Destaques

domingo, maio 26, 2013

Dois a zero com dois a menos

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Mesmo iniciando o jogo com um a menos (pois Douglas como titular representa desfalque), o São Paulo conseguiu construir a vitória de 2 a 0 contra a Ponte Preta, fora de casa, ainda no primeiro tempo. O primeiro gol, cabeçada de Lúcio em cobrança de escanteio, e o segundo, pênalti cobrado por Jadson. Dois gols de bola parada. Criação, zero. Já na segunda etapa, atuando com nove (pois Edson Silva foi expulso e Douglas continuou em campo - ou não...), o time de Ney Franco só pôde se defender. Chamou a atenção o tanto de passes errados e de faltas por parte dos sãopaulinos, o que resume a atuação sofrível, apesar da vitória. Com Douglas titular e uma zaga composta por Lúcio e Edson Silva, o futuro parece nebuloso.

No ataque, a única boa surpresa: Silvinho. O meia-atacante, apesar de mediano, é esforçado, corre atrás da bola o tempo todo, volta para marcar na defesa e proporciona bons lances na frente, como o pênalti que sofreu e que originou o segundo gol. Osvaldo, voltando de contusão, pouco fez. Luís Fabiano está, nitidamente, com a cabeça num possível próximo clube. Denilson arruma as malas em um mês. Rodrigo Caio é homem de confiança de Ney Franco, tanto como volante quanto como lateral. A zaga com Lúcio e Edson Silva (ou Rhodolfo, ou Tolói) é instável e assustadora. O melhor e mais constante do time segue sendo Jadson. Que vai ficar quatro rodadas fora, jogando pela seleção na Copa das Confederações...

Assim, o São Paulo do Brasileirão demonstra, por enquanto, ser "mais do mesmo". Sem padrão de jogo, sem esquema tático funcional, sem laterais, sem zagueiros, sem criatividade, sem alternativas, sem vontade.

E tudo isso não diz nada em um domingo marcado pela despedida de Neymar dos gramados brasileiros. Agora, o campeonato nacional será, sem dúvida, uma terra de cegos - onde ninguém tem um olho sequer...

A despedida de Neymar. O difícil adeus do torcedor do Santos

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Naquele dia, no Pacaembu, um burburinho começou a tomar conta da torcida no início do segundo tempo. Logo, o zumbido eclodiu em gritos que pediam a entrada de um jogador que nunca tinha sequer vestido a camisa do Santos no time de cima até então. Mesmo assim, era falado, cotado como futuro craque, tanto que já valia US$ 25 milhões. Era a esperança de um futebol melhor para uma torcida que já havia sofrido em 2008, e se previa àquela altura um ano também difícil.

7 de março de 2009. Eu estava no Pacaembu naquele dia, vendo o garoto que acabara de entrar colocar uma bola na trave, aos seus dois minutos como profissional. O Santos venceu o Oeste por 2 a 1 e aquele menino cheio de técnica e personalidade já me fazia sorrir. E sonhar com o que poderia vir a ser.

Foi em seu terceiro jogo, contra o Mogi Mirim, que marcou seu primeiro gol. Ironicamente, do outro lado estava um outro ídolo eterno peixeiro, Giovanni. No final, o moleque foi abraçar o meia e falou: “Você jogou pra caralho!”. Não era exatamente verdade, mas era mais que uma gentileza, quase uma reverência de alguém que reconhecia no outro uma inspiração, uma referência. Sinal de respeito de um craque que surgia por outro que já quase acabava de escrever sua história.

No ano seguinte, ambos jogariam juntos. Quando Giovanni surgiu, logo foi apelidado de Messias. Sim, nós santistas temos, como tantas outras torcidas, algo de religiosos, mas não é exatamente o fanatismo que nos determina. É algo como a espera de alguém que traga um futebol bem jogado, ofensivo, criativo, fora do comum, que honre toda uma história de goleadores, de craques habilidosos. Que vimos e que não vimos. Os profetas que nos salvariam dos jejuns, das filas, do futebol comezinho e medíocre. Que fariam torcedores como eu e outros irem homenagear os jogadores que foram vice-campeões em 1995 em uma praça no Gonzaga. Celebrar mais o futebol apresentado do que protestar contra uma arbitragem. Porque havíamos renascido, éramos gratos.

Neymar comemora seu primeiro gol pelo Santos
E volta e meia eles, os profetas da bola, vêm ao campo sagrado da Vila Belmiro. Às vezes, quase solitários, como Giovanni; em outras ocasiões, em dupla, como Diego e Robinho. Ou, ainda, estrelando com belas companhias, como o menino que fez mais que bela figura junto a um inspirado Ganso, a um renovado Robinho, a um então polivalente Wesley ou um múltiplo e incansável Arouca.

Quando se cresce com seu time vivendo uma seca de títulos, imagina-se várias vezes como será sua reação na hora em que ele ganhar um título. Em 2002, não chorei, simplesmente não parava de rir. Mais tarde, quantas vezes ri com esse menino. Não o riso de deboche com o adversário, mas de alegria ou de estupefação com um lance bem tramado, um drible impossível, uma jogada improvável. Após um lindo gol do moleque, um santista que assistia a uma partida comigo teve um ataque de riso e repetia: “isso é futebol! Isso é futebol”.

Títulos. Sim, vieram títulos, como são bons. Mas são melhores com aquele quê, com aquele tempero dele, que faz aquele lance que você viu e vai ficar comentando daqui a alguns anos para quem não teve o prazer de ver. Vão duvidar de você, que terá que recorrer ao YouTube e perder horas porque não lembra em que jogo foi.

E como é bom ver in loco. No Pacaembu, assisti o menino marcar quatro gols (seriam cinco, se o árbitro não tivesse anulado um de forma errada). Sabia que teria que aproveitar aquele e outros momentos, porque um dia ele iria embora.

Hoje, foi. Ainda não, mas a saída foi sacramentada. O clube lucrou com uma estratégia de bancar seus salários que não seria possível de outra forma. Ganhou no campo, também no marketing. Como não havia possibilidade de renovação além de 2014, vendeu seus direitos que nada valeriam daqui a alguns meses. Para um jogador prestes a encerrar um contrato, uma ótima soma. Mas aqui não se trata de dinheiro, e sim do vazio que fica.

Mais de quatro anos de convivência, com o fantástico posto de 13º maior artilheiro da história do Santos (por enquanto) e, até hoje, 229 jogos, 138 gols e 70 assistências. Dos ídolos que vi irem embora – porque, ainda hoje, é assim que a banda toca no Brasil exportador –, esse é o que deixa a pior sensação. Mas foi uma despedida que vinha acontecendo aos poucos, com um futebol opaco de sua equipe que nem ele conseguia erguer. Ao contrário, foi sendo trazido também para baixo. Uma alegria em seu rosto que minguava com a enorme pressão pela sua saída, cantada por veículos midiáticos, jogadores, técnicos e empresários/ex-jogadores. Por fim, pela própria diretoria do seu clube. O futebol, o meio que o circunda e seus interesses não são para qualquer um.

O ludopédio brasileiro, é fato, não está preparado para segurar talentos como o dele. Triste. Para ele, para os santistas, para o futebol das bandas de cá. Podem surgir outros casos similares, nos quais jogadores queiram ficar aqui ou em algum outro país vizinho, mas, por enquanto, serão exceções, não regra. vão sempre calcular e especular sobre o dia em que partirão. Vai demorar muito para erguermos a cabeça e olharmos o Velho Mundo de igual para igual. A ida do moleque faz o santista lamentar, mas deveria fazer os "gênios" do futebol brasileiro refletirem. Olhamos pra você e vemos nossa pequeneza, e o quanto poderíamos ser grandes e não somos.

Vai, garoto, o mundo é seu. Vou sentir saudades de gritar “vai pra cima deles, Neymar”. Mas é hora de não ser egoísta e de desejar que a mesma alegria que você proporcionou a mim e a tantos, santistas ou não, possa ser compartilhada em outras plagas. Torço por você. E por aqueles que o sucederão por aqui. 

Adeus, ou até breve. Você não foi e nem será Pelé (tudo bem, Messi também não será), mas foi o meu Pelé e de muitos outros. E de tantas crianças que terão sempre você como meta. E como sonho. Por isso, muito obrigado.


O comunicado do jogador:

Galera !! Tô aqui reunido com amigos e familiares e eles me ajudaram a escrever algumas coisas aqui... É que não vou aguentar até segunda-feira... Minha família e meus amigos já sabem a minha decisão. Segunda-feira assino contrato com o Barcelona. Quero agradecer aos torcedores do Santos por esses 9 anos incríveis. Meu sentimento pelo clube e pela torcida nunca mudará. É eterno !! Só um clube como o Santos FC poderia me proporcionar tudo o que vivi dentro e fora de campo. Sou grato a maravilhosa torcida do peixe que me apoiou mesmo nos momentos mais difíceis. Títulos, gols, dribles, comemorações e as canções que a torcida criou pra mim estarão pra sempre em meu coração... Fiz questão de jogar a partida amanhã em Brasília. Quero ter a oportunidade de mais uma vez entrar em campo com o "manto" e ouvir a torcida gritar meu nome... como diz o hino, "é um orgulho que nem todos podem ter..." É um momento diferente pra mim, triste (despedida) e alegre (novo desafio). Que Deus me abençoe nas minhas escolhas... E estarei sempre em Santos !! #Toiss

Nunca foi tão triste escrever um post.

sábado, maio 25, 2013

Corinthians: campeonato novo, problemas velhos

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Gol de Paulinho salvou jogo fraco do Timão (Daniel Augusto Jr./Ag Corinthians)
O bacana do Brasileirão é começar a ver quem tem de verdade garrafa vazia pra vender. Se nos estaduais reina o desequilíbrio e os clássicos são poucos, no nacional é o contrário: quase toda rodada tem jogo contra cachorro grande. Para o Corinthians, o primeiro foi o Botafogo de Seedorf. O duelo entre os campeões paulista e carioca terminou num 1 a 1, resultado de um jogo tenso e pegado para os dois lados.

Começando pelo Botafogo. Um belo time o montado por Oswaldo Oliveira, comandado em campo pelo meia holandes. Tendo Lodeiro como parceiro, Seedorf organiza no toque de bola o time, que tem na marcação forte e organização suas maiores virtudes.

Pelo lado paulistano, Tite manteve a escalação que bateu o Santos no Paulista e foi eliminada pelo Boca, com Danilo pelo meio, Sheik de um lado, Romarinho do outro, Guerrero na referência. Como nas partidas anteriores, o time sofreu com a falta de meio campoe penou para criar jogadas. A marcação adiantada feita pelo Fogão não ajudou nada e, depois do Boca, está ficando claro que é  melhor jeito de ferrar esse time do Corinthians.

Ainda assim, apareceram algumas chances, principalmente em chutes de fora da área. Nada grave, porém, e o primeiro gol foi do Botafogo, num ataque pela direita com conclusão de Rafael Marques em falha de marcação da defesa, que fica mais desencontrada com Edenílson na lateral direita. Terminou assim o primeiro tempo, decepcionante para minhas pretensões de atropelar o Brasileirão.

Tite fez algo fora de seus costumes e trocou já no intervalo: Danilo por Douglas, Guerrero por Pato. Mexida errada, a meu ver. A menos que tenha sentido alguma contusão, Danilo deveria ter ficado em campo ao lado de Douglas, para melhorar a armação. E Sheik sempre é meu candidato favorito a sair do time, não Guerrero.

Comprovando a tese do meio campo, o time piorou o toque de bola e passou a só levar perigo na correria e no chutão. O gol de empate saiu em bola parada, que temrinou em cabeçada de sorte de Paulinho, sempre ele. Pato jogou mal pra caramba, queimando o filme de meus insistentes pedidos por sua titularidade.

Terminou assim, sem mais emoções. Tite tem trabalho a fazer.

sexta-feira, maio 24, 2013

Série B 2013 dá pontapé inicial hoje à noite

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Por Série Brasil 

Hoje (24), à noite, começa a Série B 2013 com quatro partidas. Amanhã, outras seis completam a rodada daquela que promete ser uma das mais equilibradas edições da competição nos últimos anos, pelo menos na disputa de três vagas, já que muitos dão o acesso do Palmeiras como certo.

Tal favoritismo alviverde tem base em um fator simples: a diferença de poderio econômico do Verdão em relação aos rivais. Em termos de direitos de transmissão de TV, por exemplo, o Palmeiras vai receber R$ 80 milhões; o Sport, R$ 20 milhões, enquanto os outros 18 clubes receberão R$ 3 milhões cada. De acordo com estudo da Pluri Consultoria, os atletas que vão tentar levar a equipe paulista à elite têm um valor estipulado em R$ 121,4 milhões, quase três vezes mais do que o segundo colocado no ranking, o Sport, cujos jogadores valem R$ 42,6 milhões. Os elencos dos clubes que disputam a Série B de 2013 valem € 224 milhões (R$ 583 milhões), colocando o campeonato na 25ª posição entre as competições nacionais mais valiosas do mundo.

Sport, um dos favoritos (Wagner Damásio/Site Oficial)
Ainda segundo a Pluri, os plantéis que mais se valorizaram em relação ao ano passado foram os do Paraná, 66%; Joinville – que fez grande campanha em 2012, com um 6º lugar –, 50%, e Bragantino, 48%.

Mas claro que não é só o dinheiro ou um plantel com jogadores caros que decide quem vai disputar a Série A em 2014. Se fosse assim, o Palmeiras sequer teria caído... No entanto, é inegável que alguns times saem na frente na competição. Levantamento feito pelo G1 com jogadores que vão disputar a Série B mostra que os favoritos são justamente aqueles que caíram em 2012. Os 343 boleiros ouvidos tinham que apontar os quatro times que subirão e o Palmeiras foi indicado por 86,6% deles. Na sequência, Sport, com 69,1%; Figueirense, 41,4%, e Atlético-GO, 36,7%.

A Série B ainda tem outra peculiaridade nessa edição. Depois da 6ª rodada o torneio para por conta da Copa das Confederações. É um período de um mês no qual os times podem se reforçar, treinar, fazer pré-temporada e mudar ainda mais o rumo.

A geografia da Série B

São Paulo é o estado que tem mais clubes na disputa, cinco: Palmeiras; São Caetano, que foi quinto colocado em 2012 mas amargou um rebaixamento no estadual de 2013; Oeste, campeão da Série C; Bragantino, que disputa sua sexta temporada na Série B (só perde para o Azulão, que está na sétima); e Guaratinguetá, que lutará para permanecer na Segundona em 2014.

O segundo estado com mais representantes é Santa Catarina, que tem quatro times na disputa e que devem vir fortes: Figueirense, Avaí, Joinville e Chapecoense. Minas tem o Boa e América; o Ceará vem com Icasa e Ceará; o Rio Grande do Norte traz ABC e América. Sport representa Pernambuco; Paraná, o estado homônimo; Atlético, Goiás; ASA, Alagoas; e o Paysandu não só representa o Pará como também é o único time da região Norte.

As partidas da sexta-feira

Dois jogos abrem o torneio de 2013 às 19h30. O Oeste de Itápolis recebe o Avaí e no Anacleto Campanella o São Caetano pega o Ceará. O Boa enfrenta a Chapecoense às 21h50 e, no mesmo horário, o Paysandu comemora a volta à Série B contra o ASA. Amanhã (sábado, 25), duas partidas em Santa Catarina. O Figueirense pega o América-RN e o Joinville enfrenta o Bragantino, ambos os jogos às 16h20. No mesmo horário, O Icasa joga contra o Sport e o Palmeiras estreia no Novelli Junior, em Itu, contra o perigoso Atlético-GO, vice-campeão goiano. O ABC dá o pontapé inicial na Série B jogando com o Paraná e o Guaratinguetá pega o América-MG, partidas que ocorrem às 21h e fecham a rodada.

Saiba mais sobre a Série B no Série Brasil

quarta-feira, maio 22, 2013

Pinceladas cariocas - Sem time, sem estádio ou sem nada

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


por Enrico Castro

Prêmio de Fellype foi beijinho de Seedorf
Enquanto diversos estaduais consagravam seus campeões, no Rio de Janeiro, que já havia decidido a fatura há algum tempo, ocorreu a premiação dos melhores (melhores?!?!?) do Cariocão 2013. E o campeão Botafogo, sem surpresa, emplacou 7 jogadores na tal "seleção", entre as 10 indicações que teve. Fellype Gabriel, único dos titulares do alvinegro que não recebeu indicação, ficou revoltadinho e se recusou a comparecer à premiação. A outra ausência “sentida” foi do elenco do Fluminense, que não deu as caras por causa da (retrógrada) concentração para o jogo contra o Olimpia-PAR, válido pela Libertadores. A atitude tricolor motivou o chilique de Rubinho, presidente da FERJ, que em seu discurso fez questão de agradecer 15 dos 16 clubes participantes - e mais tarde, em entrevista, disse que o time de Abel Braga desprestigiou a competição com a utilização de jogadores reservas. 
Abel imita Zagallo: 'Que empate o melhor!'
Pergunta: que clube, em sã consciência, arriscaria a integridade física de seus jogadores titulares (diga-se de passagem já muito dados às lesões musculares) a disputar partidas infames em gramados que mais parecem campos minados, contra times que não fazem frente nem à seleção dos metalúrgicos do ABC, precisando jogar, paralelamente, o torneio mais importante do continente? Aliás, falando em Libertadores, Abel Braga, o "motivador" (técnico é quem treina!) com maior renda mensal que se tem conhecimento no mundo do futebol, soltou mais uma pérola ao comentar o fato do Flu iniciar no Rio de Janeiro a disputa pelas quartas-de-final: "Prefiro empatar em 0x0 em casa do que vencer por 2x1". O que passa na cabeça de uma pessoa dessas? O autor de uma asneira deste tamanho não deveria estar nos campos de futebol, mas sim no Senado Federal 
Vascaínos 'lotaram' estádio para ver o Tupi
Na semana passada, recebi o seguinte e-mail abaixo do amigo Luiz Otávio Filho, leitor da coluna, cruzeirense e morador de Juiz de Fora, cidade onde os clubes cariocas deverão mandar vários de seus jogos nos próximos meses: "(...) Com relação ao amistoso do Vasco contra o todo poderoso Tupi, embora a imprensa carioca tenha noticiado a partida como sucesso de público e renda, superando a média de público do estadual, por aqui o jogo foi tratado como decepção pelos organizadores uma vez que o estádio tinha capacidade para receber 19.000 torcedores e recebeu menos de 9.000. Para o jogo do Flamengo pela Copa do Brasil, o Estádio Municipal Radialista Mário Heleno teve sua capacidade ampliada para 31.000 lugares, já que é jogo de torcida única (desconheço qualquer torcedor do Campinense em JF, aliás, no mundo). As exigências do Corpo de Bombeiros foram atendidas. Filas estão sendo formadas para compra dos ingressos no centro da cidade, mas não acredito que passe dos 15.000 o número de pagantes. Nesse jogo observadores do Fluminense estarão presentes no estádio para verificar as condições do campo e das instalações para que o Flusão mande seus jogos por essas bandas. Já adianto que o campo está em perfeitas condições para receber partidas do mais alto nível de futebol... de praia." Ou seja: uns não têm time, outros não têm estádio, alguns não tem time nem estádio! Que Deus tenha piedade dos cariocas no Brasileirão 2013... 
Neymar: montado no dinheiro
Por fim, em razão do espaço já utilizado nesta coluna, fico impossibilitado de comentar a pesquisa realizada pela Pluri, empresa de consultoria esportiva, que decretou algo que todos já sabíamos: o Neymar sozinho vale mais que o elenco inteiro do Botafogo, e também mais que o do Flamengo, bem como o do Vasco. Pensando bem, melhor não fazer qualquer comentário, mesmo.

Enrico Castro é tricolor (do Rio!), analista de sistemas, servidor público. Entende tanto de futebol que tem certeza que o Dimba (aquele mesmo do Goiás, Botafogo e etc) é um craque e brilharia na Champions League. Não é preciso dizer mais nada.

domingo, maio 19, 2013

Galo campeão, mas só sabe jogar para a frente

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook




O time do Galo este ano está jogando um grande futebol, mas provou mais uma vez na derrota para o Cruzeiro hoje que é um time que não sabe jogar atrás e controlar resultado, tem de jogar para a frente e na pressão.

Como aconteceu contra o São Paulo na última partida da fase de grupos da Libertadores, o Galo entrou com vantagem, querendo segurar a partida. O Cruzeiro adiantou a marcação, foi para cima e dominou, com fez o time paulista naquele jogo.

Com dois gols de pênalti e o Galo estranhamente nervoso nas finalizações, o Cruzeiro parecia ter chance de retribuir os 3 a 0 da primeira partida no Independência e ficar com o título, já que tinha a vantagem pela melhor campanha e buscava um resultado igual.

Mas aí o Galo se lembrou como é seu jeito de jogar na etapa final. Mesmo com um resultado que ainda lhe era favorável foi para cima e teve muito mais chances que o Cruzeiro e poderia ter empatado ou até ganhado se não fossem as defesas de Fábio.

Ironia, acabou fazendo apenas um gol de pênalti, como foram os três da partida. Aliás, não gosto do Vuaden, com essa mania de ser "europeu e deixar o jogo correr" acaba não marcando muitas faltas claras. Como a que Dagoberto fez em Marcos Rocha no meio de campo antes de sofrer o pênalti de Gilberto Silva. Mas em relação aos pênalties, creio que acertou nos três, mesmo sendo dois contra meu time. O segundo contra o Galo foi daquelas besteiras que só o Richarlyson é capaz, com seu jeito atabalhoado, para dizer o mínimo.

Reclamam do pênalti sobre o Luan, que gerou o gol de Ronaldinho, mas o atacante do Galo foi empurrado por trás por dois jogadores azuis depois de colocar a bola na frente e ganhar deles na corrida. No final, mesmo sem esse gol o Galo seria campeão por mais uma vez ter usado bem o fator casa no Independência.

Agora, que venham os mexicanos do Tijuana na Libertadores. Jogos que serão bem difíceis. É hora de consultar o cardiologista...

Ano sim, ano também: Timão leva Paulistão 2013

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Vai, Corinthians!! (Eduardo Vianna/LancePress)
É campeão! O empate por 1 a 1 com bom futebol – e uma penca de gols perdidos – contra o Santos na Vila Belmiro deu o título do Campeonato Paulista de 2013 ao Corinthians. De quebra, afasta o fantasma da crise que rondou a equipe após a desclassificação bizarra na Libertadores e acalma o tempo para a reorganização da equipe que tem tudo para vir forte na disputa do Brasileirão.

O primeiro gol do jogo foi de Cícero, premiando a pressão santista do início da peleja. O empate alvinegro foi de Danilo, aquele com que se pode contar para desenroscar partidas complicadas e achar gol decisivos. Os santistas, que já o xingaram muito em 2012, sabem do que estou falando. Os dois times acumularam chances no restante da partida, com vantagem corintiana no quesito, tendo Romarinho e Pato perdido chances incríveis na cara do excelente Rafael.

Ficou nisso, e em festa na favela. Além de campeonar pela 27ª vez, o Timão impediu o tetra santista, feito que seria inédito no profissionalismo do futebol do estado, o que ajuda a temperar  a conquista.

Foi a conquista de um time experimentado, que sente poder controlar cada jogo que faz. Nem sempre isso é verdade, mas a calma que daí advém fez com que mais de uma vez os jogadores transformassem resultados adversos.

Cascudo, no sentido de que é difícil de ser batido. Mas com jogadores de qualidade, sendo o maior deles Paulinho, volante/armador crucial no estilo da equipe. Se estiver mesmo de saída, como se especula, Tite vai ter trabalho.

Também é um time em transição. Que desde a consagração na Libertadores de 2012 mudou muito, em especial no ataque. Ainda mais se pensarmos no Brasileirão de 2011.

Naquele ano distante, começamos com William no ataque, ainda antes da chegada de Alex e Sheik. Liedson era a grande referência, municiado por um contestado Danilo. A entrada dos reforços se deu gradualmente, mantendo o 4-2-3-1. As lesões de Liedson – e a inoperância de Adriano, que não vale mais comentários – começaram a formar a equipe da Libertadores do ano seguinte.

Tite inventou um tipo de 4-2-4-0, com Danilo, Sheik e Alex revezando na única vaga do ataque de um esquema muito compactado, que teve seus melhores momentos com uma marcação avançada baseada em organização tática muito rara em terras tupiniquins.

No segundo semestre, a chegada de mais reforços, especialmente Guerrero, mudou de novo o time. A pegada continuou – inclusive com a surpreendente participação de Douglas – e voltou a figura de um camisa nove, ausente desde Liedson e pela péssima jornada do ex-vascaíno Elton.

Se durou num 4-2-3-1 no Brasileirão, levou uma versão diferente ao Japão na partida contra o Chelsea: um 4-4-2 meio inglês, com Danilo e Jorge Henrique armando e marcando pelos lados, Sheik mais perto de Guerrero. O sacrifício de Douglas tirou posse de bola e inteligência, mas deu ainda mais pegada ao time. Com isso, conseguiu equilibrar o jogo contra o superior tecnicamente time inglês e levar o bi mundial.

No início deste ano, a rotina não mudou: novos reforços, novas mudanças no time. Os gatilhos agora foram Alexandre Pato e, principalmente, Renato Augusto. O ex-flamenguista é um meia mais jovem e móvel que Danilo, mais marcador que Douglas, com passe e armação muito melhores que Jorge Henrique. Com ele, o 4-4-2 funcionaria ainda melhor, preparando o terreno para a entrada de Pato, protegido pelos médicos para ser o craque do time, ponto de desequilíbrio de uma equipe forte, mas previsível – e que sempre marcou poucos gols.

A receita parecia estar funcionando: Renato foi o principal nome do time na fase inicial da Libertadores e em vários momentos do Paulista, organizando o time, dando passes e dominando o meio-campo ao lado de Danilo e Paulinho. Pato vinha entrando aos poucos, ganhando confiança para superar seu histórico de lesões e fazendo gols. Um time mais forte parecia se formar, mas veio a contusão de Renato Augusto e tudo mudou de novo.

Não havia reserva que cumprisse suas tantas funções e Tite voltou ao 4-2-3-1, com Romarinho na direita, como um Jorge Henrique melhorado. Sheik ganhou a vaga de Pato, por marcar e correr mais. E formou-se a equipe campeã paulista de 2013.

Vários jogadores, várias formações. E vários títulos, é claro. O Corinthians de Tite mostra uma grande capacidade de adaptação às mudanças. Olhar esse histórico faz valorizar mais o trabalho do técnico, que enfrentou com as armas que teve em cada momento inúmeras batalhas, saindo vitorioso de muitas.

Agora, novas mudanças devem acontecer para o Brasileirão, para o bem e para o mal. Renato Augusto deve voltar e Pato está cada vez mais em forma – e, creio eu, entendendo o que precisa para se firmar entres os titulares. Douglas também recuperar a forma, como mostraram seus bons minutos ao final do clássico deste domingo. Romarinho está fortalecido com o período como titular, bem como Edenílson, que voltou a ser opção para o meio campo.

Mas rolam as especulações de sempre sobre Paulinho e Ralph, o eixo central de todas as formações dessa fase multi-campeã do alvinegro. Alessandro vem caindo cada vez mais de produção pela idade, embora ainda faça com Fábio Santos uma dupla de improvável mas testada eficiência. Mas a despeito do belo reforço que se mostrou Gil, a defesa vem levando gols demais em bolas paradas e jogadas aéreas.

Novos desafios para Tite e seu bom elenco. A essa altura, ele já deve estar acostumado a superá-los.

Sobre o Santos

Com a licença dos santistas, um pitaco que não pretendo provocativo. Os dois times protagonizaram jogos eletrizantes nas finais e o Peixe poderia ter levado, especial e obviamente com Neymar. Mas me parece um time sem conjunto, sem organização coletiva. Se Tite montou e remontou times, Muricy parece ainda não ter achado uma outra equipe depois de vencer a Libertadores - e lá se vão dois anos da conquista - mesmo depois de receber bons reforços, como Montillo e Cícero, e indicações suas, como Marcos Assunção. Se estiverem certas as notícias a respeito da disposição da diretoria santista em negociar Neymar  (o que seria uma novidade nessa novela de já tantos anos de especulações), como fica o Brasileirão?

quinta-feira, maio 16, 2013

Um dia é do Galo, o outro do Boca...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Quando cheguei ao local combinado para encontrar o camarada Nivaldo, no Centro de São Paulo, uma caixa de som trovejava o hino do Corinthians da janela de um dos sobrados antigos da Rua Direita. Foi só eu telefonar pra ele pra avisar que poderia se guiar pelo som para chegar até ali que, no mesmo instante, o hino do Corinthians acabou e começou a tocar o hino do... São Paulo! Daí o Nivaldo aparece e, ato contínuo, reparamos que nós - um sãopaulino e outro corintiano (brindados pelos hinos da janela) - estávamos no Largo da... MISERICÓRDIA. Pensando bem, é justo.

Só faltaram o hino do Palmeiras e os alviverdes deste blog...

Com nação e sem noção

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Em 2011, quando o Corinthians foi eliminado da Libertadores, um amigo comentou sobre as gozações ouvidas por um corintiano chamado Roberto Lima. Pois bem, depois do golaço do Riquelme no Pacaembu, ontem, surge a notícia de que um outro integrante da nação corintiana está passando por situação ainda mais embaraçosa: além de ter batizado o filho como Juan Riquelme (porque o Boca Juniors venceu o Palmeiras nas Libertadores de 2000 e 2001), Rodrigo Guimarães ainda tatuou o nome do jogador - e do filho - nas costas. Pois é. O mundo (da bola) dá voltas...


(Foto: Rafaela Gonçalves/ Globoesporte.com)

Corinthians fora da Liberta e duas coisas importantes

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Vou começar esse texto pela primeira coisa importante desta quarta-feira – e terminar pela segunda. Logo após o jogo, enquanto 30 e tantos mil corintianos cantavam o Bando de Loucos no Pacaembu, um manguaça gritava aqui na frente de casa: “Aqui é Corinthians, caralho!”

Isto posto, a outra coisa importante vou tratar no fim do texto.

O Corinthians foi eliminado pelo Boca dentro de casa, jogando um primeiro tempo nervoso e sofrível e um segundo tempo muito bom. Riquelme fez um golaço daqueles que renderão discussões se foi um chute ou cruzamento (eu, realmente, não dou a mínima, me importa apenas o resultado dessa tranqueira).

Em casa, precisando fazer o resultado, situação que não enfrentou na Libertadores passada, o Corinthians entrou nervoso, errando muitos passes, confundindo velocidade com pressa e facilitando o trabalho de um Boca que sabia muito bem o que queria. Os argentinos marcaram bem demais, enrolaram o que puderam, e mantiveram o jogo sob seu controle na primeira etapa inteira. Foi nela que saiu o gol de Riquelme, aos 24 minutos. E que eu abri uma garrafa de vinho.

Tite deve ter dado uma conversada muito boa no pessoal no intervalo (ou servido um vinho), porque o time voltou mais concentrado e lembrou da máxima do malandro, que sabe muito bem que devagar também é pressa. Bola no chão, Pato e Edenílson entraram bem, e em menos de um minuto Danilo chutou para milagre de Orion. Cinco minutos depois, Paulinho empatou de cabeça. Quinze minutos depois, novo milagre do goleiro argentino. Uns 10 depois, Pato perde gol embaixo da trave. E acabou, 1 a 1 e Boca classificado.

Agora, a segunda coisa importante:

- Com cinco minutos de jogo, um zagueiro boquense de nome irrelevante enfiou gritantemente a mão na bola dentro da área, em lance que rendeu um amarelo para Emerson por (justa) reclamação.

- Com uns 30, Romarinho recebe passe ninja de alguém e marca, mas o bandeira anula incorretamente. Por um bom metro, diga-se.

- No segundo tempo, lá pelos 20, Paulinho empurra para dentro uma bola rebatida. Não entendi se o bandeira marcou um impedimento inexistente – e esse era mesma linha – ou se o homem do apito viu uma falta no goleiro, o que é possível - mas não provável.

- Por fim, aos 36, Emerson entra na área e o zagueiro xeneize o empurra, de leve, mas empurra. Novo amarelo por reclamação, esse para Paulinho. Pelo jeito, quando for pênalti, amarela alguém.

Diante disso tudo, só nos resta tocar um tango argentino. E jogar muita bola no Paulistão, Copa do Brasil e Brasileirão.

quarta-feira, maio 15, 2013

Som na caixa, manguaça! - Volume 70

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

SE GANHO NA LOTECA
(J.Velloso/ Andó)


Se ganho na loteca tomo todo mé
Boto fogo no barraco depois dou no pé

Eu vou plantar bananeira no meio da praça
Vão me aplaudir
Vou contar piada velha e pra me agradar
Vocês vão ter que rir
Vou passar a ser bacana, pois com essa grana
Tudo é natural
Vou trocar champanhe por Brahma, caviar por cana
Vou ser genial


(Compacto, gravadora Continental)


Tijuana 2 x 1 Palmeiras: eliminação deixa só Série B no horizonte

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Esperança não ganha jogo nem classifica de fase em torneio continental. O Palmeiras perdeu em casa para o Tijuana em pleno Pacaembu, na terça-feira, 14, e está fora da Taça Libertadores da América. Depois de estar atrás no marcador por dois tentos de diferença, o time diminuiu a diferença, e a partida terminou 2 a 1.

Eliminado.

Apesar de ter atacado e buscado criar chances de gol, o time do Palmeiras deixou claro para quem quisesse ver que falta qualidade e recursos. Ainda mais diante de uma situação adversa contra um time minimamente estruturado.

A falha terrível do goleiro Bruno no primeiro gol dos mexicanos merece poucos comentários para além do desconsolo. Um frango como não se via há muito tempo.

Foto: Barcex/WikiCommons
Frango assado em televisão de cachorro.

Enquanto a preocupação para a Série B cresce -- porque fácil não será e dá medo -- o saldo da participação na Libertadores é só o de ter passado de fase. Da primeira fase.

A torcida de atleticanos por um confronto ainda mais fácil -- até do ponto de vista logístico -- não ajudou os alviverdes. Melhor teria sido um empréstimo da qualidade e do entrosamento dos atacantes do clube mineiro... Agora, Jô, Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli e cia vão visitar o México e seu gramado sintético nas quartas de final.

Então, um recado aos atleticanos de plantão: torçam pelo Corinthians contra o Boca.

terça-feira, maio 14, 2013

Felipão leva Bernard e deixa de fora Kaká e Ronaldinho Gaúcho

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Divulgada a lista de Felipão para a Copa das Confederações, está aberta a temporada de cornetas, caixirolas e vuvuzelas. A grande polêmica deverá ser a ausência de Kaká e, principalmente, Ronaldinho Gaúcho, maestro do arrasador Atlético-MG. Felipão parece ter preferido a energia e mobilidade de Oscar na articulação central da Seleção. Com Lucas e Neymar, dá um belo ataque, setor onde alguém poderá sentir falta de Alexandre Pato e ter pequena surpresa com a justa convocação de Bernard.

Vai a lista:

GOLEIROS
Julio Cesar - QPR/ING
Jefferson - Botafogo
Diego Cavalieri - Fluminense

LATERAIS
Daniel Alves - Barcelona/ESP
Jean -Fluminense
Filipe Luis –Atlético de Madri/ESP
Marcelo – Real Madrid/ESP

ZAGUEIROS
Thiago Silva -PSG/FRA
Réver – Atlético-MG
David Luiz - Chelsea/ING
Dante - Bayern de Munique/ALE

MEIO-CAMPISTAS
Lucas – PSG/FR
Oscar – Chelsea/ING
Fernando – Grêmio
Hernanes – Lazio/ITA
Luiz Gustavo – Bayern de Munique/ALE
Jádson - São Paulo
Paulinho - Corinthians

ATACANTES
Neymar - Santos
Bernard – Atlético-MG
Leandro Damião – Internacional
Fred - Fluminense
Hulk - Zenit/RUS

Pinceladas cariocas - O Taiti é aqui. E o Vasco teme o Tupi!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


por Enrico Castro

Goleiro Buffon 'vai pra galera'
Findo o Cariocão, a cobertura do Engenhão, que permanece sem data para ser reaberto, suportou ventos de 93 km na semana passada, e o governo do estado informou, para surpresa de todos, que será preciso mais dinheiro para terminar as obras do Maracanã. Enquanto se preparam para o Brasileirão, que só deve engrenar mesmo lá para outubro, os clubes do Rio, que já haviam perdido os dois supracitados estádios para o governo estadual, perderão também São Januário - que, a partir de 25 de maio, será utilizado como campo de treinamento da seleção italiana para a Copa das Confederações. Torneio, aliás, que contará com a presença ilustre dos craques do Taiti, que exibirão seu "futebol arte" no Maraca, enquanto os times cariocas continuarão amargando viagens para fora cidade (ou até mesmo do estado) para mandar seus jogos da Copa do Brasil, Libertadores e primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro. O que será que o fino goleiro italiano Buffon vai pensar quando estiver atravessando a favela horizontal Barreira do Vasco? 
Kiko vestido como comediante
O Botafogo segue curtindo o seu 20º título estadual, número atingindo pelo Fluminense em 1971, pelo Flamengo em 1979 e pelo Vasco em 1994. Para comemorar a "façanha", o clube de General Severiano recebeu em sua sede o famoso comediante mexicano Carlos Villagrán, mais conhecido como o Kiko, do seriado “Chaves”. Ele disparou: "Garrincha foi muito grande e junto com ele o Botafogo". Ou seja, Kiko, num momento de Villagrán, mostrou conhecer profundamente o Botafogo, ao afirmar que o clube “já foi muito grande”... 
Será o fim da carreira (opa!) de Deco?
Enquanto isso, o Fluminense se prepara para o confronto das quartas-de-final da Liberadores e aguarda a definição de seu adversário, que sairá do jogo entre Olimpia-PAR e Tigres-ARG. Fora do campo, o clube se arma para as batalhas nos tribunais desportivos, onde tentará a absolvição dos dopados Deco e Michael. Os tricolores torcem para que o primeiro receba uma punição severa, o que poderia abreviar sua carreira (se é que ainda cabe utilizar este termo...) e abrir espaço financeiro para o retorno do ídolo Conca. O segundo se complicou ainda mais ao admitir que marca o nariz com cal já há algum tempo, e por isso está vendo suas chances de se tornar um crack, digo, craque, se esfumaçarem. 
Flamengo 2013 parece 'time de japonês'...
Depois de passar uma semana escondido, digo, treinando em Pinheiral-RJ, o Flamengo segue se preparando no Ninho do Urubu para o confronto decisivo contra o temido Campinense, pela Copa do Brasil. O clube resolveu abrir a mão e vem contratando a toque de caixa. Chegaram à Gávea os atacantes Marcelo Moreno, Paulinho e Bruninho, e os volantes Diego Silva e Val. Tirando o Moreno, aposto um pacotinho de amendoim Nakayama como ninguém conhece qualquer um dos demais. O Flamengo versão 2013 parece ser um caminhão cheio de japonês. 
Vice eterno! Até no futevôlei...
E não é que o Vasco jogou!?!? Em preparação para o Campeonato Brasileiro, goleou o poderoso Tupi-MG por 5 x 1 no último sábado. Agora sim! Podemos dizer que foi uma vitória com a mão do técnico Paulo Autuori. Afinal, matéria publicada na versão carioca do diário Lance! na véspera do "clássico" informava o seguinte (o grifo é nosso): "Nesta sexta o comandante deixou um clima de mistério a respeito da equipe que enfrenta Tupi em amistoso neste sábado". Quanta precaução! Só pode ser piada! E, para não perder o costume, o Gigante da Colina conquistou mais um vice no final de semana: perdeu para o São Paulo a final da 2ª Liga Nacional de Futevôlei. Meus parabéns.
Enrico Castro é tricolor (do Rio!), analista de sistemas, servidor público. Entende tanto de futebol que tem certeza que o Dimba (aquele mesmo do Goiás, Botafogo e etc) é um craque e brilharia na Champions League. Não é preciso dizer mais nada.

domingo, maio 12, 2013

Corinthians 2 x 1 Santos: primeiro round é do Timão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Paulinho jogou bola pra caramba e trouxe o time com ele (Foto: Rodrigo Coca/AE)

A vitória do Corinthians sobre o Santos foi boa por vários motivos, e complicada por pelo menos um. Primeiro, ganhar do Santos é sempre bom. Segundo, o Timão jogou bem, o que não fazia há muito tempo. Contou com uma bela atuação de Paulinho, principal esteio dos melhores momentos do time no ano passado – dois pontos que trazem bons augúrios para o jogo de quarta contra o Boca. O problema, não pequeno, é que a grande superioridade do time no primeiro tempo não se traduziu em uma vantagem maior, sendo os 2 a 1 totalmente reversíveis para o Santos em seus domínios.

Com a mesma formação que passou jogando mal contra o São Paulo, o Timão resgatou a organização coletiva e impôs ao Santos uma marcação pesada na saída de bola. Danilo, Romarinho, Guerrero e Sheik fechavam todas as saídas e criavam chances, em ordem decrescente de boas participações. O domínio foi amplo, até criou chances de gol e levou a um número no mínimo impactante de nove escanteios a favor e nenhum contra em vinte minutos, segundo o Juca Kfouri. Mas bola na rede mesmo só aos 41 minutos, com Paulinho, após passe de Danilo. Na boa, se tivesse virado 3 a 0 não seria nenhum exagero, ainda mais se levarmos em conta um pênalti (que entendo quem questionar) de Dracena em Romarinho.

Diga-se que a vantagem paulistana teve ajuda de Muricy Ramalho, que errou ao escalar um time com quatro volantes e nenhum meia. Apostou em Marcos Assunção na armação e não deu certo. Na segunda etapa, voltou com Felipe Anderson, que foi armar pela esquerda e dividir as atenções de Ralph. Assim, Neymar ficou no mano a mano contra Alessandro, que sem a cobertura rápida de Gil não teria aguentado o tranco.
Tite mexeu duas vezes: colocou Edenilson no lugar de Romarinho para ajudar na marcação do 11 santista e trocou Guerrero por Pato. Na minha opinião, pelo menos um equívoco aí, já que Romarinho fazia partida muito boa e Sheik nem tanto, e leva minha raiva por perder pelo menos um gol na cara de Rafael que Pato fatalmente teria guardado. Além disso, quem já leu alguma de minhas mal-digitadas nos últimos tempos sabe que Pato e Guerrero, os dois artilheiros do time, devem jogar juntos e o treinador que se vire para fazer funcionar.

Com tudo isso, o jogo se equilibrou e deve ter ficado muito bom para o observador neutro, com chances de gol para os dois lados. De minha parte, a coisa ficou mais interessante lá pelos 30 minutos, quando uma bola rebatida na área sobrou para Paulo André, que encheu o pé e abriu 2 a 0. E voltou a ficar meio chatão aos 38 minutos, quando Durval subiu no meio da zaga e marcou de cabeça. Não foi o primeiro gol de cabeça levado por essa defesa esse ano. No meio disso teve um outro pênalti discutível em Alessandro, esse feito por Leo, que bateu mais do que jogou. E foi isso.

Assim foi e o Corinthians leva a vantagem do empate para o jogo da Vila Belmiro. O que é bacana, mas longe de garantir alguma coisa. Leva também um impulso anímico importante para o jogo contra o Boca, pela moral, pelo resgate de Paulinho e da marcação adiantada, e por Romarinho fazer sua primeira partida mais convincente como meia. É bom sinal por agora, mas é preciso manter uma curva ascendente e melhorar a cada jogo se quisermos manter chances de ganhar alguma coisa esse ano.

sexta-feira, maio 10, 2013

7 vazam no 'Bonde do Juvenal'. Douglas fica. E Juan volta!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Bufão: Juvenal nunca vai admitir que está afundando o São Paulo
" - Você sabe, eu acho que não tenho (culpa). Eu procurei fazer o máximo. Nós procuramos dar o melhor, trazer exemplos, dar condições, e não conseguimos. Não transfiro a culpa para os atletas, estou dentro do processo, mas não contribuí para ele. Tanto que estou aqui tentando reverter esse quadro."

Com esta singela declaração, o presidente do São Paulo Futebol Clube, Juvenal Juvêncio, anunciou o afastamento de sete jogadores no elenco profissional: o volante Fabrício, o meia-atacante Cañete, o atacante Wallyson, os laterais-esquerdos Cortez e Henrique Miranda e os zagueiros João Filipe e Luiz Eduardo. São eles que vão pagar o pato pelas crise aberta com as recentes eliminações no Paulistão e na Libertadores, para Corinthians e Atlético-MG. Enquanto os sobreviventes (ou náufragos) vão treinar com a comissão técnica no CT de Cotia até a estreia no Brasileirão, contra a Ponte Preta, dia 26, os sete excluídos ficarão isolados no CT da Barra Funda.

“ - Ficarão treinando com outros. Eles vão ser emprestados, sobretudo Luiz Eduardo e Miranda, esse é nosso processo de reciclagem, porque acreditamos neles", argumentou Juvenal.

Muito bem, muito bom. Mas o resumo da Ópera (Bufa) é: (o péssimo) Douglas permanece no elenco. E o (horrível) lateral-esquerdo Juan, ex-Flamengo, que o Santos devolveu às pressas e estava encostado em Cotia, foi reintegrado! Por isso, eu rezo e repito: SEJA O QUE DEUS QUISER.

Da série "Piores capas de disco de todos os tempos"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


quinta-feira, maio 09, 2013

Com direito à cosquinha na cabeça do Wellington

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Ronaldinho Gaúcho tripudia e faz cosquinha em Wellington, que cai e simula falta
Que show de bola! Que baile! Considerando que os espetáculos anteriores do Atlético-MG pela Libertadores no estádio Independência, pela fase de grupos, tenham sido contra The Strongest (2 x 1) e Arsenal de Sarandí (5 x 2), times medianos sem conquistas internacionais, a goleada de ontem por 4 a 1 sobre o São Paulo, tricampeão da Libertadores e do Mundial de Clubes, foi a confirmação incontestável de que o time do técnico Cuca é, hoje, o de futebol mais vistoso e eficiente no Brasil. Pessimista como sou, já previa derrota e, na pior das hipóteses, uma noite de pesadelo. Ao fim do jogo, respirei aliviado: o meu time escapou do que poderia ter sido uma das piores goleadas de toda a sua história, comparável à maior delas até aqui, o 8 x 1 que o Botafogo-RJ nos aplicou no Torneio Rio-São Paulo de 1940.

Bernard: craque
O Atlético-MG fez o que quis em campo. Duas imagens, ambas do segundo tempo, ficarão guardadas em "minhas retinas tão fatigadas" (citando o cruzeirense Carlos Drummond de Andrade): a primeira foi uma jogada de futebol de salão, com Ronaldinho Gaúcho partindo para o ataque pela esquerda, trocando de pé em velocidade e tocando quase sem olhar para Diego Tardelli, no meio, que tocou da mesma forma, em milésimo de segundo, para Bernard, na direita, numa sintonia e sincronia que não vejo há anos no futebol nacional, síntese da plena afinação da "orquestra" que Cuca montou na linha de ataque do Galo; e a segunda imagem, a do Ronaldinho Gaúcho tripudiando e fazendo cosquinha na cabeça do pobre e inoperante Wellington, resumo da humilhação e da zombaria sofridas pelo atropelado São Paulo

Jô abre o placar: 1 x 0 foi pouco no 1º tempo
E o estrago, repito, poderia ter sido bem maior. Com 10 minutos de jogo, o Atlético-MG já tinha perdido um gol feito, mandado uma bola no travessão e sufocava o time de Ney Franco como se fosse uma partida de adultos, profissionais, contra um combinado Sub 15. O primeiro gol saiu com uma naturalidade espantosa, golaço de Jô em troca de passes fulminante. O São Paulo se segurava como podia: jogador tirando bola em cima da linha, Rogério Ceni fazendo defesa de reflexo dentro da pequena área, pressão e mais pressão. O primeiro tempo ter acabado com placar de 1 x 0 foi um espanto: poderia ter sido 4 ou 5 x0 fácil, fácil. Eu, que tinha aberto uma garrafa de vinho e tirado o som da televisão para ouvir um CD (porque detesto todo e qualquer comentarista esportivo, de qualquer emissora), acompanhava o jogo como quem assistisse as Torres Gêmeas pegando fogo, na iminência de desabarem.

Gaúcho e Jô comemoram segundo gol
Veio a segunda etapa e voltou a sensação de que meu time levaria um vareio épico, daqueles de virar manchete na mídia esportiva de todo o planeta. Sensação que surgiu quando o jogo começou e vi Douglas em campo. Ali, entendi que não seria apenas uma derrota. Poderia ser "A" derrota. Na segunda etapa, colocaram o coitado do Silvinho, ex-Penapolense ("Que faaaaaseee...", diria Milton Leite), mais perdido que surdo-mudo em tiroteio. O São Paulo, pateticamente, se jogava para o ataque na base do chutão para qualquer lado, da bola área rifada, do "bumba-meu-boi". Triste de ver. Em todos os lances, os passes chegavam 30 centímetros atrás de quem ia receber a bola, o jogador tinha que voltar para buscá-la, o posicionamento dos colegas se embaralhava, tudo saía errado. O time perdia a bola. E o Atlético-MG partia para o contra-ataque - rápido, coordenado, entrosado, com toques de primeira, fatal. Numa dessas, Jô fez 2 x 0. E iniciou o previsível massacre...

Tardelli engana Tolói e encobre Rogério Ceni
Na saída de bola, o São Paulo desembestou e se atrapalhou mais uma vez, houve um chutão para o alto e Rafael Tolói correu para tentar atrasar a bola, de cabeça, para Rogério Ceni. Quem assistiu ao clássico entre São Paulo e Corinthians pela primeira fase do Campeonato Paulista já fazia ideia do que poderia acontecer. Naquele jogo, Tolói tentou atrasar uma bola para Ceni, Alexandre Pato chegou antes, sofreu pênalti e depois fez o gol da vitória para o time de Parque São Jorge. Ontem, não deu outra. O ex-sãopaulino Diego Tardelli estava na cola do atrapalhado zagueiro e só esperou ele cabecear errado para dar o bote e, com um toque sutil, encobrir o goleiro e marcar um golaço: 3 x 0.

Jô faz 3º, após passe de Ronaldinho
Dois gols em dois minutos. E ainda tinha mais. Cinco minutos depois do terceiro gol, Ronaldinho Gaúcho, que mandou e desmandou na partida, numa das melhores atuações de sua carreira, fez outra jogada de futebol de salão e, à la Mário Sérgio Pontes de Paiva, olhou para a esquerda e deu passe para a direita, Jô recebeu e tocou no canto para selar o inapelável atropelo do Galo sobre o Tricolor. Naquele momento, faltando mais de 20 minutos para o jogo acabar, enchi minha derradeira taça de vinho e orei: "Meu Deus, já tá de bom tamanho! Por favor, faça com que o Atlético-MG tire o pé!". Graças a Ele, fui atendido. O time de Cuca não chegou a tirar o pé, mas também não aumentou a conta da sova. E o (eternamente) apagado Luís Fabiano ainda fez o golzinho de honra. Ficou de bom tamanho.

Silvinho: mais um "craque" do Juvenal
Falar mais o quê? Já cansei de repetir, aqui neste blogue, que o São Paulo não é um time. Não tem padrão de jogo, esquema tático. Não tem laterais, nem volantes, nem zagueiros que prestem. Não consegue finalizar no ataque. Não vai chegar a lugar algum com Douglas titular. Com Lúcio, Luís Fabiano, Ademilson. Continuo defendendo Ney Franco, mas uma campanha que teve seis derrotas em dez jogos é pura e simplesmente o reflexo do que é o São Paulo na era Juvenal Juvêncio: contrata mal, planeja mal, administra mal. Perde jogos, perde títulos, perde dinheiro, perde boas contratações, perde bons negócios. E, cada vez mais, vai perder torcedores. Para o Corinthians. Para o Atlético-MG. Não acredito que vá mudar alguma coisa daqui para o final do ano. Ney Franco vai tentar tirar leite de pedra para, quem sabe, beliscar outra vaguinha na Libertadores de 2014. Mas não sejamos ingênuos, sãopaulinos. A derrota de ontem não será o último vexame de 2013. Já que o clube é o da fé, vamos rezar muito. Seja o que Deus quiser!


quarta-feira, maio 08, 2013

Pinceladas cariocas - Botafogo campeão e as férias do Vasco

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

por Enrico Castro

Rafael Marques jogou a pá de cal
E o Botafogo é o Campeão Carioca de 2013! O título foi mais que merecido. Foi o único dos grandes que se preparou e encarou a competição com a seriedade que ela merece (ou merecia). Venceu com autoridade os dois turnos, revertendo duas vantagens de empate que seus adversários possuíam na semifinal e final da Taça Guanabara, e vencendo também a semifinal e final da Taça Rio, quando possuía a vantagem do empate. A alegria alvinegra contrasta com a decepção da TV Globo, que gostaria que o Fluminense tivesse vencido o 2º turno - o que garantiria a exibição de mais duas partidas. Só que o Botafogo não sentou na vantagem do empate e jogou de forma inteligente contra o combalido Tricolor, que vive da sombra das últimas três temporadas. O time de Oswaldo Oliveira encaixou contra-ataques perigosos e se portou bem na defesa contra os baixinhos Wellington Nem e Rhayner, que, em momento algum, causaram rugas de preocupação no jovem e bom zagueiro Dória e no botinudo Bolívar. Seedorf e Lodeiro engoliram o meio campo tricolor e, por incrível que pareça, Rafael Marques bagunçou a dupla de patetas Digão e Leandro Euzébio e marcou o gol do título. Nem era necessário, pois o empate já garantiria o título para os botafoguenses, que ainda se deram ao luxo de perder um pênalti no 2º tempo, cobrado por Seedorf. 
Michael enfiou carreira no nariz
E enquanto o Botafogo ganha moral para crescer e avançar na Copa do Brasil, onde decidirá no Rio de Janeiro contra o “sexta-feira” Treze da Paraíba a vaga para a próxima fase, na quinta-feira, o Fluminense vai tentar juntar os cacos amanhã para vencer o Emelec-lec-lec-lec... também no Rio, pela Taça Libertadores. Para isso, aposta todas as suas fichas no retorno do "artilheiro de vidro" Fred, que, mesmo com 50% de sua capacidade, é mais perigoso que todos os outros atacantes que o Flu possui no elenco. Uma coisa é certa: se Leandro Euzébio jogar, a chance do Tricolor se classificar será bastante reduzida. Não bastassem todos os problemas físicos, técnicos e táticos que o incentivador Abel tem, Deco e Michael chutaram o balde. O primeiro tomou medicamento que contém as substâncias dopantes hidroclorotiazida (diurético que combate a hipertensão arterial) e carboxi-tamoxifeno (metabólico do tamoxifeno), sem conhecimento do departamento médico do clube. E o segundo decidiu abreviar sua promissora carreira e complicar sua vida com o uso de cocaína. Lamentável, para dizer o mínimo. Não que os dois façam falta ao time, mas já estão previamente suspensos. Se o time for eliminado da Libertadores ainda nas oitavas (e contra um time sem expressão), a pressão do Tio Celso vai ser insuportável. Manda quem pode e obedece quem tem juízo... 
O Flamengo, que só volta a jogar no dia 15 contra o Campinense pela Copa do Brasil, viu suas esperanças de disputar esta partida no Maracanã caírem por terra. Numa boa, o Maracanã não merece ser reaberto com um clássico deste porte, por mais medo que o time da Gávea possa estar... Já o Vasco segue de férias e só volta a jogar novamente em... mas espera aí, quando é mesmo que o Vasco vai voltar a jogar?!?!????
Enrico Castro é tricolor (do Rio!), analista de sistemas, servidor público. Entende tanto de futebol que tem certeza que o Dimba (aquele mesmo do Goiás, Botafogo e etc) é um craque e brilharia na Champions League. Não é preciso dizer mais nada.

Campo de concentração...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Os ricos (à direita) e os miseráveis (à esquerda) na capital paulista
...de renda: segundo pesquisa feita pela consultoria WealthInsight e publicada no jornal inglês The Guardian, São Paulo é a 12ª cidade no mundo com o maior número de multimilionários, com 1.310 pessoas com patrimônio igual ou superior a US$ 30 milhões (cerca de R$ 60 milhões ou mais em ativos). No ranking de bilionários, a cidade aparece na 20ª colocação, com dez pessoas na categoria.

A pesquisa reforça os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicados no final de 2012, que apontavam que seis capitais concentram 24,9% das riquezas produzidas no país, com São Paulo em 1º lugar, sendo responsável por 11,8% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.

O OUTRO LADO - Porém, esse "oásis" brasileiro de multimilionários e bilionários que é a cidade de São Paulo não existe gratuitamente. Para que o produto dos exploradores seja tão opulente, a massa de explorados, obviamente, não é pequena. Pesquisa do IBGE de 2008 mostrou que cerca de 625 mil pessoas na Região Metropolitana de São Paulo viviam abaixo da linha de pobreza - ou seja, com renda mensal de até R$ 140 per capita (a região reúne 39 municípios e tem população estimada de 20 milhões de pessoas).

Dessa forma, a concentração de renda na terra dos 1.310 multimilionários é gritante: segundo o IBGE, na Região Metropolitana de São Paulo, os 10% mais pobres da população vivem com até R$ 139,30 mensais e outros 40% com R$ 288,51. Enquanto isso, os 10% mais ricos têm renda média de R$ 4.229,77 mensais. O que me faz recordar aqueles versos de Caetano Veloso do início dos anos 1980: "Enquanto os homens exercem seus podres poderes/ Morrer e matar de fome, de raiva e de sede/ São tantas vezes/ Gestos naturais..."