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Feito realizado ontem por Tim Howard no jogo entre Everton e Bolton. Sem mais comentários.
Dezembro está marcado por dois estudos de institutos britânicos que sugerem que o Brasil já seja a sexta maior potência econômica do mundo. A ultrapassagem do Reino Unido aconteceu em 2011, devido à crise econômica do país do Velho Mundo e pela pujança da nação emergente sul-americana.
Na segunda-feira, 26, o Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios britânico (CEBR, na sigla em inglês) conseguiu projeção por ter sido destaque em dois diários da terra da rainha – The Guardian e Daily Mail. A julgar pela edição de imagens, a economia canarinho é movida pela vista da Baía da Guanabara, pelo Cristo Redentor e pela ginga das mulatas sambando. Mas 13 dias antes, o lusitano Exame Expresso orgulhou-se de ver que a antiga colônia estava mesmo a cumprir seu ideal de tornar-se um imenso Portugal.
Mas não foi para fazer alusão ao Fato Tropical, de Chico Buarque e Ruy Guerra, que comecei este post.
Foi por me ver diante de um dilema e tanto envolvendo um gigante do samba, admirado por estas bandas tanto pela produção musical quanto, a despeito do fim trágico e prematuro, pelo desempenho em mesa de bar. Noel Rosa escreveu, com Orestes Barbosa, a divertidíssima Positivismo, em que começa logo ensinando que "verdade, meu amor, mora num poço". Nessa toada é que diz, mais adiante:
Vai, orgulhosa, querida
Mas aceita esta lição:
No câmbio incerto da vida
A libra sempre é o coração
É uma anti-história de fim de ano.
No Itaim, bairro nobre na zona sudoeste da capital paulista, o palco é uma sorveteria. Por esse dado, fica claro que ninguém do Futepoca presenciou os fatos, mas as fontes são fiáveis.
Em um dia acalorado de dezembro, o público consome com afinco as massas geladas de leite, gordura e espessante. Um carrão daquelas SUVs aproxima-se vagarosamente, em busca de vagas. Não vê nem pista de um lugar para estacionar conforme recomenda o Código de Trânsito Brasileiro. Aciona, então, o pisca-alerta e para o veículo em fila dupla.
Estava calor. Ela queria tomar sorvete. Desceu do carro e para a sorveteria dirigiu-se.
Tudo bem que o período de férias escolares faz a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-SP) reduzir as campanhas para não se estacionar dessa forma. Durante a época de retomada de aulas, no longínquo mês de fevereiro, pulularão faixas com esse tipo de orientação, com vistas a evitar trânsito. Agora, no recesso estudantil, também tem menos tráfego de automóveis, o que torna o problema menos grave.
Mas não teve nada a ver com quem passava o que se viu a seguir. Duas clientes terminaram suas bolas de sorvete, pagaram e acreditavam que poderiam ir embora. Mas estavam com o automóvel travado pelo carrão com o pisca ligado.
Assistiu-se a uma espera de 15 minutos. Nem era o fim do mundo para alguém que está de férias e, de fato, a paciência demonstrada pelas donas do veículo impedido de se mover foi digna da condição.
A madame da SUV voltou, refrescada, por certo. Olhou a situação e, sem esconder a satisfação de ter poupado seu próprio tempo, ensaiou aproximação:
– Ah, meu carro atrapalha?
– É, a gente quer sair e não pode... – respondeu a outra, com uma tranquilidade rara na estressante pauliceia.
– E você quer que eu tire o carro? – tentou de novo, agora com sarcasmo.
– Seria bom. E seria bom que, na próxima, que a senhora não parasse em fila dupla, bloqueando quem para corretamente na vaga...
Agora o sarcasmo deu lugar à irritação. De cara fechada, ela apelou:
– Aé? Aposto que vocês são daquelas petistas da USP!
Entrou no carro, e saiu cantando pneu. Quem viu não entendeu bem a livre associação. Houve quem achasse que era uma tentativa de estigmatizar a interlocutora. Outros, acharam que foi só uma forma de mostrar falta de informação, já que o pessoal na ocupação da reitoria da Universidade de São Paulo, em novembro, era bem mais à esquerda do que o PT – e bem resistente à partidarização pura e simples, como acontece com outros "Ocupes" por aí. Pessoalmente, acho que tem a ver com algum medo ancestral – lá de 1989, quando a elite paulistana acusava eleitores de Lula de querer tomar-lhes as casas para uma reforma urbana à lá socialista.
O mais provável é que tenha sido só o calor.
Um dado concreto é que, se fosse um bar em vez de sorveteria, pelo menos não haveria (ou não deveria haver) motoristas na história.
É sempre bom reler
Muito falei aqui sobre o “sonho” de vencer o Mundial em cima do time catalão, tido por muitos como um dos melhores da História. Mas hoje de manhã, meu perturbado inconsciente que me fazia acordar de tempos em tempos durante a madrugada, desenhou um 3 a 0 para os azuis-grenás. Tentei dormir de novo naquele momento, trapaceando a mente para alterar o resultado. Não consegui.
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Falar o que? |
Motivação e vaidade
"Vimos pela televisão a despedida do Santos no aeroporto e vimos como é importante este título para eles, mas é importante para nós também. Queremos levar o escudo de campeão mundial na camisa por uma temporada. Na Inglaterra, não dão muita importância ao Mundial, os jornais pouco falam, mas na Espanha é como na América do Sul, os jornais falam muito. Ser campeão do mundo não é uma coisa que não se pode repetir muitas vezes."
Cesc Fábregas, meia do Barcelona.
“Eu quero estar em condição. Se não entrar, quero estar no banco e saber que ele (Muricy) pode contar comigo. Agora não é hora de vaidade. Agora é hora de estar com o grupo e preparado.”
Léo, lateral-esquerdo do Santos
Dois hábitos (ou vícios, conforme a fonte) em baixa hoje em dia tiveram uma semana ruim no Brasil. Cigarro e bebidas alcoólicas sentiram o peso da mobilização antitabagista e contra as drogas agir e obter resultados. Aos fatos.
Cigarro
O cigarro está proibido de ser aceso em ambientes fechados no Brasil. A alteração na Lei 9.294, de 1996, foi promovida por um "contrabando" inserido na Medida Provisória (MP) 540, aprovada pelo Congresso Nacional em novembro. O jargão de parlamentares aplica-se a alterações na legislação que guardam nenhuma relação com o tema original da MP – no caso, aplicação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em obras da Copa de 2014 e outras medidas associadas – aliás, a forma como o Congresso quis que a grana do trabalhador fosse usada foi vetada pela presidente Dilma Rousseff.
A decisão sancionada por Dilma nacionaliza o que foi previsto em lei por Rondônia e por mais seis estados, incluindo São Paulo. Adeus aos fumódromos — mas também aos cabelos com cheiro de fumaça na balada, responderão os partidários da medida. Como a lei nem sempre é aplicada, já não haveria certeza de que o previsto no texto seria assegurado na prática. São Paulo que o diga. Tem site e tudo, mas não garante tanto rigor.
Neste caso, há um agravante. O Executivo ainda precisa regulamentar a medida. Isso quer dizer que é preciso emitir resolução dizendo quais são as consequências de se aspirar e expirar fumaça de derivados do tabaco em lugar fechado. Multa? Prisão? Chibatadas? A quem? Ao fumante ou ao estabelecimento? E se for em condomínio fechado, todos pagam pela chaminé do 302 que resolveu acender agora (sem nem apertar) em pleno salão de festas? Perguntas que serão respondidas quando o Ministério da Saúde se decidir.
Foto: Ricardo Matsukawa/Futura Press
Nesta sexta-feira, 16, o Corinthians amanheceu com um novo presidente. Na véspera, Andrés Sanchez afastou-se do comando do clube para, em suas palavras, "beber e trepar", segundo entrevista concedida na segunda-feira ao Diário de São Paulo. Ele deixou com o vice Roberto Andrade o cargo que ocupava desde o fatídico ano de 2007, que se encerrou com o rebaixamento da equipe para a segunda divisão do campeonato brasileiro – resultado mais vistoso dos desmandos a que o clube foi exposto durante a longa gestão de Alberto Dualib, em especial no período da parceria com a MSI. Quatro anos e uma reeleição depois, Sanches reúne conquistas importantes dentro e, principalmente, fora dos gramados.
Dentro de campo, em sua gestão foram conquistados três títulos: Brasileirão 2011, Copa do Brasil 2009 e Paulistão 2009. Teve também o título da Série B, mas esse só conta mesmo pelo retorno à primeira divisão. Mais do que os títulos, o que a gestão deixa é um time que disputou todas as competições com chances de vitória. Tanto que será a terceira participação seguida do time na Libertadores (considerando a palhaçada contra o Tolima como “Libertadores”, claro), coisa inédita. Futebol é um negócio complicado, que pode ser decidido numa jornada ruim ou num golaço inesperado, e não dá pra um dirigente garantir títulos. Dá pra garantir um time forte que chegue forte. E isso o Corinthians tem sido desde 2008.
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Joga nada esse moleque... (Leandro Amaral/Divulgação) |
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Tem mais no domingo (Ivan Sartori/Santos FC) |
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Marcelo Guimarães Filho: democracia? |
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A torcida aguarda dias melhores |
Uma loja virtual para negociar no atacado e no varejo com cooperativas de agricultura familiar. É a promessa do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) com a Rede Brasil Rural. A plataforma vai ser lançada nesta terça-feira, 13, em Porto Alegre, terra do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho (que pouco tem de fazendeiro, mas atende à representação do agronegócio na Esplanada).
A estrutura parece bem pensada, com ferramentas para facilitar o acesso de produtores a editais de licitação para compra de alimentos para merenda escolar. Acontece que Lei da Alimentação Escolar prevê que, no mínimo, 30% dos recursos para a merenda escolar sejam destinados diretamente a agricultores familiares.
Na próxima segunda-feira, no Artilheiros Bar, será lançado o livro Artilheiro indomável - As incríveis histórias de Serginho Chulapa. Escrita por Wladimir Miranda, com prefácio de Flávio Prado e apresentação de Mauro Beting, a obra teve participação de dois frequentadores deste espaço: este que escreve fez a coordenação editorial e o companheiro Moriti fez a edição de texto.
São inúmeras as passagens curiosas da vida de Chulapa, dentro e fora dos gramados. Tem, por exemplo, sua versão sobre o que aconteceu na Copa de 1982. “A minha Copa era a de 78. Era a Copa de choque. Cotovelada aqui, chegada ali. Mas poderia ter colaborado pra caramba na de 82. Eu também tive culpa. Aceitei ser pivô para os outros que vinham de trás. Fiquei jogando de costas. Todos mostrando futebol e eu tomando porradas." E diz que o time brasileiro não via na seleção italiana uma grande ameaça. "Nós não respeitamos a Itália. Também não respeitei. Pensei: a Itália veio de três empates, vamos arrebentar os caras. O empate era nosso. No final, deu no que deu: não deu."
O futebol brasileiro ainda vive os rumores, suspeitas e estranhamentos (dependendo da fonte) pela derrota inapelável do Atlético-MG diante do Cruzeiro no fim de semana por 6 a 1, e duas notícias mostram que o mundo da bola anda mais perto do crime do que o normal.
Marmelada em resultados não é esporte exclusivamente nacional, pelo menos no que diz respeito a levantar acusações. A goleada do Lyon sobre o Dínamo de Zagreb também deu o que falar. O time francês precisava tirar uma vantagem de sete gols de saldo que o Ajax, segundo colocado no grupo, tinha de vantagem. Na terceira posição no grupo, era preciso um milagre para tirar a margem e se classificar para as oitavas de final da Liga dos Campeões. O jogo foi 7 a 1. Do outro lado, o Real Madrid surrou os holandeses por 3 a 0 (quer dizer, os conterrâneos de Tibério Cláudio César Augusto Germânico bem que poderiam ter ganho "só" de 5 a 1, o que seria praticamente insuspeito). Frank De Boer, técnico do Ajax saiu acusando para explicar por que errou tão feio no excesso de autoconfiança.
Vicente Cândido, deputado federal (PT-SP), está no centro de alguns rolos nacionais, como bem retratou perfil publicado no jornal Valor Econômico. O de maior relevância para a maior parte dos brasileiros – e também para o Futepoca – é a relatoria da Lei Geral da Copa do Mundo de 2014.
O substitutivo foi apresentado na terça-feira (6) na comissão especial que trata do tema na Câmara Federal. Houve algumas mudanças, as mais comentadas foram duas. Primeiro, reservou-se dois terços dos 3 milhões de ingressos para estrangeiros. Apenas 1 milhão fica para brasileiros. Romário, igualmente deputado federal (PSB-RJ), não gostou e saiu acusando gravemente Joseph Blatter.
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Vicente Cândido ataca "hipocrisia" |
Com a definição dos dois rebaixados que faltavam na Série A, a Série B de 2012 está completa. Foram dois paulistas que conseguiram o acesso: a campeã Portuguesa, recordista de gols numa edição da Série B, marcando 80 vezes, uma a mais que o Corinthians em 2008; e a Ponte Preta; e dois pernambucanos, o vice Náutico e o Sport. Mesmo assim, os paulistas continuam dominando a Segundona, são cinco representantes do estado, Bragantino, Grêmio Barueri, Guarani, Americana e São Caetano. Já Pernambuco ficou sem representantes, com a queda do Salgueiro para a Série C.
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O "maestro" do Sport, Marcelinho Paraíba |