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A balbúrdia, os interesses globais e os favorecimentos “inexplicáveis” jamais abandonarão o futebol brasileiro.
Exemplos desta semana:
1 - o Flamengo, que tinha sido condenado, como mandante, a jogar sem torcida contra o Atlético-PR pela penúltima rodada do Brasileiro, conseguiu efeito suspensivo (um eufemismo muito utilizado no futebol nacional, que quer dizer maracutaia) e pretende lotar o Maracanã no tal jogo. A pena “cassada” tinha sido imposta devido a uma lata de cerveja (cheia) e um artefato tipo foguete atirado ao campo na partida contra o Grêmio, uma atitude bastante leve, como se vê.
Entre 2004 e 2005, o Santos perdeu o mando de campo de inúmeras partidas (tantas que nem sei), cumpridas até 2006, e jamais o Alvinegro foi beneficiado com esse favor espúrio concedido ao time do RJ nesse momento de decisão do BR 2007.
Qualquer coisa jogada no gramado deveria ser objeto de punição. Mas, reconheçamos, copos de plástico e sandálias Havaianas são bem menos perigosos à integridade física das pessoas do que latas de cerveja cheias e fogos. No entanto, o Flamengo foi “absolvido” temporariamente pelo digníssimo Rubens Appropato Machado, presidente do intocável STJD, e provavelmente cumprirá a pena num jogo que nada valerá. O técnico do Palmeiras, Caio Jr., vulgo Harry Potter, entre os diretamente interessados no assunto, se manifestou de maneira importante sobre o episódio (o vídeo não roda muito bem, mas veja aqui). No mundo jornalístico, o programa Sportscenter, da ESPN Brasil, também criticou (ironizando) essa absolvição casuística e ridícula.
2 - Os interesses da Rede Globo adiaram os jogos Corinthians x Vasco e Atlético-MG x Goiás para quarta-feira, dia 28, três dias depois da data original em que acontecem todas as partidas da penúltima rodada. Além de Goiás e Corinthians (os beneficiários dos interesses da Rede Globo), Paraná e Náutico também tentam fugir do rebaixamento. O Paraná, com toda a razão, quer que seu jogo contra o Santos também aconteça no dia 28, no mesmo horário dos outros dois.
Só um palavrão poderia definir os caras responsáveis por esses atos e decisões. Mas é melhor não falar palavrão.