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Valdívia domina na meia esquerda, passa por três zagueiros e dá um tapa na bola. Golaço. O meia chileno não decidiu a partida, fez o terceiro gol. Correu o jogo inteiro, marcou, tocou no meio. Depois do apito final, Valdívia disse: "depois do nascimento da minha filha, este é o dia mais feliz da minha vida". A identificação do atleta com o clube é impressionante. É o melhor jogador do campeonato.
Alex Mineiro fez três na partida. Passou, na última hora, o santista Kléber Pereira e chegou a 13 gols. É o artilheiro.
Marcos salvou duas bolas, uma no primeiro tempo, quando o placar marcava "oxo" e outra no segundo tempo, quando já estava 2 a 0. É o melhor goleiro da história do Palmeiras.
Pierre fez uma falta violenta e tomou cartão amarelo. No resto do jogo, mandou avisar que no meio de campo, só joga se passar por ele. Um marcador implacável.
E o Palmeiras é campeão. Com direito a 5 a 0.
Denilson, Elder Granja e Léo Lima (que não jogou) estavam emocionados, porque a conquista teve uma conotação de volta por cima. Vanderlei Luxemburgo atinge a marca de oito títulos paulistas, se iguala a Lula, o comandante do Santos na década de 60. E me cala definitivamente com resultados.
Decepção
Diego Souza que chegou como "craque", terminou o campeonato expulso em uma confusão que ninguém prestou atenção. Não jogou tão mal a partida, mas se mostrou um bom firuleiro do meio de campo. No quarto gol do time, o segundo de Alex Mineiro, Martinez estava impedido ao receber a bola. Duas confusões, uma na torcida da Ponte, outra na do Palmeiras com a Polícia Militar foram chatas. Kléber vai ser acusado de deslealdade numa dividida muito estranha em que as travas de sua chuteira foram direto na cabeça do jogador da Ponte. Pareceu desnecessária, que daria para tirar o pé. Esquisito.
Ponte Preta
Sérgio Guedes se coloca como um técnico promissor. Se continuar no time campineiro, a tendência é o time ir bem na Série B. O Corinthians que se segure. O quinto vice-campeonato paulista do time mantém os clubes da cidade de Campinas sem estaduais na sala de troféus.
O time saiu jogando pra frente e sofreu o primeiro gol a partir da cobrança de uma falta na lateral do campo (por Leandro).
Previsões
A torcida estava extremamente confiante. O dia todo foi de gritos de "é campeão" nas redondezas do estádio Palestra Itália. Temi até os 19 do primeiro tempo, quando a Ponte estava melhor e saiu o primeiro gol, contra. Um monte de gente vai dizer que "já sabia". Claro, quando o favoritismo se confirma, é assim.
São 12 anos que separaram o 21º e o 22º título paulista. Nove desde a Libertadores.
Bora comemorar.