Destaques

terça-feira, agosto 25, 2009

Campanha cívica

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Tem circulado por e-mail, mas vale a pena divulgar.

Governo malaio quer evitar que modelo seja vergastada por ter bebido cerveja

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Claramente preocupado com a imagem da Malásia no exterior, o primeiro-ministro daquele país, Najib Razak (à esquerda), incitou hoje a modelo muçulmana Kartika Sari Dewi Shukarno, de 32 anos (abaixo), a recorrer da sentença que a obriga ser vergastada com seis bengaladas por ter sido flagrada bebendo cerveja num hotel, em 2007. As autoridades religiosas da Malásia adiaram ontem a execução da sentença até ao fim do mês sagrado do Ramadan, recém iniciado. Kartika Shukarno também foi multada em 5 mil ringgits malaios (cerca de 1.000 euros). E não só não recorreu como até disse que gostaria que a pena fosse executada em público, para toda a gente ver como é que no seu país se trata uma cidadã muçulmana que se atreve a ingerir álcool. O primeiro-ministro garantiu que não vai interferir nos tribunais religiosos que aplicam a sharia (lei islâmica), paralelos aos tribunais civis, mas observou que há formas para Kartika recorrer da brutal sentença.

"Creio que as autoridades em causa são sensíveis a esta matéria e que compreendem as implicações do caso. Acho que a pessoa em causa deveria recorrer para as autoridades estatais e não estar tão disposta a aceitar o castigo", acrescentou o chefe de Estado. Os críticos desta espécie de castigo dizem que o caso ameaça prejudicar a imagem internacional da Malásia. Segundo a Anistia Internacional, mais de 35 mil pessoas foram vergastadas ou chicoteadas naquele país, desde 2002 (veja exemplo na foto abaixo) - a maioria, frisa a Anistia, imigrantes em situação irregular. Os muçulmanos constituem 60% dos 27 milhões de malaios e estão proibidos de ingerir álcool. Só estão liberadas as comunidades de etnia chinesa e indiana.

Pedro Simon dá o tom em vídeo divulgado por boletim do PSDB

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Chegou em uma de minhas contas de e-mail um boletim do PSDB com o assunto: "Lula, Collor, Sarney – você viu o que eles disseram?‏" A mensagem é assinada por Eduardo Graeff, cientista político e ex-assessor da Presidência da República.

A mensagem faz parte de uma sequência que o partido tem enviado aos contatos de seu site pedindo atualização de cadastro e apoio para a eleição de 2010. Quem mandou pedir notícias sobre a legenda?

O objetivo da ação é atrair simpatizantes para "virar o jogo" das eleições de 2010, na busca pela "a melhor equipe de apoiadores", "capaz de combater a máquina do Governo e do PT".

Para isso, usam o vídeo O Brasil não é problema deles, uma montagem de trechos de discursos de José Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado, Fernando Collor de Mello (PTB-AL), senador e ex-presidente, Lula e Dilma Rousseff (PT-RS). A estratégia é colar os petistas aos ex-mandatários da nação.

Até aí, tudo normal, estratégia de partido de oposição que também já está com os dois pés nas eleições do ano que vem. Pode-se criticar o vídeo ou elogiar a montagem ou dizer o que se quiser. Não fosse por um detalhe.

Quem dá o tom crítico à edição, aquele que manda as estocadas e ironias é ninguém menos que o tucano... Pedro Simon (PMDB-RS)?

Ué!? O senador gaúcho refere-se a seu partido como o "MDB", para lembrar que ele está lá há muito tempo. Não tem oficialmente nada de PSDB, mas está lá no vídeo como o único que não leva pedrada. E nenhum outro tucano está no vídeo. Onde estão Arthur Virgílio (AM), Tasso Jereissati (CE), Álvaro Dias (PR)? São 13 os membros do partido no Senado, e recorreram a um (pra lá de crítico) integrante do partido de José Sarney para fazer o trabalho.

Será que, sob os olhos do diretório nacional do PSDB, os senadores tucanos estão fora do tom?

Confira:

segunda-feira, agosto 24, 2009

Vídeo mostra moradores de rua ateando fogo na revista Veja

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Moradores de rua atearam fogo em exemplares da revista Veja, em São Paulo. Video mostra o protesto contra a reportagem "Profissionais da esmola", publicada na edição 2.126, da semana passada na Veja São Paulo.

Os manifestantes chamam a revista de "fascista" e relembram os ataques proferidos pela revista – e seus colunistas – ao padre Julio Lancelotti, primeiro com acusações desgovernadas e depois acusando-o de pedofilia contra um adolescente antendido pela Pastoral do Menor, coordenada pelo sacerdote. Vítima de extorsão e chantagem, a cobertura da revista se mostrou mentirosa e incorreta, e nem inquérito foi aberto para investigar Lancelotti.

A fogueira foi feita no dia 19 de agosto, Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua. O ato marcou ainda os cinco anos do massacre de 15 pessoas que dormiam nas ruas da região central da cidade.

Confira as imagens:




A reportagem da Veja São Paulo parte da revogação do artigo 60 da Lei das Contravenções Penais, que classificava como contraventor quem mendigasse "por ociosidade ou cupidez". São apresentadas sete pessoas que, na visão da reportagem, pedem esmola profissionalmente.

As estimativas "conservadoras" da publicação calculam em R$ 600 os rendimentos mensais dos "profissionais" da categoria – provavalmente todos farsantes, na visão dela.


Atualizado às 10h45 de 25 de agosto

Derrota merecida, fim da sequência e a hora da verdade

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Por Moriti Neto

Depois de nove jogos de invencibilidade, com oito vitórias e um empate, o São Paulo teve a boa série de resultados quebrada pelo Atlético Paranaense. Ontem, na Arena da Baixada. o Tricolor saiu de campo derrotado por 1 a 0.

Em um jogo pautado por muita marcação, correria e pouca técnica (o que vem sendo a tônica deste Brasileirão), o time paulista não tem do que reclamar. A derrota foi merecida, pois ainda que o adversário não tenha feito uma grande exibição, os tricolores não foram dignos de melhor sorte.

Além de alguns jogadores terem jogado abaixo do que vinham rendendo, casos de Dagoberto – revelado pela equipe paranaense e vaiado a cada toque na bola pela torcida atleticana – Júnior César e Jorge Wagner, a equipe sentiu demais a falta de Hernanes. Arouca é bom jogador, no entanto não está no nível do titular, que realmente é o motor são-paulino.



Outro ponto importante para o insucesso foi a falta de ousadia de Ricardo Gomes, que poderia ser audacioso nas substituições e colocar o time no ataque na segunda etapa, buscando continuar somente um ponto atrás do Palmeiras, o que daria a possibilidade de ser líder com um êxito no confronto direto da próxima rodada.

Entretanto, ao invés de tentar os três pontos, o treinador trocou Washington por Borges e Dagoberto por Hugo, perdendo ofensividade. Talvez a entrada de Marlos fosse uma boa opção, substituindo um zagueiro, contudo técnico e jogadores pareciam satisfeitos com o empate. Com essa postura, pagaram o preço da covardia, quando Paulo Baier, aos 41do tempo final, numa bela jogada, aliás, o único momento da partida em que as torcidas puderam apreciar um lance bem trabalhado, fez o justo gol do Furacão .

Perder fora de casa para o Atlético num campeonato tão nivelado – por baixo é bom que se diga – não é nenhuma anormalidade. A quebra da sequência invicta, hora ou outra, iria acontecer, mas vejo dois problemas. Primeiro: o time já não havia jogado bem contra o Fluminense e só não empatou em casa porque os cariocas estão numa draga danada. A má atuação na Arena pode ser indício de queda de rendimento. Segundo: o momento da derrota foi péssimo. Às vésperas de um jogo contra o Palmeiras, com o rival cheio de moral depois de uma importante vitória sobre o Internacional, a barra pode pesar psicologicamente. E neste campeonato tão equilibrado e sem brilho, a confiança é decisiva.

Como ressaltei no post anterior, acredito que as partidas contra Atlético, Palmeiras e Cruzeiro são definitivas para o destino do Tricolor na competição. Dos nove pontos possíveis, três foram para o vinagre. No jogo do próximo domingo, no Morumbi, às 16h, o vitorioso, certamente, sairá fortalecido demais para conquistar o título. Ingredientes não faltam para que tenhamos um confronto, se não tão bom tecnicamente, muito emocionante. È um clássico, tem briga pelo topo da classificação e uma questão especial chamada Muricy Ramalho.

Enfim, apesar da derrota no Paraná, a oportunidade do São Paulo mostrar que tem condições de ganhar o tetra do Brasileiro é agora. Mas, para tanto, terá que jogar muito mais bola do que na murcha apresentação da tarde de ontem.



Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

É melhor falar de vôlei e F1

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Ok, daqui a pouco falo da vitória mais que merecida do Grêmio, mas antes vale o registro da seleção feminina de vôlei, que ganhou o Grand Prix, torneio disputado todo ano entre as principais seleções do mundo. E é isso que chama a atenção, o Brasil passou de forma invicta por China, Rússia, Alemanha, Holanda etc. Bela campanha, sem nenhum trocadilho para a beleza do vôlei feminino.


Outro destaque foi a vitória de Rubinho, numa corrida em que foi perfeito. Saiu em terceiro, aproveitou as chances de andar rápido quando estava sem ninguém à frente e, principalmente, foi constante o tempo todo. Foi ajudado pela incompetência da Mc Laren na troca de pneus de Hamilton, mas a sorte ajuda quem faz o seu trabalho. E ontem Rubinho correu como gente grande, ops.

Parando de enrolar, ontem o Galo perdeu para o Grêmio de quatro de maneira merecida. Mas um números chama a atenção. No primeiro tempo o Atlético finalizou oito vezes contra cinco do Grêmio, com a diferença de que três do tricolor gaúcho entraram no gol. Competência dos tricolores e excessos de erros do alvinegro. Vale destacar que foi a terceira goleada seguida dos gaúchos no Olímpico. Sorte que o desempenho fora de casa venha sendo pífio.

No segundo tempo, foi mais equilibrado, principalmente porque o Grêmio já fizera o placar que lhe interessava. O Galo tomou um e fez outro, mas foi deprimente ver os jogadores de Minas tocando a bola no final para não tomar de mais. Destaque negativo para Diego Tardelli, que depois que voltou da seleção não está acertando um passe sequer. E para a dupla de zagueiros, Alex Bruno e Welton Felipe, que errou tudo que podia. O goleiro Bruno fez sua segunda partida, se não errou também não fez nenhuma defesa difícil.

Agora vem um jogo em casa contra o Goiás pela Sulamericana, em que não sei se será usado o time titular, o que não faz muita diferença. E o jogo contra o Sport, no domingo, no Mineirão. Se quiser disputar qualquer coisa que não seja o rebaixamento, o Galo tem de começar a ganhar.

domingo, agosto 23, 2009

Goiás 2 X 1 Santos - derrota previsível

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Em campo, dois times com formações que são a cara do futebol brasileiro atual. Muitos jogadores de marcação no meio e mesmo os encarregados da criatividade têm responsabilidade igual de marcar, além de os atacantes terem que “pegar”. No entanto, o Goiás, com três zagueiros, começava com uma postura mais ofensiva que o Santos, não só porque vez ou outra um dos defensores chegava à frente, mas principalmente pelas descidas dos alas.

E foi em uma dessas descidas que o time da casa abriu o placar. Bela jogada de Iarley que deu um passe de calcanhar para o chute certeiro do ala direito Vitor, aos 19. Até ali, o Goiás jogava melhor e o Alvinegro não conseguia encaixar o contra-ataque.

Se é verdade que o esquema com três volantes de Luxemburgo (que só foi possível depois da chegada de Rodrigo Mancha, menos lento que Roberto Brum) deu um pouco mais de consistência ao sistema defensivo, também é fato que sem Neymar como titular o time perdeu poder ofensivo. Assim, fica na dependência de algum lampejo de um jogador da frente para marcar.

E foram dois lampejos de uma vez aos 29. Primeiro, uma assistência de pura habilidade de Paulo Henrique Ganso e depois uma finalização rasteira excelente de Kléber Pereira. Depois do empate, o Peixe começou a encaixar alguns contragolpes, sempre com Madson, mais pelo lado esquerdo. Os visitantes estiveram mais próximos da virada do que os esmeraldinos do segundo gol até o fim da primeira etapa.



Já no segundo tempo, como era de se esperar, o Goiás veio pra cima, E depois de uma grande defesa de Felipe, o seu xará acertou um chute indefensável, aos 6..Com uma movimentação incrível no ataque, principalmente de Iarley, criou mais duas chances até os 12. no minuto seguinte, Luxa viu que a vaca iria pro brejo - chuvoso àquela altura - com a formação defensiva daquele momento. Optou pelo óbvio: Neymar no lugar de Germano. Aliás, o primeiro entrar e o segundo sair tem sido uma constante nas partidas da equipe.

Aos 20, a estreia de Fernandão, no lugar de Léo Lima. No minuto seguinte, Triguinho entra no lugar de Pará (mais uma vez) e Emerson estreia substituindo Mancha. A ideia do técnico santista era provavelmente dar melhor qualidade à saída de bola. Mas o tiro quase saiu pela culatra aos 22, quando o volante perdeu uma bola no meio para o atacante Felipe perder o gol.

A chuva caiu forte e, mesmo assim, o Goiás criou oportunidades. Até os 40, foram 20 finalizações contra o gol do Santos e o bom e jovem goleiro Felipe se destacou, tal qual arqueiro de time pequeno, evitando o pior. Nem mesmo com um jogador a mais o time da Vila pressionou o adversário como deveria.

Ao fim, uma equipe pouco criativa que não lembra em nada o time da reta final do Paulista. E uma derrota previsível, como o modo do time jogar. Uma equipe que não impressiona nem pelos resultados tampouco pelo futebol que mostra. E há quem ache que está tudo bem..

3 a 3 e mais lambança da arbitragem

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Ainda com o desfalque de muitos titulares – nem sei dizer exatamente quantos, falaram em seis, mas tenho resistência enorme em chamar Morais e Moradei, só pra citar esses dois, de titurales –, o Timão empatou com o Botafogo em casa, por 3 a 3. O destaque ficou para a arbitragem. Dos dois pênaltis marcados por Dentinho, um aparentemente não foi, embora eu ache que cabe a dúvida. Ainda teve confusão porque o goleiro se adiantou, rebateu e Dentinho completou, mas neste caso vale a lei da vantagem. Houve dúvida se a falta sobre Jucilei que rendeu o belo gol de Marcinho teria realmente ocorrido, mas a imagem mostrou claramente que lhe puxaram a camisa. Para o Botafogo, André Lima fez um gol de mão. Houve ainda um pênalti não marcado para o Botafogo e o Noronha insistiu muito que houve também um não marcado para o Corinthians – mas a emissora não mostrou de novo o lance.

Assim, o Corinthians mantém o passo se segurando ali na sexta posição. Poderia ter ganho, mas pra quem tem metade do time no ambulatório até que não foi mal. Dentro de vinte dias o Ronaldo volta, outros jogadores como William, Chicão, Edu e Felipe devem voltar em breve. É aquela coisa, o time completo não é genial, mas é bem mais estruturado e num jogo como o de hoje poderia ter feito uma diferença brutal. Quer dizer, dependendo do andar da carruagem, não é que o Timão ainda tem alguma chance?

Confesso que, mesmo depois de tanto tempo, ainda não aprendi muito bem a torcer em campeonato de pontos corridos. Minha natureza bipolar corintiana prefere os mata-matas, que exigem uma superação após a outra, e não a regularidade – muito embora os sucessos do primeiro semestre o que tenha marcado o Corinthians foi mesmo a regularidade. Reitero, o time não é melhor que Palmeiras, São Paulo, Inter e talvez nem seja melhor que o Atlético Mineiro, mas se engatar uma boa sequência e jogar com a garra que tem tido, errando menos, vai chegar junto.

sábado, agosto 22, 2009

Palmeiras reencontra vitória diante do Inter

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Os 2 a 1 do Palmeiras diante do Internacional de Porto Alegre, no Palestra Itália foi o reencontro do líder do campeonato brasileiro com a vitória, depois de quatro partidas. Não pode chamar de final a segunda partida do returno. Mas é uma vitória importante.

Para chegar aos 40 pontos, o time lançou mão do uniforme novo, azul com uma faixa branca, que substitui o verde-limão-siciliano que marcou o último ano.

Talvez o time tenha se aproveitado do empenho dos secadores gremistas, comovidos com a semelhança azulada. Talvez a referência à Itália tenha inspirado. Talvez a Cruz de Savóia no peito tenha sido o diferencial.

Ou talvez tenha sido Diego Souza nas jogadas dos dois gols, e os atacantes Obina e Ortigoza marcando gols. Bom, quando o principal jogador do time vai bem e os atacantes comparecem as coisas melhoram... Faz sentido.

A vitória recupera o time do tropeço diante do Coritiba, na quarta, e garante a equipe de Muricy Ramalho na liderança por mais uma rodada. O Inter, depois de mais uma derrota, mesmo se ganhar os dois jogos que tem a menos, não passa de 39 pontos.




O Inter apostou na defesa para tentar surpreender. O Palmeiras contava com a volta de Diego Souza
. Mas foram poucas chances no primeiro tempo. Um pênalti sofrido pelo camisa 7, que representou o nono gol de Obina aos 37 do primeiro tempo, e uma rebarba de chute do mesmo meia aproveitada por Ortigoza aos 2 da etapa final garantiram a vantagem. Juliano diminuiu para o Colorado.

Por um lado, incomoda o fato de o Palmeiras ter recuado na etapa final para evitar o empate. O time fez mais de dois gols num jogo pela primeira vez desde que Muricy assumiu, mas nada de vitória por mais de um gol de diferença.

Valem os mesmos três pontos, mas é o estilo de jogo em que o mínimo basta. A saída de Cleiton Xavier aos 12 prejudicou, mesmo que o time tenha apresentado uma formação das mais ofensivas do ano. Com o Inter mais aberto depois dos 2 a 0, houve chances nos contra-ataques, mas nada de gol. Foi a apresentação mais convincente desde que o técnico assumiu.

Que Jorginho inspire Obina e o resto do time para o desempenho no próximo domingo, contra o ascendente São Paulo.

Som na caixa, manguaça! - Volume 42

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MOVIDO À ÁLCOOL
(Raul Seixas)

Diga, seu dotô, as novidade
Já faz tempo que eu espero
Uma chamada do senhor
Eu gastei o pouco que eu tinha
Mas plantei aquela cana
Que o senhor me encomendou

Estou confuso e quero ouvir sua palavra
Sobre tanta coisa estranha acontecendo sem parar
Por que que o posto anda comprando tanta cana
Se o estoque do boteco
Já está pra terminar

Derramar cachaça em automóvel
É a coisa mais sem graça
De que eu já ouvi falar
Por que cortar assim nossa alegria
Já sabendo que o álcool também vai acabar?

Veja, um poeta inspirado em Coca-Cola
Que poesia mais sem graça ele iria expressar?
É triste ver que tudo isso é real
Porque assim como os poetas
Todos nós temos que sonhar

(Do LP "Por quem os sinos dobram", WEA, 1979)

2% de teor alcoólico

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Ontem saí para bater perna aqui por Dublin e, com dó de minha abstinência involuntária, Deus deixou uma moeda de 2 euros no meu caminho próximo a Harcourt Street, na esquina onde um café botou um cartaz anunciando uma vaga para atendente. Ato contínuo, marchei para o glorioso Tesco, o supermercado (pra lá de) popular que garante a sobrevivência da maioria dos brasileiros aqui - com produtos como o miojo de 13 cents, a unidade de hamburguer a 11 e a pizza a 75. Mas, numa sexta-feira (e há um bom tempo sem molhar a palavra), fui atrás mesmo da imprescindível loirosa gelada.

Já sabia, de antemão, que meus parcos 2 euros renderiam apenas uma lata de 500 ml. A cerveja genérica vendida por esse mercado, Bière Especiale, estava por 3,99 a caixa com 8 garrafinhas de 250ml, o dobro das minhas finanças. Mas eis que surgiu uma luz no fim da goela, digo, do túnel: um latão de cerveja lager do Tesco (foto), por 1,69 a pack com 4 unidades, ou dois litros. Dava 42 cents por lata, ou pouco mais de 1 real. Haleluia! E ainda sobrou um troco pra comprar uma Tesco Cola de dois litros, por 29 cents, para amenizar a ressaca posterior. Porém, quando cheguei em casa, pude constatar, mais uma vez, que ''quando a esmola é grande, o santo desconfia'': a cerveja que comprei tinha só 2% de teor alcoólico. Buenas, cavalo dado (ou produto comprado com dinheiro achado na rua), não se olha os dentes (ou quantidade de álcool). Fazer o que? Bora beber. Quem não tem Carlsberg, caça com Tesco Lager...

Tipos de Cerveja 40 - As Pilsner

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Segundo o site parceiro Cervejas do Mundo, a definição do estilo pilsener ainda provoca debate entre os conhecedores de cerveja, pois engloba, genericamente, todas aquelas marcas que não podem ser consideradas pilseners da Boemia ou pilseners germânicas clássicas. Geralmente, referem-se a lagers pálidas, amarelas e com presença de lúpulo quer no aroma, quer no sabor. O teor alcoólico varia entre 4,0% e 5,5%. Muitas vezes são designadas pela abreviatura Pils. Para experimentar: Wiibroe Pilsner Helsingor, Tuppers Hop Pocket Pils (foto) ou Christoffel Blond.

sexta-feira, agosto 21, 2009

Vintes anos sem Raul ou Esse cara é mesmo um mito

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Há 20 anos, nesse mesmo dia na gloriosa São Vicente, estudava para uma prova de Geografia quando escutei a notícia no rádio: Raul Seixas estava morto. A emissora Transamérica no ato conseguiu uma entrevista com o último parceiro do Maluco Beleza, Marcelo Nova, que fazia turnê com Raul divulgando as músicas do tocante disco-epitáfio Panela do Diabo, álbum auto-biográfico, mordaz e satírico, que retratava bem o fim de uma trajetória.

Àquela época, tinha um LP dele, coletânea com dois discos “A Arte de Raul Seixas”. Mas o interessante é que, ao contrário do que possa parecer hoje, aquele barbudo não fazia mais sucesso nenhum, pelo menos entre os moleques de 14 anos da minha classe. Ao contrário, uma vez levei o dito álbum para a escola e logo os colegas taxaram o artista de “brega”. Sim, Raul estava em um nível parecido ao de Amado Batista e quetais aos olhos daquela gente que confinava tais músicos aos guetos das classes baixas. E sem o glamour “cult” que hoje acompanha vários desses artistas.

No fim de seus dias, ele era um marginal. Decadente, como bem lembra o ex-parceiro e hoje pop star Paulo Coelho: "em seus últimos anos de vida era motivo de chacota para apresentadores de TV, e sistematicamente ignorado ou atacado pela imprensa. Eu acompanhei isso de perto – não é informação que me passaram. Mais de uma vez Raul me perguntou: ‘por que os jornalistas me odeiam tanto?’”.

Vivo, Raul era o símbolo daquilo que ninguém quer pra si: o fracasso encarnado, o homem que não soube equilibrar o talento musical com os prazeres que a vida lhe ofereceu. Que caiu sem sequer ter o direito ao aplauso final como o palhaço Calvero de Luzes da Ribalta. Um roadie que acompanhou Nova e Raul na turnê derradeira, conta que uma vez, em uma cidade do interior, o músico ainda teve que escutar de um “fã” na platéia: “Agora que você tá na merda vem aqui, né?”. Marcelo Nova não teve dúvidas e pulou sobre o infame pra vingar não o parceiro, mas o ídolo que ele insistia em mostrar que ainda estava ativo, embora as notas mal saíssem da sua boca sem oscilar de forma quase ofensiva a quem o escutasse.

Morto, Raul era o exemplo de alguém que fez sua opção. Escolheu viver a sua verdade, tão transparente que era possível notá-la em cada música, em cada apresentação ao vivo, avatar de uma autonomia assustadora e invejável. Do show da Praia do Gonzaga, em Santos, 1982, um momento que acho exemplar disso. Em meio a “Abre-te Sésamo”, o embriagado músico erra, esquece a letra e emenda sem dó: “a música é minha, eu canto como eu quero”. Poucas declarações de independência foram mais sinceras.



Por isso, vinte anos depois que ele partiu, hoje os versos de Zeca Baleiro não me saíram da cabeça “Mas aí eu paro/Penso e reflito/Como é poderoso esse Raulzito”. Tem razão, Zeca, esse cara é mesmo um mito. Esse cara é mesmo um mito.

Troféu Cara-de-mamão de xingamentos: Senado

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O Futepoca tem tradição em xingamentos. Apesar de pedirmos a gentileza aos leitores de evitarem o palavreado chulo nos comentários, valorizamos sempre o xingamento-arte, a ofensa-meniiiina, o que esculacha sem perder a elegância. Foi assim com o grande Benedito, mas o alvo era o árbitro.

E por toda a blogosfera, está claro que todo mundo está cansado do Senado, ou da mídia, ou do governo... A Globo e a Record, por exemplo, se ofendem com reportagens e acusações de toda ordem. Os senadores, entre si, se desprestigiam enquanto ajeitam o paletó.

Fernando Collor, por exemplo, disse que Pedro Simon era "parlapatão". Tasso Jereissati disse que Renan Calheiros tinha "dedo sujo", ao que ouviu que era "coronel de m...". Flávio Arns considera que o PT jogou seu passado no lixo.
O fato é que muita gente está precisando desabafar. Só que para não perder o decoro, o desafio é manter o respeito:

Troféu Cara-de-mamão de xingamentos: Senado



Envie um e-mail para o Futepoca e mande seu xingamento.

  • A escolha dos melhores será feita pelos integrantes do Futepoca. Os critérios são:
  • originalidade
  • relação o/e x d (em que "o" é poder da ofensa, "e" é elegância e "d" é decoro, seja lá o que isso signifique)
  • Em caso de empate, o critério para definir o ganhador é a capacidade de ofender
Chamar de "cara-de-mamão" não vale.
O melhor xingamento ganha um exemplar do Dicionário Brasileiro de Insultos, de Altair Aranha (Ateliê Editorial).
Mãos à obra.

quinta-feira, agosto 20, 2009

Empate amargo

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A festa era para ser bonita, pá. A torcida presente, embora em menor número, na estreia de Rentería, na volta de Renan Oliveira. O Galo sai, faz dois a zero no segundo tempo, que lembrou, com sinal invertido, o resultado do primeiro turno, em que o Avaí também fizera 2 a 0, em casa.

Daí começa o pesadelo. Empate num chute inacreditável do lateral esquerdo do Avaí num passe errado do lateral direito Marcos Rocha, que havia feito o segundo gol do Galo. Com mais de 40 da etapa final, numa bola espirrada, o goleiro sai, tromba com o atacante e bola vai para dentro do gol. Empate, como no primeiro turno.

O problema é que no começo do campeonato o Galo ganhou confiança com o resultado. Agora vai ter de pôr a cabeça em ordem se quiser algo no campeonato. Era para ter ficado em terceiro, dormiu em quinto numa rodada em que todos os líderes, à exceção do São Paulo, perderam pontos. Aliás, parece que todos pretendem entregar o título novamente ao tricolor do Morumbi por decurso de prazo.

Do jogo, se tentar brincar de Poliana, dá para ver a boa partida de Renan Oliveira e Rentería (espero que evolua, mas fez boa estreia), além do oitavo gol de Éder Luís no campeonato num jogo sem cinco titulares. Agora, ficou claro que o time quando faz gol anima-se e começa a jogar. Quando toma, o emocional vai lá no pé. Falta cabeça e experiência.

Roth, desta vez, nem foi tão culpado. Escalou os melhores jogadores que tinha, só cometeu o pecado de recuar o time demais na última metade do segundo tempo. Além de botar o Júnior, que simplemente parou de jogar há algumas partidas.

Fica a esperança, mais que a razão, para a partida contra o Grêmio no final de semana, lá no Olímpico. Com a volta, pelo menos, de Tardelli e Renan, é preparar o coração... Já o Avaí é um time melhor do que aparenta. Espero que no ano que vem o Galo contrate o Muriqui.

Dunga convoca Adriano contra a Argentina

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O técnico Dunga divulgou a lista de jogadores convocados para os dois próximos jogos das Eliminatórias para a Copa 2010. O primeiro será contra a Argentina, em Buenos Aires, no dia 5 de setembro, e o outro no dia 9, contra o Chile, em Salvador.

Veja a lista:

Goleiros - Júlio César (Inter de Milão) e Victor (Grêmio)
Laterais - Daniel Alves (Barcelona), Maicon (Inter de Milão), André Santos (Fenerbahce) e Filipe Luís (Deportivo)
Zagueiros - Lúcio (Inter de Milão), Juan (Roma), Luisão (Benfica) e Miranda (São Paulo)
Meio-campo - Felipe Melo (Juventus), Gilberto Silva (Panathinaikos), Josué (Wolfsburg), Lucas (Liverpool), Elano (Galatasaray), Ramires (Benfica), Júlio Baptista (Roma) e Kaká (Real Madrid)
Atacantes - Robinho (Manchester City), Nilmar (Villareal), Adriano (Flamengo) e Luís Fabiano (Sevilla)

Segue a lógica das convocações anteriores. Adriano é cachaceiro e tudo mais, mas vem marcando gols pelo Flamengo e me parece mais jogador que os outros reservas de Luiz Fabiano – com exceção de Nilmar, talvez, mas as características do Imperador da Manguaça são mais semelhantes às do titular do posto.

A outra novidade foi a convocação de Lucas para a vaga de Kléberson. Eu gosto do ex-gremista, mas queria que jogasse na dele, de segundo volante, tirando Gilberto Silva do time. Creio que Dunga não vai por aí. Com isso, deverá se manter os problemas da seleção com a saída de bola e a criação de jogadas pelo meio.

Segue também a busca por um lateral-esquerdo. André Santos deve continuar com a vaga por enquanto, mas ainda não está garantido. Veja mais comentários nos parceiros Blog do Carlão e Marcação Cerrada.

Noite excelente para o São Paulo

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Por Moriti Neto

O São Paulo, na noite de ontem, que marcou a volta de Rogério Ceni aos gramados após quatro meses de uma contusão no tornozelo, jogou apenas para o gasto contra o Fluminense. Fez o bastante, no entanto, para vencer por 1 a 0.

O primeiro tempo são-paulino foi bom. Duas bolas na trave e um golaço de Richarlyson, aos 22. O polivalente jogador recebeu belo passe de Hernanes, passou por parte da defesa carioca e tocou com categoria na saída do goleiro Rafael (o chute foi de pé direito, que nem é o forte dele). O autor do gol, aliás, jogou muito, foi o melhor são-paulino em campo e calou a boca da ridícula parcela homofóbica de uma organizada que se diz torcedora do Time da Fé.

Na segunda etapa, com exceção dos dez minutos iniciais, o São Paulo diminuiu inexplicavelmente o ritmo e deu sopa para o azar. Se o Fluminense não tivesse uma equipe tão ruim, poderia ter empatado. E justamente pela ruindade, os cariocas só conseguiram certo domínio territorial, sem ameaçar constantemente a meta de Ceni. Tanto que a única chance real dos visitantes saiu num lance de André Dias, que cabeceou contra a própria meta, mandando a bola no travessão.



Apesar da exibição do Tricolor Paulista não ter sido das melhores, a noite foi excelente. Além da vitória, houve o retorno de Rogério, o Capitão, a volta do bom zagueiro Rodrigo e, claro, a diminuição para um ponto em relação ao Palmeiras. No Beira Rio, até a arbitragem, opa, quer dizer, o Corinthians deu uma ajuda, vencendo o Internacional. (será que o estádio gaúcho está com problemas que dificultam a visão dos trios de arbitragem, pois o que tem de gols em posição de impedimento escandalosa validados por lá é uma grandeza, como no confronto de ontem e entre Inter e São Paulo, na 13° rodada).

Para a próxima partida, os são-paulinos, desfalcados de Hernanes, suspenso pelo terceiro amarelo, mas com a volta de Miranda, terão o Atlético Paranaense, na Arena da Baixada. O jogo será no domingo, às 16h, e o São Paulo tem um histórico bem negativo por lá. Depois, confronto direto contra o Palmeiras, no Morumbi, e, na sequência, o Cruzeiro, em Belo Horizonte. Desafios difíceis e que, em minha opinião, vão mostrar se o Tricolor Paulista tem mesmo bala na agulha para ser campeão.

Se bem que, num campeonato tão embaralhado e fraco tecnicamente, onde nenhum time se destaca pelo esplendor futebolístico, mesmo agremiações recém-chegadas da Série B podem brigar pela Libertadores, quiçá pelo título, casos de Barueri, Avaí, Corinthians....


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

Intolerância

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Se fosse no Brasil, isso resultaria numa descarada desobediência civil.

Marina Silva rumo ao PV e as pesquisas

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Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Até dia 1º de outubro, todo mundo que quiser ser candidato em 2010 precisa estar devidamente filiado a um partido político. Então, resta pouco tempo para todas as articulações e mudanças de domicílio eleitoral estejam concluídas, do contrário, não tem candidatura.

Marina Silva anunciou que deixaria o PT e negocia com o PV um "saneamento" geral. Não, isso nada tem a ver com José Sarney Filho, ex-ministro do Meio Ambiente, filiado aos verdes e ao presidente do Senado. Nem é um trocadilho. Tem a ver com criar um conteúdo programático para a legenda.

Ações além do discurso foi justamente o que o deputado estadual Major Olímpio apontou como motivo para sair do mesmo PV atirando. Ele tem certeza de que a legenda vai fazer campanha para José Serra (PSDB-SP) ao Planalto em 2010, assim como fizeram em 2006 apesar de ter candidato próprio ao governo do estado. Fernando Gabeira (PV-RJ), pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, seria "mais serrista do que a família de Zé Serra", no conceito de Olímpio. Mas são acusações de um dissidente.

Um dos trunfos do PV era uma pesquisa que dava 10% para Marina, mas avançaria para 24% se Ciro Gomes fosse retirado.

O levantamento do Ipespe foi coordenado pelo sociólogo Antonio Lavareda, o mesmo que conduziu o levantamento que sugeria ao PFL mudar de nome para Democratas. Ele já havia trabalhado para a legenda em outros períodos, como a eleição de 2004. A confiança era grande, a ponto de ele ter sido indicado pelos então pefelistas para socorrer (putz, a fonte do link não foi boa) a campanha de Geraldo Alckimin em 2006.

Então a pesquisa é viciada para beneficiar interesses do DEM ou do PSDB? Seria leviano ao extremo insinuar isso. Como os verdes fazem parte da base aliada do governo federal, comandado pelo PT, e do estadual de São Paulo, chefiado pelos tucanos, é mais plausível notar de quem o PV está mais próximo. Afinal, a indicação do profissional para conduzir uma pesquisa que vai definir a estratégia eleitoral precisaria ser obtida junto de parceiros.

De qualquer forma, é uma perda para o PT a saída de Marina Silva. E nem a senadora sabe se vai conseguir o que quer no PV.

A Ferroviária de Cluj-Napoca

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O uniforme cor de vinho lembra o da Ferroviária de Araraquara (SP). E o nome, CFR, é composto pelas iniciais de alguma coisa como ''Clube dos Ferroviários'', em romeno. No distintivo do clube, há até uma locomotiva, com a bola de futebol fazendo as vezes de chaminé. Vejam a flâmula:



O CFR é um clube de futebol de Cluj-Napoca, cidade de 300 mil habitantes da Transilvânia, mitológica região que já pertenceu ao Império Austro-Húngaro e que hoje é território da Romênia. Mas o mais bizarro de toda essa história é que encontrei, aqui na Irlanda, um brasileiro fanático pelo CFR. ''Conheci um colega no trabalho há 2 anos, o Janos (pronuncia-se Januchi), que é de Cluj-Napoca e torcedor fanático do CFR (ou tcheferê)'', conta Eduardo Witzel (foto), 30 anos. ''Eu o presenteei com uma camisa do São Paulo e ele disse que só torceria para o meu time se eu torcesse para o CFR. E me deu a camisa. De fato, parece com a da Ferroviária de Araraquara''.

Na época, 2007, o CFR ganhou o seu primeiro Campeonato Romeno, além da Copa do país. ''O Janos ficou maluco, encheu a cara de vodka. E o São Paulo foi campeão brasileiro novamente, daí completou a nossa festa'', conta Eduardo, que, perigosamente, trabalha como responsável pelo abastecimento dos 11 bares do hotel Russell Courts, na Zona Sul de Dublin. ''Eu brinco com o meu amigo romeno que o CFR só passou a ganhar depois que eu comecei a torcer pra ele. No início de 2010 eu vou conhecer Cluj-Napoca. Vamos descer em Budapeste, na Hungria, e pegar 4 horas de trem até lá''. E Eduardo promete ir ao Constantin Rădulescu Stadium, que tem capacidade para 25 mil pessoas, para torcer para a ''Ferroviária'' da terra do Conde Drácula.

Pra não fugir à regra, é claro que o tcheferê tem um brasileiro, o centroavante Didi - que não é aquele ex-corintiano que fez um gol contra o São Paulo na decisão do Paulista de 1998. Trata-se de um rapaz de 26 anos, que veio sei lá de onde. O ídolo do time é um argentino chamado Culio. ''O interessante é que o maior rival, o Universitatea, também da cidade de Cluj-Napoca, despencou para a segunda divisão justo no ano em que o CFR foi campeão. O Janos, que vai pra Romênia mais pra ver jogo do CFR do que pra ver a família, quase morreu de felicidade - e bebedeira'', arremata Eduardo Witzel.

Ps.: É bom reforçar que CFR se pronuncia tcheferê, pois os rivais costumam pronunciar pejorativamente como cuferê (esterco). Ou seja: uma provocação parecida com a que os torcedores do argentino River Plate usam para ofender os do Boca Juniors, bosteros - pelo fato de o estádio La Bombonera ter sido construído sobre o antigo aterro sanitário de Buenos Aires.