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quarta-feira, abril 15, 2009

Luxemburgo pode encostar, mas não empatar

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A partida entre Palmeiras e Sport de Recife hoje, às 19h45, no Palestra Itália, marca mais um capítulo da disputa entre os técnicos Nelsinho Baptista e Vanderlei Luxemburgo (foto à direita). Segundo o DatAnselmo, com a vitória conquistada pelo alviverde sobre o rubronegro no jogo de ida, no início do mês, os confrontos entre os dois treinadores já são 33, com 11 vitórias de Nelsinho, 9 de Luxemburgo e 13 empates. Ou seja: se o Palmeiras vencer hoje, seu comandamente não conseguirá alcançar o mesmo número de triunfos que o rival, mas diminuirá a diferença para apenas uma vitória. A "briga" entre os dois se acirrou na decisão do Campeonato Paulista de 1990. Nelsinho Baptista, ex-lateral-direito de Ponte Preta (foto à esquerda), São Paulo e Santos, entre outros, era o técnico do Novorizontino. E Vanderlei Luxemburgo, ex-lateral-esquerdo de Flamengo (à equerda, abaixo), Internacional-RS e Botafogo-RJ, treinava o Bragantino, que venceu aquela decisão "caipira". Mais tarde, Nelsinho daria o troco na final do Paulistão de 1998, quando o São Paulo derrotou o Corinthians de Luxemburgo. A rusga entre os dois já rendeu muita polêmica. Me lembro de uma edição do programa "Cartão Verde", na TV Cultura, em que os dois partiram para a baixaria, com Luxemburgo dizendo que o rival "nem tinha jogado bola direito" e Nelsinho rebatendo com um "olha só quem tá dizendo". Hoje não sei se ainda guardam tanto rancor. Alguém viu se eles se cumprimentaram nos últimos confrontos? Bom, mesmo que sim, é inegável que Nelsinho tem mais um objetivo, na partida de hoje, além de devolver a derrota do Sport em Recife. Conseguirá?

quinta-feira, abril 09, 2009

Sobre o Sport, a vitória mais importante da temporada

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Como um poema de João Cabral de Melo Neto precisava ser construído e trabalhado para se formar, a vitória do Palmeiras diante do Sport foi erguida a partir da marcação determinada. Na primeira partida em que a defesa alviverde se comportou realmente bem na temporada – bobeou em dois lances – veio a vitória mais importante da temporada até agora.

Como um auto de Ariano Suassuna, a Providência funcionou a favor do time paulista, que marcou nos momentos certos, quando o Sport crescia no jogo. Desacreditado por muitos, o Palmeiras segue vivo e com esperanças na Libertadores.

Bela vitória
O adversário vinha com força. Eram 25 partidas sem perder. Em seu estádio, a Ilha do Retiro, foram 20 sem derrota. Duas vitórias brilhantes no torneio continental. Uma parede sólida a ser transposta que ainda tinha, como obstáculos, o calor e a pressão da torcida e o fato de não ter somado pontos na Libertadores da América. Desde 2003 não havia vitórias para o Palmeiras. Vanderlei Luxemburgo fazia tempo que não superava Nelsinho Baptista – que continua com mais vitórias.

Durante a semana, o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo esteve com os jogadores no centro de treinamento para dizer que o mundo não acabaria na quarta. Alguns jornais deram a entender que isso valia apenas para o caso de uma derrota. Sei não. Antes do apito inicial, o mundo acabava hoje mesmo. Mas o sentido da frase era mais amplo. Mesmo com a vitória, nem o mundo, nem a temporada, nem a cobrança da torcida e dos críticos acaba. Faltam três vitórias em três jogos – ou quase isso – para que estes 2 a 0 na Ilha do Retiro sejam de fato relevantes.

Só precisa repetir
Um começo nervoso, mas tudo se acertou. Danilo, Maurício e Edmilson não bateram cabeça. Marcos pegou muito. Pierre foi muito bem. Mesmo Fabinho Capixaba, cuja lateral foi exploradíssima por Ciro e Dutra, não comprometeu. A única boa partida da zaga. Apesar da retranca assumida sem constrangimento no segundo tempo, o Sport não conseguiu manter, em nenhum momento, uma situação de pressão plena depois do primeiro gol.

A vitória é muito mais relevante para o Palmeiras do que a derrota para o Sport. É claro que por se tratar da fase de classificação, para um time que vinha invicto e deve ser tetracampeão pernambucano, o revés está longe de representar risco efetivo para o time. Isso aparentemente reduziu a determinação do rubro-negro de Recife. A celeuma envolvendo a troca de arbitragem ficou claramente diminuída.

Diego Souza foi monstruoso no segundo tempo. Antes do gol, ele teve um chute defendido brilhantemente pelo goleiro Magrão. Com arrancadas, era a única esperança dos visitantes de segurar a bola no ataque. E de construir jogadas que levassem perigo. Bem que ele avisou, no fim de semana ao fazer o gol da vitória no campeonato Paulista, que o Jogo era quarta.

A comemoração do segundo gol é impressionante. Assim como a celebração do grupo ao final da partida, as cenas dão a dimensão de como o grupo estava vendo a partida. Teria que ser topeira ou sangue de barata para não entrar como Keirrison, com o rosto vermelho de pura tensão, parecido com um hipertenso em crise de pressão alta.

O resumo do jogo é um grande "ufa!" ao mesmo tempo em que um vislumbre de uma zaga confiável em um time determinado. Precisa repetir a dose na próxima quarta-feira, em São Paulo, para confirmar a boa impressão.

quarta-feira, março 18, 2009

Luxemburgo decadente

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Esta está no blogue do Cosme Rímoli, só reproduzo porque fala do "gênio" Luxemburgo, tão decantado por alguns.

Guilherme Beltrão.
Pernambucano.
Administrador de empresas.
Vice presidente de futebol.
Na sua rouquidão se traduz a voz do Sport Recife.
E é ela que alerta e acusa em entrevista exclusiva ao blog.
"Não quero transformar em guerra os dois jogos contra o Palmeiras pela Libertadores.
Só que acabou aquele tempo que time do Nordeste era roubado, desprezado pelas equipes do eixo Rio-São Paulo.
O Sport Recife quer e pretende pagar todas as despesas para ter árbitros estrangeiros contra o Palmeiras.
Por que na bola, o Sport não perde para o time dirigido pelo decadente Luxemburgo.
Os jogadores do Palmeiras têm alto nível, mas ele é péssimo.
Só a imprensa de São Paulo não vê que ele está caminhando para o final de carreira.
Perdeu a credibilidade.
Ele é o homem mais criativo para explicar derrotas no Brasil.
Ou são os jogadores do próprio time, ou a comida que o time comeu, ou o árbitro.
Ou é a pressão da torcida adversário.
E esse sujeito vai tremer na Ilha do Retiro.
Pela força do nosso time.
E pelos gritos dos nossos torcedores.

quarta-feira, março 04, 2009

Segunda derrota na segunda partida na Libertadores

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O Palmeiras se complicou inteiro na Libertadores da América. Jogando em casa diante do Colo Colo do Chile, levou um 3 a 1 na cabeça. Se o treinador Marco Barticciotto chegou ameaçado no cargo, com o time em crise, volta feliz, com atuações convincentes de Torres e Barrios.

A eficiência do ataque que marcou as atuações alviverdes no início da temporada não apareceu. A fragilidade da defesa, em compensação, sobrou. Para a facilidade do Colo Colo.

Numa competição internacional, não pode jogar assim. Libertadores não é Paulista, nem todo time azul é o São Caetano em um jogo improvável.

Com nenhum ponto conquistado e três gols negativos de saldo, o time avança apenas se fizer uma recuperação histórica de garantir quatro improváveis vitórias nos próximos jogos.

Só que o Sport e a LDU se enfrentam nesta quinta-feira, em Recife. Levando em conta o retrospecto do time de Nelsinho Baptista sobre o de Luxemburgo... Prefiro pensar em outra coisa para conter os palavrões.

Sem alternativa
A falta de criatividade nas atuações dos reservas no Paulista foram o indicativo de que o elenco estava distante do que via Vanderlei Luxemburgo. Aliás, as alterações do treinador foram para lá de questionáveis. Primeiro, colocou Jumar e Jefferson nos lugares do zagueiro Maurício Ramos e Marcão (que entrou na lateral). Só depois colocou mais um atacante na vaga do lateral-direito – Lenny entrou, Fabinho Capixaba saiu. Se a idéia era não expor tanto a defesa, não funcionou.

Faltou ainda capacidade de variar o "repertório" de ataque, para usar a definição de Paulo Vinícius Coelho na transmissão de rádio. Com Marquinhos teria sido diferente? Por que o Palmeiras não consegue fazer abafa quando a troca de passes rápidos não sai?

Com a ducha de água fria e talvez sem Willians, o time ainda tem o Corinthians no domingo. Se bobear, Ronaldo, o com-sobrepeso, ainda vai entrar, o que motiva ainda mais o alvinegro. Segure-se, Luxemburgo.

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Kléber, treze minutos, dois gols e dois cartões amarelos

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Foto: Vipcomm/Divulgação


Na estreia do Cruzeiro na Libertadores vinha sem gols quando o técnico Adilson Batista resolveu promover a primeira participação do atacante Kléber na equipe. Um minuto depois, de pênalti – sem árbitro mineiro, que fique claro – os mineiros saíram na frente do Estudiantes. Depois, Kléber fez dois gols e dois cartões amarelos. Não completou 15 minutos em campo. A primeira advertência foi por tirar a camisa na comemoração do gol. A segunda, a expulsão portanto, aconteceu aos 28 minutos, em uma falta sobre Verón.

Foram primeiros passos dignos de quem já foi chamado de "a besta" e contra quem se praguejou um futuro de Sandro Goiano. Mas também explicam porque a torcida do palmeiras reclamou tanto de sua saída.

Para o Cruzeiro, o cometa azul, segundo o Carlão, sacramentou a manutenção dos 100% de aproveitamento na temporada, coisa que o Palmeiras infelizmente não fez.

Sport
Outro brasileiro que iniciou sua trajetória na competição continental foi o Sport de Recife – e de Nelsinho Baptista e de camisa amarela. Venceu o Colo Colo no Monumental em Santiago do Chile por 2 a 1. No grupo, está empatado com a LDU com três pontos. Como foi o melhor resultado entre as equipes brasileiras, merecia mais do que apenas ser citado nesse post.

segunda-feira, janeiro 12, 2009

De olho na redonda - O Chelsea ou o iate?

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O Chelsea ou o iate? - Quem viu a vitória do Manchester United sobre o Chelsea ontem deve ter ficado se perguntando: isso é efeito da crise? Impressionante como os comandados de Felipão se entregaram depois do segundo gol do time da casa e só não perderam por mais de três gols porque o auxiliar apontou impedimento inexistente em gol de Cristiano Ronaldo.


É claro que o Manchester é um senhor time, mais bem entrosado e com um grande elenco. Mas também é possível que a conturbada situação financeira do “patrão” Roman Abramovich tenha afetado o desempenho dos jogadores do Chelsea. De acordo com a agência Prime-Tass, a fortuna pessoal do magnata russo teria sido reduzida de cerca de 16,700 bilhões para “apenas” 2,3 bilhões de euros em função da crise mundial. O Chelsea teria despedido recentemente 15 funcionários que tinham remuneração de mais 150 mil euros ao ano, além de suspender a comida gratuita para os jogadores na cantina do clube.




Por conta disso, Abramovich poderia vender o Chelsea, adquirido em 2003 e que já recebeu investimentos de 210 milhões de euros. Mas ele também estuda vender seu nababesco iate (foto), avaliado em 200 milhões de euros. Trata-se da maior embarcação privada do mundo, com 167 metros (550 pés) - quase duas vezes o comprimento de um campo de futebol - e 70 pés de largura, com duas pistas para helicópteros com um hangar e um submarino de 12 assentos que pode sair pelo fundo do iate. Agora o russo precisa ponderar para saber qual dos dois brinquedos irá vender, o barco ou o time.

E o Pernambucano começou - E já tem estadual rolando no Brasil. O Campeonato Pernambucano começou nesse fim de semana e o Sport começou bem sua caminhada rumo ao tetracampeonato, com uma goleada na Ilha do Retiro sobre o Vitória, por 4 a 0. O principal reforço do Leão, Paulo Baier , não estreou ainda, e com o Náutico não foi diferente: as cotnratações Carlinhos Bala, Somália e Adriano Magrão não puderam ajudar o time no empate em casa com o recém-promovido Cabense.

Já o Santa Cruz venceu fora de casa o Sete de Setembro, contando com seu principal reforço, o atacante veterano Marcelo Ramos. O estadual conta com 12 times e é disputado em dois turnos, com jogos de ida e volta em cada um. Os vencedores de cada turno se enfrentam na final e se alguma equipe vencer os dois turnos já é campeã.

O Cearense também – outro estadual que começou cedo foi o Cearense. O Fortaleza, atual bicampeão, goleou o Itapipoca por 4 a 1 enquanto seu rival, o Ceará, teve um pouco mais de trabalho para superar o Quixadá de virada, 2 a 1. O time alvinegro estreou o atacante Alberto, ex-Santos, mas ainda não pôde contar com a estreia do volante Heleno, que estava no Vila Nova e que também passou pela Baixada Santista. Nascido na gloriosa São Vicente, o atleta alega ter saído da equipe goiana, onde foi um dos destaques, por conta de salários atrasados. Nada para se espantar, enfim.


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quarta-feira, dezembro 10, 2008

A melhor torcida do Brasil

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Encher o estádio quando se briga por um título é fácil. Quando se quer escapar do rebaixamento também. Agora, encher o estádio quando os jogos não valem rigorosamente NADA é um feito absurdo. E, por isso, a torcida do Sport é a melhor do Brasil. Ou menos foi a melhor nesse 2008 que vai acabando.

Aos números. O Sport teve a quarta melhor média de público no Brasileirão atual, com 21.776 pagantes. Ficou atrás de Flamengo (40.694), Grêmio (31.075) e Cruzeiro (24.245) - três times que brigaram pelo título até as rodadas finais. Superou o campeão São Paulo (21.331), o também concorrente ao título Palmeiras (16.877) , o rebaixado Vasco (13.723) e o tradicionalmente enchedor de estádios Atlético-MG (18.638).

Se já seria surpreendente ver uma torcida numericamente inferior à da maioria dos clubes do campeonato, num estado com um nível de renda não dos melhores, apresentar números tão significativos, a coisa torna-se ainda mais impressionante pelo falado no início do post: a maioria dos jogos do Brasileirão não valeu rigorosamente nada para o Sport. Foram simples amistosos.

Como campeão da Copa do Brasil, o clube já estava garantido na Libertadores de 2009. Não precisaria, portanto, ficar entre os quatro primeiros do nacional para correr a América no ano que vem. Também não poderia ser agraciado com o prêmio de consolação que é a vaga na Sul-Americana. Restariam duas motivações então ao rubro-negro: brigar pelo título ou ter que escapar do rebaixamento. Acontece que essas duas foram afastadas logo de cara. O time mostrou-se bom o suficiente pra não ficar entre os piores e ruim o suficiente para não almejar a taça do certame.

E a quantidade foi acompanhada de qualidade. A torcida leonina já mostrara suas garras ao restante do país na Copa do Brasil: Inter, Palmeiras e Corinthians que o digam, tamanha a pressão que esses clubes sofreram na Ilha do Retiro. Meu amigo Carlos Padeiro, jornalista, esteve no Sport 4x1 Palmeiras e voltou impressionado com o estádio e com a torcida: "aquilo sim que é alçapão".

Agora vamos ver o que a torcida do Sport fará na Libertadores. A parada para o clube pernambucano não será fácil: enfrentará na fase de grupos a campeã LDU e muito possivelmente o Palmeiras, se o clube verde avançar na fase prévia do campeonato. Mas o show dos torcedores está garantido.

sábado, setembro 27, 2008

Vandinho livra a cara de Caio Júnior

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Quando o atacante Vandinho, um dos artilheiros do ano no Brasil por sua atuação no Avaí, se posicionou para entrar no lugar de Ibson, o Maracanã foi quase unânime. A impressionante torcida do Flamengo, que compareceu em mais de 40 mil pessoas mesmo com a torrencial chuva no Rio de Janeiro, xingou Caio Júnior de burro. Era preciso reverter a derrota parcial por um a zero contra o Sport, mas o time, apesar da pressão, não dava mostras de que conseguiria, embora o clube pernambucano, muito recuado, cedesse campo para os cariocas atacarem.

Mas aos 36, Vandinho prende a bola, espera a passagem de Juan, e toca de volta para o lateral fazer o gol de empate. E aos 43, em um jogada curta de escanteio, o mesmo Vandinho finalizou de cabeça, com um peixinho que fazia jus ao encharcado gramado. Vitória de virada que garante o clube no G-4 nesta rodada, já que o São Paulo, imediatamente atrás, tem duas vitórias a menos.

Enquanto o Sport confirmou sua performance de time caseiro (28,5% de aproveitamento fora de casa), o goleiro Bruno, ao fim da partida, agradeceu o apoio e também a cobrança da torcida rubro-negra que enfrentou o temporal. E esse foi o diferencial em 2007 que trouxe o Mengão para cima. A incrível massa que, no mínimo fio de esperança que o time lhe dá, se agarra nele e carrega elencos medianos para o alto.

E o Goiás?

Foi a quinta vitória seguida, incontestável novamente. O líder do segundo turno derrotou o Vitória por 3 a 0 e mantém sua incrível recuperação. A equipe de Hélio dos Anjos já tem 42 pontos e quem se destacou na partida foi o lateral-esquerdo Júlio César, que marcou dois gols e deu assistência para o tento de Paulo Baier. A quatro pontos do G-4, o clube esmeraldino dá pinta de que pode chegar.

Já o Atlético (MG) só empatou com o Figueirense do xerife Mário Sérgio em casa, 0 a 0, e fica um pouco mais distante do bloco de cima. Como o fim da rodada deve deixar o Galo entre sete e cinco pontos da zona de perigo, o resultado não é desesperador, mas o mau futebol jogado contra uma equipe que vem em queda livre é um sinal de alerta.

segunda-feira, setembro 22, 2008

O Empatador

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O São Paulo é um time esquizofrênico. Sem razão aparente, de um jogo para o outro muda a forma de jogar de uma maneira tão intensa que não parece a mesma equipe. Revisando todos os resultados até agora, o que se encontra é uma alternância entre ótimos jogos (contra o Atlético-MG e o Palmeiras no 1º turno e os dois contra o Flamengo, por exemplo) e empates modorrentos. Derrotas? Poucas, só 5, uma a menos que o líder Grêmio.

O problema é que os empates modorrentos estão quase empatando com as vitórias. Ao fim da 26ª rodada, são 11 contra 10. Ninguém empatou tanto. Nenhum time se arrisca tão pouco para vencer, como se a vitória ainda valesse 2 pontos.

O jogo de agora há pouco na Ilha do Retiro, contra o Sport, foi uma prova disso. No final do jogo, um empate em 0 a 0, Muricy Ramalho tirou Dagoberto, que até estava se esforçando e dando trabalho para a defesa do Sport, para a entrada de Richarlyson. Qualé, Muricy? Queria garantir o empate fora de casa?



É evidente que o São Paulo saiu da luta real pelo título, se é que um dia esteve nela. O que resta é a vaga na Libertadores, que também está bem difícil. Mas esse time realmente me intriga pela irregularidade. Eu entendo que contar com Éder Luis e André Lima para fazer gol é de chorar. O último acabou com TODOS os ataques do São Paulo que passaram por seus pés no jogo contra o Sport, porque não consegue dominar uma bola. E ainda perdeu um gol incrível no rebote do chute de Hugo, que bateu na trave.

Mas e o resto do time? O que pensar quando Jorge Wagner não acerta os cruzamentos, sua especialidade? Quando Hernanes erra boa parte dos passes? A defesa, que era porto seguro no ano passado, volta e meia faz suas lambanças. Essa resposta eu não tenho, só sei que o Muricy vai ter que rebolar para fazer o time ser mais regular. Enquanto isso, só me resta torcer contra os outros - e torcer para a Lusa, que devolveu a lanterna para o Ipatinga, não cair.

ps: só para registro: a arbitragem de Djalma Beltrame foi um desastre. Sorte dele que o jogo foi tão ruim e os jogadores estavam tão desinteressados que nenhuma porradaria mais forte aconteceu.

sexta-feira, setembro 05, 2008

Luxemburgo é freguês de Nelsinho. E o Palmeiras do Sport

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Uma chapuletada. A primeira derrota no Palestra Itália na temporada foi no pior estilo. Um três a zero para o Sport, fora o baile.

Méritos de apostar nas bolas aéreas, o maior motivo de tensão do torcedor alviverde é a frágil zaga. O Palmeiras não mostrou volume de jogo nem conseguiu esboçar pressão. Pior, depois do primeiro gol, ficou perdido, fez um primeiro tempo de pesadelos

– Ah, o primeiro gol tava impedido – alguém pode lembrar.

Mas foi três a zero. Com dois gols de Roger, ex-Palmeiras. Que tristeza.

Freguesia
E Nelsinho Baptista venceu mais uma. Agora são 11 vitórias do injustiçado pelo Futepoca diante do badalado pela mídia Vanderlei Luxemburgo. O atual treinador do Palmeiras venceu oito.

O detalhe é que no jogo de ida do Brasileirão, na Ilha do Retiro, nove reservas do Sport fizeram 2 a 0. Agora, com os titulares, como visitante, foi 3 a 0. Faz sentido.

O consolo é que, na história, o time paulista leva vantagem. Só não ganha desde 2003, ano que eu prefiro esquecer.

Cruzeiro e Grêmio
Além da partida, o Palmeiras perdeu a segunda posição. O próximo jogo é que vai separar "os hômi dos minino", já que o segundo colocado enfrenta o terceiro. E o Verdão vai sem o ataque titular, suspenso.

Enquanto isso, o Grêmio ganhou licença para perder do Fluminense no Maracanã e deixar tudo como está. Ou abrir oito pontos de vantagem.

A estabilidade do Grêmio comparada com a irregularidade dos rivais explica a tabela.

domingo, julho 20, 2008

A maré vai virar?

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Antes do jogo, o técnico Cuca brincou com um repórter dizendo que aquela era a “estréia” dele no comando do Santos. De fato, após ter pedido demissão na derrota para o Figueirense, muita coisa parece ter acontecido no clube, e finalmente a diretoria parece ter bancado o treinador diante daqueles que mais atrapalhavam seu trabalho: os jogadores. 

Vontade e raça não bastam, mas são primordiais para um time que quer sair da crise. E os atletas do Santos mostraram isso. Sem opções, Cuca voltou a atuar com três zagueiros como, na prática, já vem fazendo há tempos. A diferença é que Rodrigo Souto, que vinha jogando à frente da zaga, deu lugar a Fabiano Eller na posição. O zagueiro deu mais qualidade na saída de bola, mas por diversas vezes, em função da falta de entrosamento, o sistema defensivo deu brechas ao Sport no primeiro tempo, principalmente com uma mal ensaiada e quase enfartante linha de impedimento, fundamental para jogar em cima do adversário.

À frente, o arisco Maikon Leite foi substituído pelo paraguaio Cuevas. O ex-atleta da seleção guarani carece ainda de uma melhor condição física, mas se movimentou bem, abriu espaços e cavou faltas importantes e cartões amarelos preciosos. Aliás, outra mudança de Cuca foi em relação à cobrança de faltas. Provavelmente cansado de ver Kléber errar tanto nas últimas partidas, quem cobrou a maioria das jogadas de bola parada foi Molina, que levou muito perigo ao gol de Magrão.

E foi o colombiano que sofreu o pênalti que resultou no gol do Santos. O arqueiro do Sport defendeu a cobrança de Kléber Pereira, mas o próprio atacante marcou no rebote. Aos poucos, o artilherio volta ao seu normal: desperdiçou uma oportunidade clara de gol, quase perdeu a penalidade e marcou o gol da vitória. Performance que os santistas já se acostumaram a ver.

Na segunda etapa, o Alvinegro conseguiu postar melhor a defesa, tentando aplicar contra-ataques que praticamente não aconteceram a partir dos 20 minutos. Mas o Sport não demonstrou forças pra buscar o empate, apesar da tentativa de abafa nos minutos finais. Não foi um grande jogo, mas o resultado foi justo e um alento para Cuca, que pode virar definitivamente a maré a seu favor se o Santos derrotar o time de Luxemburgo na quinta-feira. Difícil, mas longe de ser impossível.

A propósito, em sua coluna na revista Carta Capital, o ex-jogador Sócrates falou sobre a situação do Peixe. Para ele, há jogadores que não têm estrutura emocional para atuar em clubes grandes, e se estes são maioria no elenco, a equipe acaba sucumbindo em momentos decisivos da partida. Isso por conta de uma insegurança temporária, que vai embora a partir de uma vitória ou seqüência delas. Aí a fase ruim se esgota em sim mesma. Tomara que seja esse o caso do Santos. 

segunda-feira, julho 07, 2008

A torcida imaginária da Globo

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O assunto não é novo, mas como continua a acontecer, merece menção. Ontem, após secar Roger Federer e assistir a um jogo épico na final de Wimbledon, vi o restinho da partida entre Atlético (MG) e e Palmeiras. Parecia até que o confronto era no Palestra Itália. Só se escutava a torcida do Verdão, de forma tão nítida que chegava a rivalizar com a narração e os comentários. Em franca minoria entre os 35 mil pagantes no Mineirão, a Globo fez com que chegassem aos nosso ouvidos a adaptação da torcida verde de Asa Branca, praticamente uma segunda morte de Luiz Gonzaga, e outra “versão”, do Dale Boca, pra mim prova do complexo de vira-latas eterno que volta e meia se manifesta nesse pais, além de brutal falta de criatividade (antes que digam, não é exclusividade da torcida palestrina).

Na final a Copa do Brasil, os corintianos, que representavam pouco mais de 5% da torcida na Ilha do Retiro, tinham seus gritos transmitidos para todo Brasil, enquanto o correto Cléber Machado narrava quase com lamentação os gols do Sport. O assunto foi pauta no Extracampo e no De Primeira, onde o colunista Julio Moreira explicou o recurso: “O áudio foi captado e divido em 3 canais - o do narrador, o da torcida do Corinthians e o geral do estádio. Então, o diretor técnico aumenta o volume do canal da torcida do Corinthians e diminui o volume geral do estádio.”

Fiquei impressionado com esse tipo de recurso quando, na partida entre Cruzeiro e Santos, mesmo com o time paulista perdendo por 1 a 0, só se ouviam os santistas cantarem em pleno Mineirão. Mesmo com a goleada, de novo o “fora Leão” que se gritava superava uma maioria feliz no estádio. O mesmo se repetiu no domingo retrasado, no jogo entre Cruzeiro e São Paulo.

A lógica, pra variar, é comercial. Como a partida não é transmitida para a praça em que ela acontece (exceção à final da Copa do Brasil), busca-se privilegiar o mandante, ainda mais sendo de São Paulo, foco principal dos anunciantes. Mas existe uma clara distorção da realidade, ainda mais quando o locutor corrobora a farsa dizendo: “e olha como canta a torcida do [time paulista].”

Transmissões esportivas têm um caráter de espetáculo, de entretenimento, e os recursos eletrônicos e palpiteiros de cabine estão aí pra isso. Mas também merecem um tratamento jornalístico, e isso a Globo faz bem, com repórteres de campo competentes e outros profissionais que dão uma bela retaguarda ao que acontece na rodada. Entretanto, quando falseia o som ambiente de forma tão grotesca, acaba jogando por água abaixo qualquer esforço de todos ali envolvidos, reforçando bairrismos e ludibriando o espectador comum.

Se for pra abandonar o critério jornalístico, talvez seja melhor contratar os humoristas do Pânico para fazer reportagens de jogo e, quem sabe, a Lucia Hippolito para comentar da cabine, para ouvirmos mais análises e ilações de nível como a descrita aqui. Já que é circo...

quinta-feira, junho 12, 2008

Juca Kfouri, sobre a final da Copa do Brasil

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Passadas as emoções, a sensatez de Juca Kfouri:

"Escrevi ontem que aparentemente houve pênalti de Magrão em Acosta.

Fosse eu o árbitro e teria marcado a falta.

E hoje estaria arrependido...

Depois de ver o lance dezenas de vezes, calmamente, de todos os ângulos com as imagens da Globo e da Band, conclui que não houve o toque no atacante corintiano.

E comparar o lance ao de Fábio Costa em Tinga, em 2005, só pode ser brincadeira.

Caros corintianos, aprendamos todos a perder."

(íntegra do post)

Em outro post, o jornalista comenta o lance já falado aqui e que não mereceu qualquer comentário ou ponderação da imprensa ou mesmo dos freqüentadores deste blogue: o chute de Fabinho em Enílton dentro da área.

"Em tempo: é claro que houve erros de arbitragem contra o Corinthians, como, por exemplo, um lance de impedimento mal marcado do Acosta.

Como Carlinhos Bala merecia ser expulso com Saci, embora ele tenha sido discreto e o Mula-Sem-Cabeça tenha sido espalhafatoso.

Mas houve um pênalti em lance sem bola do Fabinho no Enílton, lance que também deveria redundar na expulsão do corintiano..."

O mau perdedor

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Sempre que vejo coletivas de treinadores, sinto o famoso sentimento de “vergonha alheia”. Os repórteres, em geral até com certa e perigosa intimidade com os comandantes de times, fazem somente perguntas caridosas, às vezes quase pedem desculpas por questionar algo mais incisivo.

Na coletiva de Mano Menezes não foi diferente. Claro que somente a imprensa paulista queria escutar o corintiano. Dentre as pérolas do gaúcho, disse que o título do Sport “não foi justo”, acrescentando que “se o Corinthians tivesse vencido por 3 a 0 no Morumbi, perderia pelo mesmo placar aqui”, sugerindo um complô contra a equipe paulista.

Criticou a arbitragem, evitando falar da formação do time, defensiva na melhor das hipóteses, covarde na mais realista. Acusou um “descritério” do árbitro (perdoai-o, Camões!) e disse que era possível contar nos dedos de uma mão as situações em que seu time foi favorecido na Copa do Brasil, o que, para ele, era algo “desparelho” (tá bom, Camões, é complicado perdoar quem quer falar difícil).

Coerente, Menezes desculpou Wellington Saci, que permaneceu 58 segundos em campo antes de pisar em Carlinhos Bala e ser expulso. Claro, toda culpa era da arbitragem. Ele, que viu faltas invertidas, pênalti não marcado, a conspiração em cada grama da Ilha do Retiro, afirmou que não pôde observar o lance da expulsão. Uma falácia, já que foi informado de todas as versões por gente que viu pela TV, como acontece com todos os técnicos.

Mas o que ele não disse é por que colocava um lateral no lugar de uma atacante, no caso, Dentinho, precisando marcar um gol. Eu, que vi a partida, gostaria de saber. Até imagino que fosse para liberar André Santos para o ataque, já que o atleta pouco apareceu em Recife. Mas só imagino. Acho que o torcedor corintiano tinha o direito de saber, ao invés de ser bombardeado com argumentos pueris que só fomentam ainda mais a cultura de nunca admitir a derrota, tão enraizada no torcedor brasileiro. É melhor incitar o ódio elegendo um inimigo externo do que admitir os próprios erros. É mais fácil estimular o emocional do que tentar debater de forma inteligente.

Nelsinho Baptista deu um baile em Mano Menezes. Mudou o time com 25 minutos, alterando a forma de jogar e agredindo (futebolisticamente) o rival. Ao time paulista, restou agredir (fisicamente) o vencedor. O corintiano merecia mais.

PS: a Globo e seus comentaristas formam o consenso. Enquanto o lance de suposto pênalti em Acosta (que nenhum corintiano no gramado reclamou, só o Mano vidente pós-jogo) foi dado como verdade, o também ex-árbitro Renato Marsiglia discordava na Sportv. Afirmou que o goleiro pegou na bola em uma dividida normal. Já o lance de Fabinho, que alavancou um adversário dentro da área e depois o chutou sem bola no mesmo lance, não mereceu sequer um segundo replay na emissora carioca, que ontem era paulista. E assim as "verdades" são construídas...

PS 2: Sport campeão da Copa do Brasil e Fluminense na final da Libertadores. São Paulo percebe que não é o centro do universo. Ainda bem.

Sport campeão da Copa do Brasil

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Comecemos pelo começo. O Sport é campeão da Copa do Brasil. E com todos os méritos. É um grande time e teve mais bola e nervos (principalmente nervos) nos dois jogos da decisão.

Ao Corinthians, faltou Corinthians. Faltou o time buscar o jogo, o ataque, o gol. Não teve bola para acalmar o jogo e pressionar. Entrou obstinado em defender e não rolou. Abdicou do ataque durante o primeiro tempo, atraindo o Leão e buscando um contragolpe. Não funcionou.

O Sport fustigou o primeiro tempo todo, mas só teve uma chance clara no gol de Carlinhos Bala, que joga pra caramba. O Corinthians sentiu o gol e se desorganizou. O segundo, de Luciano Henrique, em chute que pode ir do esquisito ao genial (não vi o bastante para ter certeza), sacramentou, senão a derrota, o fim dos nervos paulistas. O Timão pressionou no final, mas desorganizado.

Não acreditei na derrota, acreditei no segundo tempo, no intervalo, em uma ducha fria nos nervos dos jogadores. Era só fazer um golzinho...

O Corinthians voltou com Lulinha e Acosta no lugar de Diogo Rincón e Carlos Alberto. Aqui, um ponto que me parece fundamental. Rincón, o único meia do time, talvez por estar arrastando uma contusão, não jogava bem. O time se ressentiu de organização no meio e força no contra-ataque.

Nenhuma das alterações resolveria nada disso. Lulinha tem jogado como um falso ponta direita, Acosta é um atacante solto pelo meio. O chutão tornou-se a tônica do time, lembrando o Paulistão. Do lado do Sport, Carlinhos Bala e Luciano Henrique puxavam os contragolpes, sem efeito.

Lá pelos trinta minutos, deixei de acreditar. Mano Menezes tirou Dentinho, em noite pouco inspirada, assim como André Santos, e colocou Saci. O mitológico ser durou pouco, bateu em Carlinhos Bala e foi expulso. Um amigo disse “tá tudo certo: começa perdendo, tem jogador expulso, e é campeão, esse é o normal”.

E aí, eu tirei da raiva a vontade de torcer, de ser campeão de novo. Achei que o time faria o mesmo, mas talvez vontade não seja o que faltou. Herrera ainda perdeu um bom ataque, Acosta sofreu pênalti que o juiz não deu. Mas estava sacramentada a derrota do tima alvinegro.

Depois do apito final, saí da sala e fui para o terraço do apartamento para fugir da comemoração do Sport, dos comentários do pessoal de casa. Acendi um cigarro e tomei minha cerveja ouvindo os fogos de palmeirenses, santistas e são-paulinos. Fumei olhando o vazio e sentindo cada grama de tristeza, cada ponta de raiva, cada centímetro de derrota.

O cigarro acabou e joguei a bituca no telhado vizinho. Fiquei olhando e esperando a brasa se apagar, como a esperança da redenção corintiana.

Nisso, parei. Lembrei de 2007, da draga monumental, de jogos sem gosto, de um catado se fingindo de time do Corinthians. Lembrei do rebaixamento. Lembrei do Paulistão, do time se armando, dos 4 a 0 no Goiás, dos jogos épicos contra o Botafogo. “Até que enfim esse time dá uma alegria pra gente”, ouvi meu pai dizer.

Virei as costas para a brasa ainda ardendo e entrei. À merda os anticorintianos e seus fogos invejosos, ao diabo com o Sport e a Copa do Brasil, que se danem a derrota e a tristeza do momento. Aqui é nóis, aqui é Corinthians!

Caímos para a segundona e recuperamos nossa honra com uma final digna. Mais que isso, com um time digno. Não necessariamente bom, mas com pessoas dignas envergando a camisa alvinegra. Fomos mais longe do que qualquer um esperava no segundo torneio mais importante do país, e não perdemos para ninguém, mas para um time grande numa fase vitoriosa que se confirmou irresistível.

Claro que, uma vez na decisão, eu queria ganhar. E dava pra ganhar. Foi por pouco, faz parte. O Sport fez por merecer, fez mais que nós em campo, paciência.

Perder é triste, mas acontece. Não estou com paciência para ficar me lamuriando. Cabeça erguida e bola pra frente na Série B, que ano que vem a gente volta e dá o troco no Sport e na vizinhança. Corintiano, maloqueiro e sofredor, graças a Deus.

Curtas

- Fico em dúvida se o segundo gol foi falha do Felipe ou não. O chute do cara toma uma trajetória bizarra e ainda tem o Enilton tentando cabecear. Meu pai diz que nunca mais vai confiar no Felipe, que ele não está jogando com vontade, que está com a cabeça numa transferência para a Europa. É possível, mas sinceramente não sei se culpo o cara pelo gol.

- Cada um pode dizer o que quiser, mas eu vi pênalti no Acosta. O goleiro levanta o pé depois que é driblado e acerta o atacante. Mas repito que isso não tira o mérito do Sport, que fez mais que o Corinthians no agregado das duas partidas.

- Carlinhos Bala joga muito, e já acho isso faz um tempo. Luciano Henrique também é bom de bola. Peço desculpas aos torcedores do Sport, mas sofro de um mal que me impede de avaliar de verdade o desempenho de qualquer time contra o Corinthians. Só vejo o alvinegro jogar, não tem jeito...

- Se bem me lembro, só o Corinthians teve textos tão rápidos no Futepoca escritos por adversários não envolvidos no jogo em questão. Faz parte.

- Fica provado mais uma vez que esse lance de recuar e atrair o adversário não funciona, pelo menos não para o Corinthians. Mano Menezes que aprenda a lição.

- Parabéns ao Sport e aos pernambucanos, que vivem começo de ano muito bom. Minha parte analista está feliz com o crescimento de times de outros estados do Brasil. Só valoriza o futebol como um todo. Mas minha parte analista é bem pequenininha em comparação com minha porção conrintiana...

Parabéns ao Leão do Norte!

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Não sei o que foi mais ridículo, a empolgação do secador ou o nível técnico do jogo. Nunca vi tantas bolas perdidas no meio campo e em saída de jogo, dos dois lados, uma verdadeira pelada. O frango do Felipe é algo para calar a boca de todos (inclusive eu) que falaram do Frangório Ceni na semifinal contra o Horácio. Deplorável. E a falha da defesa no primeiro gol, nem se fala. Sem tirar o mérito do Bala, claro, que deu aquele passinho à frente para se desmarcar e fez o gol.

Nem as falhas da arbitragem contra o Corinthians justificam revolta, pois o time deveria ter decidido na bola. De fato, o amarelo para Durval na falta em Herrera ficou barato, pois a bola estava lá do outro lado e o cara agrediu deliberadamente. A expulsão do Wellington Saci foi justa (aliás, foi pouco pelo tamanho da estupidez), mas o Carlinhos Bala deveria ter sido expulso junto. No finalzinho do jogo, foi pênalti no Acosta, mas mesmo sendo "de lei" não mereceu, pois ele perdeu o gol mais feito da partida. Parênteses nas falhas da arbitragem para o segundo gol mais feito da partida, perdido pelo Herrera, que jogou a bola na lua depois de receber excelente passe do Lulinha e limpar o zagueiro razoável facilidade. O próprio Lulinha perdeu gol na cara também. Voltando aos erros, a expulsão do Wilson foi ridícula, nenhum lance que justificasse. Que se desconte a expulsão do Fabinho, que essa sim deveria ter acontecido.

O Corinthians chegou longe demais? Pode ser, ninguém esperava, ninguém. Diante do momento que o time vive, de sair do fundo do poço, foi um salto, de causar inveja. Mas a resposta não deixa de ser cômoda, pois o fato é que dava pra ter ganhado o jogo, e o Sport era tão ruim quanto o Timão. Tinha a torcida nesta final, que vaiou forte, mas infelizmente o jogo foi decidido no erro, não na qualidade. Em todo caso, pela fase do time recifense, o resultado faz todo sentido. E está consumado, o Sport é campeão, com muito mérito e glória, um título pra lá de merecido.

Parabéns ao Leão do Norte, insuperável na Ilha do Retiro.

Sport campeão. Nelsinho é o cara. Carlinhos Bala resolve

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Nelsinho Batista calou o Futepoca. Calou a minha boca. E o Sport é campeão da Copa do Brasil.

Com um 2 a 0 construído em três minutos, dos 35 aos 38 do primeiro tempo, o Sport de Recife resolveu a fatura. Carlinhos Bala e seu penteado ímpar abriram o placar. Luciano Henrique, o camisa 10, finalizou. Nas palavras do cara, o time de Recife jogou com o regulamento na mão.

Já o Corinthians não jogou. Pior, apelou. Fez-se de timeco, timinho. Tanto que teve dois expulsos. Felipe, o goleiro, tomou um frangaço no segundo gol.

O Sport que eliminou o Palmeiras, o Internacional de Porto Alegre e o Vasco. Agora, levanta o caneco.

Vai Nelsinho!

Foto: Nelsinhobatista.com.br

Na foto, Nelsinho em 2007, então
recém-chegado ao Parque São Jorge


Temo pela saúde do técnico que comandava o Corinthians na data do rebaixamento e na derrota da final da Copa do Brasil. Mas ele diz que o trabalho no clube pernambucano é reconhecido e que ele não sai agora. Carece culhão pra mexer no time no primeiro tempo, quando ainda estava zero a zero. Deu certo, ó?

A minha secagem
Para estudo das próximas gerações de arqueólogos e supersticiosos de plantão, deixo registrada a minha experiência de secador: Honestamente descrente na reviravolta e cético a respeito do Sport, cheguei em casa e comecei a fazer pão. Primeiro, segui a receita de ciabata. Depois , de pao integral. De cara, abri uma garrafa de vinho (R$ 15 na promoção). E só terminei o último gole no apito final. No meio do jogo, fiquei receoso de que isso pudesse ser interpretado como uma espécie de ritual macabro. Mas eu garanto que foi só pra secar.

E você? Como secou o Corinthians?

quarta-feira, junho 11, 2008

É hoje!

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Sport e Corinthians entram em campo hoje para o segundo jogo da decisão da Copa do Brasil. Depois de vitória por 3 a 1 no Morumbi, na última quarta-feira, o Timão poder perder por um gol de diferença que será campeão. O Sport leva se fizer 2 a 0 (pelo gol marcado fora) ou se fizer três gols de diferença. Novo 3 a 1 leva a disputa para os pênaltis.

Falando assim, parece que a coisa é simples. Pois não é, pelo menos para os dois times e seus torcedores.

Para os paulistas, é a chance antecipada de gritar “é campeão”, num ano que prometia ser, na melhor das hipóteses, um marasmo, com o acesso para a Série A conquistado sem sustos, e na pior, uma tragédia, se o tal do acesso não viesse ou, como queria o Marcão, o time embicasse rumo à Série C. Chegar a uma decisão, ainda mais da Copa do Brasil, era algo que não passava nem perto das minhas previsões mais torcedoras.

Para os pernambucanos, seria o segundo título nacional, e esse sem contestação de ninguém, já que o primeiro, no Brasileiro de 1987, é reconhecido pela CBF, mas questionado pelo Flamengo e um monte de gente. Além de confirmar uma volta por cima do futebol pernambucano, que tem pelo segundo ano consecutivo dois representantes na elite nacional, e com boa campanha do Náutico nesse começo do Brasileirão.

Além disso, é uma final entre dois “azarões”, que entraram desacreditados e chegaram. No caso do Sport, detonando os dois favoritos de véspera no torneio, Palmeiras e Internacional. E se o Corinthians teve vida mais fácil, passando por Goiás (no sufoco) e São Caetano, a semifinal contra o Botafogo foi para tirar qualquer dúvida de que o time não está ali a toa.

Favorito? Eu não acho que tenha favorito. Mas acho que o Corinthians leva o título, suado. Mas se o Sport levar, será justo, pela bela campanha e, se for o caso, pela virada na final.

E digo mais, antecipando um discurso típico de derrotados, mas que tem um fundo de verdade nesse caso. Ficarei triste se perder, claro, mas o que o time fez até agora, a forma como vem jogando, com entrega, raça e técnica, um futebol pra frente, buscando o gol, com variações táticas e comprometimento dos jogadores e comissão técnica, sintonia com a torcida, tudo isso já me deixou feliz pra caramba.Puxem aí na memória e lembrem de um time do Corinthians com essa característica de um bom jogo coletivo. Faz um bom tempo.

E tudo isso com jogadores que chegaram sem badalação, até desacreditados (vide Herrera), e se envolveram num projeto pessoal e coletivo no Corinthians. Sem parcerias, medalhões, nada. Um Corinthians bem Corinthians, aquele do povo, da raça, da democracia, revolucionário. “Só” isso já aqueceu bastante meu coração torcedor, que vinha sofrendo bastante nos últimos anos. Meu pai, após a classificação contra o Botafogo, desabafou: “Até que enfim esse time dá uma alegria pra gente”. Quem sabe hoje não vem mais uma?

Curtas

- Mano Menezes faz mistério sobre a escalação. A dúvida é se entra Lulinha ou Alessandro na meia direita.

- O Sport deu um chapéu no Timão e colocou apenas 950 ingressos à disposição dos visitantes. Andrés Sanches diz que havia solicitado 3 mil já há dez dias. No entanto, nada tem o mandatário corintiano que reclamar, depois de ter reservado só 1.050 ingressos para os torcedores do Sport no Morumbi. Proporcionalmente, estão melhor os alvinegros. Atitude pequena dos dois presidentes numa grande decisão como essa.

- O Juca Kfouri publicou a tabela abaixo em seu blog relacionando o desempenho do Sport dentro e fora de casa nos últimos jogos da Copa do Brasil. Claro que não tem nada a ver, mas a conincidência é divertida. De minha parte, espero que os pernambucanos mantenham a tendência.


*Alterado às 14h55

segunda-feira, junho 09, 2008

Corinthians e os combustíveis das revoluções

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Jesus Carlos, o fotógrafo, envia uma foto para deleite dos corintianos. Pelo menos aos revolucionários.



Diz ele:

Anselmo e moçada do Futepoca,
aí vai uma colaboração para este grande blogue.
- Estamos de volta! Nesta semana, daremos o grande grito de guerra da Nação Corinthiana em pleno coração da cidade de Recife. Porém, desculpe-me as outras torcidas e olhem bem para a foto acima. Vejam que ser Corinthians, é mais do que uma bola em campo. Adelante Corinthians!!!
Saludos indígenas,
Jesus
Será que os corintianos do Futepoca já estão de ressaca na comemoração antecipada do título? Será que o motivo da ressaca é o terceiro combustível

domingo, junho 08, 2008

Nelsinho Batista vence Luxemburgo mais uma vez. E por 2 a 0

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A troça ficou fácil.

Dos 30 jogos entre os treinadores, Nelsinho Batista ganhou 10, contra oito vitórias de Luxemburgo. Houve 13 empates. E olha que em fases de mata-mata, há empate, com três classificações para cada lado.

O Sport é um time de marcação forte. Pelo menos contra o Palmeiras. Assim a galhofa fica muito facilitada. Os 2 a 0 do mistão do Sport de Recife sobre o Palmeiras na Ilha do Retiro neste domingo teve até cantoria dos rubro-negros: "um, dois, três, o Luxa é freguês".

Que desagradável.

Pelo menos não podem dizer que o Verdão o seja, já que os paulistas têm, no histórico do confronto, duas vezes mais vitórias. Tanto no geral, quanto nos campeonatos brasileiros.

No jogo
O time da casa jogou melhor. Sem Kléber, Martinez (suspensos) e Henrique na seleção do Dunga, o time não foi bem. Valdívia e Diego Souza estiveram apagados (e o Diego pôs um chutaço na trave). Denílson e Alex Mineiro não funcionaram. É por isso que o Kléber, por mais sem-noção que seja, continua titular.

O time da camisa verde-limão-siciliano precisa jogar mais bola.

E aguentar os alvinegros paulistanos.

Mais desagradável ainda.

P.S.: As três classificações de escretes dirigidas por Nelsinho diante de times comandados por Luxemburgo não eram finais. Já os três feitos computados ao treinador dos ternos importados e gravatas amarelas em fases "mata-mata" foram finais de campeonato. Ou seja, Luxemburgo só passa do rival se as partidas valerem o título. Se for antes, Nelsinho é que se dá bem. A lista das partidas desatualizada (faltam os dois últimos e trágicos jogos deste ano) estão aqui.