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Tem gente que deve achar bonito contribuir pro Festival de Besteiras que Assola o País, o famoso Febeapá. O choramingão Carlos Augusto Montenegro, diretor do Ibope e vice de futebol do Botafogo, é uma verdadeira fábrica de aspas para jornalistas sem pauta. Desde o fato que mídia convencionou chamar de "erros bárbaros" (sic) de Ana Paula de Oliveira, o douto vem falando uma pérola atrás da outra em uma seqüência que faria corar o saudoso (pra quem?) Vicente Matheus.
O dirigente atingiu o auge quando apelou ao machismo sem qualquer tipo de constrangimento. Disse o cidadão, segundo relato da Gazeta Esportiva: “A voz do povo é a voz de Deus (Ana Paula foi ofendida pela torcida do Botafogo, pela lógica, Deus torce sempre pro time da casa). Se ela tivesse errado uma vez acreditaria que é porque é ruim. Mas como foi duas vezes, digo que é mal-intencionada. Talvez estivesse naqueles dias (grifo meu pelo absurdo). O Figueirense não contou com o zagueiro Chicão (suspenso), mas teve a Ana Paula em seu lugar. Ela nos proporcionou um prejuízo de R$ 2,5 milhões com essa eliminação e não chegará mais perto do Botafogo. Nunca vi uma mulher trabalhar em jogos de Copa do Mundo e de Copa dos Campeões. Precisamos de uma operação navalha no futebol”, disse Montenegro.
O mesmo agora revoltado Montenegro era presidente do Botafogo em 1995, e fez troça das reclamações santistas dos "erros" de arbitragem de Márcio Rezende de Freitas. A campanha ridícula do time na Libertadores do ano seguinte mostrou o quanto fazia falta um ábitro chapa. Como o Simon, que meteu a mão no Galo. Só agora o cartola se mostra sensibilizado com uma má arbitragem. Há alguns dias, soltou essa, sobre o jogo que resultou na eliminação do Flamengo da Libertadores (dois pênaltis não marcados a favor do rubro-Negro): "Confesso que vi o jogo e fiquei muito satisfeito com o que aconteceu. Eles sentiram na pele o que é ser roubado. Dizem que ladrão que rouba ladrão acaba só fazendo dois gols quando precisa de três. Mas podem chorar à vontade, Flamengo e Atlético, hoje é o nosso dia de sorrir.".
Ontem, de volta à carga, ameaçou abandonar o futebol (que perda...). "É um dia triste e fúnebre, que eu fico pensando se devo continuar no futebol ou não. Há 18 meses estamos sendo prejudicado, e eu fico sem graça porque estou parecendo um bebê chorão que só reclama". Pelo menos algum bom senso ainda lhe resta...