Destaques

sábado, julho 12, 2008

Corinthians mantém invencibilidade e liderança

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Corinthians e Santo André fizeram um joguinho bastante esquecível na tarde deste sábado, na cidade do ABC. A partida terminou em 1 a 1, gols de Marcelinho Carioca e Wellington Saci.


O Ramalhão tem um time bem fraquinho, onde Marcelinho Carioca consegue se destacar, com passes e lançamentos precisos. Mas o gol dele, ainda no primeiro tempo, foi fruto de uma saída atrapalhada de Felipe, ajudado por Chicão.


O Corinthians começou com amplo domínio da partida, com uma marcação forte no meio e saída rápida para o ataque. Parecia que seria um passeio, mas a posse de bola não se traduzia em oportunidades claras de gol. Faltava alguma objetividade ao time, cujas jogadas eram basicamente pelas laterais, com Lulinha, Dentinho e os dois alas, alimentados por Elias, que fez uma boa partida. Mas faltava poder de conclusão.


No segundo tempo, para aproveitar as jogadas pelos lados, Mano Menezes colocou Lima e tirou Eduardo Ramos. O time perdeu meio de campo e não ganhou no ataque. Não me lembro nem de Lima ter encostado na bola.


Depois, o técnico colocou Wellington Saci no lugar de Lulinha, liberando André Santos para a criação. O time melhorou, com mais inteligência no meio, e pressionou. O gol saiu de um cruzamento da direita cortado pela zaga cortou nos pés de Saci, que acertou um chute rasteiro e no canto, fazendo seu primeiro gol com a camisa do Timão.


Aconteceu um pênalti em Herrera no começo do jogo e outro mais duvidoso no finalzinho. O jogador saiu reclamano de três penalidades, o que foi exagero. Mas o juizão não obrou muito bem na partida, deixando passar faltas dos dois lados. Mas as expulsões, uma de cada lado, Dentinho cá e Williams lá, foram acertadas: o jogador andreense bateu bem o jogo todo e Dentinho foi idiota no carrinho do segundo amarelo, na lateral do ataque, jogada sem importância.


O Corinthians segue líder isolado, com 27 pontos, seis à frente do vice-líder Juventude. O Santo André está com 16 pontos e em oitavo lugar. Na próxima semana, o Timão pega o Bahia, no Pacaembú.

A essa altura, existem favoritos?

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Se o mistério pertence ao futebol, como dizia Nelson Rodrigues, a vontade de prever o futuro faz parte da aspiração de qualquer torcedor que se preze. Embora a chance de quebrar a cara seja sempre grande, ainda mais se tratando do nivelado futebol tupiniquim. 

Em 2007, escrevi um post intitulado “Será que dá pra arriscar o campeão?”, analisando a classificação do Brasileirão na décima rodada e comparando com o que acontecia em 2006. Hora de retomar a comparação.

No ano passado, a esta altura do Brasileiro, o Botafogo liderava o Brasileirão com 24 pontos, 5 à frente até então surpreendente Goiás. Um ponto atrás da equipe esmeraldina estava o São Paulo, que viria ser campeão, seguido pelo Palmeiras. Na zona do rebaixamento, agonizavam o Naútico, com seis pontos; um a menos que o América-RN e dois a menos que o Flamengo (que tinha defasagem de duas partidas). O Juventude completava o quarteto com 10 pontos e uma partida a menos.

Já ao fim do campeonato, apenas o Tricolor Paulista permaneceria no G-4, acompanhado do Santos, que na décima rodada estava a um ponto da zona do rebaixamento, mas com mais pontos perdidos que Juventude e Flamengo. O Rubro-Negro, com sua espetacular recuperação, terminou em terceiro. Logo acima de Fluminense (nono na décima rodada) e Cruzeiro (décimo). No lado de baixo da tabela, Juventude e América-RN permaneceram na degola e foram rebaixados, ganhando a companhia de Corinthians (então décimo-primeiro) e Paraná (sexto colocado).  

Se o parâmetro for 2006, o padrão é semelhante. O líder após dez rodadas era o Cruzeiro, com 21 pontos, junto com o Internacional mas com vantagem nos critérios de desempate. O São Paulo tinha 20 pontos e se tornaria campeão, enquanto o Fluminense, quarto com 19, lutaria para escapar do rebaixamento. O Inter e o Tricolor carioca deixariam o G-4, cedendo lugar a Grêmio e Santos. Na zona fantasma, como em 2007, dois times, o Santa Cruz, com 3 pontos na ocasião, e o Fortaleza, com 10, cairiam. Seus companheiros de então eram o Corinthians, com 9 pontos, e o Palmeiras, que cederam as vagas para a Série B a Ponte Preta e São Caetano.

Grosso modo, como disse no ano passado, dá para dizer que metade dos times vai permanecer próxima à posição atual, enquanto a outra metade irá subir ou cair de rendimento, se distanciando de onde se encontra. 

Dentro dessa comparação, cabe dizer que pela primeira vez desde 2006 o sempre regular São Paulo não figura entre os quatro melhores, o que pode evidenciar uma dificuldade maior para arrancar como ocorreu nos dois últimos anos. Outra curiosidade é que em cada ano um time que estava no G-4 acabou caindo drasticamente e lutando pra não cair pra Segundona, Fluminense em 2006 e Goiás em 2007. Quem vai desabar em 2008?

Palpites

Alguns corajosos arriscaram palpitar sobre os favoritos àquela altura, e um exemplo de como pode ser despropositado tentar prever o futuro é que, dentre as apostas, figuravam times como Corinthians, Goiás, Botafogo e Atlético-MG. Alguém arrisca agora dizer quem vai erguer a taça em 2008? 

sexta-feira, julho 11, 2008

Beber, cair, levantar

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Buenas, depois de um tombo cinematográfico, vários pontos no supercílio, duas costelas quebradas e dez dias no estaleiro, consegui saldar a dívida com a provedora e restabelecer a internet aqui em casa - e, conseqüentemente, o contato com o mundo dos vivos. Acidentes acontecem, mas sempre desconfio de praga de corintiano (rsrs). Brincadeiras a parte, o pior já passou: agora só dói quando respiro (pode parecer piada, mas quem já quebrou costelas sabe que é exatamente assim). O importante é voltar ao Futepoca e, aproveitando o resultado parcial da enquete sobre os assuntos preferidos pelos nosso leitores, vamos ao pitacos futebolísticos:

Seleção brasileira - Com o perdão da rima involuntária, a seleção convocada para Pequim não é de todo ruim. Dunga corre o risco de, aos trancos e barrancos, como em 1994, colecionar mais um título importante em seu currículo. Será que Ronaldinho Gaúcho conseguirá repetir o mesmo cala-boca que Ronaldo Nazário deu nos críticos em 2002?

Palmeiras - A aposta de Felipão em Ronaldo Obeso, aliás, pode ser comparada à de Vanderlei Luxemburgo no extraordinário goleiro Marcos (em termos de convicção e resultados). Não tem discussão: Marcos é seleção! E em todo jogo, o Palmeiras sempre livra, no mínimo, um pontinho. A continuar nessa toada, vai brigar, sim, pelo título. Neste domingo, vencerá o meu Tricolor.

São Paulo - Esse pessimismo - ou fatalismo - em relação ao meu time decorre menos dos últimos resultados do que da constatação, pura e simples, de que a equipe é fraca. Na justa derrota para o Náutico e no injusto empate contra o Ipatinga (que merecia ter vencido, não fosse o Rogério Ceni e a trave), comprovei que: 1) Como diz a Thalita, Richarlyson fora é reforço; 2) O time não tem lateral-esquerdo e, daquele lado, os adversários fazem a festa; 3) Joílson tem que jogar no meio, Muricy, no meio!; 4) Jorge Wagner e Aloísio já estão merecendo fazer companhia ao Dagoberto no banco, mas não há substitutos; 5) As prováveis saídas de Alex Silva, Hernanes e Miranda tendem a deixar a coisa ainda mais feia. Conclusão: temporada perdida ou uma (improvável) vaga na Libertadores. Um lugar na repescagem da primeira fase já mereceria rojões.

Santos - Não acredito que o Peixe seja tão fraco ao ponto de freqüentar a zona de rebaixamento, bem como o Fluminense. É fase - e deve ter algo a ver com a tal "terra arrasada" que Luxemburgo deixa quando sai de um clube. Os dois reforços mostraram serviço no último jogo e a tendência é o time engrenar. Só que algo me diz que não será com o Cuca...

Corinthians - Não acompanho a segunda divisão, mas a mídia "são-paulina" me mantém constantemente informado sobre as sucessivas vitórias e goleadas do alvinegro paulistano. Literalmente sem adversários, o clube deve garantir o acesso e o título de forma invicta, em pouco tempo. Não gostei da postura do Mano Menezes na derrota para o Sport, mas o trabalho que ele faz no Corinthians merece elogios.

Fluminense - Pra variar, era quarta-feira e não vi o jogo. Deu LDU, o que é melhor do que um time argentino. O Flu caiu - e eu também, quase que no mesmo horário...


Pronto, palpitei. Volto agora aos comprimidos de codeína, às cápsulas de cetoprofeno e ao colete que tenta manter os ossos soltos no lugar. E o Ministério dos Jornalistas que Vão ao Bar Sem TV na Quarta-Feira à Noite adverte: Se beber, não caia; Se cair, cuidado com os ossos; E se quebrar as costelas, evite hospitais públicos!

Minha estréia no estádio

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Brunna Rosa





A noite fria e de atuação apagada marcou a minha estréia nos estádios de futebol. Após uma enrolação formidável e alguns contratempos na aquisição do ingresso (havia um bar no meio caminho, no meio do caminho havia uma fila...) lá estava eu devidamente à paisana, pronta para entrar no glorioso Palestra Itália.

A noite prometia uma partida não tão difícil, sem maiores problemas para o Parmera, que recebia o catarinense Figueirense. Era estréia do novo uniforme e o retorno do Valdívia. Sim, eu veria o Mago atuando e estava confiante que ele faria um belo gol!

Na entrada, mais contratempo. Depois de revistar minha bolsa, a policial militar feminina avisou: "não pode entrar no estádio com livro". Por sorte, ela não pediu para ver o título nem para retirá-lo da bolsa. "Na próxima, você não traz". Passo por ela sem entender a medida, que me parece descabida. Hoje de manhã, o Frédi alertou que o temor da polícia é que o papel vire combustível na mão de algum torcedor que queira jogar uma "bola em chamas" dentro do estádio.

Adentro ao Palestra, onde toca Bezerra da Silva no sistema de som. Isso mesmo, o Bezerrão, mas a música eu não consegui identificar. Não sei se é regra, mas o sistema de som do estádio é horroroso.

Subo na primeira escadaria, arquibancada vermelha. Reparo que estou no meio da Torcida Uniformizada do Palmeiras (TUP) e me lembro da tentativa anterior de adquirir ingressos para assistir Palmeiras e Náutico, e a briga entre esta e outra organizada do mesmo time, a Mancha Alviverde, que terminou em gás de pimenta e bomba de efeito moral. Assim resolvo descer, ir para o outro lado do estádio (só depois reparei que dava para atravessar a arquibancada sem sair dela).

Quando subo, estou no meio da Mancha. A impressão é que esta torcida é muito, mas muito mesmo, mais animada que a outra. Animada até demais, então resolvo ficar entre os blocos, distante das duas, no meio, com uma terceira torcida organizada que tinha alguns bumbos, chamada Savóia.

O espaço estava um pouco mais vazio e tinha mais cara de "família". Logo o ambiente também mudou, mas eu fiquei.

Tudo novo e fascinante, de um lado ficava olhando a Mancha descendo e subindo a bandeirona e suas coreografias. De outro, a TUP fazia sua parte. Num misto de análise sociológica e idiotice pura, estava tão encantada com tudo, que o jogo havia começado e eu nem tinha visto!

O jogo corre, eu ainda aprendendo os cantos da torcida, procurava entender quem era dono de qual camisa em campo. Mais tarde, seguindo as orientações padrão, aproveitava qualquer deixa para xingar o juiz. Deflagrada a cota de "elogios" ao dono do apito, me considerei credenciada como torcedora.

Fim do primeiro tempo. Enquanto aguardava, o vendedor gritava "cerveja, cerveja". Por uma questão ética, não pago quatro reais em cerveja servida em copo de plástico. Por isso, me livrei de ser ludibriada pela falsa oferta. Hoje, pela manhã, me certifiquei com o Anselmo: era sem álcool.

O resultado: intervalo sem cerveja.

Com o retorno dos jogadores, chegou às proximidades um grupo de torcedores daqueles que gritam durante 45 minutos. Sugerem destinos aos jogadores ("volta pro Grêmio, Diego!"), fazendo ironias sem cessar ("tão achando que é pinbolim (sic)?"), além de incentivar o time ("é isso time, é isso time, cruza alto, porra!").

E claro, na hora do gol do Palmeiras (o que empatou a partida) pude experimentar a sensação de ver as 19 mil pessoas pulando e gritando, além da euforia que empurrou o time, que por sua vez esbarrou nas deficiências técnicas de alguns e na falta de alvo certeiro de outros. Sinceramente, não havia torcida do Figueirense.

Fazendo uma cera enorme, fazia coro com os pedidos de cartão para os jogadores do Figueirense. Que de nada adiantou, com o apito final, a torcida decepcionada se dividia entre os que não paravam com os "elogios" ao juiz, aos jogadores e as cobranças de uma vitória no clássico de domingo.

Para mim, enquanto aguardava o tumulto da saída do estádio, de certo a vitória seria mais agradável. Mas estava muito mais empolgada por ter finalmente assistido a um jogo e ter começado a entender definitivamente a tal da paixão pelo futebol, do que a sensação do resultado positivo.

Mesmo assim, fui comemorar. De lá, direto pro bar.

Empate em casa deixa o Palmeiras em quinto

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Que bar é este que não tem TV? Foi num lugar assim que eu não assisti o empate entre Palmeiras e Figueirense no Palestra Itália. Diferentemente dos jogos contra Vasco, Flamengo e Cruzeiro, em que foi goleado, o time catarinense soube segurar os paulistas. O tropeço representou os dois primeiros pontos perdidos em casa no Brasileiro e a manutenção da quinta posição. Ou, chance perdida de se aproximar do Flamengo.

O alviverde paulista saiu perdendo aos 16 e empatou aos 25 do segundo tempo, com gol de Alex Mineiro. O artilheiro, ao lado de Marcinho, desviou com o bico da chuteira o cruzamento de Fabinho Capixaba, depois de jogada individual. Constam boas jogadas do Figueirense, que poderia ter feito estrago maior.

É importante o lateral reserva funcionar um pouquinho melhor. Jefferson, pela esquerda, perdeu um gol aos 49 da segunda etapa. No resto, não há registros de que tenha entrado em campo. Pelo jeito, ambos não estão no nível dos titulares, mas o canhoto está mais distante.

Sem cruzamentos como no jogo passado, avalia Vicente Criscio, do Terceira Via Verdão, a posse de bola e as finalizações não resolveram.

Ao contrário do que eu imaginei, Lenny saiu jogando, se movimentou, mas foi substituído por Denílson na segunda etapa. Pierre torceu o tornozelo, deu lugar a Wendel, que deu lugar ao meia Evandro. O time ficou com a surpreendente formação de um único volante, Léo Lima. Evandro é capaz de pôr Valdívia no banco dia desses.

"O Verdão permanece em quinto, e mais do que nunca uma vitória frente ao São Paulo domingo é obrigação", explica Conrado, do Parmerista. Para o clássico, o Palmeiras tem o reforço de Martinez e Kléber.


O parceiro considerou lamentável a atuação de Valdívia, e lhe concedeu nota 2,5. Os 19 mil palmeirenses (ou seria 19.001?) viram o mago realizando o número do desaparecimento, tirando o fato de ter levado cartão uma partida depois de ter cumprido suspensão pela terceira advertência. Ao que consta, a última vez em que o chileno esteve bem na foto foi ao lado de duas modelos na apresentação do novo uniforme, estreado ontem, aliás, mais verde escuro.

quinta-feira, julho 10, 2008

Corinthians goleia o Marília e ganha reforços da enfermaria

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Assisti o compacto de Corinthians 5 x 0 Marília. Num jogo cheio de complicações, a começar por Herrera e Douglas, dois destaques do time, já eram desfalques por suspensão. Já em campo, uma cabeçada estilo Três Patetas de William e Nilton tirou o volante de campo com o nariz quebrado. Alessandro também saiu cedo, com uma contusão no músculo da coxa.

Os substitutos dos desfalques iniciais foram Acosta, meio de atacante, e Lulinha, mais ou menos de meia. No lugar dos machucados durante a partida (antes de 15 minutos do primeiro tempo) foram Carlos Alberto no meio e o estreante Denis (ex-Santos) na lateral-direita

O time começou meio estranho, mas melhor que o Marília. Acosta, surpreendentemente, vinha jogando bem, e sofreu um pênalti (pra lá de discutível), convertido por Chicão. O zagueiro, além disso, matou a pau na defesa e na saída de bola.

Denis, contrariando um pouco previsões bastante pessimistas do santista Glauco, não foi mal. Fez duas ou três boas jogadas no ataque e não comprometeu a defesa. A tabela com Lulinha que resultou no quinto gol foi bonita (a conclusão foi sorte).

No segundo tempo, Acosta foi infantilmente expulso, mantendo o status de minha decepção no ano. Além disso, a bola bateu no braço (aberto) de Eduardo Ramos e o juiz deu pênalti, o que pode ser questionado se levarmos em conta a tal da intenção, numa discussão infértil, mas que no fórum adequado pode ser divertida. Como Felipe pegou, deixa pra lá.

No mais, o placar elástico se deveu mais a uma atuação bisonha do goleiro do Marília, que levou um gol por debaixo das pernas de Dentinho, pegou com a mão bola recuada com os pés por um zagueiro e deu azar no chute de Denis. Mas o Corinthians foi pra cima, jogou melhor que o Marília e mereceu com folga a vitória.

Mais dois
Da enfermaria, surgem dois reforços para o elenco alvinegro: o meia Dinelson e o volante Marcelo Oliveira. O primeiro era um carinha habilidoso, mas pouco produtivo, que chegou numa das infinitas crises do Corinthians (se bem me lembro, com Regis Pitbull), jogou Copa São Paulo e ficou meio esquecido. Quando começou a ser aproveitado, arrebentou o joelho e ficou coisa de um ano parado. Dada a escassez de meias em todo lugar, pode ser boa opção e, vai saber, de repente cola.

Marcelo Oliveira era um segundo volante, prata da casa, que começou no início do ano passado. Jogava numa espécie de ala esquerda, naquele time do começo do Brasileiro que chegou a disputar a liderança. William foi vendido, Oliveira arrebentou o joelho (sempre ele), um monte de outras coisinhas aconteceram, e acabou-se a ilusão. Mas fiquei com uma ótima impressão do rapaz, inteligente, tocava bem a bola, descia na hora certa. Se voltar no mesmo nível, disputa vaga no time titular de segundo volante.

E menos um
O Timão não paga mais o salário de Roger. O dublê de meia rescindiu seu contrato e foi para o Qatar, onde será feliz. O Grêmio chiou barbaridade, mas eu achei foi bom.

Impressões despropositadas

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Esse post é mais uma encucação de um torcedor preocupado com o seu time do que uma análise jornalística. Deve ser interpretado com esse prisma. Mas também adianto que eu, no atual momento, não conseguiria fazer um artigo profissional tão díspar assim.

Ontem estive na Vila Belmiro para ver Santos 1x1 Grêmio. Surpreendeu-me a Vila lotada; e até arrisco dizer que o número de 10 mil presentes anunciados não condiz com a realidade. Mas esse não é o assunto. Quanto ao time em campo, vi um Santos aguerrido, determinado, com Kléber fazendo - e no meio-campo - talvez sua melhor atuação em 2008. Michael e Maycon Leite (isso é nome de jogador, meu deus!?) também atuaram muito bem e deram esperança à torcida peixeira. O primeiro, inclusive, foi premiado com um belo gol.

Mas o Santos não venceu. E é aí que eu queria focar a tal encucação.

Saindo do jogo, a caminho de casa, ouvi no rádio a entrevista coletiva do Cuca. E o tom das declarações do técnico sugeria uma postura derrotista, conformista, aquela que não passa a menor confiança. "O time criou, mas não é todo dia que uma bola bate no travessão, que o goleiro faz defesa com o pé, que a bola passa raspando três vezes só no primeiro tempo... mas um dia a bola vai entrar e as coisas vão melhorar". Aí que tá. É essa expectativa de que tudo vai dar certo no final - que final? - que me assusta.

Cuca parece ter consigo um estigma irretirável de perdedor. Nos acostumamos a vê-lo no Botafogo em situações muito parecidas - a da quase-vitória, do trabalho que não dá certo por detalhes, do esforço não-recompensado, das coletivas explicando derrotas e insucessos.

No Santos atual, onde há cenário de crise institucional, incompetência administrativa e pindaíba financeira, talvez esse espírito do "quase deu" seja o componente que faltava para o time amargar um rebaixamento.

Querendo ou não, são seis partidas sob o comando de Cuca, e nenhuma vitória sequer. Com direito a um 4x0 contra o fraquíssimo Goiás em plena Vila. Não tenho números, mas, falando de cabeça, não lembro de um treinador que tenha demorado tanto tempo assim para vencer um jogo no comando do Santos. Por menos, por muito menos, Leão, o técnico que tirou o Santos da fila em 2002, foi agressivamente pelos torcedores santistas no início do ano. Até quando Cuca permanecerá, para usar uma gíria do jornalismo político, "blindado"?

Melhorou, mas não ganhou

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Ontem finalmente o Santos parece ter acordado para o campeonato. Dominou com sobras durante a maior parte do primeiro tempo e somente Maikon Leite perdeu três oportunidades de abrir o placar. Aliás, o atacante de 19 anos vindo do Santo André mostrou habilidade e velocidade, atordoando a defesa gremista principalmente quando atuou pelo lado esquerdo.

Cuca utilizou a formação com três atacantes e Kléber no meio-de-campo, abandonando parcialmente o esquema com três defensores usado na partida contra o Atlético (PR). Digo “parcialmente” porque Rodrigo Souto jogou à frente da zaga, recuado, na intenção de dar mais qualidade à saída de bola. Michael, estreando como ala esquerdo, também cumpriu essa função, e bem.

Mas o time tomou um gol em uma jogada de escanteio, onde Rodrigo Mendes estava inacreditavelmente sozinho. Isso gerou a justa cobrança de Fábio Costa em Kléber Pereira, que deveria estar no primeiro pau. A propósito, onde se esconde o futebol do artilheiro santista, que não consegue sequer acertar um passe?

Inúmeras chances desperdiçadas depois, o Santos conseguiu empatar em um belo voleio de Michael. Sorte da equipe da casa, que, se voltasse para o segundo tempo em desvantagem, certamente penaria com o descontrole de nervos que tem caracterizado seus atletas.

A etapa final foi mais equilibrada, com o Grêmio chegando mais no ataque. Roth colocou três atacantes para tirar a sobra da defesa santista. As chances no segundo tempo surgiram para os dois times e os gaúchos chegaram mais do que nos 45 minutos iniciais. A dupla de zaga santista conseguiu piorar o seu parco desempenho do primeiro tempo, com Fabão e Marcelo absolutamente inseguros. Por pouco não entregaram o ouro. Perto do fim do jogo, Roth desfez o esquema com três à frente quando resolveu que o empate estava bom. Uma certa pressão peixeira e nada de gol.

Se o Santos estivesse em situação normal, um empate em casa com o então terceiro colocado poderia ser até um resultado aceitável. Contudo, a pressão pela recuperação impede qualquer tipo de alívio. Mas pelo que se pôde ver ontem, há esperança mais adiante. Que a virada não tarde. E que os dois “Kléberes” voltem a jogar o que podem.

Notas de um bom futebol

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Não vi as outras partidas, claro que por estar em frente à TV para Galo e Flamengo, no Mineirão.

O resultado, empate em 1 a 1, poderia ser melhor. Como aconteceu antes contra o Palmeiras, o Atlético Mineiro pedeu muitas chances de gol, principalmente no segundo tempo. Faltou, mais uma vez, competência para o ataque. Mas é verdade também que o Flamengo teve chances no contra-ataque e poderia ganhar mais uma.

De qualquer forma, foi uma ótima partida de futebol. A esperança é que agora com os times voltados apenas para o Brasileirão, enfim melhore o nível, que estava sofrível até então.

Para não dizer que não vi nada além do próprio umbigo, assisti a pedaços de Flu e Atlético Paranaense no primeiro tempo. Os três a zero foram falsos. Os paranaenses poderiam empatar ou até ganhar na primeira etapa. Não fizeram e tomaram.

Bom para o Flu, que mesmo sem dois de seus maiores jogadores, os Thiagos, conseguiu vencer e começar a subida para fora da zona de rebaixamento.

Só uma provocação para terminar. São Paulino não aparece mesmo em dia de derrota?

Daniel Dantas e outros dez fora da cadeia

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O habeas corpus levou menos de 48 horas para sair. Daniel Dantas e outros dez detidos na operação Satiagraha foram liberados na noite de ontem, 9. Celso Pitta e Naji Nahas seguem na sede da Polícia Federal.

Jornalistas fizeram plantão por lá durante o dia para ouvir os advogados de defesa queixosos por não terem acesso aos autos do inquérito, mas apenas à decisão que determinava a prisão dos investigados para coleta de provas.

No plenário do Senado, parlamentares como Arthur Virgilio e Heráclito Fortes defenderam os direitos de defesa e de preservação da imagem dos alvos da operação da Polícia Federal. Mostrá-los em algemas é um exagero, dizem.

Divulgação


O ministro Tarso Genro reconheceu que a imagem de Pitta sendo acordado, de pijama, exibida pela Globo, foi uma violação de normas internas do novo manual da Polícia Federal. Segundo ele, a exposição que cause constrangimento ao preso ou viole os direitos individuais garantidos pela Constituição é proibida.

Vale lembrar que esses protestos ganham a tribuna do Congresso quando as vítimas são banqueiros, políticos e empresários, enquanto a crítica à aplicação das algemas em adolescente, por exemplo, recebe bem menos atenção.

As queixas contra as "arbitrariedades da PF" aconteceram antes na prisão de Adriano Schincariol, diretor-superintendente do grupo, e outros executivos. Também aconteceu na operação Persona, da Cisco, e na operação 274, com postos de gasolina. Até na prisão do narcotraficante Juan Carlos Abadia houve esse tipo de queixa – em virtude de endereço errado.

Enquanto isso, nas análises do caso, repetir o que disse Paulo Henrique Amorim ganhou estatuto de lugar comum. Dantas tinha sua bancada no Congresso e circulava tanto no governo Fernando Henrique Cardoso quanto no de Lula. E torcer para que alguma bomba caia em colo governista virou a aposta da oposição.

Se o trânsito era tão intenso, deve ter gente preocupada. Já tem até ranking de nervosismo pós-Satiagraha.

quarta-feira, julho 09, 2008

De novo, sem Leandro e Granja. Sem Kléber também

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O Palmeiras vai a campo contra o Figueirense, na quinta-feira, no Palestra Itália, sem os laterais titulares, Leandro pela esquerda e Élder Granja pela direita. Enquanto o primeiro se acerta com o Porto para prorrogar o contrato, o segundo tem que lidar com a sentença judicial que deu ganho de causa ao Corinthians de Alagoas, assegurando ao time de Maceió que o lateral deve se apresentar por lá. A negociação corre solta.

Dá-lhe Fabinho Capixaba e Jefferson, mesmo tendo ido muito mal contra o Atlético MG.

No ataque, o desgovernado Kléber cumpre a segunda partida de suspensão determinada após a expulsão contra o Náutico, resultado do segundo cartão amarelo na partida, que era seu terceiro acumulado. Quer dizer, como já estaria suspenso de um jogo pelo terceiro amarelo, ficou dois de fora por também ter sido expulso. E pode piorar se o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) ampliar a pena nesta terça.

Lenny tenta, mas o titular deve ser Denilson. Jorge Preá não seria mal, mas é inferior ao Kléber (em termos de futebol, não estou falando em carrinhos nem cotovelos).

Valdívia volta, mesmo tendo sido expulso do treino por reclamação excessiva contra o árbitro Nélson Souza Góes. Mandou o aprendiz para "aquele lugar" por três vezes. Em português.

O elenco verde não é tão ruim como dizem os secadores nem tão bom quanto acreditou a imprensa na cantilena do treinador Vanderlei Luxemburgo. Mas se não renovar com a dupla de laterais titulares, a casa vacila.

terça-feira, julho 08, 2008

Daniel Dantas na cadeia

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Algo que eu e meus botões sempre consideramos como um sonho quase impossível de ser realizado aconteceu nesta manhã: Daniel Dantas, o monstro, o mito, foi preso pela Polícia Federal. Junto com ele foram toda a cúpula de seu banco, o Opportunity, incluindo sua irmã, Verônica Dantas, além do especulador Naji Nahas e do ex-prefeito de São Paulo, Celso “Nunca mais votem no Maluf” Pitta.

As prisões forma resultado da Operação Satiagraha da PF, que nesta terça-feira pela manhã cumpriu 24 mandados de prisão e 56 ordens de busca e apreensão. As acusações sobre a trupe são vastas e variadas, incluindo lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, sonegação fiscal, evasão de divisas e espionagem.

A cobertura mais completa do acontecido, numa série de reportagens que estão sendo feitas por quem manja do assunto, é do Terra Magazine, de Bob Fernandes. É dele o trecho seguinte: “Das entranhas do que há de mais poderoso nos comandos financeiros, sociais e políticos - como conhecerão em detalhes os leitores de Terra Magazine nos próximos dias -, emerge o que a Polícia Federal, depois de 2 anos de investigações, trata como organização criminosa comandada por dois grupos distintos e dois "capos" - expressão da própria PF - que atuariam em consórcio, Daniel Valente Dantas e Naji Robert Nahas.”

E quando fala de poder financeiro, Fernandes não está brincando. Não me lembro de nenhum grande escândalo de corrupção, lavagem de dinheiro, caixa 2 ou o que seja que ocorrido no Brasil nos últimos 10 anos sem que o nome de Daniel Dantas ou um de seus prepostos tenha sido envolvido de alguma forma. Privatizações, Banestado, Valerioduto, grampos da Kroll, dossiês, financiamentos de campanha, favorecimento de empresas por Bancos Públicos, tudo tem a digital de Dantas em algum momento.

Economista, ele inicia sua “militância política” no antigo PFL, hoje DEM. Chegou a ser cogitado para ocupar o Ministério da Fazenda do governo Collor. Trabalhou em bancos por ai e, em 1996, segundo ano do primeiro mandato do tucano Fernando Henrique Cardos na presidência, abriu o Opportunity.

No governo de FHC atingiu sua estatura de “capo”, nas palavras da PF. Por meio de um fundo de investimentos criado num paraíso fiscal, foi o grande beneficiado nas famigeradas privatizações das telecomunicações brasileiras, sobre as quais pairam suspeitas das mais diversas. Associou-se ao Citibank e aos fundos de pensão brasileiros e manipulou uma quantidade impressionante de dinheiro de um lado para o outro. Brigou com seus parceiros um por um, sendo defenestrado do comando da cadeia societária da BrasilTelecom e outras teles graças sobretudo à atuação da Previ. É alvo de uma ação bilionária na justiça dos EUA, movida pelo Citibank.

A queda de Dantas poderia levar a uma reação em cadeia que vitimaria, em maior ou menor grau, todos os grandes partidos brasileiros, além de boa parte do empresariado (sim, porque ninguém se vende sem ter quem compre). Veremos até onde a PF consegue chegar.

Veja mais Daniel Dantas no Futepoca.

Mesmo se quiser, Dunga não vai armar retranca

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Os 18 de Dunga foram chamados ontem. Ronaldinho Gaúcho, Robinho e o zagueiro Thiago Silva são os maiores de 23 com passaporte carimbado para a Olimpíada de Pequim.

Aos que acusam Dunga de retranqueiro, uma nota: são dois goleiros, três laterais, três zagueiros e três volantes. Os outros sete são meias ofensivos e atacantes.

Note-se que estou chamando de ofensivos jogadores como Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves do Fluminense e Diego do Werder Bremen. Na frente, é indiscutível que Alexandre Pato, do Milan, Jô, do Manchester City, Rafael Sobis, do Real Bétis, e Robinho, do Real Madrid, são atacantes natos.

Mas cabem mais questionamentos. Thiago Silva nunca atuou como titular de Dunga. Foi convocado nas Eliminatórias, mas ficou no banco de Juan e Lúcio, os titulares. O treinador xará de anão resolveu variar. É justo, mas o cara não foi bem na final da Libertadores. Uma partida não queima uma biografia, claro. Mas ainda preciso entender melhor.

À lista:

Goleiros
Diego Alves - Almería
Renan - Internacional

Laterais
Ilsinho - Shakhtar Donetsk
Rafinha - Schalke 04
Marcelo - Real Madrid

Zagueiros
Alex Silva - São Paulo
Breno - Bayern de Munique
Thiago Silva - Fluminense

Meio-campistas
Anderson - Manchester United
Hernanes - São Paulo
Lucas - Liverpool
Ronaldinho - Barcelona
Thiago Neves - Fluminense
Diego - Werder Bremen (opção de link)

Atacantes
Alexandre Pato - Milan
- Manchester City
Rafael Sobis - Real Bétis
Robinho - Real Madrid

Detalhe
Na página da CBF constam fotos dos atletas convocados. Alguns apresentam imagens com fundo recortado de modo tosco, como a do Robinho e do Lucas. Mas a mais curiosa é de Alexandre Pato (abaixo). Na época em que foi tirada, o jogador ainda tinha espinhas. Compare.

Esforço motivacional para times na zona da degola

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Se até Rubens Barrichello com a Honda conseguiu um pódio, por que não, Santos? Rumo a Libertadores!!!

segunda-feira, julho 07, 2008

Beckham ajuda a vender cuecas na Inglaterra

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Por Brunna Rosa



Deu no jornal inglês Telegraph: a venda de cuecas da marca que o jogador inglês David Beckham está promovendo subiu até 150% nas lojas londrinas. O marido de Vitoria realizou recente sessão de fotos – muitas ainda não liberadas para o grande público - posando apenas com a pequena peça íntima nas praias de Malibu. Em todas as fotos as tatuagens do moço são bem visíveis, mas isso já é assunto para outro post.

Segundo a loja consultada pela reportagem do jornal britânico, o modelo mais procurado da marca é o usado por Beckham na primeira foto, bem justo ao corpo. "Muitos homens ainda estão assustados com esse tipo de cueca, mas as vendas aumentaram. Reparamos que os homens estão trocando o modelo mais tradicional por este", diz Mithun Ramanandi, o gerente.



A campanha com Beckham está sendo veiculada em revistas de esportes e de moda, além de gigantescos outdoors em diversas cidades do mundo, entre elas, Nova York, Los Angeles, Londres, Milão, Roma, Paris e Tóquio. Quanto a São Paulo, a reportagem apurou que, devido às restrições da “Lei Cidade Limpa”, a foto do jogador não será veiculada.

Frisson nos EUA
Já na Califórnia, o outdoor do atleta causou tumulto em junho deste ano. Milhares de fãs fizeram fila para vê-lo em carne e osso e Beckham compareceu e autografou as vestimentas dos 175 primeiros compradores que gastaram mais de US$ 200 por cada cueca.

Segundo o site Female First, o jogador teria ficado "impressionado com a quantidade de pessoas que estavam olhando a sua foto". O mesmo portal informa que um musical sobre a vida do jogador e de sua mulher, Victoria Beckham está sendo produzido.

Na Nova Zelândia, TV se engana e mostra filme pornô em vez de esporte

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Domingão, 6, e os fãs de rugby na Nova Zelândia assistiam ao canal de TV aberta Prime Television. No ar, o programa Toyota Grassroots Rugby, que detém a transmissão de todas as partidas da temporada nacional. De repente, lá pelas 15h locais, por quatro minutos ininterruptos, entra no ar a transmissão do canal pay-per-view pornográfico Spice:Xcess.

Segundo a programação do canal adulto, o filme exibido seria Desperate Blackwives 2 (foto), que estreava no canal naquele fim de semana. As emissoras rivais tripudiaram ao mostrar pais inconformados e crianças supostamente chocadas.

Foram "premiados" os espectadores da região de Auckland (norte da ilha) e os assinantes de TV por assinatura via satélite. Segundo o porta-voz da empresa, Tony O'Brien, técnicos da emissora acusaram uma confusão no processo de distribuição e a rede pediu desculpas por qualquer ofensa causada.

O tropeço (ainda) não derrubou

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Rubens Chiri/saopaulofc.net
O São Paulo deu vexaminho ontem, pelo Campeonato Brasileiro. Empatou em um gol com o fraco Ipatinga, em casa. E, se não fosse Rogério, que defendeu pelo menos três bolas muito difíceis, poderia ter sido pior.

O Tricolor jogou mal inteiro, mas, surpreendentemente, a zaga falhou demais. Alex Silva e Miranda estiveram irreconhecíveis. Alex até quis sair no braço com o Zé Luis. Será que é por isso que o Muricy tanto esbraveja contra as especulações antes da janela de transferências? Estariam os dois zagueiros com a cabeça na Europa e nos seus possíveis salários em euros? Que seja, não é comum um jogo tão ruim assim dos dois. Espero que tenha sido um ponto fora da curva da normalidade.

Mas, de qualquer forma, o empate não parece ter prejudicado muito o time na tabela. Com a vitória, o São Paulo apenas teria subido uma posição, ultrapassando o Náutico e colando no Palmeiras. E o Ipatinga não é adversário na busca pelo título (ou pela vaga na Libertadores).

Uma vez ouvi o Casagrande dizendo que, nos torneios de pontos corridos, existem vários pequenos campeonatos: o que vale o primeiro lugar, aquele pela classificação para outros torneios e o do rebaixamento. São Paulo e Ipatinga não dusputam o mesmo campeonato. Se a teoria vale mesmo, um tropeço diante do Ipatinga não é tão ruim (isso só na tabela, claro, porque empatar com o Ipatinga dói).

O São Paulo impediu que o Flamengo ganhasse 3 pontos em casa e arrancou um empate com o Cruzeiro, também fora. Aí, prejudicou adversários diretos.

Por isso, as próximas três rodadas, contra Palmeiras, Náutico e Vitória, serão decisivas para o São Paulo mostrar qual campeonato está disputando. O principal, o pela Libertadores ou, no máximo, aquele que vale a Sulamericana?

A torcida imaginária da Globo

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O assunto não é novo, mas como continua a acontecer, merece menção. Ontem, após secar Roger Federer e assistir a um jogo épico na final de Wimbledon, vi o restinho da partida entre Atlético (MG) e e Palmeiras. Parecia até que o confronto era no Palestra Itália. Só se escutava a torcida do Verdão, de forma tão nítida que chegava a rivalizar com a narração e os comentários. Em franca minoria entre os 35 mil pagantes no Mineirão, a Globo fez com que chegassem aos nosso ouvidos a adaptação da torcida verde de Asa Branca, praticamente uma segunda morte de Luiz Gonzaga, e outra “versão”, do Dale Boca, pra mim prova do complexo de vira-latas eterno que volta e meia se manifesta nesse pais, além de brutal falta de criatividade (antes que digam, não é exclusividade da torcida palestrina).

Na final a Copa do Brasil, os corintianos, que representavam pouco mais de 5% da torcida na Ilha do Retiro, tinham seus gritos transmitidos para todo Brasil, enquanto o correto Cléber Machado narrava quase com lamentação os gols do Sport. O assunto foi pauta no Extracampo e no De Primeira, onde o colunista Julio Moreira explicou o recurso: “O áudio foi captado e divido em 3 canais - o do narrador, o da torcida do Corinthians e o geral do estádio. Então, o diretor técnico aumenta o volume do canal da torcida do Corinthians e diminui o volume geral do estádio.”

Fiquei impressionado com esse tipo de recurso quando, na partida entre Cruzeiro e Santos, mesmo com o time paulista perdendo por 1 a 0, só se ouviam os santistas cantarem em pleno Mineirão. Mesmo com a goleada, de novo o “fora Leão” que se gritava superava uma maioria feliz no estádio. O mesmo se repetiu no domingo retrasado, no jogo entre Cruzeiro e São Paulo.

A lógica, pra variar, é comercial. Como a partida não é transmitida para a praça em que ela acontece (exceção à final da Copa do Brasil), busca-se privilegiar o mandante, ainda mais sendo de São Paulo, foco principal dos anunciantes. Mas existe uma clara distorção da realidade, ainda mais quando o locutor corrobora a farsa dizendo: “e olha como canta a torcida do [time paulista].”

Transmissões esportivas têm um caráter de espetáculo, de entretenimento, e os recursos eletrônicos e palpiteiros de cabine estão aí pra isso. Mas também merecem um tratamento jornalístico, e isso a Globo faz bem, com repórteres de campo competentes e outros profissionais que dão uma bela retaguarda ao que acontece na rodada. Entretanto, quando falseia o som ambiente de forma tão grotesca, acaba jogando por água abaixo qualquer esforço de todos ali envolvidos, reforçando bairrismos e ludibriando o espectador comum.

Se for pra abandonar o critério jornalístico, talvez seja melhor contratar os humoristas do Pânico para fazer reportagens de jogo e, quem sabe, a Lucia Hippolito para comentar da cabine, para ouvirmos mais análises e ilações de nível como a descrita aqui. Já que é circo...

No butiquim da Política - Ninguém sabe, ninguém viu

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*Por CLÓVIS MESSIAS



Não estou brincando. Corre pela Casa, expressão corriqueira no legislativo paulista, que uma cadeira daquelas importadas que foram compradas para serem usadas no novo anexo do Palácio 9 Julho (ainda no esqueleto), foi levada por um deputado estadual que ocupa uma secretaria municipal, para maior conforto em seu gabinete. Vale uma lembrança: este mobiliário, comprado pelo mesmo parlamentar, está empilhado nos corredores e subsolo do prédio da Assembléia Legislativa. Numa mesa, aqui neste buteco, um filósofo disse que nunca antes tinha visto comprarem móveis antes da casa ficar pronta. O filósofo tem razão, mas em casa política tudo pode acontecer, acreditem.

O setor de patrimônio do legislativo diz que não sabe se a cadeira saiu, mas também consta que não conferiu. A cadeira, com encosto alto, saiu e ninguém viu. Ela foi apelidada de "cadeira Cauby Peixoto": "se sumiu, ninguém sabe, ninguém viu" (paródia de trecho da música "Conceição", sucesso maior do cantor). Mas não ria, não. É sua grana que foi embora. O prédio anexo teve sua construção estimada em R$ 7,5 milhões, já passou para R$ 28 milhões e nada. É o teu, é o meu, é o nosso dinheiro indo pro ralo.

A primeira etapa do esqueleto, com direito a "gabinete modelo" foi inaugurada, com placa comemorativa e festa, pelo então presidente da Casa e da "obra", deputado Rodrigo Garcia, do DEM, pelo 1º secretário, deputado Fausto Figueira, do PT, e pelo 2º secretário, deputado Geraldo Vinholi, do PDT. A obra não teve nenhuma medição aprovada pelo Tribunal de Contas do Estado, segundo sua assessoria. O Ministério Público também não aceitou as explicações pelo atraso e pelos adendos contratuais, e continua investigando. Enquanto isso, cadeira vem, cadeira vai...
*Clóvis Messias é dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa de São Paulo e escreve semanalmente para o Futepoca.

domingo, julho 06, 2008

Arnaldo, o pior comentarista do mundo

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Arnaldo César Coelho é o pior comentarista de arbitragem do país, não porque não conheça regras, o que poderia até ser aceito.

Arnaldo é o pior porque é venal. Sabe a regra e comenta de acordo com seus interesses.

Se o jogo é passado para o maior mercado, São Paulo, comenta sempre a favor do time do maior estado e com potencial maior de audiência.

No mínimo, faz média.

Escrevo no intervalo do jogo. O Galo pode ganhar ou perder, mas vamos aos exemplos.

Alex Mineiro vai com o braço aberto, acerta a cabeça do zagueiro do Atlético com uma cotovelada e Arnaldo diz que foi sem intenção. O zagueiro sai de campo sangrando e nem pode voltar. Mas o pior comentarista de arbitragem do país mantém a opinião. Kléber Machado ao ver a imagem vai dizer que Alex deu uma cotovelada. Pára e diz que Alex foi com o braço na cabeça. Pelo amor de Deus...

Na seqüência, o zagueiro do Palmeira acerta a cabeça de um jogador do Atlético na área. Corretamente, o juiz marca pênalti. Arnaldo diz que foi exagero, que deveria marcar jogo perigoso...

No pênalti mal batido, Marcos defende, mas a câmera mostra o jogador do Palmeiras que tira a bola invadindo. Arnaldo diz que ele não conseguiria perceber.

Apenas três exemplos de uma parcialidade sem tamanho. Não fez durante todo o primeiro tempo nenhum comentário a favor do Galo.

Tenho a opção e mudei de canal, fui assistir no pay per view...

E quem não pode? Tem de agüentar o pior comentarista do país, repito, não porque não sabe regra. Poderia deizer levianamente que é desonesto. Vou finalizar dizendo apenas que é parcial demais...