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A lesão que parece ter virado moda, o rompimento do tal ligamento cruzado do joelho, merece atenção e estudos, o que aliás já vem ocorrendo. A grave ocorrência que deixa o jogador em tratamento “de seis a oito meses”, pela recorrência, já vinha inspirando investigações de especialistas. Agora virou capa de jornal.
Ontem, o Paulo Vinícius Coelho abordou o tema no Linha de Passe (ESPN-Brasil). A abordagem tem, segundo o PVC, de ser vista de dois ângulos:
1) a tal lesão não é nova. Antigamente também ocorria, mas a medicina esportiva estava muito aquém da evolução a que chegou hoje. No passado, era tratada a base de remédios e infiltrações, até que chegava um dia em que o cara não podia mais;
2) mas a incidência do rompimento do ligamento cruzado com certeza acontece com uma freqüência impressionante, anormal mesmo, e deve ter alguma causa maior do que o acaso, a fatalidade ou a urucubaca. Sem nenhum trabalho, dá pra citar vários jogadores que tiveram essa lesão recentemente: só no Santos (clube que tem conseguido reduzir o tempo de tratamento) foram três: Fabiano, Dênis e Jonas. Nilmar (duas vezes) e Alemão no mesmo jogo! Obina, na semana passada. Além de alguns outros como Leandro Amaral, Amoroso, Edu (Valência, duas vezes), entre muitos outros. Toda semana são vários casos, é algo realmente impressionante.
Já se falava abertamente nos clubes (sem sair nos jornais) que essa causa obscura seria o modelo de chuteira que muitos atletas usam, com as travas longitudinais, formando linhas retas, ao contrário das tradicionais. Essa “moderna” chuteira seria responsável por travar o pé do jogador no gramado em determinados movimentos. O pé travado na grama, o joelho estoura.
De fato, eu lembro de ter visto na TV vários desses jogadores se machucarem: Jonas, Fabiano, Obina, Dênis, Nilmar. Curiosamente, sempre me parece que a gravidade das lesões não condiz com o lance que a motiva.
Mesmo no caso de Nilmar, um lance mais feio de se ver, ele se machuca sozinho, simplesmente ao conduzir a bola e fazer um movimento para sair da marcação. É muito plausível que essa chuteira tenha de fato muito a ver com isso.