Destaques

terça-feira, julho 28, 2009

Robério de Ogum fala ao Futepoca sobre Roberto Brum

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O médium Robério de Ogum falou ao Futepoca sobre o recente imbróglio envolvendo o volante Roberto Brum, Vanderlei Luxemburgo e o próprio espiritualista. Robério, que previu a volta de Luxa ao Santos em 2009, disse que o atleta "estava carregado" e atraía "energias negativas". A resposta do evangélico Brum veio no domingo, no programa Mesa Redonda da TV Gazeta, quando se afirmou "vítima de calúnias", acusou o jornalista Admeir Quintino e reafirmou a "vitória de Deus".

"O Roberto Brum tenta ser líder, mas não tem pujança pra isso", afirma. Quando perguntado se ainda é amigo de Luxemburgo, de quem esteve afastado inclusive à época em que concedeu sua primeira entrevista a esse prestigioso veículo midiático, foi evasivo. "Nesse caso não interessa se sou amigo dele ou não". Ainda para saber se o médium influenciou na posição do treinador santista, foi questionado se a avaliação acerca das energias negativas de Brum era um aconselhamento. "Não é um aconselhamento, é uma previsão", garantiu.


"Só retratei o momento dele, e quem viu a partida contra o Flamengo pode notar. Já viu um jogador tomar um cartão daqueles com um jogo importante na quarta?", questiona. Robério conta que não assistiu ao programa da Gazeta, embora amigos seus tenham ligado para alertá-lo a respeito. No entanto, criticou a postura do volante. "O que ficou exagerada é a forma que o Brum se pronunciou, não podemos falar de Deus à toa. A mão de Jesus tem que abençoá-lo pra não fazer mais essas besteiras", vaticinou.

Mesmo com a querela, o médium acredita na recuperação de Brum como jogador, mas não garante sua permanência na Vila Belmiro. "O Brum tem tudo para se recuperar. No Santos ou em outro clube. Ainda mais com a fé que ele tem. Mas como líder, não sei...". Apesar de não citar mais nomes, ele afirma que a "rachadura" que aconteceu no Santos também tem outros responsáveis. "Quando falamos de uma patota, falamos de mais jogadores. Um time que esteve pra cair no ano passado e consegue chegar à final do Paulista... Ali você percebe a falta de um líder consistente, faltou equilíbrio, paz, harmonia".

Quanto às esperanças santistas, ele vaticina. "O time pode chegar à Libertadores, se cortar o mal. A mudança já começou".

Mário Gobbi Filho, este intelectual

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O leitor Leandro mencionou em dois comentários (aqui e aqui) a recente declaração do dirigente do Corinthians Mário Gobbi Filho em resposta a protestos de torcedores pelo "desmanche" por que passa o time. O parceiro Vertebrais Futebol Clube mostrou com precisão um aspecto importante da "bola fora" de Gobbi, ou seja, como ele "errou" ao não esclarecer as reais razões por que um clube não consegue manter os craques no elenco por muito tempo, em vez disso perdeu a oportunidade de ficar calado e cuspiu grosserias à torcida.

Mas o "erro" de Gobbi vai um pouco além. Vamos ao que ele disse, em entrevista ao Globo Esporte:

– Não podemos cair nesse discurso medíocre e hipócrita de torcedor de arquibancada, que não tem cultura para falar disso. É ignorar que o objetivo final do futebol seja dar retorno financeiro ao clube. Não há desmanche, há um ciclo no futebol – opinou Gobbi.

O senhor Gobbi tem a si mesmo em tão alta conta, mas tão alta conta, que não se considera nem medíocre, nem hipócrita, nem inculto – portanto não é como esses corintianos favelados e ignorantes, esses que se autodenominam maloqueiros e sofredores. Que me perdoe este intelectual, mas na minha modesta opinião a sua segunda frase é uma pérola rara, para se gravar no bronze.

É incrível a inspiração de certos burocratas ao declarar o seu amor incondicional às atividades meio. Olha só que impressionante: o time de futebol é uma coisa que existe, segundo Gobbi, não para jogar futebol e ganhar títulos; até faz isso, claro, é inevitável, mas o seu objetivo final é outro, é gerar dinheiro para o clube.

Corrijam-me os semiólogos se eu entendi errado, mas minha impressão é de que o senhor Gobbi discordaria absolutamente de mim se eu dissesse que a a direção do clube tem a obrigação de fazer a sua boa gestão financeira, que inclui a compra e venda de jogadores, com o objetivo final (este sim) de manter o time jogando bem, garantir certo equilíbrio no elenco, sem grandes quebras entre os picos de qualidade. Num momento em que o clube dá mostras de que pode disputar e vencer o título do mais importante campeonato nacional, visando ainda a chegar em boas condições de disputar o continental, isso é crítico.

Uma discreta inversão de valores: o futebol existe para o clube, não é o clube que é uma estrutura administrativa que existe para o futebol. Me lembrei de uma célebre declaração do ditador João Batista Figueiredo (na foto) em resposta à ingênua pergunta de um repórter: "mas presidente, e o povo?". O que ele retrucou foi: "O povo?! Ora, o povo não me interessa, o que interessa é o Brasil".

Se a gente pensar a coisa pelo avesso, será que os medíocres, hipócritas e incultos "torcedores de arquibancada" não têm alguma razão em protestar quando veem metade do time (a metade melhor) ir embora? Independente da justificativa que se dê? Não seria este um erro ou pelo menos um problema de administração que deve ser explicado, justificado, pelos responsáveis?

O torcedor de arquibancada talvez não precise de muito mais que um futebol decente para ver e alguma esperança de que o time possa ser campeão. (Alguns precisariam apenas de uma cerveja.) No meu modo de entender (serei hipócrita? ou medíocre?), ele é uma importante razão de ser do espetáculo, e não um incômodo, uma excrescência com a qual os dirigentes infelizmente se veem obrigados a conviver. Mas, se os gênios proliferam no futebol de hoje, nós certamente não estamos entre eles.

segunda-feira, julho 27, 2009

E o Sport, hein?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A notícia tem um quê de previsibilidade: Émerson Leão foi demitido, hoje pela manhã, do comando do Sport. A princípio, são duas as causas do bilhete azul dado ao técnico. A primeira é o mau desempenho do treinador - foram 10 jogos no comando do time, com cinco derrotas e apenas duas vitórias. A outra é uma suposta "insubordinação" de Leão, que teria recusado a contratação do veterano Marcelo Ramos, já definida pela diretoria do clube (isso te lembra algo?).

Agora o Sport correrá atrás do seu terceiro técnico do ano. O time começou 2009 com Nelsinho Baptista à frente da equipe. Após a eliminação da Libertadores e uma briga com atletas, Nelsinho caiu e Leão assumiu. O ex-goleiro tinha como background boas passagens anteriores pelo time pernambucano - vale lembrar que ele era técnico do Sport quando foi chamado para comandar a seleção brasileira, em 2000.

Curioso é ver que agora, correndo atrás de técnicos, o Sport volta a ser um time "normal". Trocando treinadores a cada resultado ruim, tentando achar um jeito para jogar uma boa bola, e, até segunda ordem, se esforçando para escapar do rebaixamento. Difícil imaginar que o rubro-negro faça coisa melhor nesse Brasileirão.

Tal condição é bem diferente do que o Sport sugeria no começo do ano. Recapitulando: o time iniciava 2009 com o cartaz de ser o campeão da Copa do Brasil, com uma Libertadores pela frente, com um técnico mantido no cargo há mais de um ano... já falava de se consolidar como "a força do futebol do Nordeste", "oposição ao eixo Rio-São Paulo" e por aí vai...


Eu sempre digo que encher muito a bola de "planejamento e profissionalismo" no futebol é algo que não me desce. Afinal, o senso comum chama de "planejado e profissionalizado" o time que mostra resultados em campo. O julgamento recebe a mão inversa - olha-se os resultados e aí se atribui o rótulo de "organizado". A imprensa daqui do Sudeste - que não acompanha o dia-a-dia do Sport - cansou de encher a bola dos pernambucanos em 2008, tratando o clube justamente como "planejado", principalmente pela manutenção de um novo técnico. Agora, que o Sport muito provavelmente passará o resto do Brasileirão lutando contra o rebaixamento, atacará a "falta de planejamento" do clube.

Será que não é mais negócio ver o dia-a-dia de uma equipe antes de fazer esse tipo de análise?

Roth prova de seu próprio veneno

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Iarley o autor do gol em foto do Estado de Minas/Uai

O Galo ontem no Mineirão provou mais uma vez que é time de um esquema só. Bloqueia bem o meio de campo com 3 ou 4 volantes e sai rapidamente no contra-ataque. Quando o adversário não vai para o ataque, o caldo entorna... Foi o que aconteceu contra o Goiás, no Mineirão.

Hélio dos Anjos, à la Roth, armou uma retrancona, com três zagueiros, seis no meio de campo e apenas o Iarley no ataque. Das duas chances que teve em toda a partida, o time verde marcou uma, o que foi suficiente para levar os três pontos.

O Atlético ficou com a bola quase o tempo todo, mas não teve inspiração. Tardelli e Éder estavam bem marcados, daí faltou a aproximação de um meia criativo, que o time não tem. A armação sobrava para os volantes, que erravam passes na hora decisiva ou davam chutes da entrada da área que iam fora do Mineirão.

Júnior também estava mal no papel de tentar municiar os atacantes, mas a entrada de Evandro mostrou que estamos de mal a pior nessa posição. O ex-palmeirense não fez absolutamente nada que não fosse um burocrático passe para o lado, o que explica por que o Palmeiras o deixou sair de graça.

Ainda quando estava 0 a 0, Roth fez outras substituições equivocadas. Tirou Éder Luís e pôs Alessandro, depois entrou o atacante Kléber no lugar do volante Serginho. Não adiantou nada ficar com três atacantes na área porque o problema estava no domínio do meio de campo. A partir daí o Goiás, que tinha seis jogadores contra três no setor, mandou no jogo e fez o seu gol.

Roth tem crédito, mas precisa armar alternativas para quando o adversário se fecha todo. Foi assim que perdeu pontos para Santo André, Botafogo e Goiás. E precisa testar um dos armadores talentosos que existem no elenco. Não dá para entender por que Renan Oliveira e Tchô não ficam nem no banco. Se os dois não prestam, que se contrate um jogador para armar jogadas e bater faltas e escanteios. Dá até raiva quando o juiz marca algo a favor do Galo, antes de bater já se sabe que não vai dar em nada.

E volta a realidade mascarada pela liderança, o Galo não tem time para ser campeão. Tem jogadores esforçados, mas se quiser pegar pelo menos a Libertadores tem de trazer pelo menos um meia e um zagueiro para serem titulares.

domingo, julho 26, 2009

Um 3 a 0 para Obina sobre o Corinthians

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O Palmeiras venceu o Corinthians por 3 a 0 em Presidente Prudente. Voltou a se igualar em pontos ganhos com o Atlético-MG, na liderança. Enquanto o Goiás aplicava a segunda zebra seguida contra os da ponta superior da tabela, o Palmeiras via o fim da era Jorginho com a sexta partida seguida contra os alvinegros paulistanos sem conhecer derrotas. Recuperou também o Verdão do tropeço do meio de semana em Goiânia.

O primeiro gol foi de peixinho, em um cruzamento perfeito de Pierre. O segundo de pênalti, cometido abestadamente por Chicão. O terceiro foi em um contra-ataque em que Obina dividiu no alto com Moradei, deixando a bola para Cleiton Xavier esperar e deixar o centroavante livre para completar o escore.



Ele não é melhor do que o Eto'o. Nem é melhor do que o Keirrison do começo do ano. Mas decidiu o jogo e tem marcado gols. E está mais magro do que o Ronaldo.

Aliás, foi a saída do gordo que mudou a cara do jogo. O primeiro tempo foi mais disputado até a contusão de Ronaldo que, ao sofrer falta de Souza, caiu de novo, desta vez sobre a mão direita, produzindo suspeita de fratura. A partir daí, o Corinthians murchou e o Palmeiras cresceu. Depois do segundo e do terceiro gols, a partida foi administrada pelo alviverde, com períodos de tensão sem sentido.

De presente para Muricy Ramalho, o interino que quase se efetivou deixa o artilheiro Obina e a equipe mais faltosa do campeonato. O time marca muito com dois zagueiros, dois ou quatro volantes (no caso de Cleiton Xavier se dedicar mais às funções defensivas), e também bate. Embora as pancadas mais sem noção da tarde em Prudente tenham ficado para Alessandro, expulso, e Jorge Henrique, que saiu ileso.

Depois de cinco dias sem sinal de celular nem acesso à internet (fui derrubando cada conexão por onde eu passava), eu ia escrever impropérios contra Vanderlei Luxemburgo, que já entregou o time como campeão das faltas e sem artilheiro, mas depois do post do Glauco, a cota "pau-no-Luxemburgo" pode ficar para os comentários.

Santos 1 X Flamengo 2 - Nem Robério de Ogum salvou...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

E o recordista de títulos brasileiros e dono de sensacional aproveitamento de pontos pelo Santos na Vila Belmiro conseguiu outro feito: participou da primeira derrota santista para o Flamengo no estádio desde 1976.

O histórico da atuação de Luxemburgo na partida foi mais fundamental na segunda etapa. A primeira mudança de Luxemburgo foi substituir Roberto Brum por Róbson. E aí, a evidência de como andam as coisas no Santos e a mostra que a habilidade do treinador em lidar com o elenco é algo questionável. O volante tomou o amarelo, foi cumprimentar Luxa, que se recusou a fazê-lo. Parece que o pastor-atleta não vai jogar mais no time, como ficou claro na coletiva do técnico. Difícil saber se a avaliação do médium Robério de Ogum, que disse que o jogador atraía “energias negativas”, influenciou na postura de Luxemburgo.

Se foi isso, a mística deu certo em um primeiro momento. Róbson, que entrou e salvou o time em outras oportunidades, fez o mesmo ontem. Parece ser o amuleto da vez, depois da saída de Molina. Mas nem só de sorte se faz uma equipe. O goleiro Felipe, bancado por Luxa, chegou a ter seu nome gritado na Vila Belmiro em uma defesa feita contra em finalização de Adriano dentro da área. Contudo, em outro chute do mesmo Adriano, de fora da área, jogada típica dele e nem por isso marcada pelos alvinegros, Felipe sofreu o gol de empate.

E, de novo, parece que os espíritos da bola não conspiraram a favor do “iluminado” Vanderlei. A maldição da lateral-direita santista se manifestou no gol contra de Pará, o ocupante da posição da vez.

O que esperar agora do time contra o Náutico, lanterna do campeonato brasileiro? Até quarta, nosso técnico achará alguns bodes expiatórios, rifará jogadores, e fará mudanças cosméticas que aparentarão ser radicais só para iludir a torcida. Certamente, desviará o foco da imprensa e dos torcedores, preservando-se.

Enquanto o Flamengo derrotava o Peixe, Jorginho, autor do gol 10 mil da história do Santos, comandou o espólio do time que Luxemburgo deixou desarrumado no Parque Antarctica para um belo 3 a 0 sobre o Corinthians. O balanço do Peixe pós- Mancini: um empate, duas derrotas e uma vitória. Será que o problema era o técnico anterior mesmo? Vale o investimento no atual? Ou seria melhor investir em um comandante menos custoso e aplicar em reforços?

*****

O Palmeiras anunciou Muricy Ramalho como técnico. Muitos dirigentes e assemelhados do Santos tentaram fazer disso um episódio que exemplificaria um menosprezo do ex-sãopaulino pelo Peixe. Balela. Antes de Mancini cair, Muricy já havia declarado que havia gostado muito da conversa com Luiz Gonzaga Belluzzo e outros dois diretores palmeirenses. A diferença entre a proposta da Vila – melhor financeiramente – e a do Santos é fundamentalmente uma: a qualidade da administração de um e de outro clube, e não a tradição ou coisa que o valha. Muitas vezes o torcedor confunde a diretoria com a instituição, e cai nessa lenga-lenga dessas pessoas que se adonaram do Santos. Muricy fez o que qualquer um faria, foi para o lugar onde existe gente mais séria para poder desenvolver seu trabalho.

sexta-feira, julho 24, 2009

Noite dos goleiros no Mineirão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Quando a fase é boa, a cada partida um jogador se destaca. Ontem, no Galo versus Flu, foi a vez do Aranha. O público de quase 56 mil pessoas viu um goleiro que não é tecnicamente perfeito, mas que estava numa noite inspirada e evitou pelo menos três gols do adversário.

Mérito também para Fernando Henrique, com defesas precisas em praticamente toda a partida, mesmo que muitas vezes com o pé, o que dificulta entender por que Parreira e seu substituto, o tal do Eutrópio, O Breve, insistiam no Ricardo Berna. Aquele que tomou três gols de fora da área do Goiás em pleno Maracanã.

Foi um grande jogo, com chances para os dois lados, mas resolvido em lances confusos no segundo tempo. No primeiro gol do Atlético a bola foi cruzada pelo lateral Thiago Feltri, bateu num zagueiro, bateu na cabeça do volante Serginho, bateu no chão, pegou efeito e entrou. Ressalva que é a segunda partida inteira do volante depois de ter ficado mais de um semestre parado por conta de operação no joelho. A primeira foi contra o São Paulo, em que fez um golaço.

No segundo gol contra o Flu, de novo cruzamento do Feltri, goleiro e zagueiro tentam cortar, não conseguem e a bola sobra para Tardelli, cuja maior dificuldade foi tirar o braço para que a bola não batesse.

No gol do Flu, Aranha soltou uma bola esquisita para o lado, ela foi cruzada e numa dividida entre o volante Renan e o atacante tricolor Kiesa acabou indo para o fundo das redes. O juiz Seneme, se quisesse, poderia ter assinalado gol contra, mas premiou de maneira correta o atacante.

E assim vai, partida a partida, uma liderança sofrida, conquistada em detalhes durante as partidas, agora que se ultrapassa 1/3 do campeonato. O Galo não está tendo nenhum jogo fácil, talvez até por suas debilidades, mas vem conquistando pontos importantes, muitas vezes pelo bom preparo físico.

Com a contratação do atacante colombiano Rentería, faltam ainda, pelo menos, um bom zagueiro e um armador que saiba bater faltas. Daí, se não perder ninguém, as chances de Libertadores passam a ser reais.

O tombo de Ronaldo: o lance da rodada

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Aos 15 minutos do primeiro tempo do jogo do Corinthians contra o Vitória, os deuses do futebol avisaram: até os grandes têm seu momento patético, ainda mais em um gramado molhado. Poucas vezes vi uma escorregada assim...

E não é que dessa vez deu?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Felipe; Diogo, Chicão, Jean e Diego; Jucilei, Elias, Douglas (Moradei), Morais (Jorge Henrique) e Dentinho (Marcinho); Ronaldo. Foi com esse time que o Corinthians venceu o Vitória, no Pacaembu, por 2 a 1. Gols de Dentinho (um golaço, em passe açucarado de Ronaldo) e, pasmem, Jean, após passe perfeito de Douglas.



Do jogo, o padrão corintiano nas últimas rodadas. Pressiona no começo do jogo e marca. Duas vezes, nesse caso. Depois, dá uma recuada e leva gol (bela enfiada de William para o gol de Apodi). No segundo tempo, deu uma pressionadinha no começo e tomou calor no resto.

Percebam que o time inicial descrito lá em cima, sem considerar André Santos e Christian, tem três reservas. Foi com essa formação que o time fez dois a zero. No segundo tempo, Jorge Henrique entrou no lugar de Morais, mas o placar permaneceu o mesmo. Isso mostra que tem algum elenco ali e dá esperança pós-desmanche.

Por outro lado, o gol de Jean (?!?) foi 80% por conta do passe açucarado de Douglas. E nos dois tempos Felipe fez mais uma vez defesas monstruosas e garantiu o resultado. Vamos sentir falta dos demissionários.

A vitória sobre o Vitória – lembremos que, considerando o time titular da final da Copa do Brasil, sem cinco titulares – colocou o Corinthians na quarta colocação, 1 ponto atrás do Inter, 2 atrás do Palmeiras e 5 atrás do Atlético. Se ganhar o clássico do Palmeiras no domingão, ganha pelo menos mais uma. É difícil, vai ficar ainda mais, mas estamos aí.

quinta-feira, julho 23, 2009

Corinthians luta pra mostrar que ainda dá

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O Corinthians joga daqui a pouco contra o Vitória, em São Paulo, numa chance importante para chegar mais perto de ocupar um lugar no G4. Além disso, tenta acalmar os ânimos da torcida, que está bastante preocupada com o desmanche do time campeão Paulista e da Copa do Brasil.

A zaga que provavelmente entrará em campo preocupa: Diogo, Chicão, Jean e Diego. Apenas um titular e um lateral-esquerdo improvisado. Jogam com a proteção de Jucilei e Elias, que não estão entre os melhores marcadores que eu já vi. A esperança fica no ataque, que deve ser o titular. Se bem que Jorge Henrique é dúvida – em seu lugar jogaria Morais.

Será a primeira partida sem Christian e André Santos e, talvez, a última de Douglas (que pode ir para um time árabe) e Felipe, que teria proposta do CSKA. Além dele, Elias pode estar de saída para um “time médio” da Itália. Segundo Benjamin Back, do Lance!, o jogador quer ficar, mas pediu uma compensação financeira: R$ 1,5 milhão de luvas e R$ 150 mil mensais de salário. Se for isso mesmo, acho que vale pagar - só não sei de onde tirar dinheiro.

A coisa está ficando feia mesmo, mas ainda não estou desesperado. Já vi corintianos falando que o time vai acabar rebaixado. Não creio que chegue a tanto.

A resposta para essa dúvida da torcida começa a ser dada hoje. Depois desse jogo, vem o clássico contra o Palmeiras, que vem querendo mostrar serviço para o novo técnico, Muricy Ramalho. Duas pedreiras. Vamos ver o que Mano Menezes consegue com as peças que vão sobrando.

Outra saída - Essa deve deixar mais animada parte da torcida alvinegra: o Corinthians conseguiu arranjar um time para quem emprestar o meia Lulinha. Trata-se do Estoril, de Portugal, que contará com o atleta por dez meses. Não pagar o salário do garoto-prodígio pode ser um alívio para bancar outros jogadores - quem sabe Elias?.

Uma curiosidade a respeito do Estoril: cinco vezes campeão da segunda divisão portuguesa, segundo matéria do Uol, o clube enfreta crise financeira e ficou na quarta posição no ano passado. A solução encontrada foi claramente inspirada em casos tupiniquins: vender par a Traffic. "O Estoril é o time que a Traffic comprou em Portugal. Queremos que o Lulinha jogue. Entre jogador e Estoril já está tudo certo" explicou ao UOL Esporte o empresário de Lulinha Wágner Dinheiro, opa, Ribeiro. Quem disse que o futebol brasileiro não tem dinheiro?

A reestreia do "gênio"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Quando vi a escalação do Santos, com três volantes (Paulo Henrique Ganso no banco) e somente um atacante nato com um meia improvisado na frente, em plena Vila Belmiro, contra um rival que era o primeiro depois da zona do rebaixamento, pensei: o que e isso? Mas aí lembrei que o novo técnico santista é “gênio”, claro que, embora os incautos torcedores alvinegros não saibam, ele nos proverá com sapiência e resultados frutíferos.

Mas no momento que vi os relacionados para a partida, virei para a editora de arte e eminência parda deste blogue, também é santista, e falei: esse time não vai dar certo, ele vai desfazer o esquema depois do intervalo e ainda vão dizer “puxa, como o Luxemburgo mexe bem no segundo tempo”. Não precisou nem esperar o começo da etapa final para um comentarista de rádio falar que “o Vanderlei enxergou muito bem o jogo” ao colocar Neymar e Ganso no intervalo. Como é bom contar com a mídia do lado...

A segunda etapa, que consegui ver pela TV, foi medíocre. Mas Neymar, em um lampejo daqueles que salvam o desempenho de um time, de uma torcida, de um “gênio”, deu a vitória ao Peixe. Merecida do ponto de vista da justiça ideal que não existe no futebol, já que o Alvinegro teve algumas pseudo-chances de marcar e o Atlético-PR, no auge da sua mediocridade e candidatíssimo à Série B, nem isso teve.

Vai ser essa a toada. Virão alguns reforços, talvez veteranos ganhando alto como Emerson e que não renderão nada ao clube quando saírem. Assim como Luxemburgo, que pode sair no fim do ano para ser candidato a senador pelo PT de Tocantins. Como já brincamos por aqui, nem ele conseguirá piorar o nível do Senado...

Enquanto isso, em Campos do Jordão...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Acabei de coordenar a edição de um livro sobre o Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, o mais importante evento de formação e difusão de música clássica da América Latina. Por conta disso, me convidaram a passar uns dias lá.

E para lá eu fui, na terça-feira. Estava então tomando uma sensacional Red Ale no bar da cervejaria Baden Baden (ao lado, na foto de Gonçalo Lopes). Na mesa ao lado, meia-dúzia de playboyzinhos com seus vastos óculos escuros comiam salsichões, quando uma loirona montada em botas de couro apareceu vendendo bilhetes da Mega Sena. "Só R$ 20", dizia, acho que por um bilhete com seis jogos, "está acumulada em R$ 45 milhões", e sorria. Os meninos estavam totalmente desinteressados. A moça insistiu e um deles resolveu explicar as suas razões, apontando um dos colegas: "É que ele já tem tanto dinheiro, mas tanto..."

Diante de um argumento desses, a moça apelou a um jargão mais adequado: "Comprem, vai, pra me ajudar". Sem dúvida, manter a escova progressiva e as luzes no cabelo não deve ser fácil, era justa a esmola. Mas antes que seus amigos se abalassem, o garoto finalizou com toda classe, sem chance de réplica: "Mas é só R$ 45 milhões... Meu pai é acusado de ter desviado mais que isso". Gente fina é outra coisa.

Adeus ao Brasileirão 2009, pelo menos

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Parece mesmo que o Corinthians vai passar por um desmanche completo. Que o clube precise abrir mão de um ou dois de seus destaques, tudo bem, ainda mais considerando que o histórico do Corinthians é de má administração, o que significa que sobram dívidas eternas pra pagar. (Não quero dizer com isso que as contas agoras estejam em boas mãos, não sei nada sobre as atuais finanças.) Mas vender três ou quatro jogadores do "núcleo duro" do time já é demais. Em particular, lamento muito a saída de Cristian. E se negociarem Felipe, como o Andrés Sanches vem anunciando, será também uma perda irreparável em curto prazo.

Não vejo mais chances para este ano, frustrando todas as esperanças que eu começava a alimentar. E, apesar dos bons resultados até aqui, minha confiança nesta administração é bem frágil. Espero que haja um bom plano de reposição, pois senão vai aumentar demais o roll dos que designo carinhosamente como "filhos da puta". Isso, claro, pensando no ano que vem. A menos que Mano Menezes surpreenda... mas acho bem difícil.

quarta-feira, julho 22, 2009

Aula prática de coronelismo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Em um post a respeito da situação da governadora Yeda Crusius no Rio Grande do Sul, o jornalista Leandro Fortes comparou as imagens da tucana chamando professores de "torturadores de crianças" com outra situação, vivida em 1986 pelo ex-governador da Bahia Antonio Carlos Magalhães, o popular e falecido ACM.

Naquela eleição, o candidato do então Ministro das Comunicações do governo Sarney, Josaphat Marinho, viria a ser derrotado por Waldir Pires, do PMDB. A cena abaixo, que foi publicada por num comentário do leitor DKRC no post de Fortes, mostra o quanto a moral de ACM estava baixa naquele momento em seu estado/feudo.



Mas mais que isso, mostra a forma de um coronel lidar com críticas. O repórter em questão é Antonio Fraga, 19 anos, repórter-estagiário da TV Itapoan e colega de classe de Fortes no primeiro ano de jornalismo da Universidade Federal da Bahia. Na ocasião, como descreve Fortes, "com a audácia tão típica da juventude, ele furou o séquito de bajuladores carlistas e perguntou, à queima-roupa, na cara de ACM, o que ele achava de estar sendo vaiado. (...) Na aurora da redemocratização do Brasil, o garoto Fraga conseguiu mostrar para o país quem era, de fato, aquela triste e grotesca figura política que ainda iria reinar soberana nas colunas políticas da imprensa brasileira, por muitos anos, impune e cheia de prestígio."

Grandes tragédias e pequenas vitórias em um Brasil de absurdos cotidianos.

terça-feira, julho 21, 2009

Muricy Ramalho é o novo técnico do Palmeiras

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Confirmado: após ficar sem emprego por um mês (ou estaria de férias?), Muricy Ramalho será apresentado amanhã como novo treinador do Palmeiras. Desde já cravo o time alviverde como maior favorito ao título do Brasileirão de 2009. Será também uma oportunidade do ex-sãopaulino fazer um trabalho melhor que o antecessor, que quase conseguiu a façanha de deixar o forte time do Verdão fora da Libertadores na última rodada do Brasileiro de 2008.

A estreia deve ocorrer no domingo, contra o Corinthians. Parabéns ao Belluzzo, mas nada como concorrer em uma negociação com Marcelo Teixeira. Isso deve ter facilitado bastante a volta atrás de Muricy...

Serviço de inutilidade pública informa:

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Complementando o post anterior, o Real Madrid venceu o Shamrock Rovers por 1 a 0 ontem, com gol de Benzema aos 42 do segundo tempo. Cristiano Ronaldo (foto) não fez praticamente nada em sua primeira partida pelo clube espanhol. Ao chutar uma falta quase pra fora do acanhado campinho de Tallaght, a torcida irlandesa não perdoou e comecou a tripudiar: "Who are yah? - Who are yah?" ("Quem e voce? - Quem e voce?"). A derrota pelo placar mínimo soou como vitória para os 10 mil beberrões que viram o sonolento embate.

Uma cena, vários sentimentos...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook



...no meu caso, nenhum deles é bom.

Clubes são barrigas de aluguel

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A venda de André Santos e Christian, pelo Corinthians, mostra mais uma vez a realidade em que os clubes tornaram-se verdadeiras barrigas de aluguel. Sem dinheiro, recorrem a "empresários" para contratarem os jogadores. Os que fazem sucesso são vendidos depois da "gestação" e o clube fica com uma pequena parte pela valorização que proporciona.


É fácil ver isso. Pelo que foi divulgado, os jogadores do Corinthians foram vendidos por cerca de 14 milhões de euros. Pela cotação atual, pouco menos de R$ 38 milhões. Foi divulgado que o clube receberá R$ 13 milhões, pouco mais de 35% do valor total. Para que a torcida não xingue, uma parte dos números vai em euro, outra em reais e ainda se dá a promessa de que o time ainda terá uma participação numa futura valorização.

Até hoje não vi ninguém ganhar com essas porcentagens para o futuro. Isso é escrito no contrato, mas quando o time estrangeiro vai vender dá um jeito de "trocar" um jogador por outro sem dinheiro envolvido, divulgar um valor menor ou simplesmente o atleta vai para lá e não tem sucesso.

Outra questão importante é que esse condomínio de "empresários" dividindo jogadores abre a possibilidade que entre os "investidores" esteja algum presidente, diretor ou mesmo técnico do clube. Como essas participações nunca são divulgadas, não é nada difícil que, na melhor das hipóteses, um desses entre com parte do dinheiro para trazer um jogador promissor e depois fique com parte da "valorização". Tendo mais interesse na venda do que em ver seu time campeão.

Mas o exemplo do Corinthians foi apenas um entre muitos. Até o final da janela de transferências, muitas equipes entrarão em negócios mil. Só depois disso é que se poderá ver quem realmente é candidato ao título do Brasileirão. O que se sabe até agora é que pelo menos o Corinthians estará menos forte sem dois titulares.

segunda-feira, julho 20, 2009

Em dia de Vitória, empate

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


E o pior é que até foi bom resultado. No domingo o Atlético-MG fez uma de suas piores partidas neste ano ou, vendo pelo outro lado, o Vitória fez no Barradão um grande jogo.

No primeiro tempo os dois times tiveram chances, o Galo perdeu pelo menos duas na frente do goleiro e o Vitória deixou de marcar até em mais oportunidades. No segundo, foi verdadeiro massacre, com o time baiano perdendo gols incríveis. Num deles, o atacante Roger, sozinho, mandou na trave. Se Aranha não é o melhor goleiro do mundo, pelo menos tem sorte.

O que fica de bom é que num dia sem Tardelli e que se joga mal, mesmo assim consegue-se um empate e mantém-se a liderança, agora dividida com o Palmeiras. E que o Galo foi o primeiro time a tirar pontos do Vitória em casa nesta edição do Brasileirão. Enfrentando um gramado ruim e pesado e um time muito bem armado. Creio que tanto Atlético quanto o Vitória de Carpegiani ainda darão trabalho a muito time dito favorito.

Na quinta, contra o Fluminense, volta o Tardelli, que fez falta danada ontem. Em tese, um jogo mais fácil por ser em casa e contra um time na zona do rebaixamento, mas já perdemos pontos assim contra o Botafogo e é necessário deixar a barba de molho.

Agora, vi parte do jogo do Fluminense contra o Goiás no sábado. O time carioca até estava bem no primeiro tempo e saiu na frente. Quando tomou o empate, simplesmente deu um apagão geral. Antes de jogadores e técnico, está faltando confiança. Se continuar assim...

domingo, julho 19, 2009

A primeira fora de casa do Corinthians

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook




Um belo lançamento de Ronaldo e corte perfeito de Jorge Henrique, que deixou o goleiro pra trás e completou, deixaram o Corinthians na frente no Mineirão contra o Cruzeiro. Logo em seguida, em ataque rápido, Morais deixou Ronaldo na cara do gol, ele chutou e o Leonardo Silva deu uma de goleiro. Pênalti e expulsão. Ronaldo foi caminhando em passo de gordo, bem lentamente, e ainda quis dar paradinha – quer dizer, parar o devagar-quase-parando. Não deu certo, o goleiro Fábio esperou, e pegou bem fácil o chute fraquinho do Gordo. Depois disso, o Corinthians se segurou. Continuou atacando, chegando próximo, mas sem muito volume. O Cruzeiro com dez chegou muito mais, teve lances de perigo e, pela razão mesma de estar jogando em casa e atrás no placar, foi muito mais atrás do empate.

No contra-ataque, Ronaldo marcou, lá pelos 30 min do segundo tempo, aproveitando a assistência de Jucilei. No vídeo a seguir, o gol do Gordo:



Aos 38, Chicão fez pênalti em Kléber. Um pênalti bem tosquinho, por sinal. Ele foi no corpo, numa bola que bastaria se esforçar para fechar o caminho do gol. Nem pegou, mas o Kléber valorizou, com direito a pirueta, e a marcação foi, afinal, justa. O próprio Kléber completou. Para se redimir, aos 47 minutos, Chicão tirou uma bola na linha do gol, e depois Felipe prensou “no peito” com o Kléber, que já estava ali de novo pra completar. Resultado final é Cruzeiro 1 x Corinthians 2, na primeira vitória fora de casa do Timão no Brasileirão 2009, sobre o vice-campeão da Libertadores. Com a vitória do Barueri sobre o Náutico e os demais resultados, mantém-se na 6ª posição na tabela.

O Corinthians jogou com dois atacantes posicionados em linha, e em muitos momentos Morais fucionou como um terceiro atacante. Em três oportunidades, aliás, os três ficaram impedidos juntos, mostrando que estão unidos até nisso. Nesta partida, assim como na anterior, o setor que funcionou melhor é o meio-campo. Isso é importante, pois mostra que o time pode ser mais criativo que destrutivo, se quiser, sem o foco principal na defesa, como acontecia no início da temporada. Cristian e Elias são as duas principais figuras de articulação.

Os reservas que entraram também não fizeram feio não, o que é muito importante num campeonato de pontos corridos. Jucilei entrou muito bem, deu várias enfiadas de bola, tem qualidade este menino. Diogo pela lateral fez alguma coisa, embora ainda não substitua a garra e a “presença constante” de Alessandro, e Diego também não esteve mal no lugar do capitão William. Morais não parte tanto pra cima quanto Dentinho, mas deu alguns bons passes.

No estilo Mano Menezes, miudinho, o Timão está consolidando um bom elenco, inclusive com reservas. O time ainda precisa segurar o jogo mais na frente, por uma parte maior do tempo de jogo e tem condições de fazer isso. Quando faz isso, consegue chegar ao gol, não necessariamente no contra-ataque. Quer dizer, hoje o time tem condições de jogar pra frente, sobretudo porque o time inteiro (exceto o Gordo) marca também, então o apoio pode ser mais dinâmico. Com a bola no pé, é um time que cadencia o jogo e acerta mais do que erra os passes. Com a volta da zaga titular completa, Dentinho e Douglas, o time fica bala. Cabe à diretoria garantir a estabilidade do elenco e trazer alguns reforços para a próxima temporada, mas que não cheguem como “a salvação”, como costuma acontecer, mas sim peças para dar um talento extra a um esquema que está funcionando.