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Vendo lances da partida Santos x Sertãozinho, ontem, me chamou a atenção o uniforme do alvinegro praiano: limpo, sem patrocínios, imaculadamente branco, meias, calção e camisa (foto), como era no tempo do mágico esquadrão da década de 60. Realmente, é muito bonito. Já comentei isso com o companheiro Olavo uma vez, de que detesto camisas poluídas com propaganda. Não é questão de saudosismo, mas de estética. Antes da Sansung, em 2005, o Corinthians também chegou a ficar um tempo sem patrocinador (foto 2). Me causava o mesmo impacto, em suas partidas na época, o contraste entre o uniforme limpo e a poluição visual na camisa dos adversários.
Não quero polemizar aqui sobre a necessidade de patrocínio, algo obviamente vital (financeiramente falando) para todo e qualquer clube. Se é preciso encher a camisa de marcas para ter um time forte, paciência, é assim que tem que ser. Mas a torcida se vestir de propaganda junto, aí já acho desnecessário. Torcedores não precisam de patrocínio, mesmo porque não ganham nada com isso. Gostaria imensamente de encontrar uma camisa de manga comprida do São Paulo, com as listras no peito e sem qualquer outra coisa além do distintivo no peito e do número nas costas. Não quero me vestir de IBF, TAM, Bom Bril, Motorola, LG ou coisa que o valha - acho tão feio quanto os outdoors que poluem a cidade.
Numa das repúblicas em que morei conheci um baiano de São Félix, o flamenguista Raul, e ele me contou a revolução que foi para ele, um apaixonado por futebol, quando seu pai comprou a primeira TV a cores, em 1974. Ele se lembrava do deslumbre que foi assistir o Campeonato Brasileiro daquele ano, principalmente pelo destaque dos uniformes na TV. O Palmeiras com aquele verde forte, a Portuguesa com o vermelho encarnado, o azul turquesa do Cruzeiro, o manto branco do Santos. Sem outros símbolos visuais, o distintivo saltava aos olhos.
Alguns clubes já entraram na onda retrô de lançar uniformes históricos. Espero que o São Paulo faça isso também, daí terei o prazer de ter pelo menos uma camisa do meu time (com os patrocínios, nunca fiz muita questão de comprar). E, se eu fosse santista, trataria de garantir logo um exemplar da bonita camisa oficial que o time está usando agora.