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quinta-feira, junho 06, 2013
Nem 1.000 nem 1. E Muricy já incomoda o He-Man
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Aldo Rebelo quer mais Estado na gestão esportiva
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Flagrado com o prato cheio, o futepoquense Nicolau esconde-se atrás do cabelo |
O palmeirense Rebelo defendeu que o Estado tenha maior participação na gestão do futebol e de outros esportes, um espaço de influência para “impor determinados limites para a proteção do interesse público e do interesse nacional. A não ser que alguém prove que não há interesse público nem nacional na prática do desporto. Eu acho que há, e muito, não só no futebol”, defendeu.
A afirmação veio em resposta sobre a relação entre o governo federal – que tem como representantes máximos na organização da Copa o próprio Rebelo e a presidenta Dilma Rousseff, ambos ex-participantes de organizações de luta contra a ditadura militar –, ao lado da CBF de José Maria Marin, ex-deputado pela Arena acusado de contribuir para o assassinato do jornalista Vladmir Herzog. A resposta, sem mencionar o nome de Marin, revela uma marca entrevistado, afeito ao hábito de embutir mensagens indiretas em suas respostas.
Rebelo minimizou as desavenças, dizendo que as relações entre governo, Fifa, Comitê Organizador Local (presidido por Marin) e os patrocinadores “têm sido muito boas”. Não negou que o diálogo é precário e que haja diferenças de ideias, “mas que não interferem na realização da Copa”.
“Defendo que haja limitação de tempo e número de mandatos para dirigentes de entidades ligadas ao esporte. Se você tem número limitado de mandatos para presidente da República, prefeitos, governadores, por que não pode ter também para o presidente de uma federação?”, indagou o ministro. Ricardo Teixeira, antecessor de Marin e principal articulador da atual estrutura do futebol, passou 23 anos à frente da CBF.
Atentem para o celular do ministro com a capinha do Palmeiras |
Em outro momento da entrevista, falou da necessidade de mudanças no calendário, tema sensível para as federações e para os clubes. Segundo ele, é necessário uma temporada com mais jogos para os pequenos times do país, que sofrem por não ter o que disputar em dois terços do ano, e menos compromissos para os grandes, que disputam perto de 20 jogos a mais que os europeus e não conseguem internacionalizar suas marcas com excursões e pré-temporadas. Não disse, no entanto, o que o ministério efetivamente fará para contribuir com as mudanças – falou apenas em “mediar” o debate.
Como político experimentado, Rebelo revela-se um entrevistado escorregadio. Auxiliado pelo formato do encontro, com cada blogueiro querendo aproveitar sua pergunta e não interferir demais na resposta que outros aguardam, desliza pelos assuntos com referência históricas e sociológicas interessantes, mas pouco práticas.
Por exemplo, Aldo foi perguntado sobre o porquê da privatização/concessão do Maracanã, arrematado pelo Consórcio Maracanã SA, formado pela IMX, Odebrecht Participações e Investimentos e pela norte-americana AEG Administração de Estádios por R$ 181,5 milhões, não ocorrer antes da reconstrução do estádio, que custou mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. Aldo dá uma volta ao mundo em centenas de palavras para chegar no final e dizer: qual era a pergunta mesmo?
Em linhas gerais, seu discurso valoriza o legado da Copa em termos de infraestrutura para as localidades e das novas oportunidades de negócios que ela pode proporcionar, inclusive o para o futebol como modalidade de negócio, mas revela preocupação com o legado esportivo do evento, temendo a elitização e o distanciamento do povão do esporte que só se consagrou no país graças à paixão que despertou nas massas desde o início do século 20.
“A Copa pode melhorar a estrutura do futebol brasileiro e elevar a renda dos clubes pela qualificação da gestão, ou pode também elitizar o futebol, transformá-lo numa "ópera", de ricos e da classe média, que vão ali como uma diversão e não porque têm paixão pelo futebol, o que seria lamentável. E também não daria um bom destino para o futebol. O futebol só se transformou no que é porque foi abraçado pelo povo”, afirma o ministro.
Leia a seguir os principais trechos da entrevista:
Por que essa insistência em fazer a Copa com 12 sedes? Menos sedes não seria mais vantajoso?
Poderia ser mais vantajoso fazer só em São Paulo. Se pegarmos Itaquera, o Palestra, o Morumbi, Ribeirão Preto, Prudente, São José do Rio Preto e outros estádios, faríamos provavelmente uma Copa melhor que a da Espanha em 1982. No entanto, temos um país com toda sua diversidade geográfica, somos um continente, com metrópoles espalhadas de norte a sul. Uma no coração da selva, outra no coração do Pantanal, outra no extremo Sul, e o Nordeste cheio delas.
Se queremos uma Copa do Mundo no país, vamos fazer em todo o Brasil. Não é difícil fazer Copa em Manaus ou Cuiabá, difícil foi fundar e construir as duas cidades. Para fazer o forte na boca do Rio Negro, as pedras tiveram que ser transportadas de Portugal, lá por 1600. Difícil foi a jornada do Raposo Tavares, que saiu de São Paulo e percorreu esse roteiro todo em dez anos, passando inclusive por Manaus. Esse era o desafio nosso e estamos fazendo.
Desafio vai ser transformar esses estádios, que não costumam receber jogos oficiais, em estádios cheios. Brasília, por exemplo, não costuma ter grandes públicos. Como fazer para eles serem rentáveis depois da Copa?
Nesse sentido, é bom lembrar que Brasília nem existia, foi fundada nos anos 1960. Se vamos construir um estádio na capital do país, ele tem de ser compatível com sua vocação, sua trajetória, e acho que o estádio é isso. Não creio que tenha vocação para elefante branco. Ele vai ter todos os jogos importantes? Provavelmente não.
Wembley (em Londres) é um estádio com esse conceito, um monumento ao futebol no qual acontecem oito, dez jogos por ano. Vive mais de eventos, casamentos, museus, restaurantes, bares, visitação. O estádio de Brasília, o de Manaus, o de Cuiabá ou do Rio Grande do Norte serão estádios, terão jogos, e também eventos.
Em Natal a empresa que constrói já está vendendo os espaços internos pelo melhor preço da cidade. É um espaço como tem hoje no Morumbi. Estive lá outro dia e o Juvenal Juvêncio (presidente do São Paulo FC) me disse que arrecadam R$ 50 milhões por ano em venda e aluguel de espaços para academias, bancos, lojas. Isso vai acontecer no país inteiro. O de Fortaleza já é a sede da Secretaria Estadual de Esportes e da Diretoria de Engenharia e Arquitetura do Estado. Tem auditórios, eventos e todos eles vão funcionar mais ou menos desse jeito.
Lamentavelmente a questão do público no Brasil não é só desses estádios. Veja o público dos jogos do Campeonato Paulista, do Carioca, do Gaúcho. Não se pode falar só dos campeonato menores. Vi jogo do Fluminense no estadual com menos de mil pessoas. Mais da metade dos clubes do Rio Grande do Sul tiveram menos de mil pessoas nos jogos. Então, esse é um problema de todo o Brasil e deve ser enfrentado assim.
Por que não privatizaram o Maracanã antes da reforma? Além disso, as pessoas que tinham camarotes perderam o direito a eles. Isso vai acontecer em outros lugares?
Eu não conheço cada uma dessas realidades estado por estado. Sei que há estado em que o estádio é privado: o do Corinthians, do Atlético-PR, do Inter. Alguns são novos. Outros, reformas. Nesses casos, o governo emprestou dinheiro do BNDES para a reforma ou construção, para o consórcio ou empresa, não para os clubes, o que é proibido. Cobrando todas as garantias que são exigidas de qualquer tomador do BNDES, sem diferença. E num volume muito menor do que os empréstimos que o BNDES faz para outros setores, como telefonia.
Em Pernambuco, o estado cedeu uma área para uma empresa em São Lourenço da Mata, cidade da Grande Recife. Será construído, além do estádio, uma universidade, um shopping, um conjunto habitacional. Acho que são 200 hectares de área, e parte será uma reserva ambiental. Nessa cidade da Copa, várias atividades e serviços serão integrados e o estádio é um deles. Uma rodovia duplicada que já está pronta, um serviço de metrô que está chegando até o estádio. Em São Paulo, a zona leste tem o mais baixo IDH da cidade. A ida do estádio para lá iniciou um processo de transformação. Então, é uma coisa muito boa para a cidade e para a Zona Leste. E agora? Esqueci da pergunta (risos)...
Sobre a privatização do Maracanã.
Primeiro, quando você faz com dinheiro público, é criticado porque gastou dinheiro público. Se faz concessão, é criticado porque foi privatizado. É preciso saber o seguinte: o governo do estado vai ser remunerado? A concessão remunera o poder público? Porque elas estão sendo feitas em outros equipamentos, como aeroportos. O de Guarulhos foi concedido recentemente, todo ele construído com dinheiro público. Ou seja, às vezes o setor privado não está disposto a construir, só a fazer a concessão. O primeiro Maracanã foi construído também dessa forma. Tem que ver se na concessão há remuneração e em quanto tempo esse investimento vai ser amortizado.
Em 2007, quando o Brasil foi escolhido sede da Copa, os políticos presentes no dia comemoraram porque havia sete anos para planejar, escolher cidades, construir estádios. Estamos próximos, da Copa das Confederações e da Copa do Mundo, e há muitos atrasos.
Temos no Brasil uma burocracia muito forte, bem assentada, que envolve órgãos de controle do Executivo, a Controladoria Geral da União (CGU), o Tribunal e Contas da União (TCU); o Ministério Público, o federal e os dos estados; as Defensorias Públicas; órgãos ambientais; o Iphan. Isso cria um coeficiente de atrito, de deslocamento em todas as decisões relacionadas a um empreendimento dessa natureza.
Todo planejamento já deveria levar em conta todas essas circunstâncias, mas é imponderável, você não sabe se sua obra vai ser paralisada por licença ambiental, por ação do MP ou por uma greve. Mas tenho segurança de que as obras serão concluídas dentro do prazo e nenhum atraso comprometerá a realização das Copas.
E que futebol brasileiro teremos no pós-Copa? Vai haver um processo como na Inglaterra, só para a classe média e daí para cima? O povo vai ser impedido de ver futebol?
Essa é uma batalha, não está decidido não. Há um processo econômico...
Por exemplo, uma arrecadação de R$ 7 milhões no jogo entre Santos e Flamengo, no Mané Garrincha em Brasília, é maravilhosa, mas um ingresso médio a R$ 150 não é um preço aceitável.
Principalmente para quem apoia e tem mais paixão pelo futebol, sinceramente não. Alguns defendem que haja uma elitização econômica e social, e justificam ideologicamente afastar o povo e os pobres dos estádios. Eu acho que é uma batalha, não está definido. A Copa pode melhorar a estrutura do futebol brasileiro, elevar a renda dos clubes pela qualificação da gestão ou pode também elitizar o futebol, transformá-lo numa ópera, de ricos e da classe média, que vão ali como uma diversão e não porque tem paixão pelo futebol, o que seria lamentável.
O futebol só se transformou no que é porque foi abraçado pelo povo, embota tenha chegado pelas mãos das elites. O futebol foi uma plataforma de inclusão dos pobres. A primeira celebridade pobre e negra no Brasil foi do futebol. Como um menino como o Friedenreich (filho de um comerciante alemão e uma lavadeira negra) poderia ascender, ser reconhecido e querido se não fosse pelo futebol? Ou o Fausto, que foi para a Copa do Mundo no Uruguai (1930) e voltou celebrado como a “maravilha negra”.
O futebol foi uma espécie de idealização da oportunidade. Aquilo que a educação não permitia, porque era muito restrita a uma parcela da população, o futebol de certa forma ofereceu. Todas as instituições na nossa sociedade que permaneceram e ganharam força foram criadas ou pelo mercado, ou pelo Estado. Corinthians, Palmeiras, Vasco, Flamengo não foram criados pelo Estado nem pelo mercado, mas pela sociedade.
Sobre o mercado, as imposições do organizador não acabam barrando as manifestações culturais?
Eu defendo que voltem, mas a questão é a seguinte: pressionada pelo Ministério Público, a própria CBF fez concessões nesse sentido. Como o evento é da CBF, ela pode dizer o que permite e o que não permite. É como se fosse uma festa organizada por um ente privado. Aqui em São Paulo ficou uma discussão: pode entrar bandeira ou não? E venda de cerveja? Ou seja, todo mundo pode beber cerveja em casa, com a família, na frente dos filhos. No estádio quiseram proibir. A prova de que essa questão não tem muita relação com a violência é que a violência vai sendo cada vez mais praticada distante dos estádios. Os grupos se encontram para brigar, para se matar, longe dos estádios. E se preparam tanto para a briga que não é problema do álcool. Eles priorizam a briga mesmo.
Voltando à questão das sedes fora dos grandes centros, estima-se que eles serão mantidas depois pelos eventos. E se não houver evento o suficiente para dar conta do custo da manutenção? Vai ter concessão para todos, o governo federal entrar com dinheiro público para manter os estádios em pé?
O esforço de construir infraestrutura esportiva do futebol não é só por causa da Copa. O Brasil precisava fazer isso, independente da Copa do Mundo. O Brasil é o país do mundo que tem o maior artilheiros de todas as Copas, que tem os maiores astros de Copas. E esse país que tem toda essa presença no futebol tem apenas 2% do “PIB” mundial do futebol. Ingleses têm 30%, os alemães, um pouco mais de 20%, os espanhóis, 18%, os italianos, uns 16%, e nós lá embaixo. O maior clube de massas do Brasil não tem um estádio próprio. Qualquer time de segunda ou terceira categoria da Espanha, Alemanha ou da Itália tem o seu estádio. E o Flamengo não tem. O Corinthians não tem, vai ter agora. Então, precisava criar essa infraestrutura, melhorar o nosso desempenho.
O país, no entanto, é muito desigual. Alguém se queixa: “Por que na Amazônia, no Centro-Oeste, no Nordeste?” Mas a desigualdade não é só do futebol. Se você for para a Amazônia, você sai de uma cidade da sede do município e anda centenas de quilômetros dentro do mesmo município. E você não pode ir nem de carro, só de avião ou de barco. Essa é a desigualdade do Brasil.
Isso é garantia de que vai haver essas obras de infraestrutura nesses lugares?
Para licenciar uma rodovia no Norte do país, é uma dificuldade muito grande. Mas lá, nessas capitais e metrópoles, existe uma economia capaz de sustentar um estádio. Em cidades como Natal, em torno de 1 milhão de habitantes, você tem atividade suficiente para preencher um espaço como a Areia das Dunas. Em Manaus, você tem essa possibilidade. Porque não é só um campo de futebol. O Vivaldo Lima era um campo grande, lá teve jogos da Seleção Brasileira, mas a Arena Amazônia tem a possibilidade de uma gama de serviços e de atividades que os antigos estádios não tinham.
O presidente da CBF, José Maria Marin, tem um histórico de conexão à ditadura...
A CBF, os órgãos que regulam o esporte no Brasil foram criados pelo Getúlio Vargas. Antes era tudo privado, o Estado não se metia. As maiores ligas do país, de São Paulo e Minas, não se entendiam. Quando a liga do Rio convocava a seleção, como em 1930, São Paulo não mandava ninguém. E vice-versa. Então, não tinha nenhuma seleção brasileira. Acho que só em 1919, quando o Brasil ganhou o primeiro sul-americano, houve um entendimento. Depois o Getúlio criou uma estrutura estatal para tratar do desporto.
Quando acabou o regime militar, as pessoas passaram a acusar que era entulho autoritário, porque o regime militar interferia no futebol, nomeava almirante, brigadeiro, e disseram que tinha de acabar com essa interferência. Só que essa interferência dos militares não seria a mesma da democracia. Quando você tirou o Estado, na democracia, deixou o futebol como uma coisa absolutamente privada, as federações estaduais e os clubes decidem tudo.
E defendo que o Estado tenha uma capacidade de intermediação desses interesses, de impor determinados limites, para a proteção do interesse público e do interesse nacional. A não ser que alguém prove que não há interesse público nem nacional na prática do desporto. Como eu acho que há e muito, não só no futebol.
O diálogo entre o ministério e o Comitê Organizador Local é precário?
Isso não está atrapalhando nada. A cooperação entre governo, Fifa, Comitê Organizador Local e os patrocinadores tem sido muito boa. Nós temos um representante do governo no Comitê Organizador Local. Só de cooperação, muitas coisas para a Copa que dependem do governo. Aeroporto, vigilância sanitária. concessão de visto de trabalho, segurança pública, telecomunicações. Nós participamos, não há nenhum desentendimento nesse aspecto. O que há são diferenças de ideias que não interferem na realização da Copa. Defendo que haja limitação de tempo de mandato e de número de entidades ligadas ao esporte. Defendo. Acho que se você limita os mandatos para presidente, prefeitos, governadores, por que não pode ter também para o presidente de uma federação?
Muitos clubes se queixam que jogam demais (20 partidas a mais do que a média europeia). Outros reclamam que jogam de menos (três meses e passam seis sem ter como pagar um jogador, inclusive os que ganham menos). O mundo do futebol profissional no Brasil é o mundo de baixa remuneração e de grandes dificuldades. Para um jovem que joga futebol, ter salário o ano inteiro para comprar leite, pagar aluguel e sustentar uma família, é muito difícil. As pessoas conhecem essa realidade aqui. Cobrem Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Santos e acha que esse é o mundo do futebol. Nunca chegou na porta de uma prefeitura, como eu cheguei, no interior do Brasil, onde estão jogadores com crianças no colo. Aí chega o técnico, que é outro jovem, e pergunta: “Deputado, o senhor vai falar com o prefeito?” Aí eu digo: “Já sei, a prefeitura não está pagando, atrasou o salário”. E eles: “Não, deputado, atrasou o almoço. Não almoçamos até agora”. Essa é a realidade de mais de 90% do futebol. Então eu digo, tem que ter um calendário maior para esse futebol e tem que ter calendário menor para o outro, que tem que jogar Libertadores, Paulista, Brasileiro, Copa do Brasil. Tem que ter equilíbrio entre isso.
___________________
Participaram da conversa, em ordem alfabética:
Danilo Gonçalo, do Jornalismo FC - http://jornalismofc.com/
Diego Garcia e Pedro Galindo, do Doentes por Futebol - http://www.doentesporfutebol.com.br
Fernanda de Lima, do Donas da Bola - http://www.donasdabola.com.br/
Leandro Canônico, do Meio de Campo - http://globoesporte.globo.com/platb/meiodecampo/
Fernando Cesarotti, do Impedimento - http://impedimento.org/
Marcos Antonio de Oliveira Teixeira, do Blog das Torcidas - http://www.blogdastorcidas.com.br/
Otávio Maia, do Esporte Fino - www.esportefino.net
Paula Máscara, pelo Fora de Campo - http://blogs.lancenet.com.br/foradecampo/
Ricardo Roca, do Futebol Arte - http://www.futebolarte.blog.br/
A transcrição teve ajuda substancial de Alessandra Alves, e a edição teve grande participação de João Peres e Paulo Donizette, os três da Rede Brasil Atual (www.redebrasilatual.com.br).
quarta-feira, junho 05, 2013
Antes do Túlio, São Paulo tenta o gol 1.000
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Pinceladas cariocas - O embate RJ x SP no Brasileirão
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por Enrico Castro
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Wellington e Carlinhos: fora do Flu? |
Chegamos à terceira rodada do Brasileirão e, apesar do campeonato ainda estar em estágio embrionário, seria possível fazer algumas previsões, não fosse a temida janela de transferência para Europa, que, começando por Neymar, já está sacudindo os bastidores de diversas equipes. Só para citar alguns dos clubes que terão suas equipes enfraquecidas, o Fluminense pode ser devastado com as possíveis saídas de Wellington Nem, Carlinhos e Samuel, enquanto o Botafogo pode perder Jefferson e Dória, este para o Cruzeiro. O Atlético-MG já está se despedindo de Bernard, o Corinthians deve negociar Paulinho, Internacional pode vender Damião, e o Grêmio deve ficar sem Fernando.
A verdade é que, mesmo com baixas sensíveis, estas devem ser as equipes que não farão apenas papel de figurantes em 2013. Particularmente, aposto nos times do Rio de Janeiro, que vêm mostrando sua superioridade nos últimos anos, com três títulos contra apenas um de São Paulo. Por falar em quantidade de títulos, abro aqui um parêntesis para dizer que vou restringir a comparação feita nesta dissertação a RJ e SP. Esta área de abrangência faz-se necessária em razão dos demais estados estarem há anos luz de distância no que tange à quantidade de títulos brasileiros. Os únicos que interrompem a dobradinha RJ/SP e fazem alguma graça a cada 10 anos são os times de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, com três e cinco títulos, respectivamente. Títulos de times dos demais estados acontecem com menos frequência que a passagem do cometa Halley pela órbita da Terra.
Flamengo iniciou 'sequência carioca' em 2009
Apesar do RJ levar vantagem recente, historicamente SP leva a melhor. Se considerarmos apenas a era pós 1971, os times de Sampa conquistaram 18 títulos, enquanto os cariocas levantaram 13 canecos (maldito Bangu, que perdeu nos pênaltis a decisão para o Coritiba em 85...). Entretanto, se levarmos em conta a nova regulamentação da CBF, que passou a considerar campeão brasileiro todo e qualquer time que tenha vencido um torneio nacional meia-boca entre 1959 e 1970, onde em algumas ocasiões o “campeão” precisou disputar apenas quatro partidas, a diferença aumenta: SP 28 x 15 RJ. Sejam honestos, “paulistada”! Equiparar um título conquistado no atual formato do Campeonato Brasileiro com os do século passado, listados abaixo, é uma afronta!
Jornal paulista noticiando conquista do Santos após disputar 4 jogos
1960 – Palmeiras (quatro jogos, três vitórias e um empate)
1963 – Santos (quatro jogos, quatro vitórias)
1964 – Santos (seis jogos, cinco vitórias e um empate)
1965 – Santos (quatro jogos, três vitorias e um empate)
1966 – Cruzeiro (oito jogo, sete vitórias e um empate)
Estes torneios deveriam, no máximo, com muita boa vontade, terem a equivalência de uma Copa do Brasil. Se assim fosse, a diferença entre RJ e SP seria reduzida. Placar moral: SP 24 x 15 RJ. No duelo entre capitais, onde seriam descartados os títulos de Santos (8) e Guarani (1), o jogo está empatado: SP 15 x 15 RJ. Confesso que comecei a simpatizar com a visão por este prima. E para ratificar minha aposta nos times do RJ para este ano, apesar de ainda ser cedo, basta olharmos a tabela de classificação. Temos dois cariocas e um paulista no G4, sendo que o Fluminense tem um jogo a menos, tendo portanto a possibilidade de se tornar líder. Enquanto isso, na outra ponta da tabela, temos um paulista e nenhum carioca no Z4. Mero acaso?
Guarani, primeiro time do interior a vencer o Brasileirão, há 35 anos
terça-feira, junho 04, 2013
Equivalência (na ruindade)
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Juan jogou muito mal em 2011 |
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O grosso Piris fazia a alegria de Neymar |
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Douglas: ruim até como reserva |
No São Paulo, simplesmente não existem. Assim, simples! E o futuro imediato, mais uma vez, mostra-se muito nebuloso - e desanimador - pelos lados do Morumbi.
segunda-feira, junho 03, 2013
'Um, dois, três: o Guariba é freguês!'
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Chico Palhares no estádio que idealizou e projetou para o CAT há mais de 30 anos |
domingo, junho 02, 2013
Brasil 2 x 2 Inglaterra: Felipão dá a batuta a Neymar
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Neymar teve liberdade no primeiro tempo e foi bem (Foto: Bruno de Lima/Lancepress) |
Felipão armou um esquema todo voltado para Neymar, com a 10 às costas. Botou Hulk pela esquerda, Oscar pela direita e Fred na centroavância para deixar um espaço enorme para a flutuação do ex-santista. Nesse sentido, deu certo: Neymar jogou bem e criou as principais chances da seleção.
Não deixa de ter suas idiossincrasias, porém. Hulk ganhou fama jogando pela direita, onde corta pro meio e usa a potente canhota. Foi para a esquerda, não sei bem por que. Do outro lado, Oscar demorou um pouco a se adaptar à função de ponta, que criou uma dinâmica curiosa e pouco proveitosa com Daniel Alves, em que o rapaz do Chelsea, armador por natureza, ia para a linha de fundo e o lateral do Barça fechava como armador. Estranho.
A armação foi também um pepino da coisa. Paulinho não se achou, talvez pela insistência de Felipão na importância da marcação para os volantes, e pouco contribuiu para a criação de jogadas. Luiz Gustavo até foi melhor no quesito, mas não parece ser a sua. Com Oscar aberto na direita, o sacrifício mais doloroso do esquema feliponesco, a transição ofensiva enroscou um pouco, bastante atrapalhada também pela forte marcação dos ingleses.
Na segunda etapa, Felipão colocou Hernanes ao lado de Paulinho, naquela que seria minha dupla de volantes. A qualidade dos dois apareceu nos gols brasileiros, um de Fred em sobra de chute de Hernanes e outro em belo voleio do corintiano. Marcelo também entrou e deu muito mais qualidade na ala esquerda, mostrando que também é titular.
Depois do primeiro gol, no entanto, a Inglaterra lembrou que podia atacar e começou a criar chances. Apareceu aí certa fragilidade do setor defensivo e dois gols ingleses, um de Chamberlein e outro de Rooney, que podia vir jogar no Corinthians. Duas jogadas que mostram certa frouxidão na marcação dos jogadores de meio.
O time de Felipão mostrou coisas boas, especialmente quando deixou Neymar jogar. Faltam uns ajustes, definir os titulares e deixar o povo se entender dentro de campo. Não será um time genial, mas dá pra ganhar uns joguinhos.
sexta-feira, maio 31, 2013
Procura-se voluntário para beber cerveja e evitar doenças do coração
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Deu no Estadão desta sexta-feira, 31.
O Hospital do Coração, de São Paulo, promete repetir estudos sobre vinhos para medir o papel do consumo moderado de cervejas na prevenção de doenças do coração.
A inovação: avaliar a cerveja em seu mais nobre papel, o de alimento.
Como já ensinava Noel Rosa e tantos outros ébrios de menor reputação boêmia, o fermentado de malte com água e lúpulo é pão líquido. E, que se sólido fosse, Jânio Quadros e todo manguaça comê-lo-ia.
Segundo consta, faltam detalhes a serem definidos no estudo, mas serão formados dois grupos para comparações, um de abstêmios e outro de consumidores regulares de breja.
O álcool tem papel de prevenir entupimentos de artérias e de preservar vasos sanguíneos. As vitaminas do complexo B também ajudam.
O problema é que, certamente, a pesquisa vai concluir que moderação é pré-requisito para que o bem cresça no médio prazo. Tudo porque também se sabe dos efeitos nocivos do etanol para outros órgãos, como o fígado (aka Figueiredo), pâncreas, estômago, e mesmo para favorecer diabetes, hipertensão e por aí vai.
Quem sabe o estudo desvenda de vez a quantidade equivalente à moderação?
Isso quer dizer que haverá voluntário comedido, atlético, bêbado contumaz, de perfil mais do boteco e mais doméstico, além de outros espécimes. Então, admito, o título do post fica meio inadequado, otimista -- como um copo meio cheio na mesa do bar.
Até lá, a gente só sabe que pode usar cerveja no lugar de isotônico, para hidratação depois de praticar esportes. Só precisa começar alguma atividade esportiva antes de pensar nesse uso...
Foto: VulcanOfWalden/WikiCommons
quarta-feira, maio 29, 2013
Na seca por 18 meses, há 10 anos
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Pinceladas cariocas - Vasco entre rebaixados e Flu favorito ao título
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por Enrico Castro
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Quem levantará essa taça no fim do ano? |
Enfim, começou o Brasileirão! E com apenas uma rodada os especialistas de plantão já são capazes de apontar candidatos ao título, bem como ao rebaixamento. É muito cedo para fazer qualquer tipo de afirmação, ainda mais com a pausa para a Copa das Confederações e janela de transferência para Europa no meio do ano. Mas, mesmo com todos os problemas, o bom do Campeonato Brasileiro é justamente a imprevisibilidade. Diferentemente da maioria dos campeonatos nacionais europeus, é praticamente impossível saber quem vai ser o campeão, quais times se classificarão para as competições continentais ou quem serão os rebaixados.
Torcida do Galo espera título há 42 anos O GloboEsporte.com, em parceria com a revista Monet, realizou uma pesquisa com 343 jogadores das sérias A e B, que deveriam responder quem seriam os rebaixados e o campeão. Podemos dizer que não houve surpresas. Para o rebaixamento, de baixo para cima, os “campeões” foram: Criciúma, Portuguesa, Náutico, Bahia, Ponte Preta e Vasco. Já os favoritos a campeão de fato, de cima para baixo, foram: Atlético-MG, Corinthians, Fluminense, Grêmio e São Paulo. Dois fatos peculiares para os cariocas podem ser extraídos desta pesquisa: 1) O Vasco recebeu apenas 1 voto para campeão, mesma quantidade recebida pelo Fluminense para o rebaixamento; 2) Isso reflete a situação atual de cada time e a credibilidade de ambos perante seus colegas de profissão.
Mas os cariocas estrearam bem, obrigado. Com duas vitórias e dois empates, conquistaram 8 dos 12 pontos disputados. E justamente Vasco e Fluminense, jogando como mandantes, conseguiram vencer, enquanto Botafogo e Flamengo empataram fora de casa. No sábado, no jogo de abertura do campeonato, o Vasco venceu o clássico Manoel & Joaquim contra a Portuguesa por 1 x 0.
Dinheiro na mão dos cartolas é vendaval Para continuar no rumo das vitórias, a torcida cruzmaltina organizou uma vaquinha para pagar as dívidas angariadas por dirigentes incompetentes. Não acho correto este tipo de atitude, mas há que se reconhecer a perspicácia dos idealizadores do projeto, que consiste no abatimento/quitação de dívidas federais através de pagamentos avulsos de DARFs (Documento de Arrecadação de Receitas Federais) por parte dos torcedores, o que impede que a grana passe pelas mãos dos vorazes dirigentes vascaínos. Até o momento, já foram abatidos R$ 213.398,00 de um total de R$ 52 milhões que o bacalhau deve à Fazenda Nacional. Agora, convenhamos: doar dinheiro para clube de futebol sair do buraco criado por dirigentes sanguessugas é o fim!
Enquanto os titulares descansavam visando a partida decisiva pelas quartas-de-final da Libertadores nesta quarta-feira no Paraguai, o Fluminense, com time reserva, venceu o Patético-PR, digo, Atlético-PR, por 2 x 1. Levou um tremendo sufoco no 2º tempo, mas conseguiu se fechar e garantir seus primeiros 3 pontos. A partida valeu para mostrar que o Tricolor possui peças de reposição que podem dar conta do recado durante a competição. E está mais que comprovado que vence o Brasileirão quem tem elenco, e não quem tem o melhor time.
Enrico Castro é tricolor (do Rio!), analista de sistemas, servidor público. Entende tanto de futebol que tem certeza que o Dimba (aquele mesmo do Goiás, Botafogo e etc) é um craque e brilharia na Champions League. Não é preciso dizer mais nada.
Hernane conseguiu cavar uma vaga no banco Já o Botafogo foi a São Paulo e garantiu 1 ponto no empate contra o Corinthians. O time de Oswaldo de Oliveira jogou melhor durante a maior parte do tempo e mostrou para os paulistas campeões do mundo que os cariocas estão dispostos a manter a hegemonia dos últimos anos quando faturaram 3 dos últimos 4 Brasileirões. O mesmo aconteceu no jogo entre Santos e Flamengo, no qual o rubro-negro não quis saber da despedida do fanfarrão Neymar e tratou de encurralar o Peixe. Pecou, entretanto, na falta de pontaria de seus atacantes trombadores. Se o que técnico Jorginho precisava era de uma má atuação de Hernane, para com isso justificar a entrada de Marcelo Moreno no time titular a partir da próxima rodada, ele conseguiu.
domingo, maio 26, 2013
Dois a zero com dois a menos
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A despedida de Neymar. O difícil adeus do torcedor do Santos
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Neymar comemora seu primeiro gol pelo Santos |
O ludopédio brasileiro, é fato, não está preparado para segurar talentos como o dele. Triste. Para ele, para os santistas, para o futebol das bandas de cá. Podem surgir outros casos similares, nos quais jogadores queiram ficar aqui ou em algum outro país vizinho, mas, por enquanto, serão exceções, não regra. vão sempre calcular e especular sobre o dia em que partirão. Vai demorar muito para erguermos a cabeça e olharmos o Velho Mundo de igual para igual. A ida do moleque faz o santista lamentar, mas deveria fazer os "gênios" do futebol brasileiro refletirem. Olhamos pra você e vemos nossa pequeneza, e o quanto poderíamos ser grandes e não somos.
O comunicado do jogador:
Galera !! Tô aqui reunido com amigos e familiares e eles me ajudaram a escrever algumas coisas aqui... É que não vou aguentar até segunda-feira... Minha família e meus amigos já sabem a minha decisão. Segunda-feira assino contrato com o Barcelona. Quero agradecer aos torcedores do Santos por esses 9 anos incríveis. Meu sentimento pelo clube e pela torcida nunca mudará. É eterno !! Só um clube como o Santos FC poderia me proporcionar tudo o que vivi dentro e fora de campo. Sou grato a maravilhosa torcida do peixe que me apoiou mesmo nos momentos mais difíceis. Títulos, gols, dribles, comemorações e as canções que a torcida criou pra mim estarão pra sempre em meu coração... Fiz questão de jogar a partida amanhã em Brasília. Quero ter a oportunidade de mais uma vez entrar em campo com o "manto" e ouvir a torcida gritar meu nome... como diz o hino, "é um orgulho que nem todos podem ter..." É um momento diferente pra mim, triste (despedida) e alegre (novo desafio). Que Deus me abençoe nas minhas escolhas... E estarei sempre em Santos !! #Toiss
Nunca foi tão triste escrever um post.
sábado, maio 25, 2013
Corinthians: campeonato novo, problemas velhos
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Gol de Paulinho salvou jogo fraco do Timão (Daniel Augusto Jr./Ag Corinthians) |
Começando pelo Botafogo. Um belo time o montado por Oswaldo Oliveira, comandado em campo pelo meia holandes. Tendo Lodeiro como parceiro, Seedorf organiza no toque de bola o time, que tem na marcação forte e organização suas maiores virtudes.
Pelo lado paulistano, Tite manteve a escalação que bateu o Santos no Paulista e foi eliminada pelo Boca, com Danilo pelo meio, Sheik de um lado, Romarinho do outro, Guerrero na referência. Como nas partidas anteriores, o time sofreu com a falta de meio campoe penou para criar jogadas. A marcação adiantada feita pelo Fogão não ajudou nada e, depois do Boca, está ficando claro que é melhor jeito de ferrar esse time do Corinthians.
Ainda assim, apareceram algumas chances, principalmente em chutes de fora da área. Nada grave, porém, e o primeiro gol foi do Botafogo, num ataque pela direita com conclusão de Rafael Marques em falha de marcação da defesa, que fica mais desencontrada com Edenílson na lateral direita. Terminou assim o primeiro tempo, decepcionante para minhas pretensões de atropelar o Brasileirão.
Tite fez algo fora de seus costumes e trocou já no intervalo: Danilo por Douglas, Guerrero por Pato. Mexida errada, a meu ver. A menos que tenha sentido alguma contusão, Danilo deveria ter ficado em campo ao lado de Douglas, para melhorar a armação. E Sheik sempre é meu candidato favorito a sair do time, não Guerrero.
Comprovando a tese do meio campo, o time piorou o toque de bola e passou a só levar perigo na correria e no chutão. O gol de empate saiu em bola parada, que temrinou em cabeçada de sorte de Paulinho, sempre ele. Pato jogou mal pra caramba, queimando o filme de meus insistentes pedidos por sua titularidade.
Terminou assim, sem mais emoções. Tite tem trabalho a fazer.
sexta-feira, maio 24, 2013
Série B 2013 dá pontapé inicial hoje à noite
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Por Série Brasil
Hoje (24), à noite, começa a Série B 2013 com quatro partidas. Amanhã, outras seis completam a rodada daquela que promete ser uma das mais equilibradas edições da competição nos últimos anos, pelo menos na disputa de três vagas, já que muitos dão o acesso do Palmeiras como certo.
Tal favoritismo alviverde tem base em um fator simples: a diferença de poderio econômico do Verdão em relação aos rivais. Em termos de direitos de transmissão de TV, por exemplo, o Palmeiras vai receber R$ 80 milhões; o Sport, R$ 20 milhões, enquanto os outros 18 clubes receberão R$ 3 milhões cada. De acordo com estudo da Pluri Consultoria, os atletas que vão tentar levar a equipe paulista à elite têm um valor estipulado em R$ 121,4 milhões, quase três vezes mais do que o segundo colocado no ranking, o Sport, cujos jogadores valem R$ 42,6 milhões. Os elencos dos clubes que disputam a Série B de 2013 valem € 224 milhões (R$ 583 milhões), colocando o campeonato na 25ª posição entre as competições nacionais mais valiosas do mundo.
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Sport, um dos favoritos (Wagner Damásio/Site Oficial) |
Mas claro que não é só o dinheiro ou um plantel com jogadores caros que decide quem vai disputar a Série A em 2014. Se fosse assim, o Palmeiras sequer teria caído... No entanto, é inegável que alguns times saem na frente na competição. Levantamento feito pelo G1 com jogadores que vão disputar a Série B mostra que os favoritos são justamente aqueles que caíram em 2012. Os 343 boleiros ouvidos tinham que apontar os quatro times que subirão e o Palmeiras foi indicado por 86,6% deles. Na sequência, Sport, com 69,1%; Figueirense, 41,4%, e Atlético-GO, 36,7%.
A Série B ainda tem outra peculiaridade nessa edição. Depois da 6ª rodada o torneio para por conta da Copa das Confederações. É um período de um mês no qual os times podem se reforçar, treinar, fazer pré-temporada e mudar ainda mais o rumo.
A geografia da Série B
São Paulo é o estado que tem mais clubes na disputa, cinco: Palmeiras; São Caetano, que foi quinto colocado em 2012 mas amargou um rebaixamento no estadual de 2013; Oeste, campeão da Série C; Bragantino, que disputa sua sexta temporada na Série B (só perde para o Azulão, que está na sétima); e Guaratinguetá, que lutará para permanecer na Segundona em 2014.
O segundo estado com mais representantes é Santa Catarina, que tem quatro times na disputa e que devem vir fortes: Figueirense, Avaí, Joinville e Chapecoense. Minas tem o Boa e América; o Ceará vem com Icasa e Ceará; o Rio Grande do Norte traz ABC e América. Sport representa Pernambuco; Paraná, o estado homônimo; Atlético, Goiás; ASA, Alagoas; e o Paysandu não só representa o Pará como também é o único time da região Norte.
As partidas da sexta-feira
Dois jogos abrem o torneio de 2013 às 19h30. O Oeste de Itápolis recebe o Avaí e no Anacleto Campanella o São Caetano pega o Ceará. O Boa enfrenta a Chapecoense às 21h50 e, no mesmo horário, o Paysandu comemora a volta à Série B contra o ASA. Amanhã (sábado, 25), duas partidas em Santa Catarina. O Figueirense pega o América-RN e o Joinville enfrenta o Bragantino, ambos os jogos às 16h20. No mesmo horário, O Icasa joga contra o Sport e o Palmeiras estreia no Novelli Junior, em Itu, contra o perigoso Atlético-GO, vice-campeão goiano. O ABC dá o pontapé inicial na Série B jogando com o Paraná e o Guaratinguetá pega o América-MG, partidas que ocorrem às 21h e fecham a rodada.
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