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Com uma camisa amarela que lembra a da seleção brasileira de 1974 ou de 1978, o Palmeiras garantiu, matematicamente, o cabalístico número de 69 pontos ganhos na Série B do Campeonato Brasileiro. Matematicamente o time garantiu que fica entre os quatro primeiros da competição, ascendendo de volta à Série A, de onde nunca deveria ter saído.
Matematicamente, porém, é a segunda vez que todo palmeirense pensa, sente e fala essa frase: "volta à Série A de onde nunca deveria ter saído". Mas saiu em 2003 e em 2013. Que nunca mais se repita.
Foram 343 dias matematicamente rebaixado, desde o empate de 1 a 1 com o Flamengo em 18 de novembro de 2012, até este 0 a 0 com o São Caetano, neste sábado, 26 de outubro de 2013. Realmente, precisa jogar os seis certames que constam na tabela. Moralmente, precisa assegurar o título da competição -- aliás, essa é a única forma moralmente tolerável de subir de volta.
Só que a Série B não acabou.
Para 2014, ano da Copa do Mundo, o Palmeiras vai precisar de muito mais do que uma camisa amarela para lembrar uma seleção. Vai ter de trocar muitos dos integrantes do elenco, perder a característica de time de Série B e melhorar o nível do elenco. Ainda que o campeonato principal esteja em um nível sensacional, há significativamente mais sustância nos times da parte de cima da tabela da Série A do que a demonstrada pelo Palmeiras em 2013.
Mas esses já são temas para outros dias. Por ora, comemore-se, comemore-se.
Em tempo: Lembro-me de ouvir Roque Citadini, corintiano, comparar a comemoração da volta com a do regresso de um primo da prisão. Fez isso em 2003, contra o irmão palmeirense e em 2008, ante si próprio.
Não é nada disso. É menos do que a Copa do Brasil de 2012. Nem título é. Mas tem que festejar.