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Chegou em uma de minhas contas de e-mail um boletim do PSDB com o assunto: "Lula, Collor, Sarney – você viu o que eles disseram?" A mensagem é assinada por Eduardo Graeff, cientista político e ex-assessor da Presidência da República.
A mensagem faz parte de uma sequência que o partido tem enviado aos contatos de seu site pedindo atualização de cadastro e apoio para a eleição de 2010. Quem mandou pedir notícias sobre a legenda?
O objetivo da ação é atrair simpatizantes para "virar o jogo" das eleições de 2010, na busca pela "a melhor equipe de apoiadores", "capaz de combater a máquina do Governo e do PT".
Para isso, usam o vídeo O Brasil não é problema deles, uma montagem de trechos de discursos de José Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado, Fernando Collor de Mello (PTB-AL), senador e ex-presidente, Lula e Dilma Rousseff (PT-RS). A estratégia é colar os petistas aos ex-mandatários da nação.
Até aí, tudo normal, estratégia de partido de oposição que também já está com os dois pés nas eleições do ano que vem. Pode-se criticar o vídeo ou elogiar a montagem ou dizer o que se quiser. Não fosse por um detalhe.
Quem dá o tom crítico à edição, aquele que manda as estocadas e ironias é ninguém menos que o tucano... Pedro Simon (PMDB-RS)?
Ué!? O senador gaúcho refere-se a seu partido como o "MDB", para lembrar que ele está lá há muito tempo. Não tem oficialmente nada de PSDB, mas está lá no vídeo como o único que não leva pedrada. E nenhum outro tucano está no vídeo. Onde estão Arthur Virgílio (AM), Tasso Jereissati (CE), Álvaro Dias (PR)? São 13 os membros do partido no Senado, e recorreram a um (pra lá de crítico) integrante do partido de José Sarney para fazer o trabalho.
Será que, sob os olhos do diretório nacional do PSDB, os senadores tucanos estão fora do tom?
Confira: