Destaques

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Petkovic defende socialismo na Ana Maria Braga

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Em face destas declarações, fica o convite público ao Pet para um papo no fórum adequado sobre suas impressões a respeito do socialismo. A gente paga a primeira rodada.



Cheguei até o video pelo Conversa Afiada, mas me falaram que saiu primeiro no blog do Altamiro Borges, que relembra os tempos de Cansei da apresentadora global.

Agora o DEM acaba?

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Até 2008, o Democratas, ex-Partido da Frente Liberal (PFL), tinha os prefeitos de duas capitais e um governador de estado. Muito menos do que no período em que compunha, como parceiro prioritário, o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A mudança de nome, em 2006, foi parte de uma estratégia de redefinir funções e superar o ranço anacrônico e desgastado que povoava o imaginário do eleitor sobre a turma que já foi Arena e PDS.

As coisas estão confusas para o lado do DEM

César Maia teve seu mandato encerrado, passando a bola a Eduardo Paes no Rio de Janeiro. Ficaram Gilberto Kassab, reeleito em São Paulo, e José Roberto Arruda, no Distrito Federal.

Este último sequer reside nas fileiras do partido. Em meio à maior crise político do DF, Arruda está preso há 11 dias, desde quando também se licenciou do cargo. Antes, havia se desfiliado para evitar uma expulsão. Era cotado para ser vice do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), por analistas – o que deu origem ao "vote em um careca e leve dois".

No sábado, Kassab foi cassado. A decisão será publicada apenas nesta terça-feira, 22, no Diário Oficial. Os advogados de defesa tiveram já dois dias para preparar os recursos e reverter, por liminar, a sentença do juiz Aloísio Sérgio Resende Silveira, da 1ª Zona Eleitoral. Situação semelhante passaram 13 vereadores da capital, todos da base de Kassab – outros três aguardam julgamento.

O problema são doações de R$ 9,6 milhões, um terço do total arrecadado pela campanha, de fontes consideradas irregulares pela Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo. Mesmo antes do anúncio, Kassab manifestava a assessores a certeza de que seria, de fato, cassado, mas poderia reverter tudo na segunda instância.

É no Tribunal Regional Eleitoral que moram as esperanças do DEM.

Seus dois expoentes em cargos do Executivo estão na berlinda. Os dois tiveram vínculos com Serra, até por estarem nessa posição de destaque. A possibilidade de o DEM indicar o vice de uma chapa tucana pode ser atrapalhada. Aliás, o Kassab formou chapa com o tucano na disputa à prefeitura, além de ter conseguido seu apoio informal mesmo com uma candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) ao cargo.

Elos com Serra à parte, dos 14 senadores do DEM, oito têm seus mandatos em disputa neste ano. Para um partido que viu sua bancada cair de 84 de 2006 para os atuais 56 em exercício (foram 19 eleitos a menos e nove abandonaram o barco desde então). Naquela disputa, o agrupamento miguou de um partido grande para um médio.

Em meio a sua maior crise pelo menos desde que mudou de alcunha e com riscos de não ter um nome de peso para compor uma chapa com um José Serra – que já acumula desgastes demais para um ano eleitoral que nem passou do segundo mês –, será exagero se perguntar se agora o DEM acaba?

Em tempo, ninguém aqui falou em "se ver livre dessa raça" e muito menos que está "encantado" com a sequência.

Em tempo 2: Kassab conseguiu efeito suspensivo da decisão. Até que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) se pronuncie, ele mantém-se no cargo.

Só não vê quem não quer

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Quando entrevistei Paul Singer (foto), secretário nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, para o site da revista Fórum, ele encerrou assim: "está havendo, sim, uma grande transformação social no Brasil. É meio invisível, pois a maior parte das pessoas não sabe. Mas essa transformação está acontecendo e é muito encorajadora. Muitos dizem que ela só será percebida dentro de dez ou 15 anos. Eu acho que não vai demorar tanto assim".

Profético. Menos de um ano depois, leio, na edição de ontem de O Estado de S.Paulo, o seguinte: "Classe A ganha mais 303 mil famílias". Vamos a dois trechos interessantes da matéria, que não mereceu nem chamada de capa:

Dados compilados pela MB Associados, com base nas estatísticas do IBGE, a pedido do Estado, mostram que o rendimento médio da classe A é hoje 48% maior que em 2002.

O crescimento da renda não foi muito diferente entre as categorias: dobrou na classe A, cresceu 116% na classe B e 142% para a C.


Em terra de cego, quem tem (pelo menos) um olho votará em Dilma Rousseff.

Supresa pelos 2 a 0 de Robert sobre o São Paulo

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O Palmeiras venceu o São Paulo por 2 a 0 na estreia do tecnico Antonio Carlos. Com dois gols de Robert e um jogador do Tricolor expulso, a torcida terminou gritando "olé" na troca de passes ao final da partida.

Torcedor muda de estado de espírito com mais facilidade do que bêbado para entornar um copo. A minha proposta de me licenciar de torcer não funcionou na prática.




O técnico do São Paulo, Ricardo Gomes, no mesmíssimo estilo consagrado por figuras como Muricy Ramalho, Vanderlei Luxemburgo, Émerson Leão, Mano Menezes e tantos outros, culpou a arbitragem. O avanço foi reconhecer que o time jogou mal.

O jogo não foi grandes coisas. O São Paulo não fez valer o favoritismo nem a crise no rival. Jogou mal pra burro. O Palmeiras tampouco foi bem, mas fez dois gols no segundo tempo. Ganhou.

Os tentos só saíram depois da justa expulsão de Xandão, aos 8 e aos 23 da etapa final. Cleiton Xavier cruzou para o primeiro e Marquinhos, o esquecido, bateu escanteio no segundo.

Antonio Carlos Zago entrou com Lenny no ataque, Diego Souza e Cleiton Xavier como meias. Eduardo como lateral-esquerdo foi outra novidade.

Parênteses quase irrelevante: o confronto tinha dois ex-zagueiros no comando das equipes. Ambas jogaram com dois defensores, na base do 4-4-2. É só curioso.

Metáfora
O que me deixou mais preocupado em relação ao técnico foi a metáfora adotada. Para tentar dizer que nãoestá garantida a boa fase para o ano ou que não tem mistério para fazer o time funcionar – confesso que não entendi com precisão – a opção foi distante da usada em profusão pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nada de metáforas de futebol com futebol, nem de futebol com cachaça. Foi assim:

– Aqui ninguém descobriu a fórmula da Coca-Cola. O mais importante foi a conversa que tivemos. Temos um bom time. Apenas três jogadores do Brasileiro não estão aqui mais. Procurei passar tranquilidade, dar confiança aos jogadores, para que eles pudessem entrar em campo pensando só no futebol. Eles responderam muito bem.

Da respota dos jogadores, qualquer torcedor gostou. Da metáfora com refrigerante, não.

Em tempo
Como comentou o Nicolau há pouco, já vi técnico cair depois de clássico. Ir parar no hospital é novidade. A piada só cabe porque as notícias são graves, mas nem tanto.

Ricardo Gomes teve, na noite de domingo, 21, um acidente vascular cerebral (AVC). As primeiras informações indicam que não há sequelas e que o sangramento é do tamanho de um grão de arroz, mas nenhuma previsão de alta para o treinador de 45 anos.

domingo, fevereiro 21, 2010

Mirassol 1 X 2 Santos - o palco não ajudou o show

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Se a ausência de Neymar e Ganso, suspensos, já indicava que a possibilidade de show seria menor do que em outros jogos, o gramado encharcado do estádio do Mirassol só sacramentou essa impressão. Ainda sem George Lucas e Léo, novamente Dorival improvisou nas laterais, com Roberto Brum na direita e Pará na esquerda. No lugar dos infantes terríveis da frente, entraram Marquinhos e Madson.

Na primeira etapa, domínio santista. Jogando do lado do campo menos danificado, a equipe conseguiu tabelar e tocar rapidamente a bola e coube ao mais que útil Wesley marcar o gol aos 26, graças à movimentação de Madson, que abriu espaço para a finalização do meia. Tento merecido pelo maior volume de jogo da equipe alvinegra, apesar de um número bem menor de jogadas plásticas que nas pelejas anteriores. Mas o destino quis que em uma jogada de fliperama, uma falta cobrada pelo Mirassol que bateu em dois atletas peixeiros, o empate viesse ao 34.



Já no segundo tempo, Madson conseguiu fazer aos 12, por meio de uma bela cobrança de falta. E depois, jogando no lado do campo onde era impossível trocar passes rápidos, o time não conseguiu mais pressionar. O Mirassol se animou e, com sucessivas ligações diretas (vulgo chutões) passou a levar perigo. A substituição de Marquinhos para a estreia do lateral-direito Maranhão, claramente sem ritmo de jogo, fez com que o time santista perdesse o meio e também passasse a apelar para os lançamentos compridos. Ainda assim, a equipe do interior não teve força ofensiva (leia-se técnica) para empatar e o Peixe saiu vitorioso.

Esta foi a sétima vitória seguida e o Peixe consolidou a liderança quatro pontos à frente do vice-líder e a oito do primeiro colocado fora da zona de classificação. Não dá pra reclamar.

*****

De positivo, a reestreia de Maikon Leite, esse sim um verdadeiro guerreiro, que retorna após outra gravíssima contusão. E, no primeiro lance, não teve medo e partiu para a dividida, mesmo em um campo pesado e encharcado. Em poucos lances, mostrou que pode ser útil a Dorival Junior, que hoje tem uma gama de opções ofensivas de dar inveja aos rivais, considerando-se ainda Zé Eduardo, Giovanni e o garoto Breitner. O problema é do meio pra trás, onde os alas titulares estão contundidos e as improvisações fragilizam a defesa alvinegra.

sábado, fevereiro 20, 2010

Galo jogou como nunca, perdeu como sempre

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Se alguém ficar em dúvida sobre o gol anulado do Tardelli, segue a imagem da hora do cruzamento.

O atacante está atrás de três zagueiros, com pelo menos um dando condições.




A partida entre Atlético e Cruzeiro foi diferente das últimas, o Galo foi melhor em mais da metade da partida, perdeu pelo menos quatro gols cara a cara com Fábio e teve gol anulado erradamente, além de pênalti a favor não marcado.

Não vou ficar falando de arbitragem, porque eles, além de ruins, não têm coragem de marcar nada contra o time dos Perrela. São ruins e covardes, problema de quem escala e de quem aceita.

O Cruzeiro, que poderia ter levado vários gols, foi mais competente na hora de fazer. Perto dos 30 do segundo tempo, entrou Roger, que decidiu num cruzamento na cabeça do zagueiro azul e um grande chute de fora da área. Aliás, méritos para Adilson Batista nas jogadas ensaiadas. Foram dois gols de cabeça de zagueiros azuis.

Vou destacar do meu lado, os cruzeirenses que façam do lado deles, mas o zagueiro equatoriano Jairo Campos fez uma partida que há muito tempo não via com a camisa branca e preta. Muriqui correu muito, criou muitas chances, mas perdeu gols incríveis.

É uma b... perder para esse time azul, claro, mas se resta algum consolo foi que o time do Galo jogou bem a maior parte do tempo e essa partida foi extremamente equilibrada. Os dois vão se classificar para as finais do campeonato e o decidirão. Aí sim, se perder de novo, minha paciência vai acabar com o Luxemburgo.

Serra contra a liberdade de imprensa

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Ué! Mas não era a Dilma a ameaça à liberdade de imprensa?

Então, de acordo com uma nota do Blue Bus (que provavelmente é o veículo mais distante de coloração política que eu poderia citar aqui), não. Uma nota publicada ontem informa que o Discovery Channel quer usar o desabamento nas obras da Linha 4 do Metrô - que matou 7 pessoas - em um documentário.
Só que o Metrô, leia-se Governo Estadual, impediu que os técnicos do IPT que trabalharam no laudo técnico da tragédia dessem entrevistas.
Abaixo, a nota completa:

O desabamento nas obras da estaçao do Metrô Pinheiros (zona oeste de Sao Paulo) em 2007 pode virar documentário no Discovery Channel. A ressurreiçao do assunto, no entanto, esbarrou na direçao do Metrô. No mês passado, produtores do canal tentaram entrevistar dois geólogos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), responsáveis pelos laudos do acidente. O instituto, que se pronunciou à imprensa na época da conclusao dos laudos, proibiu seus técnicos de falarem ao canal. Na ocasião, o Discovery argumentou ao IPT que queria enquadrar a tragédia da cratera do Metrô em um documentário sobre desastres naturais, mas, mesmo assim, nao obteve as entrevistas. O IPT, via assessoria de imprensa, diz que, para se pronunciar, depende da autorização do Metrô. Alega que há uma cláusula de sigilo em seu contrato sobre o trabalho executado no acidente da Linha 4.

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

Antonio Carlos? Posso me licenciar de torcer?

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O Palmeiras demitiu Muricy Ramalho e mandou vir Antonio Carlos. Apesar de só querer confirmar depois de rescindir com o São Caetano, o acusado de racismo em 2006 se credenciou atuando como cartola no Corinthians. Pelo menos é assim que Luiz Gonzaga Belluzzo o vê.

O time que impingiu uma goleada no alviverde em pleno Palestra Itália vai pagar com seu técnico por isso.

Enquanto o Futepoca aproveitou um dia de folga deste palmeirense pra uma merecida troça em forma de enquete, não gostei nada das novidades. Cogito tirar uma licença de torcedor (não de escrever a respeito), mas essas coisas eu só consigo ter certeza quando olho o time no gramado.

O Parmerista pede para não jogar pedra na Geni Antonio Carlos Zago. É o quinto treinador sob o comando de Cippulo, incluindo Jorginho.

Tenho birra com Antonio Carlos e certeza de que o problema do Palmeiras não está no banco de reservas, de agasalho e marca de plano de saúde na camisa, mas na falta de peças no elenco. Acho que o time não é tão ruim para estar em oitavo no Paulista, e tem uma parte de responsabilidade do treinador, mas que não sustenta uma troca.

Sou contra demitir treinador no meio de temporada. Mais estanho é isso acontecer duas semanas depois de um contrato de patrocínio que envolve o técnico. Mas o corpo mole demonstrado na quarta-feira indicava uma situação insustentável. Se era para mandar pra rua, que fosse em janeiro quando Jorginho ainda não tinha saído.

Pegar o líder do brasileiro e entregar a quinta colocação é diferente de ter um time pela metade e não conseguir grandes coisas no estadual. Acho menos grave. “O time não vinha jogando bem e achamos que ainda era tempo de mudança", disse Gilberto Cipullo. "Nunca tive qualquer desavença com o Muricy e também quero deixar claro que a decisão foi meramente administrativa, sem nenhum envolvimento político. Ele só foi demitido porque os resultados não apareceram. A multa pela rescisão contratual será quitada”, avisou.

Vanderlei Luxemburgo aproveitou para tirar sua casquinha e os corintianos já têm a primeira conquista do centenário: tirar sarro à vontade dos palmeirenses.

Seraphim Del Grande, ex-presidente, voltou ao comando do futebol do clube. Embora não seja do grupo de Mustafá Contoursi, ver uma figura como ele de volta preocupa. Confesso que o comportamento à lá cartola da pior espécie me deixa com medo de ter uma nova década de um dirigente como foi Mustafá.

São Paulo vence, mas será que engrena?

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Por Moriti Neto

Voltando a mandar jogos no Morumbi, após a maratona de shows musicais ocorrida por lá, o São Paulo, na noite desta quinta, venceu o Barueri (futuro Grêmio Prudentino?) por 3 a 1, de virada. Com o resultado, o time subiu para a quinta posição na tabela do Paulistão, encostando no G4, com 17 pontos.

O Tricolor teve volume de jogo, trocou bons passes e criou logo chances no início da peleja, com Jorge Wagner, aos 6 minutos, e aos 9, com Washington, que recebeu ótimo lançamento da direita, ficou cara a cara com o goleiro Márcio, mas perdeu grande oportunidade ao tentar driblar o arqueiro.

Não muito depois, veio o susto. Marcos Assunção, aos 21, em cobrança de falta e, com a colaboração de Ceni, abriu o placar. Mais uma vez, Rogério perdeu o tempo da bola e se enrolou, em nova mostra de que seus reflexos não estão em dia.

Contudo o São Paulo conseguiu manter a calma e, aos 23, Washington se redimiu do gol incrível que perdeu, e encheu o pé para empatar, depois de passe de Richarlysson.

O domínio são-paulino na partida cresceu e Marcelinho Paraíba resolveu jogar bola. Aos 38, ele fez bela jogada individual e largou Cicinho, que atuou no meio de campo, no lugar de Hernanes, que iniciou no banco, continuando o sistema de rodízio promovido por Ricardo Gomes, de frente para o gol. Mais uma boa chance desperdiçada.

Porém se os companheiros não finalizavam corretamente, Marcelinho bateu pênalti com muita categoria e virou o placar. Isso, aos 44.

Na segunda etapa, menos movimentada que a inicial, novamente foi Marcelinho Paraíba que apareceu para tornar o jogo mais agudo. Cléber Santana e Hernanes entraram para melhorar o toque de bola Tricolor, mas o nome da noite era mesmo o autor do tento da virada. Com bons dribles, passes e mais velocidade do que nos jogos anteriores, o meia atacante ainda mandou, nos minutos finais, uma cacetada no travessão do Barueri, na sequência de um passe do garoto Henrique, que entrou para substituir Washington.

Aliás, o mesmo Henrique que, aos 48, complementou bom lance de Cléber Santana, que arrancou do campo de defesa são-paulino e fez excelente assistência. A conclusão do garoto foi forte, rasteira, no canto de Márcio e garantiu seu primeiro gol na equipe profissional.

A exibição não foi de gala, mas ao menos parece que o São Paulo está com mais cara de time, de equipe com algum padrão e que jogadores importantes vão entrando em forma, exemplo de Marcelinho Paraíba. Washington continua perdendo um ou outro gol, mas dificilmente não deixa a sua marca nas redes adversárias. Cicinho ainda está fora de ritmo, Cléber Santana está em evolução e Xandão, pelo menos até agora, vem queimando minha língua e é uma surpresa boa. Faltam estrear Rodrigo Souto, Alex Silva e Fernandinho, todos previstos para o começo de março. Dagoberto, contundido, deve voltar em dez dias e Henrique, rápido e forte, pode se firmar como boa opção para o ataque.

E os dois próximos confrontos serão relevantes para mostrar se o Tricolor está mesmo engrenando. Contra o Palmeiras, no domingo, é clássico e o Verdão vem de técnico novo. Na quinta-feira, tem o Once Caldas, na Colômbia, pela Libertadores. Hora de realmente começar a perceber quem é quem no elenco.

Tem culpa eu?

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Quando a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo divulgou, no início do mês, os dados da criminalidade no estado em 2009, mostrando que a maioria dos índices piorou muito em relação ao ano anterior, houve uma verdadeira "operação abafa" para "maquiar" as informações e dizer à população (e aos eleitores) que o Serra, digo, o diabo não é tão feio quanto pintam. Prova disso foi a reverberação (séria) da estapafúrdia "justificativa" do (des)governador de que o aumento do crime foi causado pela crise econômica mundial.

Nos locais em que o aumento dos roubos foi assustador, como na região de Sorocaba, por exemplo, onde o índice subiu 60%, a SSP apressou-se a explicar que "a comparação de roubos e furtos entre os últimos trimestres de 2008 e 2009 torna-se equivocada se não levada em conta a sub-notificação". Traduzindo: ano passado os roubos e furtos não aumentaram naquela região porque, em 2008, houve o mesmo tanto de crimes mas a greve da Polícia Civil gerou menos registro de boletins. "O ‘efeito greve’ representou uma subnotificação de 21% das ocorrências", disse a assessoria da SSP.

Ué, mas não houve sub-notificação também de homicídios e latrocínios? Com a palavra, a SSP: "(esses crimes) são considerados de maior gravidade e foram registrados nas delegacias". Ah, tá! Quanta ginástica! O engraçado é que a desculpa da sub-notificação também foi usada para responder sobre o aumento de 16% dos homicídios no interior do estado - e esquecida em outros locais que tiveram queda no número de furtos e roubos. Enfim, "a ocasião faz o ladrão", um ditado muito apropriado para notícias sobre violência e criminalidade. Como listaram a Brunna e o Anselmo num comentário de outro post, no império tucano de São Paulo, a culpa da violência é da crise econômica, do caos das chuvas e enchentes é da natureza (e do povão, que joga lixo na rua), e da péssima educação pública é culpa dos professores.

Agora eu completo: a culpa dos altos índices de criminalidade é dos policiais grevistas! Ê, governo bão: não faz nada, mas não tem culpa, não!

Santos 6 X 3 Bragantino - Desta vez, Robinho comandou o show

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Estreia de Robinho na Vila, uma torcida e um time confiantes mas que guardavam ainda na memória as dificuldades enfrentadas contra o Rio Claro, no domingo de carnaval. Claro que o técnico Marcelo Veiga, do Bragantino, assistiu à última partida do Santos e tentou repetir a tática usada pelo outro time interiorano: marcar pressão e dificultar a saída de bola do Santos. Mas, desta vez, o Alvinegro contava com a volta de Wesley, que substituiu Germano como segundo volante, e Dorival Junior também mexeu taticamente na equipe para não cair no erro anterior. Ora Ganso, ora Robinho retornavam para fazer a transição para o ataque, deixando o sistema defensivo do rival perdido.

Aliás, Robinho mostrou versatilidade fazendo as vezes de armador. Claro que alguém vai lembrar que ele não foi bem sucedido nas outras vezes que teve que fazer a função no Real Madrid, mas jogar ao lado de meias e atacantes que se deslocam o tempo todo facilita bastante sua tarefa, como ficou evidente ontem. E o Rei das Pedaladas, solto, deu uma bela assistência de calcanhar para o quarto gol santista, e fez dois, sendo o quinto um gol de classe.

A supremacia peixeira se fez notar em todo o primeiro tempo. A porteira foi aberta por Wesley, e depois ampliada por Robinho e André. Se o duelo era entre os dois melhores ataques do Paulista, no intervalo o Santos já se isolava no quesito e o time de Bragança estava a um gol de ser a defesa mais vazada. Até os erros santistas evidenciavam a superioridade técnica do Peixe, já que decorriam do ímpeto ofensivo e da necessidade do ataque em ser imprevisível e rápido para furar a retranca interiorana. Os 3 a 0 foram pouco tendo em vista a produção peixeira.



Na segunda etapa, o Bragantino volta tentando posicionar a equipe na intermediária santista. Mas, a um minuto, uma bela trama entre Robinho e Neymar resulta em mais um gol de André. O Bragantino desconta em bela cobrança de falta aos 8 e tenta se animar. Mas Robinho marca por cobertura aos 12 e sacramenta a vitória.

Com a saída de Neymar e Robinho para a entrada de Giovanni e Madson - que entrou muito mal -, o Braga ganhou terreno e chegou a marcar dois gols em um Santos bastante relaxado. Se Dorival tivesse colocado o bom Zé Eduardo, que marcou o sexto, antes, talvez a vantagem peixeira ainda fosse mais dilatada. Mas a coleção de momentos brilhantes da noite já estava de bom tamanho.

Fosse o PT, a mídia chamaria de 'aparelhamento'

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Em entrevista a cinco jornalistas de O Estado de S. Paulo, o presidente Lula aproveitou para canelar - com dados - uma das mais recorrentes críticas da oposição, a de que seu governo inchou a máquina pública. Segundo o nosso presidente, quem incha a máquina estatal, e ninguém fala nada, é o blindado (des)governador de São Paulo, José Erra, digo, Serra (PSDB):

- A cada 100.000 habitantes, o governo federal tem 11 cargos comissionados. Já o governo de São Paulo tem 31 cargos comissionados por grupo de 100.000 habitantes.

Pois é, o governo tucano emprega, proporcionalmente, quase três vezes mais pessoas sem concurso público. Curioso isso. Não era o PT que "aparelhava" o estado? Tenho a ligeira desconfiança de que a informação de Lula não despertará qualquer interesse na chefia de reportagem do Estadão. E de nem um outro jornalão, revistona ou emissora de TV do país.

E não é que o governador canta

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Numa daquelas entrevistas de um "candidato que ainda não é candidato", Datena levanta a bola para o Serra chutar várias vezes, como falar das obras do metrô, das marginais etc., pouco antes de os dois saírem para um "passeio" de helicóptero, porque com sua ironia grosseira o próprio apresentador fala no começo da entrevista que não dá para ir de carro por conta do trânsito.


Mas o melhor desta "entrevista" é, com certeza, o final, em que o governador, por volta dos 8 minutos do vídeo, resolve cantar "Nervos de Aço", de Lupicínio, e assassina a letra. Para ser justo, não foi só ele, Datena também comete vários erros. Ficou engraçado, mas talvez esse vídeo mostre que Serra, se não for eleito presidente, pode tentar a vida como cantor competente (rs).


Para quem quiser conferir o correto, segue abaixo a letra.


Você sabe o que é ter um amor, meu senhor
Ter loucura por uma mulher
E depois encontrar esse amor, meu senhor
Nos braços de um outro qualquer
Você sabe o que é ter um amor, meu senhor
E por ele quase morrer
E depois encontrá-lo em um braço
Que nem um pedaço do seu pode ser
Há pessoas de nervos de aço
Sem sangue nas veias e sem coração
Mas não sei se passando o que eu passo
Talvez não lhes venha qualquer reação
Eu não sei se o que trago no peito
É ciúme, despeito, amizade ou horror
Eu só sei é que quando a vejo
Me dá um desejo de morte ou de dor


(E lembrem que, antes de Lupicínio Rodrigues, Serra já havia atentado contra outro ilustre finado da música brasileira, Luiz Gonzaga...)

Escutar conversa da mesa vizinha pode? Se for manguaça, deve!

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Por Moriti Neto


Não sou daqueles admiradores incondicionais do Carnaval.  Até gosto das marchinhas antigas, de um bom samba de raiz, mas desfiles das megaescolas e a zona generalizada me atordoam.

Então, faço o quê no período da festa pagã? Procuro o bar mais tranquilo possível pra beber a cerveja mais gelada possível neste calor dos infernos.  Mas confesso que encontrar tal bar, na pequena Atibaia, em pleno feriadão, não é tarefa assim tão simples.

Bem, depois derreter por algum tempo em busca de algum sossego e de garganta refrescada, eis que surge um oásis. Um bar aconchegante, com cara de casa, boa cerveja (com bom preço, aliás) e ainda futebol na tela.  Quase ninguém preocupado com o Carnaval. Quando um dos poucos adeptos pergunta à proprietária do recinto: “e a bateria? Cadê as músicas carnavalescas?”, a resposta vem calma, em tom de brincadeira, mas rápida: “se quiser folia, vá procurar no centro da cidade, quem vem aqui quer bom papo e pouco barulho”.

Porém a pérola daquele domingo pagão, no comecinho da noite, estava por vir. Dois nobres manguaças, aparentemente já em avançado estado etílico, sentam-se à mesa ao lado e é impossível não reparar no diálogo. Algumas frases desconexas e o papo descamba para um furto que parece ter ocorrido na casa de um deles. “Olha, se eu pegasse dava uns tiros”, diz o primeiro. A frase do segundo é enigmática: “mas cachorro não tem vício!”. A palavra volta ao interlocutor inicial que esclarece: “claro que tem. O meu comeu todo meu torresmo”.  Ah, tá. Entendi o furto, mas não a revolta do manguaça. Ela só valeria se o objeto de vício do cachorro fosse outro.

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Top 10: brasileiros pós-91 que não jogaram Copas

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Em época de Copa do Mundo sempre aparecem listas sobre craques do futebol que jamais tiveram a oportunidade de jogar o principal torneio do esporte. O Terra publicou recentemente uma ótima relação, que traz os óbvios George Best e George Weah e outros menos conhecidos como José Manuel Moreno e Alberto Spencer.

Pensei em criar lista análoga, mas que incluísse somente brasileiros. Mas sempre há o temor de cometer alguma injustiça histórica - por mais que eu leia, pesquise e tal, jamais me considerarei um especialista na história da bola a ponto de cravar quais seriam os dez melhores brasileiros que não vestiram a amarelinha em uma Copa.

Então tive a ideia de estabelecer uma relação mais factível e menos sujeita a erros. Ela segue abaixo. É dos jogadores brasileiros que não jogaram Copas do Mundo e cujo período de atividade se deu de 1991 em diante - que é a partir de quando comecei a acompanhar pra valer o nosso futebol.

Aí vai, pronta pra ser devidamente criticada e palpitada pelos leitores:

10- Zé Maria (lateral direito, ex-Portuguesa, Palmeiras e Flamengo)

"Zé Maria? O cara cria uma lista com os 'craques brasileiros que não jogaram Copa e vem falar do Zé Maria?". Realmente, Zé Maria não é um craque e seguramente é o mais opaco de todos os nomes que listarei aqui. Mas sua inserção na lista se faz pela posição em que atua, a lateral-direita. Se pensarmos que a lateral já teve o bizarro Zé Carlos como titular em semifinal de Copa, não é nada estranho afirmarmos que Zé Maria é um que poderia ter atuado pela seleção em um Mundial.

9- Djalminha (meia, ex-Palmeiras, Guarani e Flamengo)

Se Kaká jogará em 2010 sua terceira Copa do Mundo, deve dar parte do crédito disso a Djalminha. Não é boato: o ex-palmeirense estava na lista final de Felipão para a Copa de 2002, mas a cabeçada que deu no técnico Javier Irureta às vésperas do anúncio da delegação implicou na sua exclusão do grupo que acabaria pentacampeão. Djalminha foi craque, mas ao mesmo tempo irregular e indisciplinado. Por isso teve que ver os mundiais pela TV.

8- Ronaldo (goleiro, ex-Corinthians)

Ronaldo é um dos maiores goleiros da história do Corinthians - talvez só perca para Gilmar dos Santos Neves entre os melhores titulares da camisa 1 alvinegra. Mas, assim como Djalminha, sofria de irregularidade e indisciplina. Por isso não teve vida longa na seleção. Aliás, salvo engano, sua vida na seleção se limitou a uma única partida, um triste Espanha 3x0 Brasil na estreia de Paulo Roberto Falcão como técnico canarinho.

7- Válber (zagueiro, ex-São Paulo, Vasco e Botafogo)

Mais um que tem o comportamento como principal motivo de nunca ter jogado uma Copa. Válber comeu a bola no São Paulo bicampeão mundial em 1992/93 e foi figura constante na seleção brasileira nas Eliminatórias para a Copa de 1994. Mas os inúmeros cansaços que deu a Telê Santana nas concentrações do Tricolor acabaram por cansar a paciência de Carlos Alberto Parreira, e Válber acabou jamais disputando uma Copa. Foi preterido em uma lista que teve inicialmente Ricardo Gomes, Mozer, Aldair e Ricardo Rocha e nem foi lembrado quando os dois primeiros se lesionaram e deixaram o grupo (Ronaldão acabou se sagrando campeão do mundo às custas disso).

6- Jardel (atacante, ex-Grêmio e Porto)

Jardel foi campeão da Libertadores pelo Grêmio em 1995. Mas, mais que isso, viveu momentos mágicos na Europa, em especial em Portugal - à época do seu auge, os lusos simplesmente não conseguiam como o "Super Mário" não era titular da amarelinha. Seu estilo centroavantão, apesar de encantar europeus, jamais cativou em definitivo os técnicos da seleção brasileira. Talvez, se tivesse tido a "sorte" de jamais ter sido convocado pela seleção, poderia ter sido um precursor de Liédson e Deco como atleta do escrete português.

5- Amoroso (atacante, ex-Guarani e São Paulo)

Tal qual Jardel, Amoroso brilhou no Brasil, mas viveu seu auge na Europa. Foi artilheiro nos campeonatos Alemão e Italiano, sendo um dos poucos a conseguir a façanha - e também no Brasil, no histórico Guarani de 1994. Sempre esteve entre os selecionáveis, mas jamais emplacou uma sequência de muitos jogos. Suas constantes contusões certamente colaboraram para que jamais jogasse uma Copa.

4- Marcelinho Carioca (meia, ex-Corinthians, Vasco e Flamengo)

Na humilde opinião deste que vos escreve, Marcelinho é o maior jogador da história do Corinthians. E muita gente endossa essa análise. Apesar deste "título", Marcelinho teve pouca história pra contar com a camisa da seleção brasileira. Mais uma vez, o comportamento é o maior culpado; mas, além disso, cabe dizer que Marcelinho sempre viveu acirrada concorrência no meio-campo e teve o auge de sua carreira em períodos entre Copas - em especial, do segundo semestre de 1998 ao primeiro de 2000, quando o Corinthians ganhou quase tudo.

3- Antonio Carlos (zagueiro, ex-São Paulo, Corinthians e Palmeiras)

Esqueçam o técnico em início de carreira, o estranho dirigente corintiano e o decadente atleta que deu um show público de racismo. Podemos prosseguir? Então, vamos lá: Antonio Carlos foi um baita zagueiro, que jogou muita bola em todos os times em que passou quando estava no auge. Campeão pelos quatro grandes de São Paulo (sim, ele conquistou DOIS títulos no Santos), fez com Aldair uma histórica dupla de zaga na Roma. Poderia ter tido mais oportunidades na seleção.

2- Evair (atacante, ex-Palmeiras, Vasco e Portuguesa)

Nome incontestável na lista de maiores jogadores e maiores ídolos da história do Palmeiras, principal protagonista (dentro de campo) do time alviverde que dominou o Brasil no biênio 1993/94. Também jogou muita bola no Vasco e na Europa. Tal qual Válber, participou de muitos jogos nas Eliminatórias para 1994 e sua convocação, meses antes do Mundial era dada como certa - a ponto de estar no álbum de figurinhas daquela Copa. Perdeu a vaga após clamor popular para Romário e as convocações de Viola e do então moleque Ronaldo.

1- Alex (meia, ex-Palmeiras, Cruzeiro e Coritiba)

Alex encabeça a lista porque, de todos os citados, é o que poderia ter jogado mais Copas. Era titular do Palmeiras em 1998, foi dado como convocado para 2002 e 2006 e, cá entre nós, não seria um total absurdo sua convocação para 2010. O azar que Alex deu é que, tal qual Marcelinho, os melhores momentos de sua carreira se deram em anos pós-Copa. Ou alguém duvida que se houvesse uma Copa em 2004 Alex seria titular e talvez até mesmo capitão do time, pelo que fizera no Cruzeiro um ano antes? Ele até hoje guarda mágoas de Felipão, de quem, segundo ele próprio, ouvira a promessa que seria convocado para 2002.

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Há um montão de nomes que poderiam estar na lista, e aguardo sugestões dos leitores com possíveis indicações. Um "problema" que identifiquei na hora de compor a relação foi que a maioria dos nomes que vinha à mente era de atacantes ou meias-avançados - e é por isso que gente como Túlio, Neto, Paulo Nunes, Donizete e outros ficaram de fora. Achei que seria interessante variar as posições entre os citados. Também não incluí jogadores que ainda estão em atividade e que, aparentemente, não jogarão uma Copa - os ex-santistas Diego e Renato são os principais expoentes disso. Mas como o futebol dá voltas, não é impossível que eles estejam no grupo de 2014 ou, vai saber, 2010.

Notas carnavalescas

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Influenciado por minha namorada, acompanhei com mais afinco que o normal os desfiles das escolas de samba deste ano, especialmente as do Rio. Vi diversas manifestações de manguacismo explícito e resolvi relatá-las resumidamente.

Tequila – a Viradouro levou à avenida um enredo sobre o México e passou, obviamente, pela tequila: “Arriba, Viradouro! Uma tequila pra comemorar! O lenço vermelho, sombreiro na mão, o México em cores vou cantar!”

Invasão frustrada – diversas celebridades marcaram presença na festa de Momo, nacionais e internacionais. A mais ilustre certamente foi Madonna, nova aliada de José Erra, quer dizer, Serra, que se empolgou tanto com o mé e o colorido da festa que tentou invadir o desfile da Imperatriz Leopoldinense, chegando a atrapalhar a evolução da escola. Sérgio Cabral (PMDB), que recebia a cantora em seu camarote, tentou ajudar na carteirada de Madonna, mas em vão. Derrotados, governador e estrela pop voltaram para a companhia do prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB) e da ministra Dilma Roussef (PT), no camarote do mandatário estadual.

Democracia – A pré-candidata petista à presidência também teve seu momento manguaça, mas muito mais descontraído: sambou com um gari antes da festa, mostrando seu comprometimento com as bases. O parceiro é Gilson Lopes, 47, que disse que a coroa “samba bem”.


Reincidência - Outra que apareceu na Marques de Sapucaí foi a socialite gringa Paris Hilton. Manguaça contumaz (que disse que se regenerou...) com mais de uma condenação por dirigir embriagada, Paris não perdeu a chance de encharcar no Rio de Janeiro.


Homenagem – Mas a menção mais ilustre à cultura manguaça veio da Vila Isabel, que em seu enredo homenageava ninguém menos que Noel Rosa, como já antecipado aqui. Como o sambista conhecia do riscado, já na comissão de frente, os passistas transformavam seus violões em uma mesa de boteco que era saudada efusivamente.


Cinzas – Aproveitando o tema carnavalesco, faço publicamente proposta para análise e possível inclusão no programa Manguaça Cidadão, plataforma defendida por estes e outros cachaceiros como eixo de desenvolvimento econômico e social do país. Trata-se de Segunda-feira de Cinzas. A idéia surgiu ontem, na quarta ou quinta vez que tive que me lembrar de que não era segunda-feira.

A intenção é diminuir o sofrimento semanal imposto à população pelo início de uma nova semana adotando em todas as segundas-feiras o expediente de Cinzas, ou seja, começando às 13h. Isso causaria menos sofrimento ao trabalhador, que teria mais produtividade. Além disso, daria um novo sentido às tardes e noites de domingo, hoje utilizadas basicamente para lamentar o fim do fim de semana. É possível pensar até mesmo em uma melhoria na qualidade da programação televisiva destes horários, que passariam a concorrer com o bar. Só vantagens! Consigo apoios para a medida?

Muricy cai e abre nova temporada de especulações

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E o técnico Muricy Ramalho não resistiu à derrota para o São Caetano e teve que pegar o boné. A diretoria alviverde mandou o comandante para a fila do desemprego após 34 partidas e um baixo aproveitamento de 49%, com 13 vitórias, 11 empates e 10 derrotas. O gerente de futebol Toninho Cecílio pediu demissão e também não está mais no Palestra.

Agora está aberta a temporada de especulações. A primeira e mais óbvia diz respeito ao substituto de Muricy. Antonio Carlos, técnico do São Caetano e algoz do alviverde, aparece como candidato. Paulo Autuori, no futebol árabe, é opção de sempre de quase qualquer clube grande, mesmo após sua frustrante passagem pelo Grêmio no ano passado.

Já Muricy, vai pra onde? Se resolver tirar umas feriazinhas e o São Paulo continuar aos trancos e barrancos, certamente haverá em breve um movimento pelo retorno do treinador "sãopaulino", como a torcida palmeirense já vinha taxando o ex-comandante. Ou o Inter pode ser o caminho do "aqui é trabalho, meu filho" caso vá mal na Libertadores. Se eu fosse o Muricy, esperaria...

O gol de pelada do Porto contra o Arsenal

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Na partida de ontem, do Porto contra o Arsenal, pela Liga dos Campeões, aconteceu algo de que não me lembro em jogos profissionais. O zagueiro Sol Campbel recuou a bola (querendo ou não, aqui cabe interpretação) para o goleiro Lukasz Fabianski, que pegou com a mão.

O juiz Martin Hansson (o mesmo do gol de mão de Henry pelas eliminatórias) marcou tiro indireto dentro da área.

O goleiro entregou a bola para Hansson, que a passou para Ruben Micael, do Porto. Este tocou rapidamente para Radamel Falcão fazer gol sem nenhuma marcação. O gol valeu e decretou a vitória dos portugueses por dois a um na primeira partida das oitavas de final.

Cena típica de pastelão no maior torneio de futebol europeu.

Timão tem vitória tranquila e com dois gols de Souza

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A vitória do Corinthians sobre o Mogi Mirim, por 3 a 0, fora de casa, trouxe algumas boas notícias para os torcedores alvinegros, coisa que o empate em 1 a 1 contra a Portuguesa, no último sábado, no Canindé, não parece ter conseguido.

Desde a semana passada Mano Menezes tem afirmado que pretende levar a campo a melhor equipe que conseguir, para começar a dar forma ao time que considera titular. Contra a Lusa, contusões de Dentinho, Danilo, Defederico e a suspensão de Roberto Carlos atrasaram os planos. Nessa quarta, a coisa pareceu começar a ter contornos mais claros. Mesmo assim, foi a nona formação diferente do time na temporada.



A defesa vem bem, mesmo alternando os jogadores, e deve ser, nesse sentido, exemplo do que Mano quer para o resto do time. Ontem, teve Paulo André (seguro) no lugar de William, além da estréia de Moacir pela lateral direita. O rapaz foi bem na defesa, não deu problemas na saída de bola, mas foi afoito nas poucas vezes em que desceu ao ataque, errando dois cruzamentos toscos. Roberto Carlos vem jogando bem defensivamente e ontem fez pelo menos duas boas jogadas de ataque, uma delas resultando no gol de Chicão, o terceiro.

No meio, Ralph voltou ir muito bem na marcação, com velocidade e noção de cobertura. Mas Marcelo Mattos me parece ser um pouco melhor na saída de bola. Elias é absoluto na outra vaga de volante, marcando e articulando com eficiência e regularidade.

Tcheco parece ser o principal nome para a meia, seja centralizado, seja caindo pela direita, como aconteceu ontem. Ao seu lado, um pouco mais livre, Morais fez uma excelente partida, puxando algumas tabelas com Souza e Jorge Henrique.

Os dois atacantes também tiveram boa participação. No caso de Jorge Henrique, autor de belíssimo passe para o segundo gol de Souza, não é novidade. O baixinho tem sido, ao lado de Elias e da dupla de zaga, o motor do time. Mas para o centroavante, dois gols na mesma partida é um feito inédito com a camisa do Timão. Souza fez o pivô como sempre, fez algumas tabelas, se mexeu, apareceu. Mas dessa vez, botou duas pra dentro. Tomara que a zica tenha ficado pra trás.

Defederico entrou bem no segundo tempo, para descansar JH. Saíram boas tabelas com Morais e alguns lances perigosos. Gosto do futebol do argentino. Iarley e Edu também entraram, mas foram discretos.

No geral, atuação bastante segura. Mano parece estar organizando o time num 4-4-2 mais tradicional, com um meia mais organizador, recuado, e outro mais livre. Na vice-liderança (provisória), com 18 pontos e nove formações utilizadas até aqui, o investimento em vários bons atletas parece estar dando resultados.

Sábado tem o Rio Branco no Pacaembu e quarta estréia na Libertadores, contra o Racing Club, do Uruguai, também no estádio municipal. Parece que Ronaldo, o Gordo, deve jogar pelo menos um tempo contra o time do interior, pra pegar algum ritmo para o torneio continental. Boa notícia.

A roleta russa da Libertadores

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O São Paulo joga hoje e nem Deus sabe o que pode acontecer, pois o time é mais instável que os boletins de mortos e cidades em calamidade pública por causa das enchentes em terras paulistas. Mas a perspectiva é de mudanças. Depois que Cicinho chegou, Ricardo Gomes tem ensaiado mudar o esquema definitivamente para 4-4-2. Estranho, pois o lateral-direito não tem costume de voltar para marcar e, no lado esquerdo, Jorge Wagner também passa mais tempo no campo adversário. Como a zaga titular deve ser composta mesmo por Miranda e Xandão, enquanto Alex Silva (acima) não volta, e o ataque tende a ser Washington e mais um, o setor mais indefinido, pra variar, é o meio.

Para dar cobertura aos laterais, Gomes já promoveu o retorno de Richarlyson e Jean recuados, como em 2007 (Carlinhos Paraíba parece carta fora do baralho), mas todo jogo tem improvisação no setor. O único apoiador titular é Hernanes, que hoje será poupado. Léo Lima e Cléber Santana brigam por uma vaga e Marcelinho Paraíba e Marlos (à esquerda) costumam ser escalados no ataque. E Rodrigo Souto vai aparecer pra confundir ainda mais o treinador, assim como o recém-contratado Thiago Carleto, que pode assumir a lateral-esquerda em determinados momentos e liberar Jorge Wagner para o meio, o que embola mais ainda as opções.

Para fazer a ligação com o ataque, a dupla Hernanes e Cléber Santana me parece a mais promissora e interessante, mas nada garante. No mais, as futuras estreias de Fernandinho (à direita) e Rodrigo Souto podem mudar muito o esquema do meio para frente. Por enquanto, a falta de padrão de jogo é nítida. Mas a sinalização do time com dois zagueiros e dos laterais titulares é importante. Se o técnico definir quem e como jogará no meio, terei motivos para desconfiar menos. O ruim é saber que, enquanto o time não tem forma nem entrosamento, uma nova bordoada na Libertadores poderá afundar o clube numa crise talvez mais desastrosa do que nas eliminações anteriores. Alguém duvida?