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"O placar está 0x0... e essa é a nota do jogo". Foi assim que José Maia, narrador da Rádio Bandeirantes, pela qual eu ouvia Santos x Náutico, encerrou a transmissão do primeiro tempo da partida. No segundo tempo vieram os gols, nos últimos minutos o da vitória - que deu três pontos ao Santos, mas que deve motivar apenas celebrações contidas.
Não vi o jogo (ouvi no rádio, como avisei no início do post). Então as observações que se seguem são mais do que passíveis de retratações. Mas acredito que não errarei muito a mão.
O Santos entrou em campo ontem com um 4-5-1 que foi usado por Vágner Mancini em algumas ocasiões; em algumas deu certo, em outras não. Menos mal que o 4-5-1 de ontem não se fez com três volantes, e sim com dois (Souto e Germano) e três meias (Paulo Henrique Ganso, Róbson e Madson). Na frente, Kléber Pereira, que retornou ao time após contusão.
Não dá para esperar muita coisa desse combalido e "em formação" (desculpa na qual quero acreditar) Santos. Mas, se um jogo é ruim, a culpa é dos dois times que estão em campo. Então é o caso de dividir o "mérito" da pelada de ontem com o Náutico - que ao menos por enquanto é, com sobras, o pior time desse Brasileirão e que vai precisar de uma arrancada histórica para escapar de um aparentemente inevitável rebaixamento.
Neymar fez o primeiro gol peixeiro numa linda cabeçada, mostrando que seu futebol não é só firula. Mais uma vez, o time melhorou com sua entrada no segundo tempo, o que nos faz ficar com uma bela dúvida - ele tem que começar jogando ou é um "jogador de segundo tempo"? O goleiro Felipe facilitou a vida do Timbu ao cometer um pênalti dos mais idiotas no ex-santista Gilmar, que converteu; e, quando parecia que os dois times deixariam o gramado com um ponto cada, Rodrigo Souto mostrou que é realmente bom no jogo aéreo (um dos melhores volantes que já vi nesse quesito) e decretou a vitória do Santos.
Além dos três pontos, outro aspecto positivo de ontem foram as estreias de Eli Sabiá e Felipe Azevedo. Não que ambos sejam craques e tenham chegado para resolver os problemas do time; mas é que eles já estavam no Santos há algum tempo (foram contratados na gestão Mancini) e ainda não tinham entrado em campo. Ora, se o cara tá no elenco, que seja colocado pra jogar!
No final de semana, o Santos não joga. O adversário da rodada, Internacional, vai para o exterior para disputar amistosos. O retorno a campo do Peixe acontece na quarta-feira, contra o Coritiba, em Cascavel.