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Maria Inês Nassif, no Valor, já comparou o caso com o escândalo das tapiocas, aquele em que um ministro foi acusado de cometer o crime de pagar a iguaria com um cartão corporativo.
Maria Inês Nassif, no Valor, já comparou o caso com o escândalo das tapiocas, aquele em que um ministro foi acusado de cometer o crime de pagar a iguaria com um cartão corporativo.
O torcedor do Inter tem razão de sobra pra estar puto da vida com essa derrota por 2 a 1. Primeiro, porque o Corinthians jogou melhor, em pleno Beira Rio, e cheio de desfalques, entre os quais os titulares incontestáveis Felipe, William e Ronaldo. Pressionou mais, chutou mais a gol e teve agilidade em contra-ataques. Dentinho e Jorge Henrique fizeram boa partida, Elias voltou a encontrar seu futebol, distribuindo bem as bolas no meio-campo e Chicão também comandou bem a defesa, ao lado de reservas ou de jogadores improvisados.
Mas a outra razão que os colorados têm para praguejar é que o jogo foi decidido por três erros de arbitragem que favoreceram o Corinthians. Os dois gols do Timão tinham situação de impedimento e ainda houve uma trombada do Moradei no Andrezinho dentro da área que para mim foi pênalti claro - apesar de o Marsiglia, comentarista de arbitragem da Globo, ter visto ali um choque normal de jogo. No primeiro gol, o Dentinho toca de cabeça e Chicão, impedido, desviou, a bola pega na trave, cria-se um deus-nos-acuda na linha do gol e o próprio Chicão conclui (mas o juiz atribui a Jean, em mais um erro...). No segundo gol, quando Elias dá seu genial passe ao Jadson na ponta direita, Jorge Henrique já estava em posição de impedimento, embora neste momento ainda não participasse do lance. Ele então se recoloca em boa posição, mas no momento do cruzamento do Jadson ele está um pouquinho à frente do zagueiro. Tudo isso acontece muito rápido, o que tornaria compreensível o erro do bandeira.
Se o Corinthians tem um mérito, foi o de jogar pra frente fora de casa, o que bagunçou a marcação do adversário, que provavelmente esperava um time recuado. Mano Menezes desobstruiu o meio-campo, o que fez que Elias voltasse a jogar bem e o ataque voltasse a ter mais velocidade. Apesar de que o Elias tinha que saber que ele não sabe chutar, principalmente de fora da área. O negócio dele é o passe. Já o Jucilei, depois desta segunda partida na lateral, acho que já dá pra ver que a posição dele não é mesmo essa. Mesmo sendo um bom marcador por ali, tem dificuldade de sair verticalmente pelo setor, acaba sempre puxando pro meio, o que atrapalha a funcionalidade do esquema tático. Tenho medo que comecem a achar que ele é o novo Wilson Mano, que tapa buraco em qualquer posição... Pode abafar o talento do garoto.
Com o atual elenco do Corinthians, eu jogaria com três volantes (não que eu seja a favor desse esquema, é a força das circunstâncias...): Edu na cabeça de área, como primeiro volante, Elias pela direita e Jucilei pela esquerda (um 4-3-2-1, tendo Dentinho e Jorge Henrique como meias-atacantes e Ronaldo na área). Esses três volantes tocam bem a bola e marcam bem, mas Elias e Jucilei têm mais velocidade e vontade de avançar, além de conduzirem bem a bola.
Quem ainda não mostrou a que veio é o Morais. Com o time completo, a grande falha do Timão ainda é a meia. Há que observar esse Jadson, que entrou bem no lugar do Morais - na verdade, cruzou para o gol de Jorge Henrique e ainda não dá para dizer muito sobre ele. Mas a meia é uma posição difícil de entregar a um menino. São raros os casos em que isso dá certo. De memória, só lembro do Diego no Santos de 2002.
Há tempo para arrumar a casa até o ano que vem, que é quando a coisa realmente interessa para nós... a não ser que voltemos a disputar as primeiras posições, o que seria muito surpreendente e indicaria mais uma vez que os times estão mesmo nivelados por baixo. Por enquanto, a única coisa que estamos conseguindo é ajudar o São Paulo a subir na tabela: empate com o Avaí e derrota para o Náutico, depois vitória sobre o Atlético Mineiro e o Inter.
A primeira derrota de Muricy Ramalho no comando do Palmeiras foi para o Coritiba por 1 a 0. Os paranaenses saem da zona de rebaixamento enquanto o ainda líder do campeonato cria possibilidades de terminar a rodada fora da ponta da tabela.
Depois de três empates consecutivos e uma derrota, três times podem faturar a liderança. O Goiás joga nesta quinta-feira e pode terminar a rodada na ponta. O próprio Inter que, apesar da derrota para o Corinthians em Porto Alegre, continua com dois jogos a menos a quatro pontos de distância. Até o Atlético-MG pode chegar lá se faturar as partidas que tem a menos. O São Paulo, que dorme na vice-liderança, está apenas um ponto atrás.
O Verdão se atrapalhou. E tem dois jogos decisivos nas próximas duas rodadas, contra o Colorado e o São Paulo.
O gol da vitória do Coritiba saiu aos 45 do segundo tempo, de pênalti. O lance decisivo gerou a expulsão de Marcão, que se enroscou com o ex-palmeirense Thiago Gentil de forma desnecessária, e o árbitro marcou o pênalti. Poderia ter marcado falta do atacante antes, mas só viu o estrago do zagueiro dos visitantes. Nem dá para reclamar.
Foram quatro cartões vermelhos e dez amarelos na partida. Além de Marcão, Pierre foi embora ainda no primeiro tempo. Leandro Donizete e Pereira do Coritiba foram os expulsos. A arbitragem conseguiu se complicar.
Diego Souza foi a principal ausência do Palmeiras. Wendel, Marcos e Edmilson tampouco jogaram, e o time ficou dependente da capacidade de criação de Cleiton Xavier, Souza e Armero. Não foi suficiente para mais do que alguns minutos de domínio da partida no segundo tempo.
Faltaram opções táticas e velocidade nos contra-ataques, movimentação de Obina e gente perto de Cleiton Xavier perto da área para criar jogadas.
É melhor melhorar.
A partir desta quinta-feira, 20, até domingo, 23, a cidade de Paraty (RJ) coloca no centro das atenções a cachaça. Aliás, a pinga. O 27º Festival da Pinga e Produtos Típicos Caiçaras aposta em apresentações musicais, comidas de tropeiro e frutos do mar além, é claro, na marvada. Sete alambiques da cidade de portas abertas à visitação.
Ao que consta, a turma considera que o que eles fazem por lá sempre foi pinga, e não cachaça. Na prática, o destilado da cana (do mosto ou da garapa) é classificado como cachaça até por uma questão de comércio internacional, para se diferenciar do rum e outros tipos de aguardente da cana-de-açúcar. Vale registrar que há outras exigências, como o teor alcoólico compatível (de 38º a 54º G.L.) e níveis de impureza. Mas isso é detalhe.
A chambirra é, segundo os organizadores do festival, o primeiro produto de exportação no Brasil a desbancar os similares europeus. Claro que o açúcar não entra na conta. No final do século XVII, a cidade no litoral sul do Rio de Janeiro contava 160 engenhos da que matou o guarda.
Foto: Divulgação/Prefeitura ParatyO evento promete esquentar a cidade, mas esquentar por dentro. Os sete alambiques que comercializam a bebida com rótulo próprio participam do evento. São Maria Izabel, Coqueiro, Corisco, Vamos Nessa, Itatinga, Maré Alta, Murycana e Fim de Século. Outros estabelecimentos têm seus produtos sem marca própria (aqui a lista da prefeitura).
Faz tempo que tomei a Coqueiro e a Corisco, de modo que não me lembro de muitos detalhes para um momento do mé como seria de direito.
Quem frequenta estádios brasileiros, como este que vos fala, tem uma rotina irritante de reclamações. Dos preços dos ingressos às acomodações dos torcedores, a constatação que fica é uma só: o torcedor é mal tratado no Brasil.
Mas não fiquemos repetindo o óbvio, não farei um post para dizer o que todo mundo já sabe. Queria dar à discussão um outro prisma.
E, para que cheguemos lá, é preciso partir da seguinte realidade: a situação hoje é feia, mas já foi pior, bem pior. Times como Santos, Cruzeiro e tantos outros têm adotado bem-sucedidos programas de sócio torcedor, em que um cartão magnético dá ao interessado entrada direta no estádio, sem a necessidade de se acotovelar nas filas por ingressos. A venda por internet engatinha, mas já é mais satisfatória do que foi há alguns anos. E dentro dos estádios a acomodação evolui. A Vila Belmiro já tem quase que a totalidade de suas arquibancadas com confortáveis cadeiras, procedimento que se repete em palcos como o Mineirão, cuja foto ilustra o post.
A escola de samba paulistana Vai-Vai aposta na Copa de 2010, na África do Sul para vencer o carnaval do ano que vem. Em entrevista exclusiva ao Futepoca, Thobias da Vai-Vai, presidente da agremiação, promete homenagem a Pelé, além da celebração da chegada do maior evento do futebol mundial ao continente africano.
O tema foi escolhido por "uma feliz coincidência", o fato de tanto a escola quanto a competição concebida por Jules Rimet completarem 80 anos em 2010. De preto e branco, os representantes do Bixiga contam com a "consultoria" de Orlando Duarte, jornalista esportivo autor da enciclopédia das copas.
Alguém pode dizer que para fazer samba-enredo nem precisaria de tanta precisão nas informações, mas nem só de "celebração", aos vivas ao rei do futebol e de recorrer à "africanidade" se faz uma composição.
A escolha do samba-enredo deve acontecer em setembro, com eliminatórias semanais, sempre aos domingos. Até lá, a comissão de carnaval da escola vai escolher a melhor entre seis composição que ainda participam da disputa. Outras 12 já foram descartadas (a lista completa pode ser ouvida aqui).Em 2009, com uma crítica à situação da saúde pública, a escola não conseguiu o bicampeonato, ficou atrás da Mocidade Alegre. Para 2010, além do jornalista esportivo, a Vai-Vai também conta com Carlinhos de Jesus na comissão de frente.
Confira os principais trechos da entrevista:
Futepoca – Por que a escolha da história das Copas como tema do samba-enredo?
Thobias – O motivo é a feliz coincidência de a Vai-Vai e a Copa do mundo completarem 80 anos juntas. E vamos ressaltar um detalhe: em 2010, a Copa vai ser sediada finalmente num país africano.
Futepoca – Do que o samba-enredo vai falar?
Thobias – Das origens do samba, da nossa cultura que valoriza o samba, do futebol pentacampeão mundial. E do Rei Pelé. Ele vai ser homenageado como o rei do futebol do século XX e do XXI também.
Futepoca – Como a escola vai construir a letra?
Thobias – Temos uma consultoria especial neste ano de Orlando Duarte, que conhece tudo de história das copas. Ele faz parte da comissão de carnaval deste ano. Até o fim de setembro vai a eliminatória dos sambas-enredo. É como um festival, há várias composições concorrendo e uma delas vai ser escolhida pela comissão de carnaval. Além do Orlando Duarte, vale destacar também a presença de Carlinhos de Jesus na comissão de frente, que vai definir a coreografia.
Futepoca – E como o pessoal da escola vê a fase da seleção brasileira? A turma está animada ou tem uns que querem o "fora, Dunga!"?
Thobias – De futebol, o Brasil não perde, deixa de ganhar. O time já entra campeão. Agora, como todo o brasileiro, só acredito vendo. E nunca vi uma seleção sair daqui com 100% de aprovação. Desde 1966 acompanho as copas – nasci em 1958, em 1962 era muito pequeno.
Quando um jogo termina 0x0 e os goleiros são eleitos os melhores em campo, a impressão que fica é que a partida teve inúmeras chances de gol e que o placar não foi movimentado por méritos dos camisas 1. Santos e Cruzeiro fizeram domingo, no Mineirão, uma partida que seguiu os requisitos acima - 0x0 no placar e os arqueiros dos dois times como destaques principais. Apesar disso, o jogo esteve longe, bem longe, de ser um primor técnico.
A marcação dos dois times funcionou bem (ou os setores ofensivos que não sabiam criar?), e o primeiro tempo teve duas equipes que pouco pressionaram o adversário. Luxemburgo congestionou o meio-campo com três volantes - Germano e os Rodrigos Souto e Mancha -, o que impediu uma predominância cruzeirense mas também matou as possibilidades de criação peixeira. Os poucos lances de perigo do Santos foram causados pelo futebol aguerrido de Madson.
Veio a segunda metade da partida e Luxemburgo mandou Neymar para o aquecimento. A entrada do menino, ainda mais em jogos em que o Santos não está dominando o placar, já faz parte da rotina. O que surpreendeu foi a plaquinha que anunciava o número 10 para a alteração - saía de campo Madson, logo aquele que era o melhor santista em campo (com exceção do goleiro Felipe). Neymar pouco pôde fazer depois disso. Nas entrevistas após o jogo, Luxemburgo lamentou o empate e disse que o time poderia ter deixado o campo com os três pontos.
Outro dia eu estava conversando com um amigo que já está há três anos aqui em Dublin e, olhando para o imponente prédio do outro lado do rio Liffey, ele comentou que lá funciona a sede mundial da cervejaria Heineken. "-Como assim?!??", me espantei, uma vez que se trata de uma das marcas mais representativas da Holanda. "-Sei lá, bicho, só sei que a sede fica aqui na capital da Irlanda", emendou o conterrâneo. De fato, pesquisando pelos gugous da vida, confirmei que a holding da cervejaria fica no prédio visto na foto abaixo, mesmo. Se não for pra pagar menos imposto, acho que a escolha recaiu mesmo pela extrema popularidade da Heineken entre os irlandeses.
Às vezes dá a impressão de que ela é até mais consumida aqui do que a sagrada Guinness, mas não encontrei nenhuma pesquisa que pudesse corroborar minha suspeita. Nos pubs, as duas marcas são, de longe, as mais pedidas. Para mim, bêbado velho que comecei a beber Heineken há exatos 20 anos, às vesperas da maldita eleição do Collor (meu cunhado trabalhava na capital paulista e costumava levar cervejas estrangeiras que comecavam a aparecer nos supermercados brazucas para o meu pai - e, por tabela, para mim), a preferência irlandesa muito me apetece. Pena que custe tão caro para meus padrões - cerca de 2,50 o latão de 500ml no supermercado, o que dá uns 6 reais e pouco. Nos pubs, a pint (também meio litro) varia entre 4 e 5 euros, ou 11,5 a 14,5 reais. Por isso sinto saudades da garrafa verde de 650ml que eu pagava 5 contos na avenida Paulista. Quem diria, Dona Maria...
O que será que eles quiseram dizer na edição on-line com "PSDB não vai denunciar nova acusação contra Sarney"?
É só pressa?
A torcida do Galo começou a chorar no meio da semana. Mas nem precisava, afinal, a obrigação de vencer em casa era mesmo do Corinthians, e apenas cumpriu seu papel. É verdade que poderia ter sido mais, mas pra respirar um pouco no meio dessa crise do desmanche até que 2 a 0 não está ruim. Um gol de Dentinho, em jogada que começou nos pés de Jucilei, improvisado como lateral direito, e um golaço do Boquita, numa bola roubada no meio-campo. Com isso, encerra o jejum de cinco jogos sem vencer.
Com isso, o Atlético-MG sai da zona de acesso à Libertadores – estará o Galo perdendo o gás, depois de criar tanta esperança na sua torcida? Já o Corinthians galga algumas posições e, principalmente, recupera um pouco da autoconfiança. Afinal, se o time hoje não inspira nenhuma admiração, não é pior que outros tantos neste fraco Brasileirão. Para o Mano Menezes, esse jogo serve pra manter a tranquilidade, para fazer o trabalho mirando mais longe. Este ano, segundo ele, vai servir pra montar o time visando uma campanha decente no ano seguinte. Mais ou menos como no ano passado, disse ele, comparando a série A com a série B, mas ressalvando que isso não era "desprezar o principal campeonato do país". E acho que não é mesmo. O técnico está só sendo sincero, talvez excessivamente sincero, mas não deve ser fácil lidar com a pressão que rola no Corinthians. Na prática, é a garantia de que assistir ao Brasileirão neste ano vai ser mesmo muito chato.
Foi o terceiro empate seguido do Palmeiras no Brasileirão. Mais uma vez por 1 a 1. Desde que Muricy Ramalho chegou, o Palmeiras fez um gol em cada partida, venceu dois empatou três.
Assim, o título do post poderia ser "quando o palmeiras vai deixar de tomar gol em um jogo?". Ou ainda: "Será que Jorginho tem umas dicas?"
Como dois dos empates foram em casa, isso significa que o time encerrou sua participação no primeiro turno com quatro pontos a menos do que deveria, por obrigação, ter alcançado.
O empate contra o Botafogo ainda deixou Wendel e Diego Souza suspensos com o terceiro amarelo.
Tudo bem que a marcação do time do estreante Estevam Soares funcionou e que o camisa 7 do alviverde perdeu um gol feito, mas é melhor o time parar de vacilar no início do segundo turno.
Estavam disputando uma pelada, quando um jogador caiu estatelado no chão.
– O Jão tá morto. Alguém tem que avisar a mulher dele.
Vai você, eu não, vai você. Dois times inteiros desconversando, ninguém queria ir. Olham na beira do campo, tinha um manguaça ali meio distraído, provavelmente esperando acabar o jogo pra beber umas com a comunidade. O capitão vaticina:
– Você aí, vai lá avisar a mulher do Jão que ele morreu.
Tá bom, tá bom, diz o manguaça, e vai.
15 minutos depois volta com um engradado de cerveja no ombro.
– Seu bêbado! Você tinha que avisar a mulher do Jão!!!
– Mas eu fui! Eu toquei a campaínha, apareceu uma mulher e eu perguntei: Você que é a viúva do Jão? Ela respondeu esbaforida, Que viúva que nada! E eu: Quer apostar uma caixa de ceveja?
Na partida contra o Atlético-MG, o Palmeiras iniciou a sequência mais importante do campeonato brasileiro até agora. No próximo mês, o alviverde irá mostrar se quer o título ou se vai ficar para G-4.
Assim como a partida no Mineirão, dois dos próximos quatro adversários são concorrentes diretos ao título do nacional. Depois do Botafogo, neste sábado, 15, a equipe de Palestra Itália vai à capital paranaense enfrentar o Coritiba. Depois é que o bicho pega: contra o Internacional, no dia 22 em casa, e contra o São Paulo, no dia 30 no Morumbi.
Quem me chamou a atenção foi o palmeirense Paulo Donizetti.
São confrontos em que, mais importante do que os três pontos que leva o ganhador, conta muito os pontos tirados do rival.
Dos cinco primeiro colocados na tabela, o Palmeiras perdeu no primeiro turno para o Goiás, em Goiânia, e para o Internacional, em Porto Alegre.
Claro que também é necessário ir bem nos outros jogos durante todo o segundo turno, o que significa manter a tal média de dois pontos por jogo (o ideal de vencer em casa e empatar fora, ou compensar tropeços eventuais com vitórias como visitante). A questão é que, como a segunda dose de Goiás e Atlético-MG acontecem mais para o final do campeonato, o momento é chave.
O Ministério Público do Distrito Federal entrou com ação de improbidade administrativa contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), e o secretário de esportes Agnaldo de Jesus. O motivo é o pagamento de R$ 9 milhões para a empresa Ailanto Marketing, responsável pela organização do amistoso entre Brasil e Portugal no estádio Bezerrão, no final do ano passado. O jogo marcou a inauguração do estádio, no Gama (DF).
Foto: Divulgação/CBFO governador
José Roberto
Arruda (DEM)
recebeu do
presidente
Ricardo Teixeira
uma camisa da
Seleção
Brasileira
autografada
Segundo o promotor Albertino Neto, os R$ 9 milhões utilizados na contratação da empresa devem ser devolvidos aos cofres públicos, devido a supostas irregularidades no contrato. A sede estaria localizada em um apartamento no Rio de Janeiro, com um patrimônio de R$ 800 e sem telefone fixo.
No site da empresa, consta um número de telefone e informações sobre o tipo de serviços prestados pela empresa.
Ainda segundo o promotor, a empresa também não teria realizado nenhum trabalho até a organização do amistoso, uma vez que, na contratação das duas seleções, foram emitidas duas notas fiscais, a de número 001 e 002. Ou seja, era o primeiro serviço prestado pela empresa, o que sinaliza irregularidades.
Outro fator curioso é que foi proprietário da empresa Eduardo Duarte, empresário ligado ao Daniel Dantas, citado em escutas da Operação Satiagraha. Após as denúncias de ligação com o banqueiro, a propriedade da Ailanto Marketing foi transferida para Vanessa Almeida Preste e Alexandre Rosell, ligado a Ise – que detém os direitos exclusivos sobre a Seleção Brasileira – com sede nas Ilhas Cayman.
Ainda durante o processo de contratação da empresa, o MP-DF chegou a apontar 11 falhas no contrato e ainda recomendou que fossem alteradas várias cláusulas. Mas o documento acabou assinado pela responsável da empresa Ailanto, pelo secretário de Esportes Agnaldo de Jesus e pelo governador Arruda. Não encontrei informações sobre o prazo que o governador e o secretário terão para se pronunciar, mas segundo informações da rádio CBN este prazo seria de 15 dias.
Se na terceira divisão as coisas já estão mais encaminhadas, na inédita Série D ainda falta muito para sabermos quem jogará em um nível acima em 2010. A partir de amanhã, tem início a segunda-fase da competição. São vinte times se enfrentando em mata-matas simples, de onde avançam dez clubes. Esses dez fazem mais um "playoff" na terceira fase, da qual sobrevivem, naturalmente, cinco equipes, certo? Errado! Três "melhores perdedores" também se classificarão para a quarta fase do certame. Assim teremos oito times, que farão mais um mata-mata, para a definição dos semifinalistas - que já estarão garantidos na Série C de 2010.
Bizarrices regulamentais à parte, façamos um panorama do que foi a Série D até aqui.
A principal surpresa do torneio foi a eliminação precoce do Santa Cruz. O - com sobras - clube mais tradicional na disputa conseguiu a proeza de ficar na lanterna numa chave em que teve como adversários as potências Central-PE, Sergipe e CSA. Além do Santa, os alagoanos também foram eliminados (chupa!).
Outros que continuarão na Série D em 2010 (isso se forem bem nos estaduais, registre-se) são os relativamente tradicionais Moto Club-MA, Madureira, Ituano, CRAC-GO e Pelotas, entre outros.
Falando agora de quem ainda está vivo: há clubes ressurgindo no cenário nacional, como Paulista de Jundiaí, Londrina e Nacional de Manaus, e também os sempre atacados emergentes - dos quais o principal destaque é o Corinthians Paranaense.
Os jogos de ida acontecem neste final de semana e os de volta no seguinte. Aos confrontos:
Brasília x Uberaba
Corinthians-PR x Chapecoense
Sergipe x Ferroviário
Paulista x Macaé
Londrina x São José-RS
Alecrim-RN x Central
Cristal-AP x Nacional
Genus-RR x São Raimundo-PA
Fluminense-BA x Tupi
Uberlândia x Araguaia
Pode parecer desculpa antecipada, e talvez seja mesmo, mas domingo o Galo terá desfalque de nove jogadores contra o Corinthians.