copas do Mundo - notadamente, Camarões de 1990, Senegal de 2002 e Nigéria em 1994 - e ajudaram, involuntariamente, a construir o estereótipo do "futebol africano alegre, divertido, mas irresponsável e ingênuo".
Estereótipo esse que certamente será invocado para falar sobre um triunfo - o terceiro consecutivo - da "África branca" sobre a "África negra". Melhor falar sobre os méritos da equipe egípcia, depositados principalmente em seu comandante de ataque, o eficaz Aboutrika (foto).
Nas eliminatórias para a Copa do Mundo, o Egito disputará na primeira fase o Grupo 12, contra Malawi, Djubouti e a República Democrática do Congo (ex-Zaire). Não deverá ter muitas dificuldades para superar essa etapa; resta saber se terá fôlego para ficar entre os cinco africanos (mais a anfitriã África do Sul) que jogarão a Copa de 2010. Fica a torcida para isso - ao menos por parte desse colunista.
Gerardo Lazzari Palmeirenses amigos meus já estão de saco cheio do goleiro Marcos, ex-São Marcos. Até um ano e pouco atrás, quando eu dizia que o cara tem muito crédito no clube, alguns balançavam e acabavam concordando. Hoje, ninguém mais concorda: "o crédito dele já acabou faz tempo", me disse um alviverde ontem. Outro, meu irmão, já me dizia que o crédito havia acabado muito antes dos 11 meses de estaleiro terminados na última quarta-feira.
Deve ser muito difícil para um jogador de futebol do valor do Marcos abandonar a carreira. O que ele já deveria ter feito, diga-se, sob pena de terminá-la sob protestos e de maneira ridícula. O segundo gol que tomou nos 3 a 0 do Guaratinguetá foi bizarro. O cara nem pulou, deitou mesmo.
Mais impressionante (o que foi motivo de chacotas e longas risadas aqui na redação) foi a desculpa que, segundo o Uol, ele deu para justificar a falha, que admitiu: "Dei um passo para a direita e, na hora em que fui voltar, meu pé afundou na terra". Ah tá. Agora eu pergunto: o que foi culpado pelo gol: o pé ou a terra?
(Acho que o Marcos merece todo o respeito, mas tirar o Diego Cavalieri substituindo-o por Marcos, nas atuais circunstâncias, prejudica o time, é injusto com o ex-jovem titular e vai expor o ex-goleiro em atividade ao ridículo.)
Em texto do repórter Carlos Padeiro, do UOL, ao justificar a fase de seu Palmeiras, Luxemburgo soltou a seguinte pérola, entre aspas, como bem sabem os jornaleiros de plantão recurso usado para frases citadas literalmente.
"Pela experiência que tenho, sei que este time ainda vai dar muita alegria para a torcida. O time está jogando bem e nada me assusta, até pela postura dos jogadores. Precisa encaixar o primeiro jogo, a bola está caprichosa e vai contra nós. Falta ela entrar, bater na 'bunda' de alguém e entrar... quem sabe sábado [contra o Guarani]", comentou o treinador, após o revés para a equipe do Vale do Paraíba, líder do Estadual.
O negrito é por minha conta. O bom gosto da frase é do dito e autoproclamado melhor técnico do Brasil (tristes trópicos)...
A informação é de Ricardo Feltrin, colunista do UOL e autor da saudosa coluna Ooops!, da Folha Online.
O jogo entre Corinthians e Barueri, ontem à noite, registrou uma das piores audiências em futebol na Globo. Em todos os tempos. De quebra, a novela Caminhos do Coração, da Record, venceu a emissora carioca por todo o capítulo.
A nota:
"A transmissão do jogo Corinthians x Barueri (1 a 1) jamais será esquecida pela Rede Globo. E a lembrança será dolorosa, segundo os dados de ibope, antecipados nesta quinta-feira por Ooops!.
De acordo com o "minuto a minuto", o jogo teve uma das piores audiências já registradas em um jogo de futebol exibido pela Globo, em São Paulo." (link para a nota completa aqui)
O Corinthians empatou mais uma, trazendo à memória dos alvinegros a desastrosa campanha do Brasileiro passado. O zagueiro Ávalos abriu o placar para o Barueri aos 30 min. Do primeiro tempo. Dentinho empatou para o Timão aos 36 min. E ficou por isso mesmo.
O Corinthians mais uma vez padeceu de um meio-campo sem criatividade. A formação colocada em campo por Mano Menezes foi, mais uma vez, extremamente recuada, com sete jogadores preocupados antes em defender que atacar. O treinador também insistiu em colocar Alessandro na lateral, barrando Coelho. O ex-santista rende mais jogando pelo meio-campo, já que sua característica mais positiva (talvez a única) é o toque de bola.
É claro que as opções do técnico são poucas e não muito boas. Claro também está que ele prefere garantir uma campanha medíocre no Paulista que arriscar tomar umas biabas ao escalar um time menos retrancado. Mas acho que o tiro pode sair pela culatra. Em vários momentos, a formação defensiva atraiu o Barueri para o campo do Corinthians, forçando Felipe a umas duas defesas difíceis.
Se o Corinthians agredisse mais, poderia manter o adversário mais longe de seu gol. E não estou pedindo muito: com três zagueiros, dois volantes e dois laterais descendo só na boa, acho que soltar um pouquinho mais o time não seria nenhum exagero de ousadia.
Um atenuante para o empate de ontem: o Barueri parou todas as jogadas com falta. Foram, segundo o blog do André Kfouri, 29 faltas contra apenas 8 do Corinthians. Mesmo assim, os dois times saíram de campo com três cartões amarelos cada (dois do Corinthians por reclamação).
PS.: Do mesmo André Kfouri, sobre a falta de gols corintianos: "Mano Menezes avisou que seu time seria construído de trás para a frente, no que está certo. A torcida, que não conhece o cronograma de obras, gostaria de ver pelo menos um esboço do ataque."
PPS.: Bobô na seleção foi mais surpreendente pra mim do que quando convocaram o Jô...
E saiu a escala de árbitros e auxiliares para a quinta rodada da Série A-2 do Paulistão. Até aí, nada excepcional, se não fosse a presença da bandeirinha mais famosa do país, Ana Paula Oliveira. Ela vai retornar aos gramados no sábado (9) na partida entre o São José e o Taquaritinga, clube da cidade do Marcão, às 16h.
A cidade do Vale do Paraíba será palco da reestréia de Ana Paula, afastada de jogos oficiais desde 24 de maio de 2007, após a polêmica partida entre Botafogo e Figueirense pela Copa do Brasil. Depois da partida que os botafoguenses choram até hoje, no ano de 2007 a bandeirinha foi reprovada em dois testes físicos feitos pela Federação Paulista de Futebol.
Já no ano de 2008, Ana Paula não conseguiu completar 20 tiros de 150 metros em 30 segundos, e fez somente 9 tiros nas avaliações do dia 21 de janeiro. Por conta disso, só pôde se qualificar para atuar nas séries A-2 e A-3. Entretanto, vai ter que completar 12 tiros no próximo teste da Federação. Caso contrário, serão 40 dias de gancho até completar os testes físicos.
Negando boatos e versões sorrateiras que pulularam na imprensa, que mencionavam sua exclusão do desfile da vice-campeã do carnaval do Rio, Salgueiro, Ana Paula diz em seu site que pediu dispensa dos festejos de Momo. Ela alega que o foco “neste momento está em se dedicar única e exclusivamente a seus treinamentos”. De acordo com site, “[Ana Paula] teve que tomar uma atitude muito difícil, o que para muitos é loucura, para outros é paixão pelo que faz”.
Mesmo assim, a bandeira garante que um dia poderá desfilar no carnaval mais bonito e importante do país e realizar mais um “sonho”. "Eu amo os cariocas e nunca vou me esquecer deles" afirmou.
Vai soar a bordão do Hardy ("Isso não vai dar certo), mas eu juro que não é a mesma coisa. Quando Vanderlei Luxemburgo foi contratado, escrevi que não acreditava que a relação custo-benefício valeria a pena. Meu problema era com os limites que um técnico tem para, de fato, decidir, já que isso passar por outros fatores dentro e fora de campo. Consta lá que queria ser calado por resultados.
Desde então, mudei um pouco de opinião. Patrocinador novo de um lado, parceria com gigante de marketing esportivo trazendo reforços de outro e um distanciamento da leitura diária de notícias da imprensa -- pra me informar pela mídia palestrina -- tiveram impacto sobre meu humor.
Apesar das derrotas, a idéia de que o time precisa ser arrumado estava confortável. Então, comecei a perceber que tanto quanto a falta de resultados, neste momento, o que mais cansa é o técnico. Não o esquema tático, erros de posicionamento ou qualquer outra coisa que esteja na lista de afazeres do cargo. Claro que a defesa não se resolveu e o ataque precisa mostrar serviço.
Mas o problema é a figura de terno aberto e grava balançando. Os percentuais de responsabilidade e a visão de melhoras na derrota. Um técnico cuja empresa WL assina contrato de "consultoria técnica" com o Joinville, mas até o clube catarinense fica cheio de dedos. Que entra numas de defender jogador que não está rendendo o que poderia e não pensar em formas de livrar o time da marcação (ou das pancadas, que seja).
É birra. Claro que é. A diretoria alviverde não vem atribuindo responsabilidades ao técnico. Surpreendente diante da cultura futebolística, mas nada mais natural do que todo mundo negar que haja pressões sobre o técnico. Tampouco atribuo-lhe a responsabilidade pela 14ª posição no Paulista, nem pela derrota para o líder Guaratinguetá. Só não aguento mais o cidadão como técnico do meu time.
Ah, a oposição sem proposta. E a quarta-feira de cinzas.
Muitas vezes este blogue já foi acusado de bairrismo e de só falar dos grandes times de São Paulo. E isso é uma verdade, embora até já tenhamos diversificado bastante, falando do futebol do interior do estado e de outros lugares, como o Piauí. Mas o caso é que o tempo disponível só nos permite falar daquilo que apuramos e que temos mais afinidade, no caso, o nosso quintal.
Contudo, o leitor do Futepoca não precisa se preocupar, já que o blogue conta com uma série de parceiros que têm como foco o futebol de alguns estados ou regiões e times que nem sempre têm cobertura nacional.
Pra quem quiser acompanhar o futebol nordestino, é só acessar o Tribuna dos Esportes e ver o que rola no futebol da região. Mas se você tiver mais interesse no tradicional trio de grandes pernambucanos, o Extracampo traz as novidades da terra natal do presidente Lula. Ainda na parte setentrional do país, o Futebol do Amazonas deixa você inteirado sobre o ludopédio do estado, com detalhes sobre os times que disputam o campeonato estadual.
Aqui do lado do estado dos bandeirantes, no belo Rio de Janeiro, o pessoal do Blá Blá Gol fala dos times do Rio sem papas na língua, com uma saudável convivência democrática entre os autores rivais. Já em Santa Catarina, o Blog do Castiel faz uma ótima cobertura das equipes locais.
Fanáticos Mas há também os fanáticos, aqueles que fazem blogues falando quase exclusivamente do seu time do coração. É o caso do famoso Blog do Santinha, que se dedica ao Santa Cruz, de Pernambuco, e se prepara para enfrentar as desventuras da Série C em 2008.
E, claro, existem também os torcedores paulistas, que dão uma bela força – ou, às vezes, bronca - pro seu time do coração. É o caso dos santistas Blog da Bia, sempre com textos muito bem escritos, e Glorioso Alvinegro, com análises táticas e notas aos jogadores do Alvinegro Praiano. O Blog do Menon não trata só do São Paulo, time do autor, mas é uma grande pedida para os tricolores.
Além destes, outros parceiros também estão na lista ao lado, e vale acessá-los. Aliás, como nós, alguns disputam também o prêmio do IBest como melhor blogue esportivo. E é possível votar em mais de um na mesma categoria, portanto, dê uma olhada e vote naqueles que você achar que merecem sua força.
PS: Blogues que se enquadram nas características acima, mas que não tiveram atualização em 2008, não foram citados, mas podem ser acessados na lista de parceiros à direita. Quem tiver algum blogue que cubra o futebol de um estado ou região, ou um time específico, e queira trocar links com o Futepoca, entre em contato pelo futepoca@yahoo.com.br ou pelo formulário.
É do José Roberto Torero, em sua coluna na Folha de S.Paulo de terça-feira, 5, a avaliação. Até agora, ter ganho o estadual de 2007 não fez bem. Ocorre que do Paranavaí (PR) ao Coruripe (AL), passando pelos Atléticos Goianense (GO) e Mineiro (MG), pelo Santos (SP), Chapecoense (SC) entre outros campeões em seus estados estão na metade de baixo da tabela.
"Já do outro lado do Atlântico, a coisa é bem diferente. Nos quatro principais campeonatos latinos, Porto, Internazionale, Lyon e Real Madrid caminham para o bi", escreve o santista e parceiro do Futepoca sem se importar em comparar competições nacionais com regionais.
Ele também faz uma série de ressalvas, por exemplo, ao fato de o campeonato mineiro estar na segunda rodada e nada estar decidido nos demais. É só divertido.
O nome oficial do Bar do Vavá, em Pinheiros, São Paulo, é um primor de originalidade (e psicodelia): Garden Burger. Na placa que existia antes da Era Kassab, havia ainda dois complementos abreviados: Lanch. Rest. - muito provavelmente, Lanchonete & Restaurante. Mas um amigo meu, o Chico, sugeriu uma vez que Garden Burger Lanch. Rest., numa "liberdade poética", poderia ser Jardim do Descanso dos Lanches de Hamburger (o que, convenhamos, daria um puta título de disco dos Beatles!). Bom, mas escrevo porque hoje, em plena terça-feira "gorda" de Carnaval, descobri um outro buteco com nomenclatura no mesmo estilo: o Milk Burger, em Diadema (SP). Será que alguém aqui comeria hamburguer tomando leite?
Se por essas bandas o presidente Lula se tornou o mais ferrenho defensor do etanol derivado da cana de açúcar como forma de inserir o Brasil na onda dos biocombustíveis, o pré-candidato à presidência do Partido Republicano, Ron Paul, defende que os EUA utilizem álcool derivado cânhamo. Pra quem não sabe, a plantinha é uma variedade da Cannabis Sativa, de onde se faz a maconha.
O único problema do presidenciável, guardião máximo dos valores liberais da redução ao máximo do Estado, é que a plantação de cânhamo é proibida nos EUA, assim como na maioria dos páises do planeta. Segundo ele, o etanol da erva psicotrópica é mais "fácil e limpo" do que o álcool derivado do milho, bastante produzido nas plagas do Tio Sam.
Apesar de parecer um corpo estranho em seu partido, notadamente conservador em questões como as drogas, a postura de Paul é coerente com o ideário liberal e com a defesa dos direitos individuais. Ele crê que “a proibição das drogas causa o crime” e prefere delegar às pessoas a responsabilidade de seus atos, sem prejuízo, obviamente, das pesadas penas de uma lei específica para as drogas e o seu consumo.
Como congressista representando o Texas, terra dos Bush Ron Paul, já havia aparesentado em duas ocasiões projeto que legalizaria a agricultura do cânhamo nos Estados Unidos, mas só encontrou apoio de rivais do Partido Democrata. Para ele, a mudança poderia ajudar "os agricultores estadunidenses e reduzir o déficit comercial - tudo isso sem gastar um único dólar do contribuinte". Como se vê, o homem pode ser de direita, mas não peca pela incoerência. Será que está aí o futuro do Gabeira?
Eduardo Metroviche Ao que parece, pelo menos temporariamente, foi fumado o cachimbo da paz entre Émerson Leão e Fábio Costa. Há quem diga que o próprio Itamarati – via emissários enviados pelo ministro Celso Amorim em pessoa – influenciou as partes a chegarem a um armistício.
Contra o Paulista de Jundiaí, o Santos começou bem, mostrou certa evolução (os jovens jogadores da base demonstraram mais segurança), e acabou fazendo 1 a 0 num belo gol: Alemão, que recebeu um cruzamento de Rodrigo Souto à la Kléber, de pé esquerdo e tudo, colocou de cabeça com categoria aos 33 min do primeiro tempo. Mas 4 min depois, uma bola cruzada quase despretensiosamente da direita passou por toda a área santista, pingou na frente do portentoso Betão, que (como não viu a bola) tentou agarrar o ar, e o grande Thiago Tremonte executou. 1 a 1. Acreditem: o melhor zagueiro do Santos atual é o Domingos. O Betão, francamente, dá dó. Mas é um homem do Leão. E o Adaílton, que cometeu pixotadas ao longo de todo 2007, quando é discreto não compromete, como hoje.
Depois do gol de empate do Paulista, o jogo ficou fraco, mas com alternativas. Parece cada vez mais claro que o Santos tem que mandar Rodrigo Tabata embora. É impressionante, nada que passa pelos pés do "Samurai" resulta em algo. Ele é nulo, zero. E finalmente, o Santos só não perdeu o jogo porque Fábio Costa estava lá. Perguntado depois do jogo por repórteres sobre como estava a relação entre ambos, Leão e Fábio Costa responderam assim:
O treinador Leão disse que, por ter feito uma grande partida, o goleiro santista tinha sido até cumprimentado no vestiário.
Fábio Costa afirmou que não tinha que declarar nada, e sim jogar bola. "O que tinha que falar, o presidente [Marcelo Teixeira] já disse", concluiu o goleiro.
O atacante Vagner Love negou que seja ele a pessoa que faz sexo com uma atriz pornô em um vídeo que tem circulado na internet. Segundo a assessoria do atleta, ele sequer viu as imagens, gravadas em um celular, mas garante que não fez nada com Pamela Butt, estrela de filmes voltados para o mercado onanista.
Já a loira diz ser "amiga colorida" de Love e afirma que a festinha teria acontecido no começo de 2007, já que agora ela tem namorado e não se dá mais a esse tipo de desfrute, a não ser no dia-a-dia da sua profissão.
Butt também assegura que vai entrar na Justiça para impedir que o vídeo continue em páginas da rede. Para ela, uma coisa são os filmes dos quais participa; outra é a invasão de sua vida pessoal, afetada pela circulação do tal filminho. Ela também nega que soubesse que estava sendo filmada durante o tal convescote erótico.
Você já votou no Futepoca no IBest? Não? Então clique aqui, faça o cadastro e dê seu voto pra gente.
Pra quem ainda não viu, a peça publicitária do pré-candidato à presidência dos EUA pelo Partido Republicano, Mike Huckabee. O governador do Arkansas (de acordo com um professor de Inglês local, pronuncia-se "Arcanssó"), apresenta o apoio do mitológico ator Chuck Norris.
Não se pode dizer que o ex-pastor evangélico não tem senso de humor, porque no curto vídeo brincou com a fama do ator de "durão". Claro que não é uma brincadeira inocente, trata-se de tentar angariar apoio de um eleitorado conservador, adepto da política do "grande porrete".
Já pensou se a moda pega no Brasil? Imagino um governador chegando na televisão e falando: "Obras do metrô? Tenho o apoio do homem certo para questão. Duas palavras: Didi Mocó".
A consolidação dos patrocínios nas camisas do futebol brasileiro, lá no início da década de 1980, é vista até hoje como uma ofensa aos imaculados mantos dos clubes. Alguns torcedores, como o nosso colega Marcão Palhares, se recusam a comprar uma camisa na qual o nome de um patrocinador tem mais espaço que o distintivo do time.
Mas tem um time novo brasileiro, com passagem pela elite nacional, que se notabilizou justamente pelo contrário: por ostentar patrocínios a rodo no seu uniforme. Falo do Brasiliense, o "simpático" time do ex-senador Luiz Estevão. Nos dois momentos de maior glória da equipe - o vice-campeonato da Copa do Brasil de 2002 e a participação na Série A em 2005 - o clube da capital federal se destacou pelo uniforme de gosto duvidosíssimo (isso existe?) numa forte cor amarela e a presença de, literalmente, uns 10 logotipos de patrocinadores, todos vinculados ao Grupo OK, do já citado Luiz Estevão.
Agora vejam essa camisa do Brasiliense na foto ao lado. Reparem: não tem patrocínio! Uma camisa do Brasiliense sem milhões de patrocínios é como imaginar o Grêmio jogando de vermelho, o Atlético-MG de azul, o Corinthians de roxo! Ops, esse último já tem.
Com esse desrespeito às tradições, onde vamos parar, meu Deus?
Está no ar a 12ª contribuição do Futepoca à revista Papo de homem:
"E assim se vão os garotos", do Glauco, sobre ida prematura de craques ao exterior, a partir do rolo com Alemão, do Santos, envolvendo o empresário Wagner Ribeiro.
Como a gente, inadvertidamente, não pôs link pras outras 11, aí vão:
Inspirado no post da companheira Thalita sobre a camisa roxa do Corinthians me trouxe uma inquietação: qual seria a cor "ousada", nos termos de alguns jornalistas, da terceira camisa do São Paulo? Em debate com outros membros deste fórum, chegamos a algumas sugestões, que ficam para votação na enquete. Se não gostou de nenhuma e quiser sugerir opções para os estilistas são-paulinos, fique à vontade:
Rosa-choque – Como o laranja (Fluminense) e verde-limão (Palmeiras) já foram usados, sobrou essa cor de marca-texto para o São Paulo. E é só esse o motivo da sugestão.
Amarelo-pipoca – Seriviria para dar um chute na pecha de amarelão do time do Morumbi. Exige coragem botar seu maior medo na camisa desse jeito.
Roxo-Collor – A cor é parecida com a do Corinthians, mas a justificativa é toda outra. Enquanto os diretores do Timão querem homenagear os corintianos roxos de sua torcida, a camisa do São Paulo lembra o roxo discursivo-anatômico do ex-presidente, deixando claro que o Morumbi é casa de macho.
Verde-ressaca – Uma homenagem ao Imperador Adriano, cujo hábito tanto alegra os futepoquenses.
Furta-cor – Essa tonalidade é uma dupla referência. Por um lado, às éticas e cordiais relações costumeiramente mantidas pela diretoria do São Paulo com os outros clubes na negociação de jogadores. Por outro, lembra a nebulosa relação do time com a arbitragem, que quase nunca ajuda.
Vote:
Qual será a cor "ousada" da terceira camisa do São Paulo?
PS.: Só para constar, sabe que eu nem achei tão feia assim a camisa do Corinthians?