Destaques

quarta-feira, abril 23, 2008

Reeleito, Juvenal Juvêncio ataca a Ponte Preta

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Bom perdedor ganha uma e fica assim...

Reeleito presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio assumiu atacando a Ponte Preta, adversária do Palmeiras nas finais do campeonato paulista. "A Ponte Preta é igual peru de natal, morre na véspera". Mais adiante, lembrou da final do estadual de 1977, quando o Corinthians saiu da fila de 23 anos diante do time campineiro. "Quero ver quem será o novo Rui Rei".

Juvenal Juvêncio não explicou quem teria sido o "novo Rui Rei" na final de 1981, disputada contra o São Paulo.

Foto: Rubens Chiri/Divulgação SPFC

"Ieu?!?" – Juvenal Juvêncio, no momento da posse. O flagrante é
desfavorável e não há indícios de que o cartola estivesse bêbabo.


Rui Rei era a esperança de gols da Ponte Preta em 1977. Foi expulso aos 15 minutos do primeiro tempo da terceira partida da final (a primeira vencida pelo alvinegro paulistano por 1 a 0, e a segunda pela Macaca, por 2 a 1, de virada). Na temporada seguinte, foi contratado pelo Corinthians, mas não chegou a desenvolver a carreira que se vislumbrava. O conjunto expulsão, título corintiano e contratação rende muita história de que o centroavante teria forjado o cartão vermelho por supostamente ter sido comprado antes do jogo. O jogador nega. "Houve pressão psicológica. Infelizmente, o país vivia um momento político muito complicado e a vitória do Corinthians traria mais calma, já que o clube estava há muito tempo sem vencer", declarou.

O ex-atleta considera justa a expulsão promovida por Dulcídio Wanderley Boschilla, devido aos excessos verbais que cometeu no lance.

Repercussão
Em sites tricolores, há insinuações em comentários de internautas de que Juvenal Juvêncio teria feito a troça sob efeitos de álcool e não na emoção de ter derrotado a oposição encabeçada por Aurélio Miguel, o vereador e ex-judoca.

Torcedores da Macaca não gostaram. O PontePreta.net atacou: "Se a PONTE PRETA para Juvenal Juvêncio é Peru, para morrer de véspera, que tipo de animal poderíamos afirmar que o São Paulo é?" Pegaram pesado.

A terra tremeu ou você que bebeu?

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Às 21 horas, não senti tremor nenhum na editora em que trabalho, talvez por ser térrea. Liguei pra minha irmã em São Vicente, local mais próximo do epicentro, e ela também não viu o tal bicho, embora muita gente tenha ficado assustada em prédios da orla da praia.

O fato é que foi o maior tremor já registrado no estado de São Paulo, com 5,2 graus na escala Richter, podendo ser snetido em pelo menos três outros estados. Obviamente, por termos pensamento fixo, os futepoquenses imaginaram como os manguaças, que já tinham tomado umas e outras às nove da noite, encararam o fato. Buscamos na internet relatos a respeito, mas parece que os alcoolizados estão temerosos em falar (ou estão de ressaca).

O jornalista Luiz Carlos Azenha, no Vi o Mundo, sentiu o tremor e culpou a falta de álcool. "Eu estava escrevendo aqui em casa quando o prédio começou a tremer. O computador tremeu. Eu achei que era algum problema de saúde, ou falta de bebida alcoólica".

E a política?

Obviamente, é impossível negar as implicações políticas do tremor. Ontem, na Record News, vi a atriz Bete Coelho, que mora no bairro de Higienópolis, dizendo que esperava alguma informação "vinda de Brasília"para se sentir segura. Não sei sela falava do Observatório Sismológico da UnB ou se ela era a pioneira em fazer uma conexão do terremoto com o presidente Lula.

Segundo comentários, se fosse na era FHC, a grande imprensa saudaria o terremoto como "coisa de primeiro mundo", exaltando as qualidades desse novo país. Já hoje, há quem especule que o presidente fará um pronunciamento dizendo que "nunca, na história da República, houve um tremor dessa intensidade...", completando com "numseiquelá, numseiquelá, numseiquelá".

Mas acredito que a versão mais crível é a grande imprensa culpar o Alexandre Nardoni ou mesmo a outra bola da vez, a ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff. Nesse caso, alguma obra do PAC poderia ser a causadora do abalo sísmico. Ou mesmo a Petrobras, com suas perfurações subaquáticas irresponsáveis. Ou você acha que é coincidência o epicentro do terremoto ser na Bacia de Santos. Hein? Hein?

Relato manguaça

Deixemos as conspirações e elocubrações midiáticas de lado e vamos ao que interessa. Você, que estava manguaçando por volta das 21 horas, sentiu o tremor? Sim? Não? Não importa a reposta, deixe aqui seu comentário porque certamente você será censurado nos grandes portais. Nesse balcão, você tem voz!

terça-feira, abril 22, 2008

Pra não dizer que não falei de Minas

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Como estava escrito nas estrelas desde o século passado, Atlético e Cruzeiro decidem o Mineiro/08, embora as semifinais não tenham sido tão fáceis quanto parecem pelos resultados.

O Galo sofreu nas duas partidas para ganhar do talvez mais bem arrumado time do interior. Não havia nenhum craque no Tupi de Juiz de Fora , mas uma equipe que deu trabalho nas duas partidas.

Em comum, nos dois jogos, os gols decisivos de Renan Oliveira, menino de 18 anos que entrou nos segundos tempos e marcou os tentos decisivos. É para olhar com muito carinho quem faz seus primeiros jogos no profissional e não é decisivo em apenas uma partida.

Na outra semi, o Cruzeiro entregou o primeiro jogo, em que estava ganhando por 4 a 1 e permitiu o empate por 4 a 4, mostrando falhas em sua defesa. No domingo agora, saiu perdendo de um a zero e só foi virar no segundo tempo, principalmente porque o Ituiutaba ficou com um jogador a menos quase em todo o segundo tempo.

Previsões aqui sobre a final, que começa no próximo domingo, nem f... Só a torcida para que o Galo ganhe, é claro.

Site de Câmara Municipal tem hinos de clubes

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Um colega procurava um contato na internet quando, por algum motivo, caiu no site da Câmara Municipal de Juranda, município paranaense. Clicando daqui e dali, encontrou no site gravações de "hinos pátrios" (nacional, da bandeira, da independência, da marinha, do Paraná e até o toque de silêncio!) e, pasmem, de clubes de futebol. Entre eles, do Fortaleza, América-RJ, Atlético-MG, Botafogo-RJ, Corinthians, Cruzeiro, Vitória, Vasco, Flamengo, Fluminense, Goiás, Grêmio, Palmeiras, São Paulo, Santos, Sport de Recife e mesmo o da gloriosa Ponte Preta. Só faltaram, curiosamente, os hinos dos clubes paranaenses. Quem quiser pode conferir:

www.e-prefeituras.pr.gov.br/sites/prefeitura/cmjuranda/HINOS.HTM

Banalização total do crime

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O Carnaval da imprensalona – e da população, macaca de auditório – no caso Isabella Nardoni vem me revoltando e embrulhando o estômago até a náusea. De tão enojado, nem me dispus a escrever algo sobre o assunto. Mas o texto "Show da imprensa na morte de Isabella", do jornalista Hamilton Octavio de Souza, professor da PUC-SP, publicado no Brasil de Fato, veio sintetizar minhas considerações. Vamos a alguns trechos:

"Não é de hoje que a chamada grande imprensa empresarial - os principais veículos de comunicação de alcance nacional - exploram de forma sensacionalista crimes bárbaros e situações que são transformadas em escândalos com uma dimensão desproporcional em relação a outros fatos e acontecimentos mais relevantes para a sociedade."

"No caso da morte da menina Isabella, aparentemente uma fatalidade (como tantos outros casos isolados que ocorrem diariamente pelo Brasil afora), a cobertura da mídia - na busca de audiência e de aumento de vendagem nas bancas - tratou como se fosse uma novela, com capítulos diários recheados de detalhes irrelevantes e paralelos, mas dosados - com a ajuda da Polícia, do Ministério Público e do Judiciário - de suspense suficiente para manter o telespectador (leitor e ouvinte) aprisionado no enredo da história."

"Apenas para destacar esse tratamento diferenciado, no mesmo dia da morte da menina, 150 soldados da tropa de elite da Polícia Militar do Rio de Janeiro invadiram uma favela e assassinaram 10 pessoas. Não foi a primeira vez, nos últimos meses, que a PM do Rio cometeu tamanha barbárie contra uma comunidade pobre. No entanto, a grande imprensa nacional deu apenas um pequeno registro desse crime violento praticado pelos agentes do Estado."

"Do ponto de vista da relevância social, o crime do Rio atenta contra toda a sociedade, pois representa uma violação bárbara de direitos. No entanto, o tratamento dado para esse genocídio carioca é o da banalização total do crime, é o do rebaixamento do valor das vidas humanas porque os mortos estão localizados na escala mais baixa das condições de vida no País."

"Do ponto de vista do espetáculo e da comercialização dos fatos, o caso da menina Isabella 'permite' muito mais exploração inconseqüente do que as 10 mortes do Rio de Janeiro. No caso da Isabella, a mídia dissecou todos os detalhes possíveis, entrevistou dezenas de pessoas, desde parentes até colegas e professores. No caso do crime do Rio, o assunto morreu no mesmo dia e o povo brasileiro nada ficou sabendo sobre as vítimas, quem eram, quais as suas histórias, o que faziam, quem são os seus parentes e porque foram assassinadas."


Concordo em gênero, número e grau.

A íntegra está aqui.

Tarifa de Itaipu será ou não renegociada? Você decide

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Manchetes da Folha e do Estadão desta terça-feira (22/04).

Loiras russas formam seu próprio partido

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Elas são 20% da população do seu país, mas sofrem com piadinhas sobre sua suposta pouca inteligência, além de toda sorte de preconceitos. Agora, as loiras russas tentam combater a intolerância se unindo em torno de um partido político, o Partido das Loiras.


"Uma loira nunca passa despercebida. Sempre chama a atenção. Além disso, é o elo mais fraco. Tanto homens como mulheres as ridicularizam e ninguém as leva a sério. Façam o que façam, são sempre bonitas e tolas", denuncia Marina Voloshinova (foto), secretária-geral da agremiação, em entrevista à agência EFE.
O mais curioso é que a dirigente do Partido das Loiras é... morena. "Pintei meu cabelo uma vez, mas não ficou muito bom. Para ser membro não é preciso ser loira. Mas é necessária a recomendação de outros dois membros e superar um período de teste, no qual o aspirante deve demonstrar um compromisso ativo com o partido", justifica.
Como seu próprio exemplo indica, para fazer parte do partido não é preciso ser loira, nem mesmo mulher, já que, dos cinco mil integrantes, um terço são homens (não se sabe se os mesmos têm segundas intenções). "Ser uma loira é um estado mental. Você pode ser loira por fora ou interiormente. Trata-se de ser otimista e não levar a vida tão a sério", filosofa.

Programa político
Um dos objetivos do partido é conseguir loiras famosas para ajudar a divulgar suas diretrizes políticas. Estão na lista de convidadas a tenista Maria Sharapova (à esquerda) e Ksenia Sobchak, apresentadora de televisão conhecida como a "Paris Hilton russa" (à direita)."Esperamos receber o apoio delas, nos seria de grande ajuda para combater os preconceitos. Para os homens russos, é mais fácil tratar as loiras mal, do que de igual pra igual. Isso demonstra que são mais fracos que as mulheres", argumenta Voloshinova.


Mas já existem alguns pontos do programa que será esmiuçado no primeiro congresso partidário, dia 31 de maio, que deve definir também a plataforma eleitoral para uma candidatura presidencial em 2012. "Um dos principais pontos de nosso programa é promover a pequena empresa. As mulheres russas são mais ativas que os homens na hora de abrir lojas ou pequenos negócios. No entanto, na Rússia, as grandes corporações sempre são a prioridade", sustenta, destacando também a necessidade de incentivar que as mulheres com filhos possam estudar. Ela prega também a promoção de valores como a não-violência, o respeito à tradição e a tolerância.

Será que no Brasil haveria espaço para um partido desses? E quem seriam as líderes?

domingo, abril 20, 2008

Palmeiras e Ponte Preta na final. Pronto, não foi a arbitragem

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O título do post é só pra dizer que todo o resto -- o imbróglio do intervalo, o apagão depois do segundo gol, de Valdívia -- é que vai ser o tema da semana, não a atuação do trio de preto, comandado por Wilson Luiz Seneme.

Parte dos são-paulinos vai concordar com Adriano, ao final do jogo, ao dizer: "claro que gostaríamos de estar na final, mas tem o jogo de quarta, na Libertadores". Outros, vão xingar a expulsão de Alex Dias, vão ver impedimento no toque de Lenny para Valdívia e vão ressoar o que a mídia descobrir sobre os episódios que envolvem quem não estava em campo.

Na véspera da partida, o experiente goleiro Marcos disse que quem tinha feito intriga e esquentado o clima do jogo (cartolas) não entraria em campo. Uma crítica direta tanto à diretoria do Palmeiras quanto do São Paulo, mas também um apelo para que tudo se resolvesse com a bola nos pés. Ou nas mãos, no caso do arqueiro (não de atacantes, por favor).

O apagão foi bizarro. Precisaria muita desinteligência para a diretoria mandar fazer isso. Não acho que foi por um motivo simples: seria muita estupidez desnecessária. Por isso, temo que achem algum funcionário para culpar se a pressão da mídia e do rival for muito forte.

Mas tem o episódio do tal "gás de pimenta" ou "spray de pimenta" no vestiário durante o intervalo que fez Muricy (e só o Muricy) passar mal. O policiamento culpa torcedores que teriam atirado o spray pela janela. O presidente do São Paulo diz que num estádio assim não pode ter jogo. Muricy, outrora o sóbrio, diz que nem em jogo de várzea isso acontece. Tá bom.

Valdívia mandou algum zagueiro do São Paulo ficar quieto depois do tento (no universal gesto de "psiu!"), o que lhe rendeu um encontrão na hora e um tapa-de-mão-lambida de Rogério Ceni, enquanto a luz não voltava. Se vão enquadrá-lo na determinação de não incitar sei-lá-o-que nas comemorações, não sei. Dá-lhe pano pra manga.

A preocupação: como conter o ânimo da torcida e o clima de favoritismo na final contra a Ponte Preta. Contra o líder Guaratinguetá, foram duas vitórias do quarto colocado na fase final. Os dois times empatam em números de gols marcados, os melhores ataques.

A semana vai ser repleta de reportagens sobre o Palmeiras e Internacional de Limeira em 1986. Denys e Martorelli, por favor, evitem os jornalistas!

Palmeiras na final. Pode ganhar o título Paulista depois de 12 anos. No banco, um elenco bom (nem 40% do de 1996). Vão ter que jogar bola pra parar a Ponte.


Recheio de polêmica
No começo da partida, Neto, comentarista da Bandeirantes, disse que quem poderia definir o jogo era Valdívia, pelo Palmeiras, e Hernanes, pelo São Paulo. Hernanes? O cara é um marcador de seleção. Arriscou duas de fora da área que poderiam mudar toda a história, ok.

Mas a chave do São Paulo na maioria dos jogos, na minha visão, está nos pés de Jorge Wagner. O meia tricolor foi bem marcado, mas mesmo quando conseguiu alçar a bola à área, não teve tanto sucesso quanto em outras partidas. Adriano foi mais bem marcado por Gustavo que, eventualmente, se revezava com Henrique, mas correu o jogo todo. Hugo, no segundo tempo, entrou pra dividir e sofrer faltas perto da área. Desempenhou a função. Borges? Entrou?

No Palmeiras, tudo bem que Valdívia tenha um papel importante. Mas Leo Lima, pra mim, tem uma função tática que foi coroada com o gol que fez.

Durante a partida, meu medo de que o caldo poderia desandar acabou (acabou) quando Rogério Ceni passou quase dois metros da bola no primeiro gol do Palmeiras No chute saturado de efeito, o mérito do gol é de de Leo Lima, autor do chute venenoso. Mas não é comum ver um goleiro como Rogério passar assim (ninguém falou em ineditismo, nem em invensibilidade, só não é comum). A tarde era verde.

Depois, o que se poderia esperar do jogo: São Paulo pra cima (chuta pro mato!), e contrataques do time da casa. Foi assim que saiu o gol. Aliás, Lenny puxou dois desses, um do gol pré-apagão, outro em que quis fazer seu primeiro com o manto alviverde. Não deu, mas ele já pode ser chamado de talismã, arma-secreta ou qualquer jargão futebolístico que estiver à mão. Foi quem sofreu o pênalti na primeira partida da semi-final.

A interrupção de energia aos 39 da segunda etapa esfriou a partida, mas não impediu o São Paulo de atacar.

Palmeiras na final. E, vizinho do Palestra Itália em festa, não saio de casa nos próximos 90 minutos. Grande vizinhança barulhenta.

Enquanto isso, no Rio: Botafogo ganha com dois a menos

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No Rio, deu a Estrela Solitária diante do Fluminense. O gol da classificação saiu aos 40 do segundo tempo, dos pés de Renato Silva, que estreou no futebol sob o comando de Cuca no Goiás, depois de ser desprezado pelo tricolor carioca. A matéria tá pronta. O alvinegro terminou com dois a menos, mas a segunda expulsão, de Jorge Henrique, aconteceu aos 48 da segunda etapa.

A final do estadual, contra o Flamengo, repete a decisão de 2007, quando o rubro-negro levou a melhor. Neste ano, as duas partidas são no Maracanã, nos domingos 27 de abril e 4 de maio.

sábado, abril 19, 2008

Deu a lógica. Seleção feminina garantida em Pequim

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A seleção feminina de futebol não teve nenhuma dificuldade em superar Gana, por 5 a 1, e garantir a vaga para os Jogos Olímpicos de Pequim. Com gol de Cristiane (2), Marta, Aline e Rosana, o Brasil manteve a escrita de nunca ter deixado de participar da competição nas cinco vezes em que foi disputada.

Mesmo vice-campeã mundial, as brasileiras ainda tiveram que fazer o jogo-repescagem por conta da opção da CBF em mandar a seleção sub-20 para o Campeonato Sul-americano, que dava a vaga olímpica somente ao vencedor (no caso, a Argentina). Mesmo assim, o time de Jorge Barcellos não precisou suar muito para superar a quase amadora seleção vice-campeã africana. Para se ter uma idéia do nível da equipe, a goleira Suleimana (que falhou bisonhamente no primeiro gol e em outros lances) trabalha nos Correios de seu país.

O Brasil aguarda agora o sorteio de grupos que será realizado neste domingo, juntamente com o do torneio masculino. As outras classificadas para os Jogos são China, Japão, Coréia do Norte, Nigéria, Alemanha, Noruega, Suécia, Estados Unidos, Canadá, Argentina e Nova Zelândia.

sexta-feira, abril 18, 2008

A ponte do rio que cai

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Sexta-feira, véspera de feriado prolongado, três e meia da tarde. Um cidadão entra com passos convictos na redação. "-Tenho uma denúncia", sentencia. A editora deixa seu posto e vai direto ao assunto: "-Me diga especificamente do que se trata". "-Tem uma ponte lá no meu bairro que cai". Nisso, a jornalista sente o bafo de cana do cidadão. "-Provavelmente", pensa, "é ele que cai da ponte". Bom, melhor encurtar a história. "-Tá, tudo bem. Como é seu nome?". O homem dá uma cambaleada: "-Cláudio. Mas o pessoal me chama de Latinha". "-Latinha?!?!!?". E o manguaça, impávido: "-É. E eu quero uma foto minha no jornal!".

Destilado alcoólico retificado. Vai encarar?

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De uns tempos para cá, com a grana mais curta que o Nelson Ned, passei a adotar a vodka com refrigerante no lugar das - dispendiosas - loiras geladas. O problema é que sou obrigado a economizar até nisso: quando sobra algum trocado, só dá para uma tubaína de uva Piracaia (R$ 1,20 a garrafa) e a pavorosa vodka Zvonka (R$ 1,50 a dose bem servida), no Bar Xamusco, da Nalva, em São Bernardo. A cereja do bolo é o cigarro solto Yank ou Rey (R$ 0,05 a unidade). Pois é, tempos difíceis. Intrigado com a tal da Zvonka, resolvi pesquisar na internet. Encontrei as seguintes informações, nem um pouco abonadoras:

Bebida elaborada a base de destilado alcoólico retificado
Graduação alcoólica: 36% vol. - 960 ml (vidro)
Fabricante/Fornecedor: Dubar
Preço Unitário: R$ 7,99


"Bebida elaborada a base de destilado alcoólico retificado"?!?? Que diabo é isso? Bom, por R$ 7,99 a garrafa, tudo é possível. Mas as peças do quebra-cabeça começaram a se encaixar quando descobri que vodka deriva da palavra russa vodá (água). A tradução é, literalmente, "agüinha". Daí, um companheiro de copo me disse que a melhor formar de tirar chulé é banhar o pé com vodka - bizarrice que confirmei pela internet. Isso me deu um estalo. A tal Zvonka pode ser uma "agüinha" de reuso, ou seja, reutilizada ou "retificada". Afinal, imagino que quem lava o pé com vodka não tem coragem de jogar o precioso líquido fora. Logo, se alguém estiver querendo engarrafar...Bom, deixa pra lá. E me vê mais um Yank.

Há domingos de Choque-Rei

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Domingo Palmeiras x São Paulo farão um jogão que vai parar o estado. Para os santistas, como eu, e os corintianos, nada resta a não ser acompanhar a boa decisão que está se travando - e com todos os climas que um jogo desse porte merece.

E a expectativa para a partida cresce quando lemos textos como esse, do amigo palmeirense Paulo Júnior, da comunidade Futebol (não) Alternativo do Orkut:

Há domingos de Choque-Rei

Há domingos.

Aqueles que acordo e leio umas três críticas em jornal
impresso, as últimas na internet, o rádio ligado desde a
macarronada.

Estatísticas, tabus, ídolos, heróis, vilões.

Lembram da obra prima de Alex, da confusão generalizada no Pacaembu, da arracanda do Sampaio, do foguete de Cicinho, de casos que pularam o muro, de uma decisão de casa cheia ou de um jogo de garoa em dia útil no interior.

De São Bernardo à Barra Funda tomo um ônibus e um metrô. Na ida, histórias anônimas de quem esteve numa quarta-feira de Ademir ou num sábado de Rogério Ceni. Os irmãos que viram o gol de letra do Raí ou Vagner Love e as pipocas rosas.

A minhoca de metal respira verde. Desde novembro de 2003 a esperança de dias melhores, na elite. O time de Estevan, de Thiago Gentil, eliminado pelo Paulista de Jundiaí e classificado à Libertadores de forma heróica. O de Leão, e Washington, que caiu para o São Paulo na Liberadores, mas buscou, com Gioino, a nova vaga. O de Tite, tão regular, mas que caiu pelas tabelas com seus Marcinhos, Pedrinhos e Juninhos. Ou o de Caio Junior, tão passivo, que viu os
mineiros de Ipatinga e Atlético afundarem o clube em pleno Jardim Suspenso do Palestra Itália.

Mas, metros ao lado, a história era outra. O gol do atacante comprovadamente dopado, do Once Caldas, colocaria um ponto final nas seguidas frustrações. Cuca, Rojas e Paulo Autuori levaram a América (que jogo no Monumental!) e o mundo, de Mineiro e Danilo, mas de Amoroso. Muricy parou no Colorado, mas levou o Brasil aos pés de Rogério Ceni. Depois, parou no Grêmio, mas o Brasil seguiu tricolor. O pós-Telê foi lapidado em uma década, mas que diamante valioso que se deu.

Desço e já vejo as chaminés dos Matarazzo. São quinze minutos de caminhada, o bastante para lembrar da época em que meu pai me levava, de mãos dadas, pelas ruas movimentadas. O eco bate no
peito, a torcida chega, grita. O avô, o pai e o filho vestem o mesmo manto, a camisa dez. Senhores de calça social debatem a baliza: Oberdan ou Marcos? A Turiassu é o encontro daqueles religiosos, onde a missa começa pontualmente às 16h.

O gramado está metros acima. Passam os adversários, os inimigos
dessa guerra. São onze em cada trincheira, eles em três cores, nós de esperança. O coração pulsa sob os pés, os trinta mil alviverdes soam feito um batalhão orquestrado.

Há domingos.

E há domingos de Choque-Rei.

Paulo Henrique Amorim e a "conciliação nacional"

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Embora suspeito pra falar, vale a pena dar uma lida na entrevista que o jornalista Paulo Henrique Amorim concedeu à revista Fórum de abril. Sem muitos dedos, ele falou das relações de Daniel Dantas com o meio político também da fusão da Brasil Telecom com a Oi. Para ele, a negociação será a “grande conciliação nacional” envolvendo PT e PSDB. Alguns trechos abaixo:

A BrOI
Temo que a operação de criação da BrOi seja a consubstanciação, aquele quadro do Napoleão sendo coroado, que está na igreja de Notre Dame. O quadro começa a ser pintado a partir do momento em que o Luciano Coutinho, presidente do BNDES, assina o empréstimo para o Carlos Jereissati e o Sérgio Andrade comprarem a Brasil Telecom, sem botar um tostão. Nesse momento, será feita a grande conciliação nacional, os fundos e o Citibank renunciam a toda ação que moveram na Justiça contra o Daniel Dantas. O governo Lula põe para dentro a corrupção do Dantas e do governo FHC, limpa a pedra e resolve esse problema botando o dinheiro do BNDES nas mãos desses dois subempresários, já que eles compraram a Telemar sem gastar também.

Sou repórter

Não estou mais interessado em discutir política, economia, essas coisas mais sensíveis na televisão. A televisão brasileira não é o espaço mais apropriado para isso e quando se faz, se faz mal feito. É a Miriam Leitão, William Waack, Arnaldo Jabor, Alexandre Garcia, esses “grandes” jornalistas que fazem a televisão brasileira. Então, não quero mais tratar disso na televisão. Ali, faço parte do Domingo Espetacular e sou repórter, como fui no Fantástico por seis anos em Nova Iorque, de onde fazia matérias que não tinham nada a ver com política. Cobria incêndio, crime, enchente, guerra civil... Sou repórter, porque esse pessoal que está aí, Reinaldo Azevedo, Diogo Mainardi, que acham que são jornalistas, não sabem cobrir uma batida de trânsito na esquina. Se mandar cobrir, chegam na redação com informações inverídicas e incompletas. Por isso não trato com esses camaradas, eles não são da minha profissão. Eles vendem a opinião deles. E não troco minha opinião por nada

Privatização

A privatização é o que define o processo da Nova República no regime pós-militar, é a metástase da corrupção no Brasil. O Daniel Dantas é o maior símbolo, herói e beneficiário desse processo que corrompeu o PSDB, o PFL e o PT. Ele corrompeu o PSDB, financiou a filha do Serra e ele é a grana que está no duto do Valerioduto. Que o procurador-geral da República não procurou e que o ministro Joaquim Barbosa não achou. A grana do Valerioduto veio de onde? Dá em árvore ou o Valério era maluco e colocava dinheiro dele no esquema? Ele era um lavador de dinheiro e ninguém quer dizer isso.

Daniel Dantas

Tenho uma luta com Dantas há muito tempo, há muito tempo eu percebo que ele é especial. Mas um dia a gente vai se encontrar no despenhadeiro. Ele grampeou a mim, a minha mulher e a minha filha. Soube disso pela Polícia Federal. Essa conta ele vai acertar comigo. Ele vai acertar comigo. Nós vamos ter um encontro no despenhadeiro e vamos acertar essa conta. No plano privado.

Veja também: Daniel Dantas na cadeia.

quinta-feira, abril 17, 2008

Corinthians: Acabou a paciência

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A derrota do Corinthians por 3 a 1, ontem, contra o Goiás acabou com minha fase de trégua com Mano Menezes e seus comandados. O Timão jogou assustadoramente mal contra um Goiás não muito superior, num jogo bastante esquecível.

Mano está tentando há algum tempo jogar num 4-4-2, com André Santos de volta à lateral-esquerda. Ontem fez nova tentativa, dessa vez num pretenso losango no meio, com Nilton de cabeça de área e Diogo Rincón perto dos atacantes, à frente de Bóvio e Fabinho. Dentinho e Herrera, pela mobilidade, ajudariam na armação. O time é defensivo e feito para tentar puxar contra-ataques, válido para jogo fora de casa. Na prática, o tal Diogo sumiu do jogo, especialmente no segundo tempo, e a armação ficava praticamente só a cargo de Bóvio e Fabinho, dois jogadores de refinada técnica.

O Goiás veio bem armado, com um tal Evandro no meio iniciando as jogadas e Paulo Baier em sua tradicional função de peladeiro, aparecendo em todos os lados da intermediária ofensiva. Jogou melhor e conseguiu controlar o jogo, apertando o Corinthians no primeiro tempo e esperando o rival no segundo, com o placar já em 2 a 0.

O Corinthians se segurou na defesa até levar o primeiro gol, numa cobrança de sorte de Paulo Baier de uma falta que não existiu. Aí, André Santos teve que ir à frente e, como não tinha ninguém no meio para jogar com ele, acabou afunilando e tentando armar o jogo. Estava criado o buraco na defesa, que Nilton não conseguiu cobrir e que o Goiás aproveitou na jogada do segundo gol, em que um cruzamento desviado na zaga caiu no pé do cabra. Aconteceu parecido naquele Goiás e Corinthians do final do Brasileiro passado, que praticamente selou o rebaixamento alvinegro.

O Goiás então recua e passa a segurar o placar, coisa fácil, uma vez que o poder ofensivo do Corinthians é praticamente nulo, especialmente após a saída de Dentinho. O Timão ainda diminui, em gol de ombro/braço de Diogo (o comentarista falou ombro, eu achei esquisito, mas não consegui ter certeza) e ensaia uma empolgação, mas toma o terceiro e a ducha de água fria.

Dá pra reverter em São Paulo? Até que dá, mas é difícil. O Goiás sabe se denfender e o Corinthians não sabe atacar. A tristeza é o jogo mal jogado, apresentando problemas que já estavam na derrota para o Noroeste. Falta jogador no Parque São Jorge, isso é certo. Não dá para achar normal Bóvio armar jogo (acho questionável achar normal ele entrar em campo...). A diretoria, que prometia reforços de peso já voltou atrás: só um, e nacional, que da Europa o salário é alto. Estão contratados Douglas (ex-São Caetano), Wellington Saci (?) e Eduardo Ramos (?) e parece que Elias, da Ponte, vem. Será que resolve?

Databusão

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Essas discussões flagradas na rua são melhores que qualquer polêmica de blog.

Em um percurso de no máximo um quilômetro, entre a Avenida Sumaré e o Terminal Barra Funda, um tiozinho de seus 70 anos e o motorista do busão conseguiram discutir temas e mais temas polêmicos sobre nosso futebol. Ok, o trânsito ajudou para a abundância de assuntos.

Os diálogos não são fidedignos, mas a intenção de cada um deles certamente está preservada.

Tiozinho: Imagina isso aqui no domingo (estávamos passando perto do Parque Antartica)...
Motora: Pois é, ainda bem que vou estar de folga.
T: Não dá, não cabe esse jogo aqui não.
M: Pois é.
T:Eu acho que dá São Paulo.
M: Ia ser bom. Não sou são-paulino, mas acho que eles ganham.
T: Mas pode dar Palmeiras também. Eles vão estar mordidos.
M: É, porque falam que o outro jogo foi roubado.
T: É, falam que foi de mão. Mas agora não adianta, o juiz deu, acabou. Mas agora eu torço para quem jogar melhor.
M: Não adianta torcer pra esses caras.
T: Não tem mais bom futebol agora.
M: Tem gente na várzea que joga melhor que esses caras.
T: Tem mesmo.
M: E eu não acredito mais em futebol também. Parece que é tudo combinado, pra um ou outro ganhar. Eles já entram em campo sabendo quem tem que ganhar.
T: É, desde aquela Copa, parece que é tudo arranjado.
M: A de 98, né? Eu acho também. Agora, a gente vê, quando tem pênalti, o goleiro conversando com o batedor, parece que eles estão combinando de que lado um vai bater pro outro pegar.
T: É...
M: Não sei se sou eu que fica imaginando essas coisas...
T: Não, parece mesmo...
M: É uma roubalheira da Federação, que diz quem tem que ganhar.
T: Não tenho mais fé não...

Cachaça motivou escolha do mascote do Náutico

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O Clube Náutico Capibaribe, de Recife (PE), que completou 107 anos de fundação no dia 7 de abril, tem uma história curiosa sobre seu mascote, o Timbu (Didelphis albiventris) (foto) - marsupial brasileiro que é primo do canguru e facilmente encontrado na Zona da Mata de Pernambuco e na região Sudeste. Diz a lenda que, em 19 de agosto de 1934, durante um jogo entre Náutico e América no campo da Jaqueira, na capital pernambucana, caiu uma chuva muito forte. No intervalo, devido à falta de condições do vestiário, o técnico do Náutico preferiu conversar com os atletas no centro do gramado. Nesse momento, um dirigente teria levado para os jogadores uma garrafa de conhaque, para agüentar o frio. A torcida adversária percebeu e passou a gritar "Timbu, timbu!", pois o animal tem fama de apreciar bebida alcoólica. Mas a provocação não deu resultado e o Náutico venceu o América por 3 a 1, com conhaque e tudo. Ao saírem de campo, os jogadores foram dar o troco na torcida adversária, gritando "Timbu 3 a 1, timbu 3 a 1!". Após este jogo, o bicho virou mascote oficial do clube. E até foi criado um bloco, o Timbu Coroado, que sai aos domingos de Carnaval, da sede do Náutico, e percorre o bairro dos Aflitos. Duas das torcidas do clube são a Canáutico e Naucoólicos.

Santos épico

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 "De tudo, o que valeu foi a vontade" . Foi assim o zagueiro Fabão, ao fim da partida, resumiu a verdadeira batalha que ocorreu Vila Belmiro na noite de ontem.

As dificuldades não eram poucas para o Santos. Com um grupo já limitado tecnicamente, dos 25 atletas inscritos no torneio, Leão não podia contar com Felipe, Adaílton e Adriano, todos contundidos; além de Dênis e Alemão, com problemas contratuais; e Sebástian Pinto, dispensado. Nenhum grande jogador, mas a falta deles limita reduz mais as alternativas táticas do time.

Em Oruro, o Chivas só precisava vencer o desmotivado San Jose, e torcer para o Santos não ganhar. E era isso que acontecia aos 37 minutos do primeiro tempo. Mesmo com um volume muito maior de jogo que o Cúcuta, na única finalização do time colombiano, Henry faz um golaço de falta aos 22 minutos.

Molina sente o que seria uma contusão logo no início. Pede pra ficar, mas parece não ter condições. O time pressiona, tem posse de bola, mas não cria chances. O Cúcuta defendia com duas linhas de quatro. Chute de fora, pega em algum defensor. Cruzamentos na área, e estava lá uma cabeça adversária tirando.

Segundo tempo. Sai Tabata, entra o argentino Trípodi. O Chivas já vence por dois a zero. Com dois minutos, a fumaça dos sinalizadores interrompe a partida. Depois, a partida é quase uma repetição do primeiro tempo. Mas Wesley parece mais solto, Kléber Pereira começa a aparecer mais. A torcida acompanha o time.

E, à medida que o tempo passa, cada jogador santista parece dois. O esforço de um Betão improvisado como lateral direito, de um Marcinho Guerreiro se desdobrando no mano a mano contra atletas bem mais habilidosos que ele. Todos correm atrás da bola como se aquilo valesse, de fato, a vida de cada um. Mas cada um lutava por si, pelos outros companheiros e pelos torcedores, os que estavam na Vila e os que sofriam à distância.

Era impossível não se emocionar. Achei a certa altura que teria um ataque cardíaco. Lavei o rosto, andei. Mas não era possível deixar de se envolver com aqueles que viviam um drama típico do futebol que parece reproduzir ali a vida de qualquer um. Naquele momento, cada atleta que se doava no gramado era como se fosse um amigo meu ou um familiar. Sofria por todos e não deixava de pensar: vocês merecem.

E o gol veio. Wesley fez linda jogada, serviu Kléber Pereira que virou e empatou. Eram 23 minutos. O clima ainda é tenso. Quatro minutos depois, Domingos se estranha com Henry, que dá um tapa em Betão. Domingos e Henry são expulsos. Betão volta a ser só zagueiro e o incansável Molina vira lateral. Leão, que quase bate no bandeira que dedurou uma suposta agressão do zagueiro santista expulso, também é excluído. Mais drama.

O Chivas faz o terceiro gol e o San Jose tem um a menos. Em Oruro, fatura liquidada. O Santos precisa vencer. Aos 33, Urbano entra sozinho pelo lado direito da área. Olho pra trás do gol. Ali estão estampados nas bandeiras os rostos de ídolos eternos do Santos. Pelé, Pepe, Coutinho, Gilmar, o técnico Lula... E Fábio Costa faz um milagre. No rebote, Betão é providencial e também salva. A bola ainda é do Cúcuta, mas James Castro chuta pra fora. Nada me tira da cabeça que a bola procurou aqueles com quem ela sempre teve intimidade, que estavam atrás da trave santista.

Aos 43, Kléber Pereira tenta fazer um cruzamento. Ou uma finalização. O certo é que a bola bate no travessão. No rebote, o argentino Trípodi fuzila. É o gol da classificação. A torcida explode. Não aguento, desabo e choro. Não de alegria, nem de tristeza. É alívio. Alívio.

Oito minutos de acréscimo. Molina, que havia sangrado em um choque com o goleiro colombiano, joga com uma proteção no rosto. É o retrato do time.

Das arquibancadas, a torcida canta o hino. "Nascer, viver, e no Santos morrer. É um orgulho que nem todos podem ter". Nunca os versos foram tão verdadeiros. Verdadeiramente, um jogo de Libertadores. Daquele que só os grandes sabem fazer.

quarta-feira, abril 16, 2008

Pra tomar um mé - literalmente

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Reportagem de Glauco Araújo, do G1, aborda a produção artesanal de uma cerveja a base de mel na cidade de Igarassu (PE). Isso mesmo: tomar um mé, agora, não nos remeterá obrigatoriamente à cachaça. O mel de abelha, na produção da Melina, substitui a cevada na fermentação. Por enquanto, somente 200 litros são fabricados por semana pela agroindústria Delícias da Roça, de propriedade do casal Selma e Francisco das Chagas Carvalho. "A cerveja que produzimos é resultante da fermentação de trigo e de mel, muito conhecida e consumida pelos Celtas no século 4. Estudamos muito para chegar até aqui. Sabemos como fabricar a cerveja dessa maneira e acreditamos que fazer uma bebida com essa marca histórica seja importante para a nossa cultura", observou a psicóloga Selma ao repórter. "Com espuma mais espessa, coloração amarela mais clara, a cerveja de mel possui média graduação alcoólica", relatou Araújo. "A maneira como é produzida faz com que a bebida deixe um pouco de borra no fundo da garrafa, que é conhecida na região de Igarassu como pé", completou. Não sou diabético. Logo, experimentaria sim.

Contas de bar, saideiras, calculadoras e moedinhas

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Sei que o combinado é não reproduzir emeios, mas acho que alguns trechos de uma mensagem que recebi até cabem aqui, como o lance do bar. Deixo claro que a intenção não é reproduzir chavões ou reduções machistas, apenas notar sutilmente que tudo tem um fundo de observação e veracidade, até mesmo o besteirol. O texto versa sobre possíveis diferenças de hábitos e/ou comportamentos entre homens e mulheres:

No bar, quatro homens pedem a conta e jogam na mesa R$ 20,00 cada um, mesmo que o rateio seja de R$ 12,50 cada. Logo, o troco será convertido em saideiras. Quando quatro mulheres recebem sua conta, surgem várias calculadoras e todas procuram pelas moedinhas exatas dentro da bolsa.

Na locadora, a mulher procura um filme em que uma só pessoa morre, bem devagarinho, e de preferência por amor. Um homem considera um bom filme aquele em que muita gente morre bem depressa, se possível com rajadas de metralhadora e grandes explosões.

No comércio, um homem pagará R$ 2,00 por um item que vale R$ 1,00, mas que ele realmente precisa. Uma mulher pagará R$ 1,00 por um item que vale R$ 2,00, mas que ela não precisa para nada e que nunca terá a menor utilidade.

Matrimônio: uma mulher costuma se casar esperando que o homem mude, mas ele não muda. Já um homem casa-se esperando que a mulher não mude. Mas ela muda.

Em casa, uma mulher tem a última palavra na discussão. Por definição, qualquer coisa que um homem disser depois disso já será outra discussão.