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quinta-feira, março 12, 2009

Corinthians vence São Caetano pela primeira vez num Paulistão. Ronaldo marca o da virada

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O Corinthians venceu o São Caetano por 2 a 1, nesta quarta-feira no Pacaembu. Cerca de 32 mil pessoas foram ver o primeiro jogo de Ronaldo no estádio que é considerado a casa do Corinthians e o atacante não decepcionou: deixou o seu e garantiu a vitória de virada do Timão sobre sua asa negra, a primeira válida por um campeonato Paulista. O outro tento alvinegro foi um golaço de André Santos de fora da área, lembrando que o Corinthians tem outras armas além do Fenômeno.

O jogo começou aberto, com o Corinthians tentando fazer valer o mando de campo e o São Caetano, a alcunha de asa negra. O Azulão abriu o placar aos 21 minutos, em saída esquisita de Felipe do gol. O goleiro já é alvo de críticas pesadas da torcida – ou pelo menos de blogueiros corintianos, como o nosso parceiro Ricardo do Retrospecto Corintiano, que disse que André Santos e Ronaldo ipediram "que o time perdesse mais pontos por causa do entreguismo do goleiro demo-tucano que habita a meta corintiana".

Pouco depois, aos 35 min, André Santos diminuiu num belo chute de fora da área. O lateral parece estar deixando a máscara que vestiu no começo desse ano um pouco de lado e está jogando bem novamente.

No segundo tempo, Mano Menezes tirou Boquita (que jogava no lugar de Morais, contundido) e colocou Dentinho, deixando o time com três atacantes. A mudança prendeu mais o São Caetano em sua defesa e o Corinthians começou a pressionar. Logo aos 5 minutos, Dentinho cruzou na área, Jorge Henrique deixou passar e Ronaldo, de primeira, colocou no canto do goleiro Luiz.

O time

O Corinthians está ganhando mais cara de time a cada jogo. André Santos está voltando a se apresentar bem e Fabinho está melhorando em sua improvisada função de lateral-direito. Duas peças ainda não se acertaram muito bem. Douglas melhorou, chamou mais o jogo, mas ainda está meio fora de foco.

O outro problema é Jorge Henrique, muito improdutivo. Cisca, cisca, e cai pra tentar arranjar uma falta. Deveria perder a posição para Dentinho, que tem mais estilo de atacante e ajuda a desequilibrar uma defesa com seus dribles. Será interessante vê-lo mais tempo ao lado de Ronaldo. A inteligência do centroavante pode fazer bem ao garoto e ao time, com tabelas inteligentes no ataque.

Uma terceira opção é jogar com três atacantes, esquema que tem rendido bem no segundo-tempo – e, em geral, saindo atrás no placar. Jorge Henrique e Dentinho trocam bastante de posição e confundem a defesa. A movimentação dos dois e de Ronaldo dá mais opções para os bons passes de Douglas e abrem mais espaço para as infiltrações de Elias e André Santos. A saber o que se passa na cabeça de Mano Menezes.

O Cara

Ronaldo mostrou mais uma vez que é o cara. Jogou quase o jogo todo, teve duas chances claras de gol e guardou uma, além de mais algumas boas jogadas. São dois gols em três jogos, com pouco mais de 130 minutos em campo. É um bom começo, sem dúvida.

Mano Menezes acena com a possibilidade de poupar o craque do jogo contra o Santo André, no domingo. Não entendo nada dessas coisas de recuperação física, mas confesso que queria que o cara jogasse, até porque pretendo ir ao glorioso Bruno Daniel, ali na Grande Mauá. Mas considerando que depois do Ramalhão vem o Santos, a prioridade é que o Gordo jogue dia 22. Seja agora ou no próximo domingo, espero ver logo a dupla Dentinho e Dentão em ação por um período maior. Vai dar samba.

segunda-feira, março 09, 2009

Corinthians: o Ronaldo voltou!

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O jogo em Presidente Prudente começou aos 4 minutos do segundo tempo, com aquela saída de bola ridícula do Felipe que permitiu a Diego Souza achar o gol palmeirense. Antes disso, os dois times fizeram de conta que não era com eles e deixaram o tempo correr.

O Corinthians foi pra cima e deu os espaços. Keirrison teve duas vezes a bola nos pés para matar o jogo e falhou. Mano Menezes começou a desfazer a retranca que havia armado (falo nele depois), mas a coisa não ia bem. Eu já começava a me preparar para uma goleada quando, aos 19 minutos, uma lenda entrou em campo.

Contra o Itumbiara, suas passadas pesavam duas vezes mais e seu ritmo era duas vezes mais lento que o do resto do time. Ontem, não foi assim. Com inteligência, habilidade, colocação e (até) movimentação, Ronaldo fez em 30 minutos mais que qualquer outro jogador em campo a partida toda. O K9 que me desculpe, mas ontem o Ronaldo separou o mito dos candidatos.

A pressão do Corinthians passou a frutificar, sempre com a bola passando por seus pés. Recebe no meio, passa pelo marcador e dispara um petardo no travessão. Pouco depois, se mexe na área e recebe no lado esquerdo. Com um giro rápido (ele não estava lerdo?), deixa a marcação na saudade e dá um toquinho na medida que André Santos cabeceou para grnade defesa de Bruno.

E, aos 47 minutos, a catarse. Em conversas com amigos, eu disse na semana passada que o Ronaldo podia voltar e fazer uns 2 ou 3 gols no Palmeiras que não teria mais problema com a torcida enquanto jogasse no Corinthians. Foi um só, de cabeça, depois de escanteio no segundo pau batido por Douglas. Correu para a Fiel e comemorou com ela, com raiva, desabafando uma recuperação dura, mais uma volta por cima. Se tivesse mais cinco minutos de jogo, o Timão virava.

Covardia

O empate foi conquistado com suor e coroado com a bela apresentação de Ronaldo. Mas eu, de minha parte, estou cansado de comemorar “empates com sabor de vitória” em clássicos. Odeio dizer, mas tenho que concordar com o Anselmo: entrar para empatar em jogo contra arqui-rivais é se apequenar e os dois técnicos cometeram essa heresia com o maior clássico do Brasil na tarde de ontem. Mas como Luxemburgo e seus esquemas são problema do Anselmo e de seus compatriotas, falo do Mano Menezes.

Após o jogo contra o São Paulo, primeiro jogo de peso disputado pelo Corinthians desde a final da Copa do Brasil, o gaúcho assumiu que havia errado na escalação do time. Naquela ocasião, entrou com Escudero de terceiro zagueiro e Túlio como um pseudo ala direito. Na prática, três zagueiros e três volantes, com Douglas sozinho na armação. Time feito para segurar o empate e, se der, arranjar um golzinho no contra-ataque.

Achei, então, que o gaúcho tinha aprendido a lição. Pois ontem, outro clássico, e nova retranca. Reprisou a mesmíssima escalação, trocando Túlio por Fabinho. Como contra o São Paulo, não funcionou. A bola acaba ficando muito perto do gol de Felipe, facilitando que o adversário ache uns gols como o de ontem.

Depois do gol, Mano “botou o time pra frente”, quer dizer, voltou ao 4-4-2 que vem usando em todas as partidas do Paulista e já usava na Série B, tirando o terceiro zagueiro e colocando Dentinho (a troca de Souza por Ronaldo são outros quinhentos). O time passou a agredir o Palmeiras, mas na afobação para buscar o resultado cedeu contra-ataques perigosíssimos. Teria sido a mesma coisa se jogasse assim desde o começo? Não saberemos nunca enquanto Mano Menezes não botar o time pra jogar e ganhar um jogo importante.

O gol de empate de Ronaldo e a cagada de Felipe desviaram o foco das opções do técnico. Mas foram elas também que determinaram o resultado. Os empates heróicos só foram necessários porque o time ficou lá atrás esperando. A postura medrosa do técnico já nos custou o título da Copa da Brasil no ano passado. No quadrangular final não vai adiantar empatar. Antes disso, Mano tem o Santos como oportunidade de ganhar um clássico.

PS.: Vão dizer que essa segunda parte do post foi escrita só em resposta à provocação do Anselmo, mas não é verdade. Pretendia bater no Mano Menezes já desde o título ainda durante o jogo. Mudei o título aos 47 minutos do segundo tempo, mas mantive a crítica - que ainda se pretende construtiva, não quero a demissão do treinador.

Jogou a toalha

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Leio agora pela manhã que o São Paulo foi derrotado por 2 a 0 pelo Mogi Mirim, time que, até outro dia, segurava a lanterna do Campeonato Paulista. Os dois gols foram de um tal Marcelo Régis e a maioria das reportagens diz que o clube paulistano jogou de forma totalmente apática (aliás, com André Lima e Dagoberto no ataque, não espanta que não tenha feito um gol sequer). Depois de perder o clássico para o Santos com o time titular, Muricy Ramalho perdeu o pudor no estadual. Ontem, jogaram garotos da divisão de base como Henrique e Wellington. Tudo bem que Libertadores é prioridade, mas é bom lembrar que, em 2005, foi a conquista do Paulistão que embalou o time rumo aos títulos continental e mundial. Nos anos seguintes, com Muricy, o estadual foi menosprezado. E o São Paulo não venceu outra Libertadores.

segunda-feira, março 02, 2009

No Corinthians, pouco mudou

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Desde a última vez que escrevi sobre o Corinthians, muita coisa aconteceu, mas pouca coisa mudou de relevante. O Timão ganhou de Guaratinguetá (1 x 3) e Noroeste (2 x 0) e empatou com o Marília, ontem, por 1 a 1. Com os resultados, segue na segunda colocação, agora três pontos atrás do Palmeiras (que ainda tem um jogo a menos).

Outra coisa que se manteve em todos os compromissos foi o nível do futebol apresentado: baixo. O time erra muitos passes no meio campo e não consegue criar boas jogadas. Douglas vem melhorando devagar, mas Morais ainda não. Como esperado, Boquita não funcionou tão bem assim entrando como titular. É melhor deixar o garoto no banco antes que ele se queime como Lulinha.

Também têm constantes as boas apresentações da dupla de volantes, em particular de Elias. Tem sido o melhor jogador do Corinthians e dele dependeram as atuações do setor de meio-campo. Se vai bem e tem liberdade para apoiar, o time toca melhor a bola e cria mais. Se não, e um marasmo.

O ataque mudou de caras, mas manteve os resultados. Jorge Henrique e Dentinho estão de volta, enquanto Souza, mais recente desafeto da Fiel Torcida, está (talvez providencialmente) contundido. Contra o Marília, Dentinho e Otacílio Neto começaram no setor, que depois recebeu o reforço de Jorge Henrique, autor do gol de empate.

A variação no ataque revela outra constante: a troca de jogadores. Mano só repetiu a escalação do time da segunda para a terceira partida das dez até agora disputadas pelo Paulistão. Ontem, do time que o técnico parece tratar como titular, não saíram jogando os dois laterais, Elias, Jorge Henrique, Souza e o zagueiro-artilheiro Chicão. Fica difícil para qualquer técnico dar padrão de jogo a uma equipe que muda tanto e os bons resultados até aqui são também mérito da boa capacidade de improviso do técnico e do elenco – com uma tremenda ajuda da má qualidade geral do torneio.


Mas apesar dessas justificativas, a torcida vem perdendo a paciência com o treinador e com o time. A pré-temporada mais longa, as contratações que pareceram acertadas e a chegada de Ronaldo criaram uma expectativa muito alta sobre o desempenho do time, que não vem correspondendo em campo. Essa semana é crucial para que o time mantenha a tranqüilidade que teve até aqui. Se começar bem a Copa do Brasil (quarta-feira, contra o Itumbiara de Túlio e Denílson, em Goiás) e vencer o Palmeiras no clássico de domingo, time e técnico ganham crédito por mais um bom tempo – e, quem sabe, o empurrão que falta para engrenar de vez. Se não, podemos esperar pela primeira manchete “crise no Corinthians” do ano.

E a grana? – O Corinthians ainda não fechou nenhum patrocínio de camisa para a temporada e isso já gera problemas de caixa. Há notícias de atraso no pagamento de direitos de imagem (leia-se “salário”) de alguns jogadores. Novos boatos dizem que os três patrocínios estão fechados e estarão na camisa no clássico contra o Palmeiras. TIM e Nestlé são as cotadas para manga e calção. No peito, depois da Emirates, falam agora da Etihad Airways, também lá do Oriente Médio. A diretoria segue pedindo paciência.

domingo, março 01, 2009

Bem armado, Santos supera o São Paulo

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E finalmente o Santos venceu um clássico paulista onde o adversário não era o Corinthians. Desde 2006, quando o Peixe superou o Tricolor reserva por 4 a 0 no Morumbi, não teve sorte (e competência) contra Palmeiras e São Paulo. Hoje, a moeda caiu do outro lado.

Sem Kléber Pereira, machucado, O Alvinegro entrou com três zagueiros. A escolha de Mancini decorria das próprias carências do elenco: com dois alas que sabem mais atacar do que marcar e com falta de jogadores marcadores no meio, a opção se mostrou acertada, ainda mais contra um time que tem volantes que chegam com qualidade à frente. Com esse esquema, o treinador também anulou aquela que é hoje a principal arma do São Paulo, a jogada aérea, já que contou com mais um atleta alto na área.

Já o Tricolor, ao contrário do que fez na partida contra o Corinthians, entrou com sua formação titular. Muricy Ramalho, no decorrer da partida, mudou a equipe e mostrou que tinha muito mais opções do que seu adversário no outro banco da Vila. Pressionou os donos da casa no segundo tempo, mas não chegou com perigo ao gol. Aliás, de jogada incisiva de fato houve o tento alvinegro, uma bola na trave do São Paulo - quase um gol contra de André Dias (que lobby é esse que insiste em dizer que o emérito escorregador é "selecionável"?) e uma bola salva por Leo ainda no primeiro tempo. De resto, nenhum dos dois goleiros trabalhou, embora a partida tenha sido muito movimentada.



Arbitragem

Os sãopaulinos reclamam de um suposto pênalti de Fabão em Washington. Curioso do lance é que o zagueiro segura o ombro do adversário, não sei se a ponto de fazer alguma diferença na jogada, mas a cena se torna ridícula quando o adversário se joga e Fabão já está com os braços abertos. De qualquer forma, antes do tal lance, Rodrigo Souto é lançado em posição mais do que legal na frente de Ceni, e o bandeira dá um impedimento absurdo. Se no lance da penalidade há dúvida, nesse não há nenhuma.

Ceni, o goleiro que não erra

Quando entrevistado na ida para o vestiário no intervalo, o goleiro tricolor alegou que a bola de Molina no gol da vitória peixeira tocou na perna de um zagueiro do seu time, ainda dizendo que houve desatenção da defesa.

Rogério é aquele jogador que não erra. A soberba e a recusa em admitir erros inclusive prejudicaram sua permanência na seleção e é incrível como ele insiste no erro. Erro não, perdão, ele não erra.

Contudo, o mais estapafúrdio é a Globo reprisar mais de uma vez o lance só pra ver se o arqueiro tinha ou não razão na reclamação contra a própria equipe. Ê, mídia condescendente...

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Ceni volta, Washington marca, zaga muda e 3 a 0

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O São Paulo jogou contra ning..., perdão, contra o Oeste de Itápolis, ontem, e venceu por 3 a 0 sem maiores dificuldades. Pontos positivos: Rogério Ceni adiantou sua volta para pegar ritmo de jogo e Washington renovou a confiança quebrando o jejum de gols. Outro detalhe é que Muricy Ramalho começou a partida com dois zagueiros (algo raro). E o outrora titular Hugo foi para o banco, de onde Arouca saiu para entrar como titular e jogar 90 minutos. Nada de extraordinário, mas sinaliza que o treinador abdicou da teimosia para tentar alguma coisa que dê um mínimo padrão de jogo para o time. No mais, o Paulistinha mostra que, fora os quatro da capital (incluindo a Portuguesa) mais o Santos, o nível dos outros clubes é muito fraco. Isso é ruim para os que disputam a Libertadores, pois lá não existe vida fácil.

quarta-feira, fevereiro 25, 2009

De olho na redonda: A bola pós-carnaval... E Barrichello pode correr com Danica Patrick

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Depois do carnaval, a bola. Não que ela não tenha rolado, principalmente no sábado, quando o Resende superou um perturbado Flamengo, que teve dois jogadores expulsos e ficou de fora da semifinal da Taça Guanabara. Trocadalhos dos mais previsíveis possíveis foram feitos em profusão para falar da façanha do time, mas quando a decisão é em um partida só e, ainda por cima, em fim de semana de carnaval, zebras assim podem aparecer mesmo...

Já o Paulistão terminou o fim de semana da forma mais previsível possível. Com os quatro grandes no G-4 e a Lusa em quinto. Claro que o andamento de competições paralelas como a Copa do Brasil e a Libertadores podem alterar o quadro, mas o estadual promete ser isso que está aí. De se destacar, apenas o grande público que compareceu ao Pacaembu para ver Santos e Botafogo em pleno domingo de carnaval: quase 21 mil pagantes, mais que o dobro do clássico (ou semiclássico?) entre Lusa e Palmeiras. Mas o Eterno ainda resiste a fazer o Peixe jogar mais em São Paulo, atendo-se às superstições e ao provicianismo de sempre, embora acene com a possibilidade de a partida contra o Rio Branco ser realizada na capital. Ao santista paulistano, mais fiel que o da Baixada (e olha que sou de lá), restam as sobras...

O ponta-artilheiro

Garrincha, Canhoteiro, Julinho Botelho, Zagallo... Nenhum deles chegou perto da fantástica marca de Pepe, segundo maior artilheiro da história do Santos com 405 gols. É o maior ponta artilheiro do país, e com tal marca supera os goleadores máximos de clubes como Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Fluminense etc etc etc. Hoje, ele faz 74 anos. Parabéns, Canhão!   

Barrichello e Danica Patrick juntos?


Invado aqui o espaço do inigualável Chico Silva para falar de automobilismo. Ou quase isso. Após penar na sofrível e hoje falida Honda, Rubens Barrichello está prestes a se aposentar de maneira forçada. Mas o descanso pode durar apenas um ano. A USF1, equipe estadunidense lançada na terça-feira e que estreará na Fórmula-1 em 2010, declarou publicamente o interesse em contar com o brasileiro já que, em seu primeiro ano na categoria, precisaria contar com um piloto rodado (no bom sentido). "Rubens Barrichello seria bom, pois experimentou dois anos ruins na Honda, o que seria uma coisa muito útil para nossa operação. Mas ele é quase o único dos pilotos que potencialmente preencheriam o papel de piloto experiente", disse Peter Windsor, diretor esportivo da agremiação.

 
Fotos comportadas porque esse é um blogue de família.
 
E, para acompanhar Barrichello na equipe, uma das apostas é Danica Patrick, que hoje disputa a F-Indy. Hoje ela integra a equipe Andretti-Green se destacou por ser a primeira mulher a vencer uma prova na categoria, no Japão em 2008. Certamente, como se sê nas fotos da moça, seria também uma bela jogada de marketing, podendo ajudar a combalida F-1, tão afetada pela crise econômica mundial.

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

De olho na redonda: Santos empurra bêbado ladeira abaixo

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O Santos bateu o fraquíssimo Guarani na Vila Belmiro por 3 a 1. Chulapa comandou a equipe e Vágner Mancini acompanhou a partida, que poderia ter o Santos goleando já no primeiro tempo, mas Róbson não queria marcar gols ontem. Roni e Kléber Pereira também perderam tentos incríveis.

Resultado: com um a zero no início do segundo tempo, o Guarani voltou pressionando. Tomou o segundo gol, mas soube aproveitar os contra-ataques e marcou o seu. Jogo fácil, que só não se complicou porque o garoto Paulo Henrique marcou o terceiro, em um lance que lembrou as finalizações de Marcelo Passos, só que do lado invertido da área. Nada comovente a vitória, mas os três pontos agora são fundamentais para garantir uma vaguinha entre os quatro.



A saber: o goleiro Douglas, que não é digno de confiança do torcedor, fez quatro defesas difíceis e espalmou duas bolas... pra fora, e não para o meio da área como vinha fazendo o titular. Melhorou o nível, resta saber como Mancini e a diretoria vão lidar com os brigões Fábio Costa e Fabiano Eller. Ao que parece, uma reconciliação beira o impossível.

O "descritério" de Mano

Enquanto Mano Menezes enfrentou os times da Série B, parecia até outro treinador. Comedido, moderado, não lembrava o descontrolado comandante da entrevista coletiva pós-final da Copa do Brasil. Mas foi só passar por um perrenguezinho que voltou à forma.

A argumentação de que há “ajuda externa” na marcação que resultou no cartão vermelho de Túlio seria patética só pelo fato de não se ter nenhum elemento mínimo de comprovação. Mas, se alguém acompanhar o vídeo, vai perceber que, após a agressão, o zagueiro Rodrigo já aponta para o auxiliar, e o sósia do Mauro Naves, José Henrique de Carvalho, olha para o bandeira quando dá o cartão no meio de campo para Moraes. Só depois disso que o lance é reprisado na televisão. Ou seja, a Federação ou a Comissão de Arbitragem teriam que ter um sistema mais moderno do que a Globo para detectar e avisar o auxiliar do lance. E, se qualquer um dos três tem comunicador, porque a “ajuda externa” não seria realizada diretamente para o árbitro, tendo que haver uma ponte com o bandeirinha?

Mas o melhor (sic) da entrevista é que Mano Menezes de fato quer introduzir um novo vocábulo no nosso cotidiano. Assim como fez após aquela partida contra o Sport , disse que o problema do árbitro foi o “descritério”. Ah, se fosse o Lula...

Impotência futebolística e as humilhações santistas

Volta e meia os autores do Futepoca também colaboram com outros veículos. Assim, quem quiser ler o texto do Marcão sobre a “impotência futebolística”, pode acessar o Papo de Homem . E quem tiver interesse em saber quais são as dez maiores humilhações da história do Santos na opinião deste escriba e do Olavo, acesse o Impedimento .

Cadê os boleiros barbudos?

Imperdível o texto do Fabricio Carpinejar  sobre a ausência de jogadores de futebol barbudos nos dias de hoje. Já que tive como ídolo de infância Rodolfo Rodríguez e também sou às vezes adepto do barbeador à distância, me identifiquei facilmente com o post.

Clássico sem muito futebol no Morumbi

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Corinthians e São Paulo fizeram neste domingo um jogo bem fraquinho, ainda que tenso. Faltas a granel dos dois lados e falta de técnica foram a tônica do jogo, com a exceção dos dois gols, que mostraram que tem gente que sabe jogar bola nas duas equipes.

O Corinthians entrou em campo com uma formação diferente – e meio que covarde. Eram três zagueiros (com William no meio, o esquisito Jean na direita e o, digamos, firme Escudero na esquerda), três volantes (Christian, Elias e Túlio, este como dublê de ala direito – o que não deu nada certo), André Santos livre pela esquerda e Douglas pelo meio. Para dar velocidade, o ataque foi formado por Morais e Jorge Henrique. A intenção clara da escalação é atrair o adversário e jogar no contra-ataque – que, se é uma arma indispensável a qualquer boa equipe, não pode ser a estratégia central de um time do Corinthians.


O São Paulo entrou com um time meio diferente, mas o mesmo esquema. Jean protegia os três zagueiro, enquanto Richarlyson, Arouca, Wagner Diniz e Júnior César faziam a linha de armadores/marcadores do meio campo. No ataque, um horroroso André Lima fazia companhia a Dagoberto, em tarde bastante inspirada.


Com essa formação e péssimo desempenho dos homens de armação, o Corinthians deu muito espaço ao São Paulo, que teve mais posse de bola e mais chances de gol – apesar de nenhuma tão clara assim. Os tais contra-ataques não saíram e ficou tudo por isso mesmo. A grande emoção do primeiro tempo ficou a cargo do volante e pseudo ala direito Túlio, que depois de simular grotescamente uma falta na área, reagiu a uma provocação de André Dias com um ridículo “soco” na barriga, o que levou a sua expulsão.


Na etapa complementar, Mano Menezes colocou Souza, desafeto da maioria da torcida. Após a partida, o treinador assumiu o erro na escalação, segundo o Uol: “Tivemos alguns problemas táticos na primeira parte, mas disse aos jogadores que a culpa é minha. As opções que fiz tornaram a equipe muito pouco ofensiva”, disse ao Uol. Antes da partida, Mano havia explicado a opção: “Como perdemos dois jogadores importantes no mesmo setor [Chicão e Alessandro], optei pela linha de três [zagueiros] para adiantar o homem do lado [André Santos]. Acho que vai dar um encaixe melhor”. Assumir os erros é uma virtude. Não cometê-los seria ainda melhor, mas bola pra frente.


Não sei se foi a presença do grandalhão, mas o Corinthians manteve um pouco mais a posse de bola e se mostrou um pouco mais seguro. O São Paulo continuava melhor, especialmente pela boa movimentação de Dagoberto, mas não conseguia aproveitar a vantagem numérica para abrir o placar. Muricy tornou o tricolor mais ofensivo ao botar Hernanes e Borges, tirando o zagueiro Rodrigo e o inoperante André Lima. A mudança surtiu efeito: bela troca de passes entre Hernanes e Dagoberto quebrou a zaga alvinegra e Borges botou pra dentro.


O gol aconteceu dois minutos após Wagner Diniz tomar o segundo amarelo, depois de falta tosca em André Santos e ir para o chuveiro. O Corinthians sentiu o gol, mas segurou a pressão do São Paulo. Pouco depois, Douglas cansou e pediu para sair – a essa altura, eu estava cansado é da moleza do meia. Mano Menezes deve ter pensado em palavras como “estrela”, “sorte” e “talismã” quando mandou a campo o garoto Boquita, autor do gol que aliviou o time na partida contra o Mogi Mirim. Pois foi recompensado: o meia se movimentou muito e deu opções aos companheiros, além, é claro, do belo passe para o gol de empate, marcado por André Santos. Daí pra frente, o jogo ficou equilibrado e os dois times tiveram algumas chances, mas ficou por isso mesmo.


Eleições


O Corinthians realizou nesse sábado, dia 14, as primeiras eleições diretas para presidente do clube. Votaram 2.415 dos 10.569 sócios que estavam aptos a irem às urnas. Andres Sanches confirmouo favoritismo e recebeu 1.615 votos (66,9% do total). Paulo Garcia ficou com o segundo lugar (24,3%) e Osmar Stábile conquistou a preferência de apenas 8,8%. As opiniões de quem participou do pleito são divergentes: enquanto a Yule elogiou, o Marcelo do Vertebrais FC também, enquanto o Benjamin Back detonou. De minha parte, comemoro a prática democrática.

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Mais preconceito

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Duas frases da equipe esportiva da Rádio Eldorado, ontem, na transmissão de São Paulo 2 x 1 Ponte Preta:

- Você não acha que está faltando um pouco de brilho ao Richarlyson?

- É fato que ele nunca ameaça o Aranha...

Um Santos que lembra os tempos da fila

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Aos 31 minutos do primeiro tempo, um lance simbólico. Adriano pega a bola no meio de campo, tal qual caranguejo anda de lado, procura alguém pra passar, e perde a redonda. O Marília quase marca seu segundo tento na partida.

Ali, muito se pode ler sobre o jogo. Adriano não tinha que estar ali. Com todo o respeito, pode ganhar experiência em alguma equipe menor, pode ficar na reserva, mas não é nunca pra ser titular. Aliás, contra o Marília, o Santos não pode jogar com três volantes. Se os outros dois vão pra frente e não deixam opção de passe para o tosco Adriano, porque não um meia de fato no lugar dos dois?

Isso evidencia o erro do treinador, mas também o da diretoria em formar um elenco tão desigual e com tantas posições carentes. E aí o torcedor que tem vinte e tantos ou trinta anos sente uma desagradável sensação de déjà vu. Uma equipe com zaga medíocre, meias batedores e uma reles esperança de gol no ataque. Kléber Pereira hoje representa o que Serginho Chulapa, Paulinho McLaren, Guga ou mesmo Viola representaram em momentos distintos para o torcedor santista nos anos 80 e 90. O artilheiro que encarna o imponderável, que faz de um coletivo limitado uma equipe que pode vencer. Às vezes, não sempre, e ainda assim contestado por parte da torcida. Mas faz o suficiente para o combalido e fanático peixeiro crer.

Outros jogadores invocam lembranças. Ruins. Fabiano Eller, louvado injustamente por alguns, erra a saída de bola e dá um gol mal anulado contra o Santos. Lembra Marcelo Fernandes, Maurício Copertino, Camilo... Talvez não seja correto fazer tais comparações, no showbol alguns desses são mais serenos e sábios. O goleiro que não sai debaixo da baliza na pequena área não lembra Cejas. Remete a arqueiros pouco móveis, algo obesos, como Ferreira ou Gilberto, vulgo Baleia.



Márcio Fernandes pede para Kléber Pereira não voltar para o meio, ficar fixo na área. Sua orientação tem o mesmo efeito que meus gritos indignados diante da televisão. Não dizem coisa alguma. E é saindo da área que Kléber, aos 15 do segundo tempo, coloca Roni na cara do gol. Ele perde. KP não respeitou o “comandante”. Roni, substituído, também não. Sai do campo como se a equipe ganhasse o jogo, lentamente, irônico.

É o retrato do triste Santos e do seu ex-treinador. A única diferença para aquelas equipes de parte dos anos 80 e 90 é que os atletas aparentavam ter mais vontade.

*****
Após a partida, mais um lance da patética diretoria santista e do elenco supra-sumo. Apenas Márcio Fernandes, o pára-raios, o inocente útil, dá entrevistas. Nem Adílson Durante, nem Ocimar Bolicenho - o amigão do "gênio" - se dignam a dar entrevistas. Jogadores vão embora antes do técnico anunciar sua demissão solitário. Talvez um daqueles que achava que a grande manifestação de liberdade era jogar bobinho no treino ou ver TV na hora do almoço tenha falado: "Deixa esse cara se explicar aí que nós não vamos falar nada. Tô com sono". E assim, o torcedor alviengro é mais uma vez desrespeitado.

Renato Gaúcho, que quase foi ao céu no primeiro semestre de 2008 e viveu o inferno no segundo, é o nome em pauta. Aposta, nada mais que aposta.

*****
Mas o complemento da rodada de ontem também foi marcado por um lance inusitado no estadual do Rio. Alguém já tinha visto um goleiro SOFRER um pênalti? Veja aqui.

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Corinthians vence Mogi Mirim e segue na vice-liderança

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O Corinthians venceu o Mogi Mirim por 2 a 0, em mais um joguinho maleta de assistir. Dessa vez menos pelo time da capital e mais pela postura absolutamente defensiva do visitante. O jogo foi na prática um treino de ataque contra defesa.

Mano Menezes entrou com André Santos (que jogou melhor) de meia aberto na esquerda, fazendo dupla com o estreante Escudero – que me deu a impressão de ser meio cavalo, mas tocou bem a bola e não comprometeu. Creio que a idéia do treinador era que Morais ficasse mais pelo meio e Jorge Henrique pela direita, com o auxílio de Elias e Diogo. Mas como o Mogi desencanou de atacar, o esquema ficou tão aberto que se tornou comum ver Chicão chegando para armar o jogo.

Mesmo assim, o Timão colaborou com a falta de emoções pela falta de competência em furar o bloqueio do adversário. O primeiro gol saiu aos 40 minutos do segundo tempo: após um cruzamento na área, a bola sobrou para Morais, que deu um passe rápido para Lulinha que evitou a saída e conseguiu cruzar rasteiro. Elias desviou de calcanhar e o garoto Boquita fez seu primeiro gol no time principal. O segundo saiu de pênalti, quatro minutos depois. Lulinha foi derrubado e Chicão, sempre ele, botou pra dentro.

No segundo tempo, Mano Menezes realizou o sonho de boa parte da torcida e sacou Souza do time. Entrou Otacílio Neto, deixando o ataque mais rápido e móvel, mas sem referência na área. Não fez grande diferença, pra falar a verdade: o time continuou pressionando e não conseguindo criar oportunidades agudas de gol.

Banco nele?


Tenho defendido que a torcida tenha paciência com Souza, mas talvez o técnico esteja esgotando a dele. O problema é que não tem mais ninguém no elenco corintiano que cumpra o papel de pivô – o que Souza tem feito até que bem, convenhamos –, que Mano Menezes considera importante no seu esquema de jogo. Lembremos que Souza é um mezzo reserva: foi contratado para dar uma opção de bom nível (sic) para quando Ronaldo não puder jogar.

É possível imaginar um time com Otacílio Neto e Jorge Henrique no ataque, Morais e Douglas como meias, mas o conjunto tem características bem diferentes, mais rápido e móvel. Se Ronaldo entra nessa, como se adapta? Quem sai? Um amigo do trabalho vislumbra jogar com três atacantes, colocando os dois mais rápidos como pontas e Souza no meio. Mas fatalmente seria sacrificado um dos meias, provavelmente Morais. Não sei qual a melhor opção. É hora de Mano Menezes mostrar a que veio.

Cartão amarelo

Para não perder a mania, relato trocadilho cometido pela equipe de transmissão do PFC. O jogador Vela realizou a façanha de ficar apenas dez minutos em campo: entrou durante o segundo tempo, fez duas faltas violentas e foi expulso. A palhaçada levou o comentarista (acho que é Maurício Noriega o nome da fera) a soltar: "Esse Vela tem pavio curto". Sem se abalar, o narrador (cujo nome eu não sei mesmo) completou: "Queimou rapidinho!"

Começa o campeonato

Depois de Palmeiras e Santos, é a vez de São Paulo e Corinthians esquentarem o Paulistão com o que todo mundo está esperando: os clássicos. As diretorias trataram de apimentar o clima com a desavença pública a respeito do número de ingressos disponibilizados para a Fiel. Os sãopaulinos decidiram reservar só 10% dos ingressos para os corintianos, que declararam que a atitude é de time pequeno. O São Paulo está na sua de fazer o que bem entende com seu mando e jogo , segundo o Paulo Vinícius Coelho, tem motivos claros para isso: vendeu boa parte do Morumbi em parecerias com empresas, pelas quais já teria recebido R$ 12 milhões. Mas mesmo assim deixou a polêmica crescer, em vez de acalmar os ânimos. Enfim, faz parte.

O fato mesmo é que será o primeiro teste de verdade para o time do Corinthians em 2009. No Brasileirão e na Copa do Brasil enfretaremos times bem mais fortes do que Oeste e Mogi Mirim. Até agora,o Timão ganhou sem encantar em jogos contra times fracos. Vamos ver se tem bala para desafios maiores.

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Resultado injusto

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Finalmente consegui assistir a uma partida do São Paulo, a vitória por 2 a 1 sobre o Botafogo de Ribeirão Preto. Resultado injusto - e preocupante. Digo injusto porque o adversário fez 2 a 1 primeiro, de cabeça, num lance absolutamente legal. Mas o juiz anulou. Menos de um minuto depois, Washington definiu o placar. Se o Botafogo tivesse feito 2 a 1 ali, jogando muito melhor que o time da capital, ia ser goleada. Porque iria recuar e jogar no contra-ataque, com uma defesa sãopaulina das mais generosas. O primeiro gol do Botafogo, numa troca de passes com direito a toque de calcanhar, comprovou que nem Miranda é mais aquele. A coisa tá feia. E, injustamente, o time sai de campo com três pontos. Não concordo. Às vezes, é melhor perder antes do que chorar depois. O São Paulo não tem padrão de jogo, continua sem laterais, sem saída de bola, com uma defesa perdida e um ataque atabalhoado. Com isso aí, não passa da primeira fase na Copa Libertadores. A não ser que a arbitragem continue camarada...

E o Santos não passou no teste...

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Antes do clássico de hoje, a imprensa falou que essa seria a partida-teste para o Palmeiras, já que enfrentaria um adversário à altura. Mas, na verdade, o time da Vila Belmiro foi um sparring pobre e para os peixeiros foi de fato um teste para suas pretensões no ano. Teste no qual eles não passaram e em que ficaram evidentes as falhas de planejamento (sic) da diretoria local (e bota "local" nisso).

Com 11 minutos, o Palmeiras tinha chegado ao gol com chances claras de marcar por três vezes. O Santos, sequer tinha finalizado ao gol. O primeiro chute só viria aos 33, com o volante Germano. Pra fora. Vanderlei Luxemburgo fez o óbvio contra um time com dois zagueiros pesados, um tosco lateral improvisado como Adriano e Leo ainda fora de forma: colocou sua equipe para marcar pressão e tirar a saída de bola do Santos. Se Márcio Fernandes poderia até ter dado mais mobilidade no ataque com o meia Róbson no lugar de Roni, o que aconteceu na prática foi que Kléber Pereira ficou isolado, contra dois ou três zagueiros, enquanto o meio de campo peixeiro tinha três atletas que não marcavam: o próprio Róbson, Madson e o inoperante Lúcio Flávio.

Ficaram desnudas as deficiências do Alvinegro. Sem jogadores de marcação no meio, sem lateral direito de ofício e também sem Pará, expulso de forma infantil na partida do meio de semana, restou ao Palmeiras deitar e rolar. Isso, sem contar com a falha de Fábio Costa no primeiro gol e a grosseria de Adaílton no segundo.

Como nenhum time no mundo aguenta fazer marcação-pressão o tempo todo, nos últimos dez minutos o Santos pressionou. Mas as poças do terrível gramado do Palestra, uma defesa sensacional do goleiro Bruno e os zagueiros alviverdes fazendo milagres não permitiram que o time tivesse melhor sorte. No intervalo, restou a esperança, reforçada pela lembrança do clássico do Paulista de 2007, quando o resultado era o mesmo no final do primeiro tempo, mas o final foi um belo 3 a 3.

Mas, com menos de um minuto, vem outro gol de Keirrison, o nono contra o Peixe nas últimas três partidas. E o Santos perde uma, duas, três chances. O Palmeiras, recuado, conta com a sorte, além de tudo. Mas Kléber Pereira, em jogada de Madson, faz o dele. O torcedor teve esperanças, mas o jogo foi decidido em 46 minutos. Uma soma de fatores, a saber: elenco carente em algumas posições, um adversário mais bem entrosado, melhor tecnicamente e jogando em casa, mais contratações que não renderam decretaram a derrota santista. O quarto gol foi a pá de realidade na cova santista. Dessa vez, a culpa menor foi de Márcio Fernandes. Mas ele deve pagar o pato, justa e também injustamente.





Individualidades santistas
Quando o técnico Leão tirou Fábio Costa da partida contra o Barueri, em 2008, muitos chiaram. Claro que o treinador é chegado em confusões, mas será que ele estava errado? O goleiro voltou, como sempre volta, acima do peso, na ocasião, com cinco quilos a mais. E demora pra se recuperar, o que afeta a olho nu seu desempenho. Começo de Paulista é sempre garantia de falhas do arqueiro.

Lembra da partida contra o Marília em 2006? Do jogo contra o Mirassol ou mesmo contra o São Caetano, quando rebateu bolas para o meio da área? Hoje, nova rebatida que resultou no terceiro tento palmeirense, fora a falha no primeiro gol. Claro que o arqueiro tem crédito, mas é profissional voltar sempre com quilos a mais e demorar pra se adaptar e render para a equipe? Acredito que não.

Madson deu uma assistência, correu muito e, ao contrário de outras ocasiões em que foi bem improdutivo, dessa vez se salvou em meio à mediocridade. O triste é lembrar que era o único que se salvava no temerário Vasco do ano passado. Mau sinal.

Pra resumir, Adriano, que não consegue dar um passe de dois metros, não tem condições de ser titular do Santos nunca. Cães de guarda existem aos montes por aí. Não precisamos de mais um.

E como perguntar não ofende, algum santista, vendo o Lúcio Flávio jogar, não tem uma pontinha de saudades do Tabata?

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Os apáticos e os ansiosos. E Leo.

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Ontem o Santos voltou a apresentar problemas similares aos das suas apresentações anteriores. A falta de padrão tático, com mudanças no posicionamento dos jogadores a cada instante, pode até ser atribuída ao início de temporada e ao desentrosamento natural de um time ainda em fase de ajustes. Mas o que preocupa é o comportamento desigual dos jogadores em campo. Oscilam da apatia à ansiedade com muita facilidade, deixando evidente que o treinador Márcio Fernandes vai ter muito trabalho para nivelar esse grupo.

Vejamos: ali na Vila tem a turma do Lexotan. Parece que entram sonados na partida, dispersos, parecem devanear pensando na crise econômica, em um filme do Bergman ou em livro do Proust. Lúcio Flávio é o símbolo desse grupo. Ontem, de novo não fez uma boa partida, cadenciando demais o jogo, evitando procurar os lances agudos. Rodrigo Souto foi outro que se mostrou fora de sintonia, errando passes fáceis e cometendo faltas desnecessárias, bem longe das suas grandes apresentações. Triguinho, outro nobre exemplo dessa trupe, nem no banco sentou, deixando o torcedor aliviado. Pode ser que o problema seja de falta de preparo físico, mas o estreante Leo também não está na sua plena forma e mesmo assim impressionou pela disposição. Ok, ok, o Leo não conta...

Existe também o grupo do fio desencapado, elétrico demais e que não deixa muita esperança de que vá resolver. Ao contrário, a torcida é para que não faça nenhuma bobagem comprometedora. Pará, ontem, era o retrato disso, a ansiedade em pessoa. Afoito, protagonizou o último lance do jogo, uma estúpida falta que resultou em sua expulsão e comprometeu o Santos para o clássico, já que o time havia perdido por contusão o titular da lateral-direita, Luizinho. Madson, apesar do passe para o segundo gol (valeu, zaga do São Caetano!), correu mais do que o necessário, pra variar. Em boa parte às vezes, foi pouco objetivo. Pode ser que o problema seja falta de adaptação ao elenco ou ao time titular. Bom, mas o Leo estreou ontem e parecia que nunca tinha deixado de jogar no Santos. Ops, esqueci que não dá pra utilizá-lo em qualquer comparação...







Equilibrado mesmo, tranquilo e preciso, mas também rápido quando exigido, foi o meia Róbson, que entrou no lugar de Lúcio Flávio. Se a torcida discutia se a equipe titular devia ter o ex-botafoguense ou o colombiano Molina como camisa 10, Márcio Fernandes tirou o jovem meia da cartola. Resultado: ele fez os dois gols que asseguraram a vitória santista. Méritos para o treinador, que ainda está na corda bamba e depende de um bom resultado no clássico contra o Palmeiras.

E precisa avaliar a volta do Leo? Se sim, só resta dizer: como é bom ver alma naquela camisa branca depois de tanto tempo...

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Corinthians vence Paulista com dois gols de Chicão

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O Corinthians foi ontem a Jundiaí e bateu o Paulista, por 3 a 2, em mais um jogo difícil de assistir. Os primeiros minutos do Timão foram mais interessantes, com bola na trave e corta-luz de Lulinha, que resultou no gol de Elias.

Depois disso, o time sofreu o gol num bate-cabeça da defesa (William esteve em noite muito ruim) e acabou se desesperando. Ainda no primeiro tempo, levou a virada: Alessandro deu “belo” passe para Zé Carlos chutar no canto direito de Felipe, em bola defensável que o goleiro aceitou (imagens mostram que o pé esquerdo dele escorregou na hora de pular).

No segundo tempo, a boa notícia do jogo: a boa estréia do garoto Boquita, recentemente campeão da Copa São Paulo. Ele entrou no lugar de Fabinho – que, voltando de contusão, sentiu muito a falta de ritmo e não ganhou uma bola – e deu criatividade ao meio campo. Elias voltou para a posição em que rende mais, de segundo volante, ao lado de Túlio – que parece ter mais fé em seu futebol do que a realidade recomendaria.

O garoto deu o passe para que Souza sofresse o pênalti que determinou o empate, cobrado por Chicão com categoria. E foi ele também que deu o passe para Otacílio Neto no lance em que ele sofreu a falta que gerou o gol da virada, também cobrada por Chicão. Essa é outra boa notícia: o zagueiro está jogando bem e cobrando as faltas com muita confiança. Temos um cobrador, enfim.

Uma das várias más notícias é o desempenho de André Santos. Não vem jogando bem e está ficando muito fominha. A saber se é mascar mesmo ou se o cara está se sentindo pressionado para mostrar o bom futebol do ano passado. De qualquer forma, alguém precisa conversar com o rapaz e colocar a cabeça dele no lugar.

Retornos - A diretoria conseguiu converter o restante da pena de Morais em cestas-básicas e o meia volta a campo já no clássico contra a Portuguesa, no sábado. Além dele, Jorge Henrique já está recuperado de lesão e à disposição do treinador. O efeito das bruxas está começando a sumir e a qualidade do jogo do Timão deve começar a melhorar. Pelo menos, é o que eu espero.

Falha nossa -Não falei sobre o jogo de sábado, contra o Oeste de Itápolis por dois motivos: não consegui assistir o jogo e nem tive como postar no fim de semana. Mas, segundo relatos como o do Ricardo do Retrospecto, o jogo foi fácil e dava para a goleada ter sido maior.

Calma - Falando no jogo contra o Oeste, um dos fatos mais comentados foram os inúmeros gols perdidos por Souza. Um monte de corintianos estão sentindo saudades de Herrera e reclamando da contratação do centroavante. Acho que convém lembrar do início do argentino no Corinthians, no Paulistão do ano passado, que foi simplesmente sofrível. Não sei se foi uma boa trocar Herrera por Souza, mas entendo porque isso aconteceu. E agora não adianta chorar: deixa o Souza lá fazendo seu pivô, deslocando a marcação, que isso ele parece que sabe fazer, e dêem um tempo pro cara calibrar o pé. Se o nível não subir em mais alguns jogos, eu entro no coro: banco nele.

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Pronto, perdeu

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Depois de cinco meses e meio, 22 jogos, 14 vitórias e 8 empates, o São Paulo voltou a ser derrotado ontem, por 2 a 0, pelo Santo André. Nada de muito anormal, visto que o time disputa o Campeonato Paulista em ritmo de treino, mas é sempre vexame perder em casa, diante de sua torcida (e sem marcar um gol sequer). Não vi nem ouvi o jogo, mas o noticiário de hoje diz que o time levou um gol logo no início, de Osny, numa bobeada da defesa após cobrança de escanteio. Como era de se esperar, o Ramalhão recuou, mas desnecessariamente, pois o São Paulo não conseguiu levar perigo algum ao goleiro Neneca - pelo jeito, a reedição da dupla Dagoberto-Washington deu com os burros n'água. Ainda no primeiro tempo, o eterno Marcelinho Carioca perdeu um gol feito na cara de Rogério Ceni. Mas a pá de cal veio no início da segunda etapa, quando Júnior Dutra passou por quatro defensores sãopaulinos e marcou um golaço, no ângulo. Miranda foi expulso e o Santo André só administrou. Com isso, a impressão de que Palmeiras e Corinthians vão se cruzar na reta final está cada vez mais patente...

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Corinthians joga mal e ganha em casa

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O Corinthians deve sua vitória contra o Botafogo de Reibeirão Preto por 2 a 0, ontem, no Pacaembu, ao confuso Jonílson, que meteu as duas mãos na bola logo no início do jogo. O “bloqueio” do rapaz permitiu a Chicão abrir o placar logo aos três minutos.

Depois disso, o desempenho do alvinegro foi terrível. O meio de campo não conseguia levar a bola com qualidade ao ataque e não se trocavam três passes sem um erro. Lulinha voltou a ser aquela pecinha de porcelana no meio dos rinocerontes adversários. Não ficava com a bola dois segundos sem errar um passe ou perder numa trombada. Alessandro se esforçava – que é basicamente o que podemos esperar dele – e era a melhor opção de saída de bola da defesa, já que Elias não veio bem e André Santos, bem, ainda não estreou esse ano.

Na meia esquerda estava Wellington Saci, cujo quase total desaparecimento em campo, pontuado apenas por erros de passe, arrancou da equipe do PFC o trocadilhesco comentário: “Agora ele mostrou porque é chamado de Saci”. O pessoal, aliás, estava animado para trocadilhar. Além de Saci, outra vítima foi o meia Branquinho – destaque do Botafogo, ao lado do rápido atacante Thiago Silvy –, sobre quem foi dito que estava ficando “vermelho” de tanto reclamar com o árbitro.

O Corinthians seguiu incapaz de furar a boa marcação do Botafogo, que manteve a posse de bola mais tempo e conseguiu criar boas chances, especialmente pela esquerda, com Branquinho e Silvy. No segundo tempo, Elias acordou um pouco e o time pressionou po uns dez minutos, mas não foi o bastante. Imaginei que Mano Menezes tiraria Saci, mas me enganei. O dublê de meia só saiu machucado, para a entrada de outro dublê, o lateral direito Diogo. Lulinha veio (tentar) jogar na esquerda.

Lá pelos 30 minutos, Mano decidiu fechar mais o time. Sacou Lulinha para a entrada de Túlio e, pouco depois, Otacílio Neto para a entrada de Fabinho. Foi ele, voltando de contusão, que fez a jogada que terminou no belo chute de fora da área de Diogo, trazendo finalmente paz para os corintianos.

Cabe ressaltar que: Otacílio Neto continuou se movimentando muito e Souza continuou grosso e esforçado – brigou bastante pela bola e tentou fazer a função de pivô – , mas deve ter gente sentindo falta de Herrera. Os dois parecem não se entender muito bem no posicionamento na área. Ficam muito próximos e não dão opções para quem vem com a bola. Felipe fez pelo menos três defesas importantes e foi muito bem no geral, assim como Chicão.

No final, o time jogou mal, mas saiu com a vitória em casa. Para quem está decepcionado com o começo do Timão, cabe lembrar que o time está bem desfalcado. Os dois meias titulares (Douglas e Morais) estão fora e o segundo atacante atual é o terceiro reserva (considerando Dentinho e Jorge Henrique como as duas primeiras opções da posição). Isso sem considerar que Souza é o reserva de Ronaldo, até porque, se as previsões de que o recém-solteiro Gordo só jogará parte dos jogos se confirmar, será com Souza que o time vai ter que se virar.

Patrocínio – Enquanto isso, na parte financeira, nenhuma novidade. Nenhuma das trocentas empresas citadas como prováveis patrocinadoras (com negociações sempre “90% definidas”) fechou até agora e não se mais notícias desse tipo por aí. O Marcelo do Vertebrais acha que até amanhã tem que ter uma solução. Espero que uma boa.

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Corinthians vence com mudança tática em tarde "inspirada" do comentarista Neto

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Desfalcado de seu principal armador, Mano Menezes mudou o jeito do Corinthians jogar na vitória de ontem contra o Bragantino, por 1 a 0, gol de Lulinha. Douglas e Jorge Henrique ficaram de fora, machucados. Sem substituo que cumpra a mesma função de Douglas, o treinador sacou Túlio, colocou Lulinha na direita, Wellington Saci na meia esquerda, Otacílio Neto no ataque e recuou Elias para segundo volante.

O comentarista e ex-craque corintiano Neto - meu primeiro ídolo no Corinthians, ao lado do goleiro Ronaldo - achou a escalação totalmente errada: para ele, Saci é lateral, Otacílio Neto jogava bem no Noroeste como “quarto homem de meio campo” e, se Mano não tinha nem colocado Lulinha no banco no jogo anterior, como poderia escalá-lo de titular? Disse também que era um risco, pois o Bragantino era uma boa equipe, que vinha de uma goleada de 4 a 2 na primeira rodada.

Pois o time começou, pressionando o Bragantino, marcando no campo do adversário e criando boas oportunidades. O destaque foi exatamente Saci, que fez boa partida jogando como meia à européia, começando as jogadas pelo meio e caindo nas pontas - fez algumas boas tabelas com André Santos. Lulinha fazia o mesmo do lado direito, mas sem tanto sucesso, talvez pela escassa participação de Alessandro. Otacílio Neto, que já deu dois passes para gol em dois jogos do Paulista, se movimentou pelos dois lados e levou perigo. Mais uma vez, o Corinthians dominava a posso de bola, criava boas chances, mas faltava contundência na definição da jogada. Neto passou a dizer que Saci estava jogando muito bem. “Ao contrário do que eu disse”, reconheceu.

No segundo tempo, Alessandro passou a descer mais e a jogar com Lulinha, que cresceu de produção. De uma tabela bem construída dos dois – com participação de Otacílio Neto – nasceu o gol corintiano, de Lulinha. O garoto se soltou e passou a arriscar uns dribles e passes mais interessantes. Num deles, deixou Souza na cara do gol, mas o centroavante chutou a bola bisonhamente pra longe. Apesar disso, de ser lento e muito pouco habilidoso, Souza fez várias vezes o papel de pivô e criou algumas oportunidades durante a partida. Nada grandioso, pelo contrário, mas dá para imaginá-lo sendo útil ao time. Aqui, Neto passou a elogiar Lulinha: “Está jogando demais”.

O Timão relaxou um pouco depois do gol e o Braga conseguiu algumas finalizações, mas nada que assustasse – evolução, considerando que foi apenas um chute a gol do time da casa no primeiro tempo, contra 12 do Corinthians (apenas um acertou o alvo, é verdade). Mas a folga durou pouco e o Corinthians retomou o controle da partida, que ficou nessa até o final, contando ainda com um chute para fora de André Santos na cara do gol, depois de passe de Souza. A essa altura, Neto já estava dizendo que o Bragantino era “muito inferior” ao Corinthians. Fique impressionado, tanto com a abrangência da previsão equivocada do comentarista, quanto com sua capacidade de mudar de opinião durante a partida.

E Mano Menezes mostrou que, de fato, o time tem opções táticas. O futebol foi bastante econômico e nada brilhante, mas seguro e com total domínio sobre o adversário – que me pareceu bem fraco, diga-se. Faltou melhorar a conclusão das jogadas, seja em termos de assistências ou finalizações. Vamos ver o que acontece daqui pra frente.

É Campeão!

O Corinthians venceu o Atlético-PR no domingo de manhã e sagrou-se heptacampeão da Copa São Paulo de Juniores. O time começou o torneiro desacreditado, mas na base do esforço coletivo conseguiu surpreender. Agora, imagine o que sente um garoto de 17 anos jogando uma final pelo Corinthians no Pacaembu com mais de 30 mil pessoas? Coisa linda mesmo, parabéns ao pessoal!

Sobre as revelações do time, vi muito pouca coisa pra falar. Mas como isso não é coisa de me segurar, digo que, do que eu vi, o lateral Bruno Bertucci e o meia Marcelinho têm potencial. Ouvi comentários positivos a respeito do goleiro André Dias, do meia Boquita e do volante Sacha, cujo nome/apelido deve lhe causar vários problemas...

Bons Presságios? - Para os supersticiosos, o título traz bons presságios: basta lembrar das temporadas de 1995, 1999 e 2005. E ignorar a de 2004, que foi uma lástima apesar do título da Copinha...

Sensação de déjà vu, mas nem tanto

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Assim como Adriano, em 2008, o centroavante Washington estreou pelo São Paulo, no Campeonato Paulista, marcando os dois gols que garantiram a vitória de seu novo time. E assim como o "Imperador", caiu (momentaneamente) nas graças da torcida. A diferença é que no ano passado o Guaratinguetá saiu na frente e os gols do manguaça estreante determinaram a virada, ao contrário de ontem, quando o Tricolor venceu a Portuguesa por 2 a 0 com um gol de Washington em cada etapa - um com o pé e outro de cabeça (foto acima, de Rubens Chiri/SPFC). No mais, Adriano tinha estilo trombador e contrato de seis meses. Fez seus golzinhos, mas é fato que não tinha maiores planos no clube. Washington, por sua vez, é mais finalizador e tem contrato maior. Seu objetivo é ganhar os títulos que ainda não tem na carreira. No Brasil, só venceu a Copa Daltro Menezes, pelo Caxias-RS. Foi vice da Libertadores pelo Fluminense e do Brasileirão pelo Atlético-PR. Fora, o melhor resultado foi o 3º lugar pelo japonês Urawa Red no Mundial de Clubes de 2007, competição em que fez três gols e foi o artilheiro.

Outro detalhe é que, no São Paulo, Adriano precisava provar que ainda poderia jogar bola de forma competitiva (mais ou menos como Ronaldo Gordo, agora). Já Washington vem de uma ótima temporada pelo Fluminense, onde marcou 37 gols em 57 partidas, sendo cinco deles em dois jogos contra o São Paulo - os mais marcantes foram os dois que despacharam o Tricolor da Libertadores, para desconsolo de sua torcida. Ainda é cedo pra falar qualquer coisa, mas acho que o time do Morumbi contratou bem. Muitos adversários dizem o mesmo sobre a aquisição de Washington. Eu, particularmente, torcia pela contratação desde sua segunda passagem pela Ponte Preta, entre 2000 e 2002, quando chegou à seleção. O São Paulo precisa de um centroavante desses, que se fixam na área e metem a bola pra dentro, no estilo de Serginho Chulapa e França. A Libertadores desse ano promete. Vamulá, Washington!