Destaques

segunda-feira, agosto 31, 2009

Azar, mas nem tanto

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POR MORITI NETO


Creio que uma onda de azar se abateu sobre são-paulinos e palmeirenses que escrevem no Futepoca. Pois, assim como o Anselmo, também tive problemas para assistir ao jogo. Isso, porque ia trabalhar no Morumbi...

Depois de duas horas esperando por uma autorização, sendo que eu realizaria entrevistas para um livro que conta parte importante da história do São Paulo, recebi um sonoro “não” e fiquei fora do estádio. Enquanto isso, promotores e policiais militares sem farda entravam e saiam numa boa pelo portão1, sempre na base da carteirada.

Assim, não consegui fazer o trabalho e por pouco não vi nada da partida. Não fosse a TV de um simpático bar, sequer teria visto o jogo a partir dos 15 minutos do segundo tempo. E, pelo jeitão da coisa, foi até bom ter ficado sem ver o resto.

Pelo que pude perceber nos trinta e poucos minutos que assisti – e também pelo que escutei – a correria e a falta de talento predominaram em campo, num jogo acovardado, em que os times “se respeitaram” demais. Assim, parece que o 0x0 ficou de ótimo tamanho, traduzindo a mediocridade que imperou nas quatro linhas Para quem viu confrontos de outras épocas entre tricolores e alviverdes a coisa é frustrante. E nem é preciso ir tão longe assim, basta lembrar de vários São Paulo x Palmeiras da não tão longínqua década de 90.

Não nego que tinha esperanças de que o campeonato melhorasse tecnicamente no returno. Bobagem. Se num clássico com tantos ingredientes que poderiam colaborar para uma boa partida só foi possível observar marcação e bicões para área, o que esperar das demais rodadas? Pode-se até pinçar um ou outro jogo aqui e ali, mas o Brasileirão deste ano é ruim de dar dó...Das torcidas, claro. Enfim, talvez o azar não tenha sido tão grande...


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

Domingo teve de tudo, menos futebol

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Até poderia ser, mas não é uma crítica à qualidade da apresentação de São Paulo e Palmeiras pelo campeonato Brasileiro. O domingo sem futebol nada é o meu, não necessariamente o 0 a 0 sediado no Morumbi e bastante criticado por quem o assitiu. De mudança para um apê onde a energia elétrica estava cortada, não vi nada.

Claro que a transferência da mobília foi no sábado, mas ao domingo coube todo o resto da acomodação. E sem força nem poder fazer barulho, foi uma experiência nova, nada agradável, cujos detalhes nem merecem mais linhas.

Eu ainda poderia ter ido ao bar mais próximo acompanhar a partida, mas a casa de cabeça para baixo me impedia.

Mesmo assim, imaginava, eu poderia acompanhar o placar pela vizinhança e seus gritos. A única manifestação ocorreu às 13h, antes da peleja ter início, depois de estourarem fogos de artifício na região. Imediatamente após o estrondo, um vizinho gritou: "Vai, Tricolor!"

Felizmente para mim, o Tricolor não foi. Infelizmente, tampouco o Verdão resolveu, e tudo ficou como começou. Durante o jogo, o silêncio foi sepulcral.

Também teve briga de torcida, o que poderia dar outra conotação para o título do post. Mas também só fiquei sabendo disso nesta segunda-feira, 31.

Sem assunto
Tive a confirmação de a ausência de gritos da vizinhança representava um jogo morno ao escutar comentários sobre o excesso de marcação de ambas as partes, a atenção desproporcional conferida ao técnico Muricy Ramalho e até à camisa social de Ricardo Gomes. Vai ver aconteceu pouca coisa relevante durante os 90 minutos.

Muito mais futebol assistiu quem optou por Vitória e Cruzeiro ou Botafogo e Grêmio.

Como o Goiás tomou uma surra de 4 a 0 do Inter, em Porto Alegre, o Palmeiras expandiu para três pontos de vantagem sobre o segundo colocado. À frente do Colorado e do São Paulo, terceiro e quarto, respectivamente, são quatro pontos. Caso os gaúchos vençam o Atlético-MG no meio de semana para se igualar em número de jogos, a diferença será de apenas um ponto.



Na próxima partida, contra o Barueri no Palestra Itália, há a obrigação do líder do campeonato de vencer para manter a vantagem em número de pontos segura e a expectativa de estreia de Vagner Love.

Visão alheia
Ao que consta, foi um jogo de volantes. E o empate não ficou tão ruim para o Palmeiras. Apesar das poucas chances criadas, os goleiros foram destacados em coberturas de jornal, mas os jornais que vi destacaram fotos em que Diego Souza aparece marcado ou dividindo bola, aos agarrões.

E o Sport perdeu dois pontos no Mineirão

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Se alguém tem algo a reclamar no empate entre Galo e Sport, ontem, no Mineirão, é o time pernambucano. Teve chances de marcar pelo menos três gols, gol anulado e deveria ter saído com os três pontos. Com o empate, perdeu dois.


Difícil falar o que vem acontecendo com o time do Atlético. Há desfalques sim, mas a explicação está, principalmente, no fato de as principais peças pararem de jogar. Tardelli e Éder Luís não conseguiram fazer uma jogada sequer. A defesa, com Welton Felipe e Werley, se desestruturou com as saídas por contusão dos volantes Jonilson, Serginho e Márcio Araújo.

Roth teve de apelar mais uma vez para garotos, inclusive o lateral direito Felipe, de 17 anos. Mas fazer o que se o elenco não segura a onda, problema do próprio Galo, os adversários não têm nada a ver com isso.

Contra op Inter, na quarta, no Beira Rio, sei lá que time joga. Se estrearem, o Corrêa e o Jorge Luiz teremos, pelo menos, banco. Se não, será de novo um festival de meninos contra um Inter que, parece, resolveu jogar.

As perspecticas são sombrias, mas, para variar, estarei torcendo até o último minuto, mesmo com uma possível goleada dos colorados. E domingo vou a Santo André, mesmo que seja para sofrer. Atleticano não desiste nunca, mas sofre (ufa)...

domingo, agosto 30, 2009

São Paulo e Palmeiras do mundo virtual

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Claro que vão dizer que o Futepoca é chato, pega no pé da grande mídia e numseiquelá, numseiquelá, numseiquelá. Mas ver essa derrapada do G1, que manteve esse resultado depois de um glorioso 0 a 0 no clássico paulista, é divertido. Isso é erro ou torcida das Organizações Globo, dona do futebol tupiniquim, por um joguinho melhor do que ele foi de verdade?

(Clique na imagem acima para ver melhor)

sexta-feira, agosto 28, 2009

Tucanos à venda

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Notícia interessante que acabou de ser inserida no blog da InNews: o site da juventude do PSDB será colocado a leilão. A venda incluirá o blog que está no site e também um poderoso mailing com 8 mil notas.

Quem está à frente do processo é a agência Insight. Segundo o que diz o post da InNews, o motivo da venda é o violento calote que os dirigentes tucanos deram na agência. Por quatro anos, de 2005 até o corrente 2009, o site (e serviços correlatos) foi mantido no ar sem que houvesse um pagamento devido.

"É um ato de protesto, uma forma de demonstrar que nós não nos conformamos com os desmandos da classe política brasileira e com a postura dos ocupantes de cargos públicos", diz o texto.

O leilão será feito pelo site Mercado Livre.

E aí, alguém a fim?

Num mundo ideal...

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Vale a pena reproduzir a tirinha dos Malvados, de André Dahmer

Gilmar Mendes com nariz de palhaço. Quem acredita que foi erro na impressão?

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A capa do jornal Correio Braziliense desta sexta-feira traz um cartão vermelho estourado com a seguinte chamada "Cartão Vermelho à gastança do Senado".

Logo abaixo vem uma foto do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, com uma "espécie de nariz de palhaço", tanto na versão impressa quanto na virtual, e a seguinte manchete "STF libera candidato Palocci". Vale lembrar que está semana, o senador Eduardo Suplicy (PT), em mais uma ação midiática, deu um cartão vermelho para o senador José Sarney e pediu sua renúncia.

A pergunta que não quer calar é: Quem acredita que foi erro na impressão?

Palocci viu mas não olhou e as eleições de 2010

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Foi curiosa a justificativa do voto do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo arquivamento da denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal a partir de inquérito da Polícia Federal contra Antonio Palocci. O deputado federal e ex-ministro da Fazenda era acusado de ter mandado violar o sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, que testemunhava na mídia e na CPI dos Bingos sobre a "República de Ribeirão", uma mansão onde havia festas (ou orgias) com lobistas.

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
"Não há dúvida quanto ao recebimento por Palocci dos extratos, mas não foi ele quem acessou a conta, e sim, funcionários da Caixa, autorizados por suas competências funcionais a acessar os dados".

Então ele recebeu os extratos, mas não violou. Teve com a papelada em suas mãos, mas não olhou.

À minha cabeça (fervilhando bem menos do que a do réu na foto) veio a famosa declaração do ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, quando disputava a eleição, em 1996. Inquirido se já havia fumado maconha, ele respondeu: "Fumei, mas não traguei". Tudo bem que o legado de Monica Lewinsky e do promotor Kennedy Star e as aulas sobre o que é ou não relação sexual teve mais projeção do ponto de vista do folclore político.

O agora defensor da descriminalização das drogas Fernando Henrique Cardoso teria dito: "fumei mas não gostei". O condicional "teria" se justifica por todo o ranço dos desmentidos à ainda mais polêmica "esqueçam o que eu escrevi".

Por outro lado, é melhor o ex-ministro se safar com o "vi mas não li" do que com um "me perseguem pelo que eu represento pra..." em que "..." pode ser substituído por "a esquerda deste país", a luta de algum setor da sociedade, a liberdade de expressão, a governabilidade da gestão do presidente Lula etc. E aqui não quero desprestigiar os representantes do que quer que seja, porque essa é ainda uma retrospectiva por vir.

O Palocci era alvo de denúncias porque era quem faltava atacar na cúpula do governo, depois das quedas de José Dirceu e Luiz Gushiken, em 2005.

Mas ele poderia representar uma candidatura que empolgaria menos a petistas do que a certos setores do empresariado. O passado trotskista, com direito a passagem pela Libelu e tudo, se transformou em uma trajetória no comando da economia de opções conservadoras. Apesar de ele considerar natural a reação do PT à época, não quer dizer que o ressentimento entre os críticos tenha passado. Mesmo ele se considerando certo ao fazer o que fez na economia, não quer dizer que não poderia ter sido mais favorável ao crescimento.

Então, se fosse para representar algum setor, teria gente que diria que ele representou a "traição" do governo de Lula. Outros diriam que representou uma das faces pragmáticas da gestão. Outros a simples oportunidade que as pessoas têm de mudar de ideia.

Mas esse retrospecto, aliado às 21 denúncias arquivadas – a maioria por falta de provas – contra ele durante suas gestões como prefeito de Ribeirão Preto e como ministro da Fazenda, tornam-no "o cara" de Lula para enfrentar o PSDB de José Serra e Geraldo Alckimin em São Paulo em 2010? O Emídio de Souza, então pré-candidatíssimo, já disse que sim.

Pessoalmente acho que não é tão simples.

A ciência do óbvio: abstêmios são mais depressivos

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Saboreando uma deliciosa lata de Guinness (presenteada por um chapa) aqui no bunker (a cozinha do porão onde moro), me deparo com a seguinte notícia no tablóide local: cientistas britânicos e noruegueses comprovaram que os teetotallers - abstêmios ou, pra tentar ums gíria nossa, os de "bico seco" - tendem a ter as piores e mais inadequadas relações sociais, ou pior, alta deficiência de sociabilidade. E, consequentemente, altos níveis de ansiedade e depressão, problemas mentais e de saúde.

"Não-bebedores são mais sombrios e tem menos amigos. Nós vemos que esse grupo é socialmente menos ajustado do que outros", diz o líder da pesquisa, Dr. Eystein Stordal, da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia. "Geralmente, quando as pessoas estão com amigos, é mais aceitável nas sociedades ocidentais beber do que não beber. Mas o cientista faz uma observação beeem moderada: "As pessoas mais felizes são aquelas que costumam beber duas taças de vinho, uma garrafa de cerveja ou uma dose de spirits (bebida destilada) por semana". Quem consegue beber só isso?

A pesquisa abordou um público significativo de 40 mil noruegueses sobre sua saúde mental e física e consumo de álcool no período de duas semanas. Do total, 15,8% dos abstêmios disseram que sofrem de depressão, e 17,3%, de ansiedade. A maioria é composta por mulheres e pessoas mais velhas (e também confessaram ter outros problemas de saúde). Os cientistas derrubaram um mito: "A depressão é muito mais frequente entre os abstêmios do que entre aqueles que consomem altas quantidades de álcool".

Ps.: Falando em Guinness, foi lançado ontem, aqui na Irlanda, um selo comemorativo aos 250 anos da cervejaria, com o rosto do fundador, Arthur Guinness. O lançamento foi feito na cervejaria St. James's Gate, em Dublin. Para a arte do selo, foi usado um retrato do século 18 (à esquerda). Com o sabor inigualável da stout irlandesa ainda reverberando em minhas (felizes) papilas gustativas, só posso brindar à bela iniciativa - e em bom gaélico: Slantcha!

quinta-feira, agosto 27, 2009

Empate medíocre em Barueri

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Corinthians e Grêmio Barueri fizeram um jogo medíocre nesta quarta-feira, na Arena Barueri. A nota vem da média entre um primeiro tempo horroroso e um segundo mais interessante, especialmente por parte do time do Parque São Jorge.

O jogo começou com mostras de que seria, no mínimo, agitado: aos 20 segundos, Flavinho já abriu o placar para os donos da casa. Daí em diante, o Barueri reduziu o ritmo e tentou contra-atacar. A iniciativa coube ao Corinthians e o jogo ficou horrível.

O Timão reserva (de titular mesmo só Elias e Jorge Henrique) não conseguia articular uma jogada sequer. Os jogadores corriam, corriam, mas o jogo não saia do lugar.

No segundo tempo, Mano Menezes fez o óbvio e sacou Henrique para colocar Souza. Sim, meus amigos, Souza é a escolha óbvia para o comando do ataque enquanto Ronaldo não voltar. Henrique e Bill são simplesmente inoperantes. Esforçados, admito, mas inoperantes.

O time melhorou bastante, seja pela conversa do vestiário ou pela mudança de centroavante. E Souza sofreu pênalti que Marcinho converteu. Pouco depois, Elias, o melhor jogador do Corinthians, acertou um tirambaço na forquilha de fora da área. Golaço e virada.

O time continuou melhor que o Barueri e teve mais algumas chances interessantes. Mas foi o time da casa que fez o seu, numa falha de posicionamento do zagueiro Paulo André. A zaga reserva, aliás, mostra impressionantes falhas de entrosamento e cobertura.

No final, foi menos pior do que o primeiro tempo prenunciou. Tivemos ainda a volta de Marcelo Oliveira, que deverá ocupar a lateral esquerda. Jogou uns vinte minutos, mas mostrou mais noção de posicionamento para ocupar a posição que Marcinho. O meia, aliás, não me parece ser mau jogador, só não sabe atuar na lateral. De repente, pode ser uma opção para a vaga do apagado Morais.

Agora, Mano tem mais uma semana inteira para treinamentos e para esperar boas notícias do departamento médico. Parece que Felipe e Chicão devem voltar contra o Santos. Tomara.

Contratações

Parece que o meia argentino Matias Defederico vai mesmo assinar com o Corinthians nessa semana. O Huracán reclamou muito da forma como foi conduzida a negociação, mas notícias dão conta de que assinou a liberação. Nunca vi o moço jogar, mas tem uns vídeos com belas jogadas dele rodando por aí.

Além dele, o volante Marcelo Mattos parece ter acertado seu retorno ao Timão. Será um empréstimo por um ano. Assumirá o lugar de Moradei no time, substituindo Christian. Fiquei impressionado de ler a idade do cara: 25 anos. Achava que ele já era mais veterano.

Com Marcelo Mattos, talvez Mano tente um Lozango no meio, com Edu na esquerda, Elias na direita, e Matias pelo meio, como ponta de lança. Até porque o argentino, pelo que ouvi falar, não tem o toque de bola como característica, sendo um jogador mais de penetração. Nessa formação, sairia Dentinho ou Jorge Henrique. Se não for por aí, Edu deverá ficar no banco. Enfim, o time ganha mais opções e Mano alguns bons problemas para resolver. Tomara que estréiem logo e bem, que a coisa tá feia.

Marcha contra o aborto e acordo com Vaticano agrava a falta de laicidade do Estado brasileiro

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Que todo mundo sabe que o Estado brasileiro tem quase nada de laico, não é novidade. Mas esta semana em Brasília dois eventos estão marcando o aprofundamento das relações Estado- Igreja, em detrimento do debate democrático.

O primeiro é o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 1736/09, aprovado por deputados na noite desta quarta-feira, 26, e que dispõe sobre o acordo firmado entre Brasil e Vaticano que, em suma, institui o Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil.

De nada adiantou protestos de evangélicas, ateus, adeptos de religiões afros, a Câmara aprovou ontem o acordo que já havia sido assinado em novembro do ano passado pelo presidente Lula. Triste, mas a educação já tão afastada do cotidiano de seus alunos, agora vai ter uma corrida pela catequização, afinal o texto prevê o "ensino religioso católico e de outras confissões religiosas, de matrícula facultativa", como disciplina dos horários normais de escolas públicas de ensino fundamental.

O texto aprovado também entra no campo trabalhista, uma vez que está previsto que “fica determinado que a atuação de ministros ordenados e fiéis consagrados não geram vínculo empregatício com as dioceses ou institutos religiosos em que exerçam a atividade religiosa”. A íntegra do projeto aprovado pode ser verificado aqui. Já a matéria segue para o nosso hilário Senado.

Agora, o outro vacilo de nosso governo diz respeito ao show contra o aborto, que acontece neste domingo, 30, na Esplanada. Chamada de 3ª Marcha Nacional da Cidadania Pela Vida, o evento conta com a participação de Elba Ramalho e pasmem, a manifestação foi financiada com dinheiro público. Foram R$ 143 mil do Fundo Nacional da Cultura, um fundo público do Ministério da Cultura para financiar projetos e ações culturais. O recurso foi garantido através do projeto "Cultura, Cidadania e Vida", apresentado no ano passado pela ONG Estação da Luz, do Ceará, e que ganhou uma emenda parlamentar do deputado Luiz Bassuma (PT-BA), que preside a Frente Parlamentar em Defesa da Vida e Contra o Aborto.

Justamente pela complexidade do assunto, dinheiro público não deveria financiar uma marcha contra ou a favor do aborto. O estímulo deveria ser para o debate e para a informação da sociedade.

Se alguém tiver interesse, segue links interessantes: Você é a favor ou contra o aborto? Vai pensando aí, Católicas pelo Direito de Decidir, entrevista com a diretora do filme “O aborto dos outros”, "Magnitude do aborto no Brasil: Aspectos Epidemiológicos e Sócio-Culturais", "Histórias de mulheres em situação de violência e aborto previsto em lei".

Se fosse uma vitória, seria perfeito

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Serei sincero aos leitores: prefiro ver uma vitória meia-boca do meu time do que um bom jogo do qual o Peixe deixa o campo sem os três pontos na conta. Então seria hipocrisia da minha parte dizer que fiquei satisfeito com o que vi nessa quarta. Mas, apesar disso, não posso dizer que deixei o Urbano Caldeira fulo da vida.


Afinal, Santos e Inter fizeram um duelo cheio de alternativas e bons momentos de futebol de ambos os lados. Três gols para cada time e uma emoção que perdurou até o apito final.



O início meteórico do Santos sugeria até uma goleada. Nem bem se contavam 15 minutos de jogo e o Peixe já vencia por 2x0. Mas aí o Inter mostrou sua qualidade ofensiva - e o Santos, defeitos a retaguarda que não se resolvem nem por reza brava - e o Colorado empatou. Veio o intervalo, no segundo tempo o Inter foi à frente, o Santos buscou o empate e talvez até merecesse a vitória.

Defino como dois os principais aspectos positivos da partida. O primeiro é a recuperação - ao menos temporária - de Kléber Pereira. Centroavante vive de fazer gols. Se não faz, não há "pivô", "parede", "movimentação" que deem conta do recado (e nem isso Pereira vinha fazendo). Mas Pereira fez um belo tento contra o Goiás e hoje mostrou confiança para ir às redes duas vezes. O primeiro gol foi um golaço e o segundo teve certo grau de dificuldade, o que valoriza a conquista.

Outro ponto digno de nota foi a determinação do time. Pode se falar tudo do Santos de hoje, menos que o time foi relapso. Faltou atenção e até mesmo qualidade, mas não empenho para buscar os três pontos.

Em termos negativos, é preciso que se ressalte a péssima atuação (mais uma) do setor defensivo do Santos. Nem Felipe, que havia mostrado qualidade contra Goiás e Cruzeiro, foi bem hoje. O miolo de zaga assistiu ao Internacional fazer os gols e Rodrigo Souto, que deveria dar o primeiro combate (principalmente após o intervalo, quando Rodrigo Mancha deu lugar a Germano) fez uma de suas piores atuações pelo Santos.

Evasão
Pra fechar, mais um questionamento da série "perguntas mais do que manjadas, mas que sempre devem ser feitas": o que foi o público oficial da Vila Belmiro hoje? A contagem marcou menos de 8 mil pessoas e arrisco dizer que tinha muito mais gente por lá. Na contagem oficial, a Vila Belmiro pode receber 20 mil pessoas. Pergunto ao presidente santista Marcelo Teixeira: o senhor se responsabilizaria em chamar 12 mil pessoas na rua e convidá-las para o estádio?

quarta-feira, agosto 26, 2009

"Jogo aberto" é campeão da Baixaria na TV em 2009

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Foto: Vicky Almeida/Divulgação
O programa esportivo "Jogo Aberto", da TV Bandeirantes, foi o campeão de reclamações colhidas na campanha "Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania". Na 16ª edição do Ranking da Baixaria na TV, a atração apresentada pela jornalista e ex-miss Brasil Renata Fan recebeu 10% do total de queixas de telespectadores – 88.

As reclamações estavam relacionadas ao desrespeito às torcidas de futebol, incitação à violência e vocabulário impróprio para o horário – 11h30 de segunda a sexta-feira. Além da bela apresentadora, o programa tem ainda Neto e Oscar Roberto Godói, além de Mauro Beting, Ulisses Costa e Osmar de Oliveira.

A campanha "Quem financia..." é uma iniciativa da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. As denúncias de conteúdo impróprio e contrários à dignidade humana são feitas pelo site www.eticanatv.org.br e pelo Disque Câmara (0800 619 619).

Confira os agraciados
1º lugar - "Jogo Aberto"
TV Bandeirantes
88 denúncias
Desrespeito às torcidas de futebol, incitação à violência, vocabulário impróprio para o horário.


2º lugar - "Pânico na TV"
Rede TV!
69 denúncias
Exposição de pessoas ao ridículo, apelo sexual, palavras de baixo calão.


3º lugar - "SuperPop"
Rede TV!
33 denúncias
Excesso de nudez e exposição de pessoas ao ridículo.


4º lugar - "Na Mira"
TV Aratu/SBT - Salvador/BA
31 denúncias
Sensacionalismo, apologia à violência e desrespeito à pessoa humana.


5º lugar - "Se liga Bocão"
TV Itapoan/Record - Salvador/BA
22 denúncias
Desrespeito à pessoa humana, incitação à violência e incitação ao ódio.


Vale notar que dois programas são da Rede TV!, ambos reincidentes. Enquanto o de variedades comandado por Luciana Jimenez já esteve lá em 2006 e 2008, o humorístico só compareceu no ano passado. Era na emissora que João Kléber apresentava um programa Tarde Quente, suspenso em 2005 para exibição de direito de resposta de movimentos sociais (não achei o vídeo no Youtube).

No caso das retransmissoras de Salvador, a situação é distinta. Trata-se de programas do gênero policialesco que, a julgar pelas reclamações, deixam José Luís Datena para trás.

Liédson é seleção

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Agora é oficial: o atacante Liédson, do Sporting, é o mais novo jogador da seleção portuguesa.

Liédson é baiano, e mora em Portugal desde 2003, quando iniciou sua trajetória no Sporting. É ídolo no clube, pelo qual foi artilheiro do Portuguesão em duas ocasiões, nas temporadas 2004/5 e 2006/7.

Sua naturalização já era dada como certa há algum tempo - e gerou protestos por parte do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol.

Mas agora está confirmada. Esperemos para ver Liédson em ação com a camisa encarnada. Vale lembrar que a situação de Portugal nas Eliminatórias europeias tá longe de ser tranquila. O time hoje é o terceiro colocado no Grupo1, atrás de Dinamarca e Hungria. Apenas o campeão de cada chave garante vaga direta na Copa; os oito melhores segundos colocados definem as vagas restantes em mata-matas.

Na Irlanda do Norte, adolescente com problemas no fígado foge do hospital para beber

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De fato, os irlandeses são fortes concorrentes ao título de maiores manguaceiros do mundo: na última sexta-feira, um adolescente em tratamento por insuficiência no fígado saiu do hospital na cidade de Dundonald, na Irlanda do Norte, e foi direto para o pub Old Moat Inn, do outro lado da rua. Gareth Anderson, de 19 anos (foto), usava os chinelos do hospital e segurava uma agulha pingando. Pediu um pint (copo de 568 ml de cerveja), mas o bar não atendeu o pedido. "Eu não sei no que ele estava pensando", disse o pai de Gareth, Brian Anderson. "Ele me disse que também não sabe. Acho que ele precisa de ajuda - trata-se de alcoolismo, mas há problemas mentais aqui também", acrescentou. Gareth sofreu insuficiência hepática aguda no início do mês, depois de beber 30 latas de cerveja em uma festa. E o pai ainda desconfia: "Ele pode muito bem ter bebido mais do que disse". Depois da tentativa desesperada, o adolescente foi transferido para o King's College Hospital, em Londres. Os médicos dizem que ele pode ter menos de duas semanas de vida. Pô, então por que não deixaram o pobre coitado realizar seu último desejo??!? A crueldade humana sempre me surpreende.

Acharam o Belchior!

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Depois que o Fanático (o show da vítima) alertou e o jornal inglês The Guardian repercutiu, uma busca internacional acabou localizando o cantor cearense Belchior - veja foto abaixo. Depois sou eu que bebo...

Maldade, baixaria, escatologia

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Brasileiro é uma raça que, às vezes, faz a gente passar vergonha. Tava todo mundo reunido na casa de uma amiga, depois do almoço, e o cidadão se levantou às pressas, em direção ao banheiro, alertando em alto e bom som: ''Peraí que eu preciso matricular o Pelé na aula de natação''...

Suplicy mostra cartão vermelho para Sarney

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Desta vez não teve Bob Dylan, nem Racionais, nem Cat Stevens. O impagável senador Eduardo Suplicy (PT) apelou para o discurso futebolístico, afim de mostrar toda sua insatisfação com os rumos da política brasileira
Ele que já fez gol no Zidane, agora driblou a posição de seu partido, subiu na tribuna do Senado e sacou um enorme cartão vermelho, destinado para senador José Sarney (PMDB), que já não se encontrava mais no plenário. “Se há uma forma de o povo brasileiro compreender bem o que isso significa é nós falarmos a linguagem do esporte mais popular do Brasil. Ali (no Conselho de Ética) eu estava na função de juiz. Era o terceiro suplente e não chegou a minha vez de dizer o meu voto. Então, o que faz um juiz no campo de futebol para que todos entendam? Apresenta um cartão vermelho. Nessa altura, o melhor passo para a saúde do Senado e do próprio presidente Sarney é simbolizado neste cartão vermelho. Que ele deixe a presidência e possa permitir que o Senado volte aos seus trabalhos normais”, explicou Suplicy.
Em seguida, o senador bateu-boca com Heráclito Fortes (DEM), que saiu em defesa de Sarney. Heráclito também recebeu cartão vermelho de Suplicy. Já para Heráclito, o senador deveria mostrar o cartão ao presidente Lula, que por sua vez deu o cartão amarelo para o "irrevogável" líder do PT, Aloizio Mercadante.
A sessão, que era presidida pelo senador Mão Santa (PMDB), acabou ganhando a solicitação do próprio, pelo encerramento do bate-boca, afinal quem estava com o "apito era ele" e até "futebol tem fim".

Confira o vídeo e aproveite para participar do Troféu Cara-de-mamão de xingamentos: Senado.
Para ajudar ainda mais na inspiração, vale conferir o infográfico produzido pelo G1, com os melhores xingamentos no Senado.

terça-feira, agosto 25, 2009

Redução da jornada de trabalho é inserida no Manguaça Cidadão

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A gente não tinha pensado nisso, mas faz muito sentido, por isso vamos incorporar: a reivindicação das centrais sindicais, apoiada pelo ministro Carlos Lupi de redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais entra como item do Manguaça Cidadão, programa social-manguaça defendido pelos membros do Futepoca com crescente apoio na sociedade brasileira.

A sugestão (inspiração, talvez) veio, ainda que de maneira torta, do deputado federal Nelson Marquezelli (PTB-SP), que participou das discussões ocorridas nesta terça-feira no Congresso sobre a Proposta de Emenda Constitucional 231 de 1995, de autoria de Inácio Arruda (PCdoB-SP). A frase que nos iluminou foi citada pelo parceiro Margens: Reflexões Sociológicas, que relata ter ouvido o nobre parlamentar em entrevista à rádio CBN (e bota o áudio para provar). Teria dito Marquezelli:

"Se você reduzir a carga horária, o que vai fazer o trabalhador? Eles dizem, vai para casa, para ter lazer. Eu digo: vai pro buteco, beber álcool. Vai pro jogo. Não vai pra casa. Então veja bem, aí é que está o mal. O mal está nele gastar o tempo no que ele quiser, se [ao contrário] podemos deixá-lo produzindo para a sociedade brasileira..."

Para quem duvida, acesse o Margens que eles têm o áudio para provar. A gente pensou aqui que faz sentido, o cidadão ter mais tempo para beber é algo totalmente dentro dos princípios democrático-etílicos do Manguaça Cidadão. Afinal, além de gerar empregos, como mostra o Dieese, a proposta visa aumentar a qualidade de vida do cidadão. Espero que o Marquezelli não se incomode. Menos tempo no trabalho, mais tempo no bar!

Campanha cívica

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Tem circulado por e-mail, mas vale a pena divulgar.