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Se a ausência de Neymar e Ganso, suspensos, já indicava que a possibilidade de show seria menor do que em outros jogos, o gramado encharcado do estádio do Mirassol só sacramentou essa impressão. Ainda sem George Lucas e Léo, novamente Dorival improvisou nas laterais, com Roberto Brum na direita e Pará na esquerda. No lugar dos infantes terríveis da frente, entraram Marquinhos e Madson.
Na primeira etapa, domínio santista. Jogando do lado do campo menos danificado, a equipe conseguiu tabelar e tocar rapidamente a bola e coube ao mais que útil Wesley marcar o gol aos 26, graças à movimentação de Madson, que abriu espaço para a finalização do meia. Tento merecido pelo maior volume de jogo da equipe alvinegra, apesar de um número bem menor de jogadas plásticas que nas pelejas anteriores. Mas o destino quis que em uma jogada de fliperama, uma falta cobrada pelo Mirassol que bateu em dois atletas peixeiros, o empate viesse ao 34.
Já no segundo tempo, Madson conseguiu fazer aos 12, por meio de uma bela cobrança de falta. E depois, jogando no lado do campo onde era impossível trocar passes rápidos, o time não conseguiu mais pressionar. O Mirassol se animou e, com sucessivas ligações diretas (vulgo chutões) passou a levar perigo. A substituição de Marquinhos para a estreia do lateral-direito Maranhão, claramente sem ritmo de jogo, fez com que o time santista perdesse o meio e também passasse a apelar para os lançamentos compridos. Ainda assim, a equipe do interior não teve força ofensiva (leia-se técnica) para empatar e o Peixe saiu vitorioso.
Esta foi a sétima vitória seguida e o Peixe consolidou a liderança quatro pontos à frente do vice-líder e a oito do primeiro colocado fora da zona de classificação. Não dá pra reclamar.
De positivo, a reestreia de Maikon Leite, esse sim um verdadeiro guerreiro, que retorna após outra gravíssima contusão. E, no primeiro lance, não teve medo e partiu para a dividida, mesmo em um campo pesado e encharcado. Em poucos lances, mostrou que pode ser útil a Dorival Junior, que hoje tem uma gama de opções ofensivas de dar inveja aos rivais, considerando-se ainda Zé Eduardo, Giovanni e o garoto Breitner. O problema é do meio pra trás, onde os alas titulares estão contundidos e as improvisações fragilizam a defesa alvinegra.