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Tem dia que a bola não entra. Um dos gloriosos chavões do ludopédio tupiniquim pode ser usado para explicar o resultado de 1 a 0 para o Fluminense na Vila Belmiro ontem. O Santos criou inúmeras chances para sair do jogo com um resultado melhor, mas a danada não quis ir pra rede.
As estatísticas mostram um pouco do que foi a partida. O Peixe teve 61,26% da posse de bola contra 38,74% do Tricolor. Foram 19 finalizações contra 11 e, para quem gostou do estilo de troca de bola da Espanha na Copa, atente para os números do Alvinegro: 313 passes certos e 36 errados contra 136 certos do visitante e 26 equivocados.
Isso não quer dizer que o Fluminense não tenha chegado com perigo. Além do gol, teve duas boas oportunidades no segundo tempo, ambas com a participação do ala esquerdo Carlinhos. Mas foi o treinador Muricy Ramalho que resumiu bem a partida, ao fazer a comparação da jogo de ontem com o empate do seu time contra o Grêmio Prudente, na última quinta-feira. “O Grêmio Prudente é um time arrumadinho, encaixou o contra-ataque como a gente fez hoje”.
Ou seja, admitiu sem meias palavras, como é seu estilo, a proposta de jogo contra o Alvinegro na Vila, quase uma reprodução do esquema defensivo que garantiu seu sucesso no São Paulo: três zagueiros, dois volantes, saídas velozes pelas laterais e contando com o talento de Fred e Conca na frente. “Não é muito bonito, mas se você vier aqui pra jogar de mano com o Santos vai apanhar. E apanhar feio”, declarou o técnico. Com mais material humano de que dispunha no Palmeiras de 2009 e com um ambiente bem mais tranquilo, Muricy pode fazer do Fluminense um time bem difícil de ser batido.
Por conta do volume de jogo que o Santos produziu, com belas e rápidas trocas de bola e pelas chances criadas, não é o caso de fazer uma tempestade em função do resultado, mesmo a derrota sendo na Vila Belmiro. Assim como aquele revés contra o Palmeiras no Paulista não foi a derrocada esperada pelos secadores, o futebol apresentado contra o Fluminense dá mostrar de que o time está voltando a engrenar. Mas que engrene logo pois, ao contrário daquele clássico no estadual, hoje a situação do Alvinegro na tabela não é das mais confortáveis.
Laterais e André
Mesmo o resultado não sendo desesperador, é preciso ficar atento a alguns detalhes, até porque é a segunda derrota consecutiva. O desfalque de Léo é sempre sentido porque altera o posicionamento da defesa. Mais uma vez a marcação peixeira pelas laterais, em especial do lado de Maranhão, foi falha.
Já André fez novamente uma partida apagada. Quando foi negociado com o Dínamo de Kiev no meio do Mundial, um alívio para o torcedor foi o fato de ele permanecer para as finais da Copa do Brasil. Aí forjou-se a armadilha. O atleta quer jogar, tem vontade de ser campeão, mas seu desempenho caiu nitidamente.
Pode não ter nada a ver com a negociação, mas é inevitável relacionar uma coisa a outra. E substituir um jogador que fez questão de ficar para partidas decisivas e que é bem quisto pelo grupo não é uma decisão tão fácil, ainda que Marcel tenha entrado nas duas últimas partidas melhor que o titular. Dorival provavelmente está queimando a pestana para decidir o que fazer. E torcendo para que André jogue bem contra o Atlético-PR, até porque suas finalizações têm feito falta.
O Avaí venceu bem o Palmeiras por 4 a 2 neste domingo, 17, pela nona rodada do Brasileirão. O resultado é ainda mais triste para o lado alviverde considerando-se o fato de ter saído na frente e, apesar da virada, novamente igualar o marcador em 2 a 2, com um homem a mais. O time ainda acreditou que seria capaz de desvirar o jogo, mas foi a equipe catarinense aproveitou contra-ataques para decretar a vitória.
O time do Palmeiras que derrotou o Santos na quarta-feira tinha a aplicação defensiva e a determinação de um time de Luiz Felipe Scolari. O deste domingo foi capaz de marcar o primeiro gol e empatar. Com um homem a mais, o treinador fez substituições ofensivas – saída de Pierre para entrada de Tinga, o atacante Vinícius no lugar do meia Lincoln e Tadeu na vaga de Marcos Assunção – que surtiram pouco efeito.
Note-se bem que o time terminou com quatro atacantes em campo e nenhum meia. Tudo bem que só o camisa 99 consta na posição entre os jogadores do plantel disponível, mas se ainda houvesse esquema tático, ele seria descrito por um improvável 4-2-4. Porém, há que se considerar que a formação inicial tinha três volantes num 4-4-2 defensivo.
Tanto um fato como o outro também representam o que é – e como é interessante ter – Felipão como técnico. Mas nem sempre significa vitória. O que a derrota teve foi um técnico com disposição de tentar um resultado diferente. O revés veio por uma fatalidade, um pênalti, apesar de o Avaí ter jogado um segundo tempo melhor.
O Palmeiras precisa melhorar. Precisa de mais meias ofensivos e de tempo para acertar a parte defensiva. A paciência deste torcedor está bem e à disposição.
O jogo
Com 11 minutos, a primeira chance real do Palmeiras veio em uma cobrança de falta de Marcos Assunção do meio da rua. Renan não segurou e, na sobra, o lateral Gabriel Silva guardou. Felipão parecia mais contente do que o atleta promovido neste ano das categorias de base.
O empate foi encontrado 13 minutos depois. Primeiro, com domínio de bola. Depois, na prática, com um chutaço de Caio na entrada da área. O Palmeiras quase retomou a vantagem em contra-ataque em que Patric tirou a bola na hora H em finalização de Kleber. No lance seguinte, Robinho virou para o Avaí.
Ainda no primeiro tempo, os catarinenses ficaram com 10 na Ressacada. Pará tomou o segundo amarelo por entrada em Márcio Araújo.
Na etapa final, Felipão começou a pôr o time para frente, com Tadeu no lugar de Márcio Araújo. logo aos 9 minutos, em pênalti sofrido (provocado) e cobrado por Kleber veio o empate.
Depois do gol, a fumaça de sinalizadores disparados pela torcida na hora do empate pararam a partida por cinco minutos. A esfriada prejudicou os visitantes que, mesmo tendo Tinga no lugar de Pierre, não impediram o crescimento do Avaí. O alviverde teve pelo menos três boas chances de gol – duas em cobranças de falta – enquanto os catarinenses mandaram uma bola na trave do goleiro Deola.
Gols que importam, só nos minutos finais. Aos 45, com Caio de pênalti (estranho, mas que implicou a expulsão de Léo), e aos 47, com Roberto, deram números finais. Não deu para o Palmeiras.
Diz-se que dois raios não caem duas vezes no mesmo lugar. Então, bem mais improvável seria um mesmo raio cair duas vezes em locais e dias diferentes.
A vitória do Palmeiras sobre o Santos no Pacaembu na noite de quinta-feira, 15, por 2 a 1 foi surpreendente. Só os mais otimistas dos palmeirenses acreditavam que faria tanta diferença a simples presença de Luiz Felipe Scolari nos camarotes do Paulo Machado de Carvalho como auxiliar de luxo do Flávio Murtosa.
O time correu mais. Pelo menos em relação ao que se lembravam os torcedores do período pré-Copa do Mundo. Depois de marcar o primeiro gol, com Ewerthon, o time recuou, retrancou-se. Isso não dá orgulho em ninguém, mas antes o time sequer conseguia ser minimamente eficaz nisso.
O Santos não foi aquele do primeiro semestre, não tinha Paulo Henrique Ganso no primeiro tempo nem Robinho no jogo todo. Sofreu com faltas – algumas duras – no meio campo, e não conseguiu achar o jogo.
O segundo gol, do estreante Tinga, também de fora da área, reforçou a lembrança do feito no Campeonato Paulista, quando alviverde venceu por 4 a 3. Naquela ocasião, foram três tiros de fora da área, daqueles que não se acerta todo dia. No caso do segundo tento palmeirense, a bola desviou em Edu Dracena, que matou o goleiro Rafael.
Espero que não seja só contra o Santos.
O resultado anima, mas até Luiz Felipe Scolari calcula que é preciso repor peças depois da saída de Cleiton Xavier e de Diego Souza. Aqui entre nós, falta um lateral-esquerdo, talvez um zagueiro, um meia titular, outro para a reserva.
Além da troça do Murtosa, o que chamou a atenção foi a declaração do autor do gol que abriu o placar. Ewerthon disse: "Tenho que agradecer ao meu pai, Jorge, que insiste para que eu chute".
Por isso, este torcedor também agradece a seu Jorge. Curioso que o chute para um atacante seja uma ação que precise ser pedida, clamada, implorada. Por favor, chute a gol! A Espanha, na Copa, padecia desse problema. Já o Palmeiras têm muitas (muitas, muitas, muitas) outras deficiências a corrigir – muito mais mesmo, insisto, porque acho que ainda não ficou claro que a comparação é sem sentido.
"É este o problema com a bebida, pensei, enquanto me servia dum copo. Se acontece algo de mau, bebe-se para esquecer; se acontece algo de bom, bebe-se para celebrar; e, se nada acontece, bebe-se para que aconteça qualquer coisa." - Charles Bukowski
Depois de um mês pensando e vendo só Copa do Mundo, voltemos à vida cotidiana do Brasileirão 2010. E nada melhor que começar com o Corinthians, que foi a Fortaleza enfrentar o Ceará na noite desta quarta-feira. O Castelão lotado viu uma partida fraca dos dois lados, um por pouca inspiração, o outro quase por opção.
Não é à toa que o Vozão não tem a melhor defesa do campeonato até aqui, com apenas um mísero gol tomado em oito partidas. O time é formatado para se defender da maneira mais eficaz possível. Mesmo em seus domínios, entrega a posse de bola ao adversário e tenta matar o jogo em rápidos contra-ataques. É uma opção válida e muito bem executada pelo time que Estevam Soares recebeu recentemente de PC Gusmão, mas que colaborou muito com a feiúra do embate de ontem.
De sua parte, o Corinthians não mostrou porque é o melhor ataque do início da competição, ao lado do Santos. Manteve a posse de bola por cerca de 60% da peleja, tocou, tocou, mas criou muito poucas chances de gol (neste ponto, convém evitar comparações descabidas com a Espanha). Pela postura de buscar o jogo, talvez merecesse sorte melhor.
A sonolência de alguns jogadores prejudicou – o que pode ser fruto da longa parada. Elias marcou bem, mas errou passes a granel. Bruno César não se achou em campo e apareceu pouco – apesar de ter feito a finalização mais perigosa, defendida pelo bom goleiro Diego. Danilo, bem, Danilo foi o que tem sido: lentidão e muitos toques para trás. Outro que também foi abaixo de sua média foi Roberto Carlos, com muitas falhas de marcação.
Olhando o lado positivo, o goleiro Júlio César foi muito bem, com defesas difíceis e segurança. Com seqüência de jogo, pode se firmar. Outro que jogou bem quando entrou foi William Morais, garoto de 19 anos que subiu recentemente dos juniores para o profissional. Meia direita de bom passe e boa finalização, fez dois gols e sofreu um pênalti em amistoso recente contra o Comercial-MS.
Ataque
Para falar do ataque, precisamos falar de tática. Mano Menezes falou nos jornais que entraria com uma dupla de atacantes rápidos, Iarley e Defederico. Pois faltou com a verdade, em minha humilde visão. O argentino aparecia o tempo todo no meio, iniciando jogadas e marcando, enquanto Iarley ficava isolado na frente. Ou seja, Defederico jogou de meia pela direita, com Danilo do lado oposto e Bruno César centralizado. Posso estar viajando, mas foi o que eu entendi. Isso pode explicar o sumiço do até aqui sempre participativo Bruno.
Posso ser o único a pedir isso, mas defendo a entrada de Tcheco no time titular, no lugar de Danilo. Não que o ex-gremista seja uma sumidade. A questão é que se trata de um meia-direita, destro como convém. Não há porque deixar dois canhotos tendendo a cair pelo lado esquerdo.
Tudo somado, o empate foi meio frustrante, mas ponto fora de casa não é negócio tão ruim assim. É provável que percamos a liderança para o Fluminense, que precisa só vencer o Grêmio Prudente nesta quinta, no Marcanã, fazendo os mesmo 18 pontos, mas com uma vitória a mais. Domingo, pegamos o Atlético Mineiro no Pacaembu, com o retorno de Dentinho e Jorge Henrique, o que deve ajudar.
Amanhã serão completos 60 anos daquela fatídica e inesquecível partida entre Brasil e Uruguai, o chamado "Maracanazzo", em que nossa seleção, precisando de um mísero empate para conquistar sua primeira Copa do Mundo, em seu próprio país, saiu na frente do placar mas conseguiu levar uma virada improvável e calou 200 mil torcedores que assistiam in loco, assombrados, aquela tragédia futebolística. Aqui, ali e acolá , já falamos sobre o assunto. Mas a ferida não cicatriza e, como uma espécie de Vietnã para os Estados Unidos, aquela derrota nunca deixará de pertubar o sono dos fanáticos torcedores brasileiros. Nem dos uruguaios, que podem ter vibrado muito na época, mas, como uma espécie de maldição, nunca mais ganharam nada com a seleção celeste depois daquele feito histórico. Só neste ano ressurgiram com um surpreendente quarto lugar na Copa da África do Sul.
Muito já foi dito sobre o que aconteceu naquele 16 de julho de 1950 no gramado do Maracanã - e muito ainda será especulado. O melhor esforço de reportagem, até o momento, foi o livro "Dossiê 50 - Os Onze Jogadores Revelam Os Segredos Da Maior Tragedia Do Futebol Brasileiro" (Editora Objetiva, 2000), de Geneton Moraes Neto. Reproduzo abaixo alguns dos depoimentos colhidos pelo autor, e, na sequência, um vídeo sobre a Copa de 1950 e o "Maracanazo", sob a ótica uruguaia. Pra lamber as feridas...
"Ghiggia diz que só ele, o Papa e Frank Sinatra calaram o Maracanã. Eu também fiz o Brasil calar, fiz o Brasil chorar: não é só ele que tem esse privilégio não." - Barbosa, goleiro
"A cena já estava toda pronta, na minha imaginação. O jogo terminava. O Brasil, absoluto, ganhava fácil do Uruguai. A gente se perfilava no gramado, em frente à tribuna de honra do Maracanã. Depois de cantar o Hino, a gente veria chegar o velhinho Jules Rimet com taça na mão. Eu pegaria a da taça das mãos dele. Todo feliz, ergueria a taça lá para o alto." - Augusto, zagueiro
"Vim para o Rio para ser campeão do mundo. Voltei a São Paulo no chão do trem." - Bauer, meio-campo
"Como a Copa de 50 marcou a inauguração do Maracanã, a derrota do Brasil ficou gravada para a eternidade. O próprio time do Vasco, base da Seleção Brasileira, derrotou o Peñarol, base da Seleção Uruguaia, em Montevidéu, logo depois. Mas os uruguaios diziam: 'A gente não queria ganhar essa aqui em Montevidéu, não. Queríamos ganhar aquela, no Maracanã'." - Danilo, meio-campo
"Deve ter morrido gente de enfarte. Se o Brasil fosse campeão, morreria muito mais gente. O povo é exagerado. O Maracanã ia vir abaixo. Iam quebrar tudo nos bailes. O futebol é um fenômeno que ninguém explica. Futebol incomoda mais que problema de família…" - Bigode, lateral-esquerdo
"Fiz 1 x 0 na final da Copa. Ali nós já éramos deuses." - Friaça, atacante
"Meu sonho era assim: a gente ainda iria jogar contra o Uruguai. Aquilo que aconteceu era mentira." - Zizinho, atacante
"Sempre antes de dormir, eu pensava no gol que não fiz, aos 45 do segundo tempo. Eu sonhava assim: o Brasil com um time daqueles não ganhou a Copa do Mundo? A derrota é que tinha sido um sonho. Acordava espantado, olhava ao redor - e o Maracanã estava ali, na minha frente." - Jair Rosa Pinto, atacante
"Tive um pressentimento estranho. Quando o Brasil entrou em campo, a derrota já estava escrita." - Chico, ponta-esquerda
"Estava muito confiante ao entrar no gramado, senti uma forte vibração nas veias, olhei para os lados e a festa estava praticamente pronta. Só bastava fazer a nossa parte, e aí se deu o detalhe: quando a bola rolou, nem notei. Só percebi quando Jair me gritou: '-Acorda, Juva, agora é com a gente!'. Friaça fez o gol no início do segundo tempo e só caiu na real depois que o Uruguai empatou o jogo, aí ele voltou a si. Danilo Alvim chorava feito uma criança ainda no gramado. Ao vê-lo aos prantos, já nos vestiários, tive uma crise de choro também. Todos choraram, menos Chico. Foi uma barra terrível.", Juvenal, zagueiro
(Observação: Ao contrário do que dizem os uruguaios no vídeo, o Maracanã não recebeu 250 mil torcedores e o técnico brasileiro não era Feola, mas Flávio Costa)
Uma das palavras mais recorrentes nas críticas sobre a atuação de Dunga à frente da seleção brasileira após a queda na África do Sul é “renovação”. No caso, a falta dela, por haver o treinador convocado um time envelhecido, com poucos jogadores com idade para serem aproveitados em 2014.
Olhando apenas para a questão etária, de fato, a coisa fica feia. Dos 23 convocados brasileiros para a Copa da África do Sul, apenas 4 terão 30 anos ou menos em 1º de junho de 2014 (os números entre parênteses sempre serão as idades com referência nessa data). Robinho (30), Thiago Silva (29), Ramires (27) e Nilmar (29) têm bola e condições para brigar por espaço na nova seleção que deverá surgir até lá.
Saiba a situação de Alemanha, Espanha, Holanda e Uruguai no Copa na Rede.
Quem não é espanhol não precisa esperar até 2014 para (poder) dizer que é campeão mundial de futebol.
Até a bola rolar no Mundial do Brasil, acontecerão uma série de torneios que darão aos seus competidores o direito de dizer que conquistaram o planeta.
Esse é um termo genérico, tanto para cervejas claras como escuras. Em geral, são produzidas na Bélgica e têm alto teor de álcool, entre 7% e 12%. Segundo o site parceiro Cervejas do Mundo, de Portugal, são cervejas complexas, fortes, com bom aspecto (em particular a espuma) e muito saborosas. "São igualmente bem equilibradas, já que o elevado teor alcoólico é balanceado com aromas e sabores de especiarias e frutos", observa Bruno Aquino. A Duvel, uma referência neste estilo, faz referência ao diabo - e foi imitada por outras, como a Satan, a Judas, a Belzebuth (foto) e a Lucifer, entre outras. Para provar: Duvel, Bush Ambrée e Affligem Blond.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o registro de candidatura de pelo menos sete candidatos e de cinco partidos políticos. Chacrinha, Mussum, Grande Otello, Machado de Assis e Aleijadinho tiveram os registros de suas postulações desprezadas, assim como os partidos da Música (PM), da História (PHT), da Literatura (PLT), das Artes (PAR) e da Televisão (PTV). Sem o nome do finado trapalhão, o pleito perde na qualidade do debate.
Tudo isso ocorreu no simulador de urna eletrônica (pode clicar, é verdade) disponível na página do TSE. Até 2008, os candidatos para exercitar o eleitorado eram os supracitados artistas, ao lado de outros, como Elis Regina, Cora Coralina e Santos Dumont.
Os partidos atuais que "concorrem" na simulação são ainda mais sugestivos. O Partido das Formas Geométricas (PFG) tem como expoentes os triângulos isóceles, obtusângulo e retângulo. O das Frutas (PF) conta com Tangerina, Pera, Uva, Açaí e Melancia, entre outros. O Limão – tão caro ao Futepoca por permitir a confecção de caipirinha – amarga apenas uma modesta suplência da Maçã.
O Partido dos Animais (PA), o dos Brinquedos (PB) e o dos Esportes (PE) contam com figuras proeminentes da mesma espécie de associação.
A Justiça Eleitoral não explicou o motivo para o abandono de candidaturas tradicionais, de amplo apelo junto à população desde o primeiro pleito em que a urna eletrônica foi adotada, em 1996, na eleição municipal. O órgão tampouco esclareceu se haveria vínculos entre os cassados PTV, PLT e PHT com o PT – mas todo mundo sempre achou que fossem dissidências ideológicas de alguma espécie.
Há ainda surpreendentes registros duplos para os cargos de governador e de senador. Para todas as legendas-fictícias, o TSE aponta os mesmos nomes aos dois cargos. Na disputa para valer, o procedimento geraria uma cassação efetiva da dupla candidatura.
Em tempo
Sem o futebol, nem o partido das Poaceae – ao qual a cana-de-açúcar poderia ser filiado – e muito menos o das bactérias anaeróbias – que produzem a fermentação – o Futepoca declara seu voto nulo no simulador para todos os cargos. Os vínculos com o Futebol de Mesa, que aceitou ser suplente de senador pelo PB, numa clara dissidência em relação ao PE, não foram suficientes para mobilizar o ébrio eleitorado.
Grande revelação da Copa de 2010, o polvo Paul, tal qual videntes de outrora que carregam pesados fardos por conta de suas adivinhações, não tem uma vida feliz. Confinado no aquário Sea Life de Oberhausen (Alemanha), o cefalópode que tem três corações e nove cérebros (o que pode sugerir toda a afetividade que poderia ofertar a uma parceira da sua espécie) é virgem e pode estar em final de carreira.
Acabou-se a Copa do Mundo de 2010. A primeira realizada no continente africano. E a Espanha sagrou-se campeã, a oitava seleção a alcançar o feito após 19 mundiais.
Os comentários estão no Copa na Rede.
Neste sábado, 10, tem decisão de terceiro e quarto entre Uruguai e Alemanha. Mas é hora de escolher o personagem da Copa. Esqueça Sneijder, Xavi e Fórlan, são outros os candidatos. E o Copa Na Rede ainda traz um balanço das previsões de místicos sobre o Mundial. Hora de ver quem acertou e quem errou.
Futebol, Política e Cachaça, os nobres temas sobre os quais o Futepoca se debruça com afinco, são o mote de um bate-papo, em São Paulo (SP).
A data, porém, foi alterada para a próxima sexta-feira, 16 de julho, às 19h.
A confirmação está aqui (clicando em bate-papo).
Mouzar Benedito e este sóbrio autor vão à Biblioteca de São Paulo, no Parque da Juventude, onde antes havia a penitenciária do Carandiru, discutir as relações fundamentalmente divertidas entre as questões.
Com Mouzar, a promessa é sempre de muitos causos de bêbados em comícios, políticos que gostavam de (e ainda apreciam) cachaça e muito mais. De Ademar de Barros a Itamar Franco, de Jânio Quadros a Luiz Inácio Lula da Silva – que segundo muitos, diga-se, anda degustando mais uísque escocês do que a brasileiríssima chambirra.
No caso do futebol, os jogadores chegados na danada também são parte do assunto. Cabem aí os jogadores que se acabavam ou se revigoravam com base na caninha, mas também aqueles que, mais recentemente, ganham fama de cachaça mesmo preferindo outros etílicos.
Como tira-gosto, o caso de Beto, jogador revelado no Botafogo, com passagens pelos outros quatro grandes do Rio de Janeiro, mas também Grêmio e São Paulo, do Flamengo e Fluminense, que ganhou o apelido de xará da marvada.
Joubert Araújo Martins era um jogador que, em campo, despertava comentários do tipo: "Esse é boleiro". Ele sabia o que fazer com o esférico, chegou à seleção brasileira por isso de 1995 em diante, incluindo a Copa América de 1999.
Em 2001, pelo Flamengo, muito antes de Adriano ser motivo de debates acalorados, apareceu uma pichação nos muros da Gávea: "Beto Cachaça". As críticas da torcida tinham um motivo, o gosto do atleta por baladas, mulheres e por tomar... cerveja. A rivalidade com a torcida vascaína estava em alta, e a torcida brava com o atleta.
O capítulo mais triste da biografia do cidadão, porém, é o fato de ele andar armado. "Dava tiro para o alto. Não era onda, era empolgação", relatou no ano passado, lembrando da fase quase marginal.
Ele jogou até 2009 no Imbituba, de Santa Catarina, onde é diretor. E garante que abandonou a fase de bêbado. Ao contrário do esteriótipo do jogador envolvido com bebida, não houve final trágico. Só por isso a história apareceu por aqui.
Futebol, política e cachaça
Causos e ditados do Brasil sobre a “marvada” e sua influência na política e no futebol.
Com Mouzar Benedito e Anselmo Massad.
Sexta-feira, 16, 19h.
Biblioteca de São Paulo
Fica no Parque da Juventude - Avenida Cruzeiro do Sul, 2630 – Santana - São Paulo - SP
Mais aqui
No meu retiro forçado, culpa de uma bronquite-quase-pneumonia (ou coisa que o valha), saboreio o livro "Chico Buarque - Histórias de Canções", de Wagner Homem - editora Leya, 2009. Lá pelas tantas, no comentário sobre a música "Um chorinho", feita em 1967 para a trilha sonora do filme "Garota de Ipanema", de Leon Hirszman (no qual o próprio Chico aparece interpretando-a), Homem salienta que o artista pouco se lembra daquele trabalho. E o próprio Buarque explica:
- Tinha uma história de que a gente bebia muito - e, de fato, bebia. Então aproveitavam, e já que bebia mesmo, bebia em cena... Davam uísque pra gente, e quando rodava você já tava bêbado, e quando assistia acho que também tava bêbado - por isso não lembro como era esse filme.
Abaixo, a participação (bêbada) de Chico no filme, com outras observações do próprio (ébrio):
Além da virtual hegemonia gaúcha no comando da seleção brasileira, a predominância de ex-jogadores de defesa e marcação deve ser mantida na escolha do novo treinador. Entre os cotados, apenas Muricy Ramalho, atualmente no Fluminense, foi meia ofensivo. Depois de contar com Dunga como treinador por quatro longos e futebolisticamente opacos anos, a hegemonia, três ex-zagueiros e dois ex-laterais-esquerdos participam da “lista oficial de especulações”.
Foto: Divulgação/CBF
O debate eleitoral não começou de verdade, mas já chegou às propostas. Ou melhor, à falta delas. A oposição ao governo federal reclama do programa petista registrado junto à Justiça Eleitoral – alcunhado de "radical" pela imprensa – por conter críticas à mídia, defender o direito ao aborto e outras medidas, digamos, progressistas.
Os apoiadores da candidata petista lamentam que José Serra tenha feito um condensado de discursos para inscrever como plano de governo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com todas as generalidades que um discurso pode conter, mostra um centralismo preocupante na condução do governo, além de dizer muito pouco sobre o que seria uma eventual gestão tucana.
Foto: Luiz Xavier/Agência Câmera
Nesse imbróglio, O Estado de S.Paulo publica nesta quinta-feira, 8, "Curso intensivo em Serrismo", aplicado ao vice, Indio Costa, tão logo ele foi nomeado. O texto de Christiane Samarco merece uma leitura, entre outros motivos porque revela uma promessa do candidato tucano ao colega de chapa: "Vou fazer de você o homem público mais preparado do país".
A cartilha para isso começa com a leitura de quatro livros de Serra, ou melhor, três de autoria do tucano e um livro-entrevista (Ampliando o Possível, Orçamento no Brasil, de 1994, Reforma Política no Brasil, de 1993, Sonhador que Faz, de 2001).
Além de entregar em mãos exemplares da obra, o texto informa que, no dia seguinte, assessores do candidato entregaram ao vice cópias de transcrições de discursos de Serra.
E, pelo que a própria crônica relata, parece estar havendo chamada oral: "Nos três dias que passou em São Paulo, Índio foi dormir às 5 da manhã, depois de intermináveis reuniões, e levantou-se por volta de 7h30".
Assim, ao que parece, ser "o homem público mais preparado do país" começa por ler tudo sobre Serra. Depois, envolve ler mais um pouco sobre ele. Por fim, mais contato com o tucano.
Viva a modéstia. Mas ele poderia ter sugerido seis livros publicados por ele. Foi bonzinho.