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Numa discussão meio lenga-lenga sobre a seleção brasileira, o bom repórter-comentarista Lúcio de Castro, do Sportv, levantou um argumento interessante. Por que se diz tanto que o Ronaldinho Gaúcho "não joga nada" na seleção e que o Kaká, esse sim, sabe honrar o manto canarinho?
Acompanho Lúcio e acho que Ronaldinho, entre os dois, fez mais com a camisa amarela. Mas vejam bem: não se trata de dizer que o dentuço está no panteão dos líderes históricos do Brasil; apenas acho que, se comparar entre um e outro, o Gaúcho está à frente.
Senão, vejamos o histórico de ambos na seleção. Gaúcho e Kaká disputaram duas Copas cada, as de 2002 e 2006. Na primeira, Kaká era apenas um garoto e foi convocado para ganhar experiência. Apenas atuou alguns minutos. Já Ronaldinho foi titular da equipe e fez uma Copa muito boa. Se não foi exatamente um cracaço, pode-se dizer que contribuiu e muito para o título que o time de Felipão ganhou na Ásia.
Já na Copa de 2006, o desempenho pífio dos dois foi igual. Kaká até enganou contra a Croácia, quando marcou um belo gol, mas de resto também não jogou porcaria nenhuma e fez parte do barco dos fracassados que foi aquele time.
Ronaldinho Gaúcho foi campeão da Copa América de 1999. Kaká e Ronaldinho ganharam a Copa das Confederações em 2005, e ambos também ficaram de fora dos títulos Sul-Americanos em 2004 e 2007.
Ou seja: desconsiderando-se amistosos irrelevantes, a carreira de Ronaldinho e Kaká com a seleção brasileira é quase igual (e bem fraquinha). A diferença é que um foi titular e jogou bem numa campanha de título da Copa do Mundo.
Então porque costuma-se apedrejar tanto o Gaúcho e tratar o Kaká como um ícone da seleção?