Destaques

quinta-feira, julho 24, 2008

Lusa e Mengo em um "show" da arbitragem

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Lusa e Flamengo fizeram ontem o que pode ser definido como o jogo mais emocionante e polêmico do Brasileiro até agora. Só pelos melhores momentos é possível ver que os dois times, com formações que privilegiavam o ataque, fizeram uma partida aberta, de onde saíram quatro gols e erros de arbitragem para ambos os lados. Nesse aspecto, um dissabor para os adeptos da teoria conspiratória.

O primeiro lance foi a favor do Flamengo: Ronaldo Angelim marca um gol em jogada de escanteio. Com a mão, no melhor estilo Adriano. Assim o zagueiro tentou se justificar: "tentei cabecear, mas fui puxado e a bola bateu na cabeça e na mão. Mas se o árbitro marcasse algo teria de ser o pênalti que eu sofri antes de tocar na bola. Assim como ele fez na nossa área."

Ele se refere à penalidade marcada contra o Flamengo, o primeiro tento luso. Se o Frédi diz que Gaciba marcou um "pênalti que ninguém marca" no jogo do Galo contra o Botafogo, esse é outro lance que dificilmente se vê um árbitro marcar. E Evandro Roman marcou. A favor da Lusa, contra o Flamengo! Aliás, nada mais justo, porque houve falta, assim como na penalidade assinalada por Gaciba.

Mas não parou por aí. Na cobrança, o ótimo Diogo dá a paradinha. Bruno se adianta muito pouco e cai. Mesmo assim, consegue fazer a defesa. E a cobrança é repetida! Sim, de novo o árbitro marca. A favor da Portuguesa. Dessa vez, Diogo não desperdiça.

Aos 42, cruzamento na área e Diego Tardelli desvia... com a mão. Ibson marca na seqüência do lance e desempata o jogo. Curiosamente, o atacante seria expulso aos 19 do segundo tempo ao tomar o segundo cartão amarelo. O motivo: colocou a mão na bola em um lance bobo.

A Lusa teve outro pênalti a seu favor logo no início da segunda etapa, e Diogo não deu chances a Bruno. O outro lance polêmico da peleja ocorreu perto do final, aos 43, um pênalti cometido por Gavilán em Juan. Ibson cobrou e o goleiro Sérgio defendeu, mas auxiliar mandou voltar porque o goleiro, de fato, se adiantou. Lembrei de Valdir Peres, que confessadamente sempre se adiantava nos pênaltis e dizia que, se o árbitro mandasse voltar uma vez, não mandava retornar uma segunda. E, na repetição, Sérgio se adiantou novamente, defendeu e Roman não mandou voltar. E garantiu o empate em 2 a 2.

Ao fim, em uma partida com 14 finalizações pra cada lado, um empate justo. E o choro livre pra quem quiser reclamar, seja flamenguista ou luso, em um campeonato onde equívocos e lances discutíveis de arbitragem estão pra lá de democratizados.

Desaparecimento

Aos leitores do Rio de Janeiro. O parceiro Blá Blá Gol faz um apelo a quem possa ter visto
Francisco das Chagas de Sousa Junior, desaparecido desde a madrugada de sábado para domingo, depois de ter feito um show com a banda Brasília no Tio Sam, em Camboinhas, Niterói. Ele foi filmado pelas câmeras de segurança do hotel, saindo sozinho no seu Uno 2008 4 portas preto placa KMW 1064. Mais informações e contatos aqui e aqui.

Gaciba ladrão, acho que não...

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Gaúcho como Simon, que deixou de marcar pênalti para o Galo na cara dele e tirou o time da Copa do Brasil, hoje Leornardo Gaciba marcou um pênalti aos 25 segundos que ninguém marca.

Anulou gol legítimo do Galo contra o Botafogo, marcando impedimento que não existiu quando estava 1 a 0.

Expulsou dois jogadores do Galo.

Dá para chamar Gaciba de ladrão? Não, acho que não. Mas que existem certos árbitros que só erram para um lado, não tenho dúvida.

O problema é de quem ainda tenta assistir a futebol. De quem acredita em futebol e perde tempo com isso.

Nada acontecerá... Gaciba rirá... Que seja feliz...

quarta-feira, julho 23, 2008

Para Bush, Wall Street está de ressaca

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Wall Street got drunk.

Foi George W. Bush, a carta fora do baralho, aquele que nem o republicano John McCain quer em seu palanque, a analise sobre a crise das hipotecas nos Estados Unidos. A fala foi pega por um grampo telefônico. Ou melhor, numa gravação sem autorização, depois de pedir que as câmeras de TV fossem desligadas.

A teoria é simples.

Foto: Eric Draper/Casa Branca

Professor Bush explica: "Ó, ó..."


– Não há dúvidas da respeito. Wall Street ficou bêbada. Esta é uma das razões porque eu pedi a vocês para desligar as câmeras de TV. Ficou bêbada e agora tem uma ressaca. A questão é: em quanto tempo ela vai ficar sóbria e parar de tentar todos esses instrumentos financeiros fantasiosos.

A declaração foi dada em uma reunião privada para levantar fundos do candidato republicano ao congresso Pete Olson. O presidente dos Estados Unidos não sabia que estava sendo gravado em Houston.

Segundo o jornal Washington Post, grande parte dos economistas atribuem a culpa da atual crise de crédito a complexos instrumentos financeiros criado pela bolsa de Nova York depois que o Congresso desregulamentou o sistema bancário, há uma década.

Ele sabe do que fala. George W. Bush não toma uma gota de álcool desde 28 de junho de 1986. Garante que superar a dependência foi difícil. Ele atribui à crença religiosa a saída que encontrou para o problema.

Adeus, Luiz Fernando Bindi

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Morreu nessa segunda, aos 35 anos de idade, de um ataque cardíaco fulminante, Luiz Fernando Bindi. Ele era geólogo e jornalista. Suas principais realizações eram o excepcional site http://www.distintivos.com.br/ e o livro "Futebol é uma caixinha de surpresas", cujo estilo reproduzia também no http://www.futeboleumacaixinhadesurpresas.blogspot.com/.

Seu conhecimento ímpar do mundo dos distintivos era explorado por Marcelo Duarte em seu "Fanáticos por Futebol", da Rádio Bandeirantes. Semanalmente (se não me engano), Duarte brindava Bindi com perguntas como "por que o distintivo do Tegucigalpa de Honduras tem uma cruz vermelha e outra verde?", e Bindi sempre, sempre dava a resposta.

Eu sou daqueles que sempre condenou visões apocalípticas do mundo contemporâneo como "a internet e a tecnologia tendem a afastar as pessoas". Muito pelo contrário; acredito firmemente que as novas formas de comunicação permitem, entre outras coisas, que pessoas com afinidades superem barreiras e acabem por se conhecer.

Foi por esses caminhos que "conheci" o Bindi, já fazia uns três anos, por aí. Ele era, assim como eu sou, um dos participantes da Futebol Alternativo, um dos melhores lugares para se discutir futebol no Orkut (Mauro Beting também passa por lá).

Ele estava entre meus contatos no MSN e vez ou outra trocávamos mensagens - por exemplo, conversamos no começo do ano quando o time SEV/Hortolândia foi chamado de SEV/Biônico em alguns veículos da imprensa. O ocorrido gerou um post aqui no Futepoca, que Bindi comentou no seu blog.

Não cheguei a conhecê-lo pessoalmente. E, da minha parte, seria forçado demais chamá-lo de amigo. Mas é uma pessoa por quem eu nutria profuda admiração - se não tanto por uma questão de amizade, algo que não cheguei a desenvolver, certamente por um lado técnico, profissional, por admirar seu conhecimento e por ambicionar tê-lo, nem que fosse somente a metade, uma fração, algo que já dobraria o que sei sobre futebol.

Vá em paz, Bindi. Quem conviveu com você perdeu um grande amigo, segundo os relatos (ver Trivela e Milton Neves); nós, leitores, perdemos um ótimo profissional.

Foto: miltonneves.com.br

terça-feira, julho 22, 2008

Em nova sessão de fotos, Ana Paula Oliveira mostra tatuagem

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Depois de desistir de ser candidata a vereadora, a auxiliar de arbitragem Ana Paula Oliveira ataca de modelo outra vez. Agora, as fotos são bem mais comportadas do que em julho de 2007 para a Playboy. O destino do ensaio parece ser uma campanha publicitária.

No making of das fotos, a bandeirinhas mostra uma tatuagem de um pássaro misterioso. Isso porque, nas imagens, não fica claro qual é a imagem, por aparecer parcialmente coberta.

Reprodução


Imagens do making
of de fotos de
Ana Paula Oliveira,
com destaque
da tatuagem.



"Quero ser mãe"
A divulgação do making of do ensaio acontece um dia depois da publicação de uma entrevista com Ana Paula pelo jornal Agora, em que ela manifestou dois sonhos, o de ser mãe e de atuar em uma Copa do Mundo. O que atrapalha para o primeiro sonho é não conseguir manter um relacionamento estável e construir família, por conta das viagens e treinamentos.

Para participar de um mundial é diferente. "Ainda tenho 15 anos de carreira, eu acho que dá", declarou.

Ela falou ainda sobre os recorrentes boatos sobre sua sexualidade. "Se eu falar que não sou homossexual, vão dizer que eu estou preocupada em negar. E toda mulher que está envolvida no futebol está vinculada a isso. Ficam procurando pêlo em ovo. Tenho amigos homossexuais, assim como todo mundo. No meio artístico, já vi coisas que me deixaram de queixo caído", declarou.

Clique aqui para assistir ao making of.

Mas...já foi?

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O Internacional de Porto Alegre deve apresentar amanhã sua mais recente e bombástica contratação: Gustavo Nery. Uma aposta pra lá de arriscada, pois, em sua curta passagem pelo Fluminense, o lateral-esquerdo foi vaiado em todas as parcas seis oportunidades em que esteve em campo, de janeiro para cá. Até começou o Campeonato Carioca como titular, nos três primeiros jogos, mas em todos foi substituído. Depois, foi afastado para recuperar a forma física.

Duas hipóteses devem ser consideradas: ou os clubes gaúchos enlouqueceram (pois o Grêmio também disputava o lateral) ou a explicação está no contrato firmado com o Inter, baseado em produtividade. Aí, o risco de não receber nada será todo de Gustavo Nery...

Porque, convenhamos, além da pífia passagem pelo Fluminense, o lateral-esquerdo já não havia jogado nada no Zaragoza, nem no Corinthians e no Werder Bremen. Aliás, suas passagens por Santos, Guarani e São Paulo também não foram assim tão espetaculares. Chegou a disputar jogos pela seleção, sim. Mas não é sonho de consumo de ninguém.

Tanto que, quando viu a notícia da contratação de Gustavo Nery pelo Internacional, nosso companheiro Glauco exclamou: "-Pô, mas esse cara deve ter um excelente empresário!". É outra explicação plausível. E Róbson Florêncio é o nome do cabra.

Corinthians perde a invencibilidade e Felipe, a moral

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Após 11 jogos, o Corinthians perdeu a invencibilidade na Série B do Brasileiro, na partida contra o Bahia. A derrota por 0 a 1 (o jogo foi no Pacaembu) tem muitos motivos e pelo menos um culpado: o goleiro Felipe, cuja aura de heroísmo, conquistada com boas atuações no ano passado, já acabou.

Convém analisar o fenômeno Felipe. Ele chega ao clube em 2007, numa leva de jogadores do Bragantino que incluía Everton Santos, Moradei e Zelão. Com boas atuações e uma série de milagres, ajuda a retardar o trágico desfecho da participação corintiana, mas não consegue evitar o rebaixamento. Mas ganha a posição e a aura de ídolo, ou quase isso. Eu mesmo cheguei a escrever que ele tinha tudo para entrar para a história do Timão, se ficasse um tempo no time.

No entanto, mesmo nesse bom momento, Felipe pisava na bola quando decidia falar. Tem uma postura um tanto arrogante e mais de uma vez jogou a responsabilidade por derrotas nos companheiros.

E mesmo em suas atuações já se percebiam falhas: problemas ao sair do gol e, principalmente, a mania de rebater bolas para dentro da área. Alguns dos milagres protagonizados por ele só existiram porque o próprio goleiro criou a situação trágica, ao rebater nos pés do adversário bolas chutadas de longe. No frigir dos ovos, Felipe tem muita agilidade e excelentes reflexos, mas pecava em alguns fundamentos. Coisa que se corrige com treinamentos, se você souber onde estão os erros, assumi-los e trabalhar neles.

No início deste ano, quando o time começa a se remontar, uma das prioridades era segurar Felipe e Finazzi (pra você ver o nível do time no ano passado). O goleiro e seu empresário armaram um salseiro no negócio, ajudados pelo dublê de manager Antonio Carlos. Justa ou injustamente, o goleiro levou a fama de mercenário e gastou de uma vez só quase toda a moral adquirida no ano anterior.

Depois disso, foi pro jogo, e continuou tendo boas atuações e tomando gols evitáveis. Caiu de produção e foi para o banco após a derrota para o Sport na Copa do Brasil (em atitude controversa de Mano Menezes, que o inocentou num dia e rifou no outro). Voltou e fez boa partida, depois da qual sua mãe declarou à TV Bandeirantes que tinha aconselhado o jogador a ficar no clube no início do ano e que agora daria o conselho inverso.

Nisso tudo, em meio a boas e más atuações, ser chamado de ídolo e de mercenário, a única coisa inabalável foi o ego de Felipe. É um caso impressionante de auto-estima bem construída. Depois da final contra o Sport, disse sem pestanejar que quem o acusa de haver falhado não era treinador de goleiros para avaliar. Contra o Bahia, pediu desculpas no momento do gol, mas disse que tinha sido sorte de quem cobrou a falta. Nada abala o ego do rapaz.

Autoconfiança é muito importante para qualquer pessoa, ainda mais um goleiro, posição mais solitária do futebol, segundo o poeta. Mas ela deve vir acompanhada de uma boa dose de autocrítica para que o cabra perceba os erros e trabalhe para corrigi-los. Felipe é bom goleiro e tem potencial para ser ainda melhor, mas precisa descer do pedestal e ir trabalhar.

Achei que aquela temporada de banco tinha servido para baixar a bola do rapaz. Mas temo que esse ego inabalável e imponderado do rapaz tenha abortado o processo. Felipe precisa treinar fundamentos, melhorar seu senso de colocação e sua saída do gol. Principalmente, precisa aprender a receber críticas e tentar aprender com elas. Não pode achar que é intocável em lugar nenhum, ainda mais num time grande e com uma torcida apaixonada (e como tal, nem sempre racional) como o Corinthians.

Mas e o resto?

Felipe não é, obviamente, o único respondsável pela derrota. O pessoal do ataque e meio-campo corintiano tem deixado a desejar. Uma série de desfalques demonstraram que faltam peças de reposiçaõ ao time, especialmente no meio. Douglas, Diogo Rincón, Fabinho e Nilton deixaram saudades, já que Lulinha não é meia (e o que ele é mesmo?) e Elias não consegue carregar o setor sozinho. Douglas volta contra o Ceará, junto com Dentinho e Chicão. E Diogo Rincón já está na última etapa de sua recuperação, o que pode ajudar.

Por fim, mais uma conseqüência importante dessa derrota foi que meu pai terá que pagar uma dúzia de cervejas para um amigo, com quem havia apostado que o Corinthians não perderia nenhuma partida na Série B. Pelo menos o anti-corintiano passou 11 rodadas sofrendo com o assunto.

segunda-feira, julho 21, 2008

Rodada Robin Hood

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A curiosidade da 13a rodada do Brasileirão é que praticamente todos os times que estavam atrás na tabela de classificação ganharam dos mais bem posicionados.

Destaque para os últimos cinco colocados, Ipatinga, Santos, Fluminense, Goiás e Atlético-MG. Todos venceram suas partidas.

O destaque negativo foi o Flamengo, que perdeu para o Vitória dentro do Maracanã, dando chance a de Grêmio e São Paulo encostarem.

Com isso, a tabela embolou de vez.

A distância entre o primeiro e o último colocado é de 16 pontos. Há, ainda, cinco times com 15 pontos. Veja a tabela aqui. Com cerca de 2/3 do primeiro turno, a palavra é equilíbrio. O nível é baixo, mas equilibrado.

Ao que interessa, o Galo – Todo esse nariz de cera foi para falar do Galo. Quando tudo parecia dar errado, com dois gols bobos tomados em falhas individuais, a vontade dos jogadores e a entrada de Petkovic fizeram tudo mudar. O sérvio ajudou a corrigir o esquema extremamente cauteloso de Alexandre Gallo, com três volantes, e fez as principais jogadas da virada por 3 a 2. É pouco ficar fora da zona de rebaixamento, mas é melhor que nada.

Destaque para mais de 20 finalizações a gol, defendidas pelo goleiro do Coxa. O time está começando a jogar bem, com bom volume, mas falta um atacante que saiba fazer gol. Alguém tem alguma indicação?

Joga uma partida e pára. Joga vinte minutos e pára

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O Palmeiras perdeu para o Goiás por 3 a 2.

Depois do apagão, a reação. Com dois a zero abertos aos 21 do primeiro tempo, o Palmeiras chegou ao empate ainda no primeiro tempo, com um gol de Alex Mineiro, artilheiro, e outro de Jeci, zagueiro. Um com passe outro com cruzamento de Léo Lima.

(Se havia impedimento no tento do camisa 9, foi milimétrico. Não vi o tira-teima, e acho que estava na mesma linha).

De novo, ao se ver perdendo, Vanderlei Luxemburgo pôs o meia Evendro no lugar de um volante. No caso, Sandro Silva. Depois, ainda entrou Maicosuel.

Depois da reação, na volta para o segundo tempo, seria manter o ritmo, virar a partida e evitar o quarto revés como visitante no campeonato. Mas não foi.

Explica o Palmeiras Todo Dia como a virada não chegou: "o Verdão parecia que chegaria sem problemas ao terceiro gol, até que Diego Souza resolveu inventar perto da área; o camisa 7 tentou driblar três marcadores, perdeu a bola que sobrou para Romerito cruzar para Alex Terra fazer 3 x 2 para os donos da casa. Três minutos depois, Kléber entrrou de vez qualquer possibilidade do Palmeiras ao chutar um adversário fora do lance de bola; não restou outra alternativa ao juiz a não ser expulsar o atacante (foi sua terceira expulsão no campeonato)."

Some-se a isso que "mantendo os laterais presos e com Valdivia e Diego Souza mais uma vez em tardes infelizes, o Palmeiras pouco criou" na segunda etapa, como bem lembra o Parmerista Conrado.

Outro dado positivo foi a substituição do meia chileno, sacado por não render. Denílson tampouco resolveu, mas é bom não haver intocáveis. Principalmente quando os rumores sobre a venda para o Hertha Berlim são crescentes.

Além de sair do G4, na segunda etapa, o rebaixável Goiás poderia ter marcado mais gols.

Preocupante
Após a derrota, como visitante, para um time que permanece na zona de rebaixamento, o Palmeiras tem o Santos pela frente na quinta-feira. Depois de vencer a primeira com Cuca, o agora livre da lanterna vai querer, como nunca, vencer os verdes.

O time não tem Kléber nem Denilson, expulsos. Não tem também Léo Lima, com terceiro cartão amarelo. Gustavo, David e Martinez continuam em recuperação. Pode ter Pierre, se estiver recuperado, e Élder Granja, se superar o embargo do Corinthians de Alagoas.

É pedreira. Mas outra sequência de partidas sem vencer seria fatal para as pretenções do time de Luxemburgo.

A síndrome de início de jogo é preocupante especialmente em partidas fora do Palestra Itália. O time até cria um lance ou outro, mas dá bobeira na defesa, especialmente nas bolas aéreas. E a falta de regularidade depois da vitória diante do Fluminense, e mesmo dentro da partida. Um time que empata depois de estar perdendo por 2 a 0 precisa se concentrar muito em campo.

Terapia?
Kléber precisa fazer terapia. A terceira expulsão precisa ser colocada em perspectiva. Não basta o desgovernado atacante não fazer mais faltas. Precisa entender que ele não pode mais dar carrinho, mexer os braços. Não que eu considere a expulsão injusta. Como bem apontou o comentário do Rafael, sem imagens, só há o zagueiro Rafael Marques com a mão no tornozelo e pouca reclamação dos jogadores. A expulsão dá razão aos críticos e aos apelidos simpáticos, já que se trata do recordistas de cartões vermelhos no campeonato.

O cara é raçudo, mas se excede. E, quando acerta jogadores sem bola ou com o cotovelo, forma um histórico nada favorável. Cada vez mais, se ele entrar numa jogada mesmo sem ser desleal vai tomar cartão. Mesmo já marcado, o cara continua entrando duro demais e se deixando levar pelo nervosismo. Esse é um dos motivos do intertítulo.

O outro tem a ver com a falta de regularidade do time e com o que o Vicente Criscio, do Terceira Via Verdão, elenca. São sete questões para refletir. Na derradeira, lembra que o Palmeiras está "com o mesmo problema da época de Caio Jr.". "Em outras palavras: "Não ganhamos na hora que temos que ganhar". Não sei se concordo integralmente, mas dá o que pensar.

__________________
Atualizado às 19h40

No butiquim da Política - Democracia: liberdade ou negócio?

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Por CLÓVIS MESSIAS*



A democracia não é contra qualquer esclarecimento, por ser, esse, um dos pilares da liberdade. Aqui na Assembléia Legislativa de São Paulo, os parlamentares mais sofismam que esclarecem. Tudo se pergunta, mas nada é respondido – em nome da "estabilidade democrática". Que estabilidade é essa que não permite saber, de forma clara, como está o dinheiro público? Aliás, esse tal de dinheiro público é seu, é meu, é nosso. É dinheiro que retiram da gente em impostos, que deveria ser devolvido em educação, saúde, promoção social, habitação, saneamento básico. Mas, necas.
Queremos saber, com CPI ou não, como está a apuração da denúncia trazida pelo Ministério Público da Suíça, que acusa o pagamento de propina, a membros do governo de São Paulo, pela empresa Alstom. O governo diz que não vai apurar porque a matéria é vencida. Respondemos nós: mas o bolso que recebeu propina não está vencido. Já o nosso bolso é modesto, só deseja que a grana retorne em serviço público. Se isso acontecesse, não teríamos que procurar saber onde está o nosso dinheiro.
Acho que esse troco daria, por exemplo, para algumas saideiras...


*Clóvis Messias é dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa de São Paulo e escreve semanalmente para o Futepoca.

domingo, julho 20, 2008

A maré vai virar?

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Antes do jogo, o técnico Cuca brincou com um repórter dizendo que aquela era a “estréia” dele no comando do Santos. De fato, após ter pedido demissão na derrota para o Figueirense, muita coisa parece ter acontecido no clube, e finalmente a diretoria parece ter bancado o treinador diante daqueles que mais atrapalhavam seu trabalho: os jogadores. 

Vontade e raça não bastam, mas são primordiais para um time que quer sair da crise. E os atletas do Santos mostraram isso. Sem opções, Cuca voltou a atuar com três zagueiros como, na prática, já vem fazendo há tempos. A diferença é que Rodrigo Souto, que vinha jogando à frente da zaga, deu lugar a Fabiano Eller na posição. O zagueiro deu mais qualidade na saída de bola, mas por diversas vezes, em função da falta de entrosamento, o sistema defensivo deu brechas ao Sport no primeiro tempo, principalmente com uma mal ensaiada e quase enfartante linha de impedimento, fundamental para jogar em cima do adversário.

À frente, o arisco Maikon Leite foi substituído pelo paraguaio Cuevas. O ex-atleta da seleção guarani carece ainda de uma melhor condição física, mas se movimentou bem, abriu espaços e cavou faltas importantes e cartões amarelos preciosos. Aliás, outra mudança de Cuca foi em relação à cobrança de faltas. Provavelmente cansado de ver Kléber errar tanto nas últimas partidas, quem cobrou a maioria das jogadas de bola parada foi Molina, que levou muito perigo ao gol de Magrão.

E foi o colombiano que sofreu o pênalti que resultou no gol do Santos. O arqueiro do Sport defendeu a cobrança de Kléber Pereira, mas o próprio atacante marcou no rebote. Aos poucos, o artilherio volta ao seu normal: desperdiçou uma oportunidade clara de gol, quase perdeu a penalidade e marcou o gol da vitória. Performance que os santistas já se acostumaram a ver.

Na segunda etapa, o Alvinegro conseguiu postar melhor a defesa, tentando aplicar contra-ataques que praticamente não aconteceram a partir dos 20 minutos. Mas o Sport não demonstrou forças pra buscar o empate, apesar da tentativa de abafa nos minutos finais. Não foi um grande jogo, mas o resultado foi justo e um alento para Cuca, que pode virar definitivamente a maré a seu favor se o Santos derrotar o time de Luxemburgo na quinta-feira. Difícil, mas longe de ser impossível.

A propósito, em sua coluna na revista Carta Capital, o ex-jogador Sócrates falou sobre a situação do Peixe. Para ele, há jogadores que não têm estrutura emocional para atuar em clubes grandes, e se estes são maioria no elenco, a equipe acaba sucumbindo em momentos decisivos da partida. Isso por conta de uma insegurança temporária, que vai embora a partir de uma vitória ou seqüência delas. Aí a fase ruim se esgota em sim mesma. Tomara que seja esse o caso do Santos. 

sábado, julho 19, 2008

Cristiano Ronaldo é escravo no Manchester?

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O namorado da bela espanhola Nereida Gallardo é um português que trabalha na Inglaterra, na cidade de Manchester. Cristiano Ronaldo quer sair de seu emprego e migrar para a Espanha, mais precisamente em Madri, a serviço do time Real. Acontece, que o patrão desse gajo não quis deixar o sujeito ir embora. Tanto fez, que ele ficou. Está preso, por contrato, até 2012.

– Existe muito de escravidão moderna nas transferências e na compra de jogadores – bradou Joseph Blattler, presidente da Fifa, bem acomodado em seu escritório na Suíça.

Enquanto isso, a cidade de Manchester recebeu o rei do futebol, Pelé – que saia justa, entende? –, a quem se perguntou se concordava com Blatter:

– Você é um escravo se você trabalha sem contrato ou se você não é pago – disse o rei – Se há um contrato, então, como em qualquer outro emprego, você deve cumpri-lo. Acho que quando ele [Cristiano Ronaldo] terminar seu contrato ele então estará livre para ir para o clube que quiser. Se há um contrato, então, como em qualquer outro emprego, você deve cumpri-lo. Acho que quando ele terminar seu contrato ele então estará livre para ir para o clube que quiser.

Corroborou com a nota oficial do clube.

Cristiano Ronaldo se recupera de uma operação no pé. De muletas, não pôde alongar as férias com sua supra-citada namorada que, depois de curtir o descanso com anel no dedo ganho, saiu por aí sem anel, vide foto (foco só nos dedos!). Tudo bem, esse parágrafo era só pra confundir, por isso a foto pequena.

Quando a Lei Pelé foi aprovada, substituindo a Lei Zico, o debate esbarrava na liberdade para os jogadores. Ao se comemorar 10 anos da legislação, sancionada em março de 1998, os defensores diziam que representava a liberdade para os jogadores que não estariam mais presos aos clubes.

No Brasil, ficam vinculados a empresários. E a palavra "passe" continua a ser empregada por cartolas e jornalistas.

Para Pelé, que batizou a lei debatida e aprovada durante sua gestão no Ministério dos Esportes, escravidão, no futebol é estar preso ao clube, a quem está submetido completamente: é só o presidente querer e o jogador fica ou sai.

Curiosa situação. Em fevereiro, especulava-se em 44 milhões de libras (cerca de R$ 150 milhões) o salário do moço por seis anos.

Escravidão, não é. Um contrato ruim, talvez? Se isso for possível, com R$ 2 milhões por mês na conta.

sexta-feira, julho 18, 2008

Didi e Garrincha no futebol paulista, em 1966

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Que Garrincha havia passado pelo Corinthians em 1966 eu já sabia, mas tinha dúvidas se, naquele mesmo ano, Didi havia jogado pelo São Paulo (na foto, os dois nos áureos tempos de Botafogo-RJ). Pois o mestre da folha-seca encerrou sua carreira, de fato, pelo Tricolor paulista. Didi havia pendurado as chuteiras pelo Botafogo em 1965, mas aceitou o convite para voltar, no ano seguinte, aos 38 anos. Estreou pelo São Paulo num amistoso em Araçatuba (SP), contra o Ferroviário local (vitória por 2 a 0), em 4 de outubro. Ele compunha o meio-campo com o histórico Roberto Dias. O técnico do Tricolor, na época, era Aimoré Moreira, que comandou Didi pela seleção brasileira no bicampeonato mundial, em 1962. E a zaga tinha Bellini, outro remanescente das Copas de 1958 e 1962, que havia disputado ainda a de 1966, junto com o também são-paulino Paraná.

O primeiro jogo oficial de Didi com a camisa do Tricolor, pelo Campeonato Paulista, foi uma derrota de 2 a 0 para a Portuguesa, no Pacaembu, em 12 de outubro. Na rodada seguinte, mais um tropeço: vitória do América de Rio Preto por 4 a 3, em pleno Morumbi. Didi foi sacado e só voltou contra a Portuguesa, em 24 de novembro: novamente no Pacaembu e outro resultado negativo, 1 a 0. Terminava ali, de forma melancólica (venceu só uma partida em quatro e não marcou um gol sequer), a carreira do "Príncipe Etíope", um dos meias mais clássicos e cerebrais que o Brasil já teve.

Curiosamente, naquele mesmo início de outubro de 1966 em que Didi estreava pelo São Paulo, Garrincha, então com 33 anos, se despedia do rival Corinthians. Foi no dia 9, numa derrota de 3 a 0 para o Santos, pelo Paulistão. Mané havia estreado em 2 de março, no Pacaembu, em outra derrota por 3 a 0, para o Vasco da Gama, pelo Torneio Rio-São Paulo. Os dois times, mais Santos e Botafogo, seriam os quatro campeões do torneio naquele ano, por falta de datas para as partidas de desempate. Garrincha marcou seu primeiro gol pelo alvinegro paulistano contra o Cruzeiro, em 13 de março, na vitória corintiana por 2 a 1.

No total, fez 10 jogos e 2 gols - o segundo, aliás, na vitória por 2 a 0 do Corinthians sobre o São Paulo, em 19 de março de 1966. Ao contrário de Didi, que era cinco anos mais velho, Garrincha ainda jogaria pelo Flamengo e o Olaria, até 1972. Despediu-se numa partida amistosa no ano seguinte, no Maracanã. Morreria em janeiro de 1983, e Didi, em maio de 2001.

Nuvem de assuntos Futepoca

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Está na moda colocar nos blogs as palavras mais citadas, numa nuvem gerada pelo site http://wordle.net. Não resisiti e fiz a do Futepoca



As palavras maiores foram mais citadas.

E-mail falso promete imagens de Dantas subornando juiz

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"Vídeo de Daniel Dantas subornando juiz Gilmar Mendes" é o que promete o assunto de uma mensagem que atingiu minha caixa de e-mails na manhã desta sexta-feira. O remetente é um improvável video arroba globo ponto com e estão espalhados links para um arquivo Flash no domínio worldoffice.net, cujos servidores parecem ter sido invadidos.

Trata-se de um golpe para instalar um cavalo de tróia no computador, usando a curiosidade do internauta com o caso do banqueiro Daniel Dantas, investigado pela Operação Satiagraha, da Polícia Federal.

Reprodução


No corpo da mensagem, a editoria "Fatos e Versões" traria o "Juiz Gilmar Mendes desmascarado por Daniel Dantas", mais precisamente "Vídeo sobre um novo suborno agora ligado ao Juiz Gilmar Mendes que concedeu a liberdade de Dantas."

A editoria existe, mas o resto é golpe.

É a nova versão dos e-mails falsos que tentam pegar internautas desatentos com notícias "quentes". Antes, já havia circulado a promessa de imagens de uma "câmera escondida em presídio" com "detentos espancando Alexandre Nardoni", pai de Isabella. O episódio motivou outros golpes, como a confissão da culpa e a explosão de uma bomba em frente à delegacia. Como escreveu Mônica Bergamo em 22 de abril, o detalhe era a grafia de "assasino" (sic).

Em época de Big Brother Brasil, pipocam falsos vídeos "exclusivos" de todo tipo de intimidade que conseguirem pensar.

Quando Ronaldo, o gordo, se envolveu em uma confusão no Rio de Janeiro, as mensagens diziam que o enrosco teria feito a patrocinadora de material esportivo cancelar o contrato com o Fenômeno. Prometiam ainda imagens do obeso atleta no quarto do motel. Mesmo Daniela Cicarelli, protagonista com um namorado de um vídeo paparazzi, e a atriz Danielle Winnits também foram alvos desse tipo de mensagem.

Qual vai ser o próximo golpe de e-mails desse tipo?

Dantas encomendou gravação a Protógenes?

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Como estou sem vontade de falar sobre futebol por motivos óbvios, um pouco de política.

A dúvida que me assalta é se foi o Daniel Dantas ou alguém a seu mando que gravou a reunião da Polícia Federal que vem sendo vazada em trechos agora.

Porque DD é o único beneficiado com essa situação. Discute-se se o governo está com medo, se há racha na PF etc... E Dantas, e seus supostos crimes, sai do centro do furacão.

Mais que isso, imagino que enquanto essa discussão pública sobre os intestinos da corporação ocorre, as investigações não avançam. Esse é o real problema. A quadrilha denunciada, pega na operação, tem tempo de se rearticular, esconder provas. O tempo passa a jogar a favor de quem mais precisa esconder, esconder-se ou fugir.

Aliás, secundariamente, essa discussão sobre a PF tirou o foco também das denúncias sobre jornalistas e veículos que, no mínimo, ajudaram a estratégia de Dantas, e sobre decisões do presidente do Supremo, Gilmar Mendes, que passou por cima de todas as instâncias da Justica para libertar DD.

Todos eles estão rindo porque, depois de fazer um grande trabalho, o a Polícia Federal e o governo estão jogando tudo fora e entraram num luta fraticida. É a história da vaca leiteira que depois de dar 30 litros de leite chuta o balde.

quinta-feira, julho 17, 2008

6 em 9

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Como escrevi por aqui, o São Paulo teria uma seqüência importante de jogos no Brasileiro, contra adversário do topo da tabela. Dos 9 pontos em disputa, levou 6. E perdeu justamente do time que mais se afastou dos líderes, o Náutico. Não que isso seja refresco, porque se tivesse ganho, o time estaria no G-4.

O jogo de ontem, tardiamente comentado, eu sei, foi tranqüilo. Isso foi uma surpresa, já que o Vitória estava invicto em seu estádio. Tudo bem que logo no início do jogo o Vitória teve um gol anulado, pois o bandeirinha achou que a bola tinha saído antes do cruzamento de Dinei. Não teve tira-teima desse lance não...

Mas em seguida o São Paulo marcou com Hugo (sozinho na área. Ê defesa!), e daí em diante mostrou uma tranqüilidade que me deu até nos nervos. O Vitória teve chances em contra-ataques, mas nenhum lance claro de gol. Quando o rubro-negro tinha a bola dominada, tentava pela direita, pela esquerda, pelo meio, pelo alto, e nada de a bola passar pela defesa tricolor.

Os dois gols seguintes, já no segundo tempo, saíram em lindos lances de contra-ataque, pelos pés de Dagoberto e Éder Luis, dois jogadores que ainda não se firmaram. O lance de Éder Luis foi sensacional. Arrancou de antes do meio de campo, passou por um marcador, deu uma meia-lua em outro e mandou pra rede. Bonito.

Pena que estejam exaltando a "grande atuação" do São Paulo. Assim o time vai acreditar que joga mais do que de fato pode. A equipe continua perdendo gols, finalizando mal demais. Os dois gols seguintes contra o Vitória saíram em lindos lances de contra-ataque, arma que o São Paulo não terá em jogos que sair perdendo, por exemplo.

Falta muito para o time passar segurança para o torcedor. Não que o Muricy não possa fazer isso aos poucos. Vai depender de quem o time perder nesse meio de ano. Mas esse time ainda é uma baita incógnita pra mim.

Lusa heróica



Eu estava relutante em escrever sobre a Portuguesa. Perdi o bom momento do time, há algumas rodadas. Depois foi derrota atrás de derrota. Até a pequena - e exigente - torcida lusa começou a pedir a cabeça do Benazzi. Menos, pessoal.

A vida da Portuguesa estava nessa toada até o fim do primeiro tempo do jogo contra o Náutico, no Canindé. Os cerca de 2 mil torcedores presentes protestavam a valer enquanto presenciavam uma derrota de 2 x 0. No segundo tempo, no entanto, a Lusa conseguiu um feito - para seu limitado elenco. Fez três gols e não tomou mais nenhum, e venceu o então quinto colocado do Brasileiro. Os jogadores fizeram questão de apoiar o técnico Benazzi na saída do gramado.

Diante do Fluminense, reencontro com a vitória e com o G4

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A vitória de 3 a 1 do Palmeiras sobre o Fluminense trouxe o Verdão de volta à quarta posição. O único paulista a figurar na zona de classificação para a Libertadores.

O primeiro tempo foi equilibrado. O segundo, uma tranquilidade. Na volta para o segundo tempo, logo aos 4 minutos, o segundo gol. Depois, o terceiro saiu por insistência.



As boas notícias são três. Primeiro, o time não começou o jogo apático quanto nas últimas três partidas. Levou uma canseira – Dodô apareceu na cara do gol e o Fluminense conseguiu empatar – mas nos outros jogos, nem criar chances de gol o time conseguia no início. Segunda: Valdívia apareceu, chutou, buscou jogo. Terceira: Diego Souza, Denílson e os laterais Élder Granja e Leandro estiveram bem. O lado ruim, a zaga e o temor de que a falta de regularidade permaneça.

Kléber e os zagueiros
Foi motivo de troça de 9 em cada 10 comentaristas o fato de Kléber ter marcado dois gols de cabeça na boa defesa do tricolor carioca. O atacante palmeirense que deixou passar despercebida a ausência de Alex Mineiro tem 1,73m. Os zagueiros Thiago Silva, 1,83 m, e Luiz Alberto, 1,86 m têm 13 e 16 centímetros a mais.

Mas peraí: Alex Mineiro tem 1,75m. Se ele fizesse gol de cabeça estaria tudo bem para a zaga adversária? Kléber, o desgovernado, se posicionou bem, disputou a bola e cabeceou. Também tem mérito aí, porque os zagueiros estavam em cima do lance (mais no primeiro do que no segundo gol).

Falha muito mais grave, na minha visão, foi a da dupla Jeci Gladstone, que deixou Washington livre, ao lado de Rafael, colega da camisa 2, para marcar o tento dos visitantes. A bola de Thiago Neves foi tão bem lançada quanto as de Denílson e Leandro. Washington é oportunista até dizer chega. Mas o defensor verde mais próximo estava a um metro do centroavante. Na pequena área.

Da crise ao tudo bem
O Observatório Verde sempre critica a sanha da imprensa em apontar crise no Palestra Itália. É fato, embora não seja exclusividade de tratamento.

Basta uma vitória em casa depois de uma sequência de três partidas sem marcar três pontos, o time está em quarto, e voltam às manchetes a "soberania" do Palmeiras. Mais devagar. Até o Marcos está cobrando regularidade ao time. É isso que precisa, mas isso não tem sido demonstrado até aqui no Brasileiro.

O rebolado de Shakira contra as Farc

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Foto: Divulgação
A cantora colombiana Shakira anunciou que participará de uma manifestação no povoado de Letícia, próximo à fronteira entre Colômbia, Brasil e Peru. O motivo do protesto é pela libertação dos reféns das Forças Armadas Revolucionárias de Colombia - Exército do Povo (Farc-EP).

As atividades estão marcadas para o próximo domingo, 20, nas comemorações da independência colombiana. Ela deve cantar depois de um desfile militar que celebra a independência. Segundo a assessoria de imprensa da cantora, ela gravava um novo disco em Londres, e interrompeu o processo a pedidos do presidente Alvaro Uribe. No início do mês, ela participou do Rock in Rio Madri. Luiz Inácio Lula da Silva e Alan García, presidentes do Brasil e do Peru, também confirmaram presença.

Engajada socialmente, a cantora mantém a Fundación Pies Descalzos, para ajudar crianças pobres do mundo. Em fevereiro, ela chegou a vencer um sutiã por US$ 3 mil no site eBay.

Mas... não era culpa do Leão?

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Quando o ex-treinador do Santos Émerson Leão disse em sua saída que o time precisava de reforços e que, daquele jeito, não iria muito longe no Brasileirão, o capitão Fábio Costa respondeu por meio da imprensa. “Eu acho que a culpa pelo mau momento do time não é exclusivamente do grupo. O Leão tem a sua responsabilidade.” Quando a crítica era relativa à falta de líderes no elenco, de novo o arqueiro contestou. “Nosso grupo tem líderes muito positivos, apesar dele dizer que não tem líder aqui. Além disso, temos jogadores cobiçados, como Rodrigo Souto, Kléber Pereira, Kleber... Como um elenco que tem esses jogadores não tem qualidade?”.

Pois é. Se Leão era autoritário, Cuca é quase o exato oposto. Um comandante que prima pelo diálogo, tanto que voltou atrás da decisão de concentrar de forma antecipada a equipe na partida contra o Atlético-PR, atendendo um pedido do goleiro-capitão. E o time perdeu. Três partidas depois continua sem vencer. Contra o Figuierense, derrota de 3 a 0. Parece que o suposto autoritarismo não era o problema.

E as opções táticas? Muitos criticavam Leão por insistir com Wesley. O garoto foi sacado e o time... piorou. Outros clamavam por dar chance a Tiago Luís. Entrou como titular e em outras ocasiões atuou meio tempo com Cuca. E nada. Kléber Pereira, sob “nova direção”, decaiu de forma abrupta e, mesmo com os dois gols contra o Botafogo, continua devendo.

E Kléber... ah, o “selecionável” que muitos diziam que tinha que jogar no meio. Está lá ele, com liberdade, jogando um futebol pífio, errando bolas e jogadas ensaiadas pelo pobre técnico que até tenta, mas não consegue ser correspondido pelos atletas. Errou na marcação do primeiro gol do Figueirense, quando Edu Salles sequer precisou sair do chão pra marcar o segundo tento da equipe da casa.

Claro que a diretoria tem uma parcela (enorme) de culpa no que acontece hoje, e essa situação era até previsível que acontecesse. Mas fizeram crer que o futebol mediano do Santos era culpa de Leão. A realidade mostra que não era e seu estilo de enfrentamento foi o que sustentou a equipe com surtos de bom futebol no Paulista e na Libertadores. Hoje, o Peixe é o que é.

E onde estão os líderes que Fábio Costa disse que o time tinha? O goleiro tem feito boas atuações, outras nem tanto, e agora está contundido. Mas tomou as dores de um grupo que não respondeu em campo. E, ele mesmo, voltou cinco quilos acima do peso quando regressou das férias, algo inadmissível para um profissional de clube grande, o que Leão não tolerou, mas que a diretoria acatou e apaziguou.

E essa cultura de tolerância excessiva, onde os atletas fazem quase tudo o que querem, é que deve ser enfrentada. Cuca, que pediu demissão, não aceita por Marcelo Teixeira, se ficar terá que fazer isso, enquanto os hesitantes diretores santistas, ao contrário do que fizeram com seu antecessor, devem apoiar o treinador. Por uma questão de coerência e justiça. Ou então é melhor entregar a direção do clube a algum dos “líderes” do elenco. Assim o torcedor pode começar a assistir as partidas do Corinthians e se preparar para a Série B em 2009.

*****

Pra constar, trecho de post escrito à época da queda de Leão (uma vitória, um empate e uma derrota no Brasileirão).

Torcedor santista, o ano acabou após a eliminação da Libertadores. Como todo longo reinado administrativo que preza pela incompetência, vide casos Dualib e Mustafá, a luta agora é contra o destino que os clubes dirigidos por eles tiveram: a Série B. Oremos pelo melhor técnico e esperemos 2009. Diante do cenário, só a queda de Muricy Ramalho e uma improvável contratação do mesmo por parte do Santos salvam o semestre.