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sexta-feira, março 08, 2013

Galo 100%, Ronaldinho 1000%

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O Galo terminou o primeiro turno da Libertadores com 9 pontos em 9 jogados. Não é uma campanha perfeita por uns gols bobos tomados e porque o time ainda tem muito a evoluir para pensar em ganhar alguma coisa este ano. O jogo de ontem contra o Strongest foi sofrido, com o primeiro tempo terminando com apenas uma chance claríssima de gol para o Galo, num passe perfeito de costas de Ronaldinho para Jô, que o goleiro defendeu .

Os bolivianos também poderiam ter marcado em contra-ataque, mas a qualidade de conclusão de seus atacantes é bem inferior. Embora o time seja bem armado e marque muito. Galo e São Paulo vão sofrer na altitude de 3.660 metros de La Paz. Empate não seria mau resultado lá.

Já no segundo tempo o Galo teve mais espaço e jogou melhor, Bernard, mesmo mal na partida por ter perdido 3 kg na semana por conta de uma amigdalite, concluiu bem, tirou do goleiro e a bola bateu na trave. Tardelli fez gol anulado pela marcação de um impedimento discutível, e, para variar, Ronaldinho decidiu. Cruzou para Jô marcar e deu passe perfeito (olhando para o outro lado) para Marcos Rocha sofrer pênalti. Na hora de bater, mesmo tendo perdido as três últimas cobranças, pegou a bola e fez o gol. Comprovando o que dissera durante a semana, que sua confiança estava em 1000%.

E essa é a diferença do Galo para times como o São Paulo, tem bons jogadores como Marcos Rocha, Bernard, Tardelli e Jô, mas na hora que a coisa aperta Ronaldinho resolve, principalmente com passes e assistências. Foi assim nas três partidas da Libertadores até agora. No segundo turno será mais difícil, pois os times já viram como o Atlético joga, mas a classificação deve acontecer sem grandes sobressaltos. Se possível com a melhor campanha para pegar um adversário teoricamente mais fraco nas oitavas de final.

Brasileiros favoritos, argentinos naufragam – Um dos dados mais impressionantes desta primeira fase da Libertadores é a baixa performance dos times argentinos. Dos cinco que disputam, hoje apenas o Vélez Sarsfield se classificaria, com o primeiro lugar no grupo 5, com 6 pontos, mesmo número que Peñarol e Emelec. Se terminasse agora, seriam 5 dos 6 brasileiros classificados e apenas 1 dos 5 argentinos nas oitavas-de-final. O brasileiro fora seria o Palmeiras, que está em terceiro no grupo 2, com apenas 3 pontos em 3 jogos. Ainda é possível que argentinos e o time alviverde reajam, mas essa não é a lógica...

terça-feira, fevereiro 26, 2013

Buracos na defesa são novos sintomas da Empatite

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Pato marcou o primeiro, Guerrero o segundo (Luis Moura/Gazeta)

Neste domingo, contra o Bragantino, o Corinthians conseguiu seu quinto empate consecutivo entre Paulistão e Libertadores. Foi também o terceiro 2 a 2 consecutivo na competição estadual, o que é ainda mais curioso. Muita gente tem lamentado a volta da “Empatite” que vitimou a equipe em tempos idos. Mas, se bem me lembro, a doença trazia uma penca de zeros nos placares, o que não tem sido a tônica. O mal pode ser o mesmo, mas o vírus causador sofreu uma mutação que trouxe novos sintomas.

O ataque tem funcionado razoavelmente, com seis gols em três jogos (e 1 nos trocentos mil metros da Bolívia, que dificulta avaliações) e mais um punhado de chances criadas (na altura, Sheik perdeu dois que mostraram porque ele me parece em marcha acelerada rumo ao banco). Mas a defesa começa a preocupar. Pode ser a combinação de falta de ritmo e má condição física de Paulo André e Fábio Santos, os dois mais velhos (sem contar Alessandro, que não jogou ontem), com o desentrosamento de Gil e Edenilson. Ou talvez seja só a ruindade de alguns destes personagens, que vinha sendo escondida pelos méritos coletivos de uma equipe bem armada e determinada. Duas outras possibilidades. Uma, que Gil e Paulo André têm características parecidas, mais para os antigos quarto-zagueiros. Funcionarão melhor com Chicão, que leva mais jeito para camisa 3. Estes três problemas podem ir na conta da diretoria, pela montagem do elenco – e pela perda do promissor Marquinhos – que ficou com poucas opções no miolo.

Outra possibilidade, mais tática, parte do reconhecimento de uma tentativa de Tite que mudou um pouco o posicionamento do meio-campo. Ralph tem aparecido mais no ataque, o que parece ser encorajado pelo chefe. Contra o Braga, a transmissão televisiva diz que Tite cobrou os meias para ajudarem mais na marcação na meia cancha, ajudando a cobrir o volante. Os frequentes erros na zaga podem ser resultado dessa mudança na organização coletiva – ou pode ser tudo um pacotão de problemas.

Essa mudança, se não se tratar de um delírio provocado pela súbita diminuição de álcool em meu sistema após o carnaval, pode indicar experiências para encaixar no time titular as contratações para o meio e ataque – onde a diretoria trabalhou muito e bem. Imaginei um time num tipo de 4-4-2 inglês, com Renato Augusto e Danilo marcando pelos lados sem a bola e armando e trocando de lugar na transição ofensiva (vimos os dois juntos por alguns minutos em Oruro, mas a altitude destruiu Danilo antes que conclusões fossem possíveis). Nessa formação, os dois volantes teriam mais companhia na marcação e mais espaço para avanços – que eu imaginei utilizado só por Paulinho, mas pode ser que Tite queira tentar incluir Ralph no revesamento ofensivo. Com isso, caberiam Guerrero como referência e Pato como segundo atacante, se movimentando pelo ataque, voltando para buscar a bola e achar espaços para partir em velocidade, o que faz muito bem. No papel, parece bom.

No entanto, minha fértil imaginação foi desmentida por Tite no final do jogo de ontem. Quando vi que Guerrero entraria no lugar de Douglas (que foi bem, mas cansou), imaginei o time exatamente desse jeito, mas o que se viu foi Renato Augusto ocupando a faixa central do 4-2-3-1 e Guerrero e Pato revesando de forma muito descordenada entre a centroavância e o lado do campo. Não rolou bem e o gol de empate só saiu pelo vacilo de um zagueiro do Braga que achou por bem botar a mão a bola na área.

Um destaque para a eficiência do Bragantino em bater: a certa altura, eram 20 faltas contra 5 do Corinthians, número realmente pitoresco.

Tragédia de Oruro

Andei totalmente sem vontade de escrever sobre futebol desde a imbecilidade que ocorreu na Bolívia e vitimou um garoto de 14 anos. Resumo de minha opinião sobre o fato, sempre com o foco de encontrar a melhor maneira de impedir que esses tipo de coisa aconteça novamente:

- Há uma dimensão coletiva e uma individual que devem ser abordadas. A tragédia só acontece porque existe conivência com a violência por parte da Conmebol e dos times. Logo, as punições coletivas são importantes para abordar este aspecto. Mas acho fundamental dar destaque ao aspecto individual da coisa: um ou um grupo de cretinos levou bombas para uma multidão, com ou sem o intento de dispará-las contra outras pessoas. Eles devem pagar de acordo com a lei, ou haverá impunidade. Se realmente foi o rapaz que se entregou à Justiça em Guarulhos, ele tomou uma atitude corajosa. Mas merece as penas cabíveis.

- Que todos os envolvidos paguem e que isso se torne padrão em todas as competições da Conmebol. Isso inclui o Corinthians, pela torcida, mas também o San José, como mandante e responsável pela segurança. Nenhuma punição será questionada por mim se tornar-se regra a ser obedecida por todos. E, como dito acima, o imbecil (ou imbecis) que se tornou assassino também deve estar na conta.

- O aspecto punitivo é importante, mas também é fundamental que se modifiquem as condições de segurança. Em nenhuma aglomeração humana deve ser permitida a entrada com materiais potencialmente mortais. Precisamos parar de tratar o futebol como uma dimensão a parte e exigir medidas de segurança.

- Qualquer ataque ou insinuação ao Corinthians ou corintianos como "assassinos", como um torcedor do Bragantino chamou o Tite, é injusta e altamente escrota. O mesmo vale para o San José.

(Modificado às 10h40 do dia 26/2)

quinta-feira, janeiro 31, 2013

3 a 0 é resultado perigoso

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Desde criança, conheço a advertência de que "2 a 0 é resultado perigoso". No sentido de que, além de o time relaxar em demasia após o segundo gol ("Ah, já tá ganho..."), o placar supostamente mexe com os brios do adversário, que parte para o "tudo ou nada". Pois bem, ontem, em La Paz, o São Paulo aumentou a conta desse dito futebolístico para 3 a 0. Os primeiros 34 minutos de jogo contra o Bolívar, na partida de volta da pré-Libertadores, foram perfeitos: o time marcou sob pressão no campo do adversário, roubou a bola dezenas de vezes, fechou a defesa com excelente posicionamento, botou os bolivianos na roda no meio-campo e chegou ao ataque com velocidade, inteligência e toques de primeira. Três gols foram pouco.

Aí é que veio o perigo. Considerando que o jogo de ida, no Brasil, havia sido 5 a 0 para o Tricolor, o São Paulo simplesmente parou de jogar bola. Ainda mais porque, pelo critério de gol fora de casa, o Bolívar teria que marcar 9 vezes para eliminar os brasileiros da competição. Era muito, mas eles souberam aproveitar a desistência dos sãopaulinos na partida para virar o placar e assustar torcedores cardíacos. O Bolívar fez o primeiro ainda na etapa inicial e entrou no segundo tempo voando baixo. Resultado: virou o jogo para 4 a 3, obrigou Rogério Ceni a fazer pelo menos três defesas difíceis e, fosse o time boliviano um pouquinho melhor, teria feito o 7º e o 8º gols, tranquilamente. O São Paulo não jogou o segundo tempo.

A propalada altitude de La Paz (3.660 metros) pode até ter esgotado alguns jogadores brasileiros. Mas não serve como desculpa: a acomodação e o "já ganhou" foram as causas principais. Os atacantes sumiram, a dupla de volantes sumiu, a zaga bateu cabeça, o time todo só assistiu a correria do Bolívar. Isso é preocupante para a fase de grupos, quando o São Paulo irá novamente a La Paz, enfrentar o The Strongest. E cabe, aqui, uma única crítica a Ney Franco, sobre a escalação de Douglas. Ele não pode ser titular - nem como lateral-direito e muito menos como ponta - e deveria ter sido substituído já na virada para o segundo tempo. Entre os destaques, fico com o Osvaldo, pela primeira etapa, e Cortez, pela partida toda.


ARTILHEIRO - Luís Fabiano deu um grande alívio ao torcedor sãopaulino ao abrir o placar, de cabeça, a 2 minutos de jogo. Tornou-se o segundo maior artilheiro do clube na Libertadores, com 11 gols, faltando um para igualar Rogério Ceni. No ranking total do São Paulo, ele alcançou Muller, com quem divide agora a 6ª posição (ambos marcaram 160 gols). Luís Fabiano precisa fazer mais 13 gols para empatar com o 5º colocado, o lendário ponta Luizinho. E mais 22 para chegar a 182 gols com a camisa do clube e alcançar o centroavante França, com quem chegou a dividir o ataque Tricolor em 2001. Acima deles, os três maiores artilheiros são Serginho Chulapa, com 242 gols, Gino Orlando, com 233, e Teixeirinha, 189.

quarta-feira, setembro 12, 2012

Um giro pelas eliminatórias da Copa de 2014: zebras querem dar as caras

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A última rodada das Eliminatórias da Copa 2014 reservou algumas surpresas e serviu de alento para o sonho de muitas seleções que nunca chegaram a um Mundial. Algumas competições continentais estão mais adiantadas que outras, sendo os torneios europeu, africano e da Oceania os que têm somente duas rodadas. Já os outros continentes tem quase à metade das partidas disputadas, caso da sul-americana, que chegou à penúltima rodada de seu primeiro turno.
Com nove seleções na briga de quatro vagas e mais uma repescagem (o quinto colocado enfrenta o quinto das eliminatórias asiáticas), os vizinhos têm feito uma competição equilibrada. Só Bolívia e Paraguai parecem estar fora da briga, com quatro pontos cada um, uma vitória e um empate. A altitude de La Paz só funcionou para os bolivianos contra o próprio Paraguai, vitória por 3 a 1. Já os conterrâneos de Fernando Lugo conheceram o sabor da vitória contra o Equador, 2 a 1. Parece que Larissa Riquelme não poderá torcer pela sua equipe no Brasil em 2014...

César Farias pode fazer história
Quem faz uma campanha interessante é a Venezuela, cujo bom desempenho já se esperava aqui. Com 11 pontos em oito jogos (folgam na nona rodada), a Vinotinto tem um a menos que Uruguai e Chile, quarto e quinto colocados, e está a três dos líderes argentinos. A vitória fora de casa por 2 a 0 contra os paraguaios ontem deu mais moral para a seleção de César Farias. Será que os venezuelanos conseguirão debutar em uma Copa?

Zebras asiáticas

Será que o Líbano chega lá?
A rodada das eliminatórias também reservou algumas surpresas na Ásia. O Líbano venceu o Irã por 1 x 0, sua primeira vitória nos quatro jogos que disputou no Grupo A. Terá ainda mais quatro para tentar obter uma das duas vagas do grupo que asseguram a vinda para cá daqui a dois anos. A Coreia do Sul lidera com sete pontos, seguida por Irã e Catar, quatro cada. O Uzbequistão, com dois, empatou com o sul-coreanos e ainda sonham.
No grupo B, o ex-time de Zico, o Japão, derrotou sua equipe atual, o Iraque, por 1 a 0, consolidando uma confortável liderança com dez pontos em quatro partidas. Seis à frente da surpreendente Jordânia, que bateu a Austrália por 2 a 1. Caro jovem que se confundiu com a geografia, os australianos disputam as eliminatórias asiáticas por conta de um acordo feito com a Fifa, já que sua supremacia na Oceania era bastante sem graça. Em 2010, sua estreia na Ásia, sua classificação foi tranquila, mas, para 2014, sua campanha é levemente preocupante: dois pontos em três jogos; além da derrota para a Jordânia, empates contra Japão (em casa) e Omã (fora).

Nas eliminatórias asiáticas, os dois primeiros de cada grupo se classificam para a Copa. Já os dois terceiros se enfrentam em jogos de ida e volta e o vencedor do confronto pega o quinto colocado na América do Sul também em dois jogos.

Os azarões da Concacaf

Na Concacaf (América Central e do Norte), de três grupos com quatro seleções cada saem os dois melhores de cada para o hexagonal final. E há zebras querendo surgir a duas rodadas do fim da fase. No Grupo A, só Antigua e Barbuda está fora, enquanto Guatemala, Estados Unidos e Jamaica têm sete pontos. Os ianques correm o risco de não irem para a fase final, o que seria um vexame considerável, já os guatemaltecos tentam ir pela primeira vez a um Mundial. Nas eliminatórias de 2006, ficaram a apenas dois pontos da vaga na repescagem.

Já no grupo B, o México, com 12 pontos, já garantiu sua passagem para o hexagonal. El Salvador, que já foi ao Mundial de 1970 e 1982, está um ponto à frente da Costa Rica (5 contra 4), e a Guiana, com um pontinho, precisa vencer seus dois jogos e torcer. No grupo C, só Cuba, com quatro derrotas, está eliminada. O Panamá, que nem chegou à fase de grupos nas eliminatórias de 2010, lidera com nove e, se bater Honduras, que tem sete pontos junto com o Canadá, em casa, assegura vaga no hexagonal.

Na Europa, África e Oceania, apenas duas rodadas foram disputadas até agora. A Nova Zelândia venceu as duas, como esperado, marcando oito gols e sofrendo um. Nos dez grupos das eliminatórias africanas (classificam-se as primeiras de seleções cada grupo para disputarem cinco confrontos de ida e volta), somente Egito e Tunísia têm aproveitamento de 100%. Na Europa, mais seleções venceram seus dois jogos: Alemanha, Romênia, Holanda, Suíça, Rússia, Portugal, Bósnia, Grécia e França.

quinta-feira, abril 26, 2012

Na altitude, uma derrota santista não tão doída

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O histórico recente doSantos contra times bolivianos já avisava. A partida contra o Bolívar não ia ser fácil. Mas os bolivianos não se classificaram com dez pontos (dois a mais que o Internacional), vencendo só na altitude de La Paz. Perderam uma lá em cima e ganharam fora de casa. O time é melhor que o The Strongest, que também bateu o Alvinegro em seus domínios na primeira fase, mas na partida de ida das oitavas mostrou a mesma característica de toda equipe que atua no alto: imprimir um ritmo de jogo forte e finalizando muito de fora da área, aproveitando a velocidade da bola no ar rarefeito.

Contudo, os bolivianos só chegaram ao gol em dois lances de bola parada. Na primeira etapa, a um minuto, em cobrança de falta de Campos, que bateu na trave e nas costas de Rafael. E no segundo tempo, aos 28, de novo com Campos, em nova cobrança, bem feita, e que contou com uma relativa lentidão do arqueiro alvinegro. A primeira falta, aliás, pra lá de desnecessária, com um afoito Adriano que ainda não recuperou a forma de 2011, quando foi “moldado” pelo treinador santista e melhorou seu futebol bem precário.

Jogo de "pega Neymar"
O gol peixeiro, de empate, saiu aos 28 do tempo inicial. Elano cobrou falta sofrida por Neymar e o goleiro argentino Arguello defendeu, a bola tocou a trave e retornou para Maranhão concluir. O lateral, que foi inscrito na Libertadores no lugar de Pará e só jogou porque Fucile e o antes improvisado Henrique estão contundidos, marcou seu segundo tento na segunda peleja seguida.

Gol importante, ainda mais por ter sido feito fora de casa. Ao Peixe, basta a vitória por 1 a 0, mas foi possível perceber a diferença técnica entre os dois. O Bolívar pode até ser perigoso, mas um Santos comprometido não pode temer os bolivianos. O destaque negativo do jogo foi a atuação de Ganso. Irreconhecível, pareceu sentir mais a altitude. Chegou atrasado e com receio em divididas e errou inúmeros passes, dos mais simples àqueles que poderiam ter sido fundamentais para o triunfo da equipe. Neymar apareceu mais, sofreu oito das 17 faltas recebidas pela equipe, com a anuência do árbitro (ah, se fosse na Liga dos Campeões...). Atingido também por objetos arremessados por torcedores, saiu irritado, o que pode não ser bom para os rivais...



Aliás, pro torcedor alvinegro, que já viu seu estádio ser interditado por sandálias Havaianas arremessadas no gramado (alguns pela torcida adversária, diga-se), é duro ver algo que virou rotina em competições do continente e que não geram qualquer punição para os mandantes. Que o santista se inspire no seu ídolo para responder no grito e não com as mãos.

domingo, abril 22, 2012

Santos treina com o Mogi. Ponte surpreende o Corinthians e Palmeiras cai diante do Guarani.

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Diante de um Mogi Mirim que veio para jogar no contra-ataque (fórmula quase nada usada por equipes do Brasil), o modificado Peixe começou sufocando o adversário com a dita marcação pressão no campo rival. Sem Fucile e Henrique, e com Elano e Borges poupados, Maranhão foi o autor do primeiro tento santista aos 22 minutos, depois de um lançamento de Neymar do jeito que Ganso faria.

A vantagem poderia ser maior na primeira etapa, mas o Peixe desperdiçou a (s) chance (s). O Mogi, que quase nada ameaçou, mudou de postura no segundo tempo. Veio marcando mais no campo alvinegro, e o Peixe também veio algo desligado, dada a facilidade que encontrava até então. Mas tinha Neymar em campo. E o garoto estava sendo provocado por Edson Ratinho, que o marcava durante a maior parte da peleja. O jogador poderia até ter sido expulso ainda no primeiro tempo, mas não foi. Tomou dribles de Neymar, fez faltas, permaneceu no gramado. E irritou o atacante peixeiro que, como mostra seu histórico, não se intimidade com tais atitudes.

E a partida, modorrenta, ganhou vida com as quase brigas e veio o segundo gol santista. Neymar pegou a bola pela direita do ataque, avançou em velocidade, na diagonal, e aqui é necessário fazer uma consideração. Há jogadores que ganham a jogada sendo rápidos e fazem grandes gols ao passar por adversários; outros que aliam velocidade e habilidade e também propiciam grandes momentos ao marcarem golaços. Mas tem aqueles que aliam rapidez com habilidade e uma absoluta imprevisibilidade, e é o caso de Neymar. Quem observar o gol, com cuidado, vai ver que ele consegue reduzir a velocidade no lance duas vezes e, como é ambidestro, o marcador não só não sabe pra que lado ele vai como não prevê com qual perna vai tocar a bola e com qual delas vai chutar.

Assim, surge mais um golaço na coleção do atacante, o 99º dele com a camisa do Santos, a apenas dois de Juary, o terceiro no rol de artilheiros peixeiros pós Era Pelé. Também empata com Hernane, do Mogi Mirim, como artilheiro do campeonato paulista. Para uma peleja com jeito de treino, Neymar deu o tom e salvou a tarde do torcedor e daquele que curte bola bem jogada.


Agora, o Peixe pega o São Paulo pelas semifinais do Paulista, depois de ir até La Paz, a 3.600 metros de altitude, porque a Rede Globo quis adiantar o jogo do Santos, e não do Corinthians, na Libertadores. O que dará, no fim das contas, uma semana e meia de treino/descanso para a equipe da capital e uma maratona de decisões para o Peixe. É a televisão colaborando para o esporte. 

Soberba corintiana 

Não, não vi o jogo do Corinthians, como o relato acima deixa claro. Mas com o intertítulo não me refiro à torcida ou à atitude dos atletas, e sim ao presidente do clube, Mario Gobbi. Antes da rodada, em entrevista à Rádio Bandeirantes, o cartola se descontrolou com uma pergunta que nem era ofensiva, mas mencionava a palavra “Libertadores”. Daí veio um festival de sandices: “"O Corinthians é um dos maiores clubes do mundo. Do mundo. A Libertadores é só um campeonato, mais nada. Quem nasceu para ser Libertadores não chega a ser Corinthians. Não vivemos de Libertadores. Somos muito maiores que a Libertadores. É só um campeonato". E concluiu, de forma imperial: "Nesse 102 anos, o Corinthians nunca se dedicou à Libertadores".

Comparar o tamanho de clubes com o de campeonatos já é um exercício bizarro e com muito pouco sentido. Óbvio que o Timão é grande, independentemente da Libertadores, assim como é o Fluminense, por exemplo. Mas fazer o jogo de menosprezar a competição sul-americana - que o Corinthians tem muitas chances de conquistar em 2012 – beira o ridículo. Qualquer torcedor tem o direito de dizer que não está nem aí pro torneio, faz parte da “defesa argumentativa de boteco”. Mas quando Gobbi fala isso, parece dizer que seu antecessor/padrinho mentiu ou fez um trabalho muito porco à frente do clube, pelo menos no que diz respeito à Libertadores. Quer dizer que Andres Sanchez e todos os torcedores que se dedicaram a ralar e ir aos estádios para incentivar o Corinthians foram logrados por uma diretoria que “nunca se dedicou à Libertadores”? Depois reclamam porque não se leva o futebol a sério...

Mas, falando da peleja em si, é claro que Júlio César pecou. Assim como no Brasileiro de 2010, contra o Goiás; na final do Paulista de 2011, contra o Santos, e em outras ocasiões em que o erro foi menos grave. É sempre bonito dividir o ônus com os companheiros de time, mas dado o histórico e levando em consideração a música de Jorge Benjor aí abaixo... Sendo eu, procuraria outro arqueiro.



Palmeiras, ah, o Palmeiras...

E o Palmeiras? Foi derrotado por 3 a 2 pelo Guarani, no Brinco de Ouro, e conseguiu ser derrotado duas vezes pela equipe de Campinas na competição. Não era totalmenete inesperado, mas quando acontece, não deixa de ser algo surpreendente, ainda mais com gol olímpico, obra de Fernando Fumagalli. Uma semifinal campineira poucos esperavam.

quinta-feira, abril 19, 2012

Alan Kardec acorda o Santos, que vence o The Strongest

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Vila lotada, um time fraco como adversário e uma excelente apresentação na última rodada do Paulista. Tudo indicava que o Peixe fosse ganhar bem do The Strongest, clube que só tinha conseguido ganhar pontos até então na altitude de La Paz. Mas nada foi como se esperava. A agonia peixeira durou até os 40 minutos do segundo tempo, quando Alan Kardec fez o primeiro dos dois gols da vitória sobre os bolivianos hoje.

Grande parte da dificuldade alvinegra se deveu ao meio de campo. Elano, no lugar de Ibson, é uma troca que vale pelas bolas paradas, mas que muda o jeito do Peixe atacar. Ibson, por mais que erre – e erra – já fez gols entrando na área e se apresentando quando o ataque do time é marcado, fazendo as vezes de elemento surpresa que vez ou outra resolve. Já Elano, por mais raça que tente apresentar até para fazer jus ao carinho da torcida, não se movimenta da mesma forma. Pelo esquema de Muricy, o herói de outrora ainda não mostrou porque mereceria a vaga de titular, conquistada há duas partidas.

Já Adriano, com exceção de uma bola incomum que meteu pra Neymar perder um gol incrível, não foi bem. O fato de ter permanecido até o fim da partida só pode ser entendido se a intenção do técnico for fazer com que o atleta recupere o ritmo de jogo após meses parado. Já o craque Ganso não buscou tanto a bola como em outros jogos, chamou também menos a responsabilidade, errou em demasia e mesmo quando ameaçou brilhar, pecou no final.

Restou ao torcedor ver lances isolados de Neymar, que só fez o dele aos 43 do segundo tempo. Ele driblou, deu assistência, perdeu uma grande oportunidade, mas foi redimido pelo belo passe de Borges, que o deixou na cara do goleiro Vaca. Ali, não jogou fora a chance. Continuou assim sua saga aritimética na trajetória do clube que mais fez gols na História. Empatou com Coutinho como terceiro maior artilheiro alvinegro na Libertadores, com 11 gols pela competição, e, com seu 98º gol pela camisa praiana, ultrapassou Gradim (1936-1944) e Rui Gomide (1937-1947) e é de forma isolada o 22º artilheiro da história do Santos, a três gols de Juary.

É bom ressaltar também o papel de Alan Kardec, aquele santinho que Muricy beija e pede o milagre quando a coisa está feia. Se o toque de bola, as jogadas de efeito e os lances sofisticados não dão certo, o técnico chama o atleta que resolve a questão de forma simples. Em geral, de cabeça, como fez hoje, depois de entrar no lugar do lateral direito improvisado Henrique. Mesmo na reserva, já se sabe que pode ser decisivo. Bom para o Santos que pode contar com ele.

quarta-feira, fevereiro 15, 2012

The Strongest 2 X 1 Santos – na altitude, quem bobeia não tem vez

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No imbróglio entre Fox Sports e as maiores operadoras do Brasil, sobrou tentar acompanhar The Strongest e Santos pela intermitente internet, rádio, “siga placar” ou o que valha. No que foi possível ver, ficam algumas impressões da estreia com derrota do campeão da Libertadores frente o campeão do Apertura da Bolívia.

Sim, tem a altitude de La Paz. Ela já vitimou o Santos antes. Em 2005, o Peixe perdeu para o Bolívar por 4 a 3 e, na volta, venceu por 6 a 0. Não que eu acredite que o time vença por placar semelhante os bolivianos aqui, até porque não é o feitio de equipes de Muricy Ramalho, mas vence. No entanto, a questão é: por que não ganhou hoje?

Não tenho as estatísticas, mas provavelmente o The Strongest finalizou um sem número de vezes na partida. Quase todas, de fora da área, até porque é pra isso que serve a altitude: a bola corre mais, ganha velocidade. Mas a equipe da casa marcou de fato em lances de bola aérea, dentro da área peixeira. Nas duas vezes, o lateral-direito Pará marcava algum espírito que vagava no gramado, ao invés de prestar atenção nos jogadores rivais. Tudo bem, meu pai sempre falou que mesmo nas formações mágicas do melhor time de todos os tempos havia um perna-de-pau. Mas Pará é um abuso no direito de errar.

E o Santos teve chances de matar a partida, principalmente na etapa final. Neymar perdeu gol. Borges, idem. Elano, que começou na reserva entrou na segunda etapa, desperdiçou a mais incrível chance, comprovando sua fase grotesca. Se foi Henrique que marcou o gol alvinegro, o torcedor místico já devia prever que algo errado aconteceria... Não podia dar certo. E não deu.

Como no jogo contra o Palmeiras, uma derrota de virada. Mais uma vez, em lances de bola alta. Novamente, caindo com um tento no final da partida. Difícil dar alento ao torcedor com esse tipo de desempenho, mas o começo da Libertadores 2011 não foi promissor também. Tenham fé, santistas... É o que resta por enquanto.

quarta-feira, outubro 12, 2011

Venezuela 1 X 0 Argentina - o resultado que interessa da terça-feira

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Imprensa venezuelana "homenageia" o melhor do mundo
Em 2008, enquanto muitos se mostravam incomodados pelo Brasil ter perdido pela primeira vez na história para a Venezuela, o Futepoca já cantava a bola de que a Vinotinto não era mais o saco de pancadas que nos habituamos a ver. Claro que isso não tem nada a ver com a cantilena de que “não existe mais bobo no futebol”, já que existem sim, é só ver partidas como Escócia e Liechtenstein ou olhar ver alguns dos adversários da seleção brasileira.
 
Nas últimas eliminatórias, os venezuelanos ficaram a apenas dois pontos da hoje louvada seleção uruguaia e, na última Copa América conseguiram sua melhor classificação na competição, um quarto lugar. Sem o Brasil na contenda, a Vinotinto sabe que as atuais eliminatórias são a chance de ouro para conseguir algo inédito: a classificação para uma Copa do Mundo.

A derrota para o Equador na primeira rodada, na altitude de Quito, não abalou a confiança do time de César Farías que ontem fez história. Após 18 partidas disputadas e 18 vitórias portenhas, os venezuelanos bateram os argentinos por 1 a 0, gol de Amorebieta que, além de marcar o tento da vitória, ainda teve diante de si o trabalho de marcar Messi quando este avançava no seu setor.

Vitória da Vinotinto trouxe Chávez de volta ao Twitter depois de 5 dias de ausência
Logo na segunda rodada, as eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2014 já não contam com nenhum time com 100% de aproveitamento. Uma amostra de que a disputa das vagas deve ser acirrada. No momento, fora a Bolívia, todas as outras seleções parecem ter condições de vir ao Brasil daqui a três anos. Espero poder ver a Venezuela aqui. E a Argentina também.
  

quinta-feira, outubro 14, 2010

Palmeiras vence na altitude pela Sul-Americana

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Em Sucre, a 2.750 metros do nível do mar, o Palmeiras venceu o Universitário na partida de ida das oitavas-de-final da Sul-Americana. Foi por 1 a 0, gol de Marcos Assunção, de falta, ainda na primeira etapa.

Os visitantes tiveram um segundo gol anulado incorretamente no segundo tempo, conferido por Lincoln, que havia entrado no lugar do contundido Valdívia. Rivaldo ainda sofreu um pênalti, devidamente ignorado pela arbitragem.

A partida em si foi sofrível, e olha que ninguém pode culpar a tal altitude. Desde segunda-feira (11) na cidade, os palmeirenses celebraram o dia da criança e de Nossa Senhora Aparecida em território boliviano. Quem esteve em campo correu até o final.

Contra o chileno Colo-Colo e o paraguaio Cerro Porteño, o penúltimo colocado no campeonato boliviano usou bem o mando de jogo para se dar bem. Assim, vencer no país de Evo Morales é um passo importantíssimo na única competição que permite à representação de Palestra Itália sonhar com a Libertadores da América de 2011.

Gabriel Silva, lateral-esquerdo, foi bem, talvez inspirado pela camisa 10 que vestia – por uma questão de inscrição na competição. Lincoln também entrou bem, fazendo o meio de campo praticamente sozinho. Fabrício, quando entrou, também apresentou-se corretamente, apesar de ter tomado cartão amarelo por ter sido marcada uma falta que ele não cometeu.

Os bolivianos têm um time bem fraco e limitado. A retaguarda verde-limão-siciliano parecia rainha das bolas antecipadas. Muitos passes curtos ou tortos facilitaram a vida da marcação. E olha que o time vermelho teve duas ótimas chances, uma que parou nas mãos de Deola e outra tirada por Rivaldo no susto.

Não foi divertido ver um time tão limitado impondo pressão sobre o Palmeiras. Mas fazia parte do script de Luiz Felipe Scolari. Que até deu certo.

quinta-feira, março 11, 2010

Defender tudo bem, mas desistir de ganhar não dá

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Jogo fora de casa, Libertadores, 2.600 metros de altitude, empate em 1 a 1. Aos 46 minutos do segundo tempo, com 3 de acréscimo já anunciados pelo árbitro, o visitante tem um escanteio pra cobrar. Bola na área pra ver se arranca um golzinho mágico, certo? Errado, pelo menos na estratégia do Corinthians de Mano Menezes. Jorge Henrique cobrou curto para Souza, que enrolou com a bola e jogou nas pernas do zagueiro para ganhar outro escanteio. E tome mais enrolação.

Esse é o símbolo do empate desta quarta-feira entre Corinthians e Independiente de Medellín, em Bogotá. Pela primeira vez nesse ano, a postura do time de Mano Menezes conseguiu furar o bloqueio de meu otimismo e me irritar profundamente.

O time foi para a partida fora de casa com uma estratégia declarada: não deixar o adversário jogar. Até aí, não sou entusiasta, mas respeito a cautela. Mas não sabia que também estava no pacote desistir de tentar ganhar o jogo.

A escalação já deixava clara a intenção. Com Alessandro machucado, Mano colocou Marcelo Mattos na lateral, coisa que nunca antes havia ocorrido. Aproveitou e sacou Tcheco do time e montou o meio de campo com Ralph, Elias, Jucilei e Danilo. Praticamente só volante. E o único meia ajudava a marcação, bem como o incansável Jorge Henrique.



Assim, o Corinthians passou boa parte do jogo tocando bola de lado, sem arriscar nada, e sem ser muito ameaçado pelos donos da casa. Cozinhou o jogo em fogo lento até que, numa jogada fortuita, uma bola desviada enganou Chicão e caiu no pé de César Valoyes, que abriu o placar para o Independiente, aos 30 do segundo tempo.

E essa é minha crítica a todas as retrancas do mundo: você se mata para evitar que as jogadas sejam construídas e pode ter 100% de sucesso nisso, mas tem coisas que não dá pra controlar. O atacante estava impedido? Foi por acaso que a bola enganou Chicão? Felipe quase defendeu? Pois é, essas coisas acontecem, especialmente quando você recua e faz o adversário jogar no seu campo.

Enfim, atrás no placar, Mano desfez sua barreira humana, colocando Morais no lugar de Mattos (Jucilei foi para a lateral) e Dentinho no lugar de Danilo (cansado). Para completar, sacou o inoperante Ronaldo e colocou Souza, que pelo menos corre. Percebam que eu não faço questão que Ronaldo corra. Ele pode muito bem jogar parado e fazer a diferença, mas o problema é que ontem não acertou nem passe de três metros. Faz parte, mas é bom o Gordo acordar.

O time acelerou, passou a jogar no campo do Independiente e chegou ao empate com um golaço de Dentinho, de fora da área, aos 40 minutos. Aí, o Timão foi pra cima pra virar, certo? Errado. Fiel a sua proposta de (não) jogo, segurou o empate até o fim, culminando com a palhaçada de JH e Souza nos minutos finais.

O time é líder de seu grupo na Libertadores, com 4 pontos. Tem uma vitória em casa e um empate fora, bons resultados. Mas é bom achar logo um jeito de jogar antes que o caldo entorne.

A hístória se repete?

No ano passado, no dia 12 de março, eu escrevia sobre vitória do Timão contra o São Caetano no Paulista. O clima era diferente, com a recente estréia de Ronaldo, que vinha fazendo gols e empolgando. O time ainda vacilava, sem encontrar uma formação ideal, mas parecia que as coisas estavam mais perto de se acertarem.

Por outro lado, após o empate contra o Santo André, na semana seguinte, o Maurício escrevia sobre a tendência do time de se contentar com pouco. O trecho a seguir mostra o clima do nobre autor então e também um pouco do meu hoje: “Entendo que o Mano Menezes tenha que ter cuidado e avançar passo a passo, na medida das pernas. Mas se não começar a puxar a responsabilidade da moçada de ganhar e bem os jogos, de mostrar que futebol se faz partindo pra cima e querendo o gol, vamos continuar patinando em jogos terríveis como este.”

Paradoxalmente, a mesma sensação é a que alimenta meu otimismo. Pois esse mesmo time que patinava numa excessiva preocupação defensiva, foi campeão paulista algumas semanas depois com belíssimas atuações nas finais, consolidando um jeito de jogar que foi o melhor e mais eficiente do país no primeiro semestre do ano passado. Espero que a coisa vá por esse caminho.

segunda-feira, outubro 12, 2009

Seleção brasileira perde invencibilidade e mantém tabu contra Bolívia

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O Brasil perdeu para a Bolívia por 2 a 1 em La Paz. Todos os jogadores, mais o técnico Dunga foram unânimes em afirmar que a culpa foi da altitude.

Diego Souza jogou nada. Tardelli, no segundo tempo, correu. Ramires, Maicon e Daniel Alves devem ter ganho pontos com Dunga por se mostrarem aplicados trabalhadores, mesmo no nível das nuvens.



Perder para a Bolívia em La Paz por 2 a 1 é ruim. Aceitar que toda a culpa foi da altitude, é pior. Ter de ouvir Galvão Bueno elogiar Ricardo Teixeira por ter sido o único presidente de federação sul-americana a se posicionar contra partidas na altitude, é muito pior.

Pelo menos não foi de seis. Também não é ruim Dunga não virar referência como técnico invicto por tanto tempo no comando da seleção. Se o Fora Dunga! é mantido apenas por esporte, isso também não quer dizer que seja o técnico dos sonhos.

Na última partida das eliminatórias, o Brasil enfrenta a Venezuela com Kaká e Luís Fabiano em Campo Grande. Se tivessem jogado os titulares, a seleção teria feito muito melhor? Tenho dúvidas...

sexta-feira, julho 17, 2009

Festival Mundial da Cachaça reúne 44 alambiques em Salinas

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Salinas (MG) se proclama a capital mundial da cachaça. Assim como mais três dúzias de municípios, a cidade a 600 quilômetros de Belo Horizonte, se considera local privilegiado para produzir a marvada. Para divulgar ainda mais a grife da cidade, a VIII Feira Mundial da Cachaça acontece de ontem, 16, a domingo, 19. A história começou com palestras, prossegue com estandes e degustação de 44 expositores – 34 anos do que em 2007 – e shows.

Foto: Blogue do governo de Minas Gerais

Rótulos de cachaças de várias cidades mineiras

É a terra da legendária Havana, atualmente Anísio Santiago, e de mais 50 marcas registradas junto à Associação de Produtores de Cachaça de Salinas (Apacs). São 2 milhões de litros daquela que matou o guarda para uma população de 37,3 mil, o que equivale a 53,6 litros de branquinhas e amarelinhas por habitante. A principal produtora é a Fazenda Olaria, responsável pela Seleta, Saliboa e pela Boazinha, que respondem por 1 milhão de garrafas (de 600 mL, 700 mL e 1L) anuais.

Assim como fez Anísio Santiago, a imagem da cidade aproveita para reforçar o mito. "Pesquisas mostram que algumas leveduras [fungos responsáveis pela fermentação] diferenciam nosso produto", jura o presidente da Apacs, Nivaldo Gonçalves, à Agência Brasil. "Também tem a questão do Sol, devido à altitude das nossas terras, onde estão os canaviais, e até mesmo a composição do solo”, avalia.

Aliás, o atual dono da Havana, Oswaldo, adota a técnica aparentemente inversa à do fundador, ao resumir o segredo como "asseio, asseio, asseio, cuidado com os depósitos, com o canavial, com o envasamento e o armazenamento, de mais de dez anos". Depois, diz que a qualidade do solo e da cana java influem. "Na verdade, tudo aqui influi", desdiz.

As exportações da cachaça mineira somaram R$ 16 milhões em 2008, crescimento de 18% em relação ao ano anterior. O problema, segundo o Instituto Brasileiro de Cachaça (Ibrac), é que a maior parte disso vira caipirinha. Imaginar garrafas e garrafas de Havana e Andorinha sendo despejadas em copos de limão espremido com açúcar provoca arrepios.

quinta-feira, junho 11, 2009

De virada, Brasil assume liderança das eliminatórias para a Copa 2010

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Com gols de Nilmar e Robinho, a seleção brasileira venceu o Paraguai por 2 a 1. Foi de virada, já que Cabañas, sempre ele, abriu o placar aos 25 minutos. De falta, com desvio em Elano, parecia que o pesadelo de Assunción teria replay. Foi a terceira vitória seguida na competição, acumulando os três pontos somados diante do Peru e do Uruguai.

O paraguai foi valente, jogou bola até o final e, não fosse a boa fase da defesa canarinho, o destino da partida teria sido diferente.

Foto: CBF/Divulgação

Parece Gilberto Silva como bobinho no treino

Dunga parece ter caído nas graças da Globo. Pelo menos foi o que me pareceu ao assistir ao segundo tempo da transmissão da emissora. Galvão Bueno exaltou a campanha do treinador xará-de-anão no comando do escreve nacional. Ajuda a liderança nas elinatórias da Copa de 2010, conquistada na rodada desta quarta-feira, 10.

Daniel Alves foi bem, melhor do que Maicon, o que não quer dizer tanta coisa. No segundo tempo, uma bicicleta mal calibrada dentro da grande que quase gerou lance de perigo mostrou mais semelhanças entre o camisa 2 e Roberto Carlos. Além de jogar da Espanha, Daniel Alves também corre para a bola em cobranças de falta com o mesmo padrão de pique que o lateral-esquerdo titular nas copas de 1998 a 2006.

Kaká foi bem, correu o tempo todo. Robinho fez o gol, mas todo mundo sempre vai esperar mais. Nilmar também marcou, justificou a escalação como titular no lugar de Luís Fabiano expulso injustamente contra o Uruguai, mesmo tendo dado lugar a Pato no segundo tempo. Ramires e Kléberson também se mostraram funcionais para quando precisar recuar o time sem perder capacidade de contra-ataque.

Pode ter sido uma combinação favorável, mas o time mostrou maturidade e determinação. Não resolve, mas se, por partida, um dos que sabem da bola decidir jogar, fica mais fácil.

Enquanto isso...
A Argentina de Diego Armando Maradona e Messi perdeu de 2 a 0 para o Equador na altitude de Quito. Com Valdívia como garçom, o Chile mordeu a segunda colocação das eliminatórias do Paraguai ao golear a Bolívia por 4 a 0. Surpreendente Marcelo Bielsa. Uruguai e Venezuela empataram em 2 a 2 nas terras de Hugo Chávez. E a Colômbia venceu pelo placar mínimo o Peru no confronto andino da rodada.

Na próxima partida, em 5 de setembro, a equipe de Dunga vai à Argentina tentar provar que Maradona faria melhor papel dentro de campo que no banco. Ou como ministro de Cristina Kirchner, quem sabe?

Com 27 pontos, o Brasil precisa matematicamente de mais seis pontos para carimbar o passaporte (chavão-vão-vão), já que o quinto colocado Equador tem 20 e pode chegar a 32 se ganhar tudo. Mas cada vez menos gente banca apostas de que o ex-volante não visita o país de Nelson Mandella.

Como inserir o Fora, Dunga! nessa história?

quinta-feira, junho 04, 2009

A insustentável leveza do desarme

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Um zero a zero justo.

Será que posso descrever assim um jogo em que no segundo tempo um time praticamente só atacou e o outro se defendeu, com alguns poucos contra-ataques que, embora perigosos, não romperam a virgindade das traves do adversário? Depois de um primeiro tempo bastante equilibrado, o Corinthians viveu um segundo tempo de pressão constante, com o Vasco da Gama no ataque buscando obstinadamente o gol. Nossa natural e cultivada admiração pelo jogo ofensivo nos levaria a dizer que o time carioca merecia o gol e a classificação à final da Copa do Brasil. Mas isso seria impreciso, pois deslocaria os méritos a quem também não foi capaz de marcar.

Na realidade, os maiores destaques em campos foram esses dois artistas do desarme, Chicão e William. Poucos times suportariam tanto tempo de jogadas incisivas nas franjas de sua área sem fazer faltas, sem aceitar provocações e sem deixar que a bola efetivamente ameaçasse o gol de Felipe. O arqueiro alvinegro fez uma grande defesa – numa cabeçada de Elton, se não me engano – e teve que sair do gol em mais um momento decisivo.

Fiquei pensando em como descrever a atuação dessa zaga, e me vieram à mente ideias do escritor italiano Italo Calvino.

"Logo dei-me conta de que entre os fatos da vida, que deviam ser minha matéria-prima, e um estilo que eu desejava ágil, impetuoso, cortante, havia uma diferença que eu tinha cada vez mais dificuldade em superar. Talvez que só então estivesse descobrindo o pesadume, a inércia, a opacidade do mundo – qualidades que se aderem logo à escrita, quando não encontramos um meio de fugir a elas." (Cia. das Letras, 1990, trad. de Ivo Barroso)

É a leveza do toque, da movimentação, a não-violência de seus zagueiros que mais admira neste time do Corinthians. Em nenhum momento o time vascaíno conseguiu impor o seu peso, fazer valer a força de sua pressão. Ao contrário, quem se impunha, não pela força mas pela precisão do desarme, foram os zagueiros. O ataque do Vasco foi criativo e veloz, mas a arte do desarme está aí, em superar a qualidade do atacante sem agredir, jogando com chuteiras de pelica. Pois, lembra Calvino, "A leveza (...) está associada à precisão e à determinação, nunca ao que é vago ou aleatório".

Que me acusem de comemorar um empate. O ataque do Corinthians foi medíocre, o meio campo não criou nada. A defesa, porém, fez por merecer, e não só pela garra, mas por sua qualidade. Ainda haveria que mencionar a garra do restante time, em particular de Alessandro e Cristian, e até os momentos de brilho de Dentinho. Mas quis falar dos zagueiros.

A inércia do mundo


Do lado oposto, o do peso e da inércia, poderia comentar a pança do Ronaldo. Muito acionado, perdeu gols feitos, errou nas decisões sobre chutar ou tocar a bola em momentos decisivos, criou jogadas pseudogeniais, na verdade pequenos delírios – penso no toque de calcanhar que deu pro Cristian "chegar chutando" quando o volante estava lá do outro lado, na frente do Ronaldo... Nada disso é o que se espera dele.

Acontece que, quando é "poupado", Ronaldo inexoravelmente ganha peso, e isso deveria ser levado em conta. É como jogar na altitude. Precisa de um tempo de adaptação. Sem dúvida, o centro de gravidade se deslocou, e Ronaldo precisa de um tempo de jogo para reencontrar seu equilíbrio. Atenção para esta dica, Mano.

Mas para mim, o mundo mostra seu peso, sua inércia, sua incapacidade de se renovar quando sabemos da notícia de que um torcedor corintiano foi morto a pauladas e facadas por torcedores do Vasco (segundo notícias, reforçados por torcedores do Palmeiras). Não quero com isso insinuar que "a torcida" corintiana seja uma vítima e os vilões, os seus adversários. O torcedor assassinado sem dúvida é vítima. Mas o que eu quero é só lembrar que passam os anos e não conseguimos reinventar nossas vidas e transformar em "uma fase do passado" a realidade de brutal violência das torcidas. Ao final do jogo, corintianos queimaram um ônibus vascaíno, na saída do Pacaembu. Aqui a reportagem do Globo.com.



Com uma visão cada vez mais opaca, esses jovens não conseguem ver o óbvio, que estão se matando por nada – não é pelo time, não é pela honra nem pela glória: é por nada. É bonito e emocionante sentir a vibração de um estádio que canta que seu time é "sua vida, sua história, seu amor". Mas quando isso se torna literal e completamente verdade, quando o time toma todos os ínfimos espaços da vida e da história de um bando de jovens, uma estranha "ética" se forma, de índole religiosa ou militar: a ética do homem-bomba, que se mata e morre por fidelidade cega a um símbolo – neste caso, até o símbolo está ausente, o que há é um distintivo que deveria significar outra coisa que não uma bandeira de guerra, um valor absoluto...

Seria preciso entender mais a fundo esse fenômeno, não sei se alguém realmente o fez. Comportamento de massa, desconsolo, falta de praia... tudo isso me parece perfumaria na compreensão do sentido essencial da violência que faz com que milhares de jovens joguem fora aqueles que deveriam ser os melhores e mais inventivos anos de suas vidas.

domingo, março 29, 2009

Seleção à altura de seu técnico

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Podem falar de altitude, podem falar de dia ruim, podem falar de qualquer coisa. Mas nunca em 30 anos acompanhando a seleção brasileira (minúsculas mesmo) vi um time ser tão acuado por um adversário. 


E qua adversário era esse? A Holanda de 1974? A Argentina de Maradona? A França de Zidane? Não, era o Equador de Valencia.

Obra e criador merecem um prêmio por este ponto conquistado por uma das maiores atuações de um goleiro que vi nesse mesmo tempo de futebol.  Júlio César foi um bravo, fez milagres enquanto pôde.

O problema é ter o técnico brasileiro reduzido o futebol brasileiro à sua altura. A selecinha do anão depende de seu goleiro para não tomar de 10 do Equador. De dez, sim. Porque foram mais de vinte finalizações do time de amarelo, com quanse metade defendida pelo goleiro da Internazionale.

Tanto que o Equador, até pela cor, parecia ele sim aqueles times do Brasil que até perdiam, mas jogavam futebol. Este...

Depender de um gol de sorte, em contra-ataque de Julio Baptista, para empatar com o Equador dá a medida de onde chegamos... Fora, Dunga... Fica, Júlio César...

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

No primeiro teste para valer, o Palmeiras não passou

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Depois de um início de temporada com nove vitórias em nove partidas oficiais, o Palmeiras perdeu sua invencibilidade. No primeiro jogo difícil, o time levou a pior diante da LDU em Quito, por 3 a 2. No estádio Casa Blanca, os seis dias de treinamento parecem até ter minimizado os efeitos dos 2.800 metros de altitude. Quer dizer: a derrota não foi para a altitude.

O Palmeiras entrou mais defensivo como era de se esperar, ainda que tenha ido buscar jogo para tentar o empate. Não funcionou tão bem. A LDU foi capaz de fazer o resultado, apesar de não ter os dois principais jogadores nem o técnico da conquista do título de 2008. Começou o jogo melhor e, com disciplina tática e com menos falhas do que o adversário, os equatorianos faturaram.

O Palmeiras saiu perdendo aos 24 do primeiro tempo, mas empatou em quatro minutos com Willians em sobra de chute de Diego Souza. Calderón fez seu segundo em trapalhada de Edmilson e Marcos, o Goleiro. Vanderlei Luxemburgo arriscou tirar o zagueiro Maurício Ramos por Marquinhos, e Edmilson parecia se redimir ao fazer o 2 a 2 no começo do segundo tempo em cobrança de falta. Quando os visitantes faziam seus torcedores acreditarem que fariam história, os números finais foram dados por Manso em cobrança de falta – cometida pelo mesmo zagueiro palmeirense.

Marcos, o Goleiro, falhou no segundo gol. Deixar um atleta desses no banco em condições de jogo é uma opção difícil para qualquer treinador. Se ele não estava em condições, é outra história.

Diego Souza foi bem, Cleiton Xavier não. Keirrison foi quase nada. A primeira tentativa de tornar o time ofensivo foi melhor porque saiu o empate. Mas Luxemburgo colocou Evandro em campo no lugar de Fabinho Capixaba, a partir de quando, coincidentemente, não houve mais ataques do time. Se a LDU quisesse, poderia ter explorado melhor os contrataques.

Armero teve suas decidas contidas pelos avanços do argentino Manso. Poderia ter sido expulso pelo carrinho em que tomou cartão amarelo ao 25 do segundo tempo e por um cotovelo que sobrou para um rival. Síndrome de Kléber? Danilo e mesmo Edmilson também exageraram em alguns carrinhos.

O resultado foi muito pior do que a atuação do time, tirando a parte defensiva. Mas foi bem ruim para a estreia na fase de grupos da Libertadores. A próxima partida é contra o chileno Colo Colo no dia 3 de março. Depois tem o Sport na Ilha do Retiro em 8 de abril. Muita dificuldade pela frente.

A primeira derrota não significa que o time seja uma porcaria. Mas só agora aparecem os primeiros comentaristas a lembrar que o time do Palmeiras tem poucos atletas com participações anteriores em Libertadores.

No sábado tem Portuguesa no Canindé pelo Paulista.

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Um 3 a 2 de Diego Souza

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Em uma boa apresentação do camisa 7 palmeirense, Diego Souza, o líder do campeonato passou pelo Mirassol por um placar apertado. Sob chuva, não repetiu a boa atuação de partidas anteriores e claramente pisou no freio quando chegou ao terceiro gol, com direito a substituições dos três principais homens de frente (Keirrison, Willians e Diego Souza). Para alguns, foi um treino.

O primeiro gol saiu de falta, em um chute direto e forte do meia que passou pela barreira e o goleiro não pegou. A infração foi assinalada na sequência de um lance em que Cleiton Xavier fez falta no meio de campo, mas o árbitro não marcou.



Também de falta, o Mirassol empatou e, ainda na primeira etapa, com passe do nome do jogo para o 9 Keirrison, o Verdão voltou à frente do marcador. Na segunda etapa, aos 15, Diego Souza de novo açucarou a bola para o lateral Jefferson fuzilar o terceiro gol dos visitantes. O Mirassol diminuiria aos 44 e Lenny perdeu dois gols e foi parado com falta em outra oportunidade.

Quem para?
O Palmeiras chegou à oitava partida oficial na temporada com 100% de aproveitamento. Em 2006, sob a regência de Emerson Leão, o time chegou a sete partidas assim. Em 2008, fez seis. Antes, só em 1920 o Palestra Itália foi além da marca: fez 11 vitórias para começar o ano.

É levemente falsa a pergunta "quem para o Palmeiras". A atuação de quarta-feira mostrou que o time sabe ser objetivo, que não é totalmente dependente de um único jogador na frente, mas que tem uma defesa que ainda carece ajustes, mesmo tendo o cirúrgico Pierre à frente da zaga.

Contra o Paulista no Pacaembu quem joga é o time reserva, já que os titulares vão a Quito se ambientar na altitude. Contra a LDU, Vanderlei Luxemburgo deve armar um time mais recuado, mas não dá para saber se vai resolver a defesa. O fato de o time ser eficiente nos contrataques é uma arma mortal. Se acertar a retaguarda, eu passaria a considerar a pergunta mais pertinente.

Mesmo com poder de reação e boas opções para fazer gols, o Palmeiras não teve um adversário com uma apresentação consistente pela frente. O Santos pressionou por algum tempo e conseguiu finalizações muito boas, que não entraram por méritos e sorte do goleiro Bruno. Mas no geral não foi o adversário que se esperava.

É bem verdade, porém, que o time foi capaz de atropelar adversários como o Mogi Mirim que foram uma pedra no sapato de rivais como o Corinthians. Que tem um ponto a mais do que o segundo colocado com um jogo a menos. Mas por mais empolgante que tenham sido algumas das apresentações, como contra o Real Potosí, a de ontem contra o Mirassol foi boa pela vitória e por ver Diego Souza jogando bem.

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Que venham Colo Colo, Sport e LDU

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A vitória por 2 a 0 sobre o fraquíssimo Real Potosí, a 4 mil metros, garantiu a vaga do Palmeiras na Libertadores da América. Em seu grupo tem a campeã LDU, o chileno Colo Colo e o algoz Sport, de quem não ganha desde 2001.

O mais importante foi que, depois de golear por 5 a 1 no jogo em casa, o Verdão fez mais 2 a 0 contando com oportunismo de Cleiton Xavier e Keirrison. O time só não sofreu tanto com os efeitos de jogar no teto do mundo, pelas limitações do adversário. Que ainda mandou bola na trave.

Em Quito, no Equador, tem mais altitude, uns 2.800 metros, já no dia 17 de fevereiro.

O treinador Vanderlei Luxemburgo não tem bons resultados no continental para exibir, nem o time é experiente nesse tipo de competição. Nesse sentido, o retrospecto não necessariamente é tão bom, mas o início de temporada anima. Como vale apenas o que acontece durante os jogos, fica a torcida para que o ritmo se mantenha.

No fim de semana, contra o Santos pelo Paulista, o Palmeiras tem uma partida bem mais difícil do que as disputadas até agora. É um clássico.

sexta-feira, janeiro 30, 2009

Goleada jogando bem: 5 a 1 sobre o Real Potosí

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A vitória do Palmeiras na primeira partida da pré-Libertadores terminou com um placar elástico, uma boa atuação do time.

Tanto assim que tem palmeirense que já perdeu o receio de cair no grupo da LDU, Sport e Colo Colo.

O Palmeiras abriu dois a zero com Keirrison, tomou um e virou o primeiro tempo em 3 a 1 – o terceiro foi de Diego Souza. No segundo, Cleiton Xavier e Edmilson completaram a goleada. No começo houve mais trocas de passes do que na última etapa.

Os resultados expressivos dão gosto ao torcedor. As boas partidas dos jogadores de ataque também. Mas em sua segunda participão na Libertadores da América, o time boliviano é muito frágil, assim como se mostraram o Mogi Mirim e o Marília. O jogo de volta é na altitude, mas tem a Ponte Preta no final de semana. Que o time continue jogando assim.