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Destaques
quinta-feira, janeiro 31, 2013
Cícero mantém Santos líder no Paulista
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quarta-feira, janeiro 30, 2013
Agora nem Aécio nem Huck escapam
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A Resolução 432 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que torna mais rígidas as medidas contra motoristas embriagados, foi publicada no Diário Oficial da União ontem - e, por isso, já podem ser aplicadas imediatamente nas blitze de todo o País. Entre outras coisas, a Resolução prevê que, se o teor alcoólico do motorista estiver acima de 0,34 miligramas quando assoprar o bafômetro (ou seis decigramas por litro de sangue), além das penas administrativas, responderá a processo criminal, podendo pegar de seis meses a três anos de prisão, mais pagamento de multa e cassação da carteira de habilitação. Segundo matéria da Agência Estado, o novo limite de tolerância corresponde, em média, a seis latinhas de cerveja ou três doses de uísque.
Uma novidade é que, se o motorista negar o bafômetro, o fiscal poderá aplicar a autuação administrativa e preencher o questionário de "Sinais de Alteração da Capacidade Psicomotora", que será anexado à autuação. E o bebum irresponsável também poderá ser encaminhado à delegacia. O questionário apresenta informações como aparência do condutor, sinais de sonolência, olhos vermelhos, odor de álcool, agressividade, senso de orientação, fala alterada, entre outras características. Dessa forma, personalidades como o manguaça Aécio Neves (que foi flagrado dirigindo bêbado em abril de 2011 e recusou o teste do bafômetro) e Luciano Huck (que fez a mesma coisa em dezembro de 2012) não conseguiriam escapar impunes.
Curioso é que Huck, o "bom moço" que a Editora Abril já tentou insinuar como futuro presidente da República, foi cogitado recentemente para se candidatar nas eleições de 2014 pelo PSDB como vice na chapa de... Aécio! Dizem as más línguas que só falta definir o boteco para eles sentarem e selarem a parceria política (e etílica). Mas, dessa vez, para evitar flagrante no trânsito, parece que vão seguir o conselho da esposa do Luciano Huck e deixar a responsabilidade nas mãos de um taxista...
Guarani leva vantagem
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Deitando por terra a tese de que "não existe mais bobo no futebol", alguns clubes ainda querem pagar pra ver (e muito!) a ressurreição do ex-Imperador Adriano. Pelo o que parece, o alviverde de Campinas tem um trunfo...
Mapa de Minas e outros 26 estados produtores de cachaças
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Quando alguém gosta de cachaça, e gosta de gostar da bebida, começa a querer saber o local onde a chambirra é plantada, colhida, prensada, fervida, fermentada e destilada. Torna-se curiosidade tão importante quanto conhecer a madeira que compõe os tonéis onde o precioso líquido descansa. Mesmo que, eventualmente, a "madeira seja aço-inox" (isso é detalhe).
Falta muito para alcançarem cada rincão cachaceiro (refiro-me aos produtores, não me entendam mal) do país, mas é um grande começo e uma necessidade para o diagnóstico pré-implementação do Manguaça Cidadão.
rincões cachaceiros. Mas os alfinetes vermelhos marcam as que, modestamente, já tive
oportunidade de conhecer a fundo. Por sorte, o copo não era tão fundo...
Porque estive lá
Curioso, fui tentar cadastrar minha modesta adega (que está mais para despensa). Das seis que ainda não estão vazias, quatro já estavam devidamente mapeadas, com muito mais informações do que eu tinha sobre as danadas.
Registrei, então, duas molha-goela, singelas contribuições que permaneciam de fora do recenseamento. A Caranguejo (à esquerda), de Campina Grande (PB) e a Cachaça de Pirenópolis (GO), cidade histórica próxima ao Distrito Federal (abaixo, à direita). Antes de serem publicadas, as informações passam por moderação dos editores. Afinal, informação de bêbado não tem dono.

É a partir desse endereço que se consegue, além de pesquisar por nomes, viajar por mapas do Brasil. Se você der sorte (ou azar) de pegar algum soluço do site e desembocar num Erro 404, vai receber, na testa, um: "Não aguenta bebe leite!"
Em clima de quem interage em mídias sociais e acha bonito, saí marcando "Já bebi" em todas as preferidas que encontrei. Ainda marquei muitas que nem sequer almejam o posto de mais queridas... E, no final, estava admitindo até as que despertam nenhum orgulho da experiência da degustação. Tem toda a gama de qualidades cadastrada por lá.
Modéstia às favas, em 20 minutos alcancei a primeira dezena de quatro estados. Em mais 10, passando por algumas das 42 páginas de listas das marvadas de Minas Gerais, foi fácil passar da segunda dezena. Nesse inteirim, conheci a Poesia, a Atrás do Saco, a Peladinha, Perseguida Ouro... Além de conhecer uma coleção de rótulos e músicas que não chegam aos pés do Som na Caixa Manguaça.
Vale o passeio. Mas dá uma sede danada.
terça-feira, janeiro 29, 2013
Jornalismo "fófis"
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"Campos (...) esporeia com o ritmo acelerado de sua fluência verbal, (...) o dorso ainda atlético de 47 anos também assoma, enfático. Seus translúcidos olhos verdes são, surrupiando um autor contemporâneo, como pássaros querendo voar para fora da cara. Campos é, sobretudo, olhos. Na beleza variante da cor, que fisga a atenção, e, principalmente, na mirada, no manejo que lhes sabe dar, ora águia, ora cobra, focados na sedução."
Sem comentários.
O Mestre: Cachaça não é tíner não
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Quando ouvia a clássica marchinha de Mirabeau Pinheiro, Lúcio de Castro, Héber Lobato e Marinósio Filho, imortalizada no Som na Caixa Manguaça nº 51", "Você pensa que cachaça é água", sempre entendi, na letra, um teor de um "pres'tenção". Uma dose de toque amigo para manguaças profissionais buscarem uma hidratação mais convencional.
Ao assistir a "O Mestre", de Paul Thomas Anderson, ocorreu-me uma leitura um pouco diferente. Em vez de uma crítica a hábitos etílicos exacerbados do interlocutor, imaginei que para a marchinha um diálogo em grau mais professoral, um ensinamento para explicar a diferença entre cachaça e água. A distinção, entendam, está praticamente dada por uma questão de fonte dos recursos (alambique versus ribeirão), quase uma denominação de origem controlada (DOC, como em vinhos, espumantes, queijos e quetais).
O devaneio, inspirado pela aspiração de chegar ao bar, decorre de algumas das sequências do referido longa-metragem. A produção mostra a relação peculiar (lá de onde eu venho, o nome disso seria "doida de pedra") entre Freddie Queuel (Joaquin Phoenix) e Lancaster Dodd (Philip Seymour Hoffmann), livremente inspirado em Lafayete Ron Hubbard, fundador da Cientologia -- ideário que teve repetidos quinze minutos de fama em 2001, quando o galã Tom Cruise trocou sua então esposa Nicole Kidmann pela doutrina -- não foi assim tão simples, mas me falta informação para redator de coluna de celebridades.
filme. Espera-se que dublês tenham participado de cenas como as da foto
Em quatro sequências diferentes, a personagem manufatura coquetéis peculiares. No primeiro, em meio a um laboratório de revelação fotográfica de poses preto e branco, ele parece misturar sais de revelação com fixador, além de limão. E bebe. Depois, seu elixir vira suspeito de ser veneno, quando um camponês, colega na colheita de repolhos, não tolera a mistura não identificada e sucumbe.
Em outro trecho, antes de simular relações sexuais com uma escultura de areia na praia, o preparado leva água de coco e... tíner (!). Em outra, além de uísque e vodca, novos toques de tiner, agora filtrado (?!?!) em pão velho. E a mistura é apreciada pela dupla, embora o marinheiro indique que é capaz de fazer outras variações da verdadeiramente marvada, embora não repita a receita.
água de coco e tíner, para rebater o calor.
Assustado, fui ao Google.
Se o Sulfito de Sódio, componente principal de um dos principais reveladores P&B do mercado, também é usado como antioxidante e conservante de alimentos (não é tão tóxico, exceto para alérgicos ao produto). Tíner, por sua vez, que contém acetona ou butanona ou outros hidrocarbonetos, é solvente peculiar que pode produzir efeitos alucinógenos quando inalado, a exemplo do que acontece na cola de sapateiro. Não à toa, é vendido apenas a maiores de 18 no Brasil.
Não consegui ir além de referências a inalantes em fontes em português.
No caso do filme, vale ressaltar que, embora Lancaster Dodd tenha elementos claros de L. Ron Hubbard, há dúvidas sobre a existência de uma inspiração única para Quell, colocado como um anti-alterego do "Mestre", uma sombra impulsiva, animalesca e caricata. Mas uma corruptela reveladora do caráter...
Com essa informação, fiquei mais satisfeito de saber que, talvez, ninguém tenha chegado a degustar esse tipo de coquetel.
Ao mesmo tempo, e voltando ao clássico do cancioneiro popular brasileiro, foi a comparação a drinks com tíner e desinfetante que revi minha interpretação. Nessa perspectiva, talvez cachaça fique parecendo quase água. Na dúvida, melhor não arriscar.
segunda-feira, janeiro 28, 2013
O papel da imprensa na tragédia de Santa Maria
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domingo, janeiro 27, 2013
Uma triste imagem da tragédia em Santa Maria
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Deivid Dutra / Agência Freelancer |
sábado, janeiro 26, 2013
Quando perder do Uruguai fez sentido
Compartilhe no Facebook Não, eu não estou afirmando que a derrota do Brasil para os uruguaios na final da Copa de Ouro dos Campeões Mundiais, em janeiro de 1981, foi uma armação. Assim como em 1950, nossos adversários ganharam na bola, e pelo mesmo placar de 2 a 1 (na foto ao lado, o goleiro e capitão Rodolfo Rodríguez levanta a taça). O título do post refere-se ao fato de que, há 32 anos, a vitória uruguaia representou um grande e justificado desabafo para sua população. É o que conta o ótimo documentário "Mundialito", exibido hoje pelo Canal Brasil. Trata-se de um exemplo crucial de como o futebol e política podem se misturar.
Em 30 de novembro de 1980, os uruguaios foram às urnas para votar, em plebiscito, se a ditadura militar poderia modificar a Constituição do país. Surpreendentemente, 57% votaram "não"! Pela primeira vez na História mundial, um governo ditador foi derrotado em um plebiscito que ele próprio organizou. Acontece que, temerosos pela truculência dos militares, os uruguaios não soltaram fogos nem foram para as ruas comemorar esse episódio fantástico. Calaram-se, apesar da enorme vontade de gritar contra a ditadura que os oprimia.
Só que a oportunidade não tardaria a acontecer: justamente 1 mês depois, teve início no Uruguai a Copa de Ouro organizada pela Fifa, que ficaria conhecida como "Mundialito de 1981" e que reuniu, além do time da casa e do Brasil, Alemanha, Argentina, Itália e Holanda. Fazia 30 anos que a seleção uruguaia não ganhava nada e, simbolicamente, a decisão a confrontou com a vítima de seu título anterior, o Brasil. O novo troféu levou os uruguaios à loucura. E a vitória nas urnas, 40 dias antes, foi gritada nas ruar por milhares de pessoas, a plenos pulmões: "Se va acabar, se va acabar, la dictadura militar!"
No documentário, vários atletas dão depoimento, como o ex-gremista Hugo de León e o ex-santista Rodolfo Rodríguez. E também o nosso saudoso Sócrates, morto em 2011 por consequência do abuso de bebida alcoólica (o que justifica, nos marcadores, a inclusão da cachaça, completando o coquetel de futebol e política). Sócrates criticou no documentário a falta de consciência política de seus companheiros de seleção. Ele diz que comprava jornal para levar à concentração e separava o caderno de esportes, porque era a única coisa que os outros jogadores liam (enquanto ele lia o resto). Confira trecho com o Doutor:
Uma tarde e dois meias
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Em setembro de 2012, depois de longa "novela", o São Paulo acertou a contratação de Paulo Henrique Ganso. Fiquei feliz, claro. Mas, logo em seguida, no início de outubro, o meia Alex anunciou sua saída do Fenerbahçe, da Turquia, e avisou que voltaria ao Brasil. Fiquei chateado. Porque, com a contratação de Ganso, dificilmente o meu time se meteria no "leilão" por mais um grande jogador da posição. E porque, apesar do ex-santista ser muito jovem e ainda poder jogar muito mais tempo (e possivelmente dar grande retorno financeiro quando sair do clube), eu prefiro Alex. Sim: na minha seleção brasileira, o veterano meia, que encantou palmeirenses, cruzeirenses e turcos, seria titular absoluto. Mesmo ao 35 anos.
Neste sábado liguei a TV para ver sua reestréia no Coritiba, clube que o revelou, em um amistoso contra o argentino Colón. O jogo foi fraco e nem teve nada de amistoso: cinco expulsões. O Coxa perdia até os 47 da segunda etapa, quando Deivid cabeceou para definir o 1 a 1. Mas Alex, mesmo desentrosado, mostrou a velha categoria. Armou jogadas, ajudou a marcação e cadenciou o meio-campo com uma propriedade raramente vista em colegas brasileiros da posição. E ainda acertou duas bolas na trave, em cobranças de falta, e fez um incrível gol olímpico - que foi anulado (justamente) porque a bola fez a curva por fora da linha de fundo. Craque! É uma pena que mais esse veterano não terá uma passagem pelo São Paulo.
Ao mesmo tempo, no Morumbi, o São Paulo conseguiu manter aproveitamento de 100% no Paulistão, com o time reserva: 2 x 1 contra o Atlético de Sorocaba. E, curiosamente, a abertura do placar foi feita pelo outro meia citado, Paulo Henrique Ganso. Foi seu primeiro gol com a camisa Tricolor. Porém, o festejado meia - que já chegou a ser considerado o melhor do Brasil - continua sem mostrar sua habitual categoria. Apagado, movimenta-se muito pouco e, sempre que é acionado, dá pequenos passes laterais e meio que se esconde. Tomara que seja mesmo um período passageiro, de readaptação depois de tantas lesões - e ainda ambientando-se no novo clube. Torço por ele e acredito que há grande chance de virar titular e protagonista. Mas, que ainda está bem longe do que sabe jogar, é inegável.
sexta-feira, janeiro 25, 2013
Santos bate Goiás e comemora título da Copa São Paulo
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O Santos faturou hoje a
Copa São Paulo de Júniores ao vencer o Goiás por 3 a 1, o seu
segundo título da competição – o primeiro foi em 1984. É o
resultado do trabalho nas divisões de base que vem dando atletas ao
time de cima há algum tempo e também conquistas como o campeonato
paulista sub-20 no ano passado.
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Garotos comemoram o título da Copa São Paulo |
Já o Goiás, que chegou à final, usa outro método pra dar experiência a seus atletas. Em 2012, praticamente a mesma equipe que chegou à final hoje disputou a Série D do campeonato brasileiro pela Aparecidense, graças a um acordo entre os dois clubes. Entre os adultos, o time conseguiu três vitórias, um empate e quatro derrotas na competição.
PS: Parabéns à precavida organização da Federação Paulista de Futebol que, desta feita, reservou uma medalha para entregar a José Maria Marin...
quinta-feira, janeiro 24, 2013
Corinthians: sem meio-campo fica difícil
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Romarinho jogou mal ou preguiçou? (Daniel Augusto Jr./Ag.Corinthians) |
Antes de começar, aponto minha própria contradição: como se trata de um time fadado a ser esquecido assim que os titulares entrarem em ação, faz pouco sentido analisar o trabalho coletivo e tem mais lógica pensar individualmente se cada jogador pode vir a ser útil no futuro. E mesmo assim, lá vou falar de tática.
O principal problema é o meio-campo, sem um meia criativo que seja. Nesta peleja, Tite trocou Nenê Bonilha, que fez as vezes de meia centralizado contra o Bragantino, e colocou William Arão, volante marcador. Caiu para Guilherme, ex-Portuguesa, a responsa de armar o time pelo meio, auxiliado por Giovanni na direita. Não deu certo e Romarinho ficou isolado no comando do ataque, que não é a sua. Aqui, uma pergunta sobre Little Romário: ele jogou mal porque estava isolado ou ficou isolado porque jogou mal e preguiçosamente?
O erro de esalaçaõ supra-citado é o seguinte: Tite coloca um lateral-direito (Welder) na lateral-esquerda, outro (Guilherme Andrade) improvisado de volante e usa um meia de origem (Edenilson) no lado direito da defesa. Três improvisos que poderiam ser um só, com Edenilson ajudando a armação. Possivelmente ajudaria mais o coletivo, mas é provável que Tite prefira que o meia/lateral treine onde ele deverá ser aproveitado quando necessário – o que deveria preocupar os outros dois, que passam a ser opções mais distantes.
Mesmo com tudo isso, ainda se construíram algumas chances de gol. A Ponte, no entanto, teve as melhores, perdidas por responsabilidade de seus atacantes e com boa ajuda de Danilo, goleiro que periga ganhar de Júlio Cesar a condição de reserva imediato de Cássio.
Tite deu uns minutos a mais para Léo, bom atacante recém-chegado aos profissionais. Não fez grandes coisas e ficou meio largado na ponta esquerda, distantes que estavam sempre os quatro da frente.
O gol da Macaca veio no finalzinho. Numa jogada meio perdida no canto da área, Felipe – que é um zagueiro menos pior do que eu temia – e deu um tranco um atacante da Ponte que para mim (e para o Felipe) foi ombro a ombro, mas o juiz entendeu que foi nas costas. Desnecessário, de todo jeito.
O estreante da noite, Gil, não foi mal. É rápido e bom por cima, mas precisa de ritmo de jogo. Ficaria melhor ao lado de Chicão, zagueiro que faz melhor a saída de bola e que ficará um mês fora por contusão. Problema.
A próxima premiere deverá ser de Renato Augusto, talvez já no próximo jogo. Pode ajudar esse meio-campo.
Osvaldo, "o cara"
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Mais uma vez, devo iniciar uma análise de jogo do São Paulo com "guardadas as devidas considerações sobre a fragilidade do adversário". Ainda assim, a convincente goleada de 5 a 0 sobre o Bolívar, no Morumbi, pelo jogo de ida da pré-Libertadores, teve diversos "heróis". Ney Franco, muito corajoso ao botar Paulo Henrique Ganso no banco e apostar (certeiramente) em Aloísio na ponta-direita; Luís Fabiano, que voltou a ser convocado pela seleção brasileira e marcou dois gols (apesar de mais um cartão amarelo bobo no fim do jogo); o agora quarentão Rogério Ceni, com três belas defesas e um gol; Jadson, que está voando baixo nesse início de temporada, com dois gols em dois jogos. Mas o melhor em campo, sem dúvida alguma, foi Osvaldo. Com a saída de Lucas, ele agora é "o cara" no ataque do São Paulo.
Primeiro, abriu o placar com um golaço de perna esquerda (após belo passe de Jadson), deixando o goleiro boliviano atônito. Depois, no segundo tempo, retribuiu a assistência para Jadson marcar o quarto e sofreu o pênalti que originou o quinto gol, de Rogério Ceni. Atuação perfeita, impecável, nota 10. E o que mais me impressionou foi que, aos 37 minutos do segundo tempo, depois de correr sem parar todo o jogo, Osvaldo ainda estava dando piques de 40 metros atrás de bolas na linha de fundo... Monstro. O preparo físico do camisa 17 salta aos olhos, principalmente se comparado a figuras sonolentas, desatentas e improdutivas como Ganso. Cañete, mais uma vez, entrou na ponta-direita no final e mostrou disposição. Bem como Casemiro, que está com fome de bola. Bons sinais. Que venha o jogo de volta.
Neymar brilha e Renê Júnior rouba a cena em vitória do Santos
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Neymar: um chapéu diferenciado (Reprodução) |
quarta-feira, janeiro 23, 2013
Fluídos vitais
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No livro "Assessora de encrenca" (Ediouro, 2006), a produtora Gilda Mattoso, última companheira de Vinicius de Moraes, conta alguns episódios sobre o poeta. Em 1980, pouco antes de morrer, Vinicius foi operado de hidrocefalia. Ao saber do ocorrido, o escritor Fernando Sabino protestou:
- Não pode ser! Vinicius não bebe água. Talvez seja uma uísquecefalia...
terça-feira, janeiro 22, 2013
Escolhas de Felipão apontam para time mais estático
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Felipão gesticula ao explicar seu objetivo: resgatar o futebol-bailarino (Silvia Izquierdo/AP) |
Começando pelo gol, a volta de JC é meio estranha. O goleiro saiu da Inter de Milão e foi para o pouco expressivo Queens Park Rangers, o que indica que os grandes clubes não se interessaram por seu futebol. Enfim, não vi o cara jogar pra avaliar e a posição estava meio em aberto mesmo.
A coisa complica também por questões de estilo: Gaúcho no Atlético nem finge que vai tentar marcar alguém. A pressão no ataque é feita por Bernard e Guilherme, nas beiradas, enquanto o lento meia fica livre. Na Seleção, Neymar e, sei lá, Lucas não farão este papel nem a pau – e nem devem se sacrificar tanto para isso, ainda que eu ache fundamental que todo o time tenha um papel na recomposição defensiva.
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Ele voltou, mas não vai marcar ninguém (Getty) |
A lista dos convocados:
segunda-feira, janeiro 21, 2013
Seleta novidade no Timão
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"Essa é campeã!" é uma proposta de slogan |
Semana de novidades relevantes para a torcida corintiana, levemente ampliada nos últimos tempos por conta de seu novo ídolo. Depois da brilhante atuação de Zizao neste domingo, o trans-continental marketing alvinegro lança mais uma grande iniciativa.
Trata-se de uma parceria para lançar uma canjibrina oficial do Timão. Mas a boa notícia é que a manguaça será powered by Seleta, tradicional produtora de aguardente de cana de Salinas, em Minas Gerais, capital mundial da cachaça.
Segundo a Seleta, a Cachaça do Corinthians será envelhecida por dois anos em tonéis de umburana e terá 42% de teor alcoólico, "sabor suave e amadeirado" e "aroma agradável". Custará R$ 22 para o consumidor.
Desde já gostaria de convidar o companheiro Anselmo, degustador de cachaça mais experiente deste fórum, para avaliar o produto – desde que suas cores clubísticas não se sobreponham a seu compromisso com a imparcialidade de julgamento como manguaça.
Um lugar para Jadson
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Guardadas as devidas considerações sobre a tradicional fragilidade do time do Mirassol, a estreia do São Paulo no Paulistão 2013, no Morumbi, teve como saldo positivo não apenas a vitória por 2 a 0, mas principalmente a boa atuação do meia Jadson, deslocado para o setor direito do ataque, onde antes desfilava Lucas, hoje no Paris Saint Germain. A fracassada negociação com o ponta Eduardo Vargas, do Napoli, que acabou sendo emprestado ao Grêmio de Porto Alegre, abriu espaço para Jadson, que iria para o banco de reservas com a efetivação de Paulo Henrique Ganso como homem de armação no meio-campo.
Durante a fase de preparação para a nova temporada, o técnico Ney Franco chegou a testar um losango com Ganso e Jadson no meio e apenas dois atacantes, Luís Fabiano e Osvaldo. No jogo-treino contra o Red Bull Brasil, dia 16 (vídeo abaixo), o time titular, com essa configuração, não conseguiu produzir nada no ataque e perdeu por 2 a 0 no primeiro tempo, com duas falhas de Rogério Ceni (os reservas sãopaulinos conseguiram empatar e evitar o vexame na segunda etapa). Diante disso, Ney decidiu improvisar Jadson na ponta-direita e manter o esquema 4-3-3 que deu padrão de jogo ao time no segundo semestre de 2012.
E, ontem, Jadson não decepcionou. No primeiro gol do São Paulo, após uma excelente triangulação entre Luís Fabiano, Osvaldo e Ganso, Jadson apareceu livre na pequena área para estufar a rede, caso o camisa 9 não tivesse aparecido, ao seu lado, para finalizar antes. No segundo tempo, o Mirassol aproveitou o desentrosamento de Lúcio na zaga e a má atuação de Carleto na lateral-esquerda para dar um sufoco no adversário, mas Rogério Ceni se redimiu das falhas contra o Red Bull com três grandes defesas. Após a saída de Luís Fabiano, Jadson centralizou seu posicionamento, recebeu bom passe de Denílson e marcou um golaço ao dominar e virar em velocidade. Assim, ele parece render mais do que como meia clássico.
No mais, vale ressaltar a entrada de Cañete como outra opção na faixa direita do ataque. No dia em que o futebol brasileiro registrava os 30 anos da morte do gênio Mané Garrincha, o argentino acertou uma bola na trave do Mirassol em lance relativamente parecido com o do ex-camisa 7 da seleção brasileira contra os russos, na Copa de 1958 (mas, lógico, sem os dribles característicos do Anjo Torto). O reforço Aloísio também atuou bem e ajudou a segurar a bola no ataque, aliviando a pressão que o time sofreu no início do segundo tempo. Enfim, a insistência de Ney Franco em determinado padrão de jogo, mesmo com substitutos de características diferentes no ataque, dá a impressão de que é mesmo o caminho certo. Ganso ainda está muito aquém. Mas Jadson parece ter encontrado o seu verdadeiro lugar.
domingo, janeiro 20, 2013
Paulistão com cara de "vale a pena ver de novo". E Lula "trolla" o Palmeiras
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Ele, sempre |
Os reforços que jogaram foram bem ofensivamente, mas pecaram na marcação, exceção feita a Renê Júnior que, além de marcar de forma competente, deu um belo lançamento para Montillo perder aquele que considero sua terceira grande oportunidade de marcar desde sua estreia, no amistoso contra o Grêmio Barueri. Cícero e Arouca não foram tão bem na cobertura, assim como Bruno Peres (nada novo) e o estreante Guilherme Santos foram menos que medianos defensivamente.
Mas, reforços à parte, tem esse fora de série chamado Neymar. Ele fez um gol que, como já dito aqui, está se acostumando a fazer, tocando de forma precisa por baixo das pernas do defensor. Um lance incomum, que para o craque peixeiro está se tornando corriqueiro. Além disso, como disse o companheiro Edu, cavou uma expulsão do adversário e inúmeros cartões amarelos. Todos justos, embora o secador Lula discorde...
Zizao salva jogo chato do Corinthians em Jundiaí
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Olha o Zizao aí. (Daniel Augusto Jr./Ag.Corinthians) |
Utilizados todos os clichês que consegui pensar com a cultura chinesa, o fato é que a jogada de Zizao foi um dos poucos bons momentos de um jogo chato pra diabo entre Paulista de Jundiaí e Corinthians. Uma outra foi o bom passe do meia Mateus para o gol de empate da equipe da casa, de João Henrique. Ok, mais uma piada: para manter o equilíbrio das energias do universo, Zizao colaborou com o gol adversário ao dar um passe na fogueira para Guilherme Andrade.
De se aproveitar, Giovanni jogou bem pelo lado direito e fez mais que o gol. Seu lado foi o mais produtivo, com boas tabelas entre ele, Edenilson e Guilherme, ainda que nada muito incisivo. No fim do jogo, Tite colocou o menino Léo, recém-chegado do time da Copinha. Interessante dar chance para o pessoal da base pelo menos nesse time B/C do Timão.