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Um vídeo mais que didático... (Via Twitter da Cynara Menezes)
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Para a cobertura da Copa das Confederações, o Futepoca está realizando uma parceria com a Rede Brasil Atual com a edição do blogue Copa na Rede. Acompanhe por lá nossos posts sobre o evento.
Por volta das 16h30 a concentração em torno do Largo da Batata, na
zona Oeste de São Paulo, já era grande. Mas uma hora mais tarde a
quantidade de pessoas já era muito maior, lotando vias de acesso
próximas pouco antes de finalmente a marcha se pôr em movimento.
Cartazes, faixas e bandeiras de partidos apareciam em meio à
multidão, mas enfrentavam a reação de boa parte dos presentes. “Sem
partido! Sem partido!” e “Aqui não é comício”, gritavam, buscando
reforçar o caráter apartidário da marcha. Um rapaz, mesmo com evidente
desvantagem física, arrancou duas bandeiras de um militante do Partido
Pátria Livre, quase criando uma animosidade.
Dia 17 de junho de 2013 foi um dia histórico para o Brasil. Protestos em nove ou onze capitais são um feito raro, comparável a poucos outros momentos – como os caras pintadas de 1992, as Diretas Já de 1984, ou, no máximo, à visita de presidente dos EUA ao Brasil. Parece bem claro que as manifestações cresceram (explodiram) depois das pancadas e dos erros da Polícia Militar de São Paulo no dia 13 e também da do Distrito Federal no dia 15.
Os protestos são por mudança. Mudança para frente, para melhor. São protestos movidos por ideias de esquerda, por direitos e inclusão. Mas não barram bandeiras de outras matizes, até porque são abertos, porque não são só por 20 centavos no preço do ônibus (mas também por isso).
Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil em SP, Fabio Rodrigo Pozzebom/Agência Brasil no DF e Tomaz Silva/Agência Brasil no RJ
Entre a turma de esquerda, parece haver pelo menos três visões. De um lado, os que não dão 20 centavos pelo governo Dilma Rousseff e pelo PT, porque a gestão orienta-se mais pelos marcos regulatórios (do petróleo, da mineiração, dos portos) do que por transformação social, porque deixou-se sequestrar pela direita e pela coesão artificial de sua base no Legislativo.
De outro, os que preferem o governo Dilma e o PT ao risco de um Aécio Neves ou de um aventureiro de plantão, que possa pôr alguma conquista a perder. Essa turma se empolga e se emociona com os protestos. Participa quando consegue. Mas receia ver as marchas capturadas por forças reacionárias – talvez de modo análogo ao que aconteceu com o Palácio do Planalto.
E, por fim, há os que defendem a gestão da presidenta e a conduta de seu partido não importa qual tenha sido o recuo da vez, seja para retirar uma cartilha sobre DST para prostitutas, apostila sobre direitos dos homossexuais, disputa bairrista por royalties e demora em pôr peso na destinação da verba para educação... Nesse caso, os protestos já foram tomados pela direita, que manipula tudo por meio da mídia.
Oportunidade
Diante dos protestos e do clamor por mudança, há uma janela, uma oportunidade de ouro para Dilma Rousseff e para o PT. Virar à esquerda e escantear as alas retrógradas e tecnocráticas para encampar bandeiras sociais e de transformação.
Sem abrir mão desse tipo de guinada, o governo e o partido ficarão à direita, engessados onde estão. Contribuirão para a apropriação do ímpeto de reivindicação e de crítica que está nas ruas ser absorvido por forças conservadoras exclusivamente anti-inflação e com discurso de tom modernizante.
Ou viram à esquerda, ou permanecerão à direita demais para voltar e conseguir sequer dialogar com a população.
Se derem mais ouvidos à vaia no Estádio Nacional Mané Garrincha do que às ruas pelas onze capitais, não terá sido o protesto absorvido pela direita, mas a oportunidade desperdiçada.
Não é sempre que pinta uma chance assim a 16 meses da eleição.
(Em tempo: Copa das Confederações: O que eu ia dizer mesmo?)
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(Marcello Casal Jr./ABr) |
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Preparativo para o Mundial de Futebol, a Copa das Confederações do Brasil começa nesta sábado (15), com a partida entre a Seleção Brasileira e o Japão. Como anfitriões, o Brasil tem como desafio convencer sua própria torcida e o mundo dentro e fora do gramado. Enquanto o escrete de Luis Felipe Scolari precisará mostrar coesão e capacidade como time, com a maior parte dos nomes debutando em uma competição desse porte, a organização do evento está na mira do planeta. O primeiro evento esportivo de uma série que terá a própria Copa, em 2014, e a Olimpíada, é um teste, uma prova de fogo, depois de seis anos de preparação e polêmicas.
Dentro de campo, a equipe de camisas amarelas, que tem em Neymar a principal estrela, enfrenta o Japão. Os campeões asiátivos vem à Capital Federal para, primeiro, mostrar que são bons na vida real, e não só no videogame. Falam até em ser campeões, recorrendo a um zagalístico esquema tátivo 4-2-3-1, de Alberto Zaccheron. O técnico italiano reuniu um perfil de atletas mais encorpados física e tecnicamente. Kagawa, que atua no Manchester United, é o principal nome. Na defesa, há atletas maiores e mais fortes do que o perfil correria que se via em selecionados anteriores.
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Por Glauco Faria e Nicolau Soares
Torneio começa com os favoritos Brasil e Espanha em campo. Confira uma avaliação das oito seleções participantes
A Copa das Confederações começa hoje (15) com duas seleções tidas como favoritas ao título. A atual campeã mundial e bicampeã europeia, Espanha, e o Brasil, que, mesmo sem ter um time que inspire confiança, joga em casa e deve contar com o apoio da torcida, ainda que tal apoio tenha faltado em algumas ocasiões.
Felipão traz essa? (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr) |
Foto Movimento Passe Livre |
Gianluca Ramalho Misiti/Flickr |