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terça-feira, julho 22, 2014

Fora, Dunga 7 x 1 Fica, Dunga

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O Futepoca foi, em 2007, early adopter do "Fora, Dunga". Foi também precursor do "Fica, Dunga", quando ninguém queria ver o corte de cabelo arrojado do cidadão. O pessoal que aderiu ao "#xôDunga", as piadas sobre os sete anões e a Branca de Neve repetem muito do que se viu no passado.

Como o momento é de olhar para frente e afogar as mágoas, repetimos a dose, inspirados pela dor mais recente do cataclismo do Mineirão (o Mineiraço). A seguir, sete motivos para pedir a saída de Dunga e um para sua volta.

Dunga de novo, com gravata vermelha. Foto: Rafael Ribeiro / CBF

Fora, Dunga

1) Sem consistência tática
Contra-ataque eficaz é uma boa arma, mas depende de peças aptas e não resolve todos os jogos, só os contra times que atacam mais. Falta estofo tático ao capitão do Tetra.

2) Conflito de interesses
Gilmar Rinaldi, Leonardo e Dunga são amigos. O primeiro vinha atuando como empresário de atletas. O segundo, foi cartola de clube italiano e técnico. O terceiro não tem histórico de feitos a partir do banco de reservas que justifique a (re) escolha. O valor das motivações privadas e obscuras ganham força.

3) Treino é treino
Dunga treinava muito, ensaiava muitas jogadas de bola parada, mesmo contra-ataques. Mas como sacramentou Didi na preparação para a Copa de 1958, treino é treino, jogo é jogo. Faltou à seleção de 2014, de fato, capacidade de aproveitar melhor as bolas paradas e contra-ataques, mas isso teve mais elo com as peças disponíveis do que com ensaio. Saber o que tinha de ser feito, até eu sabia. Fazer em campo depende de capacidade.

4) Escassez de craques ignorada
O momento do futebol brasileiro é de uma escassez inédita de craques. Reinventar o modo de jogo envolve saber explorar as peças disponíveis, pensar tanto em horizonte de quatro quanto de oito anos. Dunga não será esse cara capaz de articular ações para além da Rússia 2018. Os apelos por renovação e arejamento foram negados.

5) Repetir técnico em Copas não presta
Vicente Feola em 1966 (após o título de 1958), Mário Jorge Lobo Zagallo em 1974 e 1998 (após o tri de 1970), Telê Santana em 1986 (após a tragédia do Sarriá em 1982), Carlos Alberto Parreira em 2006 (após o Tetra de 1994) e Felipão em 2014 (após o penta de 2002). Repeteco do cidadão que ocupa o banco de reservas e recruta os selecionados deu água antes. E olhe que os nomes anteriores tinham, no currículo, campeonatos mundiais.

6) Faltou norte e cabeça no lugar, não só raça
Dunga foi chamado para a preparação da Copa de 2010 para recuperar a gana de defender as cores da camisa Canarinho, após a apatia de 2006, quando ninguém parecia querer jogar -- o que culminou na derrota para a França nas quartas de final. Em 2014, o sapeco sofrido diante da Alemanha e a derrota para a Holanda foram fruto da ausência de norte dentro de campo após a saída do 10 Neymar, por contusão. Raça não foi o atributo em falta (ou não foi o que mais fez falta). Chamar um técnico que tenha na capacidade de motivação seu forte pode não ser a resposta certa para as perguntas colocadas sobre o futuro do futebol brasileiro.

7) Figurino não ganha jogo
Um dos destaques da Era Dunga enquanto treinador foi o figurino. Desenhado pela filha, estilista, as roupas ganhavam mais atenção do que o futebol apresentado. Felipão usava o mesmo casaco todo jogo, por superstição. Joaquim Low vestia traje esporte, Sabella e Van Gal iam de terno e gravata. Não foi isso que deu resultado.

Mas como nem só de ranzinzas vivem os amantes do futebol, é preciso enxergar que pode haver algo dentro do Copa. De cara, alcançamos um ponto positivo... Pode nem ser um "copo meio cheio", mas talvez já sejam uns "dois dedinhos" no copo. Para manguaça sedento, dois dedos já é melhor do que nada. Proximamente poderemos ter mais...

Fica, Dunga

1) Anti-Globo, pelo menos até a página 2
Ao não privilegiar entrevistas exclusivas à Globo, criou-se a noção de que Dunga afrontou a emissora. A mudança na estrutura de comunicação da CBF com a saída de Rodrigo Paiva, em tese, pode permitir algum afastamento do veículo hegemônico. Só que os donos dos direitos de transmissão seguem os mesmos.

segunda-feira, julho 25, 2011

A Copa América deu alguma lição à seleção brasileira?

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Para falar a respeito da Copa América que se encerrou hoje e da participação brasileira, é interessante fazer um breve retrospecto do escrete canarinho nos últimos cinco anos, e de como a tal “opinião pública” reagiu a cada resultado importante do time. 

Após o fim da Copa de 2006 – o grupo comandado por Carlos Alberto Parreira era uma balbúrdia. Medalhões faziam o que queriam, Ronaldo e Adriano chegaram a seleção acima dos cem quilos. O Brasil, segundo a avaliação geral, perdeu para a França por conta disso: faltou autoridade mas, mais que tudo, não houve “comprometimento” do grupo, que não tinha um líder no banco ou dentro de campo.

Ah, aquele time do Dunga... Foto: Owen Jeffers Sheer
Após a Copa América de 2007 – o substituto de Parreira era Dunga. Sem nunca ter sido treinador antes, aos olhos da CBF, era a tal liderança que a seleção supostamente precisava. Pra variar, após um Mundial fracassado, a renovação começou, embora, aos poucos, parte dos derrotados de 2006 tenham voltado mais tarde. A seleção vencia, jogava com a tal garra, mas nem mesmo a vitória por 3 a 0 contra a Argentina na final da Copa América convenceu os céticos. O time era defensivo e pouco talentoso, na visão de muitos. Outros se contentaram com o estilo vitorioso que o treinador implantava na equipe, talvez conformados com o fato de o Brasil não ter tantos craques como outrora. 

Após a Copa do Mundo de 2010 – ah, mas que Brasil foi aquele! Até o Cruijff cornetou Dunga, não era a seleção... Onde estava aquele futebol faceiro, lépido, fagueiro, que sempre caracterizou a amarelinha? É preciso resgatar a ofensividade do futebol brazuca! Mano Menezes, segunda opção da CBF, é contratado, apesar de não ter exatamente um “DNA ofensivo” pra trazer de volta os bons tempos do ludopédio tupiniquim.

Após a Copa América de 2011 – Mano, no papel, chega quase a montar um time “pra frente”, às vezes até parece tentar reproduzir o esquema de Dorival Junior no Santos do primeiro semestre de 2010. Tem as duas maiores estrelas daquele time, aliás, mas o futebol jogado está bem distante daquele. Finda a participação na Copa América, em 12 partidas, são parcos 16 tentos, somente um a mais que a seleção de Dunga fez em seis pelejas pela Copa América de 2007. Agora, volta o discurso do comprometimento: são os meninos que não seguram a onda, que se preocupam mais com o dinheiro, com contratos, com o cabelo do que com a seleção.

Pois é, como se vê acima, os argumentos para justificar a derrota da seleção são reciclados: em uma hora, faltou raça; na outra, faltou técnica. E, quando uma seleção como o Uruguai é campeã da Copa América, como agora, a sensação de que “faltou raça” fica mais evidente para parte dos torcedores. Curiosamente, parece que a tal “raça” uruguaia esteve adormecida durante muito tempo, já que a seleção celeste ficou fora das Copas de 1994 e 1998, saiu na primeira fase em 2002 e também não viajou para a Alemanha em 2010.

O Uruguai é sim, a tal raça, mas não só. É conjunto, é técnica e habilidade, tem jogadores acima da média como Forlán e Suárez, e já joga junto há algum tempo. Quem viu o segundo gol marcado pela Celeste contra o Paraguai percebeu como se pode ver arte e habilidade em um contra-ataque. O Brasil, hoje, não usa essa arma, mesmo tendo jogadores aptos para tal. Aí aparece uma diferença fundamental entre as duas seleções: uma é time; a outra, ainda não é.

Claro que essa equipe uruguaia de hoje não será a mesma em 2014. Boa parte dos atletas tem mais de 30 anos e, contando que a Celeste consiga a classificação para a Copa no Brasil (o que não são favas contadas, já que eliminatórias por pontos corridos é algo bem diferente de torneios mata-mata curtos), não farão mais parte do escrete de Oscar Tábarez. Já o Brasil, se Mano se decidir por um esquema e conseguir também a tal fórmula para unir os jogadores em torno de um objetivo (coisa que Dunga fez, mas nem por isso foi campeão), vai ter à disposição um time bem mais respeitado do que foi nessa triste Copa América de parcos gols e baixo nível técnico.

Mídia se preocupa muito com o cabelo de Neymar. Foto: Ronnie Macdonald
Mais do que a pauta atual que movimenta a mídia tradicional, aquela sobre a dita “instabilidade” dos meninos da seleção, o que deveria ser perguntado é se Mano é o treinador ideal para lidar com esses garotos. Porque são, de fato, joias raras como há algum tempo o futebol brasileiro não produz. Dunga errou em não convocá-los para dar alguma experiência de seleção como aconteceu, por exemplo, com Ronaldo (em 1994) e Kaká (em 2002), mas cabe ao atual treinador criar um ambiente e apostar em um esquema em que seus talentos sejam mais bem aproveitados.

Aliás, será também que o atual técnico da seleção não “sentiu” o peso do cargo? Ele tem, de fato, um esquema tático que julga vencedor ou ainda está tateando? Vai rifar jogadores e arriscar perder a confiança de comandados por conta de sua boa relação com a imprensa (leia-se Globo) que até agora o tem poupado?

A mídia você já tem, Mano, ganhe seus jogadores e seja de vez em quando pára-raios deles, como fez Felipão ontem. Os resultados virão mais rápido, pode apostar.

sexta-feira, julho 23, 2010

Muricy na seleção: ainda não é a vez do futebol bonito

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Segundo o Globoesporte, Muricy Ramalho é o novo técnico da seleção brasileira de futebol. Ele substitui Dunga no posto de quem é mais criticado que o presidente da República e serve de para-raio para qualquer frustração ludopédica do povo brasileiro.


Não estaria definido ainda se ele acumularia o cargo de comandante do Fluminense ou se deixaria o líder do campeonato.

Se confirmada a informação, significa a consagração do técnico tricampeão brasileiro pelo São Paulo que, apesar do fiasco de 2009 com o Palmeiras, colocou o Fluminense na rota da briga pelo título – rota, eu escrevi rota – e no topo da tabela do Brasileirão deste ano após a décima rodada. Também representa a opção pelo único, entre os cotados, que não atuou como jogador de defesa ou de marcação, mas como meia ofensivo. Desde Mario Jorge Lobo Zagallo, os ex-atletas que ocuparam o posto jogaram como zagueiro e lateral.

Ainda não vai ser desta vez que o futebol bonito e ofensivo vai ter prioridade na seleção. Muricy preza por boa marcação, gosta de um meio de campo que ocupe bem os espaços, mas evita volantes cabeça-de-bagre.

Antes que alguém pergunte, cabe a ressalva: tirando a indicação da minha pessoa ao cargo – desprezada pela CBF, pela mídia e até pelas pessoas para quem falei – e de alguns dos 190 milhões de treinadores identificados nas projeções populacionais do IBGE, nenhum dos técnicos cotados garantiria uma opção mais para frente.

Adepto de um futebol eficiente, meio à lá Holanda 2010, em que 1 a 0 é goleada, Muricy é discipulo de Telê Santana, mas considera Rubens Minelli o melhor técnico com quem trabalhou.

Mesmo no São Paulo dos títulos de 2006 a 2008, o treinador não teve elencos brilhantes, mas com peças de reposição à altura e um nível técnico (pouco, especialmente no caso de 2008) acima da média dos demais. No Internacional de 2005, no vice-campeonato mais contestado do Brasil, o time era interessante relativamente, em um campeonato ainda com estrelas.

Mas o cara é um montador de time. Assim como Mano Menezes, outro dos cotados que talvez tenha perdido a vaga de técnico do escrete canarinho junto da liderança do Brasileirão, Muricy vai armando seu esquema com peças de sua confiança. E deve mostrar teimosia semelhante à de Dunga, Carlos Alberto Parreira, Zagallo e Luiz Felipe Scolari.

Muricy também é turrão e rabugento no trato com jornalistas. Não está habituado a críticas e solta o verbo quando não gosta de pergunta. Mas é só uma coincidência com o antigo ocupante do cargo.

Quando Dunga foi anunciado, o Futepoca lançou a precoce campanha "Fora, Dunga" Depois, encampou o "Fica, Dunga", e por aí foi.

É o caso de já pedir um "Fora, Muricy"?

quinta-feira, julho 15, 2010

O que Dunga deixa para 2014

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Uma das palavras mais recorrentes nas críticas sobre a atuação de Dunga à frente da seleção brasileira após a queda na África do Sul é “renovação”. No caso, a falta dela, por haver o treinador convocado um time envelhecido, com poucos jogadores com idade para serem aproveitados em 2014.

Olhando apenas para a questão etária, de fato, a coisa fica feia. Dos 23 convocados brasileiros para a Copa da África do Sul, apenas 4 terão 30 anos ou menos em 1º de junho de 2014 (os números entre parênteses sempre serão as idades com referência nessa data). Robinho (30), Thiago Silva (29), Ramires (27) e Nilmar (29) têm bola e condições para brigar por espaço na nova seleção que deverá surgir até lá.

Saiba a situação de Alemanha, Espanha, Holanda e Uruguai no Copa na Rede.

quinta-feira, junho 24, 2010

Capello: Deus salve a cervejinha

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Capello liberou o fermentado de cevada para os jogadores britânicos na véspera do jogo decisivo contra a Eslovênia. Deu certo


Nada de Defoe, nada Milner. Quem garantiu a vitória inglesa sobre a Eslovênia na quarta-feira (23) foi a união dos jogadores. A fórmula é foi revelada pelo técnico da seleção, o italiano Fabio Capello. O que o mundo quer saber é como a tal unidade foi alcançada em um elenco cheio de estrelas, de brigas e egos.

Pela cerveja.

Foto: BigBlackBox/Flickr
Cervejas variadas em uma mesa de bar na Cidade do Cabo.
Lá, já passou do meio dia

Capello liberou a loira gelada para os jogadores na véspera – tremei, Dunga – da partida.

"Eles foram autorizados a beber uma cerveja antes do jogo, pode perguntar a eles", revelou ao The Guardian. "É verdade. Mudei algumas coisas e usei a minha imaginação", garantiu.

Foto: Kevork Djansezian/Getty Images
Ninguém disse, mas todo mundo pensou: "God save the beer".

Destensionado o clima, alguns jogadores conversaram, esqueceram desavenças e foram a campo pressionar o time rival. Apesar da magreza do 1 a 0, os súditos da rainha cansaram-se de perder gols, com oportunidades e oportunidades desperdiçadas. Incluindo Rooney (na foto, do primeiro jogo, fica evidente a tensão na expressão do sóbrio atleta).

Agora, a Inglaterra encara a Alemanha no segundo clássico da Copa – sou obrigado a achar França e Uruguai um clássico, decadente, porém de história futebolística inegável.

Nas oitavas, duas potências, pelo menos em termos de consumo etílico. Os ingleses não são irlandeses, mas consomem 97 litros por ano, em média. Os alemães, com 119 litros ao ano per capita, são o terceiro no ranking da cervejinha na Europa, segundo o Euromonitor.

Não há informação sobre inspiração para adotar tal estratégia. Mas o fato é que a diplomacia etílica já foi adotada em outros eventos.A "cúpula da cerveja", promovida pelo presidente Barack Obama em 2009, é apenas um dos exemplos.

Como a seleção brasileira mostra-se unida em campo, talvez o videogame – afe! – esteja bastando. Que saudades do Sócrates e do Serginho Chulapa em campo. Ou até de Luizão e Vampeta.

terça-feira, junho 15, 2010

Brasil em campo, para fugir da zebra

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nicolau


Kaká é esperança de criatividade no ataque brasileiro (Divulgação)
Na estreia, seleção de Dunga vai a campo contra a Coreia do Norte. Há 76 anos, escrete canarinho estreia sem perder em mundiais.

Todo mundo está cansado de saber, mas não vê a hora de começar o jogo. A seleção brasileira estreia na Copa do Mundo da África nesta terça-feira, às 15h30, contra a toda-poderosa Coreia do Norte. Ironias à parte, sem crises para além da relação Dunga-jornalistas e sem contundidos nem cortado no período de preparação, a equipe brasileira deve subir ao gramado com o mesmo time que começou os últimos amistosos. Antes da partida brasileira, Costa do Marfim e Portugal se enfrentam às 11h, fechando a rodada do Grupo G.

O time é coeso, joga junto faz tempo e sabe o que pode e não pode fazer. Os pontos fortes são a excelente defesa, com Júlio César, Lúcio e Juan, auxiliados pelo excelente Maicon pela direita. O buraco fica na esquerda, onde Michel Bastos deixa claro porque não joga mais de lateral e sim de meia atacante. Para piorar, o volante daquele lado, Felipe Mello, que 9 entre 10 brasileiros gostariam que estivesse assistindo a Copa pela TV, não está em fase nada boa. O técnico xará-de-anão que dê um jeito da coisa funcionar.

O resto, outros detalhes, só no Copa na Rede

sexta-feira, abril 30, 2010

Ao distribuir camisas do Brasil, Lula escala seleção de presidentes

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O presidente da venezuela Hugo Chávez foi agraciado, em visita ao Brasil na quarta-feira, 28, com uma camisa da seleção brasileira. Com a camisa 6, o mandatário venezuelano foi escalado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na lateral-esquerda.

O criador do PSUV, no poder há 11 anos, foi apenas o mais recente dos presenteados com o brinde. É só vir um presidente visitar o Brasil ou uma comitiva do Executivo nacional chegar a uma nação amiga que o protocolo do Itamaraty não hesita. Saca uma camisa da seleção brasileira e inclue o mimo, qual espelhinho para índio, ao interlocutor.

Foto: Ricardo Stuckert/Pr

A estratégia vem se intensificando e há quase uma seleção escalada com chefes-de-Estado e personalidades internacionais. Para alguns, o uniforme vem autografado pelos 22 preferidos pelo encarregado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Outros tem até nome atrás. Em um terceiro grupo, estão os sem número. Isso sem falar nos que tentam mas não conseguem a vaga.

No time, jogam ocidentais e orientais – médios ou extremos. Com ajuda dos jornalistas Vitor Nuzzi, Jéssica Santos Souza e do sistema de busca das fotos oficiais do presidente, o Futepoca apresenta a escalação do time se Lula fosse Dunga.

A 41 dias do início da Copa, o xará de anão tem dúvidas em duas ou três dúvidas na convocação. Lula também mantém algumas posições vagas. Vai ver é para manter poder de barganha nas relações bilaterais.


O escrete

Lula pega no gol, porque se ele não distribuiu a 1 de Júlio César a ninguém é para guardar a posição. A maior prova disso foi a entrega em reunião do G-5, entre Brasil, China, Índia, África do Sul e México. O mandatário canarinho parecia mesmo técnico entregando colete em treino coletivo.

Foto: Ricardo Stuckert/Pr


Dai Bingguo, representante do presidente chinês Hu Jintao, ficou com a 2 na ocasião. Na posição de Lúcio, capitão do selecionado de Dunga, endereçou-se a Manmohan Singh, primeiro-ministro da Índia, com a 3. A 4 ficou com o sul-africano Jacob Zuma, enquanto a 5 foi para Felipe Calderón.

Mas nem todos desses têm vida fácil no time de Lula. A lateral-direita tem outros dois candidatos. Nicolas Sarkozy, da França, e Hosni Mubarack, presidente do Egito, também tinham, nas costas, o número disputado entre Maicon e Daniel Alves.

Foto: Ricardo Stuckert/Pr
Quase tão grave fica a situação para o mexicano. Ninguém menos do que Barack Obama, dos Estados Unidos, também tem a 5 na galeria de presentinhos da Casa Branca. Ele não é o cara da seleção de Lula, mas que se segure o Calderón!


Foto: Ricardo Stuckert/Pr
Só sem saber quem é o Gilberto Silva para mostrar
esse sorriso todo ao receber a 5

Foto: Ricardo Stuckert/Pr

Aliás, quem viu coerência em alocar Chávez na lateral-esquerda, por suas posições anti-imperialistas, pode tirar o cavalinho da chuva. A cara de poucos amigos do conservador presidente italiano Silvio Berlusconi é um sinal de que ele também vem para brigar pela meia dúzia.

A 10 é a mais disputada. Michael Sleiman, do Líbano, Jan Peter Balkenende, primeiro-ministro da Holanda, tiveram esse deleite. Até o cantor Bono Vox, votalista do U2, também recebeu a sua. A camisa que já foi de Pelé só é concedida com o nome do presenteado estampado.

A vantagem fica para Balkenende, que retribuiu uma 10 da Holanda com o nome de Lula nas costas. Se politicagem influenciar o brasileiro, a escalação na meia-esquerda da Laranja Mecânica pode ajudar. Bono Vox não entra, porque a seleção é só de chefes-de-estado.

Foto: Ricardo Stuckert/Pr
Lula ou Van Lulen?

O iraniano Mahmoud Ahmadinejad também tem a sua, mas o número não é conhecido. Quando Miguel Jorge, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, foi visitar a nação persa, apenas um fotógrafo compareceu ao troca-troca de agrados. A equipe do Desenvolvimento não pode ser muito retranqueira, mas nunca se sabe quando se trata de alguém que, por mais que se contraponha aos Estados Unidos e a Israel, representa um governo que é fundamentalista religioso.

Na de Nursultan Nazarbayev, presidente do Cazaquistão, também não tinha número. É o segundo polivalente dessa equipe.

Gordon Brown, premiê britânico, bem que tentou. Entregou a 7 de Beckham a Lula, mas não recebeu o troco. Cortado. Pior ainda para o candidato independente à Presidência do Chile, Marco-Enríquez Ominam, que além de não ter sido eleito, tampouco recebeu o manto auriverde.

Falando em quem não está lá, na seleção brasileira de presidentes falta ataque. A 7, 8 a 9, a 11 não foram distribuídas. Talvez seja uma uma questão de contenção de gastos.

Mas se for um 4-4-2, poderia ser escalado assim:

1- Lula

2- Hu Jintao/China (Nicolas Sarkozy/França; Hosni Mubarack/Egito)
3- Manmohan Singh/Índia
4- Jacob Zuma/África do Sul
6- Silvio Berlusconi/Itália (Hugo Chávez/Venezuela)

5- Felipe Calderón/México (Barack Obama/Estados Unidos)
7- Nursultan Nazarbayev/Cazaquistão
8- Mahmoud Ahmadinejad/Iraniano
10- Jan Peter Balkenende/Holanda (Michael Sleiman/Líbano)


9- ???
11- ???

Mesmo improvisando os sem-número no time, falta gente para o ataque. De duas, uma. Vai ver Lula montou um time mais retranqueiro do que o Henrique Meirelles no Banco Central.

Ajude o Lula nessa escalação.

quinta-feira, março 11, 2010

Milan imita o Naviraiense

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Rooney, o destaque da partida. Esse vai dar trabalho na Copa . Ao fundo, o desolado goleiro Abiatti






Ops, é um pouco forçada a comparação, até porque há mais que um continente de diferença entre a Copa do Brasil e a Liga dos Campeões.
Mas se for analisado o resultado, os ingleses do Manchester fizeram 7 a 2 no placar agregado das duas partidas. No jogo de ontem, os comandados de Leonardo nem viram a bola, tiveram pouquíssimas chances de gol e vão demorar muito para engolir a lavada.

Pode-se alegar a falta do zagueiro Nesta e de Alexandre Pato, desfalques importantes, mas a situação de Leonardo à frente do time piora muito quando se nota que o time italiano, precisando da vitória, ficou atrás no placar o tempo todo, quase sem chances.

Com a desclassificação do Real Madri para o Lyon, ficou claro também que os times ingleses são favoritíssimos a esta edição da Liga (o que pode ser confirmado por nossa correspondente Thalita).

Fica claro ainda que Kaká, em má fase, dificilmente vai carregar o piano da seleção na Copa. O que, contraditoriamente, aumenta um pouco (quase nada, pelo teimosismo de Dunga) as chances de Ronaldinho Gaúcho.

Outro que ontem também não foi bem. Está certo que o Milan só cria em jogadas dele, mas ainda está longe, bem longe, do craque que já foi. O problema é que acho que não temos ninguém melhor para a Copa.

terça-feira, setembro 08, 2009

Pelo menos uma vitória

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Peço licença ao interino Moriti Neto para escrever um pouco sobre o jogo São Paulo e Cruzeiro. Esse foi o primeiro jogo do São Paulo no campeonato que assisti com atenção. Já havia também assistido a uma parte do confronto com o Palmeiras, na semana passada, o jogo que ninguém viu mas todo mundo odiou.
O que deu para notar nessas duas partidas é que, se de fato houve uma evolução do time depois que Ricardo Gomes assumiu o comando, esse avanço foi esquecido. No jogo contra o Palmeiras, Dagoberto ainda conseguiu três ótimas jogadas no primeiro tempo, e foi só. Contra o Cruzeiro, a criação foi nula. Uma profusão de passes errados, chutões sem sentido para a frente, faltas desnecessárias. Uma tristeza.

O time mineiro saiu na frente, com toda a justiça. Diego Renan aproveitou a saída errada de bola de Richarlysson - que, verdade seja dita, jogou bem - tabelou com Gilberto e mandou para as redes, aos 43 do primeiro tempo. Antes e depois disso, Rogério Ceni trabalhou bastante.
A vitória do São Paulo só aconteceu porque a zaga do Cruzeiro é uma mãe. O gol de Marlos foi uma baba. O meia foi conduzindo a bola desde o meio de campo numa boa, sem ser incomodado. Quando finalmente um zagueiro chegou perto, ele só cortou para a esquerda e bateu, sem muitas pretensões. Só que o goleiro Fábio engoliu um frango e a bola entrou.
O gol de Borges também foi presente. Dagoberto chegou antes do zagueiro em uma bola que tinha tudo para terminar nas placas de publicidade e cruzou, todo desequilibrado. Borges, que assim como Marlos acabara de entrar, ganhou a corrida dos zagueiros e marcou, aos 36 do segundo tempo. Rogério ainda teve que defender uma bola perigosa antes de comemorar a vitória.
Ganhar é bom, manter tabus contra adversários tradicionais também. A Raposa não vence o São Paulo pelo Brasileiro desde 2004. Num campeonato em que, dizem, o nível está dos piores, também é difícil cobrar muito. Mas que diabos? Depois de uma arrancada digna dos melhores momentos de 2008, o time esqueceu de novo como jogar? Se o motivo disso for a ausência de Hernanes, tanto pior. Significa que as opções do elenco não são das melhores.
Claro que, como foram dois reservas que decidiram o jogo, isso fica parecendo rabugice. Mas parece que o resultado veio muito mais pela sorte que pela qualidade. Vai bastar para o time se manter, pelo menos, entre os 4 primeiros?

André Dias é seleção

Não poderia deixar de comentar a nova convocação de Dunga para substituir os jogadores suspensos no duelo contra o Chile. Entre os nomes de Diego Souza, Diego Tardelli, Cleiton Xavier (que os palmeirense e atleticano do blogue comentem sobre seus jogadores) destaca-se nosso querido grosso, quer dizer, zagueiro, André Dias! Como? Como? Como? O que aconteceu enquanto eu não estava por aqui?

domingo, setembro 06, 2009

Com 3 a 1 sobre Argentina, Brasil garante vaga na Copa

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Fernando Vanucchi tinha razão: a África do Sul é logo ali.

A seleção brasileira está classificada para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, com três rodadas de antecedência. A conquista veio numa vitória sobre a Argentina em Rosário, a primeira derrota dos hermanos em seu próprio território em eliminatórias desde o revés histórico contra a Colômbia em 1993.

Que diferença do confronto com o Uruguai no Maracanã em que Romário foi convocado para exercer a função de salvador da pátria e do temor que a "possante" Venezuela gerava em 2002 – com direito a um monte de gente pedindo que Luiz Felipe Scolari convocasse Romário.

Os 3 a 1, com dois gols de Luís Fabiano e um de Luisão, mostrou um escrete canarinho aplicado, catimbeiro e oportunista. Kaká com muita vontade, Elano bem e o camisa 9 voando. Mostrou uma zaga argentina fraca, um meio de campo azul e branco com muitos momentos de síndrome de armandinho – e correria de Messi – e um ataque apagado.

A seleção bateu e apanhou em campo. Uma amostra disso é que Lúcio, Kaká, Luís Fabiano e Ramires receberam o segundo cartão amarelo nas Eliminatórias e não enfrentam o Chile, na quarta-feira, 9, em Salvador. Quem se importa?

Vale notar a aplicação de alguns jogadores, mais do que de outros. Robinho ainda não joga o que se espera dele, mas participa bem e mais. Kaká conduz o time e passou o segundo tempo inteiro marcando Verón quando o camisa 8 tinha a bola. Luís Fabiano, quando fez o primeiro gol, chamou todos os jogadores para comemorar junto. E a festa do elenco inteiro foi imensa. A maior parte de quem está lá, parece que está de verdade.

É muito diferente do que a equipe do mesmo Dunga fez contra o Paraguai em Assunção (a última derrota de Dunga com a seleção principal), contra o Equador e contra a Argentina olímpica em Pequim. E nem se compara com a de Carlos Alberto Parreira em 2006.

Dunga ganha mais moral para a Copa e o Brasil também. O favoritismo sempre significa encontrar times mais fechados, tentando neutralizar jogadas com mais afinco. O técnico vai ter que inventar mais jogadas. Pedir o Fora Dunga, agora, só vale para manter a piada ou por (saudável?) teimosia de mesa de bar. Ou, de repente, para algum argentino.


Muito mais importante é garantir outra coisa: "Fica, Maradona!" O quarto lugar na classificação não é tão terrível quanto os secadores nacionais gostariam e nada que garanta, agora, que el pibe e cia não se encontrem com Zakumi, o leopardo mascote da Copa da África do Sul. Mas é trágico o bastante.

segunda-feira, junho 15, 2009

Brasil e Egito na Copa das Confederações, o pré-jogo

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Logo mais, às 11h de Brasília, a seleção brasileira enfrenta o Egito em sua estreia na Copa das Confederações 2009. Jogando em Bloemfontein, cidade da região central da África do Sul, o time de Dunga começa na competição contra o time mais fraco tecnicamente de seu grupo. Estados Unidos e Itália serão, nessa ordem, as próximas partidas.

É o test-drive para o clima de Copa do Mundo.

Foto: Divulgação/CBF

Funcionários do hotel onde a seleção se hospeda fazem festa
para cantar parabéns a você ao aniversariante Elano


A Copa das Confederações só ganhou essa conotação a partir de 2001, quando foi realizada na Coréia e no Japão. Desde que foi criada, em 1992, foram sete edições e cinco países vencedores. Até 2005, o caneco era disputado a cada dois anos. Nas três primeiras edições, a sede foi a Arábia Saudita. Quando o Brasil faturou o título, por duas vezes, em 1997 e 2005, o fez diante da Austrália e da Argentina. A França, hegemônica em 2001 e 2003, conquistou o caneco sobre Japão e Camarões por 1 a 0.

Nesta segunda, o palco é um estádio de rugby, o segundo esporte mais popular do país, atrás do críquete (o primeiro) e na frente do futebol. Bloemfontein é a sede do poder Judiciário do país. Pretória, cidade ao norte de Joanesburgo, é onde o presidente delibera. E a Cidade do Cabo é onde vivem os parlamentares. A divisão republicana dos poderes no país inclui uma separação de dezenas ou até milhares de quilômetros.

Primeiras partidas
No domingo, 14, a seleção da casa empatou com o Iraque em 0 a 0. Foi um jogo difícil de assistir, com poucas oportunidades criadas e a certeza de que Joel Santana vei ter trabalho para não dar vexame em 2010. O Iraque correria riscos de rebaixamento no campeonato brasileiro (exagerei?).

Na segunda partida do grupo, a Nova Zelândia não viu a cor da bola nos primeiros 25 minutos do primeiro tempo, quando o placar marcava 4 a 0. Depois, era melhor ter terminado a partida, porque foi em ritmo de treino.

Brasil
Era mais ou menos isso que o torcedor gostaria que a seleção brasileira fizesse com o Egito. Claro que não é tão simples, mas o treinador brasileiro parece até já ter combinado com os representantes do país das pirâmides. Quer uma escalação dialética na primeira fase da Copa das Confederações. Vai com uma escalação titular na primeira partida, quando abre três pontos. Depois, ainda nos planos do treinador, avança com um mistão com umas quatro substituições para enfrentar os Estados Unidos. Uma síntese emerge para encontrar os campeões do mundo.

Se depender do histórico, tá fácil. O Brasil enfrentou a seleção do país de Hosni Mubarak por quatro vezes, sempre na década de 60, sempre em amistosos, sempre com vitórias verde e amarelas. Em 1960, foram três jogos em uma semana, com placares de 5 a 0, 3 a 1 e 3 a 0. Três anos depois, a vitória simples (gol de Quarentinha no Cairo) foi a última lembrança do confronto.

Vale dizer que terminar a primeira fase em primeiro lugar pode ser importante para adiar até a final o confronto com a seleção espanhola. A Fúria só tem baba pela frente e só não fica com a liderança se o pessoal preferir parar no bar no dia anterior.

Dunga anda bravo com a mídia mundial que só quer saber do futuro de Kaká no Real Madrid e com os brasileiros que nunca estão satisfeitos com o escrete canarinho (chavão) mesmo depois das vitórias sobre Peru, Uruguai e Paraguai pelas eliminatórias.

As oscilações de jogadores-chave também favorecem a posição dos céticos. Que Dunga cale-os todos – desde que não diga que "vocês" serão obrigados a engoli-lo.

quinta-feira, junho 11, 2009

De virada, Brasil assume liderança das eliminatórias para a Copa 2010

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Com gols de Nilmar e Robinho, a seleção brasileira venceu o Paraguai por 2 a 1. Foi de virada, já que Cabañas, sempre ele, abriu o placar aos 25 minutos. De falta, com desvio em Elano, parecia que o pesadelo de Assunción teria replay. Foi a terceira vitória seguida na competição, acumulando os três pontos somados diante do Peru e do Uruguai.

O paraguai foi valente, jogou bola até o final e, não fosse a boa fase da defesa canarinho, o destino da partida teria sido diferente.

Foto: CBF/Divulgação

Parece Gilberto Silva como bobinho no treino

Dunga parece ter caído nas graças da Globo. Pelo menos foi o que me pareceu ao assistir ao segundo tempo da transmissão da emissora. Galvão Bueno exaltou a campanha do treinador xará-de-anão no comando do escreve nacional. Ajuda a liderança nas elinatórias da Copa de 2010, conquistada na rodada desta quarta-feira, 10.

Daniel Alves foi bem, melhor do que Maicon, o que não quer dizer tanta coisa. No segundo tempo, uma bicicleta mal calibrada dentro da grande que quase gerou lance de perigo mostrou mais semelhanças entre o camisa 2 e Roberto Carlos. Além de jogar da Espanha, Daniel Alves também corre para a bola em cobranças de falta com o mesmo padrão de pique que o lateral-esquerdo titular nas copas de 1998 a 2006.

Kaká foi bem, correu o tempo todo. Robinho fez o gol, mas todo mundo sempre vai esperar mais. Nilmar também marcou, justificou a escalação como titular no lugar de Luís Fabiano expulso injustamente contra o Uruguai, mesmo tendo dado lugar a Pato no segundo tempo. Ramires e Kléberson também se mostraram funcionais para quando precisar recuar o time sem perder capacidade de contra-ataque.

Pode ter sido uma combinação favorável, mas o time mostrou maturidade e determinação. Não resolve, mas se, por partida, um dos que sabem da bola decidir jogar, fica mais fácil.

Enquanto isso...
A Argentina de Diego Armando Maradona e Messi perdeu de 2 a 0 para o Equador na altitude de Quito. Com Valdívia como garçom, o Chile mordeu a segunda colocação das eliminatórias do Paraguai ao golear a Bolívia por 4 a 0. Surpreendente Marcelo Bielsa. Uruguai e Venezuela empataram em 2 a 2 nas terras de Hugo Chávez. E a Colômbia venceu pelo placar mínimo o Peru no confronto andino da rodada.

Na próxima partida, em 5 de setembro, a equipe de Dunga vai à Argentina tentar provar que Maradona faria melhor papel dentro de campo que no banco. Ou como ministro de Cristina Kirchner, quem sabe?

Com 27 pontos, o Brasil precisa matematicamente de mais seis pontos para carimbar o passaporte (chavão-vão-vão), já que o quinto colocado Equador tem 20 e pode chegar a 32 se ganhar tudo. Mas cada vez menos gente banca apostas de que o ex-volante não visita o país de Nelson Mandella.

Como inserir o Fora, Dunga! nessa história?

quinta-feira, maio 21, 2009

Dunga divulga convocação da seleção para eliminatórias e Copa das Confederações

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O técnico que nove entre dez brasileiros detestam divulgou hoje a lista de convocados da Seleção Brasileira para os dois próximos jogos das Eliminatórias para a de Copa 2010 e também a Copa das Confederações. O Brasil pega o Uruguai no daí 6 de junho, no estádio Centenário, em Montevidéu, e o líder Paraguai, no estádio do Arruda, em Recife.

Veja a lista:

Goleiros
Julio Cesar – Internazionale
Gomes – Tottenham
Victor – Grêmio

Zagueiros
Alex – Chelsea
Juan – Roma
Lúcio – Bayern de Munique
Luisão – Benfica

Laterais
Maicon – Internazionale
Daniel Alves – Barcelona
Kleber – Internacional
André Santos – Corinthians

Meio-campistas
Anderson – Manchester United
Gilberto Silva – Panathinaikos
Josué – Wolfsburg
Ramires – Cruzeiro
Elano – Manchester City
Felipe Melo – Fiorentina
Júlio Baptista – Roma
Kaká – Milan

Atacantes
Alexandre Pato – Milan
Luís Fabiano – Sevilla
Nilmar – Internacional
Robinho – Manchester City


A lista de Dunga, como tudo o mais sob o sol, tem virtudes e defeitos. As novidades (Victor, André Santos, Ramires e Nilmar) são muito positivas, especialmente os jogadores de Inter e Cruzeiro. Não sei se André Santos é jogador de seleção, mas é preciso experimentar na posição. E se Kleber “Chicletinho”, que não joga bem há uns dois anos, pode, porque não o corintiano? Fora isso, se o moço já é dado a uma máscara, agora agüenta...

De negativo, vejo a presença de Gilberto Silva, volante já ultrapassado, e a falta de inovações para essa vaga mais defensiva do meio-campo. Felipe Mello e Josué fizeram alguns bons jogos, mas não empolgam. Minha outra preocupação também fica no meio campo: tirando Kaká, os outros possíveis candidatos a meias de criação são bons, mas nada de geniais. Ramires e Anderson jogam mais de segundo-volante, enquanto os ótimos Elano e Júlio Baptista, que eu queria muito no meu time, não são meus titulares dos sonhos na seleção. Porém, entendo a opção de Dunga pela segurança de jogadores que já vêm de outras convocações. Para futuros testes, talvez o Alex, que era do Inter.

Para fugir dessa falta de meias, o blogueiro parceiro Carlos Pizzato sugere um ofensivo time no 4-2-3-1 tão na moda em nosso futebol, com Kaká pelo meio, Robinho na esquerda e Nilmar na direita na linha de criação. Eu gosto da idéia, mas duvido que Dunga vá por aí.

Desfalques

O outro lado da convocação é o efeito sobre os clubes nacionais, todos disputando fases decisivas de campeonatos importantes no período dos jogos da seleção. Corinthians e Inter ficarão sem seus atletas pelo menos no segundo jogo da semifinal da Copa do Brasil, marcado para 3 de junho. Se passarem, também ficam desfalcados no primeiro jogo da final (17/6), mas poderiam contar com os jogadores no segundo, dia 3 de julho – se ninguém se machucar. Os colorados lamentam mais, pela ausência dupla (Kleber e Nilmar), enquanto o Corinthians só perde André Santos.

Grêmio e Cruzeiro ficam sem Victor e Ramires no jogo de volta das quartas da Libertadores contra Caracas e São Paulo, respectivamente (17/6). A Conmebol não divulgou as datas previstas para as semifinais e a final. O pessoal da conspiração clamou por isonomia: porque Miranda e Hernanes ficaram fora da lista justo agora?

domingo, março 29, 2009

Seleção à altura de seu técnico

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Podem falar de altitude, podem falar de dia ruim, podem falar de qualquer coisa. Mas nunca em 30 anos acompanhando a seleção brasileira (minúsculas mesmo) vi um time ser tão acuado por um adversário. 


E qua adversário era esse? A Holanda de 1974? A Argentina de Maradona? A França de Zidane? Não, era o Equador de Valencia.

Obra e criador merecem um prêmio por este ponto conquistado por uma das maiores atuações de um goleiro que vi nesse mesmo tempo de futebol.  Júlio César foi um bravo, fez milagres enquanto pôde.

O problema é ter o técnico brasileiro reduzido o futebol brasileiro à sua altura. A selecinha do anão depende de seu goleiro para não tomar de 10 do Equador. De dez, sim. Porque foram mais de vinte finalizações do time de amarelo, com quanse metade defendida pelo goleiro da Internazionale.

Tanto que o Equador, até pela cor, parecia ele sim aqueles times do Brasil que até perdiam, mas jogavam futebol. Este...

Depender de um gol de sorte, em contra-ataque de Julio Baptista, para empatar com o Equador dá a medida de onde chegamos... Fora, Dunga... Fica, Júlio César...

terça-feira, janeiro 13, 2009

Fora da lista, Dunga

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A Federação Internacional de Futebol, História e Estatística (IFFHS) soltou mais uma daquelas listas que só servem para preencher espeço da mídia esportiva nessa época sem bola e com poucas notícias.


É a dos melhores técnicos de seleções do mundo, elaborada sei lá com que critérios. O que importa para mim é que nela Dunga figura em nono. Há duas formas de ver a coisa. Pela importância da selação brasileira é absurdo nosso técnico, qualquer que seja ele, figurar numa posição tão ruim.

Por outro lado, considerando as qualidades do referido técnico, até que a posição está boa demais. Felipão, por exemplo, fica em 12º ainda que tenha sido comandante da seleção de Portugal.

Notaram que foi apenas mais uma forma de relançar a campanha "Fora, Dunga!"?. Pois ano começou, então lá vai: Fora até da lista da IFFHS, Dunga!

Segue a relação completa:

Treinador Seleção
1. Luis Aragonés/Espanha
2. Guus Hiddink/Rússia
3. Fatih Terim/Turquia
4. Sergio Batista/Argentina / Olímpica
5. Joachim Löw/Alemanha
6. Hassan Shehata/Egito
7. Fabio Capello/Inglaterra
8. Gerardo Martino/Paraguai
9. DUNGA/BRASIL
10. Marcello Lippi/Itália
11. Slaven Bilic/Croácia
12. LUIZ FELIPE SCOLARI/PORTUGAL

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quinta-feira, outubro 30, 2008

A narração do fim do mundo

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No exercício do nada pra fazer, eu e meu amigo Barão começamos a elencar as sete bestas do Apocalipse da TV brasileira. Depois de muita divergência, fechamos em Gugu Liberato, Luciano Huck, Jorge Kajuru, Amaury Júnior, Ronaldo Esper, João Kléber e Serginho Groissman (Sílvio Santos foi considerado o próprio Anticristo e Fausto Silva, Datena e Ratinho, seus serviçais). Mas, para não sermos acusados de machismo, elencamos também o time das bestas femininas: Xuxa, Hebe Camargo, Luciana Gimenez, Regina Duarte, Angélica, Ana Maria Braga e Miriam Leitão. Como sempre vai ficar muita "gente boa" de fora, de repente nos lembramos do glorioso Galvão Bueno (acima). Daí, o Barão saiu com a solução perfeita: "Bom, se o Galvão não é uma das bestas do Apocalipse, com certeza ele vai narrar o fim do mundo!". Nisso, imaginamos como seria essa transmissão:

- Olha lá, olha lá! Eu não falei? O Belzebu só marca infração contra a gente! Contra os argentinos, nada! Cadê a CBF que não toma uma providência nesse Julgamento Divino? Aquele anjo tocando trombeta estava completamente impedido! Um absurdo! Não é verdade, Arnaldo? (não, Arnaldo, não precisa responder, fica quieto!) Eu cansei de falar que nesse Juízo Final ia ter marmelada. Já começa que hospedaram a seleção no Sétimo Círculo do Inferno. Assim não dá! E pode apostar: o Dunga vai tirar o Apóstolo João! E quem vai entrar? Sim, porque tem que entrar alguém no lugar dele. No futebol, quando você faz uma substituição, tem que botar outro no lugar! Não é, Arnaldo? A regra é clara! (não, Arnaldo, fica aí, cala a boca!) Olha lá: de novo! O Cramunhão tá mal intencionado! Um inferno isso! Mas vamos a um rápido intervalo e já voltamos com a cobertura exclusiva do Apocalipse. Globo e você, todo mundo vai morrer!

quarta-feira, outubro 29, 2008

O roubo do futebol-arte e os alemães

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O meia pega a bola, avança pela intermediária. Vem o volante adversário pra dividir. Dividido fica o rival, e a bola sobra nos pés do defensor. O narrador é só elogios para o marcador. No bar, alguém, em tom saudosista e quiçá conspiratório, dispara:

– Tá loco, só tem brucutu. E esse cara ainda acha bonito: acabaram com o futebol-arte...

Robinho fazia a festa em 2002, quando o goleiro Danrlei, à época no Grêmio, avisou sobre o "risco" de "um jogador quebrar a perna dele" se os dribles continuassem. A habilidade era classificada como "antifutebol" pelo arqueiro. Até corintianos saíram em defesa de quem? Do futebol-arte.

Em setembro, quando a seleção brasileira de futebol feminino perdeu para a Alemanha, a imprensa alemã explicou: "A vitória da raça contra o futebol-arte".

Futebol-o-quê?
Eis que a mídia do país de Angela Merkel louva agora o Hoffenheim, líder e sensação da Bundesliga. Promovido da segunda divisão neste ano, o time vai bem, e o último trunfo foi atropelar por 3 a 0 o terceiro colocado Hamburgo, numa exibição (de que? De que?) de futebol-arte.

Foto: Carlosalberto.mutango.com.br
Será que o ex-gremista Carlos Eduardo (foto) tem algum papel nisso?

Deve ter corintiano se enchendo de esperança, mas que escreva depois. Minha preocupação é com esse substantivo composto empregado no título da matéria do Deutsche Welle. Na definição deles, nada de molecagem, nada de dribles: "alta velocidade e toque de bola".

O futebol-arte como símbolo brasileiro – pelo menos de 1930 até 1974, segundo Gilson Gil – é constantemente dado por morto por saudosistas de plantão. O que pode ter nascido por má-interpretação da regra tem seu abandono considerado como irremediável por pragmáticos de plantão. Neste grupo também estão os treinadores que se sucedem no comando da seleção brasileira, seja no discurso, seja na prática.

A Era Dunga, do futebol-força de Sebastião Lazaroni, foi continuada pela Era Cafu, do futebol-preparo-físico de Carlos Alberto Parreira. O processo é o de manter poucos jogadores habilidosos escalados com trombadores e muitos volantes. O que, no mínimo, reduz a lampejos as jogadas de habilidade. Antes lampejos que apagão, dirá alguém.

Se não está mais no Brasil, quem sabe tenha mesmo sido apropriado por outro país?

Bom, foi só depois de escrever tudo isso que encontrei a notícia original, em alemão, bem como a versão em inglês. Não há menção à tal arte nelas. Foi ajuste do tradutor para o português brasileiro para facilitar: é futebol bem jogado.

terça-feira, agosto 19, 2008

Argentina 3 a 0. Fora, anão

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O Brasil perdeu de 3 a 0 para a Argentina de maneira inapelável. Os hermanos foram melhores o tempo todo e ainda apelamos, com dois expulsos, Lucas e Thiago Neves.

Acabou o sonho do ouro olímpico com um futebol digno da estatura de nosso técnico. Por isso, reforça-se a campanha já lançada neste Futepoca: Fora, Dunga.

Nosso amigo argentino, Gerardo, que só aparece nessas horas, faz campanha contrária. Sua primeira mensagem foi: fica, Dunga.

Não podemos aceitar que eles também ganhem essa. Pressão no Ricardo Teixeira. Sei lá quem vai ser o próximo técnico, mas com o Dunga eu não torço mais.

Ele não é o único culpado, claro. A safra de jogadores da Argentina neste momento é melhor. Ronaldinho, a esperança, continua fora de forma. Pato , Lucas, Thiago Neves ainda devem muito antes de figurarem no primeiro time mundial.

Agora é esperar a próxima Olimpíada.

Mas dá-lhe Brasil. O ouro para o futebol vem com nossas meninas.

segunda-feira, junho 16, 2008

Fica, Dunga. Galinho 1, selecinha reserva 0!

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Parece piada, mas o time sub-20 do Galo ganhou da seleção reserva do Brasil em treinamento na Cidade do Galo, nesta segunda.

Foi 1 a 0, gol do zagueiro Leandro Falcão, pegando o rebote de uma cobrança de escanteio.

Fico devendo a escalação do Galinho, mas a seleção jogou com:

DONI
DANIEL ALVES
THIAGO SILVA
LUISÃO
KLEBER

ERNANES
ANDERSON
ELANO
J. BAPTISTA

PATO
ADRIANO


Time que qualquer um aqui gostaria de ver com a camisa da equipe para que torce.

Mas parece que o Dunga continua um Midas ao contrário.

Só de farra, na comunidade do Galo no orkut estavam sugerindo pôr o Galinho com a camisa da seleção contra a Argentina. Taí...

domingo, junho 08, 2008

Nelsinho Batista vence Luxemburgo mais uma vez. E por 2 a 0

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A troça ficou fácil.

Dos 30 jogos entre os treinadores, Nelsinho Batista ganhou 10, contra oito vitórias de Luxemburgo. Houve 13 empates. E olha que em fases de mata-mata, há empate, com três classificações para cada lado.

O Sport é um time de marcação forte. Pelo menos contra o Palmeiras. Assim a galhofa fica muito facilitada. Os 2 a 0 do mistão do Sport de Recife sobre o Palmeiras na Ilha do Retiro neste domingo teve até cantoria dos rubro-negros: "um, dois, três, o Luxa é freguês".

Que desagradável.

Pelo menos não podem dizer que o Verdão o seja, já que os paulistas têm, no histórico do confronto, duas vezes mais vitórias. Tanto no geral, quanto nos campeonatos brasileiros.

No jogo
O time da casa jogou melhor. Sem Kléber, Martinez (suspensos) e Henrique na seleção do Dunga, o time não foi bem. Valdívia e Diego Souza estiveram apagados (e o Diego pôs um chutaço na trave). Denílson e Alex Mineiro não funcionaram. É por isso que o Kléber, por mais sem-noção que seja, continua titular.

O time da camisa verde-limão-siciliano precisa jogar mais bola.

E aguentar os alvinegros paulistanos.

Mais desagradável ainda.

P.S.: As três classificações de escretes dirigidas por Nelsinho diante de times comandados por Luxemburgo não eram finais. Já os três feitos computados ao treinador dos ternos importados e gravatas amarelas em fases "mata-mata" foram finais de campeonato. Ou seja, Luxemburgo só passa do rival se as partidas valerem o título. Se for antes, Nelsinho é que se dá bem. A lista das partidas desatualizada (faltam os dois últimos e trágicos jogos deste ano) estão aqui.