Destaques

quarta-feira, abril 02, 2008

Tipos de cerveja 3 - As American Pale Ale

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Dando seqüencia à classificação do site Cervejas do Mundo (www.cervejasdomundo.com), falamos hoje das American Pale Ale. São cervejas que vão desde o amarelo dourado até à cor de cobre, com estilo definido pelo lúpulo de origem estadunidense. Esse produto transmite, na maioria das vezes, forte aroma à cerveja, além de uma relativa acidez. As American Pale Ale se encaixam perfeitamente no american way of life: são consideradas um ótimo acompanhamento para pizzas e hambúrgueres (fosse no Bar do Vavá, acompanhariam o X-Elvis e o Churrasco com Queijo e Dentes Inteiros de Alho). Mas também vão bem com sushi e saladas. As dicas para degustação: Three Floyds Alpha King, Flying Dog Doggie Style Classic Pale Ale (foto) e DuClaw Venom Pale Ale. Vale lembrar que as cervejas Ale têm processo de alta fermentação (ou "fermentação a quente"), que realça os sabores mais complexos, frutados e "lupulados" da bebida. Por isso, são cervejas mais encorpadas e vigorosas. Mesmo assim, podem variar muito de uma marca para outra, com características que vão desde o doce ao amargo, entre as mais claras ou escuras.

Carona

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Armando Nogueira, em coluna no Lance! de hoje, comete uma inconfidência de 50 anos. Segundo ele, na noite de 29 de junho de 1958, quando o Brasil foi campeão mundial pela primeira vez, na Suécia, houve uma grande festa no hotel em que a seleção estava hospedada. Nogueira diz que cada jogador estava devidamente acompanhado por uma "loura do porte de seu merecimento". Quando ele se aproximou de Moacir (foto), meia do Flamengo e reserva no mundial, o jogador agarrou sua loura e sussurrou no ouvido do jornalista: "-Armando, me chama de Pelé! Me chama de Pelé!".

terça-feira, abril 01, 2008

Manchester e Barça saem na frente na Liga dos Campeões

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Hoje foram disputadas as duas primeiras partidas das quartas-de-final da Liga dos Campeões da Europa, a Champions League, e Manchester United e Barcelona conseguiram duas importantes vitórias fora de seus domínios.

A qualidade técnica falou mais alto no confronto entre o time inglês e a Roma, no estádio Olímpico. Nos dois momentos em que o clube italiano parecia ser superior à esquadra britância, Cristiano Ronaldo, no primeiro tempo, e Wayne Rooney, no segundo, mataram qualquer pretensão da equipe da casa. O gol deixa o atacante português na artilharia da competição, com sete gols. E ele também ocupa o primeiro posto entre os goleadores do campeonato inglês, a Premier League, com 26 tentos. Fez a diferença no domingo, na sensacional vitória sobre o Aston Villa (confira aqui o gol de letra, o passe de calcanhar e as outras duas assistências) e hoje marcou de novo. Tem tudo para chegar ao final do ano como o melhor do planeta.

Já o Barcelona, que enfrentou o Schalke-04 na Alemanha, contou com a precisão do jovem Bojan, novidade no time na partida de hoje. Com 17 anos, o espanhol de ascendência sérvia tornou-se o segundo jogador mais jovem a marcar na Liga dos Campeões, superado somente pelo atacante ganês Peter Ofori-Quaye, que em 1997 marcou pelo Olympiakos com 17 anos também, mas era menos de um mês mais novo que Bojan.

No próximo dia 9, o Manchester pega a Roma em Old Trafford, e o Barcelona recebe o Schalke no Camp Nou.

Bonito, muito bonito

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O fato não é recente, mas merece registro. Durante solenidade oficial em São Bernardo do Campo (SP), crianças de um bairro carente faziam batuque com latas e outros materiais recicláveis. Nisso, um assessor especial da Prefeitura vira para um jornalista e comenta:

"Olha só que bonito! Eles moram no meio do lixo e arrumaram um jeito de fazer música com isso!"

De fato, a consciência do assessor sobre as condições de moradia daquela população é muito comovente. Como se fosse um fato imutável, natural. E a Prefeitura não tivesse nada com isso...

segunda-feira, março 31, 2008

Richards: proibição da bebedeira arruinou América

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Depois de confessar que cheirou as cinzas do próprio pai, de negar isso e reafirmar a bizarrice, o eterno guitarrista dos Rolling Stones, Keith Richards (foto) , volta a criar polêmica. Em entrevista ao jornal inglês The Sun, o stone assumiu fumar maconha em tempo integral. "Mandei muita fumaça para minha cabeça. Eu fumo maconha o tempo todo", assumiu. “Mas essa é minha erva benigna. É só isso que eu consumo. Mas, sim, eu fumo, e consigo um haxixe do bom". O guitarrista está trabalhando em sua autobiografia e, de acordo com o jornal, vem enfrentando "problemas". "Não consigo nem me lembrar do que aconteceu ontem. E já que eu não tive um diário, tem sido um pouco difícil", lamentou o siderado Richards. Em agosto de 2007, o músico comeu seus próprios cigarros em um show em Londres, em protesto contra a lei que proíbe fumar em locais fechados. "É um atraso, porque você tem que congelar suas bolas para acender um cigarro, precisa ir lá fora. É cruel. É uma besteira social e politicamente correta. Mas eles vão superar isso. É como aquela vez em que tentaram proibir a bebedeira. Veja o que aconteceu. Isso arruinou a América", sentenciou.

Dois garotos e um certo fim de semana de 1957

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Música lembra Beatles, que lembra John Lennon. Futebol lembra seleção brasileira, que lembra Pelé. O que poucos sabem, porém, é que esses dois ícones do século passado, principalmente nos anos 1960, têm muitos pontos em comum. Para começar, ambos são librianos e quase da mesma idade: John Winston Lennon nasceu em 9 de outubro de 1940, em Liverpool, Inglaterra, e, exatamente duas semanas depois, no dia 23, veio ao mundo Edson Arantes do Nascimento, em Três Corações (MG), Brasil. Mas a maior coincidência aconteceria 16 anos e nove meses mais tarde.

No sábado, 6 de julho de 1957, a igreja de Woolton, em Liverpool, foi palco de um encontro crucial para história da música. Naquela tarde, Lennon se apresentou no local com sua banda The Quarrymen, formada por ele com amigos de escola. Tocavam rock and roll no ritmo do skiflle, um jazz-caipira-acelerado. Na platéia, um outro adolescente observava com interesse: James Paul McCartney, 15 anos recém-completos. Ele achava que tocava melhor que qualquer um no palco, mas estava impressionado por John já ter uma banda - e liderá-la. Após o show, Pete Shotton, um amigo comum, os apresentou. Os Beatles nasceram ali.

No dia seguinte, domingo, 7 de julho, o Brasil enfrentou a Argentina no Rio de Janeiro, então capital federal, pela Copa Roca de Futebol (extinto torneio disputado entre os dois países). No segundo tempo, perdendo por 1 a 0, o técnico brasileiro Sylvio Pirillo decidiu substituir o atacante Del Vecchio por um menino de 16 anos, Pelé. Poucos minutos depois, ele empatou a partida. Apesar de a Argentina ter marcado novamente e vencido por 2 a 1, aquele jogo marcou a estréia do futuro Rei do Futebol pela seleção brasileira. Ali, naquele domingo de julho, Pelé começou a pavimentar seu caminho rumo ao título mundial na Copa da Suécia, menos de um ano depois, quando teve início seu reinado.

No alto, John Lennon com os Quarrymen no sábado, em Liverpool. Acima, Pelé marcando seu primeiro gol pelo Brasil no domingo, no Rio de Janeiro.

Secar os secadores. De camarote

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O Parmerista fala de mentalidade de campeão. O Mondo Palmeiras reproduz nota da assessoria de imprensa verde sobre o aproveitamento de Luxemburgo no comando da equipe em toda história´do clube, 69% das 277 partidas. Fabian Chacur fala ainda do golaço de Valdívia e da boa atuação de Denilson, mas pede para segurar o já ganhou. O Terceira Via Verdão mostra em dados que o meia chileno é o melhor do time. E o Observatório Verde diz que o Lance! inverteu a notícia na definição da capa de sábado sobre a possível venda do atleta no meio do ano.

Um almoço de sábado em casa me impediu de sequer escutar no rádio a maior parte do jogo. Acompanhei pelos gritos da vizinhança. No final, ouvi até uma ponta de "olé", vindo do Palestra Itália. Para não recorrer à prática de comentar sem ter assistido, fiz o clipping da mídia palestrina.

É confortável assistir à última rodada de camarote. Ao lado do Guaratinguetá.

É desagradável ver os secadores trabalhando tanto. Até negando que estejam secando. Claro que é inevitável, mas quem sabe eu inauguro uma nova modalidade de secagem, uma voltada aos adversários secadores.

Como já reconheci que Luxemburgo montou um time bom com peças boas – além de reabilitar Léo Lima – me sinto tranquilo para cobrar dele que as ressalvas ao treinador sejam definitivamente caladas com o título. Sem já ganhou. É um problema não gostar do estilo pessoal de um técnico bom e cheio de sorte (segundo uma das máximas do próprio, a sorte ajuda quem trabalha...).

Vamos fazer chicha de maíz (pinga de milho)

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Marcos Xinef

Aproveitando que ninguém ainda se animou a produzir a polêmica pinga de abacaxi com receita de Mouzar Benedito, fui atrás de uma bebida com produção mais simples, que repercutiu favoravelmente na última coluna "Pé redondo na cozinha", do chef Marcos Xinef: a chicha de maíz (pinga de milho). Chicha é a designação espanhola para qualquer variedade de beberagem fermentada, que pode ser feita de raiz de mandioca, milho ou frutas, entre outras coisas. Às vezes, no processo rudimentar, o produto é mastigado antes de ser posto para fermentar. Porém, como tal prática não colabora muito para a questão higiênica (e é mesmo nojenta, para falar português claro), a receita que trago aqui, a partir de pesquisas na internet e orientações do chef Xinef, dispensa tal procedimento.

PARA PRODUZIR 1 LITRO DE CHICHA

Ingredientes
500 gramas de grão de milho verde
1 litro de água mineral ou filtrada
300 gramas de açúcar

Modo de preparo
Compre uma dúzia de espigas de milho verde ou o suficiente para que, depois de raspadas, rendam 500 gramas do grão. Pegue uma panela grande e bote pra ferver, por umas duas horas, um litro de água, 300 gramas de açúcar e o milho. Arrume um balde que possa ser fechado hermeticamente, como o da foto abaixo, e feche a mistura ali por um período de 3 a 4 dias, quando estará pronta para consumo.


Para produzir mais que um litro, é só multiplicar as medidas dos ingredientes na proporção. Que tal produzirmos uma "Chicha Futepoca"?






Marcos Xinef é chef de cozinha e socialista convicto. Semanalmente, publica receitas que tenham bebidas alcóolicas entre seus ingredientes no Futepoca.

O destino do Corinthians nas mãos (e nos pés) do Santos

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E o time da Vila Belmiro não conseguiu a sua sexta vitória consecutiva, ficando de fora do G-4 de forma definitiva. O empate em 1 a 1 com o Rio Claro só serviu pra sacramentear o rebaixamento do clube do interior. A reação espetacular do Santos no campeonato foi digna de nota, mas também tardia, já que mesmo que tivesse vencido no sábado e superasse a Ponte na Vila, o Peixe provavelmente ficaria de fora do G-4, pois ainda dependeria de insucessos de Barueri e Corinthians.

Agora, o destino do time do Parque São Jorge está com o Santos. Não basta ao Corinthians derrotar o Noroeste, fora de casa. Ele precisa contar com a ajuda do Alvinegro Praiano, que tem que arrancar um empate na Vila pra ajudar o Timão. A questão que vai ser discutida até cansar os ouvidos é: qual o esforço que o Santos vai fazer pra vencer o clube campineiro?

Sem papas na língua, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, foi claro e sugeriu até uma "mala preta" para o Santos, observando, entretanto, que o clube não possui dinheiro para isso. "Seria até a favor [do incentivo ao rival]. Mas na situação em que estamos não dá para falar nisso" afirmou o cartola, que disse que está difícil fechar as contas do mês no clube. "Todo mundo sabe que essas coisas existem no futebol. Se sobrar [dinheiro], não sou hipócrita", disse à Folha de São Paulo.

Já o treinador Mano Menezes, que nesta temporada lidera o ranking de choro à frente de Luxemburgo, Muricy e Leão, apelou ao "profissionalismo" do comandante santista, a quem o Corinthians deveria dinheiro por sua passagem anterior no clube. "Não costumo julgar outros profissionais pela sua trajetória. Mas sempre se vale disso. E a trajetória do Leão é séria. Ele classificou o Cruzeiro quando dirigia o Atlético-MG", declarou Mano ao mesmo periódico, recordando a vitória do Atlético-MG sobre o Palmeiras, em 2007, que deu a vaga na Libertadores ao rival azul-celeste.

A imprensa vai bater, vai exigir o tal "profissionalismo" do Santos, mas o óbvio é o time entrar com os reservas. Não se trata de descaso, mas sim de cuidar dos próprios interesses que, a esta altura, se resumem a Libertadores. Depois da partida contra a Ponte Preta, na quarta, o time tem um duro compromisso contra o Chivas Guadalajara, no México. Alguém colocaria os titulares em uma partida sem importância três dias antes, contando com o desgaste de uma viagem longa?

Agora, aguardem, leitores. Com pouco assunto, a mídia esportiva vai bater o tempo todo nessa tecla, e façam as contas de quantos jornalistas/comentaristas repetirão a cantilena de que o Santos tem que encarar uma partida, sem motivação, e com outra importante a seguir, como se fosse uma decisão. Triste vai ser se, cedendo a pressões talvez originadas de um prédio próximo à estação Barra Funda, em São Paulo, a diretoria e o treinador possam ceder e escalar a equipe titular.

Tipos de cerveja 2 - As Amber Ale

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Dando seqüência à série sobre tipos de cerveja do mundo inteiro, destacamos as Amber Ale, que podem variar entre produtos caramelizados e outros com bom equilíbrio entre malte e lúpulo. São habitualmente cervejas não muito complexas e que, devido a isso, podem acompanhar bem quase todo o tipo de receitas gastronômicas. Contudo, algumas versões apresentam forte teor de malte e baixa presença de lúpulo, o que as torna pouco equilibradas - deste modo, não aconselhadas para receitas tendencialmente doces. De resto, vão bem como acompanhamento de sanduíches, pizas, churrascos e comida mexicana. Na avaliação do site Cervejas do Mundo, a diferença entre uma Amber Ale de qualidade e uma American Pale reside no fato da primeira poder ter um carácter mais escuro, devido ao malte utilizado, e menos lúpulo. Para quem conseguir encontrar, experimente a Mac and Jacks African Amber Ale, a New Belgium Fat Tire ou a Tröegs HopBack Amber Ale (foto).

sexta-feira, março 28, 2008

O melhor xingamento ao árbitro de Santos X Corinthians

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A arbitragem do clássico entre Santos e Corinthians foi motivo de muitos debates na imprensa, nos bares, na internet e numseiquelá, numseiquelé, numseiquelá. Mas duvido que alguém tenha feito um xingamento tão digressivo, com tanta verve poética, quanto um dos nossos mais assíduos comentaristas, o corintiano Benedito. Abaixo, o texto em que ele comenta o post sobre a partida:

A turma do Futepoca é jovem e provavelmente não sabe. Se sabe, não conheceu. Nos anos 60 e 70, a zona portuária de Santos abrigava as boates de prostituição mais animadas do litoral, quiçá do conservador estado de SP. Sex and drugs, babies. À rodo. E, claro, muito álcool também. Nos anos 80, a Aids ceifou a vida de muitos frequentadores daquela vida loca. Santos teve um dos maiores (senão o maior) índices de infectados por Aids no Brasil. Até que o poder público local resolveu agir. A prefeita que mudou tudo chama-se Telma de Souza. Foi condenada pelos conservadores porque distribuía seringas a drogados e camisinhas a homens felizes. Pois bem. Não sei se ele nasceu lá, naquelas boates da Baixada, mas com certeza o Sálvio Spínola, que assaltou o Timão na Vila, tem algum parentesco feminino naqueles becos do porto de Santos.

Questionado por este escriba se ele tinha a mesma opinião sobre Sálvio Spínola Fagundes Filho quando o mesmo anulou o gol de Adriano no clássico do São Paulo, Benedito foi taxativo:

Bem... eu sou torcedor, pô!!!! É claro que naquele dia o Spínola era só o filho do pai...

Os comentários na íntegra você pode ler neste canto.

Não é a cerveja que engorda!

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Vem aí a quarta divisão

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O presidente da Federação Gaúcha, Francisco Noveletto, declarou hoje que já está confirmada a criação da Série D nacional a partir de 2009. O quarto nível terá uma cara similar à da Série C atual, com um número grande de times e a definição das equipes com base nos campeonatos estaduais. Já a Série C, a partir de 2009, será similar à Série B de hoje em dia: 20 times, que disputarão um certame em pontos corridos.

Os participantes da Série C do ano que vem serão os quatro rebaixados na Série B de 2008 mais os 16 melhores na Terceirona - excluindo-se, claro, os quatro promovidos à Segunda Divisão.

A medida, a princípio, é das mais interessantes. Já estava na hora da CBF dar uma cara mais justa à sua terceira divisão (o atual regulamento é dos mais doidos) e também criar uma possibilidade para manter mais times em atividade durante o ano. É indiscutível que o Brasil tem 60 equipes (no mínimo) com tradição, torcida, camisa e estrutura para três divisões decentes.

Mas a parte ruim da história é que a Série D, a não ser que apareça algum apoio consistente, já nasce deficitária. A atual Série C é assim - a ponto do Guaratinguetá, sensação do Campeonato Paulista, ter declinado da disputa do torneio no ano passado e já ter acenado que pretende repetir a dose em 2008. A CBF, inclusive, colaborou para essa desvalorização ao extinguir o apoio logístico e financeiro que dava às equipes da Terceirona até o ano passado. Esse ano, quem encarar a Série C vai ter que pagar todas as suas contas. Algo meio inviável para um país como o nosso, de dimensões continentais e penúria quase generalizada.

Por outro lado, precisamos comemorar, e falo sério. O futebol brasileiro ainda é uma bagunça danada e a saída dos craques e, principalmente, dos não-craques mostra nossas fraquezas. Mas é nítido que o futebol está cada vez mais organizado. Hoje é concebível pensar em três campeonatos nacionais sérios, com acesso e descenso respeitados, e com tabelas razoáveis. Quem acreditaria nessa idéia há 10 ou 15 anos?

Som na caixa, manguaça! - Volume 17

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Pão com cerveja
(Velhas Virgens)

Eu nunca soube o que é ganhar dinheiro
Desde que entrei nessa de "roquenrou"
A grana não dá pra pagar a conta
Do que a gente bebe durante o show

Se eu não livrasse algum no jogo
Já tava embaixo de alguma ponte
Mas mesmo assim agente faz o som
A gente toca por prazer e é bom

Qualquer dia
Vamos passar a pão com cerveja
E que não falte a bebida, baby
Pra que pior não seja

O visual não é antigo à toa
As roupas estão mesmo em farrapos
Os instrumentos são emprestados
Nós tamos todos desempregados

Eu já estou quase passando o chapéu
Pra ter ao menos o da condução
A gente não pode nem fazer greve
Não tem salário. Não tem patrão

Eu nunca soube o que é ganhar dinheiro
Desde que inventei de ser "star"
A grana não dá pra pagar a conta
E as vezes os caras não querem pagar

Se eu não livrasse algum na rua
Já tava em paz de osso branco
Mas mesmo assim agente faz o som
A gente toca por prazer e é bom

Do CD "Vocês não sabem como é bom aqui dentro", MNF, 2001.

Aranhas e caranguejos

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O camarada Mouzar Benedito, que já colaborou no Futepoca com uma prodigiosa receita ou método de produção de cachaça de abacaxi usado por presos políticos brasileiros, publicou outro dia um livro muito interessante. É um romance situado na virada dos anos 1920 para os 30, na Vila Nova de Resende, localidade de Minas Gerais onde o autor viria a nascer uns tantos anos depois.

O título meio esquisito, O tropeiro que não era aranha nem caranguejo (editora Limiar), é desvendado logo no início: aranhas e caranguejos eram duas facções de um mesmo partido, o Republicano Mineiro, e constituíam os dois pólos de oposição no vilarejo. O tropeiro Marcelino, que conduz a narrativa, tenta entender aquele jogo político em que cada hora um assumia o discurso do outro, se dizendo "conservador" ou "revoltoso" conforme a situação. Isso tudo em meio às disputas do final da "política do café com leite", o golpe que impediu a posse do presidente paulista Júlio Prestes e colocou Getúlio Vargas no poder, e finalmente a chamada Revolução Constitucionalista, que para a surpresa do tropeiro uniu aranhas e caranguejos na luta contra os paulistas.

É um livro pra ler em uma tarde, de linguagem simples e direta, como quem acompanha um causo. Se eu conhecesse alguém que vai prestar vestibular, presenteava com esse livrinho, que é daqueles que organizam e ajudam a fixar o conhecimento de história do Brasil, sem esforço e com prazer.

quinta-feira, março 27, 2008

Assembléia do Piauí contesta resultado do Big Brother

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O companheiro Olavo fez um post a respeito da produtividade da Assembléia Legislativa de São Paulo, mas a correspondente do Piauí mostrou que de fato trabalha. Os deputados estaduais estão revoltados com a vitória de Rafinha (quem?) sobre a piauiense Gyselle Soares (quem também? Na foto).

A casa parlamentar aprovou uma proposta de solicitação do regulamento e critérios de desempate da final do BBB 8 à Rede Globo. O líder do PMDB Warton Santos fez um discurso questionador na Assembléia e pediu explicações. "O Piauí não entendeu qual a razão do desempate ser de apenas um minuto de votação e não dois, cinco ou dez, por exemplo".

A defesa prosseguiu com argumentos pra lá de consistentes, como a acusação de "propaganda subliminar" para desfazer o suposto empate na votação. "Não é possível que em mais de 70 milhões de votos exista empate. A Globo mostrou-se tendenciosa desde as citações da apresentadora Ana Maria Braga como também ao colocar um conjunto de rock todo tatuado para tocar na final, assim como o roqueiro que disputava com Gyselle. Isso é propaganda subliminar", acusou.

Na seqüência de seu valoros trabalho, a Assembléia Legislativa também aprovou, por unanimidade, um voto de louvor para a dita modelo pela sua participação no programa, atendendo a uma proposta do deputado estadual Antônio Uchôa (PTB), que afirmou: "Estamos aqui para defender a Gyselle de todo jeito, quantos sonhos não foram destruídos em uma votação que aparentemente é fútil, mas que é um reality show?". Quem puder explicar a oposição entre futilidade e reality show, nos acuda.

Com informações do Babado.

Primeiro passo para o Manguaça Cidadão

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Em discurso no fórum empresarial entre Brasil e México (foto), em Recife (PE), o presidente Lula deu a deixa para que seja apresentado o programa Manguaça Cidadão, proposta do Futepoca de complemento ao Bolsa Família, para que o trabalhador brasileiro tenha garantida uma cota mensal de bebida alcoólica, ainda que mínima - para, dessa forma, não desviar a verba da comida. E foi exatamente isso o que Lula argumentou: "Nós, além de dar (dinheiro) aos pobres, estamos dando para as mulheres. Porque o homem ainda pode parar no bar e tomar aperitivo com o dinheiro do Bolsa Família. Pode! Se ele tiver vontade, ele pode!", frisou. Ora, presidente, se "ele pode", faça um benefício a parte, desvinculado do Bolsa Famíla! Manguaça Cidadão já!

Ps.1: Lula deu dois motivos para o homem "parar no bar": "Se o Curintia (sic) perdeu, se a seleção perdeu". Considerando o resultado do clássico paulista disputado ontem, ele deve ter tido vontade de "parar no bar"...

Ps.2: Sarcástico, o presidente afirmou que o Brasil tem know-how para salvar bancos, citando o vergonhoso PROER de Fernando Henrique Cardoso: "Se (os EUA) precisarem, podemos mandar esta tecnologia", tripudiou Lula. Taí: esse governo arruma emprego até para o FHC!

Ps.3: Voando no céu de brigadeiro da economia brasileira, Lula não perdeu a chance de provocar o "império": "Eu liguei para ele para falar: Bush, o problema é o seguinte, meu filho, nós ficamos 26 anos sem crescer. Agora que a gente está crescendo vocês vêm atrapalhar. Resolve a tua crise!".

Política de saúde tucana é "Noite do Pijama"

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Alguém pode até achar que é perseguição contra o governo de São Paulo, mas, com mil perdões, não posso deixar de reproduzir mais essa pérola da newsletter da gestão estadual:

"Nesta sexta-feira, dia 28, 280 crianças e adolescentes da Casa da Solidariedade I, mantida pelo Fundo de Solidariedade do Estado, participam da Noite do Pijama. Após o jantar, as crianças realizarão diversas atividades culturais. É que elas vão passar a noite na escola para garantir o jejum da manhã seguinte para a realização de uma série de exames médicos como sangue, peso e altura. A avaliação, que inclui entrevista sobre hábitos alimentares, faz parte do projeto Alimentação para a Saúde, idealizado pela presidente do FUSSESP Monica Serra que, em parceria com o SESI, vai introduzir novo cardápio na merenda escolar da Casa da Solidariedade II com o aproveitamento integral dos alimentos (folhas, talos e cascas, que são ricos em nutrientes)."

Contrasenso - As crianças farão jejum em função do projeto "Alimentação para a Saúde";

Fim de feira - A maravilhosa merenda terá "folhas, talos e cascas", "ricos em nutrientes".

Para quem se recusa a acreditar, segue o serviço:

Noite do Pijama
Dia 28 de março
Horário: 19h00
Local: Casa da Solidariedade I – Rua Guaianazes, 1112 – Campos Elíseos, São Paulo

Clássico mostra deficiências dos Alvinegros

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Pouco antes da segunda partida da final do Brasileiro de 2002, lembro de ter escutado no rádio um repórter dizendo que o treinador do Corinthians, Carlos Alberto Parreira, usaria o jogo aéreo para tentar derrotar o Santos e reverter a vantagem do primeiro jogo. O comentarista desdenhou, lembrando que o Santos tinha na dupla de zaga "as torres gêmeas" Alex e André Luiz.

O que o comentarista esqueceu é que um time não ataca só com dois na área. E os outros defensores do Santos, como Paulo Almeida e o lateral esquerdo Léo, eram baixinhos; Maurinho e Renato também não são atletas altos. Coube ao Santos matar a jogada antes do cruzamento. Qaundo a bola chegou na área, sempre perigosamente, o Timão marcou dois gols.

Ontem, Mano Menezes usou tática similar, abusando das bolas alçadas na área. E elas foram o terror da defesa santista. Willian (1,89), Fabinho (1,86), Diogo Rincon (1,85) e depois Acosta (1,88) são mais altos que qualquer jogador da zaga peixeira, Betão e Domingos têm 1,81. O mais alto jogador santista de linha, Sebástian Pinto, tem 1,85 e marcou Fabinho nas bolas paradas. Não é à toa que foi da cabeça do volante corintiano que surgiu o gol do time da capital. Qaundo Leão colocou Marcelo, a pressão diminuiu. Com a entrada de Fabão, mesmo com um a menos, a pressão foi estéril.

Aí entra a deficiência da equipe de Mano Menezes. O meio campo é pouco criativo e, tirando as jogadas aéreas, nem mesmo os chutes de longe levaram perigo a Fábio Costa. Dentinho jogou isolado e precisa de alguém que encoste pra jogar com ele, um atacante, um meia ou o lateral. Herrera é brigador, sabe se movimentar, mas jogou distante do companheiro de frente.

O Santos tem um ataque móvel, com o inconstante Molina que, quando faz uma jogada interessante, não é daquelas mais comuns. No futebol brasileiro, isso é um diferencial. Mas o time carece de uma saída de bola mais qualificada e é aí que Rodrigo Souto fez falta ontem. Quando pressionado, o Santos isolava a bola e, tirando Kléber e Kléber Pereira, os garotos como Adriano - nervoso e afoito demais - e Wesley não tinham tranqüilidade e rifavam a bola a todo momento, assim como Marcinho Guerreiro e Adoniran (nesses casos, pesava mais a falta de técnica).

Lances polêmicos

De novo, caímos na questão da interpretação no lance do Kléber Pereira. Ele vira e olha bola à direita, mas fica a impressão de que empurra Carlão, que o marca logo atrás. Conforme o ângulo da jogada, o lance parece uma ou outra coisa. Na Globo, o comentarista de arbitragem (que função!) José Roberto Wright defendeu que foi falta, enquanto o ex-jogador Caio achou que não foi. Achei que não foi, mas minha interpretação é enviesada.

Quanto ao "gol anulado", a jogada já tinha sido parada por falta antes do cabeceio, como mostra o replay, tanto que os jogadores do Santos nem se mexem para marcar. Já na expulsão de Betão, poderia até ser justa em função de um segundo amarelo, e não por um vermelho direto, já que não houve agressão propriamente dita. Herrera, no lance, não só "montou" em cima do zagueiro peixeiro como ainda, de forma pouco sutil, colocou o pé entre suas pernas, próximo a "partes sensíveis", quando levanta. Isso ocorreu do lado do bandeira. O corintiano também merecia o vermelho.

Prea dá sorte aos 48

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Quando saíram os dois gols santistas no clássico, a vizinhança gritou impropérios aos corintianos. A recíproca foi verdadeira, embora no singular. Nada fora do normal. Ao fundo, o também tradicional som das arquibancadas do Palestra Itália era ouvido por mim. Quando acabou o jogo na Baixada, três santistas comemoraram na hora. Um, com atraso de segundos.

Foto: Divulgação/Palmeiras
Em casa, me levantei do sofá para desligar a TV. Claro que tem controle remoto, mas era só uma estratégia não-pensada de retardar a ação. A Bandeirantes vai para o comercial, a Globo para o Parque Antártica. Corte da arquibancada, do goleiro luso, falta a dez metros da grande área rubroverde. A cobrança de Leandro, a bola na trave, Diego Souza joga para a confusão e um pulo de Jorge Preá resolve.

Sem Kléber, suspenso por três jogos pela cotovelada em André Dias do São Paulo, a entrada de Preá no lugar de Alex Mineiro foi uma sorte danada contra a implacável marcação da Lusa que segurou bem o time da casa.

Gol Mãe Dinah aos 47 minutos e 54 segundos. "Eu falei com o Denílson e com o Makelele que se eu entrasse no jogo eu faria um gol", revelou o aprendiz de vidente.

Parênteses: Lembro-me de que, às vésperas da final da Copa de 1994, o atacante Viola declarou à imprensa que tinha sonhado que entrava em campo e marcava o gol do título. Houve quem atribuísse à superstição sua estréia em Mundiais ter ocorrido na prorrogação da final, opção diferente das adotadas por Carlos Alberto Parreira e Jorge Lobo Zagallo. A decisão foi para os pênaltis e a premonição, à cucuia.

Digressões à parte, o importante é que a estrela de Preá funcionou na 17ª rodada no Paulistão. Tá ótimo.

Líder
A liderança isolada alcançada pelo Palmeiras na noite de quarta-feira, com um com o gol, pode durar só um dia. O Guaratinguetá vai a Mirassol enfrentar o time da casa. Não é o caso de secar nem nada, importante é a classificação.

O Palmeiras é o time que apresenta maior evolução dentro da competição. Claro que eu espero que a trajetória continue, mas lamento a ação dos secadores.

Na sequência de ascensão, vem o Santos, com a quinta vitória seguida, agora por 2 a 1 contra o Corinthians – o que não vence clássicos. Agora, o Timão precisa torcer para que o Tricolor não vença para permanecer entre os quatro primeiros nesta rodada (o alvinegro tem saldo de gols maior). Só nesta rodada. As polêmicas da partida da Vila ficam para outro texto.