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domingo, julho 07, 2013

Deu Claudinei Oliveira no duelo de interinos OU Problema do São Paulo não é o técnico

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Durval levou a melhor sobre Luís Fabiano (Ivan Storti/LANCEPress)
O Santos conseguiu uma boa vitória por 2 a 0 contra o São Paulo, fora de casa, e mostrou que pode ser uma boa insistir no técnico interino Claudinei Oliveira (ou transformá-lo em auxiliar de um eventual novo treinador). Na segunda etapa, o treinador decidiu o jogo ao colocar em campo os garotos Giva - que abriu o placar - e Pedro Castro, somando-os a Leandrinho, Neilton e Gustavo Henrique. Este último anulou completamente o centroavante Luís Fabiano e comprovou que a nova safra de moleques da Vila pode, com alguma lapidação, mostrar resultados bem consistentes. Pontos positivos, também, para o goleiro Aranha, que impediu com duas defesas de cinema que o São Paulo abrisse o placar no primeiro tempo, quando teve o domínio da partida; e para Montillo, meia que teve lampejos dos bons tempos de Cruzeiro.

O São Paulo, derrotado novamente em pleno Morumbi (onde já havia perdido para o Goiás), mostrou que, definitivamente, seu problema não é treinador. Milton Cruz, que comandou interinamente o clube após a demissão de Ney Franco, na sexta-feira, até tentou imprimir um toque pessoal: colocou Ganso como ponta-esquerda e desviou Osvaldo para o lado oposto do ataque, com Jadson centralizado na armação e Luís Fabiano na frente. Foi triste ver Osvaldo perder todas as bolas para o veterano Léo e Ganso praticamente não pegar na bola, consolidando-se, cada vez mais, como um peso morto no time e candidato ao banco de reservas com todos os "méritos". Luís Fabiano e Osvaldo perderam gols feitos no primeiro tempo, Jadson perdeu outro no início da segunda etapa e o ditado "quem não faz, toma" prevaleceu...

Mas é gritante a RUINDADE do time do São Paulo. A zaga pesada, lenta e mal posicionada formada por Lúcio e Rhodolfo conseguiu tomar dois gols de cabeça de jogadores que não deveriam superá-los em estatura (pelo menos isso). Rodrigo Caio levou um baile na lateral-direita tricolor, de onde vieram os cruzamentos para os gols. Juan é NULO na lateral-esquerda. O volante Wellington está virando motivo de piada no meio. Denílson, Ganso e Luís Fabiano praticamente não entraram em campo. Aloísio, Maycon e Ademilson não servem sequer como opções no banco de reservas. O locutor radiofônico Nilson César definiu muito bem: Ney Franco fez milagres com esse time enquanto o comandou. Arrisco dizer que 80% dos atletas que ali estão não deveriam nunca ter vestido a camisa do São Paulo - nem em teste.

Qualquer um que venha, Paulo Autuori (o mais provável) ou Muricy Ramalho, terá um imenso "abacaxi" nas mãos. Porque terá que trocar toda a zaga: Lúcio, Rhodolfo, Tolói e Edson Silva são tenebrosos, absolutamente inaproveitáveis. Porque terá, além da (ainda) incógnita Clemente Rodríguez, Reinaldo (que era vaiado recentemente no Sport) e o grosso Juan na lateral-esquerda. Terá que ser virar com o hediondo Douglas e os esforçados Rodrigo Caio e Mateus Caramelo na lateral-direita. Porque suas "opções" como volantes são Denílson (mediano), Wellington (ruim), João Schmidt (fraco) e Maycon (lento e improdutivo). Porque será obrigado, como todos os antecessores, a escalar o NULO Paulo Henrique Ganso. Porque terá Aloísio, Ademilson, Lucas Evangelista, Roni e Negueba no banco, quando pensar em mexer no ataque.

Ou seja: pesadelo. E, enquanto Juvenal Juvêncio for o presidente, NADA mudará. Mais vexames virão. Mais "reforços" inúteis chegarão. E mais técnicos serão trocados, ao sabor dos inevitáveis fracassos.




terça-feira, julho 02, 2013

Recopa tem clássico regional brasileiro pela 1ª vez

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Boca e a Recopa de 2005
Sai a Copa das Confederações, entra a Recopa Sul-Americana. Outra disputa que, assim como o torneio internacional de seleções encerrado no último domingo, os brasileiros não sabem muito bem como começou, quantas edições foram disputadas, quem foi finalista ou campeão. Na memória, o máximo que muitos alcançam é que o Santos, campeão da Libertadores em 2011, disputou e venceu a Recopa contra o Universidade de Chile no ano passado. No molde atual, vigente desde 2003, o troféu da Recopa Santander Sudamericana (seu nome oficial, por motivo de patrocínio) é disputado pelo vencedor da Libertadores e o da Copa Sul-Americana do ano anterior - em 2003 e 2004, em jogo único; a partir de 2005, em jogos de ida e volta.

1ª Recopa, do Nacional-URU
Porém, a disputa da Recopa Sul-Americana, competição organizada pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), começou bem antes, em 1989. Na época, a competição, em jogo único, ocorria entre o campeão da Libertadores e o da antiga Supercopa dos Campeões da Libertadores - torneio existente entre 1988 a 1997 e que teve entre seus campeões o Cruzeiro e o São Paulo. Quando a Supercopa foi extinta, surgiu a Copa Mercosul (que existiu entre 1998 e 2001 e teve Palmeiras, Flamengo e Vasco entre seus quatro únicos campeões) e a Recopa deixou de ser disputada. Seu retorno só aconteceria com o fim da Copa Mercosul e surgimento da Copa Sul-Americana, em 2003 (que já teve como vencedores os brasileiros Internacional-RS e São Paulo, atual campeão).

LDU levanta o troféu de 2009
Portanto, tirando o intervalo entre 1999 e 2002, já ocorreram 21 edições da Recopa, sendo 20 decididas em campo e uma com campeão automático - o paraguaio Olimpia, em 1991, por ter vencido a Libertadores e a Supercopa em 1990. O maior vencedor é o argentino Boca Juniors (4 vezes: 1990, 2005, 2006 e 2008), seguido por Internacional-RS (2007 e 2011), São Paulo (1993 e 1994), LDU do Equador (2009 e 2010) e Olimpia do Paraguai (1991 e 2003). Os outros campeões têm só um título: Cruzeiro (1998), Independiente-ARG (1995), Vélez Sársfield-ARG (1997), Cienciano-PER (2004), Colo Colo-CHI (1992), Grêmio-BRA (1996), Nacional-URU (1989) e Santos-BRA (2012). O Brasil é o país com mais títulos (8, contando com o de 2013), seguido por Argentina (6), Equador e Paraguai (2 cada).

Neymar e a Recopa de 2012
Na edição deste ano, que começa a ser disputada amanhã, no Morumbi, a Recopa terá pela primeira vez um clássico regional brasileiro: Corinthians (campeão da Libertadores em 2012) contra São Paulo (campeão da Sul-Americana). O jogo de volta acontecerá no Pacaembu, dia 17 de julho. Se o Corinthians manteve para essa disputa Emerson Sheik, o autor dos dois gols que garantiram a conquista da Libertadores contra o Boca Juniors, no Pacaembu, o São Paulo conseguiu segurar apenas Osvaldo, autor de um dos dois gols da partida decisiva da Copa Sul-Americana contra o também argentino Tigre, no Morumbi - o outro gol foi marcado por Lucas, hoje jogador do Paris Saint Germain. Para o time do Parque São Jorge, recém-campeão paulista, da Libertadores e do Mundial de Clubes, uma eventual derrota não significará muita coisa. Já para o Tricolor, eliminado pelo mesmo Corinthians na semifinal do Paulistão, a perda de mais esse título poderá custar a cabeça do técnico Ney Franco - e mais uma "faxina" no elenco, como ocorreu na eliminação da Libertadores deste ano, após goleada do Atlético-MG.

A RECOPA SUL-AMERICANA A CADA EDIÇÃO

1989 - A primeira edição teve dois jogos: o Nacional do Uruguai, campeão da Libertadores de 1988, ganhou a primeira partida em casa, por 1 a 0, e levantou a primeira Recopa ao empatar sem gols a partida de volta, contra o argentino Racing, campeão da Supercopa do ano anterior.


1990 - Na segunda edição, a Recopa teve como vencedor o Boca Juniors, que era o campeão da Libertadores. A disputa ocorreu em jogo único, em Miami, nos Estados Unidos, contra o colombiano Atlético Nacional, que tinha vencido a Supercopa dos Campeões em 1989. Foi 1 x 0 para os argentinos.


1991 - Por ter vencido tanto a Copa Libertadores quanto a Supercopa de 1990, o Olimpia do Paraguai foi declarado automaticamente o campeão da Recopa do ano seguinte. Dois anos depois, o São Paulo passaria pela mesma situação, ao vencer as duas competições, mas houve disputa da Recopa.


1992 - Novamente em jogo único, o Colo Colo, do Chile, campeão da Libertadores de 1991, derrotou o brasileiro Cruzeiro, campeão da Supercopa, por 4 a 2 na disputa de pênaltis (no tempo normal, o jogo terminou 0 x 0). A disputa ocorreu na cidade de Kobe, no Japão.


1993 - Primeira disputa entre brasileiros: o São Paulo de Telê, campeão da Libertadores, e o Cruzeiro campeão da Supercopa, que agora contava com o garoto Ronaldo Nazário. Sabe-se lá por quê, teve jogo de ida e volta: dois 0 x 0 e São Paulo campeão nos pênaltis por 4 x 2.


1994 - Mais uma Recopa decidida entre brasileiros. O São Paulo podia ser campeão automático, pois tinha vencido a Libertadores e a Supercopa de 1993. Mas o Botafogo-RJ, campeão da Copa Conmebol, foi convidado para a disputa, novamente em Kobe, no Japão. Deu São Paulo: 3 x 1.


1995 - Dessa vez, houve o primeiro confronto entre argentinos - e a primeira vitória do campeão da Supercopa sobre o da Libertadores. Em jogo único em Tóquio, o Independiente derrotou por 1 x 0 o Vélez Sársfield (que no ano anterior tinha vencido o São Paulo na final da Libertadores).


1996 - O Grêmio de Felipão, campeão da Libertadores em 1995, foi o segundo brasileiro a levantar a Recopa Sul-Americana, em jogo único disputado em Kobe, no Japão. E foi com goleada: 4 a 1 sobre o o Independiente, campeão da Supercopa no ano anterior.


1997 - Segunda disputa entre argentinos e, curiosamente, segunda vitória do campeão da Supercopa. Novamente em Kobe, o Vélez Sársfield se vingou de 1995 e venceu na disputa de pênaltis o River Plate (4 x 2), depois de empatar por 1 a 1 no tempo normal.


1998 - Terceiro campeão brasileiro: em jogos de ida e volta, o Cruzeiro, campeão da Libertadores em 1997, venceu o River Plate em casa por 2 x 0 e novamente na Argentina, por 3 x 0. Foi a última disputa da Recopa antes da interrupção por causa da extinção da Supercopa.


2003 - Depois de quatro anos, a Recopa voltou com o paraguaio Olimpia, campeão da Libertadores em 2002 (contra o São Caetano, em pleno Pacaembu), vencendo por 2 x 0, em jogo único em Los Angeles (EUA), o argentino San Lorenzo, campeão da primeira Copa Sul-Americana.


2004 - Última edição em que a Recopa foi disputada em jogo único. Em Fort Lauderdale (EUA), o Cienciano, do Peru, foi o primeiro campeão da Copa Sul-Americana a derrotar o campeão da Libertadores, o Boca Juniors. Foi 1 x 1 no tempo normal e 4 x 2 nos pênaltis.


2005 - Início da hegemonia do Boca Juniors na Recopa. O time, que já havia vencido em 1990 (e venceria em 2006 e 2008), ganhou em 2005 do colombiano Once Caldas, campeão da Libertadores. No jogo de ida, 3 a 1 para o Boca em Buenos Aires. Na volta, derrota por 2 a 1 em Manizales.


2006 - Novo título do Boca Juniors e novamente contra o campeão da Libertadores, o São Paulo. No jogo de ida, 2 x 1, de virada para os argentinos, em La Bombonera. No Morumbi, 2 x 2. Após a premiação, Rogério Ceni causou polêmica ao atirar sua medalha para a torcida.


2007 - Mais um título brasileiro. O Internacional-RS, que derrotou o São Paulo na final da Libertadores de 2006, conquistou a Recopa sobre o mexicano Pachuca. No jogo de ida, os gaúchos foram derrotados por 2 a 1. Mas golearam por 4 a 0 e levantaram o troféu em Porto Alegre.


2008 - Quarto título do Boca Juniors, que tinha vencido a Libertadores de 2007 derrotando o Grêmio na decisão. Dessa vez, os argentinos levantaram a Recopa ao vencer o compatriota Arsenal de Sarandí por 3 x 1, na partida de ida, e empatar por 2 x 2 a volta, em La Bombonera.


2009 - A equipe equatoriana Liga Deportiva Universitaria, campeã da Libertadores de 2008 (contra o Fluminense, em pleno Maracanã), venceu a Recopa contra o Internacional, primeiro brasileiro campeão da Sul-Americana. A LDU venceu duas vezes: 1 x 0 no Brasil e 3 x 0 no Equador.


2010 - Bicampeonato da LDU, dessa vez jogando como campeã da Copa Sul-Americana de 2009. O adversário foi o campeão da Libertadores, o Estudiantes (que havia derrotado o Cruzeiro no Mineirão no ano anterior). A LDU venceu por 2 x 1 em casa e empatou a volta sem gols.


2011 - Outro título brasileiro. O Internacional, campeão da Libertadores de 2010, conquistou a Recopa contra o Independiente, campeão da Copa Sul-Americana. No jogo de ida, no país vizinho, 2 x 1 para os argentinos. Na volta, no Rio Grande do Sul, 3 x 1 e troféu para os brasileiros.


2012 - Sétimo título para o Brasil (e o oitavo já está garantido este ano, na disputa entre Corinthians e São Paulo). O Santos, campeão da Libertadores em 2011, enfrentou o Universidad de Chile, campeão da Copa Sul-Americana. Resultado: 0 x 0 na ida e 2 x 0 para o time de Neymar no Brasil.


quarta-feira, junho 26, 2013

O que seu time tem feito no recesso da Copa das Confederações?

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Palmeiras treina para retomada da Série B

Uma rápida olhada sobre o que os clubes de São Paulo e do Rio fizeram (ou não) durante a pausa dos campeonatos no Brasil

Corinthians – desmanche à vista?

No Timão, as notícias da parada não permitem comemoração. O volante Paulinho, principal jogador do time nos últimos tempos, pode estar de saída rumo ao Tottenham. O time inglês ofereceu o valor integral da multa do camisa 8, de 20 milhões de euros, o que é uma bela grana. Também especula-se a possibilidade de saída de Emerson Sheik, que negocia renovação de contrato, para o Flamengo, e Chicão para o Internacional. Juntando com as também sempre presentes notícias sobre Ralph, teríamos um desmanche completo para Tite administrar no segundo semestre.

De chegadas, aparece no radar o zagueiro Cléber, da Ponte Preta. E em delírios mais profundos, o meia Kaká.

Palmeiras – Verdão perto de voltar para São Paulo

De folga também na Série B, o Palmeiras se organiza para o quarto e último dos mandos de jogo perdidos por decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) aplicada em 2012. No confronto diante do Oeste, em 6 de julho, o palco será o Estádio Municipal Eduardo José Farah, o Prudentão, em Presidente Prudente, a 550 quilômetros da capital paulista.

Preparando-se para a sétima rodada da Segundona, o Palmeiras está em terceiro lugar, com 12 pontos. Como preparação para a volta, o time de Gilson Kleina venceu por 2 a 0 um jogo-treino contra o São Bernardo. Melhor do que o Taiti?


São Paulo – novidade na lateral-esquerda

No São Paulo, a novidade foi a contratação do lateral-esquerdo tricampeão da Copa Libertadores, Clemente Rodríguez, do Boca Juniors. Pelo menos no que diz respeito ao torneio mais cobiçado pelos tricolores, o currículo de Rodríguez é vasto, já que, neste ano, ele passou a ser o atleta argentino com mais jogos disputados na competição. Além de três passagens pelo Boca, o lateral vestiu as camisas de Spartak Moscou, Espanyol e Estudiantes de La Plata, disputou a Copa do Mundo de 2010 pela seleção argentina e foi campeão olímpico em 2004.

Mas esta terça-feira (25) também é um dia especial para o torcedor são-paulino. Há 20 anos, Rogério Ceni estreou pelo clube na partida entre São Paulo e Tenerife, e, com 1077 jogos disputados pelo Tricolor, o goleiro pode ultrapassar a marca de Pelé como jogador que mais defendeu um clube. Para isso, basta Ceni disputar mais 38 jogos, já que o Rei fez 1114 partidas pelo Santos. 

Santos – nome de interino ganha força na Vila

Sem ter chegado a um acordo com Marcelo Bielsa, o Santos segue com Claudinei Oliveira no comando. O último jogo da equipe antes do recesso, contra o Atlético-MG, fez com que muitos torcedores defendessem a permanência do técnico campeão da Copa São Paulo de Juniores de 2013, algo que também encontra eco em jogadores do elenco, como o veterano Léo. Mas, ao que tudo indica, Geraldo Martino, treinador do Newell's Old Boys, está virtualmente fechado e chega após a Libertadores.

Mas, em termos de contratações, chegou o lateral direito Cicinho, da Ponte Preta, que também era pretendido pelo São Paulo. Quem também está próximo é o lateral esquerdo da seleção chilena Mena, da LAU. Já a ida de Felipe Anderson para a Lazio está praticamente selada. O negócio com o meia gira em torno de 7,8 milhões de euros (aproximadamente R$ 23 milhões), e o Santos deve ficar com metade do montante e mais 25% de uma venda futura. Já Robinho continua na pauta, embora a concretização da vinda do atacante dependa de uma redução na pedida do Milan, que tem contrato com ele até agosto de 2014.

Flamengo – chega Mano, saiu Abreu

Após um descanso de oito dias, o Flamengo retornou com mudanças significativas: contratou o técnico Mano Menezes e mandou embora, a princípio sem qualquer justificativa, Renato Abreu, um dos poucos lúcidos da equipe. A diretoria mandou às favas sua tão divulgada e elogiada política de austeridade e optou pelo “valorizado” treinador, cujas principais conquistas são duas Séries B. Estaria o rubro-negro já se planejando para 2014?

Voltando a falar de Abreu, qual seria a relação entre a chegada do novo técnico e sua repentina saída da Gávea pela porta dos fundos? Quando ainda estava à frente da seleção, para surpresa até mesmo do próprio jogador, Mano o convocou para um confronto com a Argentina pela Copa Rocca. Será que o treinador se arrependeu?

Fluminense – polêmica com Thiago Neves

Nas Laranjeiras, o meia Thiago Neves desabafou pelo seu perfil no Twitter contra informações que teriam circulado dando conta de que ele teria disputado uma partida beneficente na praia de Copacabana, no último domingo. O atleta não viajou aos Estados Unidos com a delegação que excursiona no país e ficou no Rio de Janeiro com a justificativa de se recuperar de uma lesão na panturrilha esquerda. "Boa tarde, galera. Desculpa ter ficado tanto tempo sem entrar e falar com vocês. Não ligo pra críticas, eu até gosto de ler algumas coisa porque isso me faz crescer ainda mais. Só não gosto que fiquem inventando mentiras. Inventando coisas que não aconteceram. Posso não estar na melhor forma como muitos de vocês querem, mas também não sou idiota de jogar uma pelada", disse.

Em meio à polêmica, a diretoria do Fluminense já começa a pensar em negociar o jogador, que ainda não se firmou como titular e tem salário estimado em R$ 400 mil por mês.

Botafogo – dinheiro é problema

Após nove dias de férias e mais de 60 de salários atrasados, os jogadores do Botafogo se recusaram a fazer uma intertemporada em Pinheiral/RJ. A postura dos atletas fez o vice de futebol, Chico Fonseca, vir a público negar esta informação e dizer que o período de preparação foi cancelado pela necessidade do clube de economizar, e por isso o time fará os treinamentos em General Severiano, mesmo. O dinheiro que poderia salvar os salários do elenco, proveniente da venda de Fellype Gabriel, está correndo grande risco de não chegar aos cofres alvinegro pois o clube já recebeu um mandado de penhora da Fazenda Nacional.

E, ao que tudo indica, outro atleta que pode estar de saída é o goleiro Jefferson. Clubes europeus como Manchester United, Tottenham, Napoli e Roma estariam interessados no jogador, que já teria manifestado aos dirigentes do clube o desejo de se transferir para o Velho Continente.

Vasco – o Gigante da Colina trabalha

O Vasco não deu moleza a seus jogadores e, após apenas três dias de descanso, a equipe voltou a treinar - e com o meia colombiano Montoya como novidade. A mais recente contratação cruzmaltina é o atacante Reginaldo, que, aos 29 anos, nunca havia jogado profissionalmente por um clube no Brasil. Com ele, o Vasco somou 17 contratações feitas na temporada até agora, o equivalente quase ao que os três rivais do Rio contrataram no período, 20 atletas.

Outro fato notável no período de recesso foi a saída do diretor de futebol Renê Simões. A verdade é que a diretoria e a torcida não aguentavam mais as declarações e atitudes do chamado “Super Mário”, que afirmou ter pedido demissão, e não ter sido demitido.

Parte das informações sobre clubes do Rio retiradas deste post aqui

quarta-feira, junho 12, 2013

Contra o Atlético-MG, Santos vence a primeira sem Neymar

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Cícero, Arouca e os moleques. O clima é outro (Foto Santos FC)
Um time formado do jeito que muito torcedor santista gosta. Da equipe campeã da Copa São Paulo de Juniores neste ano, entraram como titulares o zagueiro Gustavo Henrique, no lugar do contundido Edu Dracena; Leandrinho, que tomou o lugar de Renê Júnior; Pedro Castro, que substituiu Montillo, na seleção argentina, e Neílton. Mas, talvez mais importante que a entrada dos garotos, que deram ritmo e velocidade à equipe ainda que desentrosados, foi o posicionamento de alguns jogadores que se sentiam claramente desconfortáveis na equipe comandada por Muricy.

Um deles foi Arouca, que voltou a jogar como primeiro volante, posicionamento no qual se destacou na Vila. Ultimamente, fazia as vezes de um meia direita, deixando de ser um elemento surpresa, no ataque e marcando em uma área que não era a dele. Cícero também veio mais de trás e confessou se sentir mais à vontade atuando dessa forma. Pelo jeito, muitos boleiros alvinegros não sentem saudades do ex-técnico...

Se falta entrosamento, sobrou vontade e movimentação, principalmente na primeira etapa. O gol veio cedo, aos 3 minutos, um chute de Cícero com efeito que contou com certa colaboração do arqueiro Vítor. O Atlético-MG, desfalcado dos jogadores da seleção, chegou a achar alguns espaços na defesa santista, mas os donos da casa conseguiram várias vezes fazer uma transição rápida da defesa para o ataque, levando (pouco) mais de perigo ao gol adversário que os visitantes.

Não somente essa velocidade foi novidade no time, como também os passes trocados no ataque, como os que resultaram no gol peixeiro. O Santos nem parecia o time de pebolim de algumas semanas anteriores. 

Na etapa final, Cuca colocou Neto Berola, que conseguiu trazer o Galo mais perto do gol nos dez primeiros minutos, quando Claudinei Oliveira acertou a marcação pelo lado esquerdo com Cícero, que fez uma grande partida do ponto de vista tático. A partir daí, o jogo ficou amarrado, com o Atlético não conseguindo criar e o Santos não conseguindo contra-atacar. Nem mesmo a expulsão de Marco Rocha, que fez falta em outro menino da Vila, Léo Citadini (sim, parente do ex-diretor corintiano Roque Citadini) que substituiu Pedro Castro, mudou o cenário.

De resto, Galhardo, outro que parece se sentir mais à vontade hoje em dia, foi aplaudido quando saiu machucado, um momento raro do atleta na Vila Belmiro. Renê Júnior entrou em seu lugar, mostrou certa afobação e errou passes demais, justificando o banco que esquentava. Neílton foi efetivo quando pegou na bola e Ronaldinho Gaúcho foi muito apagado, entregue à marcação da defesa santista. Talvez ele também tenha sentido a falta de Neymar...


Ao que parece, Marcelo Bielsa vem a Santos no final de semana para conhecer a estrutura do Peixe e decidir se vem treinar pela primeira vez um time brasileiro. Caso não tope, consta que não existe um plano B, já que a diretoria só conversa com o argentino. Mas tudo indica que a segunda opção pode ser o próprio Claudinei. Não seria má ideia.

domingo, maio 26, 2013

A despedida de Neymar. O difícil adeus do torcedor do Santos

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Naquele dia, no Pacaembu, um burburinho começou a tomar conta da torcida no início do segundo tempo. Logo, o zumbido eclodiu em gritos que pediam a entrada de um jogador que nunca tinha sequer vestido a camisa do Santos no time de cima até então. Mesmo assim, era falado, cotado como futuro craque, tanto que já valia US$ 25 milhões. Era a esperança de um futebol melhor para uma torcida que já havia sofrido em 2008, e se previa àquela altura um ano também difícil.

7 de março de 2009. Eu estava no Pacaembu naquele dia, vendo o garoto que acabara de entrar colocar uma bola na trave, aos seus dois minutos como profissional. O Santos venceu o Oeste por 2 a 1 e aquele menino cheio de técnica e personalidade já me fazia sorrir. E sonhar com o que poderia vir a ser.

Foi em seu terceiro jogo, contra o Mogi Mirim, que marcou seu primeiro gol. Ironicamente, do outro lado estava um outro ídolo eterno peixeiro, Giovanni. No final, o moleque foi abraçar o meia e falou: “Você jogou pra caralho!”. Não era exatamente verdade, mas era mais que uma gentileza, quase uma reverência de alguém que reconhecia no outro uma inspiração, uma referência. Sinal de respeito de um craque que surgia por outro que já quase acabava de escrever sua história.

No ano seguinte, ambos jogariam juntos. Quando Giovanni surgiu, logo foi apelidado de Messias. Sim, nós santistas temos, como tantas outras torcidas, algo de religiosos, mas não é exatamente o fanatismo que nos determina. É algo como a espera de alguém que traga um futebol bem jogado, ofensivo, criativo, fora do comum, que honre toda uma história de goleadores, de craques habilidosos. Que vimos e que não vimos. Os profetas que nos salvariam dos jejuns, das filas, do futebol comezinho e medíocre. Que fariam torcedores como eu e outros irem homenagear os jogadores que foram vice-campeões em 1995 em uma praça no Gonzaga. Celebrar mais o futebol apresentado do que protestar contra uma arbitragem. Porque havíamos renascido, éramos gratos.

Neymar comemora seu primeiro gol pelo Santos
E volta e meia eles, os profetas da bola, vêm ao campo sagrado da Vila Belmiro. Às vezes, quase solitários, como Giovanni; em outras ocasiões, em dupla, como Diego e Robinho. Ou, ainda, estrelando com belas companhias, como o menino que fez mais que bela figura junto a um inspirado Ganso, a um renovado Robinho, a um então polivalente Wesley ou um múltiplo e incansável Arouca.

Quando se cresce com seu time vivendo uma seca de títulos, imagina-se várias vezes como será sua reação na hora em que ele ganhar um título. Em 2002, não chorei, simplesmente não parava de rir. Mais tarde, quantas vezes ri com esse menino. Não o riso de deboche com o adversário, mas de alegria ou de estupefação com um lance bem tramado, um drible impossível, uma jogada improvável. Após um lindo gol do moleque, um santista que assistia a uma partida comigo teve um ataque de riso e repetia: “isso é futebol! Isso é futebol”.

Títulos. Sim, vieram títulos, como são bons. Mas são melhores com aquele quê, com aquele tempero dele, que faz aquele lance que você viu e vai ficar comentando daqui a alguns anos para quem não teve o prazer de ver. Vão duvidar de você, que terá que recorrer ao YouTube e perder horas porque não lembra em que jogo foi.

E como é bom ver in loco. No Pacaembu, assisti o menino marcar quatro gols (seriam cinco, se o árbitro não tivesse anulado um de forma errada). Sabia que teria que aproveitar aquele e outros momentos, porque um dia ele iria embora.

Hoje, foi. Ainda não, mas a saída foi sacramentada. O clube lucrou com uma estratégia de bancar seus salários que não seria possível de outra forma. Ganhou no campo, também no marketing. Como não havia possibilidade de renovação além de 2014, vendeu seus direitos que nada valeriam daqui a alguns meses. Para um jogador prestes a encerrar um contrato, uma ótima soma. Mas aqui não se trata de dinheiro, e sim do vazio que fica.

Mais de quatro anos de convivência, com o fantástico posto de 13º maior artilheiro da história do Santos (por enquanto) e, até hoje, 229 jogos, 138 gols e 70 assistências. Dos ídolos que vi irem embora – porque, ainda hoje, é assim que a banda toca no Brasil exportador –, esse é o que deixa a pior sensação. Mas foi uma despedida que vinha acontecendo aos poucos, com um futebol opaco de sua equipe que nem ele conseguia erguer. Ao contrário, foi sendo trazido também para baixo. Uma alegria em seu rosto que minguava com a enorme pressão pela sua saída, cantada por veículos midiáticos, jogadores, técnicos e empresários/ex-jogadores. Por fim, pela própria diretoria do seu clube. O futebol, o meio que o circunda e seus interesses não são para qualquer um.

O ludopédio brasileiro, é fato, não está preparado para segurar talentos como o dele. Triste. Para ele, para os santistas, para o futebol das bandas de cá. Podem surgir outros casos similares, nos quais jogadores queiram ficar aqui ou em algum outro país vizinho, mas, por enquanto, serão exceções, não regra. vão sempre calcular e especular sobre o dia em que partirão. Vai demorar muito para erguermos a cabeça e olharmos o Velho Mundo de igual para igual. A ida do moleque faz o santista lamentar, mas deveria fazer os "gênios" do futebol brasileiro refletirem. Olhamos pra você e vemos nossa pequeneza, e o quanto poderíamos ser grandes e não somos.

Vai, garoto, o mundo é seu. Vou sentir saudades de gritar “vai pra cima deles, Neymar”. Mas é hora de não ser egoísta e de desejar que a mesma alegria que você proporcionou a mim e a tantos, santistas ou não, possa ser compartilhada em outras plagas. Torço por você. E por aqueles que o sucederão por aqui. 

Adeus, ou até breve. Você não foi e nem será Pelé (tudo bem, Messi também não será), mas foi o meu Pelé e de muitos outros. E de tantas crianças que terão sempre você como meta. E como sonho. Por isso, muito obrigado.


O comunicado do jogador:

Galera !! Tô aqui reunido com amigos e familiares e eles me ajudaram a escrever algumas coisas aqui... É que não vou aguentar até segunda-feira... Minha família e meus amigos já sabem a minha decisão. Segunda-feira assino contrato com o Barcelona. Quero agradecer aos torcedores do Santos por esses 9 anos incríveis. Meu sentimento pelo clube e pela torcida nunca mudará. É eterno !! Só um clube como o Santos FC poderia me proporcionar tudo o que vivi dentro e fora de campo. Sou grato a maravilhosa torcida do peixe que me apoiou mesmo nos momentos mais difíceis. Títulos, gols, dribles, comemorações e as canções que a torcida criou pra mim estarão pra sempre em meu coração... Fiz questão de jogar a partida amanhã em Brasília. Quero ter a oportunidade de mais uma vez entrar em campo com o "manto" e ouvir a torcida gritar meu nome... como diz o hino, "é um orgulho que nem todos podem ter..." É um momento diferente pra mim, triste (despedida) e alegre (novo desafio). Que Deus me abençoe nas minhas escolhas... E estarei sempre em Santos !! #Toiss

Nunca foi tão triste escrever um post.

domingo, maio 19, 2013

Ano sim, ano também: Timão leva Paulistão 2013

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Vai, Corinthians!! (Eduardo Vianna/LancePress)
É campeão! O empate por 1 a 1 com bom futebol – e uma penca de gols perdidos – contra o Santos na Vila Belmiro deu o título do Campeonato Paulista de 2013 ao Corinthians. De quebra, afasta o fantasma da crise que rondou a equipe após a desclassificação bizarra na Libertadores e acalma o tempo para a reorganização da equipe que tem tudo para vir forte na disputa do Brasileirão.

O primeiro gol do jogo foi de Cícero, premiando a pressão santista do início da peleja. O empate alvinegro foi de Danilo, aquele com que se pode contar para desenroscar partidas complicadas e achar gol decisivos. Os santistas, que já o xingaram muito em 2012, sabem do que estou falando. Os dois times acumularam chances no restante da partida, com vantagem corintiana no quesito, tendo Romarinho e Pato perdido chances incríveis na cara do excelente Rafael.

Ficou nisso, e em festa na favela. Além de campeonar pela 27ª vez, o Timão impediu o tetra santista, feito que seria inédito no profissionalismo do futebol do estado, o que ajuda a temperar  a conquista.

Foi a conquista de um time experimentado, que sente poder controlar cada jogo que faz. Nem sempre isso é verdade, mas a calma que daí advém fez com que mais de uma vez os jogadores transformassem resultados adversos.

Cascudo, no sentido de que é difícil de ser batido. Mas com jogadores de qualidade, sendo o maior deles Paulinho, volante/armador crucial no estilo da equipe. Se estiver mesmo de saída, como se especula, Tite vai ter trabalho.

Também é um time em transição. Que desde a consagração na Libertadores de 2012 mudou muito, em especial no ataque. Ainda mais se pensarmos no Brasileirão de 2011.

Naquele ano distante, começamos com William no ataque, ainda antes da chegada de Alex e Sheik. Liedson era a grande referência, municiado por um contestado Danilo. A entrada dos reforços se deu gradualmente, mantendo o 4-2-3-1. As lesões de Liedson – e a inoperância de Adriano, que não vale mais comentários – começaram a formar a equipe da Libertadores do ano seguinte.

Tite inventou um tipo de 4-2-4-0, com Danilo, Sheik e Alex revezando na única vaga do ataque de um esquema muito compactado, que teve seus melhores momentos com uma marcação avançada baseada em organização tática muito rara em terras tupiniquins.

No segundo semestre, a chegada de mais reforços, especialmente Guerrero, mudou de novo o time. A pegada continuou – inclusive com a surpreendente participação de Douglas – e voltou a figura de um camisa nove, ausente desde Liedson e pela péssima jornada do ex-vascaíno Elton.

Se durou num 4-2-3-1 no Brasileirão, levou uma versão diferente ao Japão na partida contra o Chelsea: um 4-4-2 meio inglês, com Danilo e Jorge Henrique armando e marcando pelos lados, Sheik mais perto de Guerrero. O sacrifício de Douglas tirou posse de bola e inteligência, mas deu ainda mais pegada ao time. Com isso, conseguiu equilibrar o jogo contra o superior tecnicamente time inglês e levar o bi mundial.

No início deste ano, a rotina não mudou: novos reforços, novas mudanças no time. Os gatilhos agora foram Alexandre Pato e, principalmente, Renato Augusto. O ex-flamenguista é um meia mais jovem e móvel que Danilo, mais marcador que Douglas, com passe e armação muito melhores que Jorge Henrique. Com ele, o 4-4-2 funcionaria ainda melhor, preparando o terreno para a entrada de Pato, protegido pelos médicos para ser o craque do time, ponto de desequilíbrio de uma equipe forte, mas previsível – e que sempre marcou poucos gols.

A receita parecia estar funcionando: Renato foi o principal nome do time na fase inicial da Libertadores e em vários momentos do Paulista, organizando o time, dando passes e dominando o meio-campo ao lado de Danilo e Paulinho. Pato vinha entrando aos poucos, ganhando confiança para superar seu histórico de lesões e fazendo gols. Um time mais forte parecia se formar, mas veio a contusão de Renato Augusto e tudo mudou de novo.

Não havia reserva que cumprisse suas tantas funções e Tite voltou ao 4-2-3-1, com Romarinho na direita, como um Jorge Henrique melhorado. Sheik ganhou a vaga de Pato, por marcar e correr mais. E formou-se a equipe campeã paulista de 2013.

Vários jogadores, várias formações. E vários títulos, é claro. O Corinthians de Tite mostra uma grande capacidade de adaptação às mudanças. Olhar esse histórico faz valorizar mais o trabalho do técnico, que enfrentou com as armas que teve em cada momento inúmeras batalhas, saindo vitorioso de muitas.

Agora, novas mudanças devem acontecer para o Brasileirão, para o bem e para o mal. Renato Augusto deve voltar e Pato está cada vez mais em forma – e, creio eu, entendendo o que precisa para se firmar entres os titulares. Douglas também recuperar a forma, como mostraram seus bons minutos ao final do clássico deste domingo. Romarinho está fortalecido com o período como titular, bem como Edenílson, que voltou a ser opção para o meio campo.

Mas rolam as especulações de sempre sobre Paulinho e Ralph, o eixo central de todas as formações dessa fase multi-campeã do alvinegro. Alessandro vem caindo cada vez mais de produção pela idade, embora ainda faça com Fábio Santos uma dupla de improvável mas testada eficiência. Mas a despeito do belo reforço que se mostrou Gil, a defesa vem levando gols demais em bolas paradas e jogadas aéreas.

Novos desafios para Tite e seu bom elenco. A essa altura, ele já deve estar acostumado a superá-los.

Sobre o Santos

Com a licença dos santistas, um pitaco que não pretendo provocativo. Os dois times protagonizaram jogos eletrizantes nas finais e o Peixe poderia ter levado, especial e obviamente com Neymar. Mas me parece um time sem conjunto, sem organização coletiva. Se Tite montou e remontou times, Muricy parece ainda não ter achado uma outra equipe depois de vencer a Libertadores - e lá se vão dois anos da conquista - mesmo depois de receber bons reforços, como Montillo e Cícero, e indicações suas, como Marcos Assunção. Se estiverem certas as notícias a respeito da disposição da diretoria santista em negociar Neymar  (o que seria uma novidade nessa novela de já tantos anos de especulações), como fica o Brasileirão?

domingo, maio 12, 2013

Corinthians 2 x 1 Santos: primeiro round é do Timão

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Paulinho jogou bola pra caramba e trouxe o time com ele (Foto: Rodrigo Coca/AE)

A vitória do Corinthians sobre o Santos foi boa por vários motivos, e complicada por pelo menos um. Primeiro, ganhar do Santos é sempre bom. Segundo, o Timão jogou bem, o que não fazia há muito tempo. Contou com uma bela atuação de Paulinho, principal esteio dos melhores momentos do time no ano passado – dois pontos que trazem bons augúrios para o jogo de quarta contra o Boca. O problema, não pequeno, é que a grande superioridade do time no primeiro tempo não se traduziu em uma vantagem maior, sendo os 2 a 1 totalmente reversíveis para o Santos em seus domínios.

Com a mesma formação que passou jogando mal contra o São Paulo, o Timão resgatou a organização coletiva e impôs ao Santos uma marcação pesada na saída de bola. Danilo, Romarinho, Guerrero e Sheik fechavam todas as saídas e criavam chances, em ordem decrescente de boas participações. O domínio foi amplo, até criou chances de gol e levou a um número no mínimo impactante de nove escanteios a favor e nenhum contra em vinte minutos, segundo o Juca Kfouri. Mas bola na rede mesmo só aos 41 minutos, com Paulinho, após passe de Danilo. Na boa, se tivesse virado 3 a 0 não seria nenhum exagero, ainda mais se levarmos em conta um pênalti (que entendo quem questionar) de Dracena em Romarinho.

Diga-se que a vantagem paulistana teve ajuda de Muricy Ramalho, que errou ao escalar um time com quatro volantes e nenhum meia. Apostou em Marcos Assunção na armação e não deu certo. Na segunda etapa, voltou com Felipe Anderson, que foi armar pela esquerda e dividir as atenções de Ralph. Assim, Neymar ficou no mano a mano contra Alessandro, que sem a cobertura rápida de Gil não teria aguentado o tranco.
Tite mexeu duas vezes: colocou Edenilson no lugar de Romarinho para ajudar na marcação do 11 santista e trocou Guerrero por Pato. Na minha opinião, pelo menos um equívoco aí, já que Romarinho fazia partida muito boa e Sheik nem tanto, e leva minha raiva por perder pelo menos um gol na cara de Rafael que Pato fatalmente teria guardado. Além disso, quem já leu alguma de minhas mal-digitadas nos últimos tempos sabe que Pato e Guerrero, os dois artilheiros do time, devem jogar juntos e o treinador que se vire para fazer funcionar.

Com tudo isso, o jogo se equilibrou e deve ter ficado muito bom para o observador neutro, com chances de gol para os dois lados. De minha parte, a coisa ficou mais interessante lá pelos 30 minutos, quando uma bola rebatida na área sobrou para Paulo André, que encheu o pé e abriu 2 a 0. E voltou a ficar meio chatão aos 38 minutos, quando Durval subiu no meio da zaga e marcou de cabeça. Não foi o primeiro gol de cabeça levado por essa defesa esse ano. No meio disso teve um outro pênalti discutível em Alessandro, esse feito por Leo, que bateu mais do que jogou. E foi isso.

Assim foi e o Corinthians leva a vantagem do empate para o jogo da Vila Belmiro. O que é bacana, mas longe de garantir alguma coisa. Leva também um impulso anímico importante para o jogo contra o Boca, pela moral, pelo resgate de Paulinho e da marcação adiantada, e por Romarinho fazer sua primeira partida mais convincente como meia. É bom sinal por agora, mas é preciso manter uma curva ascendente e melhorar a cada jogo se quisermos manter chances de ganhar alguma coisa esse ano.

terça-feira, maio 07, 2013

Quem ri por último...

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segunda-feira, maio 06, 2013

A ampliação de tabus desagradáveis para o São Paulo e uma final de Paulista equilibrada

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A eliminação para o Corinthians, nos pênaltis, estendeu alguns incômodos tabus para o São Paulo. No campeonato paulista, foi a sétima vez consecutiva que o time saiu em uma semifinal. Quando a competição teve formato de mata-mata (ou só “mata”), os tricolores foram campeões pela última vez em 2000. Neste século, um único título em 2005, quando o Paulista foi disputado em pontos corridos em turno único.

Confraternização na final do Rio-São Paulo de 2002
No século XXI, o mata-mata tem causado dissabores à torcida são-paulina quando os adversários são dois dos grandes paulistas. Contra Corinthians e Santos, o São Paulo teve dez confrontos, não triunfando em nenhum deles. Além da eliminação de ontem, o Tricolor tombou diante do Corinthians nas semifinais da Copa do Brasil de 2002 e do Paulista de 2009; e nas finais do Paulista, de 2003, e do Rio-São Paulo, de 2002.

Diego, um dos algozes do "Real Madri do Morumbi"
Já contra o Santos a freguesia é semelhante. O São Paulo foi eliminado três vezes em sequência nas semifinais do campeonato paulista de 2010, 2011 e 2012. Antes, caiu nas quartas de final do Brasileiro de 2002 e na Sul-Americana de 2004. No século 21, a vantagem são-paulina em pelejas eliminatórias aparece quando o rival é o Palmeiras. Tirando a derrota para o Alviverde em 2008, nas semifinais do Paulista, o Tricolor eliminou o adversário no Torneio Rio-São Paulo de 2002 – pelo curioso critério de ter menos cartões amarelos –, no Supercampeonato Paulista (tá, esse é café com leite...) de 2002, na Copa do Brasil de 2000 e nas Libertadores de 2005 e 2006.

No meio da semana, o clube do Morumbi vai tentar evitar a ampliação de outra série desagradável. Nas últimas cinco participações do time na Libertadores, ele caiu diante de um brasileiro. Em 2006, na final contra o Inter; nas oitavas de 2007, contra o Grêmio; nas quartas de 2008 e 2009, diante de Fluminense e Cruzeiro, e nas semifinais de 2010, contra o Inter.

Final equilibrada

Seguindo na toada das eliminações são-paulinas no Paulista, o Corinthians entra em vantagem “mística” contra o Peixe na final. Desde 2008, quem derrotou o Tricolor nas semifinais acabou ganhando o título. A exceção em sete anos foi o São Caetano, em 2007, quando a equipe de Dorival Júnior foi derrotada pelo Santos de Vanderlei Luxemburgo.

Danilo decidiu ida do Corinthians à final da Libertadores 2012
Se no geral, no século 21, o Alvinegro Praiano tem vantagem em confrontos contra o Corinthians – 18 vitórias, 10 empates e 13 derrotas – em mata-mata, os dois se chocaram cinco vezes, com três triunfos corintianos e dois santistas.

O Timão levou a melhor na semifinal do Paulista de 2001, com o gol de Ricardinho nos acréscimos, e foi derrotado na final do Brasileirão de 2002, marcada pelas pedaladas de Robinho em cima de Rogério. Em 2009, na final do estadual, triunfo corintiano, vingado em 2011, quando o Peixe se sagrou campeão. Em 2012, o Timão levou a melhor eliminando o Alvinegro Praiano nas semifinais da competição.

Esperança peixeira é que ele resolva
Outro dado curioso diz respeito a Neymar: desde que se tornou profissional, em 2009, ele esteve em todas as finais de Paulista, e, em dez mata-matas disputados, foi campeão em seis e vice em dois. Com o futebol jogado pelo Peixe ultimamente, é candidato a salvador da pátria (aliás, sempre é...).

sexta-feira, abril 26, 2013

Casagrande foi democrático até na torcida dos filhos

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Influência dos pais é determinante. Será?
Muito já se comentou, aqui, sobre o que leva a pessoa a torcer por determinado time. Tem motivo pra tudo: um amigo meu, cearense, me contou que torce para o Palmeiras porque a mãe, ao comprar velas de aniversário em forma de jogadores para seu aniversário de 5 anos, não encontrou outra cor de uniforme que não fosse verde. Teve um leitor aqui do blog que ia ver jogos do Palmeiras com o tio palestrino mas, ao ver a festa e as cores da torcida do São Paulo, tornou-se tricolor. Aliás, esse comentário foi feito numa enquete postada no Futepoca pelo Glauco, em 2009, justamente com a pergunta "O que fez você torcer para o seu time?" Ganhou "Pai e mãe", seguido "Um jogo inesquecível", "Títulos" e "Tio ou padrinhos" (empatados), "Amigos", "O fato de ser o time da cidade" e "Namorado(a)" (essa última opção foi a única que não teve qualquer voto). Porém, a influência dos pais parece estar perdendo força.

Casagrande não teve filhos corintianos
O ex-atacante Casagrande, hoje comentarista, acabou de lançar o livro "Casagrande e seus demônios", escrito pelo jornalista Gilvan Ribeiro. Dando uma folheada rápida em uma livraria (pretendo comprar mais pra frente, para ler com calma), descobri que um dos maiores corintianos de todos os ídolos do Corinthians não conseguiu passar sua paixão clubística - herdada do pai, Walter - para os filhos. Isso mesmo: nenhum dos três filhos do Casão é alvinegro de Parque São Jorge. Pelo o que parece, Casão leva numa boa as escolhas de sua prome. Mas é interessante observar, pela idade de cada um deles, os diversos motivos que podem ter contribuído para afastá-los do tal "bando de loucos". 

Victor Hugo: paixão alviverde
Victor Hugo, de 27 anos, nasceu durante a Copa do México, que seu pai disputou pela seleção brasileira.  Quando chegou ao período de alfabetização, com 7 ou 8 anos, o Palmeiras turbinado pela Parmalat foi bicampeão paulista e brasileiro em 1993/1994. Resultado: o primogênito de Casagrande tornou-se alviverde. É interessante notar que ele pegou um período de entressafra do Corinthians, que havia ganho o Brasileirão de 1990 e só voltaria a ver títulos em 1995, quando faturou o Paulista e a Copa do Brasil. Curioso é que, no auge do Palmeiras/Parmalat, Casão havia voltado ao Corinthians, em 1994. Mas nem isso mudou a escolha palestrina de seu filho mais velho.

Sãopaulino Ugo já jogou pelo Palmeiras
O segundo filho, Ugo Leonardo (que seguiu os passos do pai e é centroavante no profissional do Botafogo-SP, presente na reta final do Paulistão deste ano), nasceu durante a Copa seguinte, da Itália. Hoje com 23 anos, ele torce para o São Paulo. Difícil saber o motivo, pois, quando o esquadrão sãopaulino montado por Telê Santana começou a entrar em declínio, entre 1994 e 1995, Ugo tinha entre 4 e 5 anos e não deve se lembrar de muita coisa. Mais intrigante é que, pouco depois, de 1998 a 2000, quando o segundo filho de Casagrande já devia entender e acompanhar futebol, o Corinthians montou um timaço e foi bicampeão brasileiro e venceu o Mundial no Rio de Janeiro. Talvez a derrota do alvinegro para o São Paulo na decisão do Campeonato Paulista de 1998 tenha sido o turn point. De qualquer forma, dos quatro grandes clubes paulistas, Casagrande só jogou no Corinthians e (apenas um semestre) no São Paulo.

Symon é o santista da família
Por fim, Symon, que hoje está com 20 anos, faz o "serviço completo" contra o Corinthians na prole de Casagrande: torce para o Santos. Ele já tinha 10 anos quando o alvinegro praiano se reinventou com Robinho, Diego & Companhia, sob a batuta do técnico Leão. Mas esse foi o fator decisivo para se tornar o santista da família. É curioso, também, que aquele time tenha se consagrado justamente contra o Corinthians, na final do Brasileiro - e que, no início daquele mesmo ano de 2002, o clube do coração do pai Casão e do vô Walter, comandado por Carlos Alberto Parreira, tenha levantado duas taças, do Rio-São Paulo e da Copa do Brasil. Enfim, a paixão clubística tem razões que a própria razão desconhece...

domingo, abril 21, 2013

Santos vence Penapolense e espera o Palmeiras nas quartas do Paulista

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André: bem de amigo (Ricardo Saibun/ Santosfc.com.br)
Um passe de calcanhar errado que aparentava mais displicência do que técnica. Uma bola mal dominada, outro passe errado, um carrinho à toa que o torcedor prevê que vai acontecer quando o jogador começa a correr. Cartão amarelo. Tudo indicava que a escolha de Muricy em colocar André ao lado de Neymar era um erro.

Só que Neymar é amigo de André. E deu um presente ao parceiro, uma assistência precisa para o avante que, mesmo caindo, finalizou em frente ao goleiro Marcelo, aos 25. Prometeu retribuir o passe para o companheiro, que está esperando até agora. Neymar, em 14 jogos pelo Paulista, marcou doze gols e fez seis assistências.

Àquela altura, a partida estava movimentada, com domínio peixeiro, e o time da Vila não sofria pressão do rival, que precisava ganhar para assegurar seu alugar no G-8 sem depender de ninguém. Tal vantagem técnica foi consolidada com o segundo tento alvinegro, do vice-artilheiro da equipe Cícero, em posição pra lá de irregular, três minutos após o primeiro gol.

Mas, pra variar, o que se vislumbrava como um jogo fácil, ficou menos simples. O Penapolense voltou para a segunda etapa explorando os lados do campo. Galhardo, que já havia sofrido com Silvinho e Rodrigo Biro caindo do seu lado, ficou mais preso atrás, com Arouca fazendo as vezes do lado direito do ataque. A mudança só evidenciou como o Santos acaba jogando com seus atletas estáticos durante boa parte do tempo: quem ataca, ataca; quem defende, defende; cada um confinado no seu setor. Acontece com muitas equipes no Brasil, mas tem acontecido demais com o Santos.

E Galhardo, o Nelinho por cinco segundos, acabou desviando uma bola que ia para fora e marcou o gol que foi atribuído a Guaru. Os visitantes ainda buscaram a vitória e se arriscaram nos contra-ataques que o Santos não converteu em gol, com Neymar errando bastante. Perto do fim, o gol do Mirassol contra o Linense aliviou a equipe de Pintado, que pega o São Paulo nas quartas de final. Já o Peixe enfrenta o Palmeiras, no dito “clássico da saudade”.


quinta-feira, abril 18, 2013

Santos 2 X 0 Flamengo-PI - jogo meia boca, com dois belos gols

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Neymar: golaço em atuação mais ou menos (Ivan Storti/Santos FC)
Não foi o show que a torcida esperava. Depois da goleada contra o União Barbarense, aguardava-se uma atuação melhor do Santos contra o Flamengo-PI. Algo melhor do que foi a apresentação em Teresina. Mas o Peixe encontrou novamente dificuldades para furar a boa marcação da equipe piauiense. A falta de criatividade do meio de campo e o excesso de cruzamentos na área (muitas vezes para quase ninguém, já que o time jogou sem um atacante fixo) irritaram quem assistia a peleja.

A diferença em relação à equipe que goleou o União Barbarense foi a saída de Giva e a volta de Arouca, retornando-se a um esquema com dois atacantes (sim, Cícero é intocável). Alan Santos também saiu da improvisada lateral direita para dar lugar a Galhardo. Muito em função dessas mudanças, o que se viu foi um time mais estático, com alguns jogadores mais preocupados em guardar posição, no melhor estilo pebolim. Mesmo assim, o Alvinegro criou chances, enquanto os rivais chegaram em uma única finalização ao gol de Rafael no primeiro tempo. O futebol jogado era pouco para os dois times, já que o zero a zero não bastava aos visitantes e era vexatório para os donos da casa.

Na etapa final, com o jogo ainda truncado, restava aguardar uma jogada individual. O roteiro óbvio seria que Neymar fizesse o papel principal. Contudo, o atacante atuava mal, se movimentava muito, mas sofria com as faltas e com os próprios erros de passe. O lampejo veio de Galhardo. Ele, terceira opção na lateral direita, até fazia uma partida razoável, mas surpreendeu com um petardo da intermediária que abriu o placar. À la Nelinho, lembrando Josimar em 1986 contra a Irlanda do Norte. E era Galhardo.


Ali, a fatura estava liquidada, embora faltasse Neymar dar seu toque de gênio, em uma partida em que esteve apagado. Depois de receber passe de Montillo, passou por dois adversários dentro da área, fingiu um chute e, com um corte seco, deixou dois no chão. Belo gol para dar um alento ao santista que aguentou um jogo meia boca, com faltas, catimba e um arbitragem com um nível um pouco abaixo ainda da média técnica dos atletas.

Que o Santos seja um time melhor contra o próximo adversário no torneio, o Joinville, que eliminou o Aracruz. As atuações peixeiras têm sido tão oscilantes que quase não fazem notar que esta foi a 13ª partida de invencibilidade alvinegra. O santista merece mais.

sábado, abril 13, 2013

Peixe finalmente joga bem, Neymar faz 4 e já é artilheiro do Paulista

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Neymar fez quatro contra o União Barbarense. Quem mais fez?
A escalação da dupla Tata (no banco) e Muricy Ramalho (à distância)surpreendeu. Primeiro, a escalação do volante Alan Santos na lateral direita, no lugar do contundido Bruno Peres, mostra o tamanho da falta de prestígio de Galhardo, destaque no Sul-americano sub-20 de 2012, mas que não rendeu o que se esperava dele no Flamengo e tampouco no Santos. Neto substituiu o suspenso Durval, Guilherme Santos entrou no lugar do “poupado” Léo e ainda houve outra mudança na frente, com a entrada de Patito Rodríguez, formando-se um 4-2-3-1 mais móvel, com três atacantes trocando de posição, contando ainda com a chegada do meia Montillo.

No entanto, no primeiro tempo, os lances pelo lado esquerdo do ataque foram prejudicados pelas várias poças de água por aquelas bandas. Patito, que ficou quase o tempo todo por ali, foi prejudicado, e Neymar, atuando mais pelo meio, conseguiu achar espaços na frágil defesa do União Barbarense. Por ali, após um passe pelo alto de Cícero, aconteceu o gol do craque, logo aos sete minutos. Os donos da casa não conseguiram pressionar, embora Cesinha tenha feito grande jogada, exigindo uma defesa difícil de Rafael. Fora isso, o Peixe, mesmo com toda água nas quatro linhas, dominou com tranquilidade. O segundo tento, também de Neymar, veio após lance de Patito, e o Onze alvinegro, oportunista, só precisou completar.

Àquela altura, o União Barbarense já caminhava para o rebaixamento. Mais ainda quando se iniciou a segunda etapa e, antes do primeiro minuto, Neymar marcou novamente com assistência de Pato, uma bela finalização de calcanhar. Cinco minutos depois, o quarto tento, em um contra-ataque rápido. O Onze ainda finalizou uma bola na trave e fez um gol anulado de forma correta, já que Guilherme Santos, que deu a assistência, estava impedido.
Mesmo contando com a fragilidade do adversário, o time teve que driblar o gramado muito prejudicado pela chuva, e conseguiu tocar bem a bola. Renê Junior e Alan Santos foram muito bem, e Montillo também teve atuação destacada. Mas Neymar roubou a cena...


Artilharia e protesto da torcida

“Ah, mas o Neymar só faz quatro contra times pequenos”, dirão os céticos. A verdade é que não é trivial um jogador marcar quatro gols em uma partida, embora o atacante santista já tenha feito isso contra o Atlético-PR e contra o Paraguai, no Sul-americano sub-20. E, em geral, quando outros fazem quatro tentos numa partida, costumam ser festejados. Portanto, festejo Neymar, que agora é artilheiro do campeonato paulista com 13 gols, dois a mais que Willian Batoré, ex-atacante do Santos e agora centroavante pontepretano.

Outra reflexão pós-jogo. Muitos santistas que não concordavam com o protesto feito contra o treinador Muricy Ramalho, o “Esse time não me representa”, foram à forra. Disseram que a atuação foi uma “resposta” a quem protestava. Ué, mas tudo que um protesto legítimo quer é resposta. E o time correspondeu, quem vai dizer que isso não ocorreu também em função do protesto, democrático, e que não ensejou qualquer tipo de violência?

Não se pode confundir torcida e apoio com aceitação de tudo, um exercício contínuo de engolir sapos. Nunca deixei de torcer pelo Santos, mesmo quando a gestão anterior a esta cometia erros dos mais bárbaros, muitos deles maiores do que os da atual. Torcia, mas protestava e contestava, posts passados aqui mostram isso. Agora, por que essa administração ou a comissão técnica estariam livres de protesto e de pressão? Um pouco mais de senso (e de exercício) de democracia vai bem...

quinta-feira, abril 11, 2013

Mano Brown "vetou" Rafael Moura no Santos e diz que Neymar é "a melhor coisa que aconteceu no Brasil depois da eleição do Lula"

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Claro que sou suspeito por ter participado da conversa, mas a entrevista com Mano Brown para a revista Fórum (aqui e aqui) vale a pena ser lida pela contundência e transparência de suas análises, que vão muito além do que pensam alguns acadêmicos encastelados de nossas universidades. Contudo, fora a política, tema tratado por ele em boa parte do papo, Brown também fala sobre outra questão atinente a este blogue: o futebol.

"Ah, melei mesmo, contrata a Xuxa também" (Foto Guilherme Perez)
Torcedor fanático do Santos, ele conta como "vetou" a contratação do atacante Rafael Moura, vulgo "He-Man" pelo time da Vila. "Inviabilizei a contratação do Rafael Moura, ah, melei mesmo, contrata a Xuxa também, tá de brincadeira [risos]. Aquela reunião [com alguns dirigentes do clube] foi treta, aí eu sugeri: 'Traz o André aí'."

Brown ainda fez outra crítica à forma como o estádio da Vila Belmiro, já há algum tempo, vem sendo modificado pelos dirigentes. "O Santos tá com um complexo de pobreza que eu não compreendo, esse negócio ridículo de colocar vidro no estádio inteiro, não dá pra ouvir as vozes da torcida, diminui a pressão. Os caras ficam batendo nos vidros, ficam parecendo loucos, esse negócio de colocar televisão nos camarotes", criticou. "O setor Visa é vazio o ano inteiro, eu já perguntei ao presidente pra quem que é bom o marketing da torcida vazia, abre a câmera e o estádio está vazio."

Sobre Neymar, o rapper não poupa elogios. "O Neymar é sensacional, melhor coisa que aconteceu no Brasil depois da eleição do Lula", diz. "Só poderia ter nascido no Santos mesmo, é foda, não cabe em outro time, mano."

Confira o resto da entrevista aqui.

Flamengo-PI 2 X 2 Santos - crônica de um empate vexatório

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“Mas quando a bola rolou... meu Deus do céu, o que foi isso. O jogo de ontem foi a pior partida do Santos nesse ano. (…) Gramado ruim, retranca excessiva? Esses dois fatores existiram, mas não dá pra atribuir o mau desempenho a eles. Sou mais culpar quem é de direito, os próprios jogadores do Santos.”

Não, esse não é o início de um texto falando sobre a peleja de ontem, um empate algo vexatório do Peixe contra o Flamengo-PI, no qual cedeu a igualdade após estar ganhando por 2 a 0. É um trecho de um post do Olavo em 2010, falando sobre a vitória alvinegra contra o Naviraiense por 1 a 0, resultado que não eliminou a segunda partida. O que aconteceu depois, todos lembram...

Isso seria um motivo para o santista não esquentar tanto a cabeça com o resultado de ontem. Mas é bom recordar que o contexto de 2010 era outro. A partida ruim na ocasião foi uma exceção para uma equipe que começava a se acertar, já fazia boas apresentações e, depois, engataria inúmeras goleadas e grandes partidas até chegar ao título da Copa do Brasil.

Giva, um gol e uma atuação razoável
O jogo de ontem foi ruim, o time foi apático, o meio de campo foi inoperante como poucas vezes neste ano. Foi, de fato, a pior partida do Santos em 2013, com atuações mais que apagadas de Cícero, Montillo e de uma defesa que simplesmente não se acertava, propiciando espaços generosos para um time que não tinha qualidade para aproveitá-los, e mesmo assim chegou ao gol duas vezes.

O primeiro gol piauiense, além da generosa contribuição da defesa que marcou em linha e deixou Lúcio Bala solitário, contou com a uma saída desastrosa do gol de Rafael, lembrando jogadas similares de Fábio Costa. O desacerto resultou em um pênalti no ex-jogador santista, convertido por Édson Di. Desde que foi cortado da seleção olímpica, o goleiro Rafael não tem feito a diferença como fazia em diversas pelejas em 2011 e parte de 2012. Além de saídas ruins pelo alto e por baixo, não tem praticado grandes defesas, fazendo atuações apenas comuns. Já o miolo de zaga... Durval mais uma vez fez uma falta desnecessária, uma trapalhada equivalente à feita contra o São Caetano. Daí veio o tento de empate dos donos da casa.



Salvaram-se poucos. Neymar, com duas assistências, mostrou que, se não fosse ele, a situação poderia ter sido ainda pior. Os jovens Alan Santos e Giva também fizeram o que podiam, o nove peixeiro, por exemplo, havia finalizado mais que todo o time adversário quando saiu para dar lugar ao frequentemente inexpressivo André.

A atuação burocrática do Santos, apático e com jogadores se omitindo assustou mais do que o resultado em si. Apatia, aliás, também do técnico Tata, representante de Muricy na partida, que, tal qual seu superior, só mudou aos 35 do segundo tempo e nem fez todas as substituições a que tinha direito.

Essa é uma diferença para aquele jogo de 2010: aquela equipe tinha vontade de jogar, e de acertar, a estreia no torneio foi um ponto baixo em uma ascensão tática e técnica. Hoje, a partida contra o Flamengo-PI parece só o extremo de uma rotina de jogos ruins. Tomara que seja um ponto de mudança. Mas isso é mais torcida do que análise.