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É piada velha comparar os discursos do candidato esquerdista Lula com os do companheiro presidente centrista. Mas caí em tentação e aí vai.
Em entrevista concedida em 2000 à Caros Amigos, o então eterno candidato Luiz Inácio Lula da Silva declarou:
"Não se justifica num país, por maior que seja, ter alguém com 30 mil alqueires de terra! Dois milhões de hectares de terra! Isso não tem justificativa em lugar nenhum do mundo! Só no Brasil. Porque temos um presidente covarde, que fica na dependência de contemplar uma bancada ruralista a troco de alguns votos."
Já presidente, em março deste ano, mandou essa durante um evento em Goiás:
"Os usineiros de cana, que há dez anos eram tidos como se fossem os bandidos do agronegócio neste país, estão virando heróis nacionais e mundiais, porque todo mundo está de olho no álcool. E por quê? Porque têm políticas sérias. E têm políticas sérias porque quando a gente quer ganhar o mercado externo, nós temos que ser mais sérios, porque nós temos que garantir para eles o atendimento ao suprimento."
Deixo os comentários para a galera.
O veterano Edmundo pegou dois jogos pela agressão ao Miranda no clássico contra o São Paulo, aquele em que não se jogou futebol. Alex Mineiro, do Atlético Paranaense decidiu permanecer em Curitiba, já que o clube cobriu a oferta alvi-verde.
Enquanto isso, a nação alvi-verde descobriu que o Parque Antártica vai virar Arena. Só faltam investidores para bancar US$ 120 milhões (aproximadamente R$ 240 milhões). Uma vez cumprida a simples etapa, em 30 ou 36 meses, 42 mil pessoas, dez mil a mais do que hoje, poderão se acomodar no local todo coberto para shows de música e eventos em geral (inclusive futebol). Os parceiros terão a função de pôr dinheiro e incrementar o projeto, correr atrás de outros investidores e gerenciar a multiutilidade do que for construído. O Palmeiras entra com o estádio e cede o direito de uso por 40 anos para a turma dividir o lucro. Um dos cotados é o consórcio Amsterdan Arena, que juntou gente para o estádio do Ajax, cuja atribuição seria caçar gente disposta a pôr verba.
A localização é uma das apostas: perto da Marginal Tietê e perto de casa.
Ao mesmo tempo, a cesta de atletas cada vez mais sai do papel. O projeto do diretor de Planejamento Luiz Gonzaga Belluzzo bolou, e o vice-presidente do Palmeiras, Gilberto Cipullo, explicou: não há garantias de lucro a quem decidir investir no clube. “É como uma bolsa de valores, um investimento de risco total. O Palmeiras não assegura rendimento mínimo a ninguém, mas acreditamos que dificilmente alguém perderá dinheiro, pois, até hoje, não ouvi falar em nenhum empresário que tenha ficado quebrado”, comparou.
O acionista não palpita sobre renovação ou venda dos atletas, só lucra ou toma prejuízo.
Taí a tabelinha.
Os jogadores da cesta do Palmeiras | ||
Nome | Valor | % que fica no Palmeiras |
Valdívia: | R$ 10.800.000,00 | 100% |
Diego Cavalieri: | R$ 2.700.000,00 | 100% |
Michael: | R$ 3.600.000,00 | 100% |
William: | R$ 3.600.000,00 | 90% |
Wendel: | R$ 1.800.000,00 | 60% |
Amaral: | R$ 2.700.000,00 | 50% |
David: | R$ 4.500.000,00 | 60% |
Alemão: | R$ 3.600.000,00 | 20% |
Marcelo Costa: | R$ 540.000,00 | 100% |
Martinez: | R$ 1.800.000,00 | 25% |
Francis: | R$ 1.350.000,00 | 70% |
Valmir: | R$ 720.000,00 | 60% |
Cláudio: | Sem valor definido | 60% |
Daniel: | Sem valor definido | 100% |
Samuel: | Sem valor definido | 70% |
Termina hoje a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), aqueles caras que decidem a taxa básica de juros do país. Segundo matéria do Estadão, os resultados da economia deixaram dividido o tal do mercado sobre o tamanho do corte que deverá vir, se de 0,25% ou 0,50%.
Por um lado, diz o texto, a produção industrial de abril caiu 0,1% ante março, ficando a abaixo das expectativas. O resultado sinalizaria que a recuperação da atividade econômica ainda não ameaçaria a inflação, paranóia constante dos membros do Copom. Outro dado é que a inflação acumulada em 12 meses está em torno de 3%, bem abaixo da meta de 4,5%. Sem contar a valorização do câmbio, que sofre influencia dos altos juros.
Na outra ponta, a alta de 11,5% nas vendas do varejo em março mostra uma aceleração já “exagerada” na visão de alguns economistas, o que levaria a um ritmo menor na aceleração. Segundo esse raciocínio, os cortes já realizados desde o segundo semestre de 2006 ainda não foram totalmente absorvidos pela economia, que ainda vai acelerar mais mesmo sem cortes.
E aí, quais são suas apostas para a queda? Outra pergunta: não dava pra cair mais rápido essa parada? Convido o companheiro Mercado e sua onipotência para uma cerveja no Vavá hoje a noite para explicar a decisão dos sábios. O Meirelles também pode aparecer, se quiser, mas todos sabemos que a opinião dele conta menos que a do outro convidado.
Deu na Agência Brasil. O Consórcio pelo Desenvolvimento Socioambiental da BR-163 (Condessa) protestou na terça-feira, 5, contra a paralisia do projeto para a rodovia que liga Cuiabá, capital do Mato Grosso, a Santarém, a segunda maior cidade do Pará.
O objetivo dos manifestantes ecologistas era protocolar um bolo de aniversário do projeto, lançado no dia mundial do meio ambiente de 2006. Com palhaços sobre pernas-de-pau, foram distribuídos narizes de palhaço e línguas de sogra, além de apresentar o bolo.
De chocolate com carrinhos e caminhões de brinquedo atolados, tiraram um sarro da paralisia das obras. Em biscuit (???), um boneco do presidente Lula pedia carona. O detalhamento da mão esquerda, piada de gosto questionável, não foi o motivo do fracasso da tentativa de entregar o bolo ao Protocolo do Palácio do Planalto. A segurança permitiu apenas que alguns representantes do movimento entrassen para entregar um documento em que o governo era instado a não recuar diante do projeto apresentado há um ano como modelo de gestão sustentável da Amazônia.
É só política?
Fotos: Divulgação GTA
O bolo.
Detalhe do presidente pedindo carona.
Eis a lista dos 22 convocados por Dunga para a disputa da Copa América.
Eu fiquei particularmente insatisfeita com a convocação do Josué - e do Alex Silva também, vai. Tudo que o São Paulo não precisava agora era perder seu volante por umas tantas rodadas do Brasileiro. Os santistas também devem estar loucos pro ficar sem Kléber e Zé Roberto.
Quem mais quer reclamar?
GOLEIROS
Helton (Porto-POR)
Doni (Roma-ITA)
LATERAIS
Maicon (Internazionale-ITA)
Daniel Alves (Sevilla-ESP)
Gilberto (Hertha Berlim-ALE)
Kleber (Santos)
ZAGUEIROS
Juan (Bayer Leverkusen-ALE)
Naldo (Werder Bremen-ALE)
Alex (PSV Eindhoven-HOL)
Alex Silva (São Paulo)
MEIO-CAMPO
Gilberto Silva (Arsenal-ING)
Mineiro (Hertha Berlim-ALE)
Josué (São Paulo)
Fernando (Bordeaux-FRA)
Elano (Shakhtar Donetsk-UCR)
Diego (Werder Bremen-ALE)
Zé Roberto (Santos)
Anderson (Manchester United-ING)
ATACANTES
Fred (Lyon-FRA)
Robinho (Real Madrid-ESP)
Vágner Love (CSKA Moscou-RUS)
Afonso (Heerenveen-HOL)
ReproduçãoCom título similar a um CD que só o Google encontra, quando recebi o release do livro umas cinco vezes, com remetente Carmem Age, achei que um resumo quer dizer pouco, muito pouco.
A Bíblia em Xeque é um livro de Paulo Sérgio Moura, médico cearense que passa metade de seu tempo em Fortaleza e outra metade em Castanhal, no Pará, a 77 quilômetros de Belém. Médico oftalmologista, é ateu convicto. A obra, recusada em várias editoras e rodada por conta e risco do autor em pequena tiragem, “pretende desmacarar a Bíblia”. Para ler, ele avisa, “é preciso coragem e inteligência”. Confesso que não li.
Em entrevista exclusiva ao Futepoca, ele explica seus motivos.
Dízimo
Dr. Moura poderia citar vários motivos que o levaram a escrever e dedicar anos de sua vida à pesquisa “a respeito das fraudes e excrescências do livro sagrado” do cristianismo e do judaísmo – considerado ainda pelos muçulmanos. O que ele faz questão de explicar é o lado que considera nocivo do dízimo. Como médico, conta ser freqüente ver pacientes sem dinheiro para se alimentar corretamente ou comprar medicamentos. “A gente vê pessoas humildes que sofrem uma verdadeira lavagem cerebral e são extorquidas por dízimos, essa roubalheira que existe em todas as igrejas”. Apesar de se considerar “uma gota num oceano”, pretende abrir os olhos daqueles que considera vítimas de padres e pastores.
Pontífices
Além das escrituras propriamente ditas, o autor explica que estudou a história da Igreja Católica, com especial afinco aos papas, “inclusive o atual, Bento XVI, um verdadeiro crápula”. Pelos levantamentos de dr. Moura, Joseph Ratzinger foi telegrafista do líder nazista Adolf Hitler e chefe da Opus Dei antes de ser o sumo pontífice da Igreja Católica.
Esquizofrenia
A Bíblia é um embuste “do Gênese ao Apocalipse”, e foi escrita e reescrita por diversas vezes. Um exemplo que dr. Moura tem especial satisfação em apresentar é a descoberta, quase ao acaso, a respeito de uma peculiaridade da figura de Jesus Cristo. Ele lia o Código Internacional de Doenças (CID) no verbete “Esquizofrenia”. Viu listadas 11 características, das quais bastaria o enquadramento em duas ou três para diagnosticar o doente. Pois bem, analisando a personagem bíblica de JC, o pesquisador ficou estupefato ao constatar que o personagem enquadrava-se em todas, que incluem se referir a si mesmo em terceira pessoa (como Pelé, Dadá Maravilha, Viola e outro que, provavelmente, diria que "nunca, na história da República..."), achar que os pais são pessoas importantes, ter descuido com trabalho, com higiene, comportamento ciclotímico (períodos de excitação, euforia ou hiperatividade, que alternam com outros de depressão, tristeza ou inatividade, segundo o Houaiss), além de ver coisas e ouvir vozes.
Contradições
“Todas as mentiras da Bíblia estão no livro”. Pelo Antigo Testamento, nas contas do autor, Adão, o primeiro homem, seria de cerca de 5 mil anos atrás. No entanto, os testes de Carbono-14 apontam fósseis humanos de milhões de anos. Um arqueólogo de Tel-a-Viv, capital de Israel, fez escavações e estudos que sustentam que nunca houve muralhas em Jericó. Além dos inúmeros trabalhos científicos citados, contradições são apontadas nas próprias variações dos evangelistas. “São quatro ressurreições, uma para cada evangelista”. E Moisés que desceu do monte Sinai com as tábuas dos dez mandamentos, dos quais o sexto é “não maratás”, mas assim que viu os idólatras, mandou matar os infiéis (?). Em Jeremias, Deus se tornou o primeiro infanticida registrado na história, ao mandar que as mães matassem e ingerissem seus próprios filhos. Isso sem falar na misteriosa mulher de Caim que, depois de matar o irmão Abel, encontrou uma parceira que nenhum vínculo tinha com os únicos humanos descritos até então, Adão e Eva. “De onde surgiu ela, se só havia três humanos?”
Fábrica de ateus
Apesar do boicote das editoras que procurou – das quais apenas uma admitiu que não aceitava o livro por ter muitos clientes católicos e evangélicos –, dr. Moura garante que todos que leram Bíblia em xeque se tornaram ateus convictos. É sua cruzada para acabar com a Bíblia.
Um pastor com quem ele debateu certa vez se mostrou ressabiado com sua argumentação e, no final do embate, chamou-o de lado para confessar:
— O senhor tem toda razão...
— Ora, pastor! Então, por que o senhor não repete isso no púlpito?
— Tenho família para criar, doutor...
Depois da confissão do pastor, que reforçou sua convicção, o objetivo do médico é fazer o Brasil chegar ao patamar dos países nórdicos que têm ateus respondendo por 60% da população (sempre, obviamente, segundo ele. Até o fechamento deste post, as embaixadas dos países nórdicos não responderam à reportagem). Seu próximo trabalho, A verdadeira história de Jesus, toma os Evangelhos Apócrifos como base para “mostrar a verdadeira face desse louco que era Jesus”.
Os interessados na obra podem entrar em contato pelo pmoura@linknet.com.br
Tem coisas que só a diretoria do Corinthians faz para você. Quer dizer, para nós, corintianos. Não satisfeita em trazer Vampeta de volta, aparece no Lance de hoje a possibilidade de ressuscitar Marcelinho Carioca.
Aos 36 anos, o ex-meia e dublê de comentarista não joga um partida oficial desde que deixou o Corinthians, ainda em 2006. Segundo o Lance, a idéia de seu retorno partiu de Paulo César Carpegiani, durante uma reportagem que o Pé de Anjo fez durante período de treinamentos que o time fez em Águas de Lindóia. O técnico teria elogiado Marcelinho, o Spitfire, e dito que ele ainda poderia estar jogando, citando Edmundo e outros veteranos como exemplo. Disse ainda que não tinha um cobrador de faltas tão bom quanto ele no elenco.
Marcelinho, que estava discutindo com a diretoria um jogo de despedida, teria gostado da idéia. A possibilidade é dele treinar em separado por três semanas, como está fazendo Vampeta, para ser avaliado: se estiver bem, entra no elenco. O Lance diz que o ex-craque está treinando forte fisicamente. Mas eu duvido.
Bom, mas e se for verdade? Vai ser uma bela de uma palhaçada, sem dúvida. Existe alguma chance de Marcelinho jogar de forma produtiva? Não creio nisso, mas tudo é possível, ainda mais no baixo nível técnico e que anda nosso futebol. Que ele já jogou muito, ninguém duvida, e talvez possa se adaptar para uma função mais fixa, distribuindo o jogo. Ou mais perto do ataque, correndo menos, como tentou Giovanni quando voltou ao Santos em 2005. Enfim, vai saber.
Por outro lado, a coisa é mais preocupante que o ensaio de retorno de Vampeta. O baiano pode nem entrar em campo, mas ele parece o tipo de cara que ajuda a melhorar o astral do povo. Se estiver bem, acaba sendo uma influência positiva. Já Marcelinho tem um histórico contrário. É devidamente reconhecido como um grande mau-caráter, um dos maiores do futebol recente. Sempre armou panelinhas e arrumou confusão por estrelismo. Quando jogava bola pra caramba, e ele jogava, acabava valendo a pena. Pode ser que, num elenco sem grandes nomes e prestigiado pelo técnico, ele fique na dele. Mas não acho que valha o risco.
A Carta Capital que está nas bancas é digna de atenção. Com a óbvia (mas didática) chamada de capa "A mídia faz política", a edição procura abordar os meios de comunicação como o segundo poder de fato no continente. E da aliança entre os grupos econômicos e a mídia "cria-se a capacidade de gerar a agenda política e moldar a imagem dos governantes, dos partidos políticos e das instituições". A partir do soberbo editorial de Mino Carta (foto), a publicação enfileira 17 páginas expondo as tramóias midiáticas no continente (Allende, Evo, Chávez), no Brasil (Vargas, Kubitschek, Jango, golpe de 64, Lula e, agora, Calheiros), Venezuela (golpe contra Chavez versus RCTV), Estados Unidos (imprensa pró-Bush), França (pró-Sarkozy) e Itália (pró-Berlusconi). Da primeira matéria, "Os donos da agenda", assinada por Giancarlo Summa, tirei alguns trechos que deveriam ser lidos em rede nacional de rádio e TV:
"O primeiro mandato de Lula consolidou a já sólida aliança dos donos da mídia brasileira - as 13 famílias que controlam quase tudo o que se lê, se vê e se escuta no País - e os interesses concretos do sistema financeiro."
"A dita 'grande imprensa' não consegue mais influenciar de modo determinante as orientações eleitorais da maioria da população, ainda que tenha um papel importante na orientação política de amplos setores da classe média."
"A mídia, especialmente a escrita, está cada vez mais distante da realidade do País. (...) Mas são as classes média e alta que escrevem, lêem, são fonte e notícia da mídia. Os pobres não são protagonistas, são assunto. Em geral, de polícia."
"A verdadeira força da mídia é o que os especialistas de comunicação definem como 'poder de agenda'. O que publicam os jornais e amplificam as tevês pode ter pouco impacto na orientação eleitoral da opinião pública, mas é determinante em sua percepção da sociedade em que vivem e, ainda mais, na definição da agenda do governo federal e do Congresso."
Parodiando o colega Edu: "-Exatamente!".
Segundo matéria de Luciano Borges no Blog do Boleiro, o Grêmio quer a presença do paraguaio Nicolas Leoz, que vem a ser o presidente da Confederação Sul-Americana de futebol, na Vila Belmiro amanhã. O motivo: "É importante a presença dele no estádio para testemunhar o que acontece e inibir qualquer pressão exagerada", disse Paulo Pelaipe, diretor de futebol do time gaúcho.
O árbitro da partida decisiva entre Santos e Grêmio amanhã, valendo vaga para a final da Libertadores, será um conterrâneo de Leoz, o também paraguaio Carlos Torres, que, por sua vez, parece ter interpretado como pressão de Vanderlei Luxemburgo a reclamação do treinador, que disse preferir um árbitro brasileiro para apitar o jogo.
Torres diz não se preocupar com pressões e avisa: “Existem partidas em que temos de deixar jogar. Em outras partidas, quando os jogadores entram mais forte, temos de parar mais o jogo”.
Aqui há um indicativo preocupante para a torcida santista. Parar muito o jogo é a melhor maneira de prejudicar o time que precisa de gols sem dar muito na vista. Muito, eu falei.
Praqueles que acham que uma simples bebedeira não traz conseqüências, mirem-se no exemplo de Paris Hilton. A pseudo-apresentadora-modelo-atriz e herdeira da rede de hotéis Hilton já está curtindo uma estada na prisão do condado de Los Angeles.
A loira já está trajando seu novo modelito, um uniforme laranja chiquérrimo em uma pequena, mas aconchegante, cela de 4 x 2,5 metros. Tudo porque a moça foi presa em 7 de setembro do ano passado dirigindo totalmente manguaçada. O resultado foi uma sentença que a condenou a 36 meses em liberdade condicional, que ela violou ao ser pega dirigindo sem autorização na Califórnia. Após a reincidência, três semanas de regime fechado.
E os anti-fãs da loira deitam e rolam com a desgraça dela. Uma réplica de Paris Hilton feita de cera vai ficar exposta no museu Madame Tussauds da Times Square durante todo o período em que ela estiver detida (foto). Além disso, um joguinho na internet também curte com a cara da infeliz. O The Prision Life, um trocadalho com o nome do reality show The Simple Life em que ela é uma das apresentadoras. O jogador tem que ajudar a herdeira a carimbar placas para carros e evitar a morte de Clinkerbell, o lindo cãozinho de estimação da moça. Quem quiser jogar, pode clicar aqui.
Recebemos um e-mail do Martin Curi, que apresentou um projeto interessante que vem sendo tocado desde o ano passado. Trata-se da União dos Torcedores Brasileiros (UTB), uma associação que pretende reunir torcedores que freqüentam estádios em todo o Brasil, independentemente da paixão clubística. A idéia é superar as rixas e, por conseguinte, a violência, além de, segundo ele, "proteger a cultura dos torcedores, formada historicamente e ameaçada pela criminalização do ato de torcer, pela mercantilização do espetáculo e pelo descaso das autoridades". Quem quiser saber mais é só entrar em contato com torcedores.brasil@gmail.com ou acessar http://torcedoresbrasil.blogspot.com/ .
Antônio Cruz/ABrJosé Dirceu, o brasileiro do ano de 2004 eleito pela revista IstoÉ, ex-ministro chefe da Casa Civil teve o mandato de deputado federal cassado. A revogação do mandato ocorreu por que mesmo? "Pelo que represento na história do país, da esquerda, do PT, na campanha do Lula e do governo", explicou qual disco riscado em entrevista à Folha de S.Paulo e a sem número de outros públicos e ouvidos, com variações sobre o mesmo tom, seja no depoimento na comissão de ética, seja em outras falas na imprensa. Ele não publicou livro, porque os originais foram furtados a Fernando Morais.
Quem assistiu a última Copa se lembra: durante a execução dos hinos, a seleção da Espanha era a única que ficava quieta, pelo simples motivo de que o hino de seu país não tem letra. Por conta disso, o que se via era uma cena curiosa, diferente do que estamos habituados em jogos de seleções nacionais, quando o momento do hino é algo já sagrado e que sugere ações que ocorrerão durante o jogo.
Acontece que até os espanhóis estranharam o lance. E resolveram radicalizar. Por conta do esporte, o hino da Espanha agora pode ter uma letra. É o que conta matéria publicada pelo Estado.
A matéria conta algo diferente da versão que eu conhecia da história. Diz-se ali que o hino nacional da Espanha nunca teve versos, e o que eu tinha ouvido, na época da Copa, é que havia sim uma letra que deixou de ser cantada pela grande identificação que tinha com o regime franquista. Se alguém puder esclarecer, agradeço.
Enfim, o que eu queria propor aqui era um debate. A Espanha está modificando um dos seus símbolos nacionais por conta do esporte. Imaginem se fosse no Brasil, hein? País de alienados!seria o mínimo que a intelligentsia berraria com direção aos propositores da idéia. Por isso que o Brasil não vai pra frente!, diria outro. Ficam pensando em futebol e o povão na miséria!: essa seria a voz corrente, podem apostar.
As vaias ao técnico Caio Jr. representam a volta da turma do amendoim ao noticiário. O grupo das numeradas que ocupam o Palestra Itália foram batizada a partir de seus hábitos alimentares por Luiz Felipe Scolari em sua passagem pelo clube. Mas essa ressurreição representa muito pouco diante do vexame no Palestra Itália no domigo, 3, diante do Cruzeiro. No placar de 3 a 1, de nada valem as quatro bolas na trave no segundo tempo.
Fico em dúvida para saber qual é a melhor desculpa para as derrotas em seis das 13 partidas em casa: a ansiedade da turma do amendoim expandida para as arquibancadas ou a trave. Tem também a ausência do meia chileno Valdívia, que nenhum dos atletas lembrou.
Fico com a primeira alternativa, porque há 20 dias, o momento era de aproveitar a série de jogos em casa para deslanchar. Depois, no empate com o São Paulo sem gols nem futebol há uma semana, o fator campo foi o problema, já que o Verdão jogava, segundo seus jogadores, "fora de casa". O próximo jogo, contra o Botafogo, no sábado, às 18h10, é em casa.
E pode piorar
Nesta terça-feira, 5, Edmundo vai a julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, às 17h. Ele e o meia Caio, xará do técnico, devem comparecer. A tese da defesa do advogado Luiz Roberto Castro, ouvido pela Gazeta Esportiva, é de que a agressão ao são-paulino Miranda não foi agressão. Se os juízes acharem que foi, vão dizer que não foi tão grave, apenas um ato hostil. Pra tentar amenizar a pena para um a três jogos.
Só de pensar no Palmeiras sem Edmundo nem Valdívia por alguns jogos, quero mais é torcer pro Luiz Gonzaga Belluzzo e sua turma terem alguma coisa boa para atrair os R$ 4 milhões em investimentos diretos.
Vai Belluzzo!
Corinthians e Santos foi um jogo interessante e movimentado. O Corinthians teve domínio na maior parte do primeiro tempo, quando conseguiu seu gol. Uma forte marcação na intermediária não deixava o Santos sair e tomava a bola perto do gol adversário. Quando passavam essa primeira barreira, os peixeiros paravam na zaga do Timão, em fase boa como há muito não se via.
No final da primeira etapa, Luxemburgo tirou Maldonado, machucado, e colocou Renatinho, que entrou muito bem e melhorou a saída de bola do Peixe, que terminou a etapa com duas boas chances, uma um belo (e achado) chute na forquilha de Adriano. Mas não deu tempo de continuar.
Na volta, Marcos Aurélio e Rodrigo Souto substituíram Cléber Santana e Pedrinho. O Santos continuou pressionando, ajudado pelo Corinthians, que recuou e deu espaços, tentando acertar um contra-ataque. Mas a situação se inverteu e a marcação do Peixe não deixava os corintianos saírem. Para continuar com os paralelos, novo chute de fora da área acertou a forquilha, dessa vez de Rosinei.
Carpegiani deu mais uma força ao tirar Clodoaldo e colocar Bruno Octávio, esse craque. O time recuou ainda mais e aceitou a pressão até levar o gol de empate. Depois disso, meio que acordou e equilibrou até o final. No geral, o 1 a 1 pareceu justo.E melhor pra nós, já que foi fora de casa.
O time do Corinthians está indo bem, com uma marcação forte e boa saída pro contra-ataque. E toca a bola no meio e no ataque, o que fazia tempo que eu não via. É um jogo de forte marcação e pouco talento, mas que funciona melhor quando tenta tomar a bola no na intermediária. Quando recuou, não se saiu tão bem, pelo menos nos jogos que eu vi. Mas é um estilo difícil de ser mantido durante os 90 minutos. Precisaria encontrar um ponto de equilíbrio para cadenciar mais. Enfim, se conseguir manter o ritmo e se entrosar melhor, não deverei passar muita raiva este ano.
Cito a irritante e absurdamente repetida “polêmica” sobre se o Luxemburgo deveria ou não ter escalado os titulares apenas para reclamar dos programas esportivos, que falaram disso e não do jogo ou do resultado. O problema é todo do Luxemburgo e eu não tenho nada com isso.
PS.: Curioso o post do Edu sobre as vitórias santistas. No retrospecto geral, de 287 jogos disputados, são 115 vitórias do Timão, 82 empates e 90 vitórias peixeiras. Seleção é mesmo tudo no jornalismo.
... pelo menos para o São Paulo. Depois de 4 partidas no Brasileiro, o time marcou ridículos 3 gols. Para piorar, 2 foram de pênalti. Até agora, apenas um gol saiu de bola rolando. Mas ainda esse foi uma bica de fora da área - belo gol de Jorge Wagner. Mas não houve jogada trabalhada, nem ensaiada, nada. Nota 0 para a coletividade.
No início do ano, o Aloísio entrou na péssima fase que dura até agora. Mas pelo menos no Paulista, o resto do time compensava o ataque falho. Foram 41 gols, apenas quatro a menos que o campeão Santos.
O mesmo aconteceu na Libertadores. Foram 12 gols em 8 jogos. Os artilheiros do time foram os zagueiros Alex Silva e Miranda, com dois gols cada um. Outros 8 jogadores, entre meias, laterais e, vejam só, um atacante, marcaram um gol cada.
Agora, nem isso. Só sai gol sem querer. Aloísio continua zicado e Dagoberto não desencantou. O meio tem sido burocrático, sem capacidade de criar qualquer jogada interessante, ou pelo menos efetiva. Todos os jogos têm sido péssimos.
Fica difícil explicar uma queda tão acentuada assim. Nas primeiras fases do Paulista e da Libertadores o time não foi maravilhoso, mas pelo menos resolveu. Havia um pouco de futebol passando por lá. Será que os problemas pessoais da rapaziada estão atrapalhando tanto assim?
Já ouvi de torcedores do Tricolor que a volta do Luizão, que passou uma temporada se tratando no São Paulo, seria uma boa para resolver o ataque. Ha controvérsias (não estou corroborando essa tese, ok?). Mas me parece que o problema no clube é bem mais embaixo.
ps: Não vi o lance - estou no plantão, bem longe da TV - mas me parece que o Paraná foi garfado no final do jogo contra o São Paulo. Triste.
Hoje tem Santos x Corinthians. O clássico alvinegro do estado de SP. Devo dizer a vocês que acho Santos x Corinthians o clássico mais bonito de todos.
Abaixo, o retrospecto a partir da (magnífica) Era Robinho (se houver erros, corrijam). São 13 vitórias do Santos, 2 empates e 2 vitórias do Timão. As vitórias do Santos se reduzem a 12, se eliminarmos aqueles 4 a 2 do Vila Belmiro de 2005 que o Zveiter anulou. Eu considero aquele jogo na estatística.
2002
Santos 1 x 0 (Rio-SP, Vila Belmiro)
Santos 3 x 1 (amistoso, Vila Belmiro)
Santos 4 x 2 (Brasileiro, Pacaembu)
Santos 2 x 0 (Brasileiro, Morumbi)
Santos 3 x 2 (Brasileiro, Morumbi)
2003
1 x 1 (Brasileiro, Morumbi)
Santos 3 x 1 (Brasileiro, Vila Belmiro)
2004
Santos 3 x 2 (Brasileiro, Pacaembu)
1 x 1 (Brasileiro, Vila Belmiro)
2005 (ano em que a MSI comprou o Campeonato Brasileiro)
Santos 3 x 0 (Paulista, Vila Belmiro)
Santos 4 x 2 (Brasileiro, Vila Belmiro)*
Corinthians 3 x 2 (Brasileiro, Vila)**
Corinthians 7 x 1 (Brasileiro, Pacaembu)
* jogo anulado pela CBF
** jogo remarcado pela CBF
2006
Santos 1 x 0 (Paulista, Morumbi)
Santos 2 x 0 (Brasileiro, Vila Belmiro)
Santos 3 x 0 (Brasileiro, Pacaembu)
2007
Santos 2 x 1 (Paulista, Vila Belmiro)
É minha vez de reclamar de convocação de jogadores. E nem é para a seleção principal. Chamaram o William e o Eduardo Ratinho para disputar o mundial sub-20, no Canadá. Com isso, o Corinthians pode ficar até nove partidas sem o seu principal jogador no momento.
Além disso, a Sub-17 vai tirar o garoto Lulinha, que poderia ajudar a cobrir a falta de William, fora por um mês para disputar o Pan. Logo agora que o time teve um bom começo e precisa aproveitar a boa maré para ganhar uns pontinhos e deixar a situação tranqüila por mais tempo.
O mesmo sentimento deve ter o torcedor do Inter, já em situação complicada, que vai ficar sem Alexandre Pato. E o do Grêmio, sem Lucas. E o do Atlético Mineiro, sem Tchô.
O William ainda me diz (no Uol Esporte), com todo direito do mundo, que espera que a convocação o ajude a conseguir uma chance na Europa "quando voltar ao Corinthians". O pior é que pode ajudar mesmo.
"O [presidente venezuelano, Hugo] Chávez tem que cuidar da Venezuela, eu tenho que cuidar do Brasil, o [presidente dos EUA, George] Bush tem que cuidar dos Estados Unidos e assim por diante."
A cada semana que passa, mais clara fica a diferença entre Lula e Chávez. O presidente brasileiro, um líder que tem noção do que é liderança, das responsabilidades que isso implica, da grandeza que exige. O venezuelano, um chefe de estado que até merece respeito, mas, como líder, um fanfarrão que pode estar cavando a própria sepultura sem saber, de tanta fanfarronice.
Isso me lembra A Imortalidade, de Milan Kundera: uns nascem para a imortalidade, outros para a imortalidade risível.
(a matéria da Agência Brasil que contém as aspas acima estão aqui).
Balconistas de bares em Campinas afirmam que a venda de pinga dobra nessa época do ano. No entanto, médico desaconselha a prática.
A notícia, curiosa por si só, saiu na edição de hoje do jornal Notícias Já, diário campineiro que encontrei por acaso num abanca do centro de São Paulo. O título do post é a chamada de capa, com “hic” e tudo.
A matéria tem como fonte um balconista que “garante que das 8h em diante vende pinga e conhaque sem parar”, e dois manguaças, um que diz que “toma pra aquecer” e outro que bebe “sempre fora do horário de trabalho”. Num box, um cardiologista lembra que café, chocolate quente e blusa de frio “esquentam do mesmo jeito e não fazem mal à saúde”.
O jornal resgata, como a chamada de capa já demonstra, elementos do saudoso Notícias Populares. A manchete principal é quase indecifrável: “Ônibus vai brecar folgado com leitor de dedo pra vovô”. Acima dela, outra tradição do NP, uma foto do ensaio da ex-Big Brother Siri para a Playboy. Mas os puritanos podem se acalmar: ela ainda usa umas duas ou três peças de roupa.
O mesmo vale para a moça ao lado da previsão do tempo, de biquíni, uma touca de lã e um cachecol. Outra chamada de capa para ressaltar a elegância e a concisão do periódico campineiro: “PODE?! Clodovil dá piti e é detido”.
Do portal Santista Roxo. Até que ponto chega a criatividade...
Dia 8, sexta-feira, estréia o documentário Caparaó, vencedor do É tudo verdade de 2006. Um dos personagens centrais da guerrilha que sem acontecer nos bastou, é Araken Vaz Galvão, um sargento expulso da corporação em 1964, depois do golpe militar.
Aos 71 anos, em entrevista no site da revista Fórum, concedida a Brunna Rosa, o Araken conta que havia sido preso por uma operação da Polícia Militar de Minas Gerais que desmantelou o que restava da já abortada operação de luta armada. Na prisão, a fortaleza de Santa Cruz, em Niterói, no Rio de Janeiro, o cabra ficou doente, e passou a ser levado para a Policlínica do Rio. Num desses traslados, pediu para fazer uma parada para ir ao toalete. Pararam a viatura num boteco.
O banheiro ficava nos fundos, do lado de uma porta que conduzia à rua de trás. Ele fez o que precisava, olhou para os lados, e se picou, de táxi, para o Largo do Machado (foto), na Zona Sul da capital do estado. O destino era a rua Artur Bernardes, onde ficava a embaixada do Uruguai, a três quadras dali. A opção pelo Largo tinha outro objetivo.
Araken sentou-se num boteco e tomou um chopp, depois de três "looooongos anos" encarceirado.
Alguém aí faria diferente?
Nosso companheiro Anselmo, vez por outra, costuma se referir à cerveja nossa de cada dia como "pão líquido". De fato, fuçando pela internet, fiquei sabendo que, em sumério, a palavra cerveja significa exatamente isso, pois os ingredientes para preparo da bebida e do alimento são praticamente os mesmos. Agora, um bar do bairro paulistano Pinheiros resolveu produzir literalmente o tal "pão líquido". O chef australiano Greigor Caisley se inspirou na cerveja Drake´s Golden Ale e criou um pão com o bagaço da cevada e do malte utilizado na bebida. Começo a encarar seriamente a hipótese de adotar essa dieta exclusiva quando chegar na velhice - na perspectiva mais do que otimista de que meu fígado permita que eu chegue até lá...
Ontem o Internacional perdeu por 2x1 no primeiro jogo da Recopa. Agora encara o Pachuca em casa, na semana que vem, precisando de uma vitória de 1x0 para levantar a taça.
Sou daqueles que acredita que a Recopa não tem importância alguma - ao menos quando se quer tirar sarro dos rivais que a perdem, como os não-tricolores paulistas fizeram no ano passado e os tricolores gaúchos anseiam por fazer esse ano.
A tentação - e a análise mais fácil - é dizer que o título serviria para o Inter dar um bico em sua má-fase, para dizer porque é o atual campeão do mundo, para Fernandão mostrar que ainda sabe jogar bola, para Alexandre Pato dizer que não é uma eterna promessa...
Mas eu sigo outra linha. Por seu caráter simples e amistoso, a Recopa não pode servir de parâmetro para nada. Nem nas derrotas nem nas vitórias. Caso o Internacional vença, não pode fechar os olhos para a péssima fase que tem vivido em toda a temporada; e caso perca, não deve tratar esses dois jogos como referência e pretexto para eventuais demissões e/ou dispensas.
Caso essas sejam feitas, devem levar em conta toda a temporada, e não esse mero caça-níqueis.
O Conversa Afiada esteve no seminário “Perspectivas da Economia Brasileira – Cenários para o Governo Lula”, organizado pela Consultoria Tendências, nesta quinta-feira, em São Paulo. Conta o site que o ex-ministro Maílson da Nóbrega – aquele que, ao deixar o Ministério da Fazenda, em 1990 deixou o país com uma inflaçãozinha de 2.751% segundo a nem sempre confiável Wikipédia –, analista político e um dos fundadores da consultoria, vaticinou: Lula tem 70% de chances de eleger seu sucessor. Para que isso ocorra, Lula dependeria de três fatores: manter o modelo econômico; que não aconteça um “apagão” de energia; e que seu candidato não seja do PT.
Farei agora uma confissão: trabalhei na referida consultoria, como revisor de textos, meu primeiro emprego mais próximo da área jornalística. Em minha defesa, digo que precisava pagar a passagem e os xerox da faculdade. Isto colocado, lembro de uma análise de Mailson, em 2002, seobre uma notícia que dizia que Lula poderia não concorrer nas eleições daquele ano. O economista concluía o texto dizendo ter duas certezas sobre 2002: que Lula disputaria as eleições e que seria novamente derrotado. Taxa de acerto de 50%.
Com essas informações, arrisco algumas interpretações sobre a previsão do dr. Maílson:
Lula não vai eleger o sucessor
Lula elege o sucessor e ele é do PT
O modelo econômico vai mudar em breve e será responsável pela eleição do sucessor de Lula
Teremos um apagão na área de energia e Lula ainda assim elege um sucessor de outro partido
Alguém arrisca outros palpites?
PS.: Ainda segundo o Conversa Afiada, o ex-ministro está muito confiante no páis, confiança que pode ser demonstrada pela anedota que segue: “Encontram-se no bar do Hotel Four Seasons, em Nova York, quatro empresários: três argentinos e um brasileiro. Depois da primeira rodada de champagne, diz um argentino: ‘Fiquei rico, mas tão rico, que decidi comprar a General Motors’. Outra rodada de champagne e diz outro empresário argentino. ‘Fiquei milionário. Mas, tão milionário, que decidi comprar o Citibank’. Terceira rodada de champagne, e diz o terceiro argentino: ‘Eu me tornei um magnata. Por isso, vou comprar a Microsoft’. Quarta rodada de champagne, e diz o brasileiro: ‘Pois, eu não vendo !’ ”
Pergunto: Seria a alegria de Maílson motivo suficiente para ir para a oposição?
Curiosa essa história do Serra com as universidades. Aqui na frente de casa, no Butantã, vi a passeata que estudantes, funcionários e professores de diversas universidades (vi faixas da USP, Unicamp e Unesp) fizeram até o Palácio dos Bandeirantes.
No mesmo dia, Serra, anunciou uma modificação no texto dos decretos para, segundo ele, deixlos mais claros e eliminar a interpretação, incorreta, de que eles ameaçariam a autonomia universitária. Eu, particularmente, não li os decretos, e não tenho como avaliar as intenções do excelentíssimo governador (frisando que, em geral, discordo dele). Mas achei interessantes as abordagens da imprensa a respeito.
No Uol Educação, eu vi e mostrei para um amigo um texto cujo título era algo como “Após negociar com reitores, Serra 'edita' decreto”. Dessa forma, não seria um recuo de Serra, uma derrota imposta pelas manifestações de estudantes e funcionários, mas uma “edição” no sentido jornalístico de modificação sem alteração de sentido. Deixa claro também que se trata de um acordo com os reitores das universidades, com a intelligentsia, coisa de homens de bem. Não fruto da baderna feita por um bando de “depredadores de prédios públicos”, como denominou a revista Veja, citada pelo Centro de Mídia Independente.
Agora, o Uol Educação tem esse texto no ar, menos desequilibrado, com horário semelhante ao que eu tinha visto antes. O sempre citado Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim, deu o seguinte título à matéria sobre o recuo de Serra: Estudantes ganham e Serra volta atrás. Eu fico com este.
PS: A matéria da Veja merece uma olhadela. Cito o abre, novamente tirado do CMI, e deixo os comentários para os leitores:
No caminho certo
O governador Serra enfrenta o atraso que ainda reina na USP
Camila Pereira
O obscurantismo abomina o conhecimento. A queima de livros durante a Inquisição, a depredação, no ano passado, de um centro de pesquisas da companhia Aracruz por uma horda de 2 000 militantes teleguiada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Os exemplos atravessam eras e continentes. O obscurantismo pode tornar-se pior quando combinado com a praga do corporativismo. Foi o que ocorreu no último dia 3 na Universidade de São Paulo, a maior instituição de ensino superior e pesquisa do país. Um bando de 300 alunos invadiu o prédio da reitoria, depredou suas dependências e ocupou o gabinete da reitora Suely Vilela. Os manifestantes passaram a usar internet e telefone livremente para divulgar seu protesto, que, na última sexta-feira, já durava uma semana. Qual é a razão para tanto vandalismo? Entre reivindicações oportunistas, como a melhor conservação dos prédios da universidade, os depredadores de prédios públicos querem impedir que o governador José Serra exija mais transparência dos gastos das três universidades estaduais - além da USP, a Unesp e a Unicamp.
Ainda bem que os blogueiros futepoquenses não são igual à grande mídia paulistana, que só fala do próprio umbigo, né santistas?
Mas vamos lá, vi pedaços do jogo e apenas os gols, então vou fugir dos comentários sobre o jogo e ficar com a constatação do resultado da primeira partida das finais da Copa do Brasil.
Com esse 1 a 1, o próximo jogo, decisivo, será duro de assistir. É que o Renato, técnico tricolor, mesmo precisando marcar gols, deve fazer igual à partida contra o Bahia. Se segura e tenta um contra-ataque qualquer dentro dos 90 minutos.
O Mário Sérgio, que não é muito chegado em atacar, deve armar outra retrancona porque o 0 a 0 o favorece.
Engraçado como dois grandes atacantes se tornaram técnicos retranqueiros (mas alguém já escreveu isso)...
Tudo pode ser diferente, claro, mas a expectativa não é das melhores para quem for assistir à partida.
Independentemente disso, que tá com cara que o Flu vai repetir o vexame na Copa do Brasil contra o Paulista, isso tá.
Crônica impagável de Amanda Xamuska, do blog etílico Amanda na Mesa F.C.:
Como todos nós sabemos o coração do Tenente num anda muito bom, mas a situação piorou com a participação do Santos nas últimas fases da Libertadores. Para não repetir o jogo inteiro como fiz no post sobre o jogo contra dos mexicanos irei apenas reproduzir os dois gols gremistas:
1º) Diego Souza gira em cima de Ávalos e cai dentro da grande área. Pênalti duvidoso para os anfitriões.
- Vai toma no cu, seu filho da puta! Tinha que ser um merda de um argentino esse juiz. Passaram a mão de novo no Santos. Num dá para acreditar... maldito! Vai se fudê!
Tcheco bate bem, no canto direito, e abre o marcador. Gooool!- Tá vendo! Vai toma no cu! No cu, vocês estão me ouvindo.O coração do Tenente começa a dar sinais de que vai ter que ser substituído antes dos 90 min.
2º) Carlos Eduardo rouba bola de Adaílton, avança sem marcação e toca rasteiro na saída de Fábio Costa para fazer o segundo.
- Aline! Pega meu remédio, eu tô sem ar! Filho da puta! Tava fazendo o que ai atrás brincando com a bola? O que? O que? Num aguento mais corinthiano no meu time, filho da puta!
Risos ecoam da cozinha.
- E vocês ai parem de rir da minha cara, sou palhaço agora??? Aline! Cadê meu remédio, porra! Corinthiano é tudo desgraçado mesmo, pelo menos aqui em casa num tem São Paulino, num me faltava mais nada.
Após o término do jogo o braço do Tenente começou a doer e fomos obrigados a parar no pronto-socorro. Mais uma vez ele continua vivo, nada grave! Porém, mais uma vez ele está de licença médica por tempo indeterminada por causa de um jogo do Santos.
Me parece que neste primeiro jogo da semifinal brasileira da Libertadores o Santos não teve pegada, demorou um pouco pra se dar conta de que tinha o Grêmio pela frente. Grêmio que joga um futebol mais pra Uruguai do que pra Argentina. Um futebol feio, mas valoroso. Com o perdão dos companheiros são-paulinos do Futepoca, um futebol viril, mas menos violento do que o do São Paulo do primeiro semestre.
Apesar do dito acima, o Santos começou muito bem, tocando a bola com muita categoria, de pé em pé sem parar, e ameaçando muito, com o jogo de certa maneira na mão, mas tomou dois gols bobos em dois minutos. Desconsiderando o primeiro, o segundo gol foi o tipo lamentável de se tomar numa semifinal de Libertadores. Lembrou o gol que o Pereira entregou na Vila Belmiro ao Once Caldas em 2004.
Tem que se registrar que o Santos fez pouquíssimas faltas (só umas três no primeiro tempo, mais ou menos, pelo que lembro -- corrijam, se for o caso). Apesar disso (ironia!), infelizmente o Grêmio fez o primeiro gol num pênalti... que eu não daria: o Diego (se não me engano) agarrou o calção do Ávalos, foi literalmente tombando sobre o zagueiro, que ingenuamente o agarrou, e caíram juntos. O juiz deu o pênalti, mas eu não diria que roubou, porque na posição em que estava deve mesmo ter visto a falta. O Antonio Carlos não teria feito esse pênalti.
O Luxemburgo se precipitou ao colocar o Pedrinho. Cléber Santana, surpresa, deixou a desejar e Moraes demonstrou que merece um lugar no segundo jogo. Vanderlei deve ter se arrependido de jogar com dois zagueiros. Se fosse esse o esquema, teria de ter jogado com um jogador menos pesado do que o Ávalos, o Marcelo. O rápido Carlos Eduardo junto com o lateral esquerdo Lúcio (quem diria!) quase eliminam o Santos.
Mas ainda não eliminaram. Se na volta o Santos fizer 1 a 0 mais ou menos logo, ou ainda no primeiro tempo, a história pode se repetir. Vai ser difícil. Vai vingar o time da virada na Vila ou a raça gaúcha vai prevalecer? Façam suas apostas!
99: Palmeiras bateu grandes timesEscrevo este inspirado pela justificadíssima bronca do Anselmo. Outro dia, um amigo e eu discutíamos sobre isso: não adianta reclamar de tabela e de regulamento. Campeão de Libertadores tem que ganhar de bichos-papões. Também por isso, o duelo de hoje no Olímpico (e da quarta que vem na Vila) tem mais sabor. É Grêmio x Santos! Se um deles for campeão, poderá se orgulhar de ter batido um bicho-papão pra torcedor nenhum botar defeito.
Tive a curiosidade de pesquisar o percurso dos últimos três brasileiros que foram campeões do torneio continental, Palmeiras (1999), São Paulo (2005) e Inter (2006).
A conclusão fica com leitores e companheiros sobre qual desses campeões precisou de mais gás.
Para mim, a trajetória do Palmeiras de Felipão foi a mais difícil e heróica, já que pegou na seqüência o ótimo Vasco de 1999, o melhor ainda Corinthians daquele ano, o River Plate e o Deportivo Cáli (este serviu para amenizar um pouco as dificuldades).
Mas as campanhas, a partir das oitavas-de-final, foram as seguintes:
Palmeiras campeão de 1999
Oitavas
Palmeiras 1 X 1 Vasco
Vasco 2 X 4 Palmeiras
Quartas
Palmeiras 2 X 0 Corinthians
Corinthians 2 X 0 Palmeiras *
*Palmeiras 4 a 2 nos pênaltis
semifinais
River Plate (ARG) 1 X 0 Palmeiras
Palmeiras 3 X 0 River Plate
Final
Deportivo Cáli 1 x 0 Palmeiras
Palmeiras 2 x 1 Deportivo Cáli*
*Palmeiras 4 x 3 nos pênaltis
São Paulo campeão de 2005
Oitavas
Palmeiras 0 x 1 São Paulo
São Paulo 2 x 0 Palmeiras
Quartas
São Paulo 4 x 0 Tigres (MEX)
Tigres 2 x 1 São Paulo
Semi
São Paulo 2 x 0 River Plate (ARG)
River Plate 2 x 3 São Paulo
Final
Atlético-PR 1 x 1 São Paulo
São Paulo 4 x 0 Atlético-PR
Parece ciuminho. E é. O ex-Ferrari Eddie Irvine, aquele-que-
poderia-ter-tirado-o-time-da-fila-com-seu-companheiro-
Schumacher-fora-de-combate-mas-não-teve-competência, atacou o atual piloto da equipe. Kimi Raikonnen. O irlandês (sim, o segundo país que mais bebe no mundo, só perdendo pra quase fantasma Luxemburgo) criticou os hábitos etílicos do... hã... "colega".
"Não sei o que está rolando, mas ele precisa começar a fazer o que precisa ou parar de beber, pois se ele não está vencendo, não poderia estar bebendo", cutucou o mangua... quer dizer, festeiro ex-piloto, que se tornou famoso por ter tomado um sopapo do angelical Ayrton Senna. Procurado pela reportagem do Futepoca, o finlandês Kimi Raikonnen não foi achado, nem mesmo no bar do Vavá.
Mas se o cara não tá ganhando, não é um bom motivo pra beber? já pensou aguentar o frio da Finlândia sem um mézis? Seja mais tolerante, Irvine...
PS: o crítico irlandês correu quatro anos pela Ferrari e conseguiu quatro vitórias, menos da metade do ex-companheiro de jordan Rubens Barrichello.
A omissão do Futepoca sobre as partidas decisivas na Copa do Brasil (final) e Libertadores (semi-final) é lamentável. O retrospecto recente recomenda observar o trio de arbitragem. Sérgio Pezotta, o argentino que terá o apito em mãos no estádio Olímpico, já esteve com o Grêmio na Libertadores, na partida contra o Cerro Porteño, e errou contra o time gaúcho. Há um ano, em maio de 2006, o cara estava em uma berlinda digna de Ana Paula de Oliveira. O Clarín deu graças aos céus quando a federação argentina o suspendeu. No jogo polêmico, entre Boca Juniors e Vélez que acabou aos 44 do primeiro tempo por falta de segurança, o assitente era Juan Carlos Rebollo, o assistente escalado para a semi-final brazuca da Libertadores, tomou pedrada. | Foto: Divulgação, Ana Paula Oliveira ![]() Ana Paula Oliveira, na geladeira, sempre traz a arbitragem para a pauta. |
Venho de uma entrevista, há pouco, com o volante de origem/ lateral improvisado Dionísio, revelação do Santos FC. Ele é de Santo André, mas nasceu em São Bernardo. Vamos publicar uma matéria no ABCD Maior, mas seleciono aqui, de antemão, um trechinho da conversa para o Futepoca. Perguntei a ele como foi estrear como profissional, aos 19 anos, em um Santos x Corinthians na Vila Belmiro - em 29 de março deste ano, pelo Campeonato Paulista, 2 a 1 para o Peixe (na foto, Dionísio em lance desse jogo). Só para a gente imaginar como deve ter sido essa estréia para ele, cometo uma inconfidência: o atleta não admite, mas me entregaram que é santista de infância. Segue o papo:
Dionísio - Quando eu fui relacionado pro banco, já tava alegre (risos). Já tava feliz pra caramba. Até quando eu vi que o Tonhão (Antônio Carlos) machucou, só tinha eu de volante no banco, o resto era tudo meia-atacante. O professor (Vanderlei Luxemburgo) me chamou e só falou pra eu jogar tranqüilo, do jeito que eu vinha treinando. O professor Vanderlei falou pra mim não se cagá (sic): "-Não se caga não, garoto!" (risos). Eu entrei, joguei, fui bem graças a Deus. A Vila tava toda lotada. No começo, quando entra, dá um frio na barriga, mas depois passa. No futebol, você esquece tudo que tá de fora.
E foi assim, no susto. Dionísio entrou depois dos 30 do segundo tempo e ainda teve tempo de levar uma entrada do zagueiro corintiano Gustavo, que foi expulso no lance. Depois desse batismo de fogo, a maior sinuca de bico para o garoto foi a atuação improvisada como lateral-direito contra o Caracas, na Venezuela, pela Libertadores. Num choque casual, o adversário caiu gritando e o juiz puxou o amarelo. Como já tinha levado um no jogo, foi pro chuveiro mais cedo. "O Luxemburgo viu que não foi falta e não me deu bronca. Ele até brincou, mais tarde, que fui eu quem dei moral pro time ser campeão paulista alguns dias depois, porque, jogando com um a menos numa oitava-de-final da Libertadores, fora da Vila, e o time quase conseguiu ganhar, isso deu muita força", diverte-se o "motivador" Dionísio.
Na foto abaixo, Vavá (o anfitrião de todas as vavazadas) e o personagem da noite de 25 de maio, o Mauro Beting, no encontro noturno. Olavo, com olhar perdido, degusta a cerveja (fotos de Carmem Machado).
Marcão, Vavá, Mauro e Olavo (sentido horário), em momento de descontração, como aliás foi a tônica do encontro.
Saiu hoje na coluna Em off, assinada por Luiz Antônio Prósperi e Cosme Rímoli, no Jornal da Tarde:
Desde março que eu não provava uma caninha diferente para registrar, o que explica a completa ausência do assunto aqui. Quem me presenteou com uma garrafa de Feitiço Mineiro, na versão ouro, amarelada, foi o Maretti, em setembro. Como o pessoal é criativo (presente de manguaça é cachaça, difícil ou fácil?), foram umas três marcas diferentes (1 e 2).
A Feitiço Mineiro, da Engarrafadora Sul Mineira, de Arceburgo, é estandardizada, quer dizer, é alambicada por vários produtores diferentes, mas quem dá o padrão, engarrafa, rotula e vende é uma empresa só. Isso não é demérito, só barateia a que passarinho não bebe na prateleira.
É relativamente leve (43º G.L) e desce bem. Na página, eles falam que o goró é envelhecido em tonéis de carvalho ou amendoim. Eu, que não sou nenhum especilista, embora não possa negar ser um cachaceiro – o que bebe, não o que produz – só percebi o gosto característico das que dormem em recipientes de carvalho. Segundo consta, os tonéis de amendoim interferem pouco no sabor, mas eu precisaria investigar mais, no bar. Consta na embalagem, razoavelmente sem graça para os padrões das januárias artesanais, a bidestilação e a tripla filtragem.
O mais curioso foi descobrir na página da fazenda uma enquete sobre o melhor da chambira deles. Entre as opções, além de paladar suave, embalagem, envelhecimento, bidestilação, está lá: o dia seguinte.
Fico com a última.
O blog do Rovai citou, no dia 26, um texto da Zero Hora denominado "Para o seu filho ler". A obra em questão tenta explicar de maneira didática aos fedelhos a situação dos impostos no Brasil. Sugere que "o papai poderia comprar mais roupas, comida e dinheiro" se não precisasse destinar grande parte do seu tutu ao vilão chamado governo.
O Rovai critica a apologia ao estado mínimo que o texto sugere. Mas eu vou além e vejo outro demérito dos mais sérios no publicado. Acho bem, bem perigosa essa tendência que os brasileiros cada vez mais gostam de mostrar nos últimos anos - a escolha por vilões grandes e impessoais como os causadores dos males da sociedade.
E lá vai a criança influenciada pelo texto passar a criticar os anônimos "impostos" - da mesma forma como ela já vomita chavões contra os também inomináveis "políticos", "marginais" e se proclama um também sem-rosto "cidadão de bem". Segue assim a situação.
Quem achou que países como Bolívia e Equador fossem assistir de camarote à proibição da Fifa em realizar partidas internacionais em altitudes acima de 2500 metros, como relatado em post do Futepoca, se enganou e muito. As reações começaram e não é impossível que a entidade máxima do futebol reveja sua decisão.
O presidente boliviano Evo Morales (foto) já invocou a união dos países prejudicados pela medida (Colômbia, Equador e Peru). “Vamos consultar os países e cidades afetadas pela resolução da Fifa para assumir uma posição, possivelmente convocando uma reunião aqui, em La Paz”, revelou Morales, segundo relato da Gazeta Esportiva, após reunião de emergência com autoridades esportivas de seu país.
O diário La Razón não hesita em apontar o culpado pela decisão da Fifa: o Brasil. Segundo o jornal, "o grande pecado" da Bolívia foi ter vencido o Brasil em 1993 nas eliminatórias para a Copa do Mundo, primeira derrota verde-amarela no torneio. Isso teria motivado uma decisão similar à de agora em 1997, revertida por conta, segundo o veículo, de um lobby comandado pelo presidente francês Jacques Chirac. Já na decisão atual, as queixas do Flamengo foram citadas como determinantes para a resolução.
Já o jornal equatoriano Hoy destaca que, de acordo com o presidente da Federação Colombiana de Futebol, Luís Bedoya, caso a Confederação Sulamericana de Futebol (Conmebol) queira solicitar uma revisão à Fifa, a entidade pode voltar atrás. A decisão da confederação só seria tomada em 15 de junho, em uma reunião com os presidentes de todas as federações do continente.
Além dos países atingidos pela decisão, Carlos Chávez, presidente da Federação Boliviana de Futebol, assegura que Chile e Uruguai também são contra a decisão da Fifa que prejudicaria a "universalidade" almejada pelos senhores de Zurique. Embora haja clara diferença entre jogar a nível do mar e na altitude, os dirigentes afirmam que outros fatores, como calor excessivo em determinados locais, seriam mais determinantes. Além disso, a falta de transparência da Fifa em explicar o que dizem os tais "relatos médicos" também colocam em xeque a proibição.