Destaques
quinta-feira, janeiro 19, 2012
quarta-feira, janeiro 18, 2012
Futepoca adere ao MegaNão ao Sopa
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O Futepoca aderiu ao dia de protestos na internet contra o projeto de lei em discussão no Congresso dos Estados Unidos que ameaça a liberdade na internet. A página ficou fora do ar das 13h às 16h desta quarta-feira, 18. A Lei de Combate à Pirataria na Internet (Sopa, na sigla em inglês de Stop Online Piracy Act) e a Lei de Proteção ao endereço de IP (Pipa, na sigla em inglês de Protect IP Act) trazem riscos de restrições e sanções a pessoas que compartilharem arquivos e dados com direitos autorais.
Apesar de a questão tramitar nos Estados Unidos, o fato de páginas como Wikipedia, Facebook, Twitter, Google, Blogspot e Wordpress serem sediadas em terras de Tio Sam torna o problema global. Essas páginas fizeram seus protestos. No Brasil, o MegaNão foi a fórmula empregada. O método de protesto é consagrado no país desde 2009, com mobilização por meio das redes sociais e blogues, desde a pressão contra a aprovação do substitutivo ao projeto de lei 89/2003 que trazia riscos de restrições à internet brasileira.
Mais sobre o Sopa e o Pipa está explicado aqui:
terça-feira, janeiro 17, 2012
Estupro no BBB: como fica a rede Globo?
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segunda-feira, janeiro 16, 2012
O estupro no BBB
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quarta-feira, janeiro 11, 2012
"Dei muita entrevista boa para vocês e ruim para mim"
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Por Vitor Nuzzi
Poucas vezes um atleta profissional foi tão preciso ao resumir sua carreira. "Fiz muita defesa boa, tomei um monte de frango, dei muita entrevista boa para vocês e ruim para mim", disse o agora ex-goleiro Marcos, 530 jogos, 33 pênaltis defendidos, em entrevista coletiva para falar sobre a decisão de aposentar-se, após 20 anos. "Eu não consigo mais entrar em forma", afirmou, sincero. "É muito sacrifício, tomando muito remédio, fazendo punção para tirar líquido do joelho", explicou. "Era a hora certa para mim. O meu tempo deu. Tem goleiros em melhores condições do que eu."
Foi uma entrevista atípica. Vários jornalistas não se importaram de agradecer publicamente ao atleta, seja por sua postura com a imprensa, seja pelo que ele fez ao "time do coração", como um deles admitiu. Pela franqueza de suas declarações, Marcos disse que algumas de suas entrevistas causaram problemas a ele. "Mas sempre dormi tranquilo", completou. "Posso ter falado besteira, mas sempre fui o Marcos."
Sobre o fato de ser chamado de São Marcos e ganhar até uma procissão, que sairá do Palestra Itália no próximo sábado, ele deu risada. "Os caras são loucos, estão de brincadeira. Pergunta para minha mulher se eu devo ser canonizado." Perto dele, Sônia observava.
Permanecer no Palmeiras, jogando na segunda divisão, em vez de ir para o Arsenal, foi, "sem querer", uma de suas melhores decisões. "Estar perto dos amigos, das pessoas de quem gosto, sempre foi minha prioridade. Queria criar raízes para ser lembrado. Nunca vou me arrepender disso. Seria bom se outros jogadores pensassem assim", afirmou, dando uma canelada suave a colegas de profissão, que sempre priorizam o dinheiro.
Talvez por modéstia, Marcos disse que não iria ir para a Copa. "O Rogério e o Dida estavam voando, e os caras ficaram me cornetando." E conta que Felipão, o treinador da seleção vitoriosa de 2002, mostrava aos jogadores, para motivá-los, "imagens do povo brasileiro, alagamentos, pessoas passando fome".
Ainda sem planos definidos, o ex-jogador pretende passar mais tempo com a família (tem dois filhos, Lucca, que fará 13 anos ainda este mês, e Ana Júlia, de 8). Os jogos e concentrações sempre afastam o atleta desse convívio. "A gente nunca está no álbum de família de ninguém", lembra. Por outro lado, está "bancando as melhores condições para que os filhos possam ser felizes no futuro". Concentrado para um jogo contra o Santos, não viu morrer seu pai, Ladislau, quase quatro anos atrás.
A mãe, dona Antônia, ficou triste e perguntou se ele não podia jogar mais um pouquinho. Quando Marcos respondeu que não dava, que sentia muita dor, ela disse que tudo bem, mas esperava mais visitas a Oriente, cidade do interior paulista, a quase 500 quilômetros da capital, de onde o goleiro saiu. Foi na hora de falar dos pais que não adiantou ficar "treinando o psicológico" durante uma semana para não chorar. "Meu pai era uma pessoa muito simples. O que ele mais me ensinou era preservar o nome. Acho que fiz bem...", disse Marcos, interrompendo a resposta e ganhando aplausos.
Além do jogo em despedida, ainda em aberto, ele não deu muitas dicas do que poderá fazer daqui em diante. Talvez ser "embaixador" do novo estádio do Palmeiras. A certeza é de que não será técnico: "Estou fora. Treinar o time a semana toda, ver o time não fazer nada do que você mandou e ser chamado de burro deve ser a pior coisa do mundo".
E para quem ganhou o respeito até dos adversários – Corinthians e São Paulo divulgaram notas homenageando o goleiro do time rival –, nada mais normal do que citar como referências atletas de outros times. Casos de Zetti (São Paulo), Ronaldo (goleiro do Corinthians) e Taffarel (ex-Internacional e seleção brasileira). Mas a principal era Veloso, a quem Marcos sucedeu. Ele também agradeceu a cartolas e torcedores do Palmeiras e até ao Marquinhos ("um faz-tudo, maqueiro, cuida do gramado").
A maior alegria, segundo Marcos, aconteceu numa bola que foi para fora: na cobrança de Zapata, do Deportivo Cali, na decisão da Libertadores de 1999. E a maior tristeza, como era de se esperar, foi a derrota no Mundial de Clubes para o Manchester, no mesmo ano. Sobre a famosa defesa do pênalti cobrado por Marcelinho Carioca, no jogo contra o Corinthians pela Libertadores em 2000, ele contou que às vezes ficou incomodado com a insistência no assunto, porque dava a impressão de ter sido sua única defesa importante. Depois foi descobrindo o significado daquele jogo para os torcedores. "Teve muita gente importante naquele dia", disse, citando Galeano, que fez o gol que garantiu a disputa por pênaltis.
Dos 530 jogos, 15, talvez, sejam para apagar da vida. Os outros 515 foram "muitos bons". Mas, para o bem e para o mal, jogador tem "pouco tempo para comemorar e pouco tempo para ficar triste".
* Vitor Nuzzi gosta de futebol em qualquer época. Pôs os pés num estádio pela primeira vez aos 10 anos (tem 47) e não pretende tirá-los tão cedo, façam o que fizerem com a pobre bola. A sua seleção do São Paulo, time do coração, que viu jogar seria: Rogério; Zé Teodoro, Oscar, Dario Pereyra e Serginho; Chicão, Cafu, Raí e Pedro Rocha; Careca e Serginho Chulapa.
quinta-feira, janeiro 05, 2012
Um senhor gol de goleiro
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Feito realizado ontem por Tim Howard no jogo entre Everton e Bolton. Sem mais comentários.
terça-feira, dezembro 27, 2011
Coração sem lastro no câmbio incerto da vida
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Dezembro está marcado por dois estudos de institutos britânicos que sugerem que o Brasil já seja a sexta maior potência econômica do mundo. A ultrapassagem do Reino Unido aconteceu em 2011, devido à crise econômica do país do Velho Mundo e pela pujança da nação emergente sul-americana.
Na segunda-feira, 26, o Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios britânico (CEBR, na sigla em inglês) conseguiu projeção por ter sido destaque em dois diários da terra da rainha – The Guardian e Daily Mail. A julgar pela edição de imagens, a economia canarinho é movida pela vista da Baía da Guanabara, pelo Cristo Redentor e pela ginga das mulatas sambando. Mas 13 dias antes, o lusitano Exame Expresso orgulhou-se de ver que a antiga colônia estava mesmo a cumprir seu ideal de tornar-se um imenso Portugal.
Mas não foi para fazer alusão ao Fato Tropical, de Chico Buarque e Ruy Guerra, que comecei este post.
Foi por me ver diante de um dilema e tanto envolvendo um gigante do samba, admirado por estas bandas tanto pela produção musical quanto, a despeito do fim trágico e prematuro, pelo desempenho em mesa de bar. Noel Rosa escreveu, com Orestes Barbosa, a divertidíssima Positivismo, em que começa logo ensinando que "verdade, meu amor, mora num poço". Nessa toada é que diz, mais adiante:
Vai, orgulhosa, querida
Mas aceita esta lição:
No câmbio incerto da vida
A libra sempre é o coração
Para alguém que viveu até 1937 e escreveu sete anos antes dos acordos e do sistema Bretton-Woods e muitos antes de sua supressão unilateral em 1971 pelos Estados Unidos, a libra até poderia ser a referência, o porto-seguro, a liquidez para onde correm os capitais no momento de incertezas. Se não o fosse, poderia cumprir a função no imaginário da população.
Mas as notícias de dezembro colocam a libra, enquanto representante da economia onde circula, como superada até pelo real. Mas será ufanista aquele que tentar colocar a moeda brasileira na poesia de Noel Rosa. Até porque, estabilidade mesmo não há com câmbio flutuante, como já leciona o sábio.
Então, se a petulante missão fosse atualizar a bela metáfora do poeta da Vila, o dólar poderia ser candidato. É para lá – mais precisamente para os títulos da dívida dos Estados Unidos – que corre boa parte do capital na hora da incerteza, apostando na liquidez. Mas mesmo esse bastião anda soluçando, com teto de endividamento estourando e um turbilhão de dúvidas desde a crise financeira de 2008. O euro, prometido como alternativa à moeda estadunidense a partir de 2000, também atravessa solavancos.
Diante da crise, estaria a metáfora comprometida? Ou seria o caso de apostar em um país que controla fluxos de capital e cotações da moeda, ainda que a patamares artificiais, como a China? Prefiro não imaginar intérprete algum cantarolando: "No câmbio incerto da vida, o yuan sempre é o coração".
segunda-feira, dezembro 26, 2011
Sorvete, fila dupla e os "petistas da USP"
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É uma anti-história de fim de ano.
No Itaim, bairro nobre na zona sudoeste da capital paulista, o palco é uma sorveteria. Por esse dado, fica claro que ninguém do Futepoca presenciou os fatos, mas as fontes são fiáveis.
Em um dia acalorado de dezembro, o público consome com afinco as massas geladas de leite, gordura e espessante. Um carrão daquelas SUVs aproxima-se vagarosamente, em busca de vagas. Não vê nem pista de um lugar para estacionar conforme recomenda o Código de Trânsito Brasileiro. Aciona, então, o pisca-alerta e para o veículo em fila dupla.
Estava calor. Ela queria tomar sorvete. Desceu do carro e para a sorveteria dirigiu-se.
Tudo bem que o período de férias escolares faz a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-SP) reduzir as campanhas para não se estacionar dessa forma. Durante a época de retomada de aulas, no longínquo mês de fevereiro, pulularão faixas com esse tipo de orientação, com vistas a evitar trânsito. Agora, no recesso estudantil, também tem menos tráfego de automóveis, o que torna o problema menos grave.
Mas não teve nada a ver com quem passava o que se viu a seguir. Duas clientes terminaram suas bolas de sorvete, pagaram e acreditavam que poderiam ir embora. Mas estavam com o automóvel travado pelo carrão com o pisca ligado.
Assistiu-se a uma espera de 15 minutos. Nem era o fim do mundo para alguém que está de férias e, de fato, a paciência demonstrada pelas donas do veículo impedido de se mover foi digna da condição.
A madame da SUV voltou, refrescada, por certo. Olhou a situação e, sem esconder a satisfação de ter poupado seu próprio tempo, ensaiou aproximação:
– Ah, meu carro atrapalha?
– É, a gente quer sair e não pode... – respondeu a outra, com uma tranquilidade rara na estressante pauliceia.
– E você quer que eu tire o carro? – tentou de novo, agora com sarcasmo.
– Seria bom. E seria bom que, na próxima, que a senhora não parasse em fila dupla, bloqueando quem para corretamente na vaga...
Agora o sarcasmo deu lugar à irritação. De cara fechada, ela apelou:
– Aé? Aposto que vocês são daquelas petistas da USP!
Entrou no carro, e saiu cantando pneu. Quem viu não entendeu bem a livre associação. Houve quem achasse que era uma tentativa de estigmatizar a interlocutora. Outros, acharam que foi só uma forma de mostrar falta de informação, já que o pessoal na ocupação da reitoria da Universidade de São Paulo, em novembro, era bem mais à esquerda do que o PT – e bem resistente à partidarização pura e simples, como acontece com outros "Ocupes" por aí. Pessoalmente, acho que tem a ver com algum medo ancestral – lá de 1989, quando a elite paulistana acusava eleitores de Lula de querer tomar-lhes as casas para uma reforma urbana à lá socialista.
O mais provável é que tenha sido só o calor.
Um dado concreto é que, se fosse um bar em vez de sorveteria, pelo menos não haveria (ou não deveria haver) motoristas na história.
quinta-feira, dezembro 22, 2011
O analfabeto político
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É sempre bom reler
terça-feira, dezembro 20, 2011
A cumplicidade da mídia matará o PSDB
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domingo, dezembro 18, 2011
Barcelona, hoje eu sonhei contigo e caí da cama
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Muito falei aqui sobre o “sonho” de vencer o Mundial em cima do time catalão, tido por muitos como um dos melhores da História. Mas hoje de manhã, meu perturbado inconsciente que me fazia acordar de tempos em tempos durante a madrugada, desenhou um 3 a 0 para os azuis-grenás. Tentei dormir de novo naquele momento, trapaceando a mente para alterar o resultado. Não consegui.
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Falar o que? |
Ontem, na rádio Bandeirantes, Claudio Zaidan, quando perguntado sobre o que mudaria no Santos em relação à equipe que venceu o Kashiwa Reysol, opinou: tiraria Durval e colocaria Léo. Algo que não vi (e vi muito palpite) ninguém mais cogitar. Dada a surpresa do interlocutor, ele falou da fase técnica do zagueiro, que foi muito mal enfrentando os japoneses e já vinha numa toada ruim há algum tempo.
E o Brasil com isso?
O Barcelona de DNA holandês é ponto fora da curva em relação aos campeões europeus anteriores (e até a ele mesmo, de 2009), mas ele escancara uma realidade para nós e para os sul-americanos: nós já tivemos toque de bola, dribles, tabelas, encantamos a todos com ginga e gols, muitos gols. Mas hoje, predominam por aqui os sistemas defensivos, baseados no contra-ataque. O Santos de Muricy é em boa parte do tempo assim, a arte fica por conta do talento individual dos jogadores. O esquema às vezes os auxilia, às vezes os atrapalha. O Corinthians, em maior medida, e o Vasco, melhores equipes do país no segundo semestre, também se estruturam a partir da defesa. Marcação, roubada de bola e estocadas eventuais. Nossos vizinhos não fazem nada muito diferente, a exceção honrosa é a Universidad Católica. Pegamos o gosto pela defesa que antes atribuíamos aos europeus?
Neymar X Messi
Claro que, dado o resultado da final, vão chover opiniões do tipo “tá vendo como o Messi é muito melhor que o Neymar?”. É melhor sim, mas devagar com o andor. Dizer coisas como escutei na transmissão, depois do atacante alvinegro ter desperdiçado diante de Valdés, que ele deveria “ter feito que nem o Messi e tocado por cima” é ignorar o contexto da partida. Diante das dificuldades, Neymar tinha que ser 100%, o jogador do Barça, não. Tanto que ainda chegou a desperdiçar chances de gol diante de Rafael e contou com falhas de zagueiros que Neymar não teve a felicidade de ter. Aliás, se Neymar jogasse no Barcelona e Messi no Santos, o resultado teria sido diferente?
Provavelmente não, mas o nome da partida certamente seria outro...
sábado, dezembro 17, 2011
Final do Mundial de Clubes: o que eles dizem
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Motivação e vaidade
"Vimos pela televisão a despedida do Santos no aeroporto e vimos como é importante este título para eles, mas é importante para nós também. Queremos levar o escudo de campeão mundial na camisa por uma temporada. Na Inglaterra, não dão muita importância ao Mundial, os jornais pouco falam, mas na Espanha é como na América do Sul, os jornais falam muito. Ser campeão do mundo não é uma coisa que não se pode repetir muitas vezes."
Cesc Fábregas, meia do Barcelona.
“Eu quero estar em condição. Se não entrar, quero estar no banco e saber que ele (Muricy) pode contar comigo. Agora não é hora de vaidade. Agora é hora de estar com o grupo e preparado.”
Léo, lateral-esquerdo do Santos
"Messi é de outro planeta porque reúne características que poucos jogadores têm. Ele é altamente técnico com a bola nos pés. Tem um poder de fogo, de matar um jogo em uma jogada, que pouquíssimos atletas tiveram. Só os melhores do mundo. Ele faz mais gols que qualquer centroavante no Barcelona. O Eto'o, o Ibrahimovic e o Villa são exemplos. Ele tem um potencial enorme, uma técnica fina. O que faz dele de outro planeta é que ele é completo. Em 2004, sabíamos que era diferenciado, só não sabíamos até onde iria chegar. Ele deve ser o melhor do mundo pela terceira vez. Messi está no clube certo, no momento certo. E está aproveitando o máximo disso".
Sylvinho, ex-lateral-esquerdo, companheiro de Messi no Barcelona de 2004 a 2009
"O Santos tem um time tão bom quanto o Barcelona. Só que possui um gênio, um talento absurdo, fora de série que é o Neymar. O Neymar é como um ótimo restaurante, o cardápio é vasto. Você nunca sabe a jogada que ele vai fazer e melhor, o garoto nunca repete o lance. Além dele, o Ganso sabe muito com a bola nos pés, o Borges é um artilheiro nato e o Muricy é um dos melhores treinadores do mundo. Será um grande jogo, repleto de chances, e acredito na vitória do Peixe por 2 a 1."
Lalá, ex-goleiro do Santos
Neymar X Puyol
"Midiático ou não, Neymar é um grande jogdor. Ele e Messi são jogadores que fazem a diferença, são muito bons. Jogadores diretos, que no um contra um podem sair pela esquerda ou pela direita. Sabem esconder muito bem a bola, então teremos que estar muito atentos e concentrados."
Puyol, zagueiro do Barcelona
"É um cara [Puyol] que sempre acompanhei pelo videogame e na TV. Enfrentá-lo é uma honra muito grande. Parece ser uma pessoa fantástica, excelente capitão. Tenho que dar um pouquinho de trabalho para ele, só um pouquinho (risos). Se ele quiser trocar camisa comigo, será uma honra."
Neymar, atacante do Santos
"Não vamos mudar"
"Jogamos de um jeito há quatro anos e não vamos mudar. Vamos atacar, natural que o adversário tenha contra-ataques, tomara que o Santos tenha só dois como o Al Sadd, mas sei que não será assim."
Pep Guardiola, técnico do Barcelona
“É obrigação nossa de saber de todos os times, é normal, a gente estuda os adversários. As duas equipes são bem definidas no jeito de jogar, o Barcelona no toque de bola e nós na velocidade. É a nossa característica e não vamos mudar.”
Muricy Ramalho, técnico do Santos
sexta-feira, dezembro 16, 2011
Cigarro e cerveja em baixa na semana
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Dois hábitos (ou vícios, conforme a fonte) em baixa hoje em dia tiveram uma semana ruim no Brasil. Cigarro e bebidas alcoólicas sentiram o peso da mobilização antitabagista e contra as drogas agir e obter resultados. Aos fatos.
Cigarro
O cigarro está proibido de ser aceso em ambientes fechados no Brasil. A alteração na Lei 9.294, de 1996, foi promovida por um "contrabando" inserido na Medida Provisória (MP) 540, aprovada pelo Congresso Nacional em novembro. O jargão de parlamentares aplica-se a alterações na legislação que guardam nenhuma relação com o tema original da MP – no caso, aplicação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em obras da Copa de 2014 e outras medidas associadas – aliás, a forma como o Congresso quis que a grana do trabalhador fosse usada foi vetada pela presidente Dilma Rousseff.
A decisão sancionada por Dilma nacionaliza o que foi previsto em lei por Rondônia e por mais seis estados, incluindo São Paulo. Adeus aos fumódromos — mas também aos cabelos com cheiro de fumaça na balada, responderão os partidários da medida. Como a lei nem sempre é aplicada, já não haveria certeza de que o previsto no texto seria assegurado na prática. São Paulo que o diga. Tem site e tudo, mas não garante tanto rigor.
Neste caso, há um agravante. O Executivo ainda precisa regulamentar a medida. Isso quer dizer que é preciso emitir resolução dizendo quais são as consequências de se aspirar e expirar fumaça de derivados do tabaco em lugar fechado. Multa? Prisão? Chibatadas? A quem? Ao fumante ou ao estabelecimento? E se for em condomínio fechado, todos pagam pela chaminé do 302 que resolveu acender agora (sem nem apertar) em pleno salão de festas? Perguntas que serão respondidas quando o Ministério da Saúde se decidir.
Outra recomendação é ao atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Seus antecessores cometeram um gesto – nobre, à ocasião, diga-se – que atualmente seria uma ilegalidade. Na festa Kuarup, promovida pelo povo indígena Kamayurá, do Xingu (em Mato Grosso) celebram-se os mortos a 18 de agosto. Em 2004, Márcio Thomas Bastos deu um tapa no cigarro do Pajé. Três anos depois, Tarso Genro, atual governador gaúcho, puxou o fuminho. O tabaco é parte da cultura e de rituais de cura – a lei não esclarece se pode haver fiscalização em lugares fechados de construções dos nativos. O tabaco queimado simboliza a morte e a ressureição.
Marcello Casal Jr/ABr

Bebida
O revés etílico é bem mais restrito. O relator da Lei Geral da Copa, deputado Vicente Cândido (PT-SP), voltou atrás. Depois de dizer que a bebida no estádio é tratada com hipocrisia, faltaram bases para sustentar os argumentos. A pressão já fez o parlamentar abrir mão da mudança do Estatuto do Torcedor para liberar a venda de cerveja e correlatos nos estádios durante campeonatos nacionais e regionais.
Para o Mundial de 2014, a autorização a bares e restaurantes no interior das arenas comercializarem líquidos embriagantes permanece. Não se sabe até quando. Como dois terços dos 3 milhões de ingressos serão vendidos a estrangeiros – do milhão restante, 300 mil vão para indígenas e atendidos pelo Bolsa Família e programas similares – os beneficiados (ou prejudicados, a depender do ponto de vista) serão majoritariamente cidadãos não brasileiros. Pode ser um motivo a menos para dar tanta bola ao tema.
A notícia realmente boa é que os idosos tiveram assegurado o direito à meia entrada nacional, em função do Estatuto do Idoso. Não por acaso os estudantes protestaram pela aprovação do equivalente para Juventude. No alvo deles está garantir o direito-carteirinha em todo país.
Andrés Sanchez deixa o Corinthians para "beber e trepar"
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Foto: Ricardo Matsukawa/Futura Press
Nesta sexta-feira, 16, o Corinthians amanheceu com um novo presidente. Na véspera, Andrés Sanchez afastou-se do comando do clube para, em suas palavras, "beber e trepar", segundo entrevista concedida na segunda-feira ao Diário de São Paulo. Ele deixou com o vice Roberto Andrade o cargo que ocupava desde o fatídico ano de 2007, que se encerrou com o rebaixamento da equipe para a segunda divisão do campeonato brasileiro – resultado mais vistoso dos desmandos a que o clube foi exposto durante a longa gestão de Alberto Dualib, em especial no período da parceria com a MSI. Quatro anos e uma reeleição depois, Sanches reúne conquistas importantes dentro e, principalmente, fora dos gramados.
Dentro de campo, em sua gestão foram conquistados três títulos: Brasileirão 2011, Copa do Brasil 2009 e Paulistão 2009. Teve também o título da Série B, mas esse só conta mesmo pelo retorno à primeira divisão. Mais do que os títulos, o que a gestão deixa é um time que disputou todas as competições com chances de vitória. Tanto que será a terceira participação seguida do time na Libertadores (considerando a palhaçada contra o Tolima como “Libertadores”, claro), coisa inédita. Futebol é um negócio complicado, que pode ser decidido numa jornada ruim ou num golaço inesperado, e não dá pra um dirigente garantir títulos. Dá pra garantir um time forte que chegue forte. E isso o Corinthians tem sido desde 2008.

O outro ponto é a paciência com treinadores. Mano Menezes foi contratado logo após a definição do rebaixamento e só saiu do clube por conta do convite para assumir a seleção brasileira, em 2010, resistindo a uma queda nas oitavas de final da Libertadores no caminho, quando a torcida pediu sua cabeça. Tite foi ainda mais questionado, inclusive por este escriba. Sanchez bancou a permanência e se deu bem no Brasileirão. O comportamento é exceção entre os clubes brasileiros.
Fora de campo, também há o que se comemorar. Antes de tudo, há a alteração do estatuto do clube, abrindo as eleições para o voto direto dos associados e eliminando a possibilidade de reeleições. Dualib, nunca mais.
Em números
No campo financeiro, a edição desta segunda-feira do Diário de S. Paulo reúne alguns números interessantes para ilustrar os êxitos da presidência do ex-feirante, membro fundador da organizada Estopim da Fiel e futuro diretor de seleções da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), cargo que o deixa muito bem posicionado para a sucessão de Ricardo Teixeira, em 2015, se ele durar até lá e se não costurar um acordão político para se manter – Teixeira tem tanto apreço ao posto quanto detratores e críticos.

A Folha destaca que cresceu também a dívida do clube, de R$ 101 milhões para R$ 195 milhões. Sobre o tema, vi uma declaração do Luiz Paulo Rosemberg, diretor de marketing, mais ou menos assim: “dívida não se paga, se administra”. Nessa linha também vai o hoje ex-presidente, que na entrevista ao Diário, fala em “investimento”.

Negócios
O blogueiro do UOL Erich Beting destacou recentemente pontos positivos da gestão Sanchez. Para ele, “a chegada de Andrés ao poder no Corinthians marca uma mudança de conceito do que é a gestão num clube de futebol do Brasil.” Até que é simples: dirigentes especializados em áreas chave cuidando do dia a dia do clube e liberando o presidente para exercer um papel mais externo, político. No caso, Beting destaca o papel de Raul Correa, diretor financeiro, que renegociou e geriu a dívida do clube, e Luiz Paulo Rosemberg, do marketing, que lançou campanhas para resgatar a autoestima do torcedor e valorizou fortemente a marca do clube. Como figura pública, Andrés atraiu as atenções para deixar o restante trabalhar em paz.

Pessimismo numa hora dessas?
Ao revisar o texto, reconheço um otimismo muito grande na avaliação do mandatário. Para não dizer que faltaram críticas, vai pelo menos uma: o trato com as categorias de base. Foram poucas revelações no período. Apenas o goleiro Júlio César é cria do clube entre os atuais titulares. Além dele, frequentaram os profissionais os atacantes Dentinho, Elias, Marcelinho e Taubaté, os meias Boquita, Lulinha e William Morais, e o lateral-esquerdo Dodô, se bem me lembro. Sobre o fracasso, cabe destacar uma tragédia e uma agressão: respectivamente, o assassinato de William em Minas Gerais e a contusão de Dodô, emprestado ao Bahia, após entrada violenta do zagueiro Bolívar, do Inter.

quarta-feira, dezembro 14, 2011
Santos afasta Mazembe japonês e vai à final do Mundial
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Joga nada esse moleque... (Leandro Amaral/Divulgação) |
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Tem mais no domingo (Ivan Sartori/Santos FC) |
Contra o Barcelona, a obrigação não estará mais sobre os ombros e a equipe pode jogar mais solta. Contudo, para ser campeão mundial, o time precisa de Ganso. Oxalá ele faça companhia a Neymar no domingo e seja também protagonista de uma partida histórica.
terça-feira, dezembro 13, 2011
República DO Bahia
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POR Fabricio Lima
Eu ainda me recordo das estórias do meu pai sobre como os opositores do regime militar se reuniam no meio da torcida organizada "Povão". Mas eu particularmente duvido que o assunto que se comentava nas austeras arquibancadas da Fonte Nova fosse qualquer coisa relacionada aos amigos que continuavam detidos no quartel de Amaralina ou mesmo a escalada da restrição aos direitos civís durante o governo Castello Branco.
Em 1965, pelo menos enquanto se estivesse nas dependências do estádio, não se falava em outra coisa que não fosse o fato de que o Bahia, finalista de 3 das 4 edições anteriores da Taça Brasil tinha sequer se qualificado para dispuitar a edição daquele ano e isso depois de uma campanha pífia na Libertadores de 1964. "Será o Benedito?" "Ou Será o Osório?" - finado presidente do clube, a quem meu pai chamava de "lambedor de caudílho".
Se já era difícil dissociar a política do futebol quando o assunto é o Bahia e, essa semana, tornou-se impossível. Até agora os jornais da cidade não sabem em que editoria colocar as notícias relacionadas as conturbadas eleições para presidente do clube que, na ultima terça-feira, chegou até a ter um interventor externo nomeado pela justiça para gerir a instituição enquanto uma ação judicial aberta pela oposição tramita na justiça. Nenhuma novidade em uma eleição no Bahia.
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Marcelo Guimarães Filho: democracia? |
Além da acusação da existência de "laranjas" na lista de conselheiros, em outubro desse ano a diretoria do Bahia substituiu 58 nomes dessa lista sob a alegação de que constavam nela conselheiros já falecidos ou que teriam pedido afastamento, além daqueles que não preenchiam as exigências do estatuto do clube.
O problema é que, além da explicação não ter sido bem digerida pela oposição, alguns dos novos nomes também não estão áptos a compor o conselho de acordo com o mesmo estatuto.
De acordo com o estatuto, só podem ser eleitos como membros desse Conselho Deliberativo sócios do clube. Não é o caso do vereador Paulo Câmara (PSDB), que tornou-se conselheiro há um ano e meio, sem nunca ser sócio do clube. O próprio admitiu ao jornal 'A Tarde' de Salvador que entrou a convite de amigos. "Nunca fui sócio, entrei diretamente”.
Outra denúncia de violação do estatuto (mais especificamente no texto que diz que "o sócio patrimonial adquire o direito de votar após 12 meses e de ser votado após 36 meses da sua admissão") é o caso do empresário Oldegard Filho, agente do jogador Ávine que, na mesma matéria afirma: “Entrei no Bahia como sócio em 2008 ou 2009, não me lembro exatamente. Em 2009, fui eleito suplente e agora fui efetivado como conselheiro”.
Com isso a oposição (que fique bem claro, assim como em Brasília, não tem nada de santa) entrou com uma liminar na 28ª Vara Cível de Salvador alegando ilegalidade nas alterações de nomes da lista, paralisando as eleições. Chegou-se ao extremo da justiça nomear um interventor (sem qualquer ligação com a situação ou oposição) para assumir presidência do clube enquanto um processo corre na justiça, o advogado mineiro Carlos Rátis, 34 anos, torcedor do Atlético MG.
Mas o atual presidente do clube (e candidato único dessa "eleição") Marcelo Guimarães Filho, apesar da cara, não é nenhum menino.
Na calada da noite, o setor jurídico do clube se mobilizou para derrubar a liminar e por volta da 1h28 da manhã de quarta-feira o desembargador Gesivaldo Brito concedeu parecer favorável ao pedido de "Marcelinho". Ato condenado pelo diretor da Faculdade de Direito da UFBA, Celso Luiz Braga de Castro que qualificou a manobra como "uma burla violenta ao chamado princípio do Juiz Natural".
“Não se pode escolher o Desembargador para julgar o caso, e o Bahia fez isso. Todos nós, inclusive o Bahia, já sabíamos da escala do Tribunal. Eles estavam cientes que o Gesivaldo Brito estaria no plantão desta quarta. Foi uma atitude estratégica do clube.” Declarou Braga à agência 'Bahia Notícias'.
Braga ainda salienta que o plantão foi criado para ser usado em situações de emergência, onde fica caracterizado um dano irreversível ao caso em questão, como por exemplo, o julgamento de um Habeas Corpus, decisões que envolvam saúde (internações e cirurgias), e consequentemente, violação do direito à vida do indivíduo.
A "eleição" prosseguiu pela quarta-feira sem mais percalsos aparentes e no fim do pleito Marcelo Guimarães Filho contabilizou – que surpresa! - 216 dos 216 votos válidos reelegendo-se presidente do Bahia.
Capitania Hereditária
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A torcida aguarda dias melhores |
Antes dele, a cadeira de presidente do Bahia era do seu pai – Marcelo Guimarães. Somando o período em que seu pai esteve no poder e a gestão Petrônio Barradas (que assumiu o cargo interinamente para completar o mandato que Marcelo Guimarães renunciou) o Bahia contabilizou 2 rebaixamentos para série B, um rebaixamento para a série C e viu seu arqui-rival Vitória conquistar 8 estaduais em 11 anos (quase 1/3 dos títulos do rubro-negro baiano nos 107 anos de história do segundo campeonato de futebol mais antigo do país).
Em 24 de novembro de 2006, cerca de 65 mil torcedores do Bahia (50 mil de acordo com a Polícia Militar na época) tomaram as ruas de Salvador em uma passeata pedindo o fim do a saída dos "homens fortes" do clube , eleições diretas para presidente e o fim da parceria com o banqueiro Daniel Dantas e seu banco Opportunity que, de tábua de salvação tornou-se a âncora que afundou ainda mais as finanças do clube além de envolver o Bahia na teia de relações escusas que chacoalhou o cenário político do país em sua história recente. Não foi o bastante.
Hoje, o 13º clube do 'Clube dos 13' não é nem sombra do time que venceu 2 das 4 finais nacionais que disputou, que disputava o campeonato baiano pela mera formalidade de levantar a taça além de estar ha mais de 22 anos sem disputar uma Libertadores. Em 2012, no retorno à série A depois de 7 anos no ostracismo, se contenta com a segunda maior média de público do Brasileirão e uma vaga na Sulamericana conquistada no apagar das luzes.
Ao torcedor do Bahia, só resta esperar... e torcer.
segunda-feira, dezembro 12, 2011
Cachaça orgânica e vinho no armazém da agricultura familiar
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Uma loja virtual para negociar no atacado e no varejo com cooperativas de agricultura familiar. É a promessa do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) com a Rede Brasil Rural. A plataforma vai ser lançada nesta terça-feira, 13, em Porto Alegre, terra do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho (que pouco tem de fazendeiro, mas atende à representação do agronegócio na Esplanada).
A estrutura parece bem pensada, com ferramentas para facilitar o acesso de produtores a editais de licitação para compra de alimentos para merenda escolar. Acontece que Lei da Alimentação Escolar prevê que, no mínimo, 30% dos recursos para a merenda escolar sejam destinados diretamente a agricultores familiares.
Pode parecer muito, mas agricultura familiar é responsável por 70% dos alimentos consumidos pela população brasileira, segundo o Censo agropecuário de 2006, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar disso, a atividade ocupa 24,3% da área total dedicada a lavouras e 38% do valor bruto da produção.
Pode parecer, então, pouco, já que em média é dessas propriedades que vem o arroz e feijão nossos de cada xepa. Talvez. O dado objetivo é que muitas prefeituras não conseguem encontrar fornecedores aptos e tem de rebolar para cumprir a legislação.
Mas o ponto alto da história é a possibilidade de comprar insumos e vender alimentos e produtos diretamente ao consumidor final. Com os Correios organizando a logística (toda descentralizada) de retirada e entrega de encomendas e pagamentos seguros pela internet, é possível passear virtualmente pelo Armazém Virtual da Agricultura Familiar.
O primeiro item de interesse comunitário: cachaça orgânica.
Embora o destilado de cana seja, no que tange à maioria dos produtores artesanais, cultivado a partir de plantas sem agrotóxicos nem insumos químicos, são relativamente poucos os rótulos com certificação. E mais difícil ainda é achar a danada feita fora dos principais polos – leia-se as grandes de Minas Gerais e uma ou outra renomada de fora desse circuito.
Outro item que pode ser incluído na cesta de compras do ébrio navegante – mas com consciência social para buscar produtos de qualidade, em uma perspectiva que se aproxima do comércio justo – é o vinho. A explicação para o fenômeno, nesse caso, envolve o fato de que boa parte das 1,6 mil cooperativas pré-inscritas têm sede na região Sul, especialmente no Rio Grande.
A primazia dada aos alcoólicos pelo recorte aplicado neste texto ainda não foi incorporada pelo MDA. Um dia, quando o Manguaça Cidadão for estruturado, isso muda. Considere-se que é Dilma Rousseff quem vai participar do lançamento do programa, e não Luiz Inácio Lula da Silva, cuja posição sobre o universo etílico era sabidamente mais alinhada à do Futepoca.
No Armazém, há ainda queijos finos, sucos, artesanato e cosméticos produzidos a base de matérias-primas brasileiras. Detalhes, detalhes.
Atualização às 13h10 de 15/12/2011:
O Rede Brasil Rural fica em www.redebrasilrural.mda.gov.br
domingo, dezembro 11, 2011
Kashiwa Reysol será o adversário do Santos na semi do Mundial
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Nas penalidades, o Monterrey começou perdendo, com Sugeno, goleiro inseguro com a bola rolando, defendendo cobrança de Lucho Pérez. O mexicano Orozco, outro arqueiro pouco confiável, perdeu sua penalidade acertando a trave, mas defendeu cobrança de Tanaka em seguida. Durou pouco o sonho mexicano, que acabou com a cobrança de Hayashi.
Quem vai enfrentar o Barcelona na semifinal é o time do Qatar, Al Sadd. Comandado pelo uruguaio Jorge Fossati, ex-treinador do Internacional-RS, a equipe derrotou o Espérance, tunisiano, com dois gols anulados de forma equivocada do seu adversário. Não parece ser problema para os catalães.
sábado, dezembro 10, 2011
Serginho Chulapa, o artilheiro indomável, e a Copa de 1982
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Na próxima segunda-feira, no Artilheiros Bar, será lançado o livro Artilheiro indomável - As incríveis histórias de Serginho Chulapa. Escrita por Wladimir Miranda, com prefácio de Flávio Prado e apresentação de Mauro Beting, a obra teve participação de dois frequentadores deste espaço: este que escreve fez a coordenação editorial e o companheiro Moriti fez a edição de texto.
São inúmeras as passagens curiosas da vida de Chulapa, dentro e fora dos gramados. Tem, por exemplo, sua versão sobre o que aconteceu na Copa de 1982. “A minha Copa era a de 78. Era a Copa de choque. Cotovelada aqui, chegada ali. Mas poderia ter colaborado pra caramba na de 82. Eu também tive culpa. Aceitei ser pivô para os outros que vinham de trás. Fiquei jogando de costas. Todos mostrando futebol e eu tomando porradas." E diz que o time brasileiro não via na seleção italiana uma grande ameaça. "Nós não respeitamos a Itália. Também não respeitei. Pensei: a Itália veio de três empates, vamos arrebentar os caras. O empate era nosso. No final, deu no que deu: não deu."
Mesmo com as adversidades, Serginho tinha amigos na seleção de 1982. Um deles era o saudoso Doutor Sócrates: “O Serginho é uma figura especialíssima. Tem um coração enorme. Pena que o que entrou para a história foram as explosões, o temperamento polêmico. Como ser humano, é um belíssimo exemplo para a sociedade brasileira. O problema é quando tiram o Serginho do sério”, disse. Sobre o Mundial, Magrão falou: “Na verdade, o Serginho entrou numa fria. A seleção brasileira formada pelo Telê era muito técnica. O time foi montado para jogar com o Careca ou com o Reinaldo como centroavante. O Careca sofreu uma contusão e o Telê não quis levar o Reinaldo. Aí, o time teve de se moldar ao estilo do Serginho. E o estilo dele não tinha nada a ver com o resto da Seleção. Serginho era um atacante finalizador, de choque. Por isso que digo que, para ele, a seleção de 82 foi uma fria”.
Outro amigo, Zico, conta que Serginho o "vingou" de uma das muitas faltas duras que sofreu em campo.“Meu relacionamento com o Chulapa sempre foi excelente. Tenho amizade com ele até hoje. É um cara extrovertido, de personalidade e que se entrega dentro de campo para fazer o melhor. Tenho certeza de que se tivesse tido um pouquinho mais de tempo jogando com a turma de 82, teria tido melhor sorte naquela Copa. Ele só chegou na última convocação e a Copa foi o batismo dele na Seleção Brasileira. Sempre foi um ótimo companheiro e, quando se torna amigo, te defende de todas as formas", conta o eterno Dez do Flamengo. "Num jogo entre Flamengo e São Paulo, o Zé Teodoro me deu uma entrada violenta e me tirou do jogo. Num jogo seguinte, ele, jogando pelo Santos, deu uma entrada forte no Zé Teodoro e disse: ‘Essa é pelo que você fez com o Zico’. Depois, ainda jogamos juntos numa competição de masters, pela seleção brasileira. Foi só diversão. Tenho o maior carinho e respeito por ele. O Serginho foi um dos grandes artilheiros do nosso país”. Os são-paulinos e santistas que o digam.
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Dê RT nesse tweet e concorra a um exemplar autografado do livro Artilheiro indomável - As incríveis histórias de Serginho Chulapa.
Serviço
Editora Publisher Brasil
Lançamento no Artilheiros Bar
Rua Mourato Coelho, 1194
Segunda-feira, 12 de dezembro, 19h.
sexta-feira, dezembro 09, 2011
Futebol sob suspeita: resultados, propina e crime organizado
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O futebol brasileiro ainda vive os rumores, suspeitas e estranhamentos (dependendo da fonte) pela derrota inapelável do Atlético-MG diante do Cruzeiro no fim de semana por 6 a 1, e duas notícias mostram que o mundo da bola anda mais perto do crime do que o normal.
Marmelada em resultados não é esporte exclusivamente nacional, pelo menos no que diz respeito a levantar acusações. A goleada do Lyon sobre o Dínamo de Zagreb também deu o que falar. O time francês precisava tirar uma vantagem de sete gols de saldo que o Ajax, segundo colocado no grupo, tinha de vantagem. Na terceira posição no grupo, era preciso um milagre para tirar a margem e se classificar para as oitavas de final da Liga dos Campeões. O jogo foi 7 a 1. Do outro lado, o Real Madrid surrou os holandeses por 3 a 0 (quer dizer, os conterrâneos de Tibério Cláudio César Augusto Germânico bem que poderiam ter ganho "só" de 5 a 1, o que seria praticamente insuspeito). Frank De Boer, técnico do Ajax saiu acusando para explicar por que errou tão feio no excesso de autoconfiança.
Piadinhas à parte, a suspeita pintou mesmo por causa de um sorriso maroto flagrado em foto divulgado pelo Marca espanhol. Vida, jogador do time croata parece dar uma piscadela para o atleta da equipe rival, Gomis. Manifestação de afeto na hora errada?
A culpa, claro, é do técnico. Krunoslav Jurcic terminou demitido na quinta-feira, 8. Enquanto a Uefa, federação europeia, disse não ter achado indicativos de irregularidades e arquivou o caso, o poder público francês disse que vai conferir. Pode dar em nada, mas pelo menos vão fazer as "verificações clássicas e sistemáticas".
Avalanche (sic)
A semaninha curiosa teve renúncia de João Havelanche na terça-feira, 6, do Comitê Olímpico Internacional (COI). O motivo da saída do cartola de 95 anos são indícios de que a empresa de marketing ISL teria se encarregado de distribuir propina nos anos 1990 ao ex-jogador de polo aquático e ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ricardo Teixeira, atual mandatário da entidade nacional do ludopédio também estaria entre os beneficiados pelo esquema. Os detalhes não divulgados foram supostamente fruto de um recuo de Joseph Blatter, que comanda a Federação Internacional de Futebol (Fifa).
Acontece que, ao deixar o COI, a investigação interna no comitê se extingue automaticamente, e o material colhido é arquivado. O presidente da entidade, Jacques Rogge, havia até ameaçado Havelange, mas ficou barato. No pano de fundo está a disputa eleitoral na Fifa em 2015.
O caso é mais ou menos o mesmo que o jornalista escocês Andrew Jennings trata. Em outubro ele esteve no Brasil e descortinou o caso – embora tenha reafirmado o teor de seu livro Jogo Sujo. O cidadão diz que a "máfia é amadora" perto da Fifa. Se isso ajudar a vender livro ou a fazer investigações andarem, a retórica tem todo apoio. Mas a coisa rendeu processo contra o acusador.
Crime
Mas o crime organizado em si teve sua vez no noticiário. E nem é preciso comprar juiz nem cartola. Na quinta-feira, circulou a informação de que o Banco Mundial (Bird) encomendou um relatório à consultora Brigitta Maria Jacoba Slot. O estudo já deixou claro que o futebol em países em desenvolvimento são bons mercados para o crime organizado lavar dinheiro. Brasil, Rússia e China são citados. "Concluímos [no estudo] que o futebol é vulnerável à lavagem de dinheiro e a outros crimes, como tráfico de pessoas e corrupção."
As histórias de que o jogo do bicho financiava o futebol são antigas. Mas a contravenção é bem menos estruturada do que as máfias de que a consultora está tratando. Futebol gira muitos recursos, e onde circula muito dinheiro há espaço para negócios ilícitos também prosperarem.