Destaques

Mostrando postagens com marcador vasco. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador vasco. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, junho 09, 2011

De 1 a 0 em 1 a 0, a liderança - após dois anos

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Assim como na partida contra o Figueirense, um gol solitário garantiu a (pra lá de suada) vitória do São Paulo contra o Atlético-MG, ontem, pela terceira rodada do Brasileirão. O belo chute do volante Casemiro (foto), no primeiro tempo, colocou o Tricolor na liderança do campeonato, o que não ocorria desde o segundo semestre de 2009. Mas a vida do São Paulo não foi fácil lá em Minas Gerais, muito pelo contrário. Tomou sufoco o jogo inteiro, bola na trave e várias chances reais de gol dos atleticanos - que, pra variar, devem estar reclamando muito da arbitragem, por conta de lances duvidosos em que o juiz preferiu não marcar pênalti.

O que ficou clara foi a inoperância do ataque sãopaulino. O gol surgiu num passe do (bom) volante Welington para o também volante Casemiro. O decantado Lucas perdeu dois gols feitos e sumiu, assim como o apagado Dagoberto. No final do segundo tempo, depois de meia hora de muita pressão do Atlético, Paulo César Carpegiani botou Marlos, que, mesmo com o pulmão zerado, não conseguiu prender a bola no ataque. Juan segue jogando muito mal e, na outra lateral, Jean quase não foi acionado. Rodrigo Souto prova que sua mente já deve estar em outro clube. E os saldos positivos, além da vitória e da liderança, foram a defesa, que mandou muito bem com Xandão e Luiz Eduardo (mais Bruno Uvini no final) e o fato de equipe já ter vencido duas vezes fora de casa, o que pode fazer diferença lá na frente. Mas é óbvio que, apesar das três vitórias, é muito, muito cedo pra qualquer prognóstico.



Ex-técnicos campeões
Demitido do São Paulo há dez meses, após a eliminação na Copa Libertadores contra o Internacional-RS, o técnico Ricardo Gomes (foto à esquerda) conquistou ontem, com o Vasco da Gama, a Copa do Brasil - o torneio que Carpegiani não conseguiu ganhar. Pelo critério de gols marcados fora de casa, a derrota por 3 a 2 para o Coritiba, no Paraná, foi suficiente para os vascaínos garantirem o título. Curioso é que o antecessor de Gomes no São Paulo, Muricy Ramalho (à direita), levou o Santos ao título paulista deste ano e está a dois passos de vencer a Copa Libertadores, contra o uruguaio Peñarol. Vale lembrar que o técnico "tampão" que comandou o São Paulo entre Gomes e Carpegiani, Sérgio Baresi, foi o campeão da Copa São Paulo de futebol júnior em 2010 - ou seja, há menos tempo que o último caneco levantado pelo time principal, o Brasileirão de 2008. E, no mês passado, o antecessor de Muricy no time sãopaulino, Paulo Autuori, foi bicampeão da Copa do Qatar, com o Al Rayyan. Nada, nada, garantiu vaga na próxima Liga dos Campeões da Ásia, principal competição do continente, que dará ao vencedor o direito de disputar o Mundial de Clubes da Fifa em 2012. Legal, né, Juvenal?

quarta-feira, setembro 29, 2010

Feliz 2011

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Agora não tem mais jeito. Com a derrota de ontem para o Vasco, por 3x1, o Santos decididamente está fora da briga pelo título do Brasileirão. Jogadores, dirigentes e técnicos deixaram o campo com aquele discurso do "enquanto houver chances matemáticas, acreditaremos", mas no fundo todos sabem que não há como reverter a complicada situação na tabela. O Santos tem mesmo que esperar por 2011.

Tudo é muito triste, principalmente pelo que o Peixe fez no primeiro semestre. O Santos foi o melhor time do Brasil na primeira metade do ano. Foi avassalador e conquistou os dois títulos que disputou. E fez com que sua torcida acreditasse que o Brasileirão era um sonho viável.

Mas aí... primeiro vieram as negociações. André e Wesley foram vendidos, e Robinho não pôde permanecer. Depois o azar: num lance aparentemente bobo, Ganso arrebentou o joelho e se ausentou pelo restante da temporada. Por fim, os problemas gerenciais: Neymar e Dorival Júnior brigaram, houve erros de todos os envolvidos, e o Santos perdeu seu treinador.

Não vou ficar reacendendo a história e nem quero dizer que Neymar ou Dorival são vilões. Só deixo registrado que é chato, para o torcedor santista, ter que ouvir coisas como "precisamos de um técnico que tenha tempo para trabalhar", "é hora de montar o time para a próxima temporada", "a coisa tem que ser bem planejado", quando parecia que tudo já estava planejado, já estava montado. É uma reconstrução que, parecia, não teríamos que encarar.



O jogo
Perder sempre é triste. Mas tem aquela história: perder para um time bem montado (como foi para o Corinthians) é mais compreensível do que para um time ruim. O que é o caso do Vasco. O time treinado por PC Gusmão é fraquíssimo, indigno da tradição de tantas equipes boas já montadas no clube da Colina.

Durante toda a partida, seguiu-se um roteiro do Santos com maior qualidade ante um Vasco com mais vibração. E mais acurácia em seus arremates. Foi assim que a equipe cruzmaltina fez 2x0, ainda no primeiro tempo.

O Santos padecia de mais dinamismo no seu setor ofensivo. Marquinhos, decididamente, não pode mais ser titular do Santos. Dá a impressão que ele segue sendo escalado pelo seu caráter e pela liderança que tem no grupo - características legais, mas que não podem servir para determinar que alguém seja titular no Santos. Já Zezinho, inserido entre os titulares... bem, sei lá. Ele deve ser melhor que Pelé nos treinamentos durante a semana. Só isso explica.

Neymar fez a parte dele, se movimentou, mas é difícil fazer chover em um time mal armado. E quando se tem Marcel como centroavante, tudo fica ainda pior.

Agora, o campeonato do Santos será dificultar a vida dos rivais (sábado tem clássico contra o Palmeiras) e ver quem presta e quem não presta no time para 2011. Chato.

segunda-feira, setembro 13, 2010

É a cabeça, irmão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Não imaginava de nenhuma maneira que este ano meu Galo estivesse disputando uma das gloriosas vagas do rebaixamento.


O investimento foi alto, jogadores como Fábio Costa, Réver, Diego Souza, Ricardinho, Daniel Carvalho, Obina, Tardelli fazem do Atlético um das cinco maiores folhas salariais deste campeonato.

E ainda vem a cara comissão técnica do gênio Luxemburgo.

Nada disso deu certo até agora.

Talvez por um motivo simples, o desmonte do time que foi campeão mineiro e a montagem de outro em pleno começo do Brasileirão.

Por melhor que sejam os jogadores, isso não costuma dar certo. Mas foi a opção.

Com os maus resultados, outro problema.

Jogava-se bem mas, invariavelmente, no primeiro turno, o resultado acabava sendo a derrota. Bolas na trave, chances perdidas na cara do gol, para tudo ser resolvido num chute de fora da área acertado pelo adversário.

Mais ansiedade, mais falta de confiança e mais resultados negativos, ciclo porque já passaram diversos times.

A esperança de torcedor vem de um fato diferente neste segundo turno, que ainda está em sua segunda rodada.

Contra o Vasco, o time jogava bem, tomou gol e se perdeu mais uma vez, mas conseguiu o empate no final do segundo tempo.

Ontem, contra o Prudente, várias chances desperdiçadas no primeiro tempo, bola na trave etc. Quando tudo caminhava para um empate desastroso em casa, novo gol no final do segundo tempo de Obina. O quinto gol em três jogos.

E isso num momento em que o time jogava mal e era fácil prever que o Prudente faria um gol no contra-ataque a qualquer momento.

Pelo menos nesses primeiros dois jogos, a história mudou.

Que isso volte a dar confiança aos jogadores e que continuem a pelo menos fazer pontos e tirar o Galo do rebaixamento.

É pouco, muito pouco, mas é o que se tem.

É que não teve futebol

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

É verdade que não assisti ao jogo entre Palmeiras e Vasco no domingo. Terminou 0 a 0, a exemplo do que ocorreu no primeiro turno. Quem assistiu, não gostou.

Não teve muito futebol. Luiz Felipe Scolari continua falando em pensar em 2011. Apesar de haver mais atacantes em campo, não houve meio de campo para levar a bola. No chutão, na trombada, nada aconteceu. A marcação vascaína resolveu. Incômoda 13ª posição.

É o pior desempenho desde 2002, o ano do trágico rebaixamento. Melhor mudar de assunto.

terça-feira, junho 08, 2010

Setes fora, nada...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Na sétima rodada do brasileiro, cinco derrotas e zona do rebaixamento para o Galo, completadas no 1 a 0 para o Ceará em pleno Mineirão.


Que o fantasma de 2005, espero, seja apenas uma farsa da história. Mas a era Luxemburgo, com sua melhor comissão técnica do Brasil, como sempre repete o presidente Kalil, tem de se penitenciar de pelo menos por um equívoco.

Dispensou jogadores que, bem ou mal, formavam a base do time campeão mineiro. Saíram porque Luxemburgo não quis os volantes Jonilson, Carlos Alberto e Correa. Com exceção do último, os outros não farão falta. Mas, com a contusão do Zé Luís, o Galo ficou praticamente sem nenhum volante e teve de escalar juniores na fogueira nas últimas partidas.

Isso, em parte, explica a má fase da defesa, a mais vazada do campeonato até agora. Além das más partidas dos zagueiros e dos goleiros (estes em revezamento eterno, ninguém se firma, seja Aranha, Marcelo ou Carini).

A promessa é que depois da parada da Copa do mundo tudo será diferente com a estreia de jogadores como o meia equatoriano Jorge Mendez, o meia atacante Daniel Carvalho, a volta do volante Serginho e do atacante Obina. Além da possível contratação do goleiro Fábio Costa e da promessa de novos jogadores.

Espero que melhore, claro. Mas do alegado projeto de dois anos da dupla Kalil/Luxemburgo, pelo menos seis meses já foram perdidos. Claro que gosto de ganhar campeonato mineiro, mas isso é pouco, muito pouco ainda.

Atléticos na zona - Piada sem graça olhar a tabela e ver os três atléticos na zona de rebaixamento acompanhados do Vasco. Puxando sardinha para meu lado, acho que o Galo sai logo dessa zona indesejada, mas Vasco e Atlético Goianiense terão muita dificuldade para subir. Do Atlético Paranaense não falo nada em respeito à dona Simone.

domingo, junho 06, 2010

Santos 4 X 0 Vasco - A alegria voltou à Vila

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Sem Neymar e Arouca, e com toda uma pressão da imprensa que insiste em retratar uma dita crise na Baixada, o Santos entrou em campo sabendo que tinha que dar uma resposta à própria torcida, que já começava a desconfiar (e cornetar) o time. Superior tecnicamente ao adversário, o time dominou o Vasco no primeiro tempo, mas não foi um domínio amplo. A equipe cruzmaltina marcou bem, principalmente o cérebro santista Paulo Henrique Ganso, que em poucas ocasiões tinha menos de dois defensores vascaínos em seu encalço. Assim, até a metade do primeiro tempo as chances rarearam e o time carioca conseguia seu intento de suportar a pressão peixeira.

Àquela altura, Madson era mais meia do que atacante, a despeito dos apelos de Dorival para que o substituto de Neymar ficasse mais à frente. Quando esteve mais próximo de André como queria o treinador, levou perigo. Deu uma bela assistência para o nove santista que mostrou a tranquilidade dos grandes centroavantes, mas contou com um capricho do destino que impediu a sua bola de entrar aos 30, tocando a trave e voltando para as mãos de Fernando Prass.

Logo depois, após uma jogada duvidosa em que parecia não poder pegar uma bola recuada, o arqueiro não reparou que Léo estava atrás e jogou a pelota no chão para fazer a reposição. O lateral foi mais rápido, pegou a bola e sofreu o pênalti que poderia ter resultado na expulsão de Prass, que só tomou cartão amarelo. Mas o lance resultou no gol de André, aos 33. Depois disso, o Santos ainda teria mais oportunidades em contra-ataques, mas uma certa falta de solidariedade misturada ao desentrosamento na frente impediram o Santos de ampliar a vantagem.

No início do segundo tempo, em uma disputa de bola, Rodriguinho, que entrou no lugar de Arouca, se contundiu. Maranhão entrou na lateral direita e Pará se tornou volante.  E menos de dois minutos após sua entrada, aos 7, o lateral, que até hoje enfrenta a desconfiança da torcida alvinegra, acertou um belo chute e fez o segundo na Vila.

O Santos passou a envolver o adversário, com a bola de pé em pé, como em seus melhores momentos no ano, quando em determinadas ocasiões espreitava o adversário para marcar. E assim foi que Madson achou sozinho André, que não desperdiçou a chance de fazer o terceiro aos 17. Dancinha, comemoração com Arouca e Neymar que viam a partida, e a alegria parecia estar definitivamente de volta à Vila Belmiro.



Dois minutos após o gol, Fumagalli, que havia entrado há menos de dez minutos, cometeu uma falta violenta em Pará e foi expulso. Os espaços cresceram, o meia Zezinho entrou no lugar de Léo, forçando nova mudança de posição de Pará, que passou para a lateral-esquerda. Na verdade, o menino entrou para jogar como atacante no lado esquerdo, mantendo o esquema tático de Dorival e os ataques pelas laterais. A volúpia por gols - a mexida do treinador mostrava isso - tinha voltado e Wesley quase marcou o quarto aos 26. Mas este veio aos 28, em jogada de persistência de Zezinho, que cruzou para Madson fazer o dele.

Ganso saiu aos 29 para a entrada de outro jovem, Breitner. Depois disso, Fernando Prass ainda fez uma grande defesa em cabeçada de Edu Dracena, André tirou um gol de placa de Maranhão, Zezinho foi fominha e não serviu o centroavante peixeiro, Cesinha tirou uma bola em cima da linha... Como em outras partidas neste ano, o Alvinegro fez muitos e poderia ter feito outros tantos. O goleiro Rafael foi quase um espectador da partida. Com o 4 a 0, o Peixe igualou a maior goleada nos confrontos entre as duas equipes em Brasileiros.

De resto, o Santos mostrou o que já se sabia, que tem elenco do meio pra frente. Atrás, Maranhão, adquirindo mais confiança, também pode ser útil no futuro, enquanto Madson jogou sua melhor partida há tempos, e sua presença no gramado voltou a ser decisiva. Terminar essa fase pré-Copa em alto astral, com goleada, não é pouca coisa pelo tanto que andou se falando a respeito da equipe. A alegria voltou e tomara que permaneça no segundo semestre.

domingo, maio 16, 2010

Um 0 a 0 de dar sono em São Januário

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Vasco e Palmeiras deixaram o gramado do estádio São Januário com o placar inalterado. Um jogo ruim em que os visitantes conseguiram jogar pior do que os mandantes. No primeiro tempo, o Vasco foi melhor. No segundo, errou tanto por nervosismo que permitiu que o alviverde equilibrasse. Por equilíbrio, entenda-se: todos tentavam igualmente não fazer gols.

O Palmeiras jogou num 4-4-2 de três volantes (Pierre, Márcio Araújo e Marcos Assunção). Combinado a Ewerthon e Robert na frente, tendo só Cleiton Xavier como fornecedor de bolas, não rolou. O meio de campo defensivo não prestou nem para trocar passes.

Se o adversário fosse melhorzinho, o time teria problemas, mas felizmente a equipe cruzmaltina não teve pontaria. Nem mesmo quando Cleiton Xavier trombou com Marcos, o Goleiro, e a sobra ficou para Souza.

Para a próxima partida, contra o Grêmio no Palestra Itália, o sucesso do Palmeiras depende do tamanho da ressaca do Tricolor Gaúcho no meio de semana.

Chega logo, Copa!

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Veteranos que resolvem

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Muito se fala do Paulistão deste ano como "campeonato de veteranos", com Roberto Carlos (Corinthians), Giovanni (Santos), Marcos (Palmeiras), Rogério Ceni e Marcelinho Paraíba (São Paulo), Roque Júnior e Juninho Paulista (Ituano), Lopes e Christian (Monte Azul) e Marcos Assunção (Barueri), entre outros. Mas hoje, ao ver a lista de artilheiros do Campeonato Carioca, me deparo com outros dois velhos conhecidos dividindo a ponta, com 6 gols cada um: Dodô, do Vasco, 35 anos (à esquerda) , e o interminável Marcelo Ramos, do Madureira, 36 anos (à direita). Ao ver a inoperância dos ataques do São Paulo, com Roger e Marlos, e do Palmeiras, com Robert e Joãozinho, me pergunto se esses dois "vovôs" não teriam um lugarzinho nesses times, nem que fosse no banco de reservas. Ambos, aliás, já jogaram pelo tricolor e pelo alviverde, sem brilho. Mas, diante da atual (e triste) situação, talvez fossem melhor aproveitados.

domingo, dezembro 06, 2009

Ranking sobre uma década de Brasileirão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Hoje, além da última rodada do Brasileirão atual, encerrou-se uma década de futebol brasileiro. A década em que, seguramente - e falo sem ironia - o futebol nacional mais se mostrou sério. Afinal, depois da pataquada da João Havelange em 2000, chegamos a 10 Campeonatos Brasileiros consecutivos sem uma virada de mesa sequer. Quem caiu, foi rebaixado e jogou à Segunda Divisão, voltando para a elite (ou não) dentro de campo. E tudo isso é muito bom.

Com 10 anos também se pode fazer análises mais precisas sobre o desempenho dos clubes. Ver quem foi bem, quem foi "fogo de palha" e quem se sustentou como referência no futebol.

O Futepoca fez um levantamento com o "pódio" dos Campeonatos Brasileiros de 2000 pra cá. Com a listagem dos primeiros, segundos e terceiros colocados de cada edição elaboramos dois rankings, com os seguintes critérios: o primeiro, para continuar o espírito levantado pela palavra pódio, é o Olímpico - nele, uma única medalha de ouro vale mais que milhares de medalhas de prata, a mesma coisa valendo para a combinação de pratas e bronzes. E outro critério tem como inspiração uma referência cultural aos jovens da minha geração, o jogo Jogos de Verão, do Master System. Nele, para se definir a classificação final dos competidores após o término das provas, se adotava o seguinte critério: o primeiro lugar em cada prova rendia cinco pontos, o segundo três, e o terceiro apenas um. Aí se fazia a somatória dos pontos para se chegar à tabela definitiva.

Antes dos rankings, só a citação rápida de todos os pódios. Respectivamente, primeiro, segundo e terceiro colocados. 2000: Vasco, São Caetano, Cruzeiro; 2001: Atlético-PR, São Caetano, Fluminense; 2002: Santos, Corinthians, Grêmio; 2003: Cruzeiro, Santos, São Paulo; 2004: Santos, Atlético-PR, São Paulo; 2005: Corinthians, Internacional, Goiás; 2006: São Paulo, Internacional, Grêmio; 2007: São Paulo, Santos, Flamengo; 2008: São Paulo, Grêmio, Cruzeiro; 2009: Flamengo, Internacional, São Paulo.

Critério Olímpico:


Critério "Jogos de Verão":


Agora, um pouco de reflexão sobre os números encontrados.

Natural a ponta do São Paulo em ambos os critérios. Por pouco que o Tricolor não dispara ainda mais nestre 2009, já que passou perto de levantar a taça mais uma vez. E o segundo lugar é do Santos - confirmando que a relação "boa administração" e "bom desempenho em pontos corridos" não é tão precisa quanto se fala.

Mais relevantes são as ausências. Do grupo dos 12 times mais geralmente considerados grandes, não figuram na lista Atlético-MG, Botafogo e o Palmeiras. Também não há nenhum nordestino - o "bronze" solitário do Goiás é a única consagração de um time de fora do eixo Sul-Sudeste.

E quais as reflexões de vocês a respeito?

domingo, novembro 29, 2009

E acabou a Série B de 2009

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Acabou neste sábado a Série B de 2009. Na prática, a última rodada definia somente o último dos quatro rebaixados, já que os classificados para a Série A e três dos que foram para a Série C já eram conhecidos. O Juventude, rebaixado para segunda divisão em 2007, perdeu para o Guarani em Campinas por 2 a 1 e vai disputar a Terceirona em 2010 junto com ABC (o lanterna), Campinense e Fortaleza.

O Vasco, campeão da Segundona, mandou quase o time todo reserva para Ipatinga e perdeu para a equipe da casa, que lutava para fugir do rebaixamento. O Guarani ultrapassou o Ceará e ficou com o vice, com o Atlético-GO na quarta posição. Os goianos vão disputar a primeira divisão 23 anos depois de sua última participação na Série A.

A política do cerrado e o "time de aluguel" de Campinas


O Atlético-GO é um desses casos curiosos de ascensão meteórica. Depois de quase ter seu estádio demolido para a construção de um shopping em 2001, conseguiu vencer a segunda divisão estadual em 2005 e no ano seguinte já disputava a final do campeonato goiano, ficando com o título em 2007. Em 2008, foi campeão da Série C e agora chega à elite do futebol brasileiro.

A turbulência para o Dragão do cerrado se manter na Série A pode vir de fora das quatro linhas. O presidente do clube, Valdivino de Oliveira, é também secretário de Fazenda do governo do Distrito Federal, que está lidando com um rotundo escândalo que pode resultar no impeachment de José Roberto Arruda. O cenário pode complicar ainda mais nos próximos dias e Juca Kfouri já cantou a bola.

Outro clube que conseguiu um acesso duplo foi o Guarani. Curioso que, no meio dos acessos para a Série B e a A, o Bugre caiu para a segunda divisão do Paulista. Nada mais exemplar do cenário caótico do futebol daqui. Do time que caiu na partida contra o Bragantino, apenas um jogador, o reserva Dairo, participou também do jogo contra o Bahia, que decretou a volta do Guarani à Série A. Uma equipe totalmente reformulada, com a batuta do técnico Vadão, que recomendou a contratação de muitos atletas que disputaram o Paulista em equipes que disputariam a Série C e D no segundo semestre.

Como vai disputar a segunda divisão do Paulista, as chances de manter os atletas é quase zero. Segundo as palavras do próprio Vadão, "atualmente o Guarani é um time de aluguel. Contratamos para esta temporada cerca de 27 atletas que, na sua maioria, pertencem a empresários ou empresas, interessados em lucrar no final do ano. Então, com a bela campanha nesta Série B, dificilmente eles ficarão aqui em 2010", afirmou à ESPN Brasil. Ou seja, o Bugre vai montar uma equipe para o primeiro semestre do ano que vem e outra, substancialmente distinta, para o segundo semestre. E pobre do treinador que tem que lidar com isso...

A volta de PC Gusmão


Já o Ceará, o popular Vozão ou Vovô, comemora o acesso e também o rebaixamento do rival. E se tem alguém com crédito na campanha é PC Gusmão. Ele assumiu a equipe na quarta rodada, no lugar de Zé Teodoro, com a equipe na zona do rebaixamento. Ficou três partidas sem vencer, chegou à lanterna e daí começou a reação que levou o Ceará ao G-4 ainda no primeiro turno. Agora, o treinador já é cotado como provável substituto de Dorival Junior em São Januário.

Quanto ao Vasco, a campanha foi razoavelmente tranqüila. Embora o time tenha terminado com nove pontos a menos que o Corinthians, campeão do ano passado, pode-se dizer que o campeonato de 2009 foi mais equilibrado, já que não tinha uma “baba” como o CRB, que terminou na lanterna com 24 pontos, 11 a menos que o ABC, lanterna dessa edição. O Barueri, com a pontuação de 2008 também não se garantiria no G-4 de 2009.

Como já é hábito entre os times grandes que caem, a torcida foi um diferencial na trajetória vascaína. A média foi de 25.730 por partida, maior que a do Timão do ano passado, mas menor que a do Santa Cruz em 2007 e que a do Atlético-MG em 2006. A média de público desse ano, sem contar o da última rodada, foi maior que a de 2008: 6.571 contra 6.291.

O público vexatório do Duque de Caxias


A média poderia até ter sido maior se não fossem Bragantino (725 pagantes por mando de jogo), Ipatinga (1.024), São Caetano (1.310) e do Duque de Caxias (1.683). No caso do time carioca, dois fatos a destacar: a média só não é a pior da Série B por conta do jogo contra o Vasco, realizado no Maracanã. No resto do campeonato, pelo estádio onde costuma mandar as partidas não ter a capacidade mínima exigida pela CBF, foi mandante em Mesquita e em Volta Redonda. Todos os jogos com públicos pífios.

Na sexta-feira, entretanto, uma verdadeira façanha do Duque em Volta Redonda, na vitória por 4 a 1 contra a Ponte Preta: cinco pagantes assistiram à partida. Isso mesmo, cinco testemunhas, o pior público da história da Série B. Se o regulamento permitisse alguma flexibilidade na questão da capacidade mínima, a equipe poderia ter jogado em casa e ter uma média um pouco melhor do que teve. Mas pedir racionalidade pra cartola às vezes é difícil...

Leia mais sobre a Série B no Série Brasil.

sexta-feira, novembro 20, 2009

Em tempo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Ontem, Dia da Bandeira no Brasil, foram completos 40 anos do milésimo gol do Rei Pelé, contra o Vasco da Gama, no Maracanã. Pelo caráter simbólico do que representam Edson Arantes do Nascimento e a hegemonia brasileira no futebol mundial, vale o registro deese momento histórico aqui no Futepoca.

quinta-feira, novembro 19, 2009

Falou e disse

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Na polêmica que se avizinha sobre o Corinthians facilitar ou não uma vitória do Flamengo para prejudicar o São Paulo na reta final do Campeonato Brasileiro, o atacante Washington, do tricolor paulista, bateu no ponto principal:

- Se fizermos nosso serviço, o Corinthians pode até perder de dez que seremos campeões, disse o centroavante, que terá toda a responsabilidade de estufar as redes nas próximas duas rodadas, pois Borges e Dagoberto foram suspensos pelo STJD.

O detalhe é que, em 2004, Washington quase foi campeão brasileiro pelo Atlético-PR, mas perdeu a taça para o Santos nas últimas rodadas. O que decidiu a disputa foi uma derrota para o Vasco no Rio de Janeiro. E agora o São Paulo vai até o estado vizinho para enfrentar o Botafogo...

sábado, outubro 31, 2009

Botafogo carioca liberou LSD paraguaio em 1968

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Em meio as deliciosas histórias de "Dez! Nota dez!", a biografia (à direita) do mitológico Carlos Imperial escrita por Denilson Monteiro (Editora Matrix, 2008), separei uma das que falam sobre futebol. Em 1968, Juan Zenón Rolón era um cantor paraguaio que defendia uns trocados na noite paulistana, sob a alcunha de Juancito. Contratado por Imperial para aparecer no programa "Barra Limpa", da TV Tupi, o rapaz foi rebatizado simplesmente como Fábio - a partir de Fábio Marcelo, nome usado anteriormente por um cantor amigo dele, que depois trocou para Herondy (aquele de "Não se vá", da futura dupla com Jane). Porém, apesar de agradar na televisão, o paraguaio não tinha contrato com gravadoras e não via a hora de entrar no estúdio. Quando abordava Imperial, este se limitava a dizer que ainda não havia chegado a hora. Foi aí que o futebol entrou como fator decisivo. Segue o trecho do livro que conta essa historinha:
.
Na final do campeonato estadual [do Rio de Janeiro], em 9 de junho de 1968, Imperial levou Fábio para conhecer o Maracanã. A decisão era entre o seu querido Botafogo e o Vasco da Gama. O Glorioso jogava pelo empate e tentava o bicampeonato. Imperial comentou com sua descoberta:
.
- Vamos ver se você é pé-quente.
.
Fábio demonstrou ser um verdadeiro talismã, pois logo aos 15 minutos Roberto marcou para o Botafogo, e aos 33 foi a vez de Rogério balançar a rede vascaína. Carlos vibrava e abraçava seu pupilo. Aos 15 do segundo tempo, Jairzinho marcou o terceiro, e Gérson liquidou a fatura cobrando falta aos 22. Botafogo 4 x Vasco 0. (...) Quando voltaram para a Miguel Lemos [rua onde ficava o apartamento do produtor/compositor], Imperial, ainda eufórico com a conquista do seu time, falou para Fábio:
.
- Você é realmente um pé-quente, amanhã vou chamar o pessoal da RCA Victor e falar para eles te contratarem.
.
Na segunda-feira, Imperial ligou para a gravadora e os executivos foram até a Miguel Lemos, onde o contrato foi assinado. Agora restava ao cantor providenciar duas músicas para um compacto simples. Fã dos Beatles, Fábio ouvia direto a polêmica "Lucy in the sky with diamonds", canção de duplo sentido, que alguns diziam se uma ode de John Lennon ao LSD. O paraguaio sabia que Imperial tinha ojeriza a qualquer tipo de droga, mas não dispensava uma boa polêmica. Resolveu arriscar.
.
- Imperial, os Beatles estão fazendo o maior agito com aquela música deles. A gente podia fazer a nossa aqui no Brasil. Eu já tenho os primeiros versos: "Lindo sonho delirante, hoje quero viajar".
.
A possibilidade de ganhar as páginas dos jornais falou mais alto, e Carlos resolveu embarcar no chamado som psicodélico. Ele e Fábio trabalharam a canção e fizeram uma segunda, "O Reloginho". As duas foram gravadas no estúdio Havaí, com a participação dos sempre eficientes Fevers.

Maracanã, 1970 - Leno, Tony Tornado, Guilherme Lamounier, Clara Nunes, Carlos Imperial, Antonio Adolfo e Tibério Gaspar



quinta-feira, junho 04, 2009

Bêbados &/ou famosos

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

E olha só quem é que compareceu ao Pacaembu, pra reforçar a Fiel contra o Vasco: o Skavurska. Segundo fonte segura, o Paulo Macari, que já pautou e já foi jurado do teste cego do Futepoca, o tiozinho levou uma garrafinha de uísque na meia e foi degustando durante a partida.

A foto é de Ken Fujioka.


A insustentável leveza do desarme

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Um zero a zero justo.

Será que posso descrever assim um jogo em que no segundo tempo um time praticamente só atacou e o outro se defendeu, com alguns poucos contra-ataques que, embora perigosos, não romperam a virgindade das traves do adversário? Depois de um primeiro tempo bastante equilibrado, o Corinthians viveu um segundo tempo de pressão constante, com o Vasco da Gama no ataque buscando obstinadamente o gol. Nossa natural e cultivada admiração pelo jogo ofensivo nos levaria a dizer que o time carioca merecia o gol e a classificação à final da Copa do Brasil. Mas isso seria impreciso, pois deslocaria os méritos a quem também não foi capaz de marcar.

Na realidade, os maiores destaques em campos foram esses dois artistas do desarme, Chicão e William. Poucos times suportariam tanto tempo de jogadas incisivas nas franjas de sua área sem fazer faltas, sem aceitar provocações e sem deixar que a bola efetivamente ameaçasse o gol de Felipe. O arqueiro alvinegro fez uma grande defesa – numa cabeçada de Elton, se não me engano – e teve que sair do gol em mais um momento decisivo.

Fiquei pensando em como descrever a atuação dessa zaga, e me vieram à mente ideias do escritor italiano Italo Calvino.

"Logo dei-me conta de que entre os fatos da vida, que deviam ser minha matéria-prima, e um estilo que eu desejava ágil, impetuoso, cortante, havia uma diferença que eu tinha cada vez mais dificuldade em superar. Talvez que só então estivesse descobrindo o pesadume, a inércia, a opacidade do mundo – qualidades que se aderem logo à escrita, quando não encontramos um meio de fugir a elas." (Cia. das Letras, 1990, trad. de Ivo Barroso)

É a leveza do toque, da movimentação, a não-violência de seus zagueiros que mais admira neste time do Corinthians. Em nenhum momento o time vascaíno conseguiu impor o seu peso, fazer valer a força de sua pressão. Ao contrário, quem se impunha, não pela força mas pela precisão do desarme, foram os zagueiros. O ataque do Vasco foi criativo e veloz, mas a arte do desarme está aí, em superar a qualidade do atacante sem agredir, jogando com chuteiras de pelica. Pois, lembra Calvino, "A leveza (...) está associada à precisão e à determinação, nunca ao que é vago ou aleatório".

Que me acusem de comemorar um empate. O ataque do Corinthians foi medíocre, o meio campo não criou nada. A defesa, porém, fez por merecer, e não só pela garra, mas por sua qualidade. Ainda haveria que mencionar a garra do restante time, em particular de Alessandro e Cristian, e até os momentos de brilho de Dentinho. Mas quis falar dos zagueiros.

A inércia do mundo


Do lado oposto, o do peso e da inércia, poderia comentar a pança do Ronaldo. Muito acionado, perdeu gols feitos, errou nas decisões sobre chutar ou tocar a bola em momentos decisivos, criou jogadas pseudogeniais, na verdade pequenos delírios – penso no toque de calcanhar que deu pro Cristian "chegar chutando" quando o volante estava lá do outro lado, na frente do Ronaldo... Nada disso é o que se espera dele.

Acontece que, quando é "poupado", Ronaldo inexoravelmente ganha peso, e isso deveria ser levado em conta. É como jogar na altitude. Precisa de um tempo de adaptação. Sem dúvida, o centro de gravidade se deslocou, e Ronaldo precisa de um tempo de jogo para reencontrar seu equilíbrio. Atenção para esta dica, Mano.

Mas para mim, o mundo mostra seu peso, sua inércia, sua incapacidade de se renovar quando sabemos da notícia de que um torcedor corintiano foi morto a pauladas e facadas por torcedores do Vasco (segundo notícias, reforçados por torcedores do Palmeiras). Não quero com isso insinuar que "a torcida" corintiana seja uma vítima e os vilões, os seus adversários. O torcedor assassinado sem dúvida é vítima. Mas o que eu quero é só lembrar que passam os anos e não conseguimos reinventar nossas vidas e transformar em "uma fase do passado" a realidade de brutal violência das torcidas. Ao final do jogo, corintianos queimaram um ônibus vascaíno, na saída do Pacaembu. Aqui a reportagem do Globo.com.



Com uma visão cada vez mais opaca, esses jovens não conseguem ver o óbvio, que estão se matando por nada – não é pelo time, não é pela honra nem pela glória: é por nada. É bonito e emocionante sentir a vibração de um estádio que canta que seu time é "sua vida, sua história, seu amor". Mas quando isso se torna literal e completamente verdade, quando o time toma todos os ínfimos espaços da vida e da história de um bando de jovens, uma estranha "ética" se forma, de índole religiosa ou militar: a ética do homem-bomba, que se mata e morre por fidelidade cega a um símbolo – neste caso, até o símbolo está ausente, o que há é um distintivo que deveria significar outra coisa que não uma bandeira de guerra, um valor absoluto...

Seria preciso entender mais a fundo esse fenômeno, não sei se alguém realmente o fez. Comportamento de massa, desconsolo, falta de praia... tudo isso me parece perfumaria na compreensão do sentido essencial da violência que faz com que milhares de jovens joguem fora aqueles que deveriam ser os melhores e mais inventivos anos de suas vidas.

CB: Inter e Corinthians, mas com dificuldade

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


A final da Copa da Copa do Brasil acabou sendo a óbvia, com Inter e Corinthians. Mas quem vê apenas o resultado não supõe o quanto foram difíceis as semifinais contra os desacreditados times do Vasco e do Coritiba.


A esquadra do Parque São Jorge classificou-se com dois empates, passando apenas por ter marcado um gol fora. O Coxa devolveu a derrota para o Inter na partida em Curitiba e ficou de fora por não ter feito mais um gol, mesmo com um jogador a mais em campo.

O que ficou claro é que em torneios mata-mata, conta menos a qualidade técnica e que garra e disposição, além de esquemas defensivos, fazem a diferença. E que torneios como a CB são extremamente interessantes...

Os dois técnicos desclassificados reclamam de pênalties não marcados a favor de seus times e, para falar a verdade, não vi os lances direito e vou ficar em cima do muro. Apesar de achar que o Gaciba, árbitro do jogo de São Paulo, sempre faz média com o mais forte.

Projetando a final, serão duas grandes partidas entre um time mais técnico como o Inter e outro aguerrido, com a cara do Mano Menezes e o talento (mesmo que gordo) do Ronalducho. Façam suas apostas. Eu, no bolão do começo do ano do Edu Maretti, cravei esta final, com vitória dos gaúchos...

quinta-feira, maio 14, 2009

Corinthians: 1 a 0 é bom, mas podia ter sido melhor

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O Corinthians foi melhor que o Fluminense durante os 90 minutos de jogo na noite desta quarta, no Pacaembu. Merecia melhor sorte do que o 1 a 0, que se é bom, poderia ser melhor.



No primeiro tempo, o Flu não viu a cor da bola. O Corinthians marcou em cima e trabalhava a bola com paciência e objetividade, o que às vezes falta. Já aos 10 minutos, Christian fez belo lançamento para Dentinho que saiu na cara de Fernando Henrique e chutou cruzado para fazer o único gol da partida. O atacante ainda meteu uma bola na trave pouco depois. Ronaldo ainda teve duas chances de ampliar, mas parou na boa atuação de Fernando Henrique.

No segundo tempo, o Tricolor voltou melhor e o Corinthians mais desanimado. O jogo ficou equilibrado e o Flu chegou a pressionar, tendo boas chances com Fred e Thiago Neves – este saiu na cara de Felipe mas chutou em cima do goleiro.

Mano Menezes trocou Dentinho por Morais e Douglas por Boquita, e a equipe melhorou. Já Parreira tirou Thiago Neves e colocou o excelente Conca, que está voltando de contusão, e sacou o atacante Michael para colocar Alan, mantendo o esquema.

O jogo ficou mais equilibrado, mas o Corinthians voltou a ter as melhores chances. Após bom passe de Ronaldo, André Santos chutou para mais uma defesa de FH. Morais e o centroavante fizeram boa tabela pela direita, mas a zaga cortou antes do chute do meia. Boquita chutou bem de fora da área e FH tirou com o pé.

E ficou por isso mesmo. O Corinthians agora pode empatar por qualquer resultado no Maracanã. Se fizer um gol lá, obriga o Flu a fazer três. Não levar gol em casa é uma boa vantagem, mas a classificação continua em aberto. Pelo que foi o jogo, podia ter sido mais. Faltou, talvez, vontade de atacar mais, especialmente no segundo tempo.

Destaque para o primeiro tempo de Dentinho, para a noção de posicionamento de Ronaldo, para a boa entrada de Morais e para a impressionante entrega de Alessandro, que correu o tempo todo e se tornou uma das principais opções para a saída de bola corintiana.

Do lado do Flu, o nome do jogo foi Fernando Henrique, comvárias defesas difíceis. Além disso, vi Fred mostrar inteligência e habilidade, jogando mais fora da área. Thiago Neves esteve apagado, mas Conca detonou. Queria ver jogando no meu time. Pena para o Flu que Thiago Neves deve sair em breve. Com Conca em forma e Leandro Amaral voltando de sua contusão, ia ficar um belo ataque.

Outros jogos

Se ainda está tudo em aberto entre Corinthians e Fluminense, no outro jogo da chave a fatura está quase liquidada. O Vasco goleou o Vitória em São Januário por 4 a 0, diminuindo muito as chances do time baiano. Mas é sempre bom lembrar que o Vitória enfiou 3 a 0 no Atlético MG na Bahia e depois recebeu de volta o chocolate em Minas. A história pode se repetir.

Na outra chave, a Ponte Preta e Coritiba empataram ontem em 2 a 2 em Campinas. Mau resultado para a Macaca, que levou dois gols em casa. E a partida mais esperada, entre Flamengo e Inter, terminou em 0 a 0. O Flamengo meteu duas bolas na trave e ainda obrigou Lauro a pelo menos uma defesa milagrosa, mas não resolveu. Não tomou gols em casa, mas vai ter que decidir no Beira Rio.

Reforços – O Corinthians anunciou hoje a contratação do volante Moradei, do Bragantino, que esteve no Parque São Jorge no esquecível 2007. É um bom marcador e só, vem para ser reserva de Christian caso se concretize a ida de Fabinho para o Fluminense. O outro nome comentado pelo pessoal da SporTV é mais interessante: o meia-atacante Edno, da Portuguesa. Bom de bola, seria uma excelente opção.

Ah, sim: uma matéria no Lance afirma que Andres Sanches foi à Inglaterra conversar como meia Deco, que está no Chelsea semmuito espaço depois da saída de Felipão. Ouviu que é quase impossível o jogador se livrar de seu contrato de três anos. A matéria diz também que o comentarista e ex-craque Neto disse na Band que Sanches andou conversando também com Assis, irmão e procurador de Ronaldinho Gaúcho. Enfim, acredite quem quiser.

quinta-feira, abril 23, 2009

A zebra pastou na Vila Belmiro

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Junte os seguintes ingredientes: falta de concentração em função de uma final à vista, elenco sem muitas opções e ainda reduzido por contusões, má pontaria e pouca sorte. Pronto, está aí a receita de uma zebraça, dessas que fazem a Copa do Brasil ser um torneio peculiar. A derrota do Santos para o CSA é a segunda do técnico Vágner Mancini em 17 jogos, e é impossível prever como influenciará o time para a partida de domingo na Vila Belmiro.

Até os 44 do segundo tempo foram 33 finalizações contra 4 do CSA, sendo que em apenas uma ocasião o time alagoano chegou ao gol. E bastou. A defesa alvinegra marcou mal e o toque errado de coxa do atacante Júnior Amorim o beneficiou e matou Fábio Costa, que saiu com os pés ao invés de fazê-lo com as mãos. Kléber Pereira, que entrou só aos 15 minutos do segundo tempo, perdeu três gols incríveis; Neymar perdeu um similar, apanhando dos rivais como sempre; Roni, nem isso conseguiu fazer, e Lúcio Flávio, como titular, mostra que não deve mesmo comer panetone na Vila Belmiro, saindo bem antes disso.



Agora, ao Santos resta o Paulista. Aliás, a displicência do clube em relação ao torneio nacional evidenciou a recuperação do estadual em termos de prestígio. Obviamente, isso só aconteceu por conta dos cruzamentos entre os quatro grandes nas finais. Santos e Corinthians pouparam titulares na Copa do Brasil, o Palmeiras não resguardou atletas para suas "decisões" na Libertadores e o São Paulo abriu mão de tentar uma pontuação maior que lhe permitisse cruzamentos mais generosos no torneio continental para tentar superar o Corinthians. Por isso, domingo promete...

O desfile de zebras

Mauro Beting publicou uma lista de zebras da Copa do Brasil desde o início do torneio, em 1989. À época, o critério de classificação era o desempenho em estaduais (ou competições realizadas em âmbito local como a Copa Bandeirantes, na terra de Anchieta) e não havia o famigerado índice técnico baseado no ranking da CBF que perpetuou os grandes na competição. Os times classificados na Libertadores também podiam disputar a Copa, o que deixou de acontecer em 2001.

Pela lista, pode-se concluir que o clube que mais propiciou zebras eliminando grandes do torneio é o Ceará. O clube nunca chegou a ser campeão como Paulista, Santo André, Criciúma e Juventude, mas foi vice em 1994, ano em que eliminou o Palmeiras e o Internacional. Em 1997, despachou o Fluminense e, em 2005, superou o Flamengo e o Atlético (MG).

Já a vítima contumaz do animal listrado parece ser o Vasco da Gama. Em 1991, foi eliminado pelo Remo e, no ano seguinte, pelo atual algoz do Santos, o CSA. O XV de Campo Bom, de Mano Menezes, superou os cariocas em 2004 e em 2005 viria a maior surpresa: o Baraúnas despachou o clube cruzmaltino com uma vitória de 3 a 0.

O treinador do Palmeiras, Vanderlei Luxemburgo, também parece guardar um carinho especial pelo equino alvinegro. Era o comandante do Palmeiras quando a equipe perdeu para o Ceará, em 1994, e também na histórica derrota para o ASA de Arapiraca, no trágico ano de 2002. Pelo Santos, perdeu para o portentoso Ipatinga em 2006.

quinta-feira, abril 02, 2009

Precursor do fair play batizou gandulas

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Muitos termos que ainda usamos no meio futebolístico têm origem inglesa, como o próprio esporte. Beque, por exemplo, vem de back, aquele que "volta". Chute, ainda mais óbvio e direto, é shoot (atirar). Mas existem outros termos sem explicação aparente. Um deles, por exemplo, é gandula. Pesquisando, descobri que a palavra deriva do jogador argentino Bernardo Gandulla (foto à direita), contratado pelo Vasco da Gama em 1939. Existem duas versões sobre o assunto: a de que, quando ainda jogava pelo Boca Juniors, corria voluntariamente atrás da bola quando ela saía de campo, para recomeçar a disputa o mais rápido possível. E a de que, impedido de jogar pelo Vasco, mostrava-se prestativo como apanhador de bolas durante os jogos, não só quando a reposição era para o seu time, mas também quando favorecia o adversário - o que configura um curioso caso "ancestral" de fair play no futebol mundial.

Também há duas versões para o fato de não ter jogado pelo Vasco. A primeira, pura e simples, leva a crer que o argentino não agradou nos treinos e não se adaptou ao futebol brasileiro, sendo apartado do elenco. A segunda é mais verossímil, pois Gandulla era considerado um grande meia-esquerda em seu país. Revelado pelo Ferro Carril Oeste em 1934, integrou a famosa linha de ataque chamada de "La Pandilla", ao lado de Además, Maril, Bornia, Sarlanga e Emeal. Porém, ao ser trazido pelo Vasco em 1939, junto com o ponta-esquerda Emeal, teve problema com a legislação da época sobre transferências internacionais. Como não era dono de seu próprio passe e a negociação foi confusa, ficou impedido de jogar. Nesse afastamento, para sentir-se útil, passou a repor voluntariamente as bolas que saíam de campo.

Mesmo com essa frustrada passagem pelo futebol brasileiro, Bernardo José Gandulla foi destaque na Argentina, pois era exímio armador e goleador. Em 1940, transferiu-se para o Boca Juniors, onde marcou 18 gols em sua primeira temporada e sagrou-se campeão argentino em 1940 (conquistaria o título novamente em 1943). Chegou a disputar uma partida pela seleção de seu país e, em toda a carreira, fez 123 gols em 249 jogos. Além do Ferro Carril Oeste, Vasco e Boca Juniors, Gandulla defendeu o rival River Plate, o Auxerre, da Suiça, e o Manchester City, da Inglaterra. Mas também batia um bolão fora de campo: a foto acima reproduz a capa da revista "Cine Argentino" de março de 1941, onde ele "divide" uma bola com a jovem atriz Eva Duarte - ninguém menos que a futura primeira-dama da Argentina, rebatizada como Evita Perón.

Depois de pendurar as chuteiras, treinou as categorias de base do Boca e revelou jogadores como Rattin, Ponce e Monzo, ganhando o apelido de "Maestro". Mais tarde, treinou a equipe profissional em 1957, 1958, 1967, 1971 e 1972. Nascido em 1º de março de 1916, Gandulla faleceu em 7 de julho de 1999, aos 83 anos, em Buenos Aires. Seus restos mortais estão sepultados no Panteon do Boca Juniors, no cemitério de Chacarita. Mas foi imortalizado com a criação do "Trofeo Gandulla", que é dado todos os anos ao melhor jogador argentino. Maradona, por exemplo, o recebeu em 1981.

quarta-feira, abril 01, 2009

CBF reassume Série B. Vasco e Corinthians são pivôs da crise

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A Futebol Brasil Associados (FBA) não vai mais organizar a segunda divisão do futebol brasileiro. O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou a decisão aos presidentes de clubes da Série B em reunião na terça-feira, 31 de março. A entidade presidida pelo ex-presidente do Santa Cruz José Neves Filho fazia a gestão comercial da competição desde o final de 2002 e tinha contrato até 2010. A decisão não teria sido comunicada oficialmente pela CBF.

Segundo o UOL Esporte, o "mentor" da mudança seria o Corinthians. Pelo menos foi o que os presidentes de clubes da segundona disseram. Uma pendência na cota de patrocínio teria criado inimizade entre o cartola e o alvinegro, amplificado por disputas com outros paulistas.

O bom relacionamento de Neves com Roberto Dinamite teria gerado favorecimento excessivo ao clube do Rio de Janeiro, na visão dos outros times. Como envolvia dinheiro a negociar com a Globo, nova detentora dos direitos de transmissão, e com patrocinadores, as pressões devem ter sido grandes.

O agravante, segundo o blogue de Erich Beting foi a relação entre a FBA e a empresa que negociava os patrocínios diretamente, a Sport Promotion. O contrato entre as partes havia se encerrado em dezembro passado, mas diz-se que a mesma corporação será encarregada pela CBF de negociar as cotas de patrocínio. Vale lembrar que a Spor Promotion já negocia os direitos de marca da confederação desde 2007.

Segundo Neves, no ano em que o Vasco disputará a competição, já havia patrocinadores com contrato assinado. Ele considerou a medida de "ditatorial" e disse que vai brigar para retomar o controle da competição.

Em 2007, Neves entrou numa disputa judicial com o Blogue do Santinha.