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terça-feira, setembro 17, 2013

O melhor do Maracanã: CERVEJA!

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Novo Maracanã: a visão geral, na saída do túnel para a arquibancada, é inesquecível
Apesar do calor, a brisa gostosa do sábado, no Rio de Janeiro, convidava para um passeio noturno. Meus pais, Chico e Nair, haviam acabado de desembarcar pela primeira vez em terras cariocas. No reformulado Maracanã, jogariam Fluminense e Portuguesa pelo Brasileirão, às 21 horas. Convidei meu pai, Chico Palhares, para conhecer o estádio - onde eu também nunca tinha ido. É claro que o convite foi aceito no mesmo segundo, afinal, além de ser fanático por esportes, S.Chico é desenhista profissional e já projetou um estádio de futebol, o Taquarão, em minha cidade natal (escrevi sobre isso neste post aqui). Sua curiosidade era ver como ficou o novo Maracanã para a Copa de 2014.

Chico Palhares na frente do estádio
Chegamos em cima da hora e, quando íamos à bilheteria, três cambistas nos abordaram com aquela velha lábia de "evitar fila". Chequei os bilhetes, vi que não eram falsos (há marca d'água em alumínio e outros detalhes difíceis de reproduzir), paguei R$ 30 cada um e entramos. Olhando com atenção, notei que eram entradas "exclusivas" para sócios-torcedores do Fluminense, pelo preço unitário de R$ 10. Tudo bem, eles lucraram, nós pagamos um preço considerado justo (eu esperava pagar bem mais) e entramos rápido no estádio. Ali, S.Chico já se admirou da altura das arquibancadas e da extensa - e larga - passarela que nos levou ao nível 2, atrás do gol, onde ficaria a torcida tricolor. Havia bom público: 19 mil pessoas e 15 mil pagantes.

Na saída da passarela há bons e modernos banheiro e lanchonete. O impacto da visão geral do Maracanã, ao sair do túnel e chegar à arquibancada, é inesquecível. Não sei como era antes, mas o novo estádio impressiona, de fato. S.Chico elogiou a cobertura e os refletores. Há quatro telões gigantescos, que transmitem a partida ao vivo (mas não há replay de lances nem tempo de jogo). S.Chico só criticou o "arremate" da obra: muretas visivelmente tortas, falta de acabamento nos pequenos detalhes, enfim, resumo de um estádio reconstruído às pressas. Meu pai tem 81 anos e é do tempo em que, como ele comentou, "se é pra fazer, tem que fazer direito". Ele também reclamou da nova cadeira, dobrável - muito resistente, mas que dá dor nas costas. Após 90 minutos, também senti o incômodo.

Um dos quatro gigantescos telões
De qualquer forma, a visão do campo (e do jogo) é muito boa e, com a bola rolando, dá pra notar que a moldura do Maracanã melhora qualquer partida, por mais sofrível que seja. Nem foi o caso do jogo de sábado, no qual a Lusa partiu pra cima nos 20 primeiros minutos e, depois, o Fluminense inverteu e passou a pressionar. Quando o gol carioca parecia questão de tempo, uma bola foi alçada na área pelos paulistas e encontrou a cabeça de Diogo: Portuguesa 1 x 0. Eu e meu pai queríamos um empate, o melhor resultado para o nosso São Paulo, e por isso nossos xingamentos na hora do gol ajudaram os torcedores do Flu que nos rodeavam a pensar que torcíamos para o time deles...

No intervalo, acostumado que sou com (a ditadura nos) estádios paulistas, disse ao meu pai que ia buscar refrigerantes. Pouco antes da lanchonete, encontrei um vendedor ambulante cercado por torcedores, que vendia refrigerante e cachorro-quente (estocados em isopor). Ao me aproximar, nem acreditei: havia uma pilha de latas de cerveja! Ah, que maravilha! É incomparável assistir futebol no estádio com uma loira estupidamente gelada na mão! Voltei para perto do S.Chico e ele, franzindo a testa, perguntou: "Que refrigerante carioca é esse, que faz tanta espuma?" Quando percebeu que se tratava do bom e velho "líquido sagrado", abriu um grande sorriso. Pai e filho brindaram a visita ao Rio e ao Maracanã. O melhor do estádio, no final das contas, foi mesmo a cerveja!

É incomparável assistir futebol no estádio com uma loira estupidamente gelada na mão!
Para terminar, Luxemburgo fez duas substituições que tiveram efeito imediato e o Fluminense virou o jogo. Após o apito final, deixamos a arquibancada tranquilamente e chamou minha atenção a atitude de um adolescente tricolor ajudando meu pai a subir as escadas. Havia muitos idosos, mulheres e crianças na torcida do Fluminense, o clima era bem familiar. A dispersão na passarela flui sem problemas. Quando os cariocas começaram a gritar "Neeenseee...", comemorando a vitória de virada, S.Chico observou: "Eles estão me imitando!" E soltou seu grito tradicional para o Clube Atlético Taquaritinga: "Caaaaatêêêê..." (veja nesse post aqui). Os tricolores do Rio não entenderam nada...

Visão do campo é muito boa, mesmo atrás do gol
'CAÔ' NO TAXISTA - Na volta, pegamos um táxi. Minha esposa Patricia, carioca, tinha dito para indicar o caminho e ficar esperto, pois os taxistas costumam esticar o trajeto. Entrei no carro e caprichei no meu (porco) "carioquêisshh": "Belê, mermão? Vamo pra Copa, avenida Nossa Senhora, bem atrás do Palace. Pega Rebouças e Túnel Velho." O motorista estava ouvindo o comentário esportivo no rádio e mandou: "Eaê, foi ver o NOSSO Fluzão vencer?" Meu pai, no banco da frente, não abriu o bico. Eu, atrás, engatei a cara de pau: "Só alegria! Fluzão mandou bem!" Aí o cara animou na conversa e falou bem de uns jogadores, mal de outros - e eu confesso que nunca tinha ouvido falar de muitos deles... Forçando o sotaque carioca, critiquei o Luxemburgo, que devia ter começado o jogo com a formação que terminou, logo de cara, e o lateral Carlinhos (que jogou mal e que é realmente odiado pelos tricolores cariocas que eu conheço). E ainda "intimei": "Aê, amanhã é torcer pro Vasshhco vencer o São Paulo!" O taxista concordou com tudo e, feliz com o passageiro "torcedor" de seu time, seguiu direitinho até o nosso destino. Depois da corrida, S.Chico riu muito.

O filho brindando com o pai, aquele que o ensinou a gostar de futebol: 'Saúde e vida longa!'

segunda-feira, setembro 16, 2013

4-4-2 de emergência e vitória muito importante

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Sem o volante Denílson, expulso no jogo contra a Ponte Preta, Muricy Ramalho passou Rodrigo Caio para o lugar dele e jogou com dois zagueiros na partida de ontem. Mas, dessa vez, preferiu deslocar Paulo Miranda para a lateral-direita e testar Rafael Tolói como companheiro de Antônio Carlos na zaga. O resultado foi que, assim como ocorria nos tempos de Paulo Autuori e Ney Franco, o time tomou sufoco pelas laterais e o ataque não criou a mesma enxurrada de finalizações como havia feito no jogo anterior. Mas, como "se não tem tu, vai tu mesmo", o time acertou a marcação e a saída de bola no meio, com Ganso e Maicon (dupla que vai se firmando) e conquistou o 2 a 0 em bolas paradas, depois de dois escanteios batidos por Jadson.

Aos 30 da primeira etapa, a bola encontrou a cabeça de Rodrigo Caio e morreu nas redes vascaínas; e, aos 24 da etapa final, o goleiro Diogo Silva errou ao rebater para trás e o zagueiro Antônio Carlos só empurrou para o gol. Vale destacar que o escanteio, no segundo gol, saiu de uma finalização errada de Luís Fabiano após excelente contra-ataque puxado por Welliton. Ou seja, além de dar opções táticas (3-5-2 ou 4-4-2) e técnicas (bolas paradas quando o ataque não funciona) ao time, Muricy também recupera atletas para posições carentes, como a lateral-direita (testou Caramelo) e a ponta-esquerda (Welliton). Assim, o São Paulo vai ganhando cara de "time", algo que não ocorria desde dezembro.

Muricy já adiantou que, contra o forte Atlético-MG, no Morumbi, retornará ao 3-5-2 (Denílson volta como volante e Rodrigo Caio vai para a zaga). É correto. A defesa fica mais protegida e o ataque, mais solto. Maicon merece a titularidade.


Bom, no frigir dos ovos, o que importam são os três preciosos pontos trazidos do Rio de Janeiro. Li em algum lugar que, no segundo turno, o São Paulo precisaria de 27 pontos para escapar do rebaixamento - o que, somados aos 18 pontos do primeiro turno, completaria 45 pontos, um limite mais ou menos salvador. Se essa conta for procedente, já matamos seis pontos e precisaríamos ainda de 21: sete vitórias ou, em outra hipótese, seis vitórias e três empates nos 17 jogos restantes (o que deixaria uma boa margem para oito derrotas, quase o mesmo número do primeiro turno). É uma campanha plausível. Porque será difícil evitar derrotas jogando fora de casa contra o líder Cruzeiro, o forte Atlético-PR, Internacional, Goiás e Santos, por exemplo (afinal, todos nos venceram dentro do Morumbi).

Dentro de casa, também, não será uma zebra perder para o Botafogo. Por isso, vou fazer aqui os palpites das seis (possíveis) vitórias e de três (possíveis) empates que poderiam salvar o São Paulo da Série B e consagrar de vez Muricy Ramalho:

Vitórias
São Paulo x Grêmio (29/09)
São Paulo x Vitória (06/10)
São Paulo x Náutico (16/10)
Bahia x São Paulo (20/10)
São Paulo x Portuguesa (03/11)
São Paulo x Flamengo (13/11)

Empates
São Paulo x Corinthians (13/10)
Fluminense x São Paulo (17/11)
Criciúma x São Paulo (01/12)

Sim, o exercício de "futurologia" ou "palpitologia" pode dar completamente errado, com derrotas (e vitórias) inesperadas. Mas não acho que seja uma campanha tão impossível. Sonhar não custa nada... Vamo, São Paulo!

sexta-feira, setembro 13, 2013

O 3-5-2 é bem vindo, mas não fará milagre

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Caramelo é opção na lateral
Não, não vou entrar na euforia da torcida pela vitória por 1 x 0 contra a Ponte Preta, na primeira partida de Muricy Ramalho em seu retorno ao São Paulo. O adversário vive momento muito semelhante ao do Tricolor, completou sete derrotas seguidas e não criou as dificuldades que, com certeza, os próximos jogos vão trazer. É preciso calma com o "milagre Muricy", porque todo mundo sabe que novas derrotas podem transformá-lo em "conto do vigário". Por isso, "devagar com o andor"...

Mas quero, nesse post, saudar as primeiras providências de Muricy dentro de campo, que interessam até mais do que o resultado. E três delas, decisivas para volume de jogo apresentado (16 finalizações nos 90 minutos), eu já tinha sugerido antes aqui no Futepoca: a mudança para o esquema 3-5-2 (liberando os laterais, que não sabem marcar, para municiar o ataque), a volta de Paulo Miranda para a zaga e a efetivação de um lateral-direito de origem (Caramelo) - que não seja o péssimo Douglas.

Cuca implantou o 3-5-2
Em sua passagem anterior pelo São Paulo, Muricy sofria muitas críticas pela manutenção, por anos a fio, do esquema com três zagueiros. À imprensa, ele sempre respondia: "Não é, necessariamente, um esquema 'retranqueiro', defensivo. É uma segurança maior para quando o time não está com a bola, mas, quando temos a posse dela, todo mundo ataca." Bom, nem sempre isso dava certo. Mas, sem dúvida, a defesa era muito menos vulnerável naqueles tempos - vide Brasileirão de 2007.

O sistema 3-5-2 foi implantado por Cuca em 2004, numa época em que o São Paulo vinha de três temporadas decepcionantes, com eliminações na reta final de várias competições - algo parecido com o que ocorre com o time de 2009 para cá. O Tricolor era chamado pelos adversários - e pelos próprios sãopaulinos, após a eliminação na Libertadores de 2004 - de "amarelão" e "pipoqueiro". Com dois laterais muito ofensivos, Cicinho e Júnior, Cuca decidiu reforçar a zaga com três jogadores.

Mineiro e Josué: bons tempos...
E deu muito certo, tanto que o esquema foi mantido nas conquistas de Emerson Leão (Campeonato Paulista) e de Paulo Autuori (Libertadores e Mundial) em 2005, e de Muricy (Brasileirão) entre 2006 e 2008. Ontem, contra a Ponte Preta, os três zagueiros permitiram proteção suficiente para soltar mais os meias e os atacantes na frente. Mas, ainda assim, o time tomou sufoco. E por quê? Porque, hoje, não temos uma dupla de volantes como Mineiro e Josué. Assim, o esquema fica "manco".

Além disso, os laterais Caramelo (ou Douglas) e Reinaldo (ou Clemente Rodríguez) não têm nem 10% da qualidade e da efetividade que tinham Cicinho e Júnior para municiar o ataque e recompor a defesa. Portanto, mesmo que Muricy esteja adotando uma tática correta de emergência, a fragilidade do elenco sãopaulino demonstra que ele vai "suar sangue" para estabilizar o time. No ataque, por exemplo, se Luís Fabiano precisa perder 50 gols para fazer um, o (grande) volume de finalizações apresentado precisa aumentar!

Resumo: o Muricy está certo, mas não faz milagres. O elenco é fraco e mesmo as "estrelas" - Ganso, Jadson, Luís Fabiano - não mantém regularidade e não rendem, há muito tempo, aquilo o que os torcedores e os treinadores esperam deles. Não é todo dia que teremos Náutico ou Ponte dando sopa. É preciso ter calma, paciência. E não se abater com a próxima (e inevitável) derrota, como ocorreu contra o Criciúma. Fé! E "vamo", São Paulo!


quinta-feira, setembro 12, 2013

Exatamente

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“Está igual ao sujeito que reza para o santo e não dá certo. Ele joga fora o santo e reza para outro. O problema é o pecado. Quando o pecado é grande, não há santo que resolva. Temos que começar a pensar se o tamanho do pedido não é maior do que o santo. Não é o santo Muricy que vai resolver todos os problemas. Eu até espero que resolva, porque o São Paulo não merece cair.” - Marco Aurélio Cunha, ao programa "Disparada no Esporte", da Rádio Gazeta AM.

terça-feira, setembro 10, 2013

Pode não ser 'salvador da pátria', mas é manguaça!

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- Opa! Meia dúzia no 170!
Se Muricy Ramalho vai ou não salvar o São Paulo do rebaixamento no Brasileirão deste ano, ninguém sabe. Mas o torcedor manguaça fica orgulhoso ao ler uma declaração como essas, na coletiva de sua (re)apresentação, sobre os três meses que ficou parado, depois de ser demitido do Santos:
"A saúde está bem, fiquei esse tempo todo sem fazer nada, tomando cerveja, sem stress, em Ibiúna."
Grande Muricy manguaça! Não foi à toa que, em março de 2011, quando o (então) presidente do Santos, Luís Alvaro, decidiu contratá-lo, "apelou" dessa forma:
"Quando ele quiser, acertamos isso tomando caipirinha e comendo um camarão."
Não deu outra: Muricy aceitou logo em seguida. E já deve ter tomado mais algumas com o Velho Barreiro, digo, Juvenal Juvêncio, que também entorta (muito) o bico!

segunda-feira, setembro 09, 2013

Quando se diferencia o homem do menino

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Craque incontestável: aos 35 anos, Alex enfia Ganso, 12 anos mais novo, no bolso
O São Paulo perder para o Coritiba no estádio do adversário é resultado óbvio, nem merece outras considerações. Estranho seria se tivesse conquistado um (miraculoso) empate, como ocorreu contra o Corinthians, no Pacaembu, e contra o Botafogo, no Maracanã. Como disse outro dia, o único time mais fraco que o São Paulo, neste campeonato, é o Náutico. Todos os outros são mais fortes.

Agora, diante de mais uma bela exibição do mestre Alex, gostaria de recuperar o que escrevi em 26 de janeiro deste ano, quando o repatriado meia reestreou pelo Coritiba:
Em setembro de 2012, depois de longa "novela", o São Paulo acertou a contratação de Paulo Henrique Ganso. Fiquei feliz, claro. Mas, logo em seguida, no início de outubro, o meia Alex anunciou sua saída do Fenerbahçe, da Turquia, e avisou que voltaria ao Brasil. Fiquei chateado. Porque, com a contratação de Ganso, dificilmente o meu time se meteria no "leilão" por mais um grande jogador da posição. E porque, apesar do ex-santista ser muito jovem e ainda poder jogar muito mais tempo (e possivelmente dar grande retorno financeiro quando sair do clube), eu prefiro Alex. Sim: na minha seleção brasileira, o veterano meia, que encantou palmeirenses, cruzeirenses e turcos, seria titular absoluto. Mesmo ao 35 anos.
 Pois então: sete meses depois, Alex enfia o São Paulo no bolso e confirma palavra por palavra tudo o que escrevi. Fica a pergunta: CADÊ PAULO HENRIQUE GANSO?!? Alguém o viu? Ele entrou em campo ontem? Pois é. Alexsandro de Souza, prestes a completar 36 anos no dia 14 de setembro, é o terceiro maior artilheiro do Brasileirão, com 9 gols, e um dos principais responsáveis pelo Coritiba ocupar a 7ª posição na tabela, a apenas 6 pontos do G-4. Paulo Henrique Ganso, prestes a completar 24 anos no dia 12 de outubro, não tem UM gol sequer na competição e, com sua apatia e sumiço dentro de campo, é um dos responsáveis pelo São Paulo ocupar a 18ª posição, apresentando um futebol digno de rebaixamento para a Série B. Como costuma dizer o camarada Glauco, "é nessas horas que se diferenciam os homens dos meninos". Feliz de quem preferiu investir no Alex...

sexta-feira, setembro 06, 2013

8ª derrota em 18 partidas; Ceni perde 3º pênalti seguido

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Dessa vez, vou cravar a verdade nua e crua: o São Paulo perdeu ontem (a 6ª derrota dentro do Morumbi nesta competição!) pura e simplesmente porque É MAIS FRACO do que o Criciúma. Ponto. Da mesma forma que venceu o Náutico porque, no Brasileirão, o time pernambucano é o ÚNICO inferior à equipe treinada por Paulo Autuori. Pode-se dizer, assim, que Ponte Preta, Portuguesa e Fluminense estão mais ou menos no mesmo nível que o São Paulo. E que Flamengo, Santos, Vitória, Bahia e o já citado Criciúma são ligeiramente superiores. Resultados como a vitória sobre o Fluminense e o empate com o Flamengo foram, portanto, perfeitamente razoáveis. Os pontos fora da  curva foram os empates com Corinthians e Botafogo, que, ao que parece, aconteceram muito mais por partidas ruins de ambos os adversários do que pela realidade do São Paulo.

Por essa ótica, o time do Morumbi ocupa hoje o lugar onde, pela sua qualidade (ou falta de), deveria estar. No máximo, com um pouco de sorte e extrema superação, poderia estar emparelhado com o Flamengo (14º), o que seria um feito heróico - mas possível, dentro dessa análise de que os cariocas estão mais ou menos no mesmo patamar futebolístico. O resumo da ópera de ontem foi o seguinte: o primeiro gol do Criciúma saiu em pênalti ridículo cometido pelo zagueiro improvisado Rodrigo Caio, em jogada que, provavelmente, terminaria em tiro de meta. Lembremos que o mesmo zagueiro perdeu uma bola bisonha no jogo contra o Botafogo, deixando atleta adversário sozinho na cara do gol sãopaulino, que, felizmente, chutou por cima (o que reforça minha tese de que aquele foi um dia atípico para o alvinegro carioca). Portanto, a falha de ontem não surpreende.

Ceni defende cabeçada fulminante: Criciúma é melhor (Eduardo Viana/Lance!Press)
 Segundo gol: bola levantada na área do São Paulo, em cima do zagueiro Rafael Tolói. Com 1,85m, ele não consegue cortar pelo alto e ela cai no pé do atacante, que dispara um petardo fulminante na pequena área, empurrando Rogério Ceni com bola e tudo para a rede. Não é a primeira vez que o goleiro sofre com Tolói; lembremos daquela atrasada horrível que entregou a bola no pé do corintiano Pato (Ceni fez pênalti e o Tricolor perdeu o confronto válido pelo 1º turno do Paulistão), da hesitação na goleada sofrida para o Atlético-MG, na eliminação da Libertadores (que permitiu a chegada de Tardelli e um golaço por cobertura) e nova hesitação ao marcar - marcar?!? - Renato Augusto na primeira partida decisiva da Recopa (outro golaço cobrindo Ceni). Ou seja, Tolói entregando gol também não surpreende. A zaga do São Paulo é HORROROSA. Prova disso é que o Criciúma perdeu chance incrível de fazer 3 x 0 logo nos primeiros segundos da etapa final, numa bola que bateu na trave, e ainda houve uma cabeçada que Ceni segurou em cima da risca.

Na frente, por mais que o time crie chances de gol, não consegue finalizar. Que o diga Luís Fabiano, que nem de longe lembra aquele que comandou a seleção brasileira nas eliminatórias da Copa da África do Sul. Negueba nada produziu de muito útil, assim como seu substituto, Osvaldo. Jadson não jogou nada, assim como seu substituto, Ganso. Fabrício sumiu, assim como seu substituto, Evangelista. O péssimo Douglas saiu (graças a Deus!) e seu substituto, Paulo Miranda, jogou muito mal. Por tudo isso, afirmo categoricamente: o elenco do São Paulo é fraco. No momento, mais fraco que Criciúma, Vitória e Bahia (perdeu para os três). O Rogério Ceni perder o terceiro pênalti seguido também não surpreende. Má fase destrói confiança e puxa erros. O que surpreende foi ele ter ido fazer a cobrança, sendo que Aloísio, que sofreu a falta, já estava com a bola nas mãos.

Após a partida, o "Boi Bandido" se atrapalhou com as palavras e respondeu a um repórter: "Só bate pênalti quem erra." Mesmo corrigindo o batido chavão logo em seguida ("Só perde quem bate"), ele acabou atestando, no engano, uma verdade: só bate pênalti no time do São Paulo quem erra - o Rogério Ceni, que errou contra o Bayern, a Portuguesa e o Criciúma, e o Jadson, que desperdiçou contra o Flamengo. Triste fase. E agora o time enfrenta o forte Coritiba, fora de casa, domingo. OREMOS AO SENHOR!


quarta-feira, setembro 04, 2013

2ª vitória na sequência de 5 jogos sem perder

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Engana-se quem pensa que o São Paulo venceu o Náutico por 1 x 0, em Recife, com um jogador a menos. Na verdade, o time terminou o jogo com nove. Com Douglas titular (por quê, meu Deus, por quê?!??), o Tricolor já começa a partida com dez. Por isso, após a (justa) expulsão do recém-contratado zagueiro Antonio Carlos, a equipe demonstrou raça e heroísmo ao buscar o gol e segurar a vitória, jogando fora de casa - mesmo que tenha sido contra o pior time do Brasileirão.

E a assistência para Aloísio marcar foi feita pelo lateral-esquerdo Reinaldo, que é, para mim, um dos maiores símbolos da "gestão" Paulo Autuori. Depois de afastar a "cobra criada" Lúcio, o técnico apostou suas fichas no garoto Rodrigo Caio (que vem jogando bem tanto como zagueiro quanto como volante), em Reinaldo e em Aloísio, que personificam o espírito de luta que um time tem que ter quando briga contra um possível rebaixamento. Ou seja: medianos, mas batalhadores.
 
Douglas salta: com ele, time entra com um a menos (Foto:Aldo Carneiro/ Lance!Press)

Porque os "medalhões" simplesmente sumiram depois que o São Paulo foi eliminado do Paulistão pelo Corinthians e da Libertadores pelo Atlético-MG, iniciando uma tenebrosa sequência de derrotas e vexames. O que produz Osvaldo, que não faz gol desde fevereiro? O que acrescenta Luís Fabiano, que, quando não está contundido ou suspenso, marca um gol a cada dois meses? Cadê o Jadson? E o Ganso? Desse grupo, que devia chamar a responsabilidade, só Rogério Ceni corresponde.

Parece que os tais "medalhões" só sabem mostrar serviço "na boa", quando o time briga pelas primeiras posições. Quando o buraco é mais embaixo, desaparecem. E, neste momento difícil, o time precisa exatamente de atletas com o perfil de Reinaldo, Rodrigo Caio e Aloísio. Porque não é pra "jogar bonito". A briga não é pelo título, mas pela permanência na Série A. Também acredito em Paulo Miranda, que devia assumir a lateral direita. E em Negueba, que segura a bola no ataque.

Nas condições ideais, sem afastados por lesões ou suspensões, este (limitado) time do São Paulo poderia definir como titulares Rogério Ceni; Paulo Miranda (ou Welington), Rodrigo Caio, Antonio Carlos e Reinaldo; Denilson, Fabrício (ou Welington) e Ganso; Jadson, Aloísio (ou Luís Fabiano ou Welliton) e Negueba (ou Osvaldo). Simples, sem invenções. A lateral direita continua exposta, sem um especialista de origem, e o meio não é lá essas coisas. Mas, para brigar sério, é o que temos.

E vamos ao Criciúma, em casa, e ao Coritiba, fora. Pedreiras. Mas esse é o "clube da fé"!


domingo, setembro 01, 2013

Quatro jogos sem perder. Já é alguma coisa.

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O São Paulo fez uma boa partida no Maracanã, segurou o Botafogo e o empate sem gols. Mesmo que tivesse vencido, não sairia da zona de rebaixamento. Mas já significa alguma coisa quatros jogos sem derrota. Tirar Tolói da zaga foi uma decisão correta. Só não entendo o motivo de Douglas continuar sendo titular - e jogar os 90 minutos. Improdutivo, inútil, peso morto. Do outro lado, porém, Reinaldo continua bem na lateral-esquerda. E o ataque ganhou duas novas alternativas com as estreias (discretas) de Welliton e Negueba. Menos mal. Osvaldo, há seis meses sem fazer gol, está implorando pelo banco de reservas. No mais, Ganso parece querer ser mais participativo, só que ainda está muito apagado (assim como Jadson). O meio de campo, aliás, é um setor indefinido. Nem Wellington nem Fabrício podem ser considerados titulares absolutos ou peças imprescindíveis. Tem Denilson, que volta de contusão, e Rodrigo Caio, que está mostrando serviço como zagueiro mas surgiu como volante. Enfim, se o time conseguir contratar um lateral-direito decente, existe alguma luz no fim do túnel. Pelo menos o São Paulo está jogando sério. Vamos ver quantos pontos vão render a "maratona" de quatro jogos em curto período.


domingo, agosto 25, 2013

Vitória no Brasileirão, depois de quase três meses

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Diante de 55 mil torcedores, o São Paulo enfim conseguiu vencer uma partida no Campeonato Brasileiro, 2 x 1 sobre o Fluminense, com gols de Luís Fabiano e Reinaldo (Eduardo descontou). O jejum de 12 jogos sem vencer na competição vinha desde 29 de maio, quando goleou o Vasco também no Morumbi. A partir de então, empatou com Atlético-MG, Grêmio, Corinthians, Atlético-PR e Flamengo e perdeu para Goiás, Santos, Bahia, Vitória, Internacional, Cruzeiro e Portuguesa.

No jogo da redenção, ponto positivo para Paulo Henrique Ganso, que deu belo passe para o primeiro gol, e para o lateral-esquerdo Reinaldo, que, a exemplo de Aloísio, compensa a pouca qualidade com vontade de mostrar serviço e finalizações no ataque. É claro que o Fluminense de Vanderlei Luxemburgo também não vai muito bem das pernas, mas o que importam são os 3 pontos e a moral que uma vitória dá para o grupo, mostrando que é possível reagir e sair da zona de rebaixamento.

As três recentes contratações - os zagueiros Antonio Carlos (ex-Botafogo) e Roger Carvalho (ex-Bologna) e o atacante Welliton (ex-Grêmio) - dão uma certa injeção de ânimo. Falta, agora, um lateral-direito. Se Paulo Miranda voltar ao time titular e Negueba oferecer opção no ataque, o técnico Paulo Autuori terá algo de mais substancial para buscar uma reação. Ganso também parece estar reagindo e, se Luís Fabiano continuar se entendendo com ele, tanto melhor. Oremos!


segunda-feira, agosto 19, 2013

Palmeirenses tiram sarro dos rivais nesta segunda-feira

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Líder da Série B, Palmeiras foi o único que escapou de notícias esdrúxulas hoje:

Em crise, São Paulo 'Fashion Week' é sacaneado no Twitter oficial do adversário

Emerson Sheik comemora vitória corintiana com 'chamego' em colega barbado

Goleada sofrida por santistas na Espanha continua repercutindo negativamente




São Paulo reage: dois jogos sem perder!

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Sim, é piada. Cansei de gastar vela com defunto ruim. Até o próximo empate - se Deus quiser!

O que dizer de um jogo em que Rodrigo Caio e Paulo Baier fizeram os gols?

Rogério Ceni perde pênalti, Jadson perde pênalti... No próximo bate o Tolói.

segunda-feira, agosto 12, 2013

19 derrotas em 30 jogos. Ceni perde outro pênalti.

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E o São Paulo segue seu calvário rumo à Série B, despencando de vexame em vexame. E não digo vexame por perder (com toda justiça) para Kashima Antlers ou Portuguesa, mas vexame porque perde jogando muito mal e exibindo a ruindade de seu elenco, o que, aliás, tem sido a tônica desde o início da temporada. O time não tem zagueiros que prestem, nem laterais ou volantes. Os meias jogam mal. Os atacantes, idem. Quando olham para o banco de reservas, os técnicos quintuplicam seu desespero. A coisa tá feia.

O São Paulo não venceu UM clássico sequer este ano. Foram três derrotas para o Corinthians mais dois empates (sendo que, em um deles, foi eliminado na semifinal do Paulistão, nos pênaltis), duas derrotas para o Santos e um empate com o Palmeiras. Na Libertadores, perdeu TODOS os jogos fora de casa e foi derrotado três vezes pelo Atlético-MG, que o eliminou com uma goleada humilhante. Isso mostra que a crise atual não é fenômeno de momento. O time é fraco e joga mal - contra os grandes - desde janeiro.

Aliás, depois da primeira fase da Libertadores, na qual apanhou dos medíocres Arsenal de Sarandí e The Strongest, ficou claro que a boa campanha no início do Paulistão, contra os times (fracos) do interior, era pura ilusão. A partir de abril, o time virou saco de pancadas de qualquer um, pequeno, médio ou grande. Fazendo um corte dos últimos 30 jogos, com início na vitória por 2 a 0 sobre o Paulista de Jundiaí, no dia 27 de março, e término na derrota de hoje por 2 a 1 para a Portuguesa, temos um cenário aterrador.

São simplesmente 19 derrotas nesta série, com apenas 7 vitórias e 4 empates. Em abril, o time perdeu para o Mogi Mirim e o XV de Piracicaba, pelo Paulistão, e The Strongest, pela Libertadores. Com isso, já eram previsíveis as eliminações para Corinthians, no estadual, e Atlético-MG, na competição sul-americana, no início de maio. Aí, a coisa degringolou de vez: o presidente Juvenal Juvêncio expurgou sete jogadores, rachou o elenco, tirou a autoridade do técnico Ney Franco (que já era pouca) e o time desandou.

E desandou porque o time é ruim. Muito fraco, nível de Série B, mesmo. Quando toma gol, dificilmente consegue reagir. Se sai atrás no placar, perde o jogo. E perde para equipes ainda mais fracas, que, contudo, conseguem ter um mínimo de padrão de jogo e esquema tático - o que o São Paulo não tem. Perder dois terços dos jogos em uma série de 30 partidas é argumento suficiente para sustentar essa afirmação. O problema não é treinador. Paulo Autuori será demitido e o clube só escapará do rebaixamento por milagre.

Infelizmente.

A coisa tá tão feia que, depois de perder um pênalti contra o Bayern de Munique, Rogério Ceni perdeu outra cobrança contra a Portuguesa. Essa uruca do capitão do time é o resumo de um catado de jogadores que, invariavelmente, já entra em campo derrotado. Está escrito na cara de cada um, tanto no horroroso time "titular" (se é que isso existe...) quanto no tenebroso banco de reservas. Hoje, qualquer adversário, mas qualquer mesmo, já entra em campo sabendo que vai derrotar o São Paulo. Essa é a triste realidade.



segunda-feira, julho 29, 2013

12º jogo sem vitória, mas Paulo Autuori surpreende positivamente - dentro e fora de campo

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Miranda: limitado, mas joga sério (Foto: F.Borges/Terra)
Sim, foi um clássico sem gols e sem muitos atrativos contra o Corinthians, no Pacaembu, mas o São Paulo mira, enfim, uma luz no fim do túnel. Não falo sobre a situação no Campeonato Brasileiro, que é péssima: o empate selou a permanência na zona da degola e, com dois jogos a mais do que a maioria dos 19 concorrentes, a possibilidade de voltar da excursão à Europa e à Ásia na última colocação é bem plausível. Fora isso, já são 12 jogos sem vitória. Porém, mais do que o alívio por não ter sido derrotado mais uma vez, há dois aspectos muito positivos sobre o trabalho de Paulo Autuori neste jogo contra o Corinthians. Dentro e fora de campo.

Dentro das quatro linhas, o técnico conseguiu, enfim, esboçar uma estratégia de emergência: três volantes e dois zagueiros muito bem postados - afinal, o time não tem laterais decentes (o que, em todas as derrotas, representou verdadeiras "avenidas" para os gols dos adversários). A decisão de efetivar Paulo Miranda na zaga é claramente acertada. Sim, ele é limitado, mas muito esforçado. Joga de forma mediana, mas joga sério. E mostra vontade, o que é mais importante. Dessa forma, representa para o sistema defensivo, neste momento, o que Aloísio representa para o ataque: determinação, garra, vontade de mostrar serviço.

Fabrício, como volante, também foi elogiado. Está sem ritmo de jogo, é visível, mas parece ter obediência tática - mais do que Denílson ou Wellington. Não é o ideal, mas o São Paulo não vive um momento para trabalhar com o ideal, e sim com o possível. A estratégia, repito, é de emergência. Nesta proposta, assim como Paulo Miranda, o ex-cruzeirense pode, sim, fixar-se como titular. Porque, daqui até o final do campeonato, o que o time precisa fazer, diante de suas (imensas) limitações e lacunas, é mesmo se fechar na retranca e dar o bote no contra-ataque. É estratégia de zona de rebaixamento, é realidade de time que só está apanhando.

Autuori matou a 'cobra criada' Lúcio (Foto: reprodução)
Por isso, essa opção tática e técnica de Paulo Autuori já me parecia meio óbvia, mas me surpreendeu porque ele conseguiu, em meio ao caos generalizado e aos seguidos nocautes, implantá-la no jogo contra o Corinthians. E isso só foi possível pelo o que o treinador fez de mais surpreendente, fora de campo: mandou a diretoria se livrar de Lúcio e barrou Paulo Henrique Ganso. PERFEITO! Várias e várias vezes repeti aqui um comentário muito procedente do camarada Glauco, de que um dos maiores problemas do São Paulo era ter "cobras criadas" como Rogério Ceni, Luís Fabiano e Lúcio. Ninguém vai conseguir se livrar dos três. Mas um, pelo menos, tinha que sair.

Luís Fabiano pipocou visivelmente nesta temporada e só não saiu do clube porque, na verdade, não apareceu ninguém interessado. Agora, inventou uma contusão (novamente!) e está quietinho, na dele. Não é obstáculo para o treinador. Rogério Ceni, em sua última temporada, não irá para o banco. Mas também não tem falhado grotescamente nem arrumado confusão. Lúcio, sim. Era indisciplinado, afrontava os técnicos, e, mais do que Tolói (que é lento, pesado e sem tempo de bola), foi o maior responsável por vários gols sofridos. Bingo: Autuori só precisou da falha de Lúcio no gol que selou a derrota para o Internacional para convencer a diretoria a se livrar dele. Excelente! A luz foi acesa no fim do túnel.

E, pelo o que parece, Ganso também saiu do time titular. Mais do que justo. Outro dia eu conversava com o Glauco e concordamos que o que mais assusta em relação ao jovem talento revelado na Vila Belmiro é o aparente "medo" que ele vem demonstrando de jogar bola, desde que começou a se contundir. Ele só toca de lado ou para trás, de primeira, como quem quer se livrar logo do lance. E seu posicionamento atrapalha todo mundo, os volantes, o meia, os laterais, a zaga. Com ele, o São Paulo joga com dez. Sim, é triste, pois o cabra, sem dúvidas, FOI um grande talento. Hoje, no time titular, sua presença é dispensável.

O resumo da ópera, portanto, é que Autuori cansou de apanhar e decidiu reagir, à sua maneira. São decisões radicais: não é qualquer um que manda embora um zagueiro que venceu vários títulos com a seleção brasileira, incluindo uma Copa do Mundo, e encosta um jovem meia talentoso que encantou o país e custou R$ 24 milhões aos cofres sãopaulinos. Precisa coragem pra fazer isso. Autuori sabe que, neste momento, o São Paulo não está na posição de "grande clube" que, além de vencer, precisa convencer (jogando bonito). Não, longe disso. O São Paulo, hoje, é um time limitado que precisa sair da zona da degola. Na retranca, no jogo feio, na bola parada. Agora, finalmente, temos um foco, uma postura e uma estratégia. Sem "cobras criadas", sem os inúteis que só jogam com o nome. Autuori sabe o que faz.


EM TEMPO

1 - O banimento de Lúcio também tem relação direta com a saída de Adalberto Baptista do cargo de diretor de futebol. A péssima fase do time, as contratações equivocadas de atletas e técnicos e, por fim, como "cereja" do bolo, as críticas públicas que fez ao goleiro Rogério Ceni, expondo os jogadores em plena crise, tornaram sua posição insustentável. Baptista entregou o cargo na quinta-feira (25/07). Como foi ele quem bancou a contratação de Lúcio, como uma espécie de resposta por não ter se interessado em repatriar Lugano, a situação do ex-capitão da seleção brasileira também se complicou sem volta. Seu contrato, que iria até 2015, deve ser rescindido e o atleta será oferecido a um clube árabe.

2 - Para o lugar de Adalberto Baptista, o São Paulo, enfim, admitiu que pretende contratar um profissional remunerado para a direção de futebol. Os ex-jogadores Pintado, que fez um bom trabalho no Penapolense, e Ronaldão, que há anos trabalha na diretoria da Ponte Preta, são os mais cotados para assumir a função.

3 - Juan, o pior lateral-esquerdo da história do São Paulo, vive um inédito segundo "exílio" no clube. Pelo o que consta, a diretoria tentou mandá-lo para a Portuguesa (para onde foi Cañete), em troca do lateral-direito Luis Ricardo, que também interessa ao Palmeiras. Juan não quis. Agora, o Tricolor vai oferecer o também lateral-direito Caramelo, que, assim como Juan, não foi relacionado para a excursão ao exterior. Wellington e Paulo Miranda, que quase foram negociados, jogaram contra o Corinthians, estão na excursão e devem permanecer no clube.

quinta-feira, julho 25, 2013

Oito derrotas seguidas. Sem poder de reação.

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Faixa de torcedor comum foi apreendida pela polícia ontem (Foto: Tom Dib/Lance!)

Seis derrotas seguidas jogando em seu próprio estádio. Oito derrotas seguidas se somados o amistoso contra o Flamengo, em Uberlândia, e a partida que selou o título da Recopa para o Corinthians, no Pacaembu. Pior sequência de derrotas da história do clube desde sua refundação, em 1936. A marca de 11 jogos sem vitória iguala as séries de 1951 (sete derrotas e quatro empates) e 1986 (duas derrotas e nove empates) - mas, como se vê, é bem pior. "Tem campeonatos que  você joga para ganhar, esse a gente joga para se salvar", cravou Rogério Ceni, após a derrota por 1 a 0 para o Internacional. Mas tem salvação?

Mais do que nunca, só resta ao torcedor sãopaulino a fé. MUITA fé. Porque, da diretoria, da comissão técnica e do elenco, não dá pra esperar quase nada. Só a intervenção divina. Só um milagre. Exagero? Não, infelizmente não. Por mais que se tente defender o elenco, fica mais visível, a cada jogo, a extensão de sua fragilidade. O gol do Inter saiu após mais uma investida inútil do zagueiro Lúcio ao ataque; como sempre, perdeu a bola, a defesa estava exposta, Tolói (lento, pesado e sem tempo de bola) chegou atrasado, Leandro Damião girou e fez o gol. Resumo: a zaga é ruim. E não faz diferença colocar Edson Silva.

Outro sinal de que a coisa, que está péssima, pode piorar ainda mais: Paulo Autuori está visivelmente perdido. Improvisou um zagueiro como volante (Paulo Miranda), um volante como lateral-direito (Rodrigo Caio) e um lateral-direito como ala esquerdo (Douglas). Deu tudo errado. Pior: assim como Ney Franco, ele parece estar sendo pressionado a escalar Paulo Henrique Ganso. É um peso morto, inútil e improdutivo, que atrapalha qualquer tentativa de esquema tático ou de estratégia emergencial. Complica os volantes (que são fracos), os laterais (que são horríveis), os meias e os atacantes. Mas Autuori insiste. E paga o preço.

Aliás, não custa lembrar que a única vitória do São Paulo no Morumbi, neste Brasileirão, foi uma goleada por 5 a 1 sobre o Vasco da Gama - que, naquela ocasião, era treinado por... Paulo Autuori. No mais, Luís Fabiano inventou outra contusão e Denilson poderá passar por artroscopia nos próximos dias, o que significa que ambos escaparam tanto do clássico contra o Corinthians, no Pacaembu, quanto da excursão à Europa e Japão, na sequência. Aloísio, suspenso, também não pega o Timão no Pacaembu (logo, o ataque será Osvaldo e Ademilson - MEU DEUS...). Jadson está muito mal. Não há reservas de qualidade.

Concordo que perder para o forte Internacional (que ficará ainda mais forte com as chegadas de Alex e Scocco) era mais do que plausível. Mas, assim como perdeu para Inter, Cruzeiro, Corinthians e Santos, o São Paulo também perdeu para Goiás, Bahia e Vitória exatamente da mesma forma: sem qualquer poder de reação, de finalização, de recomposição, de organização, de ânimo, de vontade. Basta o time adversário fazer um gol e administrar, seja quem for, do Goiás ao Corinthians. No resto do jogo, o São Paulo não oferece qualquer perigo. Quando cria alguma coisa, se perde sozinho. É assustador. É desesperador.

E, levando em conta que nenhuma grande contratação será feita, é com ISSO AÍ - e com Paulo Autuori! - que o clube tentará, desesperadamente (e mais desesperadamente a cada rodada), fugir da Série B. Difícil.


Ps.: O São Paulo encara o Corinthians no domingo (outra derrota é bem plausível), embarca para uma desgastante viagem à Europa na segunda-feira, enfrenta o Bayern de Munique na quarta, pega Manchester City ou Milan já no dia seguinte, daí se aboleta para Portugal na sexta e joga contra o Benfica no sábado (outras três derrotas também são plausíveis). Sai correndo para o Japão na sequência, pega o Kashima, embarca para a - ainda mais - desgastante viagem de volta ao Brasil e cai direto no inferno do Brasileirão, sem pausa. Com o elenco, que já é fraco e está perdido, totalmente arrebentado e praticamente sem treinar. Vamos bem, Juvenal...

segunda-feira, julho 22, 2013

Show dos veteranos

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Alex já fez 4 gols no Brasileirão deste ano
Assim como destacou o Glauco no post sobre o jogaço entre Santos e Coritiba na Vila Belmiro, em que o veterano Alex (35 anos) marcou dois gols, "o craque paranaense prevaleceu". Sim, craque. Como eu havia escrito aqui no blog, em janeiro, "eu prefiro Alex" a Paulo Henrique Ganso. E, já naquele início de ano, eu cravava: "Na minha seleção brasileira, o veterano meia, que encantou palmeirenses, cruzeirenses e turcos, seria titular absoluto." Continuo achando o mesmo. E o excelente desempenho do meia, sério candidato à destaque deste Brasileirão (pelo menos até o momento), confirmou minha impressão. É um craque total. Vale cada centavo pago por ele - e exatamente o oposto pode ser dito sobre o jovem (e improdutivo) Ganso...

Zé Roberto: fôlego de menino aos 39 anos
Outro que continua brilhando, sempre discreto e eficiente, é o meia Zé Roberto, do Grêmio. Joga para o time, é o tipo de "cérebro" do meio-campo que já não vemos com tanta frequência no futebol brasileiro (e quiçá mundial). Fez 39 anos no início deste mês mas parece o mais jovem do time, tanto em aparência quanto em forma física. E continua jogando uma barbaridade. É outro que, se fosse convocado para a seleção, não deveria espantar ninguém. Seria apenas justo. Mas é claro que, assim como Alex, enfrenta a barreira e o preconceito da idade. Uma pena. Fico imaginando um time com os dois no meio-campo. Seriam perfeitos numa equipe de garotos como o Santos atual. Zé Roberto é outro cracaço incontestável.

Nem os mais otimistas diriam que Seedorf jogaria tanto
Completando a lista de veteranos que estão dando show de bola neste Brasileirão, incluo um gringo: Seedorf. Comparo esta sua passagem pelo futebol brasileiro à do Ronaldo Nazário no Corinthians. Duas contratações muita badaladas mas que, quando anunciadas, ninguém imaginava que pudessem ser tão bem sucedidas. Nem o mais otimista dos botafoguenses poderia imaginar que o holandês/surinamenho de 36 anos pudesse mostrar tanto serviço com a camisa de seu time. E tem uma capacidade de liderança nata. Para mim, seria uma peça exata para se encaixar num time como o Internacional-RS, por exemplo. Mas, com ele, o Botafogo já está dando e ainda vai dar mais trabalho. Enfim, estamos muito bem servidos de veteranos, que enchem nossos olhos numa selva de cabeças-de-bagre. Vida longa para eles!

Sete derrotas seguidas. Série B se aproximando.

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Anatomia de um possível rebaixamento em notas telegráficas:

1 - São Paulo goleado pleno Morumbi Cruzeiro (pt.) Três gols "craque" Luan (pt.);

2 - Como derrotas Goiás, Santos, Bahia, todas dentro Morumbi, jogo terminou torcida sãopaulina gritando olé adversário pegava bola (pt.); Vaiando quando ela com Tricolor (pt.);

3 - Nove jogos competição, cinco derrotas, dois empates (pt.) São Paulo 8 pontos, dois jogos a mais Ponte Preta, primeira zona de rebaixamento, 7 pontos (pt.); Um jogo a mais Atlético-PR e Portuguesa, também 7 pontos (pt.);

4 - Derrota Cruzeiro sétima seguida, contando amistoso Flamengo partidas Corinthians decisão Recopa Sul-Americana (pt.) Dez jogos sem vitória (pt.);

5 - Próximo adversário Brasileirão forte Internacional, quarto colocado (pt.) Sequência, Corinthians, o derrotou três vezes no ano (mais empate sem gols e eliminação pênaltis semifinal do Paulistão), Pacaembu. Probabilidade derrotas mais que plausível (pt.);

6 - São Paulo não jogou Botafogo, Coritiba, primeiros colocados, melhores times Brasileirão (pt.) Cinco últimas rodadas, 13 novembro a 8 dezembro: Flamengo (casa), Fluminense (fora), Botafogo (casa), Criciúma (fora), Coritiba (casa);

7 - Time esfacelado, sem defesa, sem meio, sem laterais, sem ataque, viaja disputar Copa Suruga, adversários simplesmente Bayern Munique, Milan ou Manchester City (pt.) Depois, Copa Eusébio, Portugal, joga Benfica (pt.) Probabilidade vexames internacionais mais que plausível (pt.);

8 - Adalberto Baptista diretor futebol braço direito presidente Juvenal Juvêncio chefiará viagem amistosos (pt.) Criticou Rogérgio Ceni publicamente clima ruim ainda pior (pt.) Tentou desculpas antes treino (pt.) Piorou mais ainda situação (pt.) Elenco o detesta (pt.) Funcionários clube o detestam (pt.)

9 - Juvenal Juvêncio deu churrasco comemoração (?!?!) Morumbi domingo, após derrota Cruzeiro (pt.) Era exclusivo sócios Juvenal infiltrou membros torcida organizada (pt.) Sócios putos (pt.) Exibição vídeo Marco Aurélio Cunha cantando hino Santos no churrasco (pt.) Discussão pancadaria sócios torcida organizada (pt.) Juvenal mandando bater xingando torcedores (pt.) Seguranças separaram (pt.) Perda total controle direção (?!?!) clube (pt.) Situação política insustentável (pt.) Ambiente pior possível dentro fora campo (pt.) Instabilidade jogadores comissão técnica (pt.) Baixaria, bagunça, caos (pt.)

10 - Lúcio, Tolói, horrorosos, motivo piada (pt.) Denilson, Rodrigo Caio, idem (pt.) Douglas, inexistente (pt.) Ganso, idem (pt.) Osvaldo, péssima fase, atuações ridículas (pt.) Jadson, idem (pt.) Luís Fabiano, morto, desinteressado, jogou toalha (pt.) Aloísio, esforçado, porém grosso (pt.) Banco reservas, Edson Silva, Diego, Lucão, Lucas Farias, Lucas Evangelista, Caramelo, Juan, Fabrício, Reinaldo, Maicon, Ademilson, João Schmidt, Roni, Silvinho (pt.) PESADELO (pt.)

É isso, torcida sãopaulina. Perspectivas desesperadoras. Não duvido que Nelsinho Baptista deixe o Kashiwa Reysol e assuma o São Paulo até a 30ª rodada...


segunda-feira, julho 15, 2013

Ameaça de rebaixamento em 5, 4, 3, 2...

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Autuori: pior que o time do Vasco, só o São Paulo
Paulo Autuori pulou da panela pra cair no fogo. Se o treinador considerou uma real possibilidade de rebaixamento para sair do Vasco, agora já deve ter percebido que a situação não é menos crítica no São Paulo. Com um jogo a mais em relação aos adversários (adiantou o confronto com o Bahia para poder viajar e disputar a Copa Suruga, no fim do mês), o Tricolor do Morumbi tem míseros 33,3% de aproveitamento, com apenas 8 pontos em 24 disputados, e já contempla a zona de rebaixamento como campo de batalha nos próximos meses. Afinal, ainda nem enfrentou Coritiba, Botafogo, Cruzeiro e Internacional, quatro dos cinco melhores times do campeonato até aqui. A derrota para o Vitória por 3 a 2, em Salvador, foi a terceira seguida no torneio - e a quinta em sequência se considerarmos o amistoso com o Flamengo e a primeira partida da decisão da Recopa contra o Corinthians. Queda livre em um abismo que nem chegou ao meio...

A realidade é assustadora. Tirando Rogério Ceni, Jadson e Osvaldo, nenhum outro atleta tem condições de ser titular do São Paulo. Ganso e Luís Fabiano só estão "jogando" com o nome. Aloísio, Rodrigo Caio e Denílson são perfeitos como reservas, para completar elenco - bem como Roni, Caramelo, Silvinho, Ademilson e Lucas Evangelista. Todos os outros poderiam rescindir contrato JÁ, IMEDIATAMENTE (ou melhor, nunca deveriam ter sido contratados): Lúcio, Edson Silva, Rafael Tolói, Maycon, Fabrício, Juan, Douglas, Lucas Farias, João Schmidt, Alan. Sobre o contundido Negueba, que nunca jogou, e o recém-contratado Clemente Rodríguez, que entrou em uma só partida, não dá pra opinar. E Wellington e Rhodolfo parece que já estão vendidos, graças a Deus! Ou seja: Paulo Autuori tem oito posições para preencher no time titular. OITO! O São Paulo vai de mal a pior e o técnico não tem zagueiros, nem volantes, nem laterais. Quando eu digo "não tem" significa NÃO TEM. Ninguém. Nenhuma opção. Nenhuma saída.

Começo a compreender o que os palmeirenses sentiam no Brasileirão 2012: DESESPERO.


quinta-feira, julho 11, 2013

O fundo do poço pode ser BEM mais fundo do que parece

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Luís Fabiano foi chamado de 'pipoqueiro' pela torcida. E agradeceu! (Foto: Leonardo Soares/UOL) 

No dia 9 de maio, depois de o São Paulo ser eliminado da Libertadores com uma goleada de 4 a 1 para o Atlético-MG (que saiu barato, em vista do volume de jogo do adversário), eu alertei aqui no Futepoca:
"Não sejamos ingênuos, sãopaulinos. A derrota de ontem não será o último vexame de 2013."
Dito e feito: ontem, o time quebrou mais um recorde ao completar, pela primeira vez em sua história, quatro derrotas seguidas em pleno Morumbi. E perdeu - de virada - para o Bahia, clube que enfrenta crise administrativa e é comandado atualmente por um presidente interino indicado pela Justiça. A diminuta torcida do Bahia presente ao estádio encerrou a partida aos gritos de "Olé! Olé! Olé!". E o time comandado interinamente por Milton Cruz só não levou mais gols pela falta de pontaria dos baianos em alguns lances.
"O São Paulo é um time de vagabundo, né, vamos dizer. Porque tem jogador lá que não merece usar a camisa do São Paulo."
Esta frase, dita pelo ex-jogador sãopaulino Haroldo Cristofani, 79 anos, em entrevista ao jornal Lance! (e que reproduzi aqui no blog no dia 3 de julho), resume muito bem o que é o time sãopaulino, hoje em dia. Não vou mais gastar palavras sobre a qualidade técnica do elenco. Pra mim, tirando Jadson e Osvaldo, nenhum outro é imprescindível. Falo, agora, sobre a POSTURA dos jogadores. Ficou nítido, contra o Goiás, o Corinthians, o Santos e o Bahia que os profissionais do São Paulo NÃO QUEREM jogar bola.

Porque, por mais grossos e limitados que sejam, nada justifica ANDAR em campo os 90 minutos, como quem aguarda o tempo passar, com certo enfado e impaciência. Nada justifica tantos passes errados, tantos passes de lado, para trás, tantos chutes a esmo, ridículos. Ninguém que chega a um time do porte do São Paulo é tão ruim nesse nível (tudo bem, É ruim; mas não tanto!). E esse é o maior perigo: o elenco jogou a toalha. Todos, ali, só estão esperando uma transferência. O São Paulo NÃO é o projeto deles.

Exemplo maior: Luís Fabiano, que quase não pegou na bola, tomou dois cartões amarelos e, pra NÃO variar, foi expulso. Certa vez, o camarada Glauco observou muito bem que o São Paulo tem "muita cobra criada". É verdade. Além de Luís Fabiano, Lúcio e Rogério Ceni têm o perfil de quem não vai acatar ordem nenhuma, nem de treinadores e nem da direção do clube. Para eles, o currículo e o salário servem como licença para fazerem o que quiserem - quando e SE quiserem. O resto do time é apenas fraco. Limitado.

Gol do Bahia. Rogério Ceni é uma das 'cobras criadas' do time. (Foto: Leonardo Soares/UOL)

O panorama, este ano, é muito mais preocupante do que nas quatro temporadas anteriores. Porque já deu para perceber que a situação do São Paulo não é "má fase", "crise temporária". É crônica! Estamos em julho, a apenas cinco meses do fim do ano, e não existe "time". Num campeonato como o Brasileirão, perder pontos dentro de casa para Goiás e Bahia pode custar muito caro no final. Leia-se: rebaixamento.

Exagero? Pois lembremos que, em 2013, o São Paulo venceu apenas UM jogo importante, os 2 a 0 contra o Atlético-MG no Morumbi, pela fase de grupos da Libertadores. Mas, convenhamos, o adversário já estava classificado e encarou como jogo-treino, tirou o pé totalmente. Na Libertadores, o São Paulo foi derrotado TODAS AS VEZES que jogou fora de casa. No Paulistão, na primeira fase, o time perdeu para Corinthians e Santos e empatou com o Palmeiras. Ou seja, só venceu os times pequenos, do interior.

E caiu na semifinal - sem que o adversário fizesse força. Assim como na primeira partida da decisão da Recopa, quando o Corinthians também não fez esforço algum para vencer dentro do Morumbi. Agora, assim como na Libertadores, quando foi enfrentar o Atlético-MG no estádio Independência, o São Paulo corre o risco de ser goleado mais uma vez nessa partida de volta, dentro do Pacaembu, dia 17. Será uma derrota que a torcida não vai perdoar, como cartão de "boas vindas" para o técnico Paulo Autuori. Que, com certeza, vai ouvir gritos de "É Muricy!" até o dia de sua demissão, mais do que previsível. 

Torcida do São Paulo, chegou a hora de ter mais fé do que nunca. Porque, com esse time aí, a perspectiva de mudança é quase nula. E o fundo do poço pode ser bem mais fundo. Palmeirenses sabem disso.


domingo, julho 07, 2013

Deu Claudinei Oliveira no duelo de interinos OU Problema do São Paulo não é o técnico

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Durval levou a melhor sobre Luís Fabiano (Ivan Storti/LANCEPress)
O Santos conseguiu uma boa vitória por 2 a 0 contra o São Paulo, fora de casa, e mostrou que pode ser uma boa insistir no técnico interino Claudinei Oliveira (ou transformá-lo em auxiliar de um eventual novo treinador). Na segunda etapa, o treinador decidiu o jogo ao colocar em campo os garotos Giva - que abriu o placar - e Pedro Castro, somando-os a Leandrinho, Neilton e Gustavo Henrique. Este último anulou completamente o centroavante Luís Fabiano e comprovou que a nova safra de moleques da Vila pode, com alguma lapidação, mostrar resultados bem consistentes. Pontos positivos, também, para o goleiro Aranha, que impediu com duas defesas de cinema que o São Paulo abrisse o placar no primeiro tempo, quando teve o domínio da partida; e para Montillo, meia que teve lampejos dos bons tempos de Cruzeiro.

O São Paulo, derrotado novamente em pleno Morumbi (onde já havia perdido para o Goiás), mostrou que, definitivamente, seu problema não é treinador. Milton Cruz, que comandou interinamente o clube após a demissão de Ney Franco, na sexta-feira, até tentou imprimir um toque pessoal: colocou Ganso como ponta-esquerda e desviou Osvaldo para o lado oposto do ataque, com Jadson centralizado na armação e Luís Fabiano na frente. Foi triste ver Osvaldo perder todas as bolas para o veterano Léo e Ganso praticamente não pegar na bola, consolidando-se, cada vez mais, como um peso morto no time e candidato ao banco de reservas com todos os "méritos". Luís Fabiano e Osvaldo perderam gols feitos no primeiro tempo, Jadson perdeu outro no início da segunda etapa e o ditado "quem não faz, toma" prevaleceu...

Mas é gritante a RUINDADE do time do São Paulo. A zaga pesada, lenta e mal posicionada formada por Lúcio e Rhodolfo conseguiu tomar dois gols de cabeça de jogadores que não deveriam superá-los em estatura (pelo menos isso). Rodrigo Caio levou um baile na lateral-direita tricolor, de onde vieram os cruzamentos para os gols. Juan é NULO na lateral-esquerda. O volante Wellington está virando motivo de piada no meio. Denílson, Ganso e Luís Fabiano praticamente não entraram em campo. Aloísio, Maycon e Ademilson não servem sequer como opções no banco de reservas. O locutor radiofônico Nilson César definiu muito bem: Ney Franco fez milagres com esse time enquanto o comandou. Arrisco dizer que 80% dos atletas que ali estão não deveriam nunca ter vestido a camisa do São Paulo - nem em teste.

Qualquer um que venha, Paulo Autuori (o mais provável) ou Muricy Ramalho, terá um imenso "abacaxi" nas mãos. Porque terá que trocar toda a zaga: Lúcio, Rhodolfo, Tolói e Edson Silva são tenebrosos, absolutamente inaproveitáveis. Porque terá, além da (ainda) incógnita Clemente Rodríguez, Reinaldo (que era vaiado recentemente no Sport) e o grosso Juan na lateral-esquerda. Terá que ser virar com o hediondo Douglas e os esforçados Rodrigo Caio e Mateus Caramelo na lateral-direita. Porque suas "opções" como volantes são Denílson (mediano), Wellington (ruim), João Schmidt (fraco) e Maycon (lento e improdutivo). Porque será obrigado, como todos os antecessores, a escalar o NULO Paulo Henrique Ganso. Porque terá Aloísio, Ademilson, Lucas Evangelista, Roni e Negueba no banco, quando pensar em mexer no ataque.

Ou seja: pesadelo. E, enquanto Juvenal Juvêncio for o presidente, NADA mudará. Mais vexames virão. Mais "reforços" inúteis chegarão. E mais técnicos serão trocados, ao sabor dos inevitáveis fracassos.