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Das paixões, daquelas de vida inteira, poucas vão aumentado no dia cada dia mais velho. Tempo sem jeito, com alento de ouvir Tom.
Das paixões, daquelas de vida inteira, poucas vão aumentado no dia cada dia mais velho. Tempo sem jeito, com alento de ouvir Tom.
O Programa das Nações Unidas para o Meio-Ambiente (Pnuma) anunciou nesta segunda-feira, 7, um acordo com 17 seleções participantes da Copa do Mundo de 2010. Metade mais uma das representações nacionais topou plantar árvores para sequestrar o dióxido de carbono e outros gases causadores de efeito estufa produzidos por suas comitivas.
A principal fonte de emissões é o transporte. As viagens internacionais de espectadores e das equipes devem contribuir com dois terços (67%) do total previsto para a Copa. A estimativa é de 1,6 milhões de toneladas, cuja participação das equipes equivale a 13 mil toneladas.
Sérvia, Uruguai e Coreia do Sul prometeram zerar as emissões, compensando os gases que escaparem. África do Sul, Argentina, Brasil, Camarões, Chile, Costa do Marfim, Estados Unidos, Grécia, Inglaterra, Itália, Japão, Holanda, Nova Zelândia e Nigéria apoiam a ideia e só não sabem ainda como resolver a questão.
O grupo com mais seleções compensadoras de CO2 é o B, que tem a Argentina como cabeça de chave. Todas as seleções estão dispostas a neutralizar seu carbono. Depois, vem o E, da Holanda. Apenas a Dinamarca – cuja capital sedia a 15ª Conferência das Partes (COP-15) até 18 de dezembro – fogem à regra ecologica e politicamente correta.
Com menos seleções aderentes à proposta estão o D e H. Espanha, Honduras e Suíça deixam, até agora, o Chile sozinho na compensação de carbono emitido. Situação parecida, até agora, ocorre com a Sérvia, já que Alemanha, Austrália e Gana fingem que não é com eles.
O Pnuma ainda tenta convencer o resto da turma a participar.
Um outro acordo foi feito entre o Pnuma e a ONG GEF para reduzir o impacto ambiental do mundial em seis cidades sede no longo prazo. São placas com células fotovoltáicas (energia solar), lâmpadas mais eficientes etc. Um financiamento de U$ 1 milhão será usado para isso.
Confira os neutralizados por grupo:
Grupo A
África do Sul
Uruguai
México
França
Grupo B - o mais neutralizado
Argentina
Nigéria
Coreia do Sul
Grécia
Grupo C
Inglaterra
Estados Unidos
Argélia
Eslovênia
Grupo D - os mais desencanados
Sérvia
Alemanha
Austrália
Gana
Grupo E
Holanda
Japão
Camarões
Dinamarca
Grupo F
Itália
Nova Zelândia
Paraguai
Eslováquia
Grupo G
Brasil
Costa do Marfim
Coreia do Norte
Portugal
Grupo H - os mais desencanados
Chile
Espanha
Suíça
Honduras
Foto: Divulgação/Seind
E quem disse que o São Paulo não foi campeão no domingo? Ao menos na primeira Copa Indígena de Futebol do Amazonas deu São Paulo de Olivença, que na final disputada neste domingo, 6, ganhou por 1 x 0 do Autazes. O gol marcado pelo atacante Evanir, logo aos 7 min do 1º tempo, no Estádio Vivaldo Lima, o Vivaldão, em Manaus (AM).
Evanir agora é conhecido como o último jogador a marcar gol no estádio Vivaldão, que será demolido para a construção de uma nova arena para a Copa do Mundo de 2014. Apesar da derrota, o goleiro Alberney Mura, do Autazes, foi o menos vazado da competição, em seis partidas disputadas ele sofreu apenas um gol, o da partida final. Já o artilheiro da Copa Indígena de Futebol foi o atacante César Silva, do time Barreirinha, com sete gols. Barrerinha aliás ficou com o terceiro lugar da competição, após golear o Benjamin Constant por 10 a 3.
Eu escrevi 10 a 3.
Os jogadores do São Paulo de Olivença receberam R$ 2 mil de premiação. Os atletas que ficaram com a segunda colocação vão receber R$ 1 mil.
Agora cedo, fui assistir ao vídeo da confusão no Couto Pereira. Torcedores do Coritiba, revoltados com a queda para a segunda divisão após o empate com o Fluminense, invadiram o gramado, entraram em confronto com os policiais militares – que, dentro do gramado, ficaram completamente na defensiva – e destruíram bancos de reservas, placas de publicidade e o que viram pela frente. Além da queda para a série B, o clube tem agora de lidar com os prejuízos. Para piorar, um torcedor do time foi baleado e outras nove pessoas ficaram feridas, das quais três ainda estão internadas.
Foto: Reprodução
Mas teve uma coisa que conseguiu chamar mais minha atenção do que as imagens, foi a publicidade inserida nos vídeos do campeonato no GloboEsporte na internet. Para um anúncio do SportTV, surge uma mensagem no canto esquerdo:
PublicidadeO anúncio faz uma brincadeira com os destaques da competição, tratando-os como incendiários, por usarem "artilharia pesada" e outros trocadilhos com metáforas-chavão comumente usadas em transmissões esportivas.
O Brasileirão 2009 pegou fogo
Hoje, além da última rodada do Brasileirão atual, encerrou-se uma década de futebol brasileiro. A década em que, seguramente - e falo sem ironia - o futebol nacional mais se mostrou sério. Afinal, depois da pataquada da João Havelange em 2000, chegamos a 10 Campeonatos Brasileiros consecutivos sem uma virada de mesa sequer. Quem caiu, foi rebaixado e jogou à Segunda Divisão, voltando para a elite (ou não) dentro de campo. E tudo isso é muito bom.
Com 10 anos também se pode fazer análises mais precisas sobre o desempenho dos clubes. Ver quem foi bem, quem foi "fogo de palha" e quem se sustentou como referência no futebol.
O Futepoca fez um levantamento com o "pódio" dos Campeonatos Brasileiros de 2000 pra cá. Com a listagem dos primeiros, segundos e terceiros colocados de cada edição elaboramos dois rankings, com os seguintes critérios: o primeiro, para continuar o espírito levantado pela palavra pódio, é o Olímpico - nele, uma única medalha de ouro vale mais que milhares de medalhas de prata, a mesma coisa valendo para a combinação de pratas e bronzes. E outro critério tem como inspiração uma referência cultural aos jovens da minha geração, o jogo Jogos de Verão, do Master System. Nele, para se definir a classificação final dos competidores após o término das provas, se adotava o seguinte critério: o primeiro lugar em cada prova rendia cinco pontos, o segundo três, e o terceiro apenas um. Aí se fazia a somatória dos pontos para se chegar à tabela definitiva.
Antes dos rankings, só a citação rápida de todos os pódios. Respectivamente, primeiro, segundo e terceiro colocados. 2000: Vasco, São Caetano, Cruzeiro; 2001: Atlético-PR, São Caetano, Fluminense; 2002: Santos, Corinthians, Grêmio; 2003: Cruzeiro, Santos, São Paulo; 2004: Santos, Atlético-PR, São Paulo; 2005: Corinthians, Internacional, Goiás; 2006: São Paulo, Internacional, Grêmio; 2007: São Paulo, Santos, Flamengo; 2008: São Paulo, Grêmio, Cruzeiro; 2009: Flamengo, Internacional, São Paulo.
Critério Olímpico:
Critério "Jogos de Verão":
Agora, um pouco de reflexão sobre os números encontrados.
Natural a ponta do São Paulo em ambos os critérios. Por pouco que o Tricolor não dispara ainda mais nestre 2009, já que passou perto de levantar a taça mais uma vez. E o segundo lugar é do Santos - confirmando que a relação "boa administração" e "bom desempenho em pontos corridos" não é tão precisa quanto se fala.
Mais relevantes são as ausências. Do grupo dos 12 times mais geralmente considerados grandes, não figuram na lista Atlético-MG, Botafogo e o Palmeiras. Também não há nenhum nordestino - o "bronze" solitário do Goiás é a única consagração de um time de fora do eixo Sul-Sudeste.
E quais as reflexões de vocês a respeito?
Foi emocionante, ora o Flamengo era campeão, ora o Internacional. Mas a vitória – mais do que esperada – do rubro-negro (sem o Grêmio entregar, apesar do time reserva que jogou com mais vontade do que jogaria o titular), traz algumas novidades para um futebol brasileiro que vinha se acostumando a uma certa mesmice nesse era de pontos corridos. Não só quebra a hegemonia DO São Paulo no campeonato, como também a DE São Paulo. Isso porque desde 2004 o título sempre ficava nas mãos de um paulista, o que não aconteceu agora.
Além disso, desta feita ocorreu algo inédito desde 1992. É a primeira vez que um time paulista não fica entre os dois primeiros. A última oportunidade em que isso tinha ocorrido foi justamente na final entre Flamengo e Botafogo, há 17 anos.
Isso significa o fim da tal hegemonia paulista? Não, até porque no Brasileirão de 2010 teremos um time sem tradição como o Barueri, e outro paulista, por enquanto o Guarani (pode ser que seja a Portuguesa conforme a Justiça Desportiva), na dita elite do futebol. Uma sobre-representação que faz mal ao futebol, mas também deixa evidente o tamanho das desigualdades regionais que parecem mais pétreas no mundo da bola do que no resto da sociedade. Isso por conta, em grande parte, da distribuição grotesca de direitos televisivos que pune os pequenos, médios e até mesmo alguns grandes.
Já que o modelo de pontos corridos foi feito para se adequar ao estilo europeu, justo seria que a distribuição de recursos vindos dos direitos de televisão também o seguisse, certo? Errado, por conta do monopólio de uma rede de TV e de alguns clubes que não querem abrir mão de seus privilégios.
Assim, em um campeonato de pontos corridos, os pequenos vão sendo mais afetados, sujeitos a malas brancas e de outras cores e não tendo chances de competir nem sequer perto de qualquer igualdade com os grandes. Claro que no futebol sempre haverá quem tenha mais valor de marca e quem tenha menos, e isso se reflete no valor dos patrocínios individuais e mesmo na negociação de jogadores para fora, mas já que os pontos corridos são um modelo europeu, olhem para a Europa no quesito direitos de transmissão e vejam como é lá. Ou vamos continuar com nossa fórmula jabuticaba e conviver com a força da grana sendo preponderante. E torcer para que a incompetência de quem tem mais recursos equilibre o campeonato, como ocorreu em 2009.
As eleições do Santos, ontem, foram diferentes. Diferentes do que se via nos pleitos anteriores na Vila, diferentes do que, acho, acontece nas eleições de clubes no Brasil.
Foram mais de 3 mil votos. Um recorde - historicamente, esse patamar gira em torno dos 2.500, 2.400. Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, da oposição, teve 1.882 votos; Marcelo Teixeira, que tentava emplacar 11 anos consecutivos na presidência, teve 1.129.
A derrota de Teixeira, que soava como impossível há poucos meses, começou a se mostrar viável com a mobilização que se fazia em torno da Vila antes da eleição. Muitas faixas e cartazes pediam a reeleição de Teixeira - incluindo termos como "vote Teixeira para que o Santos continue sendo dirigido de Santos". Mas a mobilização viva, das pessoas, estava a favor de Luís Álvaro.
Acabou agora o sorteio dos Grupos da Copa 2010.
O Brasil enfrenta a Coreia do Norte, depois Costa do Marfim e, finalmente, Portugal. Tá fácil? Costa do Marfim deve ser difícil. Contra Portugal, que se repita o último confronto, 6 a 2.
O risco não é o de ter o Cícero Pompeu de Toledo invadido por agricultores sem-terra. Porque se isso acontecer, a sentença de reintegração de posse seria imediata.
O risco que o São Paulo corre é com a presença do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) no jogo entre o time da casa e o Sport de Recife, pela última rodada do Brasileirão. Se ele funcionar como José Serra para o Palmeiras e para Rubens Barrichello, as notícias serão ruins para os lados tricolores.
Como acumula a função de presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ele vai dar o pontapé inicial programa Começar de Novo, que prevê a reinserção social de presos e egressos do sistema carcerário, por meio da capacitação e da abertura de oportunidades de trabalho.
Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil
Gilmar Mendes, presidente do STF e do CNJ, copia a
coreografia dos atletas de Cristo
É uma parceria entre o CNJ e o Clube dos 13, que deve ser assinada na terça-feira, 8. A iniciativa faz parte do mesmo esforço que motivou os mutirões carcerários por todo país
Mas há uma esperança. No Maracanã, para ver Flamengo e Grêmio, conselheiro Nelson Tomaz Braga – presença mais inofensiva – faz papel semelhante.
O vereador professor Galdino (PSDB) é categórico: "Se fosse contra o candidato do Lula, nem Barack Obama, com a atuação que ele fez nos Estados Unidos, ganharia". O cenário hipotético inclui um ano de 2010 que começaria com a exibição do filme Lula, o filho do Brasil em 500 salas de cinema de todo país.
Para garantir que a disputa presidencial não seja "desleal" e que haja igualdade de oportunidades para os candidatos – quer dizer, para dar chances à oposição – seria necessário barrar a exibição do longa-metragem de Fábio Barreto.
Mas calma, gente! Não é censura, porque seria só até outubro, depois da eleição. "É desleal passar no decorrer deste ano, porque encrustra na cabeça das pessoas desinformadas porque vão pegar através da emoção esse filme", explica.
Foto: Divulgação
Segundo os assessores do mandato, os advogados que analisam o caso acreditam que a ação judicial é possível, desde que sejam apontados os trechos e cenas em que o caráter eleitoreiro fique explícito. A reunião com os juristas deve ocorrer nesta sexta-feira (4).
Ele acredita que Curitiba se tornaria um exemplo para o país, que seguiria a ideia de barrar o filme até depois das eleições.
O vereador parece acreditar firmemente na visão da Veja sobre a maior produção – em termos de recursos captados – do cinema nacional.
Falando em Veja
Deu no blogue do Nassif. O músico Toninho Cruz relata que foi gravar um especial acústico com Zeze di Camargo e Luciano para a Veja Online. Para a surpresa geral, a trilha sonora do filme, "Meu primeiro amor", foi vetada. O diretor do programa disse – sabe-se lá se com ironia, vontade de agradar o patrão ou medo mesmo – disse que poderia perder o emprego.
Será que estão dando importância demais ao filme?
Aos 44 minutos do jogo de ontem entre Fluminense e LDU, o comentarista Neto, da Band, disse: "a torcida do Fluminense tem que aplaudir de pé esse time! Mostrou raça, dedicação, lutou até o final, por pouco não conseguiu e...".
Neto tem razão quanto ao empenho dos tricolores - tanto jogadores quanto torcedores - na noite de ontem. Os últimos, apesar de alguns incompreensíveis espaços vazios no Maracanã, deram um belíssimo show, lançando mão, entre outras coisas, de um grande mosaico que felizmente tem se tornado tradição nas torcidas brasileiras (aí, Jovem, que tal fazer na Vila?).
A sorte quase está lançada. A Fifa anunciou hoje os cabeças-de-chave e os potes que farão parte do sorteio da Copa do Mundo de 2010. Os sete primeiros colocados no ranking da Fifa (entenda melhor como funciona o ranking aqui) no mês de outubro são os mandantes de grupo, mais a anfitriã África do Sul. Assim os quatro potes ficaram distribuídos dessa forma:
Pote 1 - cabeças-de-chave: Brasil, Espanha, Itália, Alemanha, Argentina, Inglaterra, Holanda, África do Sul (país-sede).
Pote 2 - (Ásia, Oceania e Concacaf): Austrália, Japão, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Honduras, México, Estados Unidos, Nova Zelândia.
Pote 3 - (África e América do Sul): Chile, Paraguai, Uruguai, Nigéria, Camarões, Costa do Marfim, Gana, Argélia.
Pote 4 - (Europa): Dinamarca, França, Grécia, Sérvia, Portugal, Eslovênia, Eslováquia, Suíça.
De cada pote sai um participante para formar cada um dos oito grupos da Copa. Nessa primeira fase, seleções do mesmo continente não podem ficar no mesmo grupo, à óbvia exceção dos europeus. O sorteio será na sexta-feira, às 15h de Brasília.
Mas desde já podemos especular qual seria o grupo da morte para a Argentina, que teve a sorte de cair, nas últimas duas edições do Mundial, na chave mais difícil. Pra quem não lembra, em 2002, o grupo dos hermanos tinha Inglaterra, Suécia (as duas classificadas para as oitavas) e Nigéria. Já em 2006 os argentinos se saíram melhor e avançaram mesmo tendo caído no mesmo grupo de Holanda, Costa do Marfim e da decepcionante Sérvia e Montenegro.
Mas, nessa edição, qual seria um grupo da morte para os nosso vizinhos? No pote 2, apesar de ter passado dificuldades nas eliminatórias, o México é sempre um time de tradição e costuma complicar a vida dos vizinhos. Na última Copa, por exemplo, só foram eliminados pela Argentina na prorrogação. Ou será que um futebol mais veloz, como o da Coreia do Sul, seria pior para os portenhos?
Já no pote 3, eliminem-se os sulamericanos. A disputa seria com um dos africanos e aí temos seleções fortes como Camarões, vice da Copa Africana e que tem o astro Samuel Eto'o (foto). O time também traz boas lembranças aos amantes do futebol, que não se esquecem da participação da equipe em 1990, com a "arma secreta" Roger Milla. Já Costa do Marfim tem jogadores que brilham em grandes times europeus como Drogba e Kalou (Chelsea), Kolo Touré e Eboué (Arsenal) e Yaya Touré (Barcelona). Não avançaram no grupo da morte em 2006, mas, mais experientes, podem ter destino melhor em 2010.
O pote 4 tem pelo menos duas seleções que fariam jogos fantásticos contra a Argentina. Portugal, de Cristiano Ronaldo, seleção que quase chegou lá em 2006, seria sem dúvida uma pedreira. E o embate teria um gostinho especial para os naturalizados Liédson, Deco e Pepe. Já a polêmica França, finalista em 2006, é um adversário pra lá de respeitável mesmo sem Zidane. E imaginem só se os deuses da bola fizessem com que a Argentina fosse desclassificada com um golzinho de mão dos companheiros franceses...
E aí, qual o seu grupo da morte ideal para a Argentina?
Em tempo 1: apesar da troça, torço por sulamericanos em Copa do Mundo. Até mesmo para a Argentina (nesse caso específico, não com tanto gosto...).
Em tempo 2: se esses times caírem com o Brasil e a seleção fizer parte do grupo da morte, não culpem esse escriba secador.
O Futepoca é bom de mesa de bar e melhor ainda de ouvir histórias sem sentido. Conheça as melhores histórias sobre por que o Brasileirão 2009 tem mais sobe e desce que vida de ascensorista às 18h de sexta-feira.
São Paulo, DEM e o foco
Para tirar holofotes do governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, cujas denúncias contra si são claras e fortes, e sugerem um esquema de corrupção amplo, antigo e complexo, o São Paulo Futebol Clube teve que bagunçar o coreto (como já diriam nossas avós). São conhecidos os elos entre a diretoria tricolor e o DEM, além de ser o partido de Marco Aurélio Cunha, vereador da capital, o prefeito Gilberto Kassab foi homenageado pela diretoria em evento que constrangeu são-paulinos de esquerda.
Por isso, diante dos supostos apelos da executiva do partido, teria sido necessário entregar o jogo para tirar os holofotes do escândalo de corrupção. É o futebol se submetendo à política.
Quase plausível, né?
Muricy é agente infiltrado
Segundo um palmeirense manguaça me garantiu, a demissão de Muricy Ramalho pelo São Paulo e sua posterior contratação pelo Palmeiras nada teve a ver com o até então fraco desempenho Tricolor e com a desgovernada ação de Vanderlei Luxemburgo. Tudo não passou de uma estratégia armada nos domínios do Cícero Pompeu de Toledo para minar as forças alviverdes no Brasileirão.
Muricy receberia, ainda segunda a ébria e nada confiável fonte, do ex-clube para tumultuar as coisas no Palestra Itália e deu no que deu. Claro, faz todo sentido.
Os cariocas sempre conspiram
Do tradicional bairrismo paulista de ver tudo no futebol contra o estado de São Paulo, vem a teoria da conspiração eterna pró-Rio de Janeiro. Tudo começou com a escalada do Flamengo pelo título, do Fluminense contra a degola, incluindo a volta do Vasco. Tem a partida entre rubro-negros e o Corinthians com supostos erros de arbitragem e o apito do Carlos Eugênio Simon pró-Fluminense e contra o Obina. Há ainda o interesse da Globo em prejudicar o Palmeiras e o São Paulo com arbitragens e decisões da Justiça Desportiva. Porque, segundo corintianos, tanto o STJD quanto a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) têm interesse em fazer do Flamengo o campeão. Os indícios passam por suspensões de jogadores do São Paulo e pela retirada da partida entre Corinthians e o agora líder do Pacaembu.
As variações da teoria só não explicam como o Botafogo pode estar também na zona do agrião. Mas conspiração não precisa explicar tudo.
Tirar o brilho do Vasco
Essa está num Fórum de Vale Tudo (o esporte ou luta). O São Paulo só perdeu para o Flamengo para tirar o brilho da volta do Vasco à Série A. Com o rubro-negro na liderança a uma rodada de ser campeão, toda mídia seria ganha pelo carioca que desfruta da taça da elite. Será que o Eurico Miranda estaria envolvido nessa ou é muito coisa de antivascaínos?
E tem a sua
Qual é a sua teoria para explicar porque o futebol brasileiro vem oferecendo tantas emoções?
Caso o Flamengo vença o Campeonato Brasileiro no domingo, além de finalizar uma hegemonia paulista de cinco anos e derrubar um jejum que os rubro-negros ostentam desde 1992, terá fim mais um tabu relacionado ao Nacional (ao menos desde 1971, a "era moderna" do certame): Andrade, comandante flamenguista, será o primeiro técnico negro campeão brasileiro.
Na penúltima rodada, quando a hipótese de título havia sido perdida por sucessivas derrotas na reta final, o Palmeiras voltou a vencer. Contra o Atlético-MG, no Palestra Itália, fez 3 a 1, com direito a um golaço de Diego Souza do meio de campo, de primeira, em uma rebatida de dividida.
Para a última rodada, o Palmeiras precisa pelo menos empatar para se classificar para a Libertadores. Mas o Botafogo precisaria vencer para se livrar do rebaixamento, além de torcer para que o Coritiba ou o Fluminense tropecem. É que o Atlético-PR venceu a Estrela Solitária, se livrou do risco de queda e deixou o rival em situação complicada.
O jogo
Com Diego Souza de volta ao ataque, agora ao lado de Vagner Love, a situação foi melhor. O time conseguiu superar as ausências de Maurício e Obina, demitidos, e Pierre e Armero (suspensos). Cleiton Xavier, de volta, ajudou.
Aliás, foi do camisa 10 o primeiro gol, a um minuto de jogo. O empate veio com Diego Tardelli, aos 12. Apenas quatro minutos depois, Vagner Love dividiu com o goleiro Carini na entrada da área. A bola foi isolada para o alto e caiu no meio do campo, nos pés de Diego Souza que emendou de primeira. O esférico viajou, viajou, viajou e foi dormir nas redes. Um lance que não acontece todos os dias. Vagner Love daria números finais ao jogo ainda no primeiro tempo.
O Galo criou chances, deu trabalho a Marcos. A segunda etapa foi mais morna e as atenções estavam no jogo entre São Paulo e Goiás.
Se tivesse tido esse tipo de sorte em rodadas anteriores, o Palmeiras não estaria apenas sonhando com improváveis combinações de resultado e temendo até encontrar problemas para se classificar para a Libertadores. Também facilitaria se tivesse apresentado a vontade e a qualidade que teve hoje.
Bora para a última rodada ver o que vai sair.
Acabou neste sábado a Série B de 2009. Na prática, a última rodada definia somente o último dos quatro rebaixados, já que os classificados para a Série A e três dos que foram para a Série C já eram conhecidos. O Juventude, rebaixado para segunda divisão em 2007, perdeu para o Guarani em Campinas por 2 a 1 e vai disputar a Terceirona em 2010 junto com ABC (o lanterna), Campinense e Fortaleza.
O Vasco, campeão da Segundona, mandou quase o time todo reserva para Ipatinga e perdeu para a equipe da casa, que lutava para fugir do rebaixamento. O Guarani ultrapassou o Ceará e ficou com o vice, com o Atlético-GO na quarta posição. Os goianos vão disputar a primeira divisão 23 anos depois de sua última participação na Série A.
A política do cerrado e o "time de aluguel" de Campinas
O Atlético-GO é um desses casos curiosos de ascensão meteórica. Depois de quase ter seu estádio demolido para a construção de um shopping em 2001, conseguiu vencer a segunda divisão estadual em 2005 e no ano seguinte já disputava a final do campeonato goiano, ficando com o título em 2007. Em 2008, foi campeão da Série C e agora chega à elite do futebol brasileiro.
A turbulência para o Dragão do cerrado se manter na Série A pode vir de fora das quatro linhas. O presidente do clube, Valdivino de Oliveira, é também secretário de Fazenda do governo do Distrito Federal, que está lidando com um rotundo escândalo que pode resultar no impeachment de José Roberto Arruda. O cenário pode complicar ainda mais nos próximos dias e Juca Kfouri já cantou a bola.
Outro clube que conseguiu um acesso duplo foi o Guarani. Curioso que, no meio dos acessos para a Série B e a A, o Bugre caiu para a segunda divisão do Paulista. Nada mais exemplar do cenário caótico do futebol daqui. Do time que caiu na partida contra o Bragantino, apenas um jogador, o reserva Dairo, participou também do jogo contra o Bahia, que decretou a volta do Guarani à Série A. Uma equipe totalmente reformulada, com a batuta do técnico Vadão, que recomendou a contratação de muitos atletas que disputaram o Paulista em equipes que disputariam a Série C e D no segundo semestre.
Como vai disputar a segunda divisão do Paulista, as chances de manter os atletas é quase zero. Segundo as palavras do próprio Vadão, "atualmente o Guarani é um time de aluguel. Contratamos para esta temporada cerca de 27 atletas que, na sua maioria, pertencem a empresários ou empresas, interessados em lucrar no final do ano. Então, com a bela campanha nesta Série B, dificilmente eles ficarão aqui em 2010", afirmou à ESPN Brasil. Ou seja, o Bugre vai montar uma equipe para o primeiro semestre do ano que vem e outra, substancialmente distinta, para o segundo semestre. E pobre do treinador que tem que lidar com isso...
A volta de PC Gusmão
Já o Ceará, o popular Vozão ou Vovô, comemora o acesso e também o rebaixamento do rival. E se tem alguém com crédito na campanha é PC Gusmão. Ele assumiu a equipe na quarta rodada, no lugar de Zé Teodoro, com a equipe na zona do rebaixamento. Ficou três partidas sem vencer, chegou à lanterna e daí começou a reação que levou o Ceará ao G-4 ainda no primeiro turno. Agora, o treinador já é cotado como provável substituto de Dorival Junior em São Januário.
Quanto ao Vasco, a campanha foi razoavelmente tranqüila. Embora o time tenha terminado com nove pontos a menos que o Corinthians, campeão do ano passado, pode-se dizer que o campeonato de 2009 foi mais equilibrado, já que não tinha uma “baba” como o CRB, que terminou na lanterna com 24 pontos, 11 a menos que o ABC, lanterna dessa edição. O Barueri, com a pontuação de 2008 também não se garantiria no G-4 de 2009.
Como já é hábito entre os times grandes que caem, a torcida foi um diferencial na trajetória vascaína. A média foi de 25.730 por partida, maior que a do Timão do ano passado, mas menor que a do Santa Cruz em 2007 e que a do Atlético-MG em 2006. A média de público desse ano, sem contar o da última rodada, foi maior que a de 2008: 6.571 contra 6.291.
O público vexatório do Duque de Caxias
A média poderia até ter sido maior se não fossem Bragantino (725 pagantes por mando de jogo), Ipatinga (1.024), São Caetano (1.310) e do Duque de Caxias (1.683). No caso do time carioca, dois fatos a destacar: a média só não é a pior da Série B por conta do jogo contra o Vasco, realizado no Maracanã. No resto do campeonato, pelo estádio onde costuma mandar as partidas não ter a capacidade mínima exigida pela CBF, foi mandante em Mesquita e em Volta Redonda. Todos os jogos com públicos pífios.
Na sexta-feira, entretanto, uma verdadeira façanha do Duque em Volta Redonda, na vitória por 4 a 1 contra a Ponte Preta: cinco pagantes assistiram à partida. Isso mesmo, cinco testemunhas, o pior público da história da Série B. Se o regulamento permitisse alguma flexibilidade na questão da capacidade mínima, a equipe poderia ter jogado em casa e ter uma média um pouco melhor do que teve. Mas pedir racionalidade pra cartola às vezes é difícil...
Leia mais sobre a Série B no Série Brasil.
Imagine alguém assinar um artigo, texto, seja que nome isso tem, dizendo que ouviu Otávio Frias Filho, o dono da Folha de S.Paulo, numa mesa de bar dizer que teve relações homossexuais na USP quando estudante ou que gostasse de cheirar cocaína em fechamento do jornal...
Agora ouvi conversa: a cervejaria escocesa BrewDog criou o que considera ser "a cerveja mais forte do mundo", a Tactical Nuclear Penguin, com 32% de teor alcoólico - resultado de um processo de produção de 16 meses. No blog da cervejaria, o diretor James Watt alerta que a bebida deve ser consumida em pequenas quantidades, como o uísque. O anúncio de lançamento indica que apenas 500 garrafas de 330 ml foram produzidas (metade será vendida por 35 libras e as demais custarão 250 libras, com direito a uma participação na empresa). Curioso é que, em julho, quando a BrewDog lançou no mercado britânico a Tokyo*, com 18,2% de teor alcoólico, e foi duramente criticada por instituições de combate ao alcoolismo, justificou dizendo que essas cervejas mais fortes vão ajudar a combater a cultura do consumo rápido de grandes quantidades de bebida. Definitivamente, eles subestimam a sede e o fígado dos futepoquenses...
Ps.: Aliás, falando em cervejas britânicas, escrevi esse post degustando uma garrafa da inglesa Christmas Ale, da cervejaria Shepherd Neame, a mesma produtora de outras duas marcas já comentadas por mim neste espaço. Não chega ao exagero de álcool da nova bebida escocesa, mas tem 7%, bem mais que as brasileiras. O que posso dizer é que nunca bebi uma cerveja tão amarga. Tem gosto muito forte de chope e coloração de caramelo. O engraçado é que faz tanto frio aqui em Dublin que tirei a cerveja da prateleira, no supermercado, e, quando cheguei em casa, não precisei botar na geladeira. Tava no ponto. Um brinde!