Destaques
segunda-feira, junho 25, 2012
Tudo ajudou, até o juiz.
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A estreia de Ronaldinho Gaúcho em Belo Horizonte, no último sábado, parece ter sido uma vitória fácil, por 5 a 1. Engano. A Galo saiu à frente com menos de 5 minutos de jogo com um gol do questionado Bernard (porque perdeu gol contra o São Paulo), mas poucos minutos depois o Náutico chegou ao empate e deu uma canseira danada em contra-ataques.
O jogo só ficou mais fácil quando o árbitro deu um pênalti inexistente para o Galo, pois não houve falta e se ocorresse seria fora da área. Ronaldinho bateu quase no ângulo e fez seu primeiro gol pelo Atlético. Danilinho marcou na sequência, fez mais um no segundo tempo e a goleada foi fechada com o quinto gol de Escudero.
Além da ajuda do juiz contou muito também a animação dos mais de 16 mil torcedores num jogo às 21h de sábado (alguém consegue me explicar o por quê desse horário?). E a correria do time, que mesmo num momento ruim após o empate não deixou de criar várias jogadas, mesmo correndo o risco do contra-ataque. E o alto acerto nas finalizações, ao contrário dos últimos jogos, em que se criava demais e marcava pouco.
O time do Náutico também é melhor do que se imagina, com o lateral Lúcio e o volante Martinez (ex-Palmeiras), Araújo (ex-Goiás) e outros bons jogadores. Domingo que vem tem pedreira contra o Grêmio.
Agora a surpresa, para mim, na rodada foi a derrota do Vasco para o limitado time do Cruzeiro. Com a vice-liderança do Galo, tenho pelo menos dois motivos para secar o Celso Roth.
P.S. Não escrevi sobre a derrota para o São Paulo pelo simples fato de estar viajando e não ter visto o jogo..
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO 5 x 1 NÁUTICO
Motivo: Campeonato Brasileiro – 6ª rodada
Data: 23/6/2012
Estádio: Independência
Cidade: Belo Horizonte (MG)
Gols: Bernard (2’), Araújo (13’) Ronaldinho (33’), Danilinho (35’) (52’), Escudero (92’)
Público: 16.367
Renda: R$ 601.905,00
Árbitro: Raphael Claus (SP)
Auxiliares: Alessandro Rocha Matos (Fifa/BA) e Anderson Moraes Coelho (SP)
Cartões amarelos: Serginho, Leandro Donizete, Leonardo Silva (Atlético); Ronaldo Alves, Rhayner (Náutico)
Atlético
Giovanni; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Rafael Marques e Júnior César; Leandro Donizete, Richarlyson (Serginho), Bernard (Escudero) e Ronaldinho; Danilinho e Jô (André). Técnico: Cuca.
Náutico
Felipe, Alessandro (Kim), Márcio Rosário, Ronaldo Alves e Lúcio; Elicarlos, Souza (Ramirez), Martinez e Derley; Rhayner e Araújo. Técnico: Alexandre Gallo.
Paulistano, prepare-se! O jingle-chiclete de Serra ou a praga do "Eu quero tchu, eu quero tcha"
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Pior legado de Neymar à cultura brasileira, a música "Eu
quero tchu, eu quero tcha", do duo sertanejo João Lucas e
Marcelo, servirá aos propósitos da política paulistana ao se metamorfosear em um jingle para a campanha do candidato do PSDB, José Serra. A versão “Eu quero Serra, eu quero já” foi apresentada ontem na convenção que confirmou o ex-prefeito como postulante tucano.
O expediente de usar músicas de sucesso grudentas para fixar refrões na cabeça do ouvinte incauto não é novo. Aliás, o atual alcaide, Gilberto Kassab, usou a música "Sorria, Sorria", de Evaldo Braga, em sua campanha, em 2008. Se você esqueceu o jingle, ouça aqui. Outra inspiração na campanha kassabista de 2008 é o boneco inflável de José Serra, essa peça de bom gosto que você pode conferir abaixo. Kassab surgiu com o "Kassabinho", figura infantil e simpática, feita para alegrar e politizar (só que não) crianças São Paulo afora. Serra já havia usado o expediente em 2010, sem muito sucesso, nas eleições presidenciais. Mas parece que os paulistanos gostam mais de brincar...
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Fofo esse Zé Serra, né? |
Ouça aqui, o "Eu quero Serra, eu quero já" (por sua conta e risco).
sexta-feira, junho 22, 2012
Nota oficial
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Temos recebido mensagens de protesto diante do silêncio dos corintianos do Futepoca neste momento importante. Os corintianos informam que por ora não se pronunciarão por razões místicas.
Dois estranhos em duas finais normais
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A semana teve duas definições de finalistas em competições diferentes. Na quarta-feira, 20, o Corinthians, ao empatar em 1 a 1 com o Santos, classificou-se para a última eliminatória da Copa Libertadores da América pela primeira vez nos 102 anos de existência. Quinta-feira, 21, o Palmeiras conseguiu também uma igualdade com o Grêmio em um gol se segue na Copa do Brasil.
Além de paulistas, as semelhanças seguem. Se o Timão está em condição inédita, tanto de conquistar a competição continental, como de simplesmente disputar a final, o Palmeiras está desacostumado. Desde 2008 a equipe não chega à última etapa de um campeonato eliminatório. Desde 2009 não disputa títulos com time competitivo. A última conquista relevante foi a Libertadores da América de 1999. Depois, um estadual.
A coisa melhora ao se analisar os adversários. O Coritiba repete o feito de 2011, quando havia desembarcado na final, contra o Vasco. Terminou derrotado, mas chegar a duas finais de campeonato em duas temporadas consecutivas é um feito de respeito e mostra méritos. Depois de vencer o São Paulo, a equipe da capital paranaense assegurou uma presença de pelo menos um alviverde na Libertadores do ano que vem.
O Boca Juniors, por sua vez, é habitué de disputas decisivas de Libertadores. Depois de bater o Universidad de Chile, os auriazuis acumulam seis canecos do continental. Em quatro dessas ocasiões -- 1977, 2000, 2003 e 2007 -- contra brasileiors -- Cruzeiro, Palmeiras, Santos e Grêmio, respectivamente. Apenas em 1963 um brasileiro bateu a equipe argentina (foi o Santos o responsável pelo feito). Depois, só em 2008 é que o Fluminense, em semifinal, conseguiu livrar-se do tabu.
A comparação entre a condição de Corinthians e Palmeiras termina por aí. Enquanto o time de Tite chega com a esperança difusa entre os 12 jogadores (incluindo a torcida), principalmente Ralf e Paulinho, aliada à compactação do esquema tático, os palmeirenses sonham com um segundo raio no mesmo lugar, com a capacidade de manter um ferrolho contra o Coritiba e achar um gol em algum momento.
Palpites à mesa. De bar.
segunda-feira, junho 18, 2012
O que é que vão dizer lá em casa?
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Lula, Haddad e Maluf. A coerência não coube no enquadramento.(Epitácio Pessoa/AE) |
domingo, junho 17, 2012
Sem notícia boa, um empate e um desfalque para o Palmeiras
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Se, há três meses, alguém me dissesse que eu lamentaria a ausência de Luan em um jogo, receberia como resposta alguma manifestação de ceticismo sarcástico. No entanto, a contusão sofrida no empate deste domingo, 17, diante do Vasco, faz com o que o falso ponta, falso meia, falso volante desfalque o Palmeiras na segunda partida da semifinal Copa do Brasil, contra o Grêmio. É notícia ruim para o Alviverde.
Só não é pior do que os ignóbeis dois pontos acumulados em cinco partidas do Brasileirão, incluindo três com mando de jogo. Mesmo sendo diante do time que lidera a competição de modo invicto, a retranca segue como único recurso. E ficam poucas esperanças de uma campanha com prumo mais animador.
Henrique voltou a atuar como volante, Mazinho fez gol novamente depois de ser levado a campo. E, de novo, nada de somar três pontos no Brasileiro. Vai ver andam faltando uns gols de Marcos Assunção...
Depois de o Palmeiras sair na frente na Arena Barueri aos 10 do segundo tempo, cedeu o empate aos 37, em cobrança de falta de Juninho. O toque de mão de Henrique que originou a falta foi questionável, já que não há sinal de intenção no gestual do zagueiro-volante. Mas como faltou futebol para vencer, isso é só um detalhe do jogo.
A zona do rebaixamento incomoda e preocupa. Espero que não dure a ponto de tirar o sono. Até porque estar na semifinal da Copa do Brasil garante nada.
Há 50 anos, o Brasil era bicampeão mundial
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Em um dia 17 de junho como hoje o Brasil defendia seu
primeiro título mundial de futebol, conquistado quatro anos antes na Suécia. A base titular daquela seleção
era praticamente a mesma de 1958, inicialmente, apenas com
duas mudanças: os zagueiros, Mauro e Zózimo,
no lugar de Bellini e Orlando. Nílton Santos, mesmo com 37 anos e já
atuando como zagueiro pelo Botafogo por conta da idade, foi escalado
como titular, barrando Rildo, do Santos, que fazia parte da primeira
lista de 41 convocados mas acabou cortado. Já Coutinho, que vinha
jogando no time de Aymoré Moreira, foi para a reserva e cedeu lugar
para Vavá no Mundial, pois o treinador privilegiou a experiência
dos campeões de 58.
Dos 22 atletas que
foram ao Chile, sete eram do Santos, cinco do Botafogo, três do
Palmeiras, três do Fluminense e dois do São Paulo. Ainda havia
Zózimo, do Bangu, e o jovem Jair da Costa, da Portuguesa. O grupo da
seleção no torneio contava com México, Tchecoslováquia e Espanha.
A estreia foi contra os mexicanos e o Brasil venceu por 2 a 0, mas
não jogou um futebol convincente. Pelé fez o cruzamento para
Zagallo marcar o primeiro gol da partida, que só surgiu aos 11 do
segundo tempo e o próprio Dez marcou o segundo, depois de driblar
dois adversários, aos 28.
Vieram as quartas de final foram contra a Inglaterra e, finalmente, brilhou a estrela de Garrincha. O ponta havia sido muito criticado pelo seu desempenho na primeira fase e, sem Pelé, o Brasil apostava no talento do craque das pernas tortas. Ele marcou o primeiro tento da partida, de cabeça, mas os ingleses empataram oito minutos depois, com Hitchens. A igualdade persistiu até os 8 do segundo tempo, quando Vavá escorou após rebote do goleiro Springett em cobrança de Garrincha. O ponta faria ainda o terceiro, em chute de fora da área. Naquele dia, Garrincha só seria driblado por um cachorro que entrou em campo paralisando a peleja. Outro cão provocou uma segunda paralisação e sumiu debaixo das arquibancadas.
Após nova falha, mais grotesca, de Schroif, Vavá fez o terceiro aos 33 e selou a vitória brasileira. O país que tinha complexo de vira-latas no futebol antes do Mundial de 58, vencia pela segunda vez a Copa do Mundo. E como perguntar não ofende, será que algum jogador, desses que costumam imitar João Sorrisão e quetais, na rodada do Brasileirão de hoje vai lembrar de homenagear os grandes de 1962?
quinta-feira, junho 14, 2012
Visitantes em alta em dois jogos de três apagões
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Foi divertido assistir a dois jogos simultaneamente, como pedem datas em que coincidem semifinais de duas competições de relevância distinta. Sorte que manteve-se a regra de a Globo exibir um jogo, da Libertadores da América, enquanto a Band exibia o da Copa do Brasil.
Enquanto o Corinthians tratava de surpreender o Santos na Vila Belmiro com um golaço, achado por Emerson Sheik, o Palmeiras conseguiu, em cinco minutos finais, fazer mais do que nos 270 de atuação anteriores.
Quem fez menos do que esperavam santistas e claque de admiradores foi Neymar. É o primeiro apagão da minha contagem. A queda da iluminação na Vila Belmiro, o segundo, bem menos determinante para o andamento da partida -- embora tenha esfriado ainda mais o ímpeto da equipe da casa.
O terceiro apagão mencionado no título foi do Grêmio. Por conta dessas questões paralelas que a turma costuma chamar de "trabalho", foi a primeira partida do tricolor gaúcho que pude assistir no ano, de modo que fica difícil ter referência para saber se o futebol que a trupe de Vanderlei Luxemburgo já fez mais do que o exibido na noite de quarta-feira, 13, no Olímpico.
O esquema com três zagueiros implantado por Luis Felipe Scolari pode ter desempenhado papel relevante nessa, digamos, "neutralização". Mas é muito cedo para considerar que essa solução retranqueira é a melhor -- atualmente, em se tratando de Palmeiras, se houver "solução", ela estará mais para "única" do que para "melhor".
O fato é que foi bem impressionante o time gremista desaparecer nos minutos finais de partida. Foi quando Mazinho conseguiu fazer o primeiro gol do Palmeiras, em um chute em que o meia mal olhou para o goleiro adversário: só chutou e conseguiu pôr a bola por entre as pernas do arqueiro. Fez as vezes de talismã, depois de introduzido no jogo na vaga de Daniel Carvalho aos 39 do segundo tempo,
numa típica manobra de consumir uns minutinhos na reta final da partida e
acalmar a cadência dos movimentos.
No finzinho, Barcos marcou o segundo, em cruzamento de Junhinho, a quinta jogada de linha de fundo do lateral; a primeira a terminar com um cruzamento feliz e certeiro. Durante o jogo, as duas bolas atiradas em direção à meta do goleiro Víctor foram as que entraram. As outras chances de algum perigo foram para fora. Por isso o apagão do Grêmio é relevante.
Se haverá repetição ou inversão dessa escuridão toda nas partidas de volta, só será possível saber na quarta-feira, 20. Até lá, o melhor é comemorar enquanto há motivos verdes para isso.
quarta-feira, junho 13, 2012
Bordões, CPIs e supervilões: Qualquer relação de proximidade será negada
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Agnelo Queiroz (PT), governador do Distrito Federal, ainda depõe na CPMI do Cachoeira, em Brasília, nesta quarta-feira, 13. Na véspera, seu colega de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), fez o mesmo. Embora tenham adotado estratégias parecidas, de negar fazer parte do esquema montado por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, eles não tiveram como negar algum tipo de relação com o bicheiro, contraventor, empresário de jogos, empresário do ramo farmacêutico, membro da alta sociedade goiana, bon vivant, amigo a quem parabenizar pelo aniversário etc.
O dado é que Perillo inaugurou um bordão diferente para definir os elos entre ele e o pivô do escãndalo. Em CPIs anteriores, a regra era clara - e o bordão, também: "Não tenho qualquer relação com o sr. XXX". No lugar de "XXX", inclua-se o nome do "supervilão" da investigação da vez. Houve crise com vários epicentros, em que as relações a serem negadas eram com várias pessoas - Marcos Valério, Delúbio Soares, Silvinho Pereira, no Mensalão; Durval Barbosa, no Mensalão do DEM; João Alves e os anões do orçamento; PC Farias no esquema que terminou em impeachment de Fernando Collor de Mello etc.
Agora, Perillo foi enfático e reiterativo: "Não tenho qualquer relação de proximidade com o seu Carlos Augusto Ramos" ou "com o sr. Cachoeira". Qual o limite da proximidade cabe a cada qual definir.
Frequentava o prédio onde mora o moço, telefonou para desejar feliz aniversário, nomeou como secretário de Segurança Pública um amigão
Para Agnelo, que admitiu um encontro único, tampouco rolou negar vínculos. Ainda tentou recuperar o bordão com um "Não tenho absolutamente nada com o senhor Cachoeira".
O limite da proximidade ficou no ar.
domingo, junho 10, 2012
Faz 3, vale 1
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Ontem, fora de casa, o Galo ganhou do Palmeiras por 1 a 0. Vale a comemoração pela vitória, a terceira em quatro jogos no inicio do Brasileirão e a liderança momentânea. O enredo ainda tem a estreia de Ronaldinho, as boas jogadas de Jô, a correria de Bernard, a grande atuação de Réver na zaga, as duas bolas na trave de Marcos Assunção e uma péssima atuação (para não dizer outra coisa) do árbitro Márcio Chagas da Silva.
Foi necessário balançar a rede três vezes para que valesse um gol. E um jogo que deveria ter se tornado fácil no segundo tempo pela vantagem adquirida, tornou-se teste para cardíaco até o último minuto. Porque além de anular gols legítimos, o juizinho ainda inventa de marcar um monte de faltas perto da área do Atlético. Dando chances de o alviverde disparar sua principal arma, as cobranças de Assunção.
Mas acabado o chororô, vale destacar a correria dos dois times em toda a partida. Se não foi nenhum espetáculo técnico, ninguém pode reclamar da vontade dos jogadores e da aplicação na marcação. Não vou falar tanto do Palmeiras porque venho acompanhando pouco, mas a principal característica do Galo neste ano é tomar poucos gols. Neste Brasileirão, em quatro partidas sofreu apenas um. Na temporada, são 23 jogos, 17 vitórias, cinco empates uma derrota. Marcou 46 gols e sofreu 14. Tudo ainda pode dar errado, o time não é nenhuma máquina de jogar bola, há times melhores, mas, para os torcedores como eu, esperança sempre há.
Para encerrar, o personagem Ronaldinho. Pode dar tudo errado, ele voltar a aprontar, brigar com todo mundo, ir para as bebedeiras e as mulheres (nenhum pecado aqui no Futepoca), não jogar nada, mas inegável que nessa primeira partida deu novo fôlego ao time e trouxe experiência a uma equipe com muitos garotos. E eles estão felizes de correrem por ele. Mais um destaque do plantel de renegados do futebol brasileiro foi o Jô. Outro que apronta muito, mas que ontem jogou demais e deu um trabalho danado à defesa palmeirense. Apostar nos dois é que nem o cara que se casa pela décima vez, é a vitória da esperança sobre a experiência. Vamos esperar até o capítulo final para ver como termina a novela.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 0 x 1 ATLÉTICO
Motivo: Campeonato Brasileiro – 4ª rodada
Data: 9/6/2012
Estádio: Pacaembu
Cidade: São Paulo (SP)
Gol: Jô (48′)
Árbitro: Márcio Chagas da Silva (Asp. Fifa/RS)
Auxiliares: José Javel Silveira (RS) e Carlos Henrique Selbach (RS)
Cartões amarelos: Pierre, Marcos Rocha, Jô, Danilinho (Atlético); Márcio Araújo, Henrique, Luan (Palmeiras)
Palmeiras
Bruno; Cicinho (João Vitor), Henrique, Thiago Heleno e Juninho; Marcio Araújo, Marcos Assunção, Felipe (Maikon Leite) e Daniel Carvalho; Luan (Mazinho) e Barcos. Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Atlético
Giovanni; Marcos Rocha (Serginho), Rafael Marques, Réver e Junior César; Pierre, Richarlyson, Bernard (Leandro Donizete) e Ronaldinho; Danilinho (Leonardo Silva) e Jô. Técnico: Cuca.
sexta-feira, junho 08, 2012
Corinthians cria pouco, perde gols e só empata com o Figueirense
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O empate do Corinthians por 1 a 1 com o Figueirense, no Pacaembu, nesta quinta-feira (7), deu mais uma amostra do principal defeito da equipe treinada por Tite: a falta de pontaria. O time quase sempre corre, domina a partida, mas não consegue transformar essa vantagem territorial em gols – mesmo jogando quase meia hora com um jogador a mais.
O jogo começou com pressão total do Timão, que marcava a saída de bola e não deixava os catarinenses jogarem. Algumas boas chances foram criadas, ainda que não tantas quanto poderia sugerir a posse de bola. Nessa toada, Danilo abriu o placar de cabeça aos 37 minutos do primeiro tempo, após bela tabela entre Jorge Henrique e Alessandro, que jogou bem.
Na segunda etapa, o Figueirense conseguiu recuperar território e equilibrar o jogo – ainda que por pouco tempo. Aos 18 minutos, o zagueiro Anderson Conceição cometeu falta dura em Emérson e levou o segundo amarelo.
Ficou fácil, pensaram os corintianos. E assim levaram o jogo, como se fosse moleza, criando algumas chances, novamente nada de assustar ninguém. As melhores foram desperdiçadas por Emerson, em noite pouco inspirada.
Até que, aos 33 minutos, veio o castigo: em vacilo da defesa, Caio empatou para o Figueirense, completando cruzamento de Guilherme. Percebam que a punição aqui citada não é para os defensores, que até falharam, mas para a produção ofensiva do time. Tivesse feito um placar mais decente, esse gol pouco valeria.
Foi a senha para o tudo ou nada de Tite, que sacou Chicão e Ramon para colocar Douglas e Elton. Em vão.
O empate foi o primeiro ponto do Timão em três partidas até aqui no longo Brasileirão. Há tempo mais que suficiente para sair da atual 18ª posição e brigar pelo título, mas preocupa o futebol do time. A próxima partida é contra o Grêmio, em Porto Alegre, e Tite já avisou que vai de reservas, para poupar os titulares para a decisão contra o Santos. Baixas expectativas saio recomendadas.
quarta-feira, junho 06, 2012
Santos e Fluminense fazem 1 a 1 com cara de 0 a 0
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Adriano e uma atuação pra esquecer (Ag. Photocamera) |
domingo, junho 03, 2012
Seleção perde para o México. E?
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Não são só os zagueiros que querem pegar Neymar |
quinta-feira, maio 31, 2012
Brasil bate os EUA. E é o que tem pra hoje
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Sem Libertadores,
Brasileirão ou Copa do Brasil, o jeito foi o torcedor se conformar
com o amistoso entre a seleção e os Estados Unidos. Uma vitória
por 4 a 1 que diz algumas coisas, mas que não traduz bem o que foi a
partida. Ainda mais se levarmos em conta que o pênalti dado ao
Brasil e que conferiu a vantagem aos visitantes logo aos 11 minutos
foi pra lá de duvidoso.
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Vamos pro basquete, vai... |
terça-feira, maio 29, 2012
Brizola tinha razão
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Às vezes é bom recordar que a manipulação e a defesa dos interesses escusos da grande imprensa não são uma invenção de hoje e nem da Veja.
O bravo Brizola sabia que o bom combate nunca é perdido e se insurgiu contra o gigante várias vezes. Em poucas, ganhou, mas fez história.
segunda-feira, maio 28, 2012
O Corinthians prova do veneno 1 a 0
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As correrias da vida e o final do ano passado do Galo não incentivavam muito a escrever sobre futebol, mas o jogo de ontem entre Atlético e Corinthians teve alguns aspectos interessantes.
O primeiro foi que o Corinthians está provando de seu próprio veneno. Duas derrotas por 1 a 0 no início do campeonato, com gols de cabeça. Não assisti à derrota para o Flu, mas ontem enfrentou um time que, se faltava técnica, entregou-se desde o começo à vontade e à marcação.
O Corinthians teve duas chances de gol claras em toda a partida, mas falhou pela falta de pontaria de Élton e a nulidade do atual futebol de Liedson.
O Galo teve umas três ou quatro chances, o gol de cabeça de Danilinho (com 1,67 m.), gol anulado de André e mais uma chance clara com Escudero e outra com Marcos Rocha.
Poucas chances para uma partida, mas provavelmente a tônica do que se verá nesse campeonato. Muita marcação, vontade e correria, com alguma técnica. O estilo Tite de ser.
Sobre o Atlético vale lembrar que o time perdeu apenas uma partida este ano, a que causou a eliminação contra o Goiás no Serra Dourada. Ganhou o campeonato mineiro invicto num time com poucas mexidas em relação ao ano passado.
Esses resultados e as duas vitórias no começo do Brasileiro podem não significar nada, nada mesmo. Mas o torcedor aqui espera que represente pelo menos o fim do sufoco de lutar contra rebaixamentos, prática dos últimos dois anos. Vale lembrar que é o mesmo período em que o time ficou sem estádio na capital. Isso não explica nada, mas jogar no Independência este ano será um reforço.
Apenas mais uma informação. Para quem diz que o Corinthians jogou sem Paulinho, Jorge Henrique e Emerson, é bom lembrar que o Galo está com sete jogadores no departamento médico, entre eles Guilherme e Leandro Donizetti (titulares).
Motivo: Campeonato Brasileiro – 2ª rodada
Data: 27/5/2012
Estádio: Independência
Cidade: Belo Horizonte (MG)
Gol: Danilinho (64′)
Público pagante: 14.740
Renda: R$520.680,00
Árbitro: Hilton Sampaio (GO)
Auxiliares: Fabrício Silva (GO) e Cristhiano Sorensi (GO)
Cartões amarelos: Marcos Rocha, Richarlyson, Mancini (Atlético); Willian, Willian Arão, Leandro Castán(Corinthians)
Cartões vermelhos: André (Atlético); Fábio Santos (Corinthians)
Giovanni; Marcos Rocha, Réver, Rafael Marques e Richarlyson (Leonardo Silva); Pierre, Dudu Cearense (Escudero), Mancini (Júnior César) e Bernard; Danilinho e André. Técnico: Cuca.
Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Willian Arão (Douglas), Danilo e Alex; Willian (Liedson) e Elton (Gilsinho). Técnico: Tite.
domingo, maio 27, 2012
Em jogo difícil de assistir, Santos não sai do zero com o Sport
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O Santos não fez como
em sua primeira partida, quando contou somente com reservas em campo.
Mas a lista de ausências peixeiras na peleja contra o Sport era
notável, a começar por Neymar e Rafael, ambos na seleção
brasileira, e Ganso, em recuperação de uma artroscopia. Além
deles, Elano foi poupado, Léo, herói do meio de semana, também
ganhou folga para visitar o filho; Borges de Dimba continuam
contundidos, assim como o lateral Fucile. O resultado de um confronto
entre um time sem criatividade no meio de campo e ataque contra um
visitante que jogou na defesa o tempo inteiro só podia ser 0 a 0.
sexta-feira, maio 25, 2012
Libertadores 2012: semifinal, teu nome é Léo
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A partida valia pelas
oitavas de final da Libertadores de 2003. O Santos havia saído na
frente na Vila Belmiro, contra o Nacional de Montevidéu, mas sofrera
o empate aos 38 do primeiro tempo. Três minutos depois, uma falta
pelo lado direito do ataque uruguaio, daquelas que pedem um
chuveirinho na área. Mas O'Neill chuta direto e Fábio Costa falha.
Silêncio na torcida. O arqueiro peixeiro, minutos depois do lance,
ainda sente e permanece estático, semi-ajoelhado no gramado. Quando
a bola pára, o lateral esquerdo Léo vê a cena, atravessa o campo,
estende as mãos para o goleiro (que, diga-se, não costumava ter
atitude similar com companheiros de time) e o ergue, incentivando o
atleta a voltar à partida. A torcida vai junto com Léo, carrega o
goleiro no colo e, na decisão por penalidades, Fábio Costa, que
nunca foi pegador de pênaltis, defende três e o Peixe se classifica
para as quartas.
A História vai dizer
que Léo foi coadjuvante nessa peleja, mas a cena dele apoiando seu
companheiro nunca me saiu da cabeça. Não é só o atleta, é o tal
do caráter, aquela coisa de você olhar a atitude do cara e pensar
que poderia ter alguém assim do lado quando pisou na bola naquela
vez... E justamente ele, que penou pra chegar lá, foi dispensado por
Felipão no Palmeiras em 1999. O técnico não aprovaria um atleta de
1,66 m de altura e Léo, por destino, fez carreira no Alvinegro a
partir do ano 2000.
Tornou-se campeão
brasileiro pelo Santos em 2002, fez o gol de empate do time contra o
São Paulo, na segunda partida das quartas de final, e marcou o tento
da vitória contra o Corinthians, na peleja derradeira da
finalíssima. E de pé direito. Foi para a seleção brasileira,
venceu a Copa das Confederações de 2005 e partiu para o Benfica.
Voltou em 2009. Guerreiro, para a torcida. Deus, para o amigo Olavo.
Quem diria que seria o personagem decisivo da vitória peixeira
contra o Vélez Sarsfield, na partida desta quinta, siando da
reserva.
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Os três e os do fundo eram um só (Foto Santosfc) |
Quando Muricy substituiu Juan por Léo, já havia colocado em campo o semi-atacante Rentería, o único disponível na suplência, já que a outra opção, Borges, se contundiu antes do jogo. Precisando furar a retranca dos argentinos, que se protegiam com as famosas duas linhas de quatro (ainda mais postadas no fundo depois da expulsão de seu goleiro no fim do primeiro tempo), o treinador resolver investir nos lados do campo. A retranca era das mais eficientes, mas o ataque portenho pouco produzia. Rafael só viu a bola ser finalizada ao seu gol nas cobranças de pênaltis.
Ganso fazia um pouco mais do que fez no jogo de ida, mas ainda assim era muito pouco. Neymar se mexia de lá pra cá, buscava a bola, chamava a responsabilidade. Conseguiu expulsar o arqueiro rival no fim da primeira etapa. Na segunda, em um lance, atravessou o campo de lado a lado e conseguiu criar uma oportunidade para o time. Mas o gol não saía. E voltamos à entrada de Léo, que, como mostraram as imagens, logo em sua entrada motivou os companheiros a buscar o resultado.
O lateral entrou para fazer a diagonal, para se aproximar da área, algo que Juan não estava conseguindo fazer. E foi em um desses lances que ele tocou para Ganso, que devolveu – um dos únicos passes certos do meia que não foram de lado ou pra trás. E Léo, mesmo caindo, conseguiu assistir Alan Kardec, que finalizou de primeira para o gol. Indefensável. O atacante, que quase entrou pra súmula da partida como o Diego Souza da vez ao perder um gol quase feito minutos antes, se redimiu. Segundo ele, o “profeta” Neymar o avisou que marcaria o gol, depois que perdeu a outra oportunidade. Acertou.
Com 1 a 0, decisão por pênaltis. O Santos já havia passado por outras duas em Libertadores. Aquela, contra o Nacional, em 2003; e contra a LDU, em 2004. Venceu as duas, sem desperdiçar nenhum pênalti. E ontem, não foi diferente.
Coube a Léo, como por destino, fazer o gol da classificação alvinegra, após Canteros – que entrou só para as penalidades – finalizar pra fora, e Rafael defender outro pênalti. Classificação sofrida, mas que a ela pode-se atribuir um nome. Às vezes, o futebol faz justiça.
Adendo
E para o tonto do assessor do Vélez que quis fazer galhofa com a morte do mestre Chico Formiga:
quinta-feira, maio 24, 2012
Quando alguns segundos valem mais que o jogo inteiro
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A expressão “jogo de xadrez” costuma ser muita usada para definir uma partida disputada,
pegada, na qual fica difícil fazer algum prognóstico com a bola
rolando. Mas poucas partidas de xadrez de alto nível são decididas
em um lapso, em um lance impetuoso ou com voluntarismo e
pitadas de sorte. Ontem, nas duas partidas da Libertadores, com
cenários totalmente distintos, foram necessários poucos segundos
para que fossem definidos os dois primeiros semifinalistas do
torneio.
Na que abriu a noite,
entre Fluminense e Boca Juniors, os argentinos foram subjugados na maior parte dos 90 minutos da peleja. A marcação do
Fluminense, em especial de Edinho, sobre Riquelme, fez com que o
craque portenho sumisse durante quase todo o jogo. Quase. Uma
folguinha dada ao craque adversário, daquelas que acontecem no fim
do jogo, como a que permitiu que Maradona fizesse seu único lance
contra a seleção brasileira, na Copa de 1990, foi suficiente.
Riquelme respirou e pôde tocar para Rivero, que finalizou,
resultando no gol de Santiago Silva, o grosso artilheiro que faz as
vezes que Palermo já fez um dia.
O Boca precisou jogar um pouco mais
que o Fluminense por alguns minutos, na parte derradeira da partida, para eliminar
os cariocas. Se jogando mal eles ganham, imagine jogando bem?,
refletem os argentinos. E os brasileiros deitam no divã.
Na peleja seguinte,
Diego Souza, que leva consigo a fama de desaparecer em decisões,
apareceu. Sozinho como nunca havia acontecido com o Corinthians de
Tite, do meio de campo até a área. Mas tremeu diante de Cássio,
arqueiro que parecia pedir pra tomar gol, performance
coroada com o passeio para a caça de borboletas no último lance
vascaíno da partida. Goleiro tem que ter sorte também, diria o
filósofo. E não se perdoa quem perde um gol desses. A bola pune,
como diria outro pensador.
Puniu justamente
naquele tipo de lance de fim de jogo, quando os marcadores já não
aguentam mais marcar. Porque foram quase 180 minutos em que a
marcação foi a tônica, de lado a lado. O cerco vacilou,
Paulinho fez. Diego Souza, não. E essa foi quase toda a diferença.
terça-feira, maio 22, 2012
Rússia proíbe álcool para atletas nas Olimpíadas de Londres
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Nas Olimpíadas de
Inverno, realizadas em Vancouver, em 2010, os russos pretendiam
ganhar entre 30 e 50 medalhas, mas levaram pra casa apenas 15. Para
não repetir o feito nos Jogos de Londres, o Comitê Olímpico russo
já elegeu seu bode expiatório: a bebida alcoólica. De acordo com o
jornal Kommersant, de ontem, a delegação do país está
proibida de chegar perto de qualquer canjibrina na Inglaterra. Mesmo
os brindes comemorativos após as vitórias estão proibidos.
O porta-voz do vice-primeiro-ministro do país,
Dmitri Kozal, declarou a outro jornal local, o Olia Djous, que
"os valores olímpicos não são compatíveis com o álcool".
O Kommersant lembra que, na competição disputada no Canadá,
alguns atletas teriam passado um pouco do tolerável em relação ao
álcool. "Os resultados foram péssimos, mas as festas foram as
mais barulhentas", relata o periódico, citando uma noitada na
qual foram usadas duas imitações de bombas de gasolina que não
forneciam o combustível fóssil. Uma servia vodca e, a outra,
uísque.
Precedentes históricos
Pela sua íntima
relação com o álcool, em especial com a vodca, os russos têm
mesmo motivo para se preocupar. Como consta nesse texto
de Felipe Van Deursen, o destilado também foi considerado
culpado pela derrota do país na Guerra Russo-Japonesa, em 1905,
sendo que generais japoneses, em lapso de modéstia, atribuíram
algumas das suas vitórias ao excesso etílico dos soldados rivais.
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Carregamento etílico na Rússia czarista |
O alcoolismo preocupa as autoridades do país, que tem como meta diminuir o consumo médio anual de álcool por pessoa – hoje em 15 litros – em 72% até o ano 2020. Mesmo sendo uma preocupação do poder público, a relação dúbia do governo em relação à bebida continua, tanto que o Kremlin lançou há pouco mais de dois meses sua própria marca de vodca, para ser servida em eventos oficiais. Haja garganta.