Destaques

quinta-feira, julho 02, 2009

Irmão da opa

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Para poder pensar em alguma que não fossem os fogos de artifício e os gritos da vizinhança corintiana feliz e satisfeita, pensei em manguaça. Não em beber, mas no termo, sua origem, seu uso.

A palavra consta do Vocabulário Ortográfico da Lìngua Portuguesa, mas não do Houaiss. Tentei então buscar sinônimos de "cachaça" e "bebida", além de "bêbado" e "beberrão" no referido dicionário, já que parte dos termos aplicados a um são metonimicamente transpostos a outros. Não encontrei a resposta à arguição que me mobilizou. Porém, na divertidíssima lista, consta um que motiva este post: irmão-da-opa.

Uma ampla pesquisa (via Google, claro) se iniciou até encontrar uma versão no Scribd de O Rio de Janeiro no Tempo dos Vice Reis, publicação editada pelo combalido Senado Federal sob a presidência de Antonio Carlos Magalhães em 2000, em meio às comemorações dos 500 anos da chegada de Pedro Alvares Cabral ao Brasil.

É a maior concentração do termo "irmão da opa" e suas variações que pode existir numa obra, muito instrutiva em outros assuntos também.

Ao descrever o centro da capital, Luís Edmundo apresenta uma procissão. "Acompanhando a multidão bulhenta, desecabrestada e feliz, dobramos a Rua de S. Pedro para esperar, no canto da Candelária, o Santo Viático que marcha. Acompanha-o uma multidão enorme e respeitosa em massa de muitos metros. À frente do bando está o andador da irmandade, de opa, e tocha na mão esquerda, noutra a campainha colossal erguida no ar tranquilo em toques ritmados."

Foto: Reprodução de tela de José Washt Rodrigues
Mais adiante, mais explicações. "(...) Há o irmão da opa. Pelas ruas centrais, de balandraus vistosos e coloridos, nas mãos ávidas, pires, sacos, sacolas ou bacias de prata, andam rapagões válidos e corados, pedindo uns para a cera do Santíssimo, outros para a missa das almas, para o conserto de igrejas velhas, para a construção de capelas novas... São os irmãos pedintes, os opas, que não alardeiam as rendas que possuem, ganhas no estranho ofício só para que se lhes corte a grande pepineira. (...) Não há quem deixe de atender à voz insistente do opa, que a todos cerca pela esquerda, pela direita, pela frente, por detrás"

A ideia é que o pedido de esmolas para a "irmandade" ou para a causa nobre que fosse apresentada no discurso fosse, na prática, destinada à tabacaria ou o bar. O "Opa" era a interjeição usada para iniciar o pedido de uma ajuda.

Apesar da origem elitista que atribui à própria condição de pobreza toda responsabilidade por sua manutenção, além de generalizar como universais a realidade de alcoofilos, há espaço para uma ressignificação.

Os ébrios se irmanam no bar. Fazem-no pelo consumo daquela que matou o guarda em doses nada homeopáticas e pelo estado em que se encontram. Os estratagemas para se atraiar a atenção de garçons mais explorados e sobrecarregados são múltiplos, mas será que haveria algum código nas tabernas.

O "opa" de pedido de mais uma ao garçom ou no telefonema para mandar vir meia dúzia cria uma irmandade toda nova. Em uma embriaguez talvez mais democrática.

Não tem pra ninguém!!!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Ah, meu povo, é muita coisa prum só coraçãozinho!!!!!

Tri da Copa do Brasil!!!!

É CAMPEÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
TRICAMPEÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Bora beber, Nação Corintiana!!!

quarta-feira, julho 01, 2009

Final da Copa do Brasil: ansiedade e Vai Corinthians!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Hoje a noite tem Internacional e Corinthians, a finalíssima da Copa do Brasil. No primeiro jogo, em São Paulo, deu Timão, 2 a 0. Com isso, o Inter precisa ganhar de três ou mais gols de diferença para levar. 2 a 0 pros colorados e o jogo vai pros pênaltis. Derrotas por menos de dois gols, empates e vitórias alvinegras levam o título para o Parque São Jorge.

Está muito difícil arranjar concentração pra trabalhar hoje. Não estou também em condições de analisar o jogo, mas acho que dá Corinthians. Passo a tarefa para outras mãos.

Os parceiros Blog do Carlão e Marcação Cerrada fizeram análises isentas sobre a peleja.

Já os corintianos do Vertebrais e do Blog do Silvinho mandam as vibrações que considero positivas

Os colorados do Limpo no Lance cobram superação, enquanto o pessoal do Impedimento comenta o tal do DVD feito pela diretoria do Inter com erros de arbitragem a favor do Corinthians

É isso. Espero outro jogaço de bola, como foi o primeiro. E VAI CORINTHIANS!!

O ataque do macaco-cerveja

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Angus, meu professor de ingles, comentou hoje:

- Here in Ireland, when someone is dying of a hangover, we say that it was another beer-monkey attack. (Aqui na Irlanda, quando alguém está morrendo de ressaca, dizemos que foi mais um ataque do macaco-cerveja.)

Curioso, perguntei o que esse mítico ser faz com a pessoa. Angus explicou:

- The beer-monkey steal all our money and bit so hard in our heads! (O macaco-cerveja rouba todo o nosso dinheiro e bate forte em nossa cabeça!)

Vem daí, portanto, o tenebroso mal-estar dos ressaqueados. Mas nem é preciso dizer que o referido animal só costuma atacar os bêbados...

Internautas sugerem "festas da gripe suína". Médicos se desesperam

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

No Twitter e em blogues de saúde pública da Inglaterra e Estados Unidos, internautas propõem "festas de gripe suína". A proposta é buscar o convívio com pacientes contaminados para contrair o vírus Influenza A H1N1 e adquirir imunidade contra eventuais mutações mais letais que surjam no futuro. Um dos principais propostas seria levar justamente as crianças para esse ambiente.

Veículos como a BBC, o New York Times, e outros trazem médicos criticando a proposta. O responsável pela área na Inglaterra declarou: "É muito seriamente equivocado pensar em permitir que o vírus se espalhe sem controle por meio de festas de gripe suína. Não sabemos ainda o suficiente sobre os perfis de riscos do vírus e, ainda que se apresente como de gravidade média no Reino Unido, em algumas partes do mundo jovens, antes saudáveis, morreram".



Os especialistas e responsáveis por políticas de saúde pública saem desesperados dizendo: "É uma má ideia". O primeiro problema é ajudar a espalhar a doença e dificultar a vida dos médicos infectologistas. O segundo, consequência disso, é que se pode acelerar o processo de mutação do vírus, e chegar antes à temida – ou o termo certo seria almejada? – versão letal do H1N1.

A primeira menção a isso na internet parece estar no Effect Measure, do Science Blogs. A OmegaMom pergunta ao especialista o que ele acha da twitada que recebeu de uma mãe com a proposta. O modelo são as "festas da catapora".

No Twitter, um gringo escreve: "Li agora uma reportagem bizarra sobre 'festas de gripe suína'. Não é um pouco como um pacto suicida?" Outros chamam os britânicos de loucos e as ofensas a pais que cogitaram a ideia de mandar a criançada para a contaminação são regra.

A estratégia é uma espécie de troca, porque se sabe que contrair o vírus significaria ficar terrivelmente estragado por uma semana na melhor das hipóteses. A recompensa seria se livrar da gripe no futuro. Nenhuma menção é feita a quais bebidas alcoólicas seriam consumidas na festa.

A ideia de bêbado é justificada por alguns como uma estratégia inspirada na teoria da evolução de Charles Darwin e em relatos da Gripe Espanhola do começo do século XX. Foram duas as ondas letais da doença, uma em 1918 e outra em 1919, e as variedades posteriores do vírus seriam muito mais fortes e fatais do que as primeiras.

No Brasil, as referências a convescotes da gripe suína estão relacionados a crackers que "fazem a festa" para espalhar vírus. Como paciente número zero da gripe manguaça – cujo foco já foi debelado –, prefiro comparecer ao bar do que a uma festa dessa.

terça-feira, junho 30, 2009

Como proceder durante uma chuva de granizo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

José Serra e a irresistível propensão ao diálogo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Publicado originalmente no Conversa Afiada. Basicamente a linha do "não gostei da pergunta, não respondo". Isso é que é democracia...

Sobre o título e definições para 2010

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

É um pouco tardia, claro, mas o Futepoca não poderia deixar de fazer sua análise sobre o título da seleção brasileira na Copa das Confederações.

Em primeiro lugar, é preciso destacar uma característica que raramente está presente nos elogios que se faz ao futebol brasileiro: raça. Sim, raça, algo que tradicionalmente é mais aplicado aos vizinhos argentinos e que o torcedor brasileiro tanto sentiu falta na Copa de 2006.

Diz um amigo meu - Júlio Bernardes, conhecido de tantos aqui - que sempre que um jornal define uma vitória de um time como sendo "na raça" é sinal que o time jogou mal. Até faz sentido em muitos casos, mas não sei se se aplicaria à vitória de domingo. Afinal, apesar dos 2x0 que os estadunidenses impuseram no início da partida, o Brasil teve o domínio de bola durante todo o jogo. Se não chegou a ser incisivo como deveria no primeiro tempo, talvez isso se deva até a mérito da seleção dos EUA.


Robinho ficou devendo, Kaká não fez muita coisa (apesar do gol erroneamente e compreensivelmente não marcado pela arbitragem) também e André Santos deixou claro que a lateral-esquerda será a principal dor-de-cabeça de Dunga na hora de definir o grupo para 2010 - principalmente porque seu reserva Kléber sequer merecia ter sido convocado.

Na outra mão, palmas e mais palmas para Luís Fabiano, que decididamente é um 9 em quem podemos confiar. Aliás, desde já externo aos leitores um medo que tenho: ver Ronaldo fazendo um Brasileiro e um início de 2010 meia-boca e acabando titular da seleção pelo peso que tem (literal e figuradamente). Lúcio é fera demais, nossos laterais-direitos são provavelmente os dois melhores do mundo e há também valores inegáveis no meio e gol. Enfim, Dunga deu uma boa cara à seleção. Será nosso técnico em 2010, e que me desculpe o Fora, Dunga!.



Agora é hora de pensar no que a Copa das Confederações nos representa "a nível de" (sic) 2010. Como qualquer torneio realizado um ano antes da Copa do Mundo, é óbvio que muitas definições saem a partir dali.

Ontem, no programa Linha de Passe, da ESPN Brasil, o comentarista Paulo Vinícius Coelho apontou uma lista de 14 jogadores que, segundo ele, já podem se considerar na Copa (claro, excetuando a possibilidade de alguma contusão séria ou outra catástrofe). São eles: Júlio César, Daniel Alves, Maicon, Lúcio, Juan, Gilberto Silva, Felipe Melo, Ramires, Elano, Josué, Kaká, Júlio Baptista, Robinho e Luís Fabiano.

E você, leitor? Acha que é por aí mesmo? São só esses os garantidos ou talvez mais alguém já pode arrumar as malas? E tem alguém aí nessa lista dos 14 que não merecia?

Momento do mé: Rainha, da Paraíba

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Da cidade de Bananeiras-PB vem a cachaça Rainha. Uma caninha branca, transparente mesmo, boa para abrir o apetite. Naturalmente é forte, 53º GL, e vale para se aventurar nas canjibrinas de fora do estado de Minas Gerais.

Os produtores da Rainha garantem que sua origem é de 1877 no mesmo Engenho Goiamunduba. Bananeiras fica na região do Brejo Paraibano. Não tem características de envelhecimento. Segundo um estudo técnico feito na cidade, a maioria dos engenhos usa freijó revestido de parafina para armazenaro precioso líquido.

Onde tomei
Foi para abrir o apetite que, no domingo, depois de três horas no hospital para tentar me livrar da gripe manguaça – da qual, ao que consta, sou o paciente número zero. Fui ao Sabor do Picuí, um restaurante que abusa do esteriótipo, com garçons de chapéu de couro, cartucheira a tira-colo e sandália no pé. Com o frio que estava, os funcionários estavam obrigados a usar meia com a sandália.

Mas o mais importante do restaurante é que as marvadas são oferecidas por R$ 2, o mesmo preço encontado no Parque do Povo Campina Grande. Ainda volto lá para provar a Marimbondo, do mesmo estado.

segunda-feira, junho 29, 2009

Baru eu sofri...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Júnior, nessa partida,

jogou mal.
Foto: Estado de Minas/UAI









Podem dar cartão vermelho direto para o trocadilho do título, verdadeiro, mas nem é original. Na comunidade oficial do Galo no Orkut, antes do jogo estava a brincadeira do Baru eu ri... que depois foi trocada pela confissão acima. E nada mais verdadeiro.

Tarde de sábado, frio, chuva, mas mesmo assim resolvi deixar o pay-per-view em casa e conhecer a Arena Barueri e ver o Galo ainda líder jogar.

O pneu do carro da carona furado no caminho já deveria ser um presságio para a meia-volta. Mas não, insistimos, porque o atleticano, na frase imortalizada de Roberto Drummond, torce até contra o vento, e lá fomos eu e mais uns 2 mil atleticanos tentarmos derrotar a chuva.

A santa capa descartável comprada não resolvia muito, mas o grito Gaaaallooo antes do jogo esquentava, claro que junto com as cervejas tomadas no buteco da esquina antes das catracas da arena.

Daí vem o pior, o jogo. Primeiro gol... mas ainda vamos reagir. Júnior atrasa uma bola de bobeira para o Aranha que faz ainda pior, segundo gol do Barueri. Pelo menos acaba o primeiro tempo.

Fila no banheiro, cachorro quente (frio) para a fome, e vamos lá de novo...

O Galo volta melhor, empata o jogo em dois pênalties que nem sei se foram porque estava no gol contrário e fiz questão de não ver os lances na TV. A torcida do Galo, que era maioria, começa a gritar e empurrar o time, parece que tudo vai dar certo...

Só uma certeza estraga tudo... Se o juiz marcou dois pênalties lá, vai marcar um aqui para compensar a qualquer hora. Foi quase isso...

Numa falta que me pareceu nem acontecer, porque foi na minha frente, atrás do gol em que estava, ele marca na entrada da área e expulsa o zagueiro Werley. Na cobrança, a bola bate na barreira e engana o goleiro. Com 3 a 2, a partir daí só deu Barueri. Sorte que faltava pouco para acabar em 4 a 2.

Resumo, o Galo começou bem o campeonato, mas tem de se reforçar logo. E precisa de um esquema para jogar em campos menores e com chuva. Com os jogadores que tem, na maioria baixos e rápidos, não tem esquema para um jogo como este contra o Barueri, que conta com zagueiros fortes e marca bem.

Agora, é ir em frente. Já está combinado que no próximo jogo em São Paulo, eu, Márdel e Ricardo, os companheiros de jornada, com os pés frios pelo inverno e a chuva, tentaremos esquentá-los em outro estádio. Mas daí só conto se ganharmos...

domingo, junho 28, 2009

Empate em casa contra o Santos só não é pior do que derrota

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O título do post é mais do que óbvio. Tão óbvio quanto escrever que a vitória seria muito melhor. Seria obrigação até.

Mas é só para lembrar que o placar de 1 a 1 no clássico contra o Santos, a primeira partida do Palmeiras na temporada depois da saída do treinador Vanderlei Luxemburgo foi menos pior do que o da segunda partida da semifinal do Campeonato Paulista entre os mesmos times. Na ocasião, o Santos bateu o time de Palestra Itália por 2 a 1, com direito a papelão de Diego Souza. E o Palmeiras não jogou para ameaçar os classificados.

Neste domingo, dois dias depois da conturbada demissão, o resultado foi 1 a 1. O alviverde saiu na frente, com Obina, aos 32, e o Peixe empatou aos 36, com Robson.



Se a equipe comandada por Jorginho, ex-jogador e técnico do Palmeiras B, foi bem no primeiro tempo, deixou a de Vágner Mancini superá-la na segunda etapa. Não foi um início de jogo espetacular nem nada, mas suficiente para garantir mais posse de bola, obrigação de um time que atua em seus domínios.

No segundo tempo, recuou um pouco, não conseguiu explorar contra-ataques e deixou o time visitante crescer. Quem se apequena, é punido.

O certo seria vencer em casa. Mas manter a sequência de seis partidas sem derrota no Brasileirão indica que a saída de Luxemburgo não fez tanto dano assim.

Mas ainda precisa de mais jogos para ter certeza.

Um litro de Kaiser...dom

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Seguindo com a série "Eu e minhas cervejas", experimentei na sexta-feira um exemplar alemão cujo nome pode causar arrepios àqueles que já tiveram o (des)prazer de tomar uma certa marca brasileira: Kaiserdom Premium German Lager Beer. Mas esta cerveja da cidade de Bamberg não tem nada a ver com a quase homônima, que tanto difamamos aí no Brasil. Com 4,5% de teor alcoolico, a Kaiserdom tem cor clara e um sabor amargo de chope, apesar de suave. Porém, o que mais nos chamou a atenção, no supermercado, foi a imponente lata de 1 litro, que rende dois pints - copo padrão que aparece no canto direito da foto abaixo, feita pelo colega Raphael Brito. Aliás, e ele quem observa: "Tem a medida certa de alcool e sabor refinado". A cerveja serviu para brindar minha chegada a república no bairro de Kingswood onde vivem cinco mineiros e dois paulistanos. Até a proxima (cerveja)!

sábado, junho 27, 2009

Convite

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Domingo, às 18 horas, haverá uma homenagem ao Vavá, um culto na Igreja Metodista de Pinheiros, em São Paulo (na rua Lacerda Franco - não sei o número, mas fica em frente à Cultura Inglesa). A dona Lurdes, esposa dele, pediu para que a gente avisasse os amigos e frequentadores do bar, pois está muito emocionada e não teve como ligar pra todo mundo. De antemão, ela agradece a quem puder comparecer e/ou repassar esse convite a todos os amigos que conviveram com o nosso querido e inesquecível Vavá.

Sobre a demissão de Vanderlei Luxemburgo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Foi pelo blogue de Vanderlei Luxemburgo que a mídia e os torcedores ficaram sabendo que o treinador havia sido demitido por quebra de hierarquia. A diretoria do Palmeiras não gostou do teor da entrevista do técnico em que condenava a transferência de Keirrison com o Barcelona por não ter sido comunicado.

Ele considerou que passaram por cima de sua autoridade e anunciou que o camisa 9 do Palmeiras não jogaria mais sob seu comando.

Sempre se pode dizer que Luxemburgo forçou a mão ao criticar a diretoria pela pesada reprimenda a Keirrison justamente para forçar sua dispensa. Com o fantasma da contratação de Muricy Ramalho, o mais querido de quem não está feliz com seu técnico, a estratégia evitaria uma demissão convencional, daquelas que Luxemburgo não é vítima normalmente. Quando não consegue sair por cima, pelo menos não é dispensado depois de uma derrota.

O contrário também vale. A diretoria estava cansada do estilo falastrão e tratou de conseguir um motivo. Se vier Muricy, a parte da torcida que queria a saída ou a cabeça de Luxemburgo desde a desclassificação na Libertadores vai adorar.

Pode até ser. Ambas as teorias são mais defensáveis na mesa de bar. Eu tendo mais a considerar a segunda, apesar de que quem apurou sustente que não. Aliás, segundo o Parmerista a relação de Keirrison também estaria desgastada e ser desautorizado pelo técnico seria tudo o que uma diretoria não precisa num momento de desgaste.

Segundo consta, Luiz Gonzaga Belluzo e até a Traffic haviam se comprometido a não dispensar o atleta até 2010. Segundo circula, havia condições no contrato do atacante que previam a dispensa em certas condições. Há gente que diga que eram valores, enquanto outros veículos apontam alguma coisa relacionada ao Barcelona.

Para uma empresa que gerencia um fundo de investimento em jogadores de futebol não tende a haver dois padrões de comportamento quando o cheque bate à porta. Diante da oferta e da iminência do lucro estrondoso.

Vanderlei Luxemburgo parecia achar que mandava mais do que a diretoria achava que ele poderia mandar. Na divergência de visões, a parte que pode se romper se rompe.

Dois desfalques. Um grave, no ataque. Outro, no banco, cuja repercussão depende de quem venha em seu lugar. Pode até virar reforço.

O que é curioso é que é difícil encontrar um palmeirense que esteja chateado pela saída de Luxemburgo. Um lado deste blogueiro teme as consequências para o elenco e para o time no clássico contra o Santos, sob o comando de Jorginho. Outra parte diz: "Já vai tarde!"

sexta-feira, junho 26, 2009

Beckenbauer defende Joel Santana e vê África do Sul como favorita em 2010

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Franz Beckenbauer defendeu enfaticamente o treinador da seleção sul-africana da futebol Joel Santana. O alemão se disse impressionado com o desempenho dos Bafana Bafana contra o Brasil, que precisou esperar até os 42 do segundo tempo para assistir ao imponderável atuar.

"Achei que a África do Sul poderia ganhar o jogo", disse Beckenbauer. "Taticamente, a África do Sul, que tem um técnico brasileiro, sabia exatamente o que estava fazendo, como jogar contra o Brasil. Kaká não teve espaço para jogar. Ele ia para direita, para esquerda, para tentar escapar da marcação no meio-campo. Taticamente a África do Sul foi excelente."

É fato.

Beckenbauer criticou apenas a necessidade de melhorar a capacidade de marcar gols. Se encontrar um artilheiro, a anfitriã pode ser considerada favorita para a Copa de 2010. "A única coisa que você pode mencionar é que a África do Sul precisa de chances demais para marcar um gol, eles precisam de um goleador", declarou o Kaiser. "Mas, se até a Copa do Mundo daqui a um ano eles conseguirem um goleador, então acredito que a África do Sul estará entre os favoritos a conquistar a Copa do Mundo", completou.

Acho que não é tão fácil. E parece que o ex-camisa 5 alemão está jogando para a torcida. Se os Estados Unidos endurecer a final da Copa das Confederações contra o Brasil, isso torna a seleção do Tio Sam favorita?

Morumbi é ideal para Parada Gay, diz promotor

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O título é emprestado da Folha online, de reportagem indicada a mim pelo Glauco. A opção do veículo foi por chamar pela piada pronta gerada pela fala do promotor José Carlos Freitas. Ele é o responsável pelo inquérito dos casos de violência na Parada do Orgulho LGBT na capital paulista. A minha opção foi, depois de rir, foi a de tentar ser chato.

Diz Freitas: "Uma alternativa é diluir em outros eventos (menores), para que possa ser utilizado o Sambódromo, o autódromo de Interlagos, até o estádio do Morumbi, que é um local apropriado para manifestações dessa natureza".

Foto: tales.abner/Wikipedia


"Autódromo de interlagos pode receber Parada Gay" ou "Parada Gay cabe no Sambódromo de SP" também seriam possíveis pela fala. Mas a própria formulação do procurador facilita a defesa do jornalista Rogério Pagnan (ou do editor, não se pode saber).

Fiquei pensando por que não foi incluído o Pacaembu na lista ou outro estádio de futebol. Depois lembrei que a sede do São Paulo Futebol Clube é o candidato a receber jogos da Copa do Mundo de 2014. Se é o mais preparado para um evento, também pode ser o mais preparado para o outro.

As sugestões do procurador já valeriam para 2010, segundo o jornal. Enquanto isso, organizadores da Parada protestam, lembrando que também seria o caso de banir o reveillón da avenida da região sudoeste da capital.

O debate sobre fazer a Parada na Paulista ainda continua.

A piada é que está pronta.

quinta-feira, junho 25, 2009

Daniel Alves salva seleção e 1 a 0 basta

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O Brasil precisou correr até os 42 minutos do segundo tempo para marcar 1 a 0 na semifinal da Copa das Confederações. Uma falta sofrida por Ramires na entrada da área foi cobrada por Daniel Alves, promovido a campo no lugar do lateral-esquerdo André Santos seis minutos antes. Entrou para fazer o gol.

Para bater a falta, um começo de impulso que lembrava Roberto Carlos. Ele foi para a bola e colocou-a no canto esquerdo de Itumelenq Khune. Quase no ângulo, distante o suficiente da mão esquerda do goleiro sul-africano. Não é todo dia.

A cota de zebra ficou restrita à outra semifinal. Agora o Brasil enfrenta os Estados Unidos na final.

Os Bafana Bafana não conseguiram a classificação e Joel Santana pode ter problemas para se segurar no cargo. Apesar de ter feito mais do que a maior parte da mídia esportiva imaginava – e menos do que os pessimistas que persistem no sempre legítimo Fora, Dunga.

A formação defensiva da África do Sul deu trabalho, porque conseguiu manter uma linha de quatro zagueiros, seguida de outra, de quem sobrasse no meio de campo. Ao mesmo tempo, conseguia avançar com três jogadores nos contra-ataques. Isso tirou o sossego do Brasil até o final da partida.

Na primeira etapa, a África do Sul foi melhor. Na segunda etapa, o Brasil teve mais domínio de jogo, mas criou menos chances claras de gol do que o torcedor esperava. Duas delas depois de tirar o zero do placar. Não deu muito gosto de assistir à partida.

Pensamento
Nas duas vezes em que o Brasil venceu a Copa das Confederações, em 1997 e 2005, foi eliminado pela França na copa do ano seguinte. Curiosamente o escrete de Zinedine Zidane é o único que também possui dois canecos da competição jogada atualmente no ano anterior ao mundial. Nas eliminatórias, os franceses têm 10 pontos em cinco partidas e está em segundo lugar, atrás da Sérvia, quer dizer, Provavelmente le bleus estarão na África do Sul em 2010. Será que o Brasil vai ganhar a Copa das Confederações para desafiar a breve escrita?

Racismo não é - ou não deve ser - coisa do futebol

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Jogo de Libertadores, quente, um jogador argentino chama um negro de "macaco". Não, essa não é a partida entre São Paulo e Quilmes, em que Grafite foi ofendido por Desábato. Aconteceu novamente ontem, na partidaça entre Cruzeiro e Grêmio, cujo alto nível técnico foi ofuscado pela ofensa racista de Máxi Lopez contra Elicarlos.

O pior de tudo foi a reação por parte do Grêmio. Um verdadeiro escarcéu para evitar que o atacante tricolor fosse depor na delegacia e, em meio a isso, um festival de besteiras ditas por diretores e pelo técnico Paulo Autuori. Falou o comandante: "Nós já vimos esse filme. Já vimos esse filme em São Paulo e não deu em nada. Muita gente apareceu, acabou tudo como acaba no Brasil, porque não é nada, é apenas um jogo de futebol. Acho que nós temos que preocupar com coisas muito mais sérias, nosso país precisa ser mais sério nas coisas".

Mas a afirmação de que "temos que nos preocupar com coisas muito mais sérias" e algo intrigante. Racismo não é sério, Autuori? Então o que é? Uma partida de futebol? A desfaçatez chegou ao nivel extremo com o diretor André Krieger, que afirmou: "Ele (Máxi Lopez) disse que não fez nada e que nem sabe o que significa 'macaco'". Quando ouvi isso lembrei na hora da torcida do Boca "saudando" Pelé na final da Libertadores de 1963, aos gritos de "Pelé hijo de puta, macaquito de Brasil". Claro que ele não sabe o que significa o termo...



Curioso que um diretor gremista (nao peguei o nome dele, a declaração foi dada à Rádio Gaúcha) foi na mesma linha, dizendo, inclusive, que o "garoto" (Elicarlos) deveria estar preocupado com a repercussão disso entre os "colegas" já que ninguém gosta de ter fama de dedo-duro. Ou seja, ele deve ficar quietinho e não denunciar, mesmo que seja vitima de um crime. Bela lição a do dirigente...

Além disso, agora há a tática de intimidaçao, ao se afirmar que se criou um "clima hostil" para o jogo de volta. Além de passar a mão na cabeça do atacante, que poderia se desculpar pelo que falou, os dirigentes dão a entender que nada farão para evitar qualquer reação da torcida contra Elicarlos. Perdem a oportunidade de exercer um papel educativo, raro no futebol mundial e principalmente no brasileiro, e marcar posição contra o racismo, fingindo que ele não existe e que é "coisa do jogo".

Outro argumento contestável é o de que a provocação faz parte do futebol, por isso ele pode chamar o adversário de "macaco". Misturam-se as coisas. Claro que provocação faz parte de qualquer esporte e acontece até na mesa de bilhar ou no jogo de truco. Mas existe um limite e o racismo extrapola isso. Tratar esse tipo de ofensa como algo normal ou que sempre aconteceu é um tipo de raciocínio similar ao dos senhores de escravo de tempos idos. "Eles sempre foram escravos, porque tem que mudar?". Ainda bem que os tempos mudam, e resta ao futebol reconhecer isso e colaborar para que a praga racista seja extinta.

Em tempo: a reação de Vágner quando escuta a ofensa, tomando as dores de Elicarlos, é mais que nobre. Há alguns motivos que levam alguém a ficar indignado e estes, certamente, são mais importantes que o futebol.

A descrição de um lance do Rei feita por um adversário

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Reproduzido do Blog da Bia, com a devida autorização. Um adversário de Pelé em 1966 conta como foi enfrentar o Rei naquele dia. Dá pra imaginar que o moço era diferenciado...

Quem já teve a oportunidade de jogar com Pelé ou enfrenta-lo, sempre tem na memória a lembrança de algum lance genial do atleta.

Outro dia, conversando com Dirceu Krüger, um dos principais jogadores da história do Coritiba, perguntei se ele já havia enfrentado Pelé.

A resposta veio com o desenho (abaixo) de um lance do jogador, no jogo que ele acredita ter acontecido em 66 e ter terminado em 3 a 1 para o Santos, em pleno Couto Pereira. 

Na época, lembrou Krüger, o tiro de meta ainda era batido por um zagueiro e o atleta do Coxa preparava-se para a cobrança. 

Enquanto isso, Krüger observava Pelé no meio-campo e notou que o camisa 10 já havia percebido seu companheiro, Manoel Maria, posicionado na ponta direita e um espaço aberto na zaga do Coritiba por aquele lado. Mesmo assim, Pelé deu as costas para a cobrança, distraindo os adversários.

Quando ela foi executada, Negreiros, que estava no meio-campo, apenas gritou “Negão” e Pelé girou para a direita, chutando a bola de primeira para Manoel Maria, que cortou o zagueiro e o goleiro do Coritiba para marcar o gol do Santos.

“Foi genial. Sem ter visto a bola, ele virou para o lado certo, já que se girasse para a esquerda seria mais difícil fazer o cruzamento para a ponta direita. Não deu tempo de ninguém fazer nada. Ele já havia feito a leitura da jogada e, com apenas um toque na bola, decidiu”, recordou Krüger.

 

quarta-feira, junho 24, 2009

The Star-Spangled Zebra

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook