Destaques

quarta-feira, outubro 07, 2009

Prova do Enem foi roubada na gráfica da Folha

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Essa é a manchete que ninguém deu, engraçado né...


Todas as notícias sobre o cancelamento do Enem fazem um ziguezague danado, culpam uma empresa terceirizada, falam das falhas na segurança no processo, mas não abrem pelo principal: "onde a prova foi roubada".

Ao que parece, pela apuração até agora da Polícia Federal, funcionários de uma empresa terceirizada que tinham acesso à gráfica pegaram as provas e tentaram ganhar uma grana vendendo para jornais. Em princípio, nenhuma conspiração do PIG contra o governo ou algo parecido.

Mas se for analisado o lado empresarial, fica claro que a falha de segurança ocorreu na Gráfica Plural, que pertence ao grupo que edita a Folha de S.Paulo. Ninguém vai cobrar a competência que eles cobram do governo o tempo todo? Ninguém vai exigir que a gráfica arque com os prejuízos de sua falha?

Ok, os organizadores da prova falharam na segurança, o governo foi incompetente etc...

Mas a gráfica da Folha terá de pelo menos imprimir as provas novamente de maneira gratuita, pois foi contrtatada por mais de R$ 30 milhões e falhou na segurança.

Se fosse um contrato com qualquer entidade privada arcaria com multas etc. E isso tem de ser cobrado agora. Chega de passar a mão na cabeça da imprensa (ou nos grupos empresariais responsáveis pelos veículos) quando ela erra.

Há sempre alguém contente

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O cancelamento do Enem é uma história ainda não bem digerida pelas autoridades e, principalmente, pelos estudantes brasileiros. Estes, que já vivem os doídos meses dos vestibulares, agora provavelmente terão que escolher entre uma ou outra prova, já que a nova data do Enem coincidirá com importantes exames.

Mas, confusões, à parte, há pelo menos uma pessoa que gostou e muito do cancelamento da prova. E registrou isso em vídeo, divulgado pelo mestre Emanuel na Futebol Alternativo. Até concordo com o rapaz, acho que estaria em euforia similar (mas sem as dancinhas) se fosse esse meu caso...



Pergunta que fica aos leitores: vocês já passaram por situações semelhantes? Já tiveram que perder clássicos e/ou jogos decisivos por conta de coisas incrivelmente menos importantes, como vestibular, trabalho, casamento (o seu ou o de outros), e por aí vai?

terça-feira, outubro 06, 2009

Delegado coloca foto em rótulo de cachaça e é afastado do cargo

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Mais um caso de perseguição aos manguaças aconteceu em São Paulo. O delegado Carlos Alberto Delaye, titular do 92º Distrito Policial, no Parque Santo Antônio, zona sul da cidade, foi afastado por ter colocado sua foto e o número da delegacia em garrafas de cachaça. A notícia é do jornal Agora SP.

Na imagem, o delegado aparece vestido à moda dos cowboys. Segundo ele, a foto foi tirada em visita à Festa do Peão de Barretos (SP). As garrafas trazem ainda a inscrição “Aqui o sistema é bruto”, slogan adotado por Delaye.

O delegado foi afastado por tempo determinado pela corregedoria da Polícia Civil, que irá apurar se houve infração disciplinar pelo uso do número da delegacia na garrafa de canjibrina. O delegado se defende dizendo que “não era pra vender”. “Foi um amigo meu que fez essa homenagem. Era apenas para distribuir para os amigos”, disse ao G1.

O Futepoca se solidariza com o nobre delegado na perseguição sofrida e faz votos de que o me ajude a “desbrutalizar” o sistema policial, nos moldes do método manguaça de solução de conflitos utilizado pelo presidente estadunidense Barack Obama.

"Fenômeno Lula" daqui cem anos

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A caminho do almoço, na rua do Comércio, dois transeuntes caminham em ritmo de pós-refeição e conversam em clima de bar. Enquanto os ultrapasso, escuto uma única frase jogada no ar e descontextualizada:

— Pode escrever: daqui 100 anos, as crianças na escola vão aprender com a professora sobre o "fenômeno Lula".

O que surpreende menos na profecia captada de orelhada:

a) O fato de Lula ser um fenômeno
b) O fato de, daqui 100 anos, ainda haver escola em um formato quase igual ao de 200 anos atrás
c) O fato de ser necessário escrever para a profecia ter relevância
d) O fato de o profeta da rua do comércio apostar em um prazo de um século para previsões que caberiam para daqui cinco anos
e) A ausência de atribuição de culpa ao presidente (porque, afinal, a culpa é do Lula)

Foto: Ricardo Stuckert/Pr



Presidente Lula
lancha, em 2005,
com crianças da
Escola Municipal
Pérola Gonçalves,
em Bagé (RS),
atendidas pelo
"Fome Zero na
rede escolar
do município"

Quem aposta em Mário Sérgio?

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O Internacional fechou a contratação de Mário Sérgio Pontes de Paiva para substituir o cada vez mais apagado Tite, que fez um trabalho pra lá de decepcionante no clube. O campeão do primeiro turno faz a segunda pior campanha no returno, só perdendo para o imbatível Fluminense no quesito. O Colorado tentou tirar Vanderlei Luxemburgo do Santos (o que não aconteceu, para tristeza deste que escreve), o que demonstra uma certa desorientação da diretoria, já que ele e o xerife têm características bastante distintas.

O primeiro desafio do treinador é resolver problemas de relacionamento, como destacou Gerson Sicca. Em entrevista, Mário Sérgio disse: “Eu não estou preocupado com a parte tática. Já vi muitas coisas dentro do futebol e o que eu acho é simples: no futebol tem que se resolver problemas de relacionamento, deixando o grupo sem nenhuma peça negativa, já está se dando um salto muito grande. A parte tática é apenas uma definição de padrão dependendo das características dos jogadores. Tem que haver uma mobilização entre os jogadores de dar o máximo”. Ou seja, mesmo tendo um elenco invejável, o ex-treinador se perdeu na relação com o grupo em algum momento. A pergunta é: Mário Sérgio é o cara que vai consegui recuperar o tal elã?

Sua primeira como experiência como treinador foi no Vitória, em 1988. foram 5 amistosos e 26 jogos oficiais pelo campeonato baiano, com 13 vitórias, 8 empates e 5 derrotas Tornou-se comentarista de televisão onde mostrou extremo conhecimento sobre futebol (quem não lembra de suas observações precedidas por Sílvio Luiz com seu bordão “conhece, porque já esteve lá”?). Seu sucesso na Band fez o Corinthians apostar no xerife como treinador em 1993. Fez a melhor campanha da primeira fase do Brasileirão daquele ano mas o Timão precisaria vencer um grupo de quatro equipes nas semifinais, com Vitória, Flamengo e Santos. Com uma única derrota para o clube baiano de Dida, Roberto Cavalo, Vampeta e Alex Alves; o Alvinegro ficou de fora da final vencida pelo Palmeiras. Mário Sérgio já tinha impressa a marca de retranqueiro.

De lá pra cá, foi comentarista de novo, teve passagens São Paulo, Atlético-MG, Atlético-PR, Vitória, São Caetano (não necessariamente nessa ordem), foi diretor de futebol do Grêmio e ressurgiu na vitrine do futebol com a campanha do Figueirense vice-campeão da Copa do Brasil em 2007. Porém, no Brasileiro e com o mesmo Figueirense, iniciou uma verdadeira via crucis com uma sucessão espetacular de insucessos.

Foi demitido do Figueira depois de um período em que obteve uma vitória, cinco empates e quatro derrotas. Assumiu o Botafogo depois da eliminação da equipe da Sul-americana contra o River, perdeu três jogos e viu Cuca voltar ao comando alvinegro. Foi para o Atlético-PR em 2008, onde estreou com goleada sobre o Ipatinga mas amargou quatro revezes seguidos não resistiu. Fecharia o ano como treinador do Figueirense, com uma campanha de cinco derrotas, quatro empates e uma vitória somente, sendo demitido a três rodadas do fim do campeonato contribuindo de forma decisiva para o rebaixamento do time catarinense. Faça as contas. Nesse período, em quatro trabalhos diferentes, três vitórias, nove empates e incríveis 16 derrotas.

O alento (ou não) para a torcida colorada é sua mais recente passagem, na Lusa. Entrou no lugar de Estevam Soares e obteve cinco vitórias, três empates e duas derrotas no Paulistão. Mas foi eliminado da Copa do Brasil pelo Icasa e desentendimentos com o meia Felype Gabriel com a diretoria selaram sua demissão. Mas deixou a Lusa em sexto lugar, em condições de disputar a classificação para a fase final do campeonato. Se melhorar um pouco o aproveitamento de 60% que Mario Sérgio teve na Portuguesa durante o Paulista, o Inter obteria a vaga da Libertadores, já que o time tem hoje 54% e o Goiás, quarto colocado, tem 56%. E, a bem da verdade, o Inter tem muito mais time do que os que o xerife teve em mãos nos últimos anos e essa é sua grande chance de voltar ao primeiro escalão dos técnicos brasileiros.

E aí, alguem aposta nele?

segunda-feira, outubro 05, 2009

Brasileiro econômico

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Estudo recente conduzido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostrou que cada brasileiro caminha, em média, 1.440 km ao ano - incluindo aí as atividades normais, as caminhadas e corridas a título de exercício e, principalmente, as saídas para o bar ou para buscar cerveja no supermercado e, depois, as seguidas visitas ao mictório. Pois então: paralelamente, outro estudo, feito pela Associação Médica Brasileira (AMB), apontou que o brasileiro consome, em média, 86 litros de cerveja por ano.

Ou seja, o brasileiro faz 16,7 km por litro.

(Fonte: Fundação Luciano Tasso/ FLT)

domingo, outubro 04, 2009

De virada, Palmeiras vence o time de Luxemburgo

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Em uma partida com lampejos de grande jogo e muito tempo de pelada de segunda categoria, o Palmeiras venceu o Santos na Vila Belmiro. Ou melhor, venceu o time de Vanderlei Luxemburgo por 3 a 1.

Quando o primeiro tempo terminou sem gols, não estava bom, mas nem tão ruim comparado ao que se vislumbrava quando o time da casa abriu o placar. O gol santista amadureceu com jogadas construídas por Madson, até que Luizinho marcou da entrada da área, aos 9. Depois, Kléber Pereira não alcançou uma bola por pouco. Mas, do meu ponto de vista, tudo melhorou. E muito.

O empate veio com Diego Souza, aos 18. A virada, aos 27 com Robert, que entrou na vaga de Obina. Depois, aos 31, Vagner Love aproveitou a sobra de um belo contra-ataque puxado por Cleiton Xavier que enfiou para Robert, com direito a grande bobeada da defesa.

No final da partida, o árbitro ainda foi protagonista de uma lambança. Neymar foi derrubado a um palmo da área. Primeiro, deu pênalti. Diante da reclamação dos jogadores palmeirenses, consultou o bandeira para marcar falta fora da área.

Os jogadores de frente do Palmeiras foram bem, mas apenas em alguns momentos. Bastou. Diego e Vagner Love foram decisivos. Figueroa cruzou para o gol de empate e mandou avisar que Wendel não volta, porque ele é o lateral capaz de fazer os chuveirinnhos que Muricy Ramalho tanto preza.

Com o futebol que apresentou até tomar o gol, o time fica longe de ter pinta de campeão. Depois de ficar atrás no marcador, acordou e foi objetivo ao extremo. Reação de gente grande. Mas também são coisas de clássico.

O mais curioso é ter a sensação de que, tão importante quanto manter os cinco pontos de vantagem na liderança do campeonato, é muito bom ter vencido Luxemburgo.

P.S.: O que aconteceu com o Goiás que tomou de 3 do Botafogo? E com o Grêmio, que empatou em 3 a 3 com o Sport no Olímpico?

As piores capas de disco - seleção internacional

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Depois das capas inacreditáveis de duplas sertanejas, mostramos abaixo três exemplos do nível que o mau gosto e a bizarrice podem atingir quando algum manguaça criativo decide ter uma ideia genial. Escolham a pior:

Alternativa A


Alternativa B


Alternativa C

sábado, outubro 03, 2009

Um senso de humor 'especial'

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Pra quem se assustou com o Serra Belzebu, um trecho macabro do perfil que a revista Piauí traçou sobre o tucano:

"Para Regina Faria, viúva do ex-assessor da presidência Vilmar Faria, Serra tem um senso de humor especial. Quando ela e o marido dividiram com ele um apartamento no Chile, Serra gostava, por exemplo, de dar sustos. Tanto que, quando ela estava grávida de sete meses, ele colocou uma cobra de papel na porta do banheiro. 'Quando entrei, a cobra caiu em cima de mim e eu tomei um tombo', contou."

Em sua defesa, Serra disse que não se lembrava que Regina estivesse grávida na ocasião. Cruz credo, pé de pato, mangalô três vezes!!!

Alvoreceu ou anoiteceu? Tanto faz

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Paulo Donizetti

Aposto uma Germana que em seu maxixe "Memórias conjugais" Paulinho da Viola refere-se ao "casal" João Bosco e Aldir Blanc. Depois de formar uma das duplas mais eternas da MPB, passaram quase duas décadas rompidos. Uma frase "lapidar" da música explica o que teria feito o rubro-negro João largar do vascaíno Aldir:
"Tenho asas, meu amor, preciso abri-las
Ao seu lado não sou muito criativa..."
Pois vale a pena (re)ver o reencontro dos dois no CD "Vida Noturna" (2005), no qual Aldir resolveu ele mesmo gravar suas poesias acompanhado de vários convidados. O velho chapa João Bosco está na boêmia "Me dá a penúltima".

O samba é bem batucado na gravação original de 1975 (do LP "Tiro de Misericórdia"). Aqui, ganhou uma levada mais leve, conduzido pela voz mais serena do Aldir. Vale gastar os três minutos.



Me dá a penúltima

João Bosco a Aldir Blanc
Eu gosto quando alvorece
porque parece que está anoitecendo
e gosto quando anoitece, que só vendo
porque penso que alvorece
e então parece que eu pude
mais uma vez, outra noite,
reviver a juventude.
Todo boêmio é feliz
porque quanto mais triste
mais se ilude.
Esse é o segredo de quem, como eu, vive na boêmia:
colocar no mesmo barco realidade e poesia.
Rindo da própria agonia, vivendo em paz ou sem paz,
pra mim tanto faz
se é noite ou se é dia.

Paulo Donizetti de Souza é parmerista por influência da nonna, dona Marcelina (1918-2007), uma sábia. Jornalista, apreciador da plataforma temática do site, não é candidato a nada, seu negócio é madrugada e seu peito é do contra.

sexta-feira, outubro 02, 2009

E o Rio vai ser sede olímpica em 2016

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O Rio de Janeiro será sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Chicago, considerada a principal adversária do Rio, saiu na primeira votação, sendo a menos votada. Tóquio foi eliminada na votação seguinte e o Rio de Janeiro superou Madri na grande final. Uma lavada: 66 a 32.

E aí, isso é bom ou ruim para nós?


Pude participar junto com o companheiro Maurício da elaboração do dossiê da pré-candidatura de São Paulo às Olimpíadas de 2012, que acabou derrotado pelo Rio (só uma candidatura oficial por país é permitida). Menos que a competição em si, a parte mais fascinante do projeto paulista – paulista mesmo, não paulistana, já que, como a postulação carioca, envolvia outros municípios da Grande São Paulo, além de Santos e São Sebastião - era a possibilidade de ver a cidade totalmente reformulada. Ali, se podia vislumbrar um Tietê navegável, o trem expresso do aeroporto de Guarulhos, um sistema de transportes remodelado e integrado com uma ampliação brutal do atendimento do transporte coletivo, em especial o metrô, e muitas outras mudanças positivas.

Isso tudo, além das instalações esportivas, fazia parte do chamado legado olímpico, aquilo que permanece depois que o evento acaba e se torna benefício permanente para a população local. E esse ganho para a cidade e para o país é determinante para a escolha do Comitê Olímpico Internacional: vale mais escolher um lugar em que seja possível realizar avanços em função dos Jogos, analisando-se a viabilidade dessas melhorias acontecerem de fato, do que optar por um local pronto e acabado. É bom para o marketing do Comitê e preserva a imagem do dito “espírito olímpico”.

Isto posto, vem duas questões interligadas que fundamentam boa parte das críticas aos Jogos no Rio. Primeiro, porque não se investem esses recursos para transformar as cidades mesmo sem os Jogos? Segundo, o país tem outras prioridades e deveria investir recursos em áreas como Educação, Saúde, programas sociais etc. e não aplicar recursos nas Olimpíadas.

É necessário considerar que os Jogos Olímpicos servem como um grande catalizador de investimentos. A realização de um evento com divulgação planetária facilita bastante a atração de parceiros para execução de projetos, além de ser mais fácil a obtenção de recursos de instituições e bancos nacionais e internacionais. Afinal, todo mundo tem interesse em ter seu nome associado às Olimpíadas.

E não são investimentos sem retorno. Segundo estudo da Fundação Instituto de Administração (FIA), a escolha do Rio como cidade-sede da Olimpíada de 2016 deve gerar mais de 2 milhões de empregos no Brasil até 2027. Os quase R$ 30 bilhões de recursos aplicados assegurariam 120 mil empregos por ano até a realização dos Jogos e mais 130 mil empregos anuais até 2027. Há também outros ganhos econômicos como no valor médio da massa salarial, aproximadamente 8% acima em relação ao que era antes dos Jogos em função da qualificação da mão-de-obra necessária. No total, cada US$ 1 investido, outros US$ 3,26 adicionais devem ser gerados até 2027.

Possibilidade de transformação

Ainda assim, os críticos podem perguntar: de que legado se fala se depois do Pan tudo ficou a mesma coisa no Rio? Primeiro, a comparação de um evento com o outro é absolutamente descabida. Apesar de ter sido legal ver os Jogos Pan-americanos no Brasil, é inegável seu caráter de competição esportiva de segunda categoria, já que na maioria das modalidades os países sequer enviam seus principais atletas. Já os Jogos Olímpicos são a principal disputa para quase todos os atletas, exceção feita ao futebol masculino, com uma capacidade de atrair atenção e investimentos, e necessidade de infraestrutura infinitamente maior, por isso os legados são incomparáveis.

Barcelona é o exemplo mais completo de uma cidade – e um país – que conseguiu usufruir de todas as vantagens de sediar uma Olimpíada. A transformação foi total, não somente em termos de modelo urbano como também foi decisiva para que hoje seja um dos destinos turísticos mais importantes do mundo. Região estagnada nos anos 80, é consenso de que não seria a mesma sem o evento de 1992. Seul também pode ter avanços como a despoluição do rio que corta a capital sul-coreana, e mesmo Atenas, que teve prejuízos com os Jogos principalmente em função das ameaças de terrorismo, apresenta atualmente uma infraestrutura de transporte totalmente nova e muito maior do que a que havia antes.

As condições estão dadas e as possibilidades de se obterem avanços permanentes em função do evento é enorme e impossível de ser desprezada. Inclusive os chamados ganhos intangíveis, que dizem respeito à autoestima da população (o afastamento definitivo do “complexo de vira-latas”) e o esporte ainda mais incorporado ao cotidiano dos brasileiros.

Mas, acima de tudo, é preciso garantir o controle social da organização dos Jogos, para evitar os inúmero problemas que envolvem esse tipo de evento, desde desvio de dinheiro (como em qualquer outro grande negócio em qualquer parte do planeta) e de finalidade assim como a exclusão e expulsão de pobres de áreas urbanas.

Está na hora da sociedade brasileira mostrar que é madura para fiscalizar a ação de políticos e dirigentes esportivos, exigindo a contrapartida já que um montante considerável de recursos públicos estará em jogo.

Mas agora, na minha opinião, é hora de comemorar o reconhecimento do Brasil frente ao mundo. Sim, podemos. Porque crescemos.

*****

Inegável que o projeto é bem acabado, o Rio e a mais bela das candidatas etc. Mas a força política do país, visto hoje de uma forma bem distinta do que há alguns anos foi decisiva, já que é preciso passar segurança jurídica e econômica para se constituir em sede olímpica. E nisso, o governo e a figura de Lula foram fundamentais. Nem Obama segurou "o cara".

São Paulo x Náutico: diversão e expulsões

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Por Moriti Neto

Não que Náutico e São Paulo tenham feito uma partida de gala, na noite da última quarta-feira, no estádio dos Aflitos, em Recife. Mas que que foi um jogo agitado, isso foi. Há um bom tempo não me divertia tanto com o futebol. E foram vários os motivos, além do óbvio, que foi a vitória do Tricolor.

Bem, um pênalti defendido por Bosco no início, um gol do adversário abrindo o placar, cinco expulsões, contando com o técnico Geninho, do Timbu, boa parte da contenda com dois atletas a menos e uma virada improvável fora de casa já seriam motivos suficientes para bom entretenimento. No entanto o que realmente pautou a diversão foi o fato de as equipes atuarem com homens a menos, deixando o campo “maior”. Num campeonato em que a marcação e as bolas paradas têm sido dominantes é interessante ver confrontos abertos, ainda que sejam causados por expulsões.

O jogo
Beirando a zona do rebaixamento, o horrendo time do Náutico sufocou o São Paulo no primeiro tempo inteiro. Aos seis minutos, Júnior Cesar fez pênalti em Patrick, mas na cobrança Bosco pulou no canto certo e defendeu o chute de Bruno Mineiro, que aos 13 não desperdiçou a nova chance que teve e abriu o placar.

Pouco tempo depois o São Paulo teve Junior Cesar, que levou cartão amarelo no lance do pênalti, expulso por reclamação. Com um a mais, os donos da casa dominaram as ações, arriscando em chutes de longe, mas sem direção.

Na segunda etapa, veio o empate são-paulino: Hernanes, em cobrança de falta que desviou na zaga adversária, aos 14. E Ricardo Gomes resolveu arriscar. Tirou o zagueiro Renato Silva e colocou Hugo. Depois, substituiu Marlos pelo garoto Oscar. E as trocas surtiram efeito. Mesmo com dez em campo, o São Paulo era melhor. Só que Richarlysson foi expulso após fazer uma falta e receber o segundo amarelo (o primeiro ele tomou por reclamação). Rodrigo entrou no lugar de Borges para recompor o setor defensivo e parecia que o caldo iria entornar.

Só que o Náutico também teve sua cota de expulsões. O zagueiro Cláudio Luiz foi o primeiro a ir para o chuveiro mais cedo. E, aos 43, não viu Hugo, numa cacetada, marcar o gol da virada. E com passe de quem? Oscar. Ou seja, Ricardo Gomes, mais uma vez, deu sorte nas substituições (precisa mexer mais rápido no time nos clássicos, meu filho!). Os anfitriões ainda tiveram o meia Michel expulso e, aí, o time pernambucano, que parece louquinho para cair de divisão, não teve mais o que fazer.

Enfim, a vitória foi suada, com muita emoção e, curiosamente, o São Paulo passou a jogar melhor quando precisou de mais aplicação em campo por causa das expulsões.

Ah, não podia esquecer. Digna de nota, a atuação de Bosco, que após a polêmica no gol sofrido contra o Corinthians, fora a sempre pesada missão de substituir Rogério Ceni, defendeu demais e salvou o Tricolor Paulista. No final de semana, vale torcer pelo Santos.

Moriti Neto é o sampaulino postiço deste blogue, em substituição aos viajantes Thalita e Marcão

Mães de maio, Salve geral e os crimes

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Nesta sexta-feira, 2, a Associação de Amparo a Mães e Familiares Vítimas de Violência promete um protesto contra o filme Salva Geral, cuja estreia está marcada para o mesmo dia. Por tratar dos crimes de maio de 2006, o longa-metragem de Sérgio Rezende realizado pela Globo Filmes nasce polêmico e ambicionando o Oscar.

Reprodução do site


Como ainda não assisti, não sei se o filme exagera ou erra ou pisa na bola ao tentar narrar a história das "mulheres por trás" do mundo do crime. É claro que a polêmica e o protesto só fazem atrair mais atenção à produção, a exemplo do que Cidade de Deus – que também teve participação da Globo Filmes – provocou.

O primeiro dado é que o filme remete aos ataques do PCC. As ações da facção criminosa que se autointitula Primeiro Comando da Capital ou Partido do Crime realmente ocorreram em maio, mas foram sucedidas de cinco dias de execuções de moradores da periferia de São Paulo. A maior parte de jovens negros. Foram 493 mortes, muitas registradas como auto de resistência, prática usada com frequência, segundo organizações e pesquisadores de direitos humanos, para justificar execuções sumárias cometidas por policiais.

As mães de maio, que também é uma alusão às da Praça de Maio, garantem que não foram procuradas para contar suas histórias no longa lançado hoje. Muito diferente de um outro, um documentário, que pelo menos até pouco tempo, nem dinheiro para se finalizado tinha. Nem nome, nem data para estreiar. Dirigido pela jornalista Ali Rocha, foram colhidas entrevistas com mães de jovens assassinados para contarem o que aconteceu.

À época dos crimes de maio, Cláudio Lembo era governador, porque Geraldo Alckmin havia se afastado do cargo para disputar a Presidência da República (este link é obrigatório).

No manifesto que convoca a manifestação, elas lembram que dia 2 de outubro, há 17 anos, foi a data do massacre do Carandiru, quando 111 presos foram executados em operação policial. A Casa de Detenção passava por uma rebelião e, sob ordens do coronel Ubiratan Guimarães, a força policial entrou no Pavilhão 9. O caso também foi incluído em um filme (nem vou dizer a qual produtora estava vinculado).

Ao apontar ainda outros casos, o manifesto conclui pedindo o fim do "genocídio contra a classe pobre, a população indígena descendente e negra do Brasil".

Por outro lado, pode ser interessante o filme trazer o debate e refrescar a memória. Mas, mesmo sem assistir, é bem compreensível que pessoas que viveram o lado mais trágico de uma carnificina sintam-se mal ao saberem que outra história virou espetáculo e produto cultural – enquadrado na Lei Rouanet.


Mesmo assim, eu queria saber a opinião de quem já assistiu. E de quem não assistiu também.

quinta-feira, outubro 01, 2009

Cancelamento do Enem, êta história mal contada

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Foi cancelado hoje o exame do Enem por conta de um suposto vazamento que teria ocorrido. Alguém teria ligado para a redação de O Estado de S.Paulo e oferecido as duas versões da prova em troca do pagamento de R$ 500 mil.


Estranho, por que alguém que quer vazar uma coisa dessas ligaria para um jornal? Seria para que esperasse o resultado e depois divulgasse a fraude?

Se é assim, louve-se a postura do jornal, que avisou ao ministro da Educação antecipadamente para que pudesse cancelar o exame. Mas mais uma vez a pergunta, por que alguém que tem isso em mãos vai oferecer a um jornal? Não sabe que jornal não paga por matérias, ainda mais esses valores? Ou paga e eu estou sendo muito ingênuo.

Uma segunda questão, a gráfica que imprimiu, a Plural, pertence ao Grupo Folha. Não dá para ser leviano e acusar a ninguém sem provas de nada, mas que essa história está muito estranha está...

Não acredito numa conspiração do chamado PIG a esse ponto, mas repito a pergunta, será que estou sendo ingênuo demais????

Rio olímpico, será que consigo ser contra os do contra?

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Nesta sexta-feira, 2 de outubro, o Comitê Olímpico Internacional se reúne em Copenhagen para definir a sede dos jogos de 2016. Nas incursões anteriores, para o evento de 2004 e 2012, o Rio de Janeiro não havia chegado tão perto de ser escolhido como agora.

De um lado, tem a turma que promove a história. Além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu ministro dos Esportes, Orlando Silva, há o governador do Rio, Sérgio Cabral, e o prefeito carioca, Eduardo Paes. Tem também o humilde Pelé e seus tropeços, mais o carisma de Paulo Coelho junto às esposas dos integrantes do COI.

Tudo para contrapôr à presença de Barack e Michelle Obama, no corpo a corpo por Chicago. A opção de apostar no boca-de-urna vem da estratégia londrina que arrebatou a Olimpíada de 2012 com Tony Blair, então primeiro-ministro, como cabo eleitoral.

Estratégias à parte, a mídia esportiva cai em peso contra a empreitada (1, 2, 3, e só não amplio a lista por preguiça) assim como alguns ex-atletas também, como Magic Paula. ONGs de direitos humanos do Rio de Janeiro, escoladas com o "legado" do Pan-Americano no Complexo do Alemão, estão apreensivas. Outra crítica é que o Brasil teria outras prioridades e, se pode fazer investimento para melhorar as coisas, não precisa esperar os jogos olímpicos para isso.

Fiquei pensando em como ser contra os do contra, sem ser necessariamente a favor dos primeiros. Sediar os jogos por ufanismo, não comove. "Porque é legal", pode ser mais interessante, mas acho que se pode melhorar na argumentação. Pensar no turismo pode funcionar também, mas depende de ter investimento... Os investimentos em infraestrutura podem ser bons, mas sem controle e preocupação com os impactos sociais, rende um monte de problemas para além de acusações de desvio de verbas e desperdício de dinheiro público.

Considerar a possibilidade de recuperação de áreas degradadas no Rio pode ser interessante, em vista de turismo e do que isso representa para a atividade econômica de uma região. Mas "revitalização" costuma vir acompanhada de políticas de seleção de moradores, seja por vias diretas de repressão, seja por indiretas, de expulsão por valorização decorrente de especulação imobiliária.

Em resumo, não consegui achar a fórmula. Alguém tem uma pista?

terça-feira, setembro 29, 2009

Reinaldo Azevedo para chanceler de Honduras

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Desde a leitura de O Alienista, do Machado de Assis, tomo um cuidado danado antes de tachar qualquer um de louco. Quem leu a história sabe que Simão Bacamarte funda um hospício e começa a internar todos a quem considera loucos, praticamente toda a cidade. Ao final, acaba com um único paciente, ele mesmo.


Pois não é que contra a condenação do mundo inteiro, da Organização dos Estados Americanos, OEA, da ONU, da União Europeia, o tal do Reinaldo Azevedo decide provar por A + B que o golpista em Honduras é o presidente deposto, que o golpe foi constitucional etc. Tudo isso com base em seu "amplo" conhecimento da Constituição hondurenha.

Faltou dizer que Estado de sítio, fim das liberdades individuais, fechamento de rádios e TVs, exército na rua batendo na população são medidas para "preservar" a democracia.

Seus delírios e o séquito de seguidores que repete suas bobagens são conhecidos. Também a sua desonestidade intelectual e incapacidade de conviver com o contraditório, pois não aceita nenhum comentário contrário ao que escreve em seu blog.

Mas, hoje, estrapolou. O gênio fez um texto em que baseado nos seus conhecimentos da Convenção de Viena, da Constituição Brasileira, do raio que o parta, afirmou que nenhum jurista conseguirá provar que ele não tem razão ao pedir o impeachment do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e, por que não, do presidente Lula. Clique aqui se tiver estômago.

Fora a megalomania de achar que sabe tudo sobre tudo, desfiar preconceitos o tempo todo, nunca se ater à verdade factual, agora o sabichão da Veja diz que só ele conhece direito e Relações Internacionais, contra a opinião do mundo inteiro. Chega a pedir, inclusive, que a OAB encampe sua campanha, já que lá não tem ninguém que entenda de direito para ter uma ideia tão genial.

Simão Bacamarte era honesto, internou-se e morreu em seu hospício. De Reinaldo não dá para esperar nenhum ato de honestidade, nem intelectual. Então, camaradas, o que acham de o presentear com o cargo de chanceler do governo de Micheletti. Aquele que vai provar para o mundo que o golpe não é um golpe. Será que o "governo de facto" aceita?

Motivo para beber não faltou...

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Que o Milton Nascimento gostava de uma birita desde os primeiros tempos como músico, todo mundo sabe. Mas, no início dos anos 1970, o saudável hábito de molhar a palavra evoluiu para um quadro perigoso de alcoolismo, que quase comprometeu sua carreira profissional. O livro "Os sonhos não envelhecem: Histórias do Clube da Esquina", escrito pelo compositor Márcio Borges (Geração Editorial, 2002), narra um triste episódio em que Milton desabou de costas no palco, destruindo a bateria da banda, antes mesmo de terminar a primeira música. O show, no Rio de Janeiro, teve que ser cancelado. Na época, Milton costumava se isolar em Vitória, no Espírito Santo, para pegar uma praia e encharcar todas. Mas, pelo o que parece, conseguiu (felizmente) vencer o alcoolismo doentio e destrutivo.

Pois hoje, assistindo o documentário "Brasil, Brasil - Tropicalia Revolution", da BBC de Londres, no Youtube, vi um interessante depoimento do genial músico, cantor e compositor mineiro. Ele relembra sua participação na famosa Passeata dos 100 mil, o maior protesto popular contra a ditadura, quando foi fotografado pelos repressores na linha de frente (na foto acima, aparece à direita, de braços cruzados), e passou a sofrer ameaças. "O telefone tocou e era uma pessoa da ditadura dizendo que eu estava proibido de ir a São Paulo, principalmente na rua tal, que era onde morava minha esposa, na época, e meu filho. Porque, se eu fosse, eles iam raptar meu filho. Sem volta. Eles iam matar meu filho", revelou Milton.

Naquele tempo, ele era casado com a paulistana Káritas, com quem teve o filho Pablo. "Mas eu não liguei praquilo, fui (a São Paulo) mais umas três vezes. Então, quando eu cheguei em casa no Rio, outra vez, o cara (telefonou de novo e) falou assim, 'olha, essa foi a última vez, é o último aviso - se a gente te ver de novo aqui, ele vai sumir pra nunca mais'. Aí foi o mais horrível que aconteceu na minha vida, as pessoas não entendiam por que que eu bebia tanto, por que que eu não ia a São Paulo, e eu não podia falar nada. Nem pra minha mãe, eu não podia falar nada", desabafou Milton, no documentário da BBC. O artista, lógico, não quis pagar pra ver e passou muito tempo sem ver o próprio filho. Alguém imagina uma situação dessas? Pois é, tempos brabos. E tem gente que tem a cara de pau de tratar o período de "ditabranda"...

Serra, tire o cercadinho da Sé e mande o povo pro bar!

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O governo do José Serra trouxe mais uma inovação para melhorar o transporte público e a qualidade de vida em São Paulo. A medida restringe a entrada de passageiros para o embarque na estação Sé no horário de pico. A medida foi chamada de “cercadinho para pobres” por Paulo Henrique Amorim, já que muda o local de espera da plataforma para uma área mais distante.

Ainda assim, para o jornal Folha de S.Paulo, trata-se de uma tentativa de "melhorar embarque do metrô". Na linha-fina, antes de qualquer ressalva, vem: "Passageiros dizem que embarque foi mais tranquilo". Imagino que a assessoria de imprensa do governo mudaria pouca coisa na matéria.

A própria Folha explica melhor a ação no segundo parágrafo da matéria. Trata-se de uma restrição de uma hora e meia ao acesso da população aos trens, com intenção e organizar o embarque e evitar o empurra-empurra (opa!).

No primeiro dia, a genial ação, prevista para durar das 17h30 às 19h, teve de ser interrompida às 18h15, segundo o jornal dos Frias “porque uma multidão já se aglomerava perante a barreira montada no acesso à plataforma sem conseguir embarcar”. O secretário de Transportes Metropolitanos José Luiz Portella culpou a chuva pela interrupção prematura. (Veja imagens da estaçaõ Sé ontem aqui e aqui, não reproduzidas para não violar leis de copyright).

Mais não falo sobre a medida serrista, pois não faria melhor do que fez o PHA no post (aqui). Mas ouso, humildemente contribuir para o debate. Se a idéia para melhorar o conforto dos passageiros não é botar mais trens na linha, diminuir os intervalos entre eles ou construir mais estações, se a idéia é fazer o povo esperar mais um pouco, a solução já foi dada neste blog desde priscas eras: Manguaça Cidadão!

O governo deveria firmar convênios com os bares dos arredores das estações de metro mais movimentadas, permitindo aos trabalhadores passar o período de espera não no tal cercadinho, mas confortavelmente desfrutando de uma boa breja, subsidiada pelo Estado, dentro do programa Boteco Popular. Se não é pra resolver, pelo menos paga uma cerveja, pô!

Astronautas levam fermento para fazer cerveja no espaço

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Do espaço vem mais uma manifestação de apoio e sustentação ao Manguaça Cidadão. A Agência Espacial Europeia (ESA, de European Space Agency) manda fermento de pão e de cerveja para a Estação Espacial Internacional (ISS).

O objetivo é saber se é possível a fermentação produzir proteína em ambientes de gravidade zero. O material será encaminhado pelo foguete russo Soyuz TMA-16. Antes que alguém queira atribuir a primazia dos conterrâneos de Boris Yeltsin à decisão, registre-se que a nave vai com um astronauta estadunidense e o canadense fundador do Cirque du Soleil Guy Laliberté.

Montagem: Futepoca

É só uma experiência, então, ainda não é isso. Mas chegam lá

Segundo consta, se tudo correr bem, os astronautas vão poder cozinhar e produzir sua própria cerveja em missões espaciais. Não há informações a respeito da possibilidade de assar o pão em forno a lenha nem se os copos usados para degustar a cerveja serão adequados.

A ESA garante que o álcool não seria danoso para os astronautas, mas ajudaria em sua saúde. Tomara que nenhuma blitz de polícia intergalática pare o pessoal da Soyuz para checar documentos. Ou, se parar, que não carreguem consigo bafômetros.

De alguma forma que é difícil de imaginar, os resultados podem ajudar a pensar novas formas de se produzir cerveja e pão para conservação mais longa.

segunda-feira, setembro 28, 2009

Os Santos ajudaram

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Tardelli e Fabão, dois personagens determinantes do jogo. Um pelos dois gols. Outro pela má atuação e o pênalti cometido

Foto: Estado de Minas\Uai



Chegar às últimas doze rodadas do Brasileirão com chances de lutar pelo campeonato ou por uma vaga na Libertadores é algo que nem os atleticanos acreditavam no começo do campeonato. Mas o jogo de ontem contra o Santos mostrou que o time voltou a uma boa fase e que está bem arrumado. Foi a melhor partida desde a vitória por 2 a 0 contra o São Paulo no Mineirão, ainda no primeiro turno.

Mais que o resultado, o importante foi o domínio quase o tempo todo, com poucas chances para o time da Baixada. A rigor, o Santos jogou bem os últimos 10 minutos do primeiro tempo e o começo do segundo. Passou por 10 minutos de pânico no início da partida e voltou a cair de rendimento depois do pênalti do Fabão e o gol de Tardelli.

Mas a destacar a falta de opções de Luxemburgo. Ele entrou com três volantes-volantes, até por falta de meias de ligação. No meio do jogo, trocou Emérson e Rodrigo Mancha por Pará e Germano, mas a história da partida não mudou. Depois do terceiro gol colocou o menino Neymar, mas o jogo já estava decidido. Com esse time e essas opções, em que se destaca o fraco sistema defensivo, será difícil o Peixe almejar algo mais neste campeonato.

No lado do Galo a confirmação do certo das contratações do goleiro Carini e do volante Corrêa. Um deu traquilidade à defesa. Outro a cada jogo melhora, com marcação e assistências. Junto com o retorno de Márcio Araújo e Éder Luís, o time adquiriu uma cara muito boa. Pode não ganhar nada, mas é o melhor time dos últimos anos do Galo. Até porque na reserva tinha Coelho, Ricardinho e Rentería, por exemplo. Falta ainda a volta do volante Serginho, a estreia do zagueiro paraguaio Benitez e a escalação de Ricardinho em toda uma partida quando entrar em forma.

Para meu modesto objetivo desde o começo do campeonato, fugir do rebaixamento, só falta um ponto. Depois dá para sonhar um pouquinho mais...