Destaques

Mostrando postagens com marcador inglaterra. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador inglaterra. Mostrar todas as postagens

sábado, junho 12, 2010

Abre da Rodada – Argentina e Inglaterra testam favoritismo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Se você é daqueles que não gostou nada dos jogos do primeiro dia da competição, calma. Primeira vez é assim mesmo, tem o peso da estreia, a responsabilidade, coisa e tal. E o segundo dia já tem jogos que prometem, com dois favoritos ao título entrando em campo.

Às 8h30, Coréia do Sul e Grécia estarão no estádio Nelson Mandela Bay (chamado por alguns jornalistas brasileiros de "Mandelão"), em Porto Elizabeth, para o primeiro – e provavelmente mais fraco – jogo da rodada. Também pelo grupo B, nuestros hermanos argentinos enfrentam a Nigéria no Estádio Ellis Park, em Joanesburgo, numa partida já bem mais interessante – no mínimo para secar os vizinhos. Por fim, às 15h30, confronto entre ex-colônia e ex-metrópole no Estádio Royal Bafokeng, em Rustemburgo: Inglaterra e Estados Unidos.

Os prognósticos estão no Copa na Rede

terça-feira, maio 11, 2010

Delivery de bêbado e sexo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Na Inglaterra, o camarada Paulo Junkie (que se despediu daqui num buteco da praça Benedito Calixto, na presença de alguns dos futepoquenses), recebeu uma proposta de emprego muito interessante lá em terras londrinas. Conta ele que só precisa validar sua carteira de motorista para assumir a função de catador de bêbado e entregador de prostituta. Funciona assim: a agência fornece uma espécie de mobilete dobrável (foto), daí ele põe uma moça na garupa e entrega na casa de algum cliente; depois, no caminho de volta, passa em algum lugar onde um bêbado deu perda total, põe o cidadão no carro dele ou num táxi, dobra a mobilete e põe no porta-mala do veículo, leva o manguaça pra casa dele, pega a magrela e volta, resgata a moça e retorna à agência. E assim, transportando profissionais do sexo e resgatando bebuns, o Paulão vai juntando seus pounds (libras). O serviço de catador de bêbado bem que podia ser incluído no Manguaça Cidadão...

segunda-feira, abril 05, 2010

'Vamos à praia tomar 20 caipirinhas cada um'

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Não sei qual emissora de televisão ou programa era esse, mas deve ter acontecido há mais ou menos 12 anos, logo após o acidente de ultraleve que o ex-piloto Emerson Fittipaldi sofreu no interior de São Paulo, junto com o filho mais novo Luca, com os dois escapando milagrosamente. O grande amigo George Harrison, padrinho de seu filho Jason, aparece fazendo uma paródia de "Here comes the sun", um dos sucessos do guitarrista no tempo dos Beatles. Harrison trata Fittipaldi pelo apelido Emmo, deseja melhoras e diz que todos da família estão com saudades do brasileiro. E, manguaça que era, convida: "So let's go to the beach, drink twenty 'caiparinas' each", algo como "Então vamos para a praia, beber vinte caipirinhas cada um". E prometia: "Da próxima vez que sairmos de férias, vamos tomar um monte de caipirinhas e nos divertir muito". De fato, nosso produto nacional conquistou um beatle.

sábado, fevereiro 06, 2010

Piedade ao John Terry!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Peço um minuto de reflexão antes de julgar o John Terry. Por favor se coloquem por um instante na pele deste grande capitão...

Meu amigo, a Vanessa Peroncel é um avião! Basta de bobagem. Deveriam dar a faixa de capitão da seleção inglesa "ad eternum" para o Terry.

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Eles que se entendam

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook
















Wayne era casado com Vanessa Peroncel, que teve caso com o capitão da seleção (ao lado, com a esposa, Toni)






A fofoca futebolística do ano foi o caso divulgado entre o capitão da seleção inglesa John Terry e a esposa de seu colega de seleção, o lateral Wayne Bridge.

O que cada um faz em sua vida particular não interessa a este Futepoca e o assunto, por mim, não estaria aqui não fosse a decisão do técnico da seleção inglesa de tirar de Terry a faixa de capitão do time por conta da vida extracampo.

O técnico fez isso, após verdadeiro clamor popular por moralidade e otras cositas, do tipo, "um capitão tem de dar o exemplo" etc. Sei lá, para mim, mais que o nacionalismo, o moralismo é o último refúgio dos canalhas. Repito, nada tenho a ver com a vida pessoal dos diretamente envolvidos e eles que se virem e resolvam suas vidas.

Mas esse lado do futebol, de transformar jogadores em estrelas de tablóides, em pop stars, e misturar isso com a performance em campo é insuportável. Terry deve ser capitão ou não por suas atitudes em campo, não pelo que faze fora dele.

Mas para isso não ficar sério demais, vai aqui um pedaço da carta aberta do jornalista Xico Sá, da Folha, ao Mr. Bridge.

"Quem nunca viveu tal infortúnio? Basta estar vivo, amigo. Na companhia de uma mulher como Vanessa Perroncel, a francesa, tua ex, ampliamos as chances do amor e de outros objetos pontiagudos, como no título do livro do Marçal Aquino.

Sim, dói mais por ser escândalo de tabloide, dói mais por ser público, dói mais por se tratar de um amigo urso, o capitão da seleção inglesa, John Terry, o cara do Chelsea.

Ei, Bridge, não fique mal, escute uma música triste dos Beatles e se sinta bem melhor.

Ei, Bridge, venha para a noite de São Paulo que te apresento garotas legais. Se não der no processo burguês da conquista, caímos no Love Story ou no Amistosas."

sexta-feira, novembro 27, 2009

Forte pra cachorro

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Agora ouvi conversa: a cervejaria escocesa BrewDog criou o que considera ser "a cerveja mais forte do mundo", a Tactical Nuclear Penguin, com 32% de teor alcoólico - resultado de um processo de produção de 16 meses. No blog da cervejaria, o diretor James Watt alerta que a bebida deve ser consumida em pequenas quantidades, como o uísque. O anúncio de lançamento indica que apenas 500 garrafas de 330 ml foram produzidas (metade será vendida por 35 libras e as demais custarão 250 libras, com direito a uma participação na empresa). Curioso é que, em julho, quando a BrewDog lançou no mercado britânico a Tokyo*, com 18,2% de teor alcoólico, e foi duramente criticada por instituições de combate ao alcoolismo, justificou dizendo que essas cervejas mais fortes vão ajudar a combater a cultura do consumo rápido de grandes quantidades de bebida. Definitivamente, eles subestimam a sede e o fígado dos futepoquenses...

Ps.: Aliás, falando em cervejas britânicas, escrevi esse post degustando uma garrafa da inglesa Christmas Ale, da cervejaria Shepherd Neame, a mesma produtora de outras duas marcas já comentadas por mim neste espaço. Não chega ao exagero de álcool da nova bebida escocesa, mas tem 7%, bem mais que as brasileiras. O que posso dizer é que nunca bebi uma cerveja tão amarga. Tem gosto muito forte de chope e coloração de caramelo. O engraçado é que faz tanto frio aqui em Dublin que tirei a cerveja da prateleira, no supermercado, e, quando cheguei em casa, não precisei botar na geladeira. Tava no ponto. Um brinde!

sexta-feira, outubro 09, 2009

Experimentando as Ale inglesas

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A degustação aconteceu já há uns três meses mas, como só agora recebi as fotos, relato minhas impressões sobre três marcas das cervejas do tipo Ale inglesas. Todas tem cor de uísque e sabor bem forte e acentuado, uma delícia. A primeira delas, Fullers London Pride, com 4.7% de teor alcoólico. Fabricada pela Fuller Smith & Turner Plc, junta o amargo do fermento com um leve sabor de ervas e malte. Trata-se de uma Pale Ale (ou seja, com qualidade de fermentação Ale e de malte Pale). Na mesma linha, a Shepherd Neame's Spitfire Premium Bitter, feita pela cervejaria mais antiga da Grã-Bretanha, a Shephard Neame, mescla o amargor com um acento entre a amêndoa e o amadeirado. Muito boa, 4.5% de álcool. Da mesma cervejaria, experimentei, por último, a Bishops Finger Kentish já é de um outro tipo, Strong Ale, pois tem 5.4% de teor alcoólico. Realmente, parece uma mistura de destilado (uísque ou rum) com cerveja. Foi a que mais gostei. Não é bebida para encher a cara, mas sim para acompanhar uma comida especial. Talvez frutos do mar, sei lá, vai de cada um. Mas aconselho: experimentem.

terça-feira, setembro 29, 2009

Motivo para beber não faltou...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Que o Milton Nascimento gostava de uma birita desde os primeiros tempos como músico, todo mundo sabe. Mas, no início dos anos 1970, o saudável hábito de molhar a palavra evoluiu para um quadro perigoso de alcoolismo, que quase comprometeu sua carreira profissional. O livro "Os sonhos não envelhecem: Histórias do Clube da Esquina", escrito pelo compositor Márcio Borges (Geração Editorial, 2002), narra um triste episódio em que Milton desabou de costas no palco, destruindo a bateria da banda, antes mesmo de terminar a primeira música. O show, no Rio de Janeiro, teve que ser cancelado. Na época, Milton costumava se isolar em Vitória, no Espírito Santo, para pegar uma praia e encharcar todas. Mas, pelo o que parece, conseguiu (felizmente) vencer o alcoolismo doentio e destrutivo.

Pois hoje, assistindo o documentário "Brasil, Brasil - Tropicalia Revolution", da BBC de Londres, no Youtube, vi um interessante depoimento do genial músico, cantor e compositor mineiro. Ele relembra sua participação na famosa Passeata dos 100 mil, o maior protesto popular contra a ditadura, quando foi fotografado pelos repressores na linha de frente (na foto acima, aparece à direita, de braços cruzados), e passou a sofrer ameaças. "O telefone tocou e era uma pessoa da ditadura dizendo que eu estava proibido de ir a São Paulo, principalmente na rua tal, que era onde morava minha esposa, na época, e meu filho. Porque, se eu fosse, eles iam raptar meu filho. Sem volta. Eles iam matar meu filho", revelou Milton.

Naquele tempo, ele era casado com a paulistana Káritas, com quem teve o filho Pablo. "Mas eu não liguei praquilo, fui (a São Paulo) mais umas três vezes. Então, quando eu cheguei em casa no Rio, outra vez, o cara (telefonou de novo e) falou assim, 'olha, essa foi a última vez, é o último aviso - se a gente te ver de novo aqui, ele vai sumir pra nunca mais'. Aí foi o mais horrível que aconteceu na minha vida, as pessoas não entendiam por que que eu bebia tanto, por que que eu não ia a São Paulo, e eu não podia falar nada. Nem pra minha mãe, eu não podia falar nada", desabafou Milton, no documentário da BBC. O artista, lógico, não quis pagar pra ver e passou muito tempo sem ver o próprio filho. Alguém imagina uma situação dessas? Pois é, tempos brabos. E tem gente que tem a cara de pau de tratar o período de "ditabranda"...

sábado, junho 13, 2009

Tragédia pode ter mudado o rumo da Copa de 58

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Estou lendo Manchester's Finest - How the Munich Air Disaster Broke the Heart of a Great City, de David Hall, sobre o acidente de avião – foto – que matou oito jogadores do time inglês Manchester United em 6 de fevereiro de 1958, na Alemanha. Era a famosa equipe batizada como "Busby Babes", uma geração de jovens craques capitaneados pelo mítico técnico escocês Matt Busby, que venceu o Campeonato Inglês das temporadas 1956-1957 e 1957-1958. Seria como se o time do Santos perdesse numa tragédia, logo após vencer o Brasileirão de 2002, Robinho, Diego, Renato, Elano, Leo, Alex e Alberto, por exemplo.


No dia anterior ao acidente aéreo, o Manchester United empatou por 3 a 3 com o Red Star, em Belgrado, na antiga Iuguslávia, e garantiu presença na semifinal da Liga dos Campeões da Europa, na qual enfrentaria o Real Madrid. Mas, na viagem de volta, o avião parou para reabastecer em Munique e, sob forte nevasca, tentou decolar duas vezes e não conseguiu. Na terceira, saiu da pista, bateu uma das asas em uma casa e pegou fogo, matando 22 das 43 pessoas a bordo. Veja imagens da epoca aqui.

Entre as vítimas fatais estavam os jogadores Geoff Bent, Roger Byrne, Eddie Colman, Duncan Edwards, Mark Jones, David Pegg, Tommy Taylor e Billy Whelan. Morreram ainda três funcionários do clube, oito jornalistas de Manchester, dois membros da tripulação e dois outros passageiros. Entre os jogadores que sobreviveram estava Bobby Charlton, futuro campeão mundial pela Inglaterra em 1966. Outros dois do time, Jackie Blanchflower e John Berry, nunca mais puderam jogar futebol. O técnico Matt Busby passou por diversas cirurgias e esteve entre a vida e a morte, mas sobreviveu para reassumir o time três meses depois.

Mas a perda mais sentida foi a de Duncan Edwards (foto), de 21 anos, uma espécie de Pelé inglês e grande promessa de destaque na Copa da Suécia, que seria disputada dali alguns meses. Como se sabe, a Inglaterra foi a única seleção a quem o Brasil não conseguiu derrotar naquele mundial – e seria uma das favoritas ao título se tivesse contado com os jogadores Edwards, Taylor, Byrne, Pegg e Bent, que morreram no acidente e tinham suas convocações praticamente certas.

Os "Busby Babes" em 1957: a partir da esquerda, Ray Woods, Duncan Edwards, Tommy Taylor, Billy Whelan, Geoff Bent, Bill Foulkes, Jackie Blanchflower, Colin Webster, Dennis Viollet, Eddie Colman e Johnny Berry

Ps.: O legendário técnico Matt Busby (foto à esquerda) foi citado por John Lennon na letra de Dig It, dos Beatles, em 1969, um ano depois de o Manchester City ter vencido o Benfica, de Portugal, na decisão da Liga dos Campeões da Europa. A letra diz: "Like a rolling stone/ Like the FBI and the CIA/ And the BBC...BB King/ And Doris Day/ Matt Busby/ Dig it, dig it, dig it...". A música está no disco Let It Be e pode ser conferida aqui. Busby morreu em 1994, aos 85 anos.

sábado, junho 06, 2009

Cerveja ajudou músico a impressionar McCartney

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Outro dia escrevi sobre o único show que os Beatles fizeram em Dublin, Irlanda, em 1963. Curioso sobre o assunto, acabei encontrando na livraria pública "The Beatles and Ireland" (à esquerda), de Michael Lynch e Damian Smyth, sobre todas as possíveis relações da banda inglesa com o país vizinho - a comecar pelos antepassados de John, Paul e George, todos irlandeses. Depois de descrever os shows em Dublin e em Belfast, o livro fala sobre visitas esporádicas de cada beatle à Irlanda até 2003 e narra fatos pitorescos como a compra de uma pequena ilha do litoral irlandês por John Lennon, em 1967, chamada Dorinish. O local funcionou como acampamento hippie por dois anos, até 1971, e acabou sendo vendido pela viúva Yoko Ono em 1985.

Lá pelas tantas, os autores enveredam pela simpatia declarada de John e Paul, em 1972, pelo grupo paramilitar católico e reintegralista IRA (Irish Republican Army), que luta pela separação da Irlanda do Norte do Reino Unido e reanexação à República da Irlanda. Na época, Lennon lançou as canções "The Lucky of the Irish" ("A sorte dos irlandeses") e "Sunday Bloody Sunday" ("Domingo Sangrento Domingo") e McCartney, "Give Ireland Back to the Irish" ("Deem a Irlanda de volta para os irlandeses"). Foi exatamente nesta época que o guitarrista irlandes Henry McCullough foi chamado para a primeira formação dos Wings, a banda de Paul pós-Beatles.

E ele conta um segredo sobre seu teste para admissão: "Recebi um telefonema de Ian Horne, meu roadie, pedindo para eu ir a um ensaio no dia seguinte. Eu tinha bebido um monte de pints [copo padrao de 500ml] de Guinness [cerveja irlandesa] antes de ir lá pela primeira vez. Isso ajudou muito!". Segundo McCullough, depois de tocar alguma coisa do velho rock'n'roll, como "Blue Moon of Kentucky" (um dos primeiros hits de Elvis Presley) e "Lucille" (de Little Richard, ídolo de Paul), o teste partiu para o reggae e musicas de McCartney daquela época. Foi então que o ex-beatle comecou a tocar uma música inédita. "Eu perguntei a Paul o que fazer e ele apenas disse 'Estamos só tentando alguma coisa' - e continuou tocando. Nos o seguimos e, pouco depois, uma nova canção estava escrita. Ela foi feita naquele teste", lembra McCullough. Para ele, foi literalmente uma "prova de fogo", pois conseguiu improvisar e compor com "um monte de Guinness" na cabeca.

Wings, 1972. A partir da esquerda: McCullough, Denny Laine (guitarrista), Denny Seiwell (baterista), Linda (teclados) e Paul McCartney (baixo)

terça-feira, junho 02, 2009

Cervejas da Irlanda e da Inglaterra

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Opa! Sigo aqui em Dublin, desenrolando a burocracia e tentando me sentir menos perdido do que realmente estou. Mas with a little help of my friends vou me virando e já estive na escola onde estudarei inglês, abri minha conta num banco local e pedi o PPS, registro que me permitirá trabalhar. Enfim, o que não falta é papelada oficial. Só tomando uma(s) e, a pedido do colega Anselmo, registro aqui mais um capítulo de "Eu e minhas cervejas".

No sábado a noite, depois de postar um texto aqui, encontrar meus amigos e bater um rango num xepão grego, voltei para o abrigo e conheci o colega Fabio Grandizoli, que, como eu, á um caipira do interior de São Paulo (nasceu em Lupércio e morou em Garça e Americana). Ele se mudou para outra casa ontem mas, antes, tivemos tempo de comprar cerveja em mercados destinados a "pobraiada" - Tesco e Centra. No sábado, foi a vez das irish beers.

Por questão de preço, optamos pelas Beamish, cervejas escuras. A melhor delas é a Beamish Draught Irish Stout (a direita), com 4,3% de teor alcoólico, lata de 500ml (a 1,78 euro). Assim como a Guinness, ela vem com uma bolinha de plástico dentro. Tem cheiro e gosto de café, bem densa e cremosa. A outra, Beamish Genuine Irish Stout, com as mesmas características, mas 10 centavos mais barata, é uma cerveja preta comum, sem nada de especial.

Já no domingo, partimos para a ignorância: por precos módicos de 1,45 e 1,55 euro, respectivamente, compramos as inglesas Druids Celtic Cider (a esquerda) e Stonehouse Strong Dry Cider. Melhor que o preço, o grande chamariz foram os 6% de teor alcoólico das duas. Mas demos com os burros n'água: como o nome (cider) diz, elas são uma (bizarra) mistura de cidra com cerveja. A primeira é mais vermelha e a segunda (dry), mais clara e leve. Se querem uma avaliação precisa, fujam delas!

Pois é isso. Estamos às vesperas de eleições, dia 5 de junho, e, como o lugar onde moro abriga também jogadores da Football Association of Ireland Schools, tentarei postar, em breve, um apropriado texto sobre Futebol, Política & (mais) Cerveja. See you soon, drunk brazilian people!

Com atraso, a prova: cervejada na host family house, em Navan Road

terça-feira, maio 26, 2009

Profissionais de mídia são os que mais bebem na Inglaterra

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Jornalistas e outros profissionais de empresas de comunicação são os que mais bebem. A informação está no jornal inglês The Guardian, que destaca pesquisa YouGov, do ministério de saúde do país sobre os hábitos etílicos. O The BlueBus deu antes.

A recomendação é que homens bebam entre 21 e 28 unidades de álcool por semana, três ou quatro por dia. Para as moças, 14 a 21 por semana, duas ou três por dia. Para a turma das redações inglesas, são 44 unidades, em média, o que equivale a mais de quatro garrafas de vinho ou 19 copos de cerveja por semana.

Cada unidade equivale a 10g de álcool. Uma lata de cerveja tem 1,5 unidade. Uma dose de cachaça, umas 2,5. Uma taça pequena de vinho, uma. E assim por diante.

Isso coloca os jornalistas a 10 pontos semanais de vantagem sobre o segundo colocado, os profissionais de tecnologia da informação. Serviços e o mercado financeiro vêm depois. Os reis da moderação trabalham em educação, transporte e turismo. Entre os líderes, 29% se sentem pressionados por colegas a beber.

Na prática, o pessoal da comunicação também está no topo do consumo de vinho e destilados. Do fermentado de uva, a média é de uma garrafa e meia por semana. De outros gorós, são 3,2 doses por dia.

Brasil
Por aqui, não encontrei pesquisas que relacionam o álcool ao trabalho. Pesquisa do Ministério da Saúde apontou aumento em 2009, mas a informação aparece regionalizada.

O Futepoca noticiou o desempenho dos adolescentes brasileiros, dos homens, e da influência dos pais sobre crianças.

Será que no Brasil os jornalistas também lideram esse ranking não tão honroso?

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Afogando as mágoas na cerveja

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Pouco antes do pé na bunda: Pete Best, George, Paul e John

Outro dia comentei aqui, num post sobre os Beatles, como o empresário Brian Epstein despachou o baterista Pete Best da banda, substituindo-o por Ringo Starr. Historicamente, como o próprio guitarrista George Harrison dizia, essa teria sido uma "grande maldade". Afinal, foi a partir da entrada de Pete, em agosto de 1960, que a banda cristalizou-se como a melhor de Liverpool e conseguiu seu primeiro contrato de gravação com a EMI-Parlophone. Dizem que o produtor George Martin não gostou da batida do baterista. Dizem que Paul McCartney não ia com a cara dele e fez campanha para tirá-lo. Dizem que Epstein era apaixonado por Pete e, sem correspondência, vingou-se. Seja o que for, em 16 de agosto de 1962, o baterista recebeu um telefonema do empresário, demitindo-o (ao lado, reprodução da notícia em jornal da época). Quando a beatlemania explodiu no mundo e o quarteto - já com Ringo - ficou milionário, em 1964, Pete começou (lógico) a ter problemas de depressão, culminando com uma tentativa de suicídio no ano seguinte, ao vedar um dos cômodos de sua casa e abrir o gás (seu irmão o salvou). Curiosamente, naquela época, os Beatles lançavam no cinema o filme "Help!" - "Socorro!"...

Mais tranquilo, casado e com duas filhas, Pete trabalha desde 1969 numa agência pública de empregos, em Liverpool. "Passei a viver o que podemos chamar de uma vida normal: ir ao trabalho, voltar, sair para tomar uma cerveja, coisas assim", conta. "Mas, lá no fundo, ainda existe aquela sensação: 'Meu Deus, se eu tivesse continuado como um beatle!'. Hoje, penso que não faz diferença. Quando chego em casa, encontro as contas a pagar que o correio deixou embaixo da porta. Vem alguém e me diz: 'pague!'. E vou vivendo, afinal, todas essas coisas normais que todos vivem", acrescenta. Numa extensa entrevista de 2007 para o site Geneton, Pete contou a um repórter brasileiro o que aconteceu quando recebeu a notícia de sua exclusão dos Beatles. Aparentemente, ficou sem entender, pois o clima era bom entre eles. "Bem na época da minha saída, logo antes, nós estávamos todos bebendo juntos e parecíamos os melhores amigos do mundo", recorda o ex-baterista. E se foi bebendo que ele conversou com John, Paul e George pela última vez, foi também na manguaça, naturalmente, que tentou afastar o atordoamento. Veja o trecho em que ele fala sobre o dia fatídico:

Geneton - Que sensação ficou até hoje do dia em que você recebeu a notícia de que já não era um beatle? Deve ter sido um dia doloroso...
Pete Best - Não chegou a ser exatamente, porque foi como se uma bomba caísse na minha cabeça, assim, de repente. Só no dia seguinte é que tudo começou a entrar na minha cabeça, quando entendi que tinha acabado. Já era. É aí que a dor começa. Não se tem como voltar. Aquele terminou se transformando no dia mais doloroso, no sentido de que mudou a minha vida. Tive outros tempos duros, desde então. Mas aquele foi o dia que mudou todo o curso de minha vida. Eu me lembro bem. Era agosto de 1962.

Geneton - O "Times" recontou a história há pouco tempo. Você foi a um pub beber umas cervejas...
Pete Best - Umas? Muitas! (ri). Eu tinha acabado de falar com Brian Epstein, às 10 e meia da manhã. Um amigo estava me esperando do lado de fora. Recebi a notícia de que tinha saído dos Beatles e fui para fora. Meu amigo notou algo diferente. Perguntou: "o que foi que houve?". Eu disse: "Eu saí! Não sou mais um beatle!". Ele respondeu: "Meu Deus! Não pode ser verdade! O que é que aconteceu?" Eu disse: "Tudo o que quero fazer é tomar uma cerveja, afundar a minha cabeça!". Fomos para um pub. Derrubamos um bocado de cerveja. Chegou um momento em que eu disse: "Ok! Vamos para casa!". Quando fui para casa é que senti a pancada. E comecei a chorar. Chorei a noite inteira. É o tipo do choque de efeito retardado. Bem aí é que entendi: tudo tinha acabado.


Bebedeira em Hamburgo, Alemanha. Da esquerda para a direita: Stuart Sutcliffe (baixista, que morreria em 1962), John Lennon, Helmut (garçom), George Harrison, Paul McCartney e Pete Best

terça-feira, setembro 30, 2008

A moda é internacional: árbitro é mais importante do que o jogo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O árbitro britânico Rob Styles (foto) apitou um pênalti inexistente sobre o português Cristiano Ronaldo na partida de sábado em Old Trafford entre Manchester United e Bolton. Depois, reconheceu o erro, chamou o presidente e o gerente de futebol do clube para pedir desculpas. A vitória do time vermelho foi de 2 a 0. Tem um dossiê de torcedores furiosos aqui.

Gary Megson, o gerente do Bolton, foi quem revelou o episódio para o Daily Mirror, e diz que as desculpas deram-se em uma longa conversa convocada pelo árbitro. Não deve haver punições para o réu-confesso.

Divulgação
Desculpa, aí
No Brasil, a prática é moda há algum tempo. Djalma Beltrami admitiu a pisada no tomate na final do Campeonato Carioca, para desespero dos botafoguenses. Ana Paula Oliveira, (de tatuagem nova na foto) fez o mesmo contra o Santos em 2007. Só os botafoguenses ficaram bravos, até os jogadores e o técnico contemporizaram.

Mais recentemente, José Henrique de Carvalho admitiu ter apresentado dois cartões amarelos para o volante Magal (ops!) na partida entre Corinthians e Guaratinguetá, em março, pelo Paulista. Pediu desculpas.

Na mesma competição, a auxiliar de arbitragem Maria Elisa Oliveira reconheceu o erro no gol do São Paulo contra o Palmeiras na primeira partida da semi-final do Paulista, dizendo que não viu o toque de mão de Adriano. Nem ela nem o árbitro Paulo César Oliveira tinham visto o puxão sofrido pelo atacante, mas o dono do apito não admitiu erro nenhum.

Já no Brasileirão, Cléber Wellington Abade pediu perdão por (não) proibir paradinha de Alex Mineiro no jogo com a Lusa, no início do mês. É que no jogo que terminou 4 a 2, o centroavante alviverde não pôde fazer a paradinha por uma suposta ameaça do juizão – desmentida por ele apesar do pedido de desculpas. É confuso mesmo. Mas na dúvida, "foi mal, aê!"

No futebol pernambucano, em 2007, Adriano Siebra recorreu ao mesmo expediente depois de anular o gol de Dinda, do Vera Cruz diante do Serrano, pelo campeonato Pernambucano. Ele teria ido, segundo o Torcedor Nordestino ao meia depois do jogo para admitir o deslize.

Castrilli
Quem nunca pediu desculpas para a Portuguesa de 1998 foi Javier Castrilli. O Xerife, como é conhecido na Argentina está aposentado, mas é uma mostra de que os homens de preto têm cada vez mais destaque na mídia também por lá, não importa o que digam. O Olé publica uma ampla entrevista com Castrilli. Do impacto do futebol no ideário lúdico das crianças ao autoritarismo dos árbitros dentro de campo, o cabra fala sobre tudo. Admite seus erros, sem entrar em detalhes.

E olha que ele também fez das suas na terra dos hermanos. De 2003 a agosto deste ano, ele era diretor do Departamento de Segurança nos Estádios da Argentina e deixou o cargo por divergências políticas e resistência de cartolas em adotar medidas de segurança, como ter espectadores sentados nos estádios. Antes, no mesmo polêmico ano de 1998, ele teve de renunciar em meio a uma crise na Associação Argentina de Árbitros (AAA) que pressionava seus subordinados a dar menos advertências para os jogadores violentos. Os denunciantes voltaram atrás e ele terminou com a denúncia nas mãos e impropérios para todos os lados.

O contexto da briga envolve uma disputa entre a AAA e o Sindicato da categoria (Uafa), criado em 1988 com apoio da Associação de Futebol Argentino (AFA). Mas o enrosco se arrasta.




Maior que a bola
Se a tendência é mundial, é hora de uma ampla campanha de boicote aos ex-árbitros comentaristas? É tudo culpa dos milhões de câmeras e ângulos para repetir a mesma jogada, ou o problema é a falta de assunto decorrente da carência de craques capazes de jogadas dignas de nota?

terça-feira, setembro 23, 2008

Celular é mais perigoso que dirigir bêbado

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Um estudo publicado recentemente em Londres, na Inglaterra, comprova a tendência de criminalização exagerada da manguaça: segundo a pesquisa da RAC Foundation, em parceria com o Laboratório de Pesquisas do Trânsito (TRL, na sigla em inglês), a troca de torpedos pelo celular atrapalha muito mais os motoristas do que se estivessem sob o efeito de álcool ou drogas. Na análise de comportamento entre 17 motoristas com idade entre 18 e 24 anos, as reações dos motoristas foram 35% mais lentas quando dirigiam enquanto escreviam ou liam mensagens de texto pelo celular. Além disso, a capacidade de controle no volante foi prejudicada em 91% e a habilidade em manter a distância com relação aos outros carros também caiu.

Resultados de pesquisas anteriores haviam demonstrado que as reações ficavam cerca de 21% mais lentas entre motoristas que dirigiam sob o efeito da maconha e 12% mais lentas entre os motoristas que haviam bebido além do limite considerado legal na Grã-Bretanha. Nick Reed, pesquisador do TRL, afirma que a distração com o celular "resulta em uma diminuição na capacidade de reação e de controle do veículo que colocam o motorista em um risco maior do que se estivesse consumido álcool no limite legal para direção". Já o diretor da RAC Foundation, Stephen Glaister, observa que, na opinião da maioria dos participantes do estudo, dirigir bêbado era a prática mais perigosa no trânsito. "No entanto, os resultados mostram que o motorista que envia torpedos enquanto dirige é muito mais incapacitado do que aquele que bebeu além do limite legal de álcool", desmistifica.

E aí? Por que não aprovam uma "Lei Surda"? Os manguaças do mundo denunciam: isso é preconceito! E discriminação!

quinta-feira, setembro 18, 2008

Por que beber? - Eis a questão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Numa nova abordagem na campanha contra o alcoolismo, o Departamento de Saúde da Inglaterra definiu nove "tipos" mais comuns de manguaças. Para o governo inglês, é fundamental identificar as razões que levam ao abuso do álcool. A pesquisa foi feita com homens que bebem mais de 50 unidades semanais de álcool e mulheres que bebem pelo menos 35 - duas vezes acima do limite recomendado. Como já postamos aqui, uma unidade de álcool, para o governo da Inglaterra, equivale a um copo de cerveja ou vinho ou, alternativamente, meia dose de bebida destilada. Bom, é claro que classificar os manguaças em nove grupos sempre é mais um exercício de subjetividade do que outra coisa. Mas eu vi as categorias e me encaixei/ identifiquei em pelo menos três delas. Veja quais são:

1 - O deprimido: Está com a vida em um estado de crise - atravessando um período de dificuldade financeira, luto ou divórcio recente, por exemplo. Vê o álcool como uma forma de se reconfortar ou como uma automedicação para ajudar a lidar com as turbulências;

2 - O estressado: Leva uma vida sob pressão no trabalho, o que normalmente leva ao sentimento de não ter as coisas sob controle ou de estar sobrecarregado de responsabilidades. O álcool é uma forma de relaxar e de retomar a sensação de controle, ao traçar uma linha entre vida pessoal e profissional. Os parceiros normalmente reforçam este comportamento, ao preparar drinques para os bebedores;

3 - O "social": Têm uma agenda social carregada. O álcool é um meio de ligação que unifica a todos e os coloca em uma mesma sintonia;

4 - O conformista: Tipicamente, rapazes tradicionalistas que crêem que "homens vão ao bar todas as noites". O álcool faz parte do que definem como "meu momento". O bar é sua segunda casa, e eles se sentem aceitos e em casa neste ambiente;

5 - O bebedor comunitário: Bebe em grandes grupos sociais.
Motivações: Levado ao álcool pelo senso de comunidade criado pelo ambiente do bar. A bebida dá segurança e significado à vida, e age como meio social;

6 - O entediado: Tipicamente, mães solteiras ou mulheres recém-divorciadas, com vida social restrita. A bebida é uma companhia que substitui o casal. Beber marca o final do dia, talvez encerrando uma jornada de obrigações;

7 - O machão: Normalmente se sente subvalorizado, sem voz e frustrado em áreas importantes da vida. Seu lado bebedor é um alter-ego que gira em torno da sua capacidade de beber. A bebida é motivada pela necessidade constante de reafirmar sua masculinidade e seu status em relação a outras pessoas;

8 - O hedonista: Solteiros, divorciados ou com filhos crescidos. Beber em excesso é uma forma de expressar sua independência, liberdade e juventude para si mesmo. O álcool é usado para diminuir inibições;

9 - O quase dependente: Homens que moram "de fato" no bar - que, para eles, é quase o mesmo que a casa. Uma combinação de motivos, incluindo tédio, necessidade de se conformar e um senso de mal-estar existencial em suas vidas.


E então, você se encaixa/ indentifica em quantas categorias?

quinta-feira, agosto 28, 2008

Manguaça compra pedaço de bolo de 27 anos

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Fazendo um link com os comentários do post abaixo, sobre cervejas envelhecidas, a BBC noticia que um manguaça comprou, por mil libras (cerca de R$ 2,98 mil), uma fatia de um bolo (foto) preparado para o casamento de lady Diana Spencer com o príncipe Charles, na Inglaterra, em 1981. Chris Albury, da Casa de Leilões Dominic Winter, teve a delicadeza de observar que "o comprador provavelmente não adquiriu o bolo para comer". Ainda bem!

quarta-feira, junho 11, 2008

"Termina o prélio com o placar acusando 0 a 0"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Dando seqüência às postagens das locuções de jogos da Copa de 1958, com material da Rádio Panamericana de São Paulo, lançado na época em disco de vinil, trazemos hoje trechos da partida entre Brasil e Inglaterra, disputada em 11 de junho daquele ano. O empate, único da campanha brasileira na Suécia, deixou em nossa torcida uma impressão de dever não totalmente cumprido. Afinal, os ingleses são os inventores do futebol e não vencer o arrogante English Team foi uma espécie de caroço na garganta do "complexo de vira-latas" tupiniquim.

Tanto que, em maio de 1959, a Inglaterra veio ao Maracanã para uma espécie de "amistoso-desagravo", como se o título mundial do ano anterior precisasse da chancela de uma vitória sobre eles - o que de fato ocorreu, 2 a 0, com uma atuação estupenda de Julinho Botelho, que entrou em campo sob vaia monumental, por estar substituindo Garrincha, e, depois de dar o passe para o primeiro gol e marcar o segundo, foi aplaudido de pé pelas milhares de pessoas que lotavam o estádio.

No zero a zero de junho de 1958 o Brasil também dominou o jogo, mas perdeu várias chances claras de gol, principalmente com o centroavante Mazola (titular até então). Num programa de 1974 que a TV Cultura reprisou outro dia, o próprio técnico Vicente Feola revelava que Mazola perdeu lugar no time nessa partida. Consta que sua contratação pelo Milan foi selada durante a Copa, deixando o então palmeirense, de 19 anos, meio "desligado".

Autor de dois gols contra a Áustria, na estréia, Mazola ainda teria outra chance contra o País de Gales, nas quartas-de-final, pois Vavá havia se contundido contra a União Soviética. O incrível é que, nesse jogo, ele marcou um golaço de meia-bicicleta (ou "puxeta"), da altura da meia-lua, mas o juiz anulou inexplicavelmente. Acabava a Copa para Mazola, que, além do Milan, jogou pelo Napoli, Juventus e os suiços Chiasso e Mendrisio Star. Já naturazilado e rebatizado como Altafini, disputaria a Copa de 1962 pela Itália.

Sobre o confronto com a Inglaterra na Copa da Suécia, vale destacar também que o goleiro McDonald (na foto acima, tirando bola da cabeça de Vavá) teve brilhante atuação contra os brasileiros, bem como Gilmar dos Santos Neves em nossa retaguarda. Ouça abaixo trechos do empate sem gols no jogo disputado há exatos 50 anos na Suécia. Curioso é que, das cinco Copas que ganhamos, cruzamos com a Inglaterra em quatro delas: 1958 (0x0), 1962 (3x1), 1970 (1x0) e 2002 (2x1). Freguesia é isso aí...


Se não abrir, clique aqui.

Abaixo, a ficha técnica.

BRASIL 0 X 0 INGLATERRA

Data: 11/junho/1958
Local: Nya Ullevi, em Gotemburgo;
Árbitro: Albert Dusch (ALE);

BRASIL: Gilmar; De Sordi, Bellini, Orlando e Nílton Santos; Dino Sani e Didi; Joel, Mazola, Vavá e Zagallo. Técnico: Vicente Feola;

INGLATERRA: McDonald; Howe e Banks; Clamp, Wright e Slater; Douglas, Robson, Kevan, Haynes e A'Court. Técnico: Walter Winterbottom.



Trabalhando para o jornal TodoDia, de Americana (SP), entrevistei Mazola em1997, em Piracicaba (sua terra natal), num jogo festivo na Goodyear

terça-feira, maio 20, 2008

Se a França tem "lei seca", Inglaterra "ensina" a beber

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Enquanto a França tenta acabar com o happy hour, os ingleses, seus vizinhos e desafetos históricos, acabam de lançar uma campanha de 6 milhões de libras (quase R$ 20 milhões) para informar os consumidores sobre os limites de álcool e quantas "unidades" estão contidas nas bebidas mais comuns. "O tamanho dos copos aumentou e o teor alcoólico de muitos vinhos e cervejas também, então, não é surpresa que as pessoas estejam perdendo a conta do consumo de álcool", alerta Dawn Primarolo, secretária para Saúde Pública.

Uma pesquisa, encomendada pelo Departamento de Saúde para coincidir com o lançamento da campanha, concluiu que mais de um terço não conhecia o limite diário recomendado - de duas a três unidades alcoólicas para mulheres e três a quatro para homens. Três quartos dos consumidores entrevistados não sabiam, por exemplo, que um típico copo de vinho contém três unidades. O estudo entrevistou 1.429 manguaças.

Mais da metade deles (55%) acreditava que um copo de vinho representava duas unidades, quando na verdade corresponde a três; 58% não sabiam que um gin e tônica duplo corresponde a duas unidades e mais de um terço (35%) não sabia que um copo padrão de cerveja vendido nos bares (um pint de 570 ml), contém mais de duas unidades, podendo chegar a três. Além das unidades alcoólicas de cada bebida, a campanha informa os efeitos do abuso de álcool sobre a saúde (veja ilustração da campanha acima).

Um aspecto interessante dessa campanha inglesa é que o objetivo é informar o número de unidades das bebidas sem fazer julgamentos, permitindo que os consumidores tomem suas próprias decisões.

E aí? Lei seca ou disciplina por unidades alcoólicas?

sexta-feira, agosto 18, 2006

Dança com porco morto e enfurece ativistas

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Ativistas de direitos dos animais descreveram como "doentia" a performance artística envolvendo uma mulher nua embalando um porco morto durante quatro horas, em Londres, Inglaterra. O show de Kira O'Reilly, chamada "Inthewrongplaceness", será apresentado na galeria de arte Newlyn, em Penzance, na sexta-feira.

Uma porta-voz da organização Palmeirenses em Defesa do Tratamento Ético dos Animais (Peta, na sigla em inglês) chamou a performance de "doentia". "Como a senhorita O'Reilly parece depender do choque de usar um porco assassinado como acessório, talvez a falta de talento para atuar como uma artista respeitável possa sugerir que ela deveria arrumar um emprego diário em vez disso, para pagar as contas", declarou a porta-voz. "Crueldade não é entretenimento".

No website da galeria (www.newlynartgallery.co.uk), O'Reilly chama a performance de "uma dança lenta e esmagadora com um porco, para um pessoa por vez". "O trabalho me deixou com uma tendência à porquice, fantasias inesperadas de fusão e metamorfose entre espécies começaram a bruxulear em minha consciência".