Destaques

sábado, abril 26, 2008

Instruções para ler o jornal

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O general mexicano Francisco Serrano fumava e lia, afundado numa poltrona do cassino militar de Sorona.
O general lia o jornal. O jornal estava de cabeça para baixo.
O presidente, Álvaro Obregón, quis saber:
- O senhor sempre lê o jornal de ponta-cabeça?
O general concordou.
- E se pode saber por quê?
- Por experiência, presidente, por experiência.

(Do escritor uruguaio Eduardo Galeano, no livro Bocas do Tempo, Editora LP&M)

sexta-feira, abril 25, 2008

Sem cerveja no Brasileirão

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mfajardo/Flickr


CBF e Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça assinaram hoje um Termo de Adendo ao Protocolo de Intenções, com medidas que para diminuir a violência nos estádios em todo o país.

Nobre não?

Pelo compromisso, as vistorias feitas em estádios de futebol antes das partidas de campeonatos organizados pela CBF serão regulamentadas, ou seja, iguais em todos os casos.

A segunda decisão é a proibição da venda de bebidas alcoólicas nos jogos. Agora mineiros, cariocas e outros felizes moradores de cidades e estados que não proibiam o álcool nos estádios não poderão mais tirar sarro da paulistada aqui.

Sim, é a única vantagem. Um minuto de silêncio pela morte das cervejas nos estádios.

Para ler a defesa do companheiro Marcão em prol das cervejas nos estádios, clique aqui.

(corrigido às 19h39)

Ponte Preta, Inter de Limeira e Palmeiras de 2008 e de 1986

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Os secadores que começaram.



Comparações com ou sem sentido entre 1986 e 2008:

Ponte Preta Inter
Cores Pretoe branco Brancoe preto
Cidadede origem Campinas Limeira
Patrocinador Multinacionalsuíça de impermiabilizantes e marca de meias nocalção Marcade multinacional japonesa glutamato monossódico (temperooriental)
Técnico SérgioGuedes, ex-goleiro do Santos Pepe,ex-ponta esquerda do Santos
Adversáriona semi-final Guaratinguetá Santos
Jogos 18 38
Vitórias 10 18
Empates 4 13
Derrotas 4 7
Aproveitamentopontos ganhos 62% 64%
Golsmarcados 34 59
Golsmarcados/jogo 1,9 1,6
Golscontra 21 33
Golscontra/jogo 1,2/td> 0,9
Artilheiro Renato(8) Kita(23)



Comparações do Palmeiras
1986 2008
Técnico Carbone Vanderlei Luxemburgo
Anos sem título paulista 10 12
Resultados na primeira fase contra oadversário da final 3x1 em casa e 0x0 fora 2x1 em casa
Time Martorelli Marcos
Diogo Élder Granja
Marcio Henrique
Vágner Bacharel Gustavo
Denys Leandro
Lino Pierre/Martinez
Gérson Caçapa Léo Lima/Wendell
Mendonça Valdívia
Éder Aleixo Diego Souza
Jorginho Kleber
Mirandinha Alex Mineiro
Reservas quase titulares Edmar/Edu Manga Denilson/Lenny


Martorelli e Denys foram estigmatizados para a eternidade por causa do lance do segundo gol da Inter. Gerson Caçapa ficou mais temporadas. E por aí vai.

O deputado, o açude e a dengue

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O deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT), está internado com dengue no Hospital Santa Luzia, em Brasília, desde a última terça-feira. Os sintomas começaram no dia 18, quatro dias depois que o parlamentar retornou de uma viagem a sua cidade natal, Acari, no Rio Grande do Norte - um dos focos de dengue mais incisivos daquele estado. Nas fotos abaixo, flagrantes da visita, quando o parlamentar esteve no tancão do Gargalheiras:

O prefeito de Acari, Juarez Bezerra (PR), e Vicentinho

Para incentivar o deputado, Bezerra pula primeiro

Vicentinho toma coragem e desfere seu salto mortal

O deputado mergulhando nas águas paradas do Gargalheiras

Nadando tranqüilo, após o salto: quatro dias depois, dengue

Pelé e Pepe tabelam na aposta na Ponte Preta. Lula também

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Primeiro foi Pelé, segundo a coluna "De Prima", do "Lance!". "É bom tomar cuidado com a Ponte, que tem tudo para surpreender".

Entende?

Por mais que eu torça pra ele estar errado, é bom dizer que é mentira que o Rei do Futebol só dê bola fora nos palpites. Ele tinha um mau-pressentimento no jogo entre Brasil e França nas quartas-de-final de 2002, e disse que a parceria do Corinthians com a MSI não ia dar certo.

Depois o Pepe: "Olha, com todo o respeito ao Palmeiras, eu torço para que a Ponte possa beliscar esse título, como aconteceu com a Internacional há 22 anos", declarou o ex-técnico da Internacional de Limeira. "Vai ser difícil, o Palmeiras tem uma grande equipe, um bom treinador e até pode ser considerado favorito. Mas confio na Ponte Preta".

O atual supervisor de futebol da Itapirense, de Itapira (SP), na Série A-3 do Paulistão, foi o técnico vencedor em 1986, contra o Palmeiras.

Depois da derrota foi que eu descobri, aos seis anos de vida, entre lágrimas e uma tristeza sem fim, que eu era parmerista mesmo... Antes, eu nem sabia direito o que era torcer.

Natural que se seque o time grande numa decisão contra um do interior. Até o presidente Lula recebeu camisa da Ponte.

Reprodução: GloboEsporte


São Marcos salve o Palmeiras de tanta torcida contra.

Imprensa que eu gosto!

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Na noite de quinta-feira (24), na Rede Brasil, a legenda acima permaneceu no ar durante TODO o programa de entrevistas do secretário de COMUNICAÇÃO de São Bernardo (SP), Raimundo Salles. Ou seria comunicassão?

Sogra dá despesa até em homenagem de clube

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Recebi o seguinte emeio: "Dia 28 de abril é comemorado o dia da nossa tão querida sogra. Lembrando disso, o São Caetano Esporte Clube tem o prazer em convidar todas as sogras dos nossos associados para passar um final de semana com muito lazer". Logo em seguida, vem a observação: "Lembre-se: será obrigatório a realização do exame médico, aos que interessar entrar (sic) nas dependências das piscinas". E, lá no finalzinho, um asterisco: "O valor do exame será cobrado normalmente".

Sandro Goiano e Nelsinho param o Palmeiras

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O Palmeiras não conseguiu sair de casa com vitória na primeira partida das oitavas-de-final da Copa do Brasil. O time de Sandro Goiano, o volante, e do técnico Nelsinho Batista se segurou bem e perdeu uns gols feitos no contrataque.

Pelo rádio e pelos melhores momentos, não foi uma atuação de gala do escrete verde-limão-siciliano, mas o goleiro Magrão mostrou que ele é muito mais do que o arqueiro que sofreu o milésimo gol de Romário.

A lista das defesas fora de série feita pelo GloboEsporte é de dois chutes de Kléber, uma cabeçada de Martinez, uma bomba de Léo Lima de fora da área, e uma cobrança de falta de Henrique.

O eterno Sandro Goiano tomou cartão amarelo no fim do primeiro tempo e está suspenso do jogo de volta. Até as minhas canelas se sentem aliviadas. O volante Bia também desfalca o Leão por ter sido expulso por uma cotovelda pra lá de questionável em Valdívia. O que vale a pena levar em conta é que o meia chileno e o atleta do rubro-negro haviam discutido instantes antes. Longe de justificar a expulsão, pode ser uma teoria pra explicar o que, na minha opinião, o carioca Djalma José Beltrami viu no lance ao cometer o erro.

Outra pisada de bola da arbitragem foi num lance no segundo tempo em que o goleiro Marcos do Palmeiras saiu do gol e trombou estabanadamente com um atacante não identificado pela minha pessoa. Nem falta o árbitro marcou (se marcasse, provavelmente pintaria o cartão vermelho).

O Verdão criou chances, teve mais posse de bola, mas não marcou. Complica pra volta. É verdade que um empate em um ou mais gols dá vantagem ao time paulista, mas isso não chega a ser simples na Copa do Brasil em geral e contra o Sport de Recife, na Ilha do Retiro, na quarta-feira, dia 30. Vide brasileiro de 2007.

Léo Lima fora
O autor do primeiro gol na vitória sobre o São Paulo por 2 a 0 está fora da partida contra a Ponte Preta. Leo Lima saiu no intervalo contundido.

"Revolução dos cravos" derrubou 48 anos de ditadura

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Portugal comemora hoje 34 anos da chamada "Revolução dos Cravos". Nessa mesma data, em 1974, um golpe militar derrubou a ditadura que vigorava desde 1926, comandada, em sua maior parte, por Antônio Oliveira Salazar (à esquerda). O ditador havia falecido em 1970, dois anos depois de dar lugar, no governo, a Marcelo Caetano. A queda do regime autoritário foi precipitada pelas guerras nas colônias portuguesas na África. Durante a década de 1960, surgiram em Moçambique, Angola, Guiné, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde guerrilhas pró-independência.

Com exceção de Guiné, os movimentos foram sufocados. Mas esses conflitos forçaram Salazar e o seu sucessor Caetano a gastar a maior parte do orçamento do país com a administração colonial e despesas militares. Assim, a guerra colonial tornou-se motivo de discussão nacional e bandeira das forças anti-regime. Milhares de estudantes e manifestantes foram forçados a abandonar Portugal para escapar da prisão e tortura.

No dia 24 de abril de 1974, um grupo de militares comandados por Otelo Saraiva de Carvalho instalou secretamente o posto de comando do movimento golpista no quartel da Pontinha, em Lisboa. Às 22h55 foi transmitida a canção "E depois do Adeus", de Paulo de Carvalho, pelos Emissores Associados da capital portuguesa - um dos sinais previamente combinados pelos golpistas. O segundo sinal foi dado às 0h20, com a transmissão de "Grândola Vila Morena", de José Afonso, pelo programa Limite, da Rádio Renascença, que confirmava o golpe e marcava o início das operações. O locutor foi Leite de Vasconcelos, jornalista e poeta moçambicano.

Dizem que o símbolo do golpe surgiu porque uma florista, contratada para levar cravos para a abertura de um hotel, foi abordada por um soldado, que pôs uma dessas flores em sua espingarda. Em seguida, todos os outros do pelotão o imitaram (foto ao lado). Após a derrubada do governo ditatorial, Portugal passou por um período conturbado que durou cerca de 2 anos, comummente referido como PREC (Processo Revolucionário Em Curso), marcado pela luta e perseguição politica entre as facções de esquerda e direita. Em 25 de abril de 1975, ocorreram as primeiras eleições livres para a Assembléia Constituinte, vencidas pelo PS (Partido Socialista). Durante o PREC, as colónias africanas e o Timor-Leste tornaram-se independentes.

Em homenagem à "Revolução dos Cravos", o brasileiro Chico Buarque compôs "Tanto mar", cuja letra original, posteriormente censurada e modificada, dizia o seguinte:

Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim

Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim

Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também que é preciso, pá
Navegar, navegar

Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim


(Letra original, gravação editada apenas em Portugal, em 1975)

quinta-feira, abril 24, 2008

Quando a fase é difícil, nem São Jorge salva...

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Ontem foi dia de São Jorge, padroeiro do Corinthians e, para homenageá-lo (e pedir uma força), o clube promoveu uma procissão com a imagem do santo e também uma missa. Porém, como se pode ver no vídeo acima, quando ia adentrar a capela houve uma desinteligência entre aqueles que conduziam a imagem, que se espatifou no chão.

Aqui, tentam ainda "reconstruir" o malfeito. Mas ao que parece não foi possível. Contudo, Marlene Matheus, vice social, assegurou que a imagem quebrada não foi aquela adquirida na Capadócia (terra natal do santo, na Turquia), e abençoada pelo Papa João Paulo II, em 1990. Era apenas um genérico.

Som na caixa, manguaça! - Volume 18

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CERVEJA BARATA
(Rock Rocket)

Pelas ruas da cidade
Vou andando procurando um qualquer boteco pra poder tomar
Não sou muito exigente não sou intransigente
Quero apenas um lugar para encharcar
Pode ter ratos
pode ter barata
e a garçonete pode ser travesti
Que nunca limpem o banheiro nunca puxem a descarga
e os cachaceiros passem o dia inteiro ali
mas a cerveja barata
cerveja barata
Pelas ruas da cidade
Vou andando procurando um qualquer boteco pra poder tomar
Não sou muito exigente não sou intransigente
Quero apenas um lugar para poder encharcar
Pode ter ratos
pode ter barata
e a garçonete pode ser travesti
Que nunca limpem o banheiro nunca puxem a descarga
e os cachaceiros passem o dia inteiro ali
mas a cerveja barata
cerveja barata
cerveja barata
cerveja na veia

(Do CD "Por Um Rock and Roll mais Alcoolatra e Inconsequente", Trama Virtual, 2006)

Definidas as oitavas-de-final da Libertadores

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Com o final da última partida da primeira fase da Libertadores, entre São Paulo e Atlético Nacional da Colômbia, foram definidos os confrontos que marcarão o início do mata-mata no torneio continental. Com a vitória do Tricolor, assegurada por Alex Silva (foto), não haverá agora nenhum jogo entre times brasileiros. Caso o árbitro da partida não tivesse anulado o gol legítimo do rival do clube do Morumbi e a partida terminasse empatada, teríamos um Flamengo e São Paulo logo de saída. Confira a tabela abaixo:

Jogo A - Fluminense X Nacional (COL)
Jogo B - Flamengo X América (MEX)
Jogo C - River Plate (ARG) X San Lorenzo (ARG)
Jogo D - Atlas (MEX) X Lánus (ARG)
Jogo E - Cruzeiro X Boca Juniors (ARG)
Jogo F - Estudiantes (ARG) X LDU (EQU)
Jogo G - Cúcuta (COL) X Santos
Jogo H - São Paulo X Nacional (URU)

A tabela foi elaborada de forma que evite o cruzamento dos melhores da primeira fase (ou de quem os eliminar) até as semifinais. Ou seja, o vencedor de A pega o de H, o B o de G e assim por diante. Mas, se dois times do mesmo país chegarem às semifinais, eles terão necessariamente que se enfrentar. E a chance disso ocorrer com Brasil (que tem cinco times entre os 16) e com a Argentina (cinco times também) é grande. Inclusive pode haver uma semifinal entre brasileiros e outra entre argentinos.

A partida mais interessante das oitavas, pelo menos para os brasileiros, é Cruzeiro e Boca Juniors, atual campeão e sempre candidato à taça. A equipe mineira decide o confonto em casa, embora isso não tenha sido uma grande vantagem na última edição. Dos oito classificados para as quartas, apenas três times que jogavam a segunda partida em casa avançaram em 2007.

O diário argentino Olé define a partida entre River (líder do Clausura) e San Lorenzo (três pontos atrás do time de La Plata) como "duelo de titãs". Já o blogue Muy Boca destaca o atacante Marcelo Moreno e alerta que, das quatro ocasiões que o time celeste foi ao Mineirão, perdeu três e empatou uma. Entre os comentários do site, muito respeito em relação ao clube das Alterosas.

Caso os times brasileiros sejam bem sucedidos em seus confrontos, duas quartas-de-final serão tupiniquins: o clássico tricolor Fluminense e São Paulo e um revival da final do Brasileiro de 1983, Flamengo e Santos. Claro que precisa combinar com os adversários das oitavas antes, mas que seria excelente pros de cá, seria...

quarta-feira, abril 23, 2008

Pé redondo na cozinha - O político manguaça

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Marcos Xinef

O ano era 1993 e eu trabalhava em um hotel bem conhecido na cidade de Jaboatão dos Guararapes (foto), em Pernambuco. O dia começou agitado: tínhamos que preparar um jantar para um figurão político da região. Para piorar, nosso excelente cozinheiro Manoel jazia dormindo no estoque do restaurante, desmaiado de pinga.
Mas isso me deu uma idéia.

Ciente de que o político também era chegado na manguaça, assumi os preparativos e, para agradar, avisei que prepararia um espaguete com camarão na cachaça. O político lambeu os beiços e eu mandei buscar um litro da “marvada” para preparar a iguaria.

Depois de refogar o camarão, procurei pela cachaça. Porém, o litro, que há dois minutos estava ali na cozinha, tinha sumido. Desconfiado, fui até o estoque: esparramado no chão, Manoel mamava na garrafa os últimos quatro dedos da bebida. Não sei como, mas seu instinto de pinguço o havia despertado do coma alcoólico para enxugar mais um litro de aguardente.

Desesperado, pois não havia outro litro de pinga no recinto (e nem tempo hábil para mandar buscar), fui até o bar do hotel e peguei a primeira garrafa que vi pela frente, um litrão de uísque. O resultado foi a receita que passo a seguir. Detalhe: com o paladar pra lá de treinado, o político manguaça notou a substituição da pinga pelo uísque. Mas aprovou a receita.

ESPAGUETE AO MOLHO DE CAMARÃO E CREME DE UÍSQUE

Ingredientes (para 6 pessoas):
1,5 kg de camarão médio sem casca
2 colheres de sopa de cebola picada
10 ml de azeite
300 ml de creme de leite fresco
150 gramas de catupiry
150 ml de uísque
Sal a gosto

Preparo:
Refogue bem os camarões, com a cebola, no azeite (até dourar bem). Adicione o uísque e aqueça em fogo baixo (sem flambar, para não perder o álcool – isso é muito importante!). Adicione o creme de leite, aqueça e coloque o catupiry (para dar sabor e textura). Mexa bem até ficar homogêneo. Cozinhe o macarrão, misture ao molho e sirva.


Sugestão do chef Xinef: o resto do uísque pode ser consumido junto com os comensais, enquanto aguardam o prato. Mas não convidem o Manoel!



*Marcos Xinef é chef internacional de cozinha, gaúcho, torcedor fanático do Inter de Porto Alegre e socialista convicto. Regularmente, publica no Futepoca receitas que tenham bebidas alcóolicas entre seus ingredientes.

Tipos de cerveja 7 - As Brown Ale

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As Brown Ale são cervejas com sabor acentuado, forte presença de lúpulo e muito habituais em produções caseiras. São similares às American Pale e American Amber Ales, diferindo destas por terem uma componente mais forte de caramelo e chocolate, que servem para equilibrar o lúpulo e teor amargo. A cor varia de castanho avermelhado a castanho escuro e a espuma é creme e não muito duradoura. Possui menos álcool que uma Porter e tem, em geral, um sabor complexo e bem balanceado. Acompanha bem sobremesas, carnes e queijos. O site português www.cervejasdomundo.com recomenda, para degustação, a Samuel Smith's Nut Brown Ale (foto), a AleSmith Nautical Nut Brown Ale e a Scotch Irish Corporal Punishment (rótulo) - que ostenta em seu nome a expressão "punição corporal", como adverte o desenho do oficial de vermelho, com um bastão na mão. A ressaca deve ser uma paulada...

Reeleito, Juvenal Juvêncio ataca a Ponte Preta

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Bom perdedor ganha uma e fica assim...

Reeleito presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio assumiu atacando a Ponte Preta, adversária do Palmeiras nas finais do campeonato paulista. "A Ponte Preta é igual peru de natal, morre na véspera". Mais adiante, lembrou da final do estadual de 1977, quando o Corinthians saiu da fila de 23 anos diante do time campineiro. "Quero ver quem será o novo Rui Rei".

Juvenal Juvêncio não explicou quem teria sido o "novo Rui Rei" na final de 1981, disputada contra o São Paulo.

Foto: Rubens Chiri/Divulgação SPFC

"Ieu?!?" – Juvenal Juvêncio, no momento da posse. O flagrante é
desfavorável e não há indícios de que o cartola estivesse bêbabo.


Rui Rei era a esperança de gols da Ponte Preta em 1977. Foi expulso aos 15 minutos do primeiro tempo da terceira partida da final (a primeira vencida pelo alvinegro paulistano por 1 a 0, e a segunda pela Macaca, por 2 a 1, de virada). Na temporada seguinte, foi contratado pelo Corinthians, mas não chegou a desenvolver a carreira que se vislumbrava. O conjunto expulsão, título corintiano e contratação rende muita história de que o centroavante teria forjado o cartão vermelho por supostamente ter sido comprado antes do jogo. O jogador nega. "Houve pressão psicológica. Infelizmente, o país vivia um momento político muito complicado e a vitória do Corinthians traria mais calma, já que o clube estava há muito tempo sem vencer", declarou.

O ex-atleta considera justa a expulsão promovida por Dulcídio Wanderley Boschilla, devido aos excessos verbais que cometeu no lance.

Repercussão
Em sites tricolores, há insinuações em comentários de internautas de que Juvenal Juvêncio teria feito a troça sob efeitos de álcool e não na emoção de ter derrotado a oposição encabeçada por Aurélio Miguel, o vereador e ex-judoca.

Torcedores da Macaca não gostaram. O PontePreta.net atacou: "Se a PONTE PRETA para Juvenal Juvêncio é Peru, para morrer de véspera, que tipo de animal poderíamos afirmar que o São Paulo é?" Pegaram pesado.

A terra tremeu ou você que bebeu?

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Às 21 horas, não senti tremor nenhum na editora em que trabalho, talvez por ser térrea. Liguei pra minha irmã em São Vicente, local mais próximo do epicentro, e ela também não viu o tal bicho, embora muita gente tenha ficado assustada em prédios da orla da praia.

O fato é que foi o maior tremor já registrado no estado de São Paulo, com 5,2 graus na escala Richter, podendo ser snetido em pelo menos três outros estados. Obviamente, por termos pensamento fixo, os futepoquenses imaginaram como os manguaças, que já tinham tomado umas e outras às nove da noite, encararam o fato. Buscamos na internet relatos a respeito, mas parece que os alcoolizados estão temerosos em falar (ou estão de ressaca).

O jornalista Luiz Carlos Azenha, no Vi o Mundo, sentiu o tremor e culpou a falta de álcool. "Eu estava escrevendo aqui em casa quando o prédio começou a tremer. O computador tremeu. Eu achei que era algum problema de saúde, ou falta de bebida alcoólica".

E a política?

Obviamente, é impossível negar as implicações políticas do tremor. Ontem, na Record News, vi a atriz Bete Coelho, que mora no bairro de Higienópolis, dizendo que esperava alguma informação "vinda de Brasília"para se sentir segura. Não sei sela falava do Observatório Sismológico da UnB ou se ela era a pioneira em fazer uma conexão do terremoto com o presidente Lula.

Segundo comentários, se fosse na era FHC, a grande imprensa saudaria o terremoto como "coisa de primeiro mundo", exaltando as qualidades desse novo país. Já hoje, há quem especule que o presidente fará um pronunciamento dizendo que "nunca, na história da República, houve um tremor dessa intensidade...", completando com "numseiquelá, numseiquelá, numseiquelá".

Mas acredito que a versão mais crível é a grande imprensa culpar o Alexandre Nardoni ou mesmo a outra bola da vez, a ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff. Nesse caso, alguma obra do PAC poderia ser a causadora do abalo sísmico. Ou mesmo a Petrobras, com suas perfurações subaquáticas irresponsáveis. Ou você acha que é coincidência o epicentro do terremoto ser na Bacia de Santos. Hein? Hein?

Relato manguaça

Deixemos as conspirações e elocubrações midiáticas de lado e vamos ao que interessa. Você, que estava manguaçando por volta das 21 horas, sentiu o tremor? Sim? Não? Não importa a reposta, deixe aqui seu comentário porque certamente você será censurado nos grandes portais. Nesse balcão, você tem voz!

terça-feira, abril 22, 2008

Pra não dizer que não falei de Minas

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Como estava escrito nas estrelas desde o século passado, Atlético e Cruzeiro decidem o Mineiro/08, embora as semifinais não tenham sido tão fáceis quanto parecem pelos resultados.

O Galo sofreu nas duas partidas para ganhar do talvez mais bem arrumado time do interior. Não havia nenhum craque no Tupi de Juiz de Fora , mas uma equipe que deu trabalho nas duas partidas.

Em comum, nos dois jogos, os gols decisivos de Renan Oliveira, menino de 18 anos que entrou nos segundos tempos e marcou os tentos decisivos. É para olhar com muito carinho quem faz seus primeiros jogos no profissional e não é decisivo em apenas uma partida.

Na outra semi, o Cruzeiro entregou o primeiro jogo, em que estava ganhando por 4 a 1 e permitiu o empate por 4 a 4, mostrando falhas em sua defesa. No domingo agora, saiu perdendo de um a zero e só foi virar no segundo tempo, principalmente porque o Ituiutaba ficou com um jogador a menos quase em todo o segundo tempo.

Previsões aqui sobre a final, que começa no próximo domingo, nem f... Só a torcida para que o Galo ganhe, é claro.

Site de Câmara Municipal tem hinos de clubes

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Um colega procurava um contato na internet quando, por algum motivo, caiu no site da Câmara Municipal de Juranda, município paranaense. Clicando daqui e dali, encontrou no site gravações de "hinos pátrios" (nacional, da bandeira, da independência, da marinha, do Paraná e até o toque de silêncio!) e, pasmem, de clubes de futebol. Entre eles, do Fortaleza, América-RJ, Atlético-MG, Botafogo-RJ, Corinthians, Cruzeiro, Vitória, Vasco, Flamengo, Fluminense, Goiás, Grêmio, Palmeiras, São Paulo, Santos, Sport de Recife e mesmo o da gloriosa Ponte Preta. Só faltaram, curiosamente, os hinos dos clubes paranaenses. Quem quiser pode conferir:

www.e-prefeituras.pr.gov.br/sites/prefeitura/cmjuranda/HINOS.HTM

Banalização total do crime

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O Carnaval da imprensalona – e da população, macaca de auditório – no caso Isabella Nardoni vem me revoltando e embrulhando o estômago até a náusea. De tão enojado, nem me dispus a escrever algo sobre o assunto. Mas o texto "Show da imprensa na morte de Isabella", do jornalista Hamilton Octavio de Souza, professor da PUC-SP, publicado no Brasil de Fato, veio sintetizar minhas considerações. Vamos a alguns trechos:

"Não é de hoje que a chamada grande imprensa empresarial - os principais veículos de comunicação de alcance nacional - exploram de forma sensacionalista crimes bárbaros e situações que são transformadas em escândalos com uma dimensão desproporcional em relação a outros fatos e acontecimentos mais relevantes para a sociedade."

"No caso da morte da menina Isabella, aparentemente uma fatalidade (como tantos outros casos isolados que ocorrem diariamente pelo Brasil afora), a cobertura da mídia - na busca de audiência e de aumento de vendagem nas bancas - tratou como se fosse uma novela, com capítulos diários recheados de detalhes irrelevantes e paralelos, mas dosados - com a ajuda da Polícia, do Ministério Público e do Judiciário - de suspense suficiente para manter o telespectador (leitor e ouvinte) aprisionado no enredo da história."

"Apenas para destacar esse tratamento diferenciado, no mesmo dia da morte da menina, 150 soldados da tropa de elite da Polícia Militar do Rio de Janeiro invadiram uma favela e assassinaram 10 pessoas. Não foi a primeira vez, nos últimos meses, que a PM do Rio cometeu tamanha barbárie contra uma comunidade pobre. No entanto, a grande imprensa nacional deu apenas um pequeno registro desse crime violento praticado pelos agentes do Estado."

"Do ponto de vista da relevância social, o crime do Rio atenta contra toda a sociedade, pois representa uma violação bárbara de direitos. No entanto, o tratamento dado para esse genocídio carioca é o da banalização total do crime, é o do rebaixamento do valor das vidas humanas porque os mortos estão localizados na escala mais baixa das condições de vida no País."

"Do ponto de vista do espetáculo e da comercialização dos fatos, o caso da menina Isabella 'permite' muito mais exploração inconseqüente do que as 10 mortes do Rio de Janeiro. No caso da Isabella, a mídia dissecou todos os detalhes possíveis, entrevistou dezenas de pessoas, desde parentes até colegas e professores. No caso do crime do Rio, o assunto morreu no mesmo dia e o povo brasileiro nada ficou sabendo sobre as vítimas, quem eram, quais as suas histórias, o que faziam, quem são os seus parentes e porque foram assassinadas."


Concordo em gênero, número e grau.

A íntegra está aqui.

Tarifa de Itaipu será ou não renegociada? Você decide

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Manchetes da Folha e do Estadão desta terça-feira (22/04).

Loiras russas formam seu próprio partido

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Elas são 20% da população do seu país, mas sofrem com piadinhas sobre sua suposta pouca inteligência, além de toda sorte de preconceitos. Agora, as loiras russas tentam combater a intolerância se unindo em torno de um partido político, o Partido das Loiras.


"Uma loira nunca passa despercebida. Sempre chama a atenção. Além disso, é o elo mais fraco. Tanto homens como mulheres as ridicularizam e ninguém as leva a sério. Façam o que façam, são sempre bonitas e tolas", denuncia Marina Voloshinova (foto), secretária-geral da agremiação, em entrevista à agência EFE.
O mais curioso é que a dirigente do Partido das Loiras é... morena. "Pintei meu cabelo uma vez, mas não ficou muito bom. Para ser membro não é preciso ser loira. Mas é necessária a recomendação de outros dois membros e superar um período de teste, no qual o aspirante deve demonstrar um compromisso ativo com o partido", justifica.
Como seu próprio exemplo indica, para fazer parte do partido não é preciso ser loira, nem mesmo mulher, já que, dos cinco mil integrantes, um terço são homens (não se sabe se os mesmos têm segundas intenções). "Ser uma loira é um estado mental. Você pode ser loira por fora ou interiormente. Trata-se de ser otimista e não levar a vida tão a sério", filosofa.

Programa político
Um dos objetivos do partido é conseguir loiras famosas para ajudar a divulgar suas diretrizes políticas. Estão na lista de convidadas a tenista Maria Sharapova (à esquerda) e Ksenia Sobchak, apresentadora de televisão conhecida como a "Paris Hilton russa" (à direita)."Esperamos receber o apoio delas, nos seria de grande ajuda para combater os preconceitos. Para os homens russos, é mais fácil tratar as loiras mal, do que de igual pra igual. Isso demonstra que são mais fracos que as mulheres", argumenta Voloshinova.


Mas já existem alguns pontos do programa que será esmiuçado no primeiro congresso partidário, dia 31 de maio, que deve definir também a plataforma eleitoral para uma candidatura presidencial em 2012. "Um dos principais pontos de nosso programa é promover a pequena empresa. As mulheres russas são mais ativas que os homens na hora de abrir lojas ou pequenos negócios. No entanto, na Rússia, as grandes corporações sempre são a prioridade", sustenta, destacando também a necessidade de incentivar que as mulheres com filhos possam estudar. Ela prega também a promoção de valores como a não-violência, o respeito à tradição e a tolerância.

Será que no Brasil haveria espaço para um partido desses? E quem seriam as líderes?

domingo, abril 20, 2008

Palmeiras e Ponte Preta na final. Pronto, não foi a arbitragem

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O título do post é só pra dizer que todo o resto -- o imbróglio do intervalo, o apagão depois do segundo gol, de Valdívia -- é que vai ser o tema da semana, não a atuação do trio de preto, comandado por Wilson Luiz Seneme.

Parte dos são-paulinos vai concordar com Adriano, ao final do jogo, ao dizer: "claro que gostaríamos de estar na final, mas tem o jogo de quarta, na Libertadores". Outros, vão xingar a expulsão de Alex Dias, vão ver impedimento no toque de Lenny para Valdívia e vão ressoar o que a mídia descobrir sobre os episódios que envolvem quem não estava em campo.

Na véspera da partida, o experiente goleiro Marcos disse que quem tinha feito intriga e esquentado o clima do jogo (cartolas) não entraria em campo. Uma crítica direta tanto à diretoria do Palmeiras quanto do São Paulo, mas também um apelo para que tudo se resolvesse com a bola nos pés. Ou nas mãos, no caso do arqueiro (não de atacantes, por favor).

O apagão foi bizarro. Precisaria muita desinteligência para a diretoria mandar fazer isso. Não acho que foi por um motivo simples: seria muita estupidez desnecessária. Por isso, temo que achem algum funcionário para culpar se a pressão da mídia e do rival for muito forte.

Mas tem o episódio do tal "gás de pimenta" ou "spray de pimenta" no vestiário durante o intervalo que fez Muricy (e só o Muricy) passar mal. O policiamento culpa torcedores que teriam atirado o spray pela janela. O presidente do São Paulo diz que num estádio assim não pode ter jogo. Muricy, outrora o sóbrio, diz que nem em jogo de várzea isso acontece. Tá bom.

Valdívia mandou algum zagueiro do São Paulo ficar quieto depois do tento (no universal gesto de "psiu!"), o que lhe rendeu um encontrão na hora e um tapa-de-mão-lambida de Rogério Ceni, enquanto a luz não voltava. Se vão enquadrá-lo na determinação de não incitar sei-lá-o-que nas comemorações, não sei. Dá-lhe pano pra manga.

A preocupação: como conter o ânimo da torcida e o clima de favoritismo na final contra a Ponte Preta. Contra o líder Guaratinguetá, foram duas vitórias do quarto colocado na fase final. Os dois times empatam em números de gols marcados, os melhores ataques.

A semana vai ser repleta de reportagens sobre o Palmeiras e Internacional de Limeira em 1986. Denys e Martorelli, por favor, evitem os jornalistas!

Palmeiras na final. Pode ganhar o título Paulista depois de 12 anos. No banco, um elenco bom (nem 40% do de 1996). Vão ter que jogar bola pra parar a Ponte.


Recheio de polêmica
No começo da partida, Neto, comentarista da Bandeirantes, disse que quem poderia definir o jogo era Valdívia, pelo Palmeiras, e Hernanes, pelo São Paulo. Hernanes? O cara é um marcador de seleção. Arriscou duas de fora da área que poderiam mudar toda a história, ok.

Mas a chave do São Paulo na maioria dos jogos, na minha visão, está nos pés de Jorge Wagner. O meia tricolor foi bem marcado, mas mesmo quando conseguiu alçar a bola à área, não teve tanto sucesso quanto em outras partidas. Adriano foi mais bem marcado por Gustavo que, eventualmente, se revezava com Henrique, mas correu o jogo todo. Hugo, no segundo tempo, entrou pra dividir e sofrer faltas perto da área. Desempenhou a função. Borges? Entrou?

No Palmeiras, tudo bem que Valdívia tenha um papel importante. Mas Leo Lima, pra mim, tem uma função tática que foi coroada com o gol que fez.

Durante a partida, meu medo de que o caldo poderia desandar acabou (acabou) quando Rogério Ceni passou quase dois metros da bola no primeiro gol do Palmeiras No chute saturado de efeito, o mérito do gol é de de Leo Lima, autor do chute venenoso. Mas não é comum ver um goleiro como Rogério passar assim (ninguém falou em ineditismo, nem em invensibilidade, só não é comum). A tarde era verde.

Depois, o que se poderia esperar do jogo: São Paulo pra cima (chuta pro mato!), e contrataques do time da casa. Foi assim que saiu o gol. Aliás, Lenny puxou dois desses, um do gol pré-apagão, outro em que quis fazer seu primeiro com o manto alviverde. Não deu, mas ele já pode ser chamado de talismã, arma-secreta ou qualquer jargão futebolístico que estiver à mão. Foi quem sofreu o pênalti na primeira partida da semi-final.

A interrupção de energia aos 39 da segunda etapa esfriou a partida, mas não impediu o São Paulo de atacar.

Palmeiras na final. E, vizinho do Palestra Itália em festa, não saio de casa nos próximos 90 minutos. Grande vizinhança barulhenta.

Enquanto isso, no Rio: Botafogo ganha com dois a menos

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No Rio, deu a Estrela Solitária diante do Fluminense. O gol da classificação saiu aos 40 do segundo tempo, dos pés de Renato Silva, que estreou no futebol sob o comando de Cuca no Goiás, depois de ser desprezado pelo tricolor carioca. A matéria tá pronta. O alvinegro terminou com dois a menos, mas a segunda expulsão, de Jorge Henrique, aconteceu aos 48 da segunda etapa.

A final do estadual, contra o Flamengo, repete a decisão de 2007, quando o rubro-negro levou a melhor. Neste ano, as duas partidas são no Maracanã, nos domingos 27 de abril e 4 de maio.