Destaques

quarta-feira, janeiro 20, 2010

Souto e Arouca: bom negócio para todos?

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Enquanto este post está sendo escrito, Santos e São Paulo finalizam os detalhes da troca envolvendo Rodrigo Souto e Arouca. A pergunta é: quem ganha e quem perde com o negócio?

Analisando quase friamente - na medida do possível para um torcedor - a permuta pode ser interessante para os quatro lados, a saber, os dois clubes e os dois atletas. Rodrigo Souto não tem um desempenho regular desde a malfadada negociação com a Rússia, situação que só se agravou com o tal caso do doping. De jogador promissor e fundamental para a equipe, passou a oscilar boas e más atuações, falhando muito na marcação e parecendo aéreo em certos momentos durante o jogo.

Já Arouca não conseguiu se firmar em uma equipe coalhada de volantes e jogadores de marcação. Ora era titular, ora reserva. Teve até mais visibilidade que seu companheiro de Fluminense Júnior César, mas brilhou menos que o seu também colega de time e de ex-time Washington.

Para os dois atletas, a permuta é uma boa, e para os clubes? O Santos tem como segundo volante Rodrigo Mancha, jogador combativo mas com passe deficiente e excessivamente faltoso. Arouca é muito superior. Já o São Paulo pode voltar à formação onde Hernanes joga mais adiantado, com Souto fazendo as vezes de primeiro ou segundo homem da marcação - caso Ricardo Gomes insista com Jean na lateral-direita - ou mesmo como terceiro homem do meio. Acertando os termos - e tempos - de contrato, pode ser vantajoso para os dois técnicos.

*****
Ainda que a imprensa tenha repercutido que Dorival Junior "lamenta" a perda de Souto, o fato é que o treinador entendeu a situação embora, obviamente, preferisse que Arouca chegasse sem perder nenhum jogador. Mas, conforme apurou o Futepoca, dados os valores salariais em jogo, o Santos vai economizar pouco mais de R$ 1,2 milhão por ano.

O quase ex-volante santista estava no rol dos atletas que a diretoria discutia a redução salarial para se enquadrar no novo teto peixeiro. Comenta-se inclusive que a remuneração de Souto atravancou a negociação do Santos com Fábio Costa, já que o goleiro soube dos valores que recebia o volante e quis aguardar para não ficar atrás ds companheiro de time.

terça-feira, janeiro 19, 2010

Som na caixa, manguaça! - Volume 48

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SAI DESSA
(Natan Marques / Ana Terra)

Elis Regina
(* 17/03/1945 . + 19/01/1982)

Sonhei que existia uma avenida
Sem entrada e sem saída pra gente comemorar
Toda hora, todo dia, toda vida

Na tristeza e na alegria, sem platéia e sem patrão
Hoje eu sonhei que cerveja sai da bica
No banheiro não tem fila nem existe contramão
Que o trabalho é ali na nossa esquina
E depois do meio dia, nem polícia e nem ladrão

Sonhei, como faço todo dia
Como você não sabia, meu senhor não levo a mal
A beleza, o amor, a fantasia
O que tece e o que desfia não se aprende no jornal

Hoje eu sonhei, mas não vou pedir desculpas
E nem vou levar a culpa de ser povo e ser artista
Sem essa, moço, por favor não crie clima
Seu buraco é mais embaixo nosso astral é mais em cima

(Do LP "Vento de Maio", EMI, 1980)

Contra brigas por causa da cervejinha: simulador de ambientes

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Reza a lenda que em recente pesquisa de mercado, e também em consideradas conversas etílicas, a cerveja e as saídas noturnas são as principais causas de brigas e até mesmo divórcio dos casais argentinos. Pois bem, para combater a cizânia (vai no dicionário) e a discórdia por conta das "escapadinhas", a cerveja Andes arranjou uma solução: um simulador de ambientes, que começou a ser instalado em outubro de 2009 em bares de Mendoza, na Argentina.

Foto: Reprodução
A situação é cômica: ao tocar o telefone celular e ser identificada aquela chamada... hã... de casa... você iria para o simulador e escolheria o som do ambiente: reunião, cinema, supermecado, consolando amigos, dentista e até motor fundido! Assim, você seria "teletransportado" para um ambiente menos comprometedor do que o bar. A imagem do simulador, à moda do teletransporte utilizado no filme A Mosca, é mais cômica ainda (ver foto).

Só que não são só os argentinos que têm suas alternativas para as tais escapadinhas. Em São Paulo, um bar da região dos Jardins instalou uma cabine telefônica, apelidada de cabine cornofônica, em 2008, e que também simula sons para despistar o real paradeiro dos clientes. Então, será que los hermanos andaram nos imitando?

Independentemente do plágio ou não, o site da campanha conta com simulador do tal "Teletransporter", e os comerciais de TV foram reproduzidos na internet e no site de relacionamentos Facebook – mas ninguém quis comprar a opinião de nenhum blogueiro.

As peças, diga-se de passagem, são bem machistas. Mas lembrem-se quantas vezes nós, mulheres, não levantamos da mesa do bar e saímos correndo com o celular na mão proporcionando cenas sempre ridículas, para atender aquele telefonema do chefe, dar aquela desculpa pelo atraso no encontro com outros amigos, aquele jantar em família que você esqueceu e, por que não, aquele perdido no namorado.

Importante ressaltar também que, na campanha da cerveja argentina, o conceito de bar se aproxima muito do lugar de balada, e não do tradicional boteco. Compreensível, até porque ninguém imagina um trambolho desses no meio de um bar como era o saudoso Bar do Vavá.
Em tempo: O Futepoca reafirma sua preferência pelos botecões.

segunda-feira, janeiro 18, 2010

Festa portuguesa no sábado e no domingo

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Bom, como o camarada Moriti está demorando muito pra analisar mais uma derrota do São Paulo e a Thalita nem deve estar muito chateada, pois também torce pra Lusa, vou cumprir aqui o sacrificante papel de sãopaulino de plantão. Não vi o jogo, só o golaço do Marcelinho Paraíba (que aparece com a bola na foto). Reestreou com gol, chegou a 47 com a camisa tricolor. Mas, voltando à partida, fiquei sabendo que o Rogério Ceni perdeu um pênalti e o Washington um gol mais do que feito (pra variar...), depois de uma linha burra bem burra dos defensores lusitanos. E o castigo veio a galope: no segundo tempo, o estabanado Richarlyson fez um pênalti bobo e a Lusa empatou. Logo em seguida, o ex-sãopaulino Marco Antônio virou o placar. Também pra variar, Dagoberto arrumou mais uma expulsão (e a gente ainda fala mal do Domingos, que riu por último). Tranquila, a Portuguesa teve tempo de fechar em 3 a 1 a derrota do Tricolor em pleno Morumbi. Curioso é que no sábado eu fui a uma festa de casamento na Vila Leopoldina em que o noivo era sãopaulino e a família da noiva, toda de portugueses. Foi uma festa "portuguesa com certeza", com banda típica, música, dança, vestes, comida e muito vinho. Devia ter desconfiado de que era prenúncio de alguma coisa: o São Paulo bailou o vira na estreia do Paulistão. Ora pois pois, Ricardo Gomes!

Rio Branco 0 X Santos 4 - uma goleada mais que simbólica

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Se a vitória do Santos por 4 a 0 contra o Rio Branco é para ser vista com algumas reservas, dada a fragilidade do adversário, é sempre bom estrear com goleada. Ainda mais analisando o contexto, um time com uma dupla de zaga nova, com dois atletas retornando de empréstimo e, acima de tudo, um grupo tentando apagar a péssima imagem do ano passado quando, das dez últimas partidas, venceu apenas duas no Brasileirão. No entanto, a partida de ontem no Pacaembu foi carregada de simbolismos, com algumas cenas que permitem ao santista vislumbrar um futuro melhor e esquecer os últimos trágicos dois anos.

Se o Rio Branco poderia oferecer alguma dificuldade com sua forte marcação, Paulo Henrique Ganso, em uma finalização pra lá de feliz, facilitou tudo logo aos 2 minutos de jogo. Aos 19, André passou para Ganso, que cruzou para Neymar fazer. Um trio de garotos que, junto com Wesley, se movimentou o tempo todo sem a bola, abrindo espaços importantes na defesa adversária.

Ali, a toalha já estava jogada e o Rio Branco pouco assustava. Após o intervalo, o torcedor se agitava, menos por conta da partida e mais para ver o retorno de Giovanni, impaciente no banco. Quando Dorival Júnior pediu para os reservas se aqueceram, a agitação tomou o Pacaembu. Que lembrou, aliás, outra partida, contra o Oeste de Itápolis. Na ocasião, todos que estavam no estádio olhavam para o banco, esperando a hora que Mancini fosse colocar o garoto Neymar para fazer sua estreia como profissional. Agora, não era a vez do aluno, mas sim do professor.



Aos 13, o técnico o chama. Ele entra aos 15 e precisa de cinco minutos para mostrar a que veio. Domina a bola, dá dois toques nela no ar e vê a chegada de Ganso na área. Aliás, o garoto que ele mesmo indicou para o Santos. Toca na medida e sai o terceiro gol.

O jovem artilheiro se vira e aponta para o eterno dez, agradecido pelo presente. O veterano, emocionado, é abraçado por todos os jogadores. Dentre eles, um feliz Roberto Brum que, assim como Giovanni, também havia sido expurgado por um técnico vaidoso e autoritário que acredita no velho lema do “dividir para reinar”, expulsando do elenco qualquer um que tenha ascendência sobre os jogadores.

E é a cena da comemoração do terceiro gol, mais do que o gol em si, que fica na memória. Retrata um grupo unido, comprometido, e feliz. Ao contrário do cenário de desolação que se arrastou durante muito tempo na Vila Belmiro, culminando com a derrota para o Cruzeiro na Vila. É cedo para falar, mas hoje ao menos o torcedor do Santos pode ter esperança. Algo importante porque, há pouco tempo, até isso lhe era negado.

*****

Embora o jogo tenha sido fácil, mais ainda com a expulsão do zagueiro Kléber, aos 11 do segundo tempo, é possível avaliar algumas deficiências e virtudes do time na estreia. Se Brum fez bem o papel de volante à frente da zaga, Rodrigo Mancha, na função de segundo homem de marcação no meio, foi lento em alguns lances e faltoso de forma desnecessária em outros. Pará também não tem condições de ser titular do time, algo que já havia ficado patente em 2009. Se Léo não tiver condições físicas para suportar toda a temporada, a lateral-esquerda precisará de mais um reforço.

domingo, janeiro 17, 2010

Palmeiras 5 a 1 sobre o Mogi. Importante goleada na estreia

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Foi por 5 a 1 a goleada de estreia do Palmeiras no Campeonato Paulista 2010. Diante do Mogi Mirim, o alviverde demorou trinta minutos para abrir o placar, mas garantiu um marcador elástico com bom toque de bola e disposição.

Ótimo.



A rigor, a importância do resultado é mais para registrar que o time pode ser bom, apesar do final reticente do ano passado, do que de projetar os feitos para 2010. Por isso acho que o futebol mostrado e o placar alcançado eram obrigações, resposta a muita crítica engatilhada da torcida e da mídia.

Diego Souza, como jogador de frente, foi o autor de dois gols, mas Cleiton Xavier também se destacou, marcando um de pênalti e cruzando ou chutando ao gol em outros dois (o de Léo e de Robert).

Apenas três estreias foram promovidas. Léo na zaga e Márcio Araújo, no meio, não chegaram a ser testados pelo ataque do Sapo, mas fizeram boas partidas. O zagueiro fez seu gol, mas falhou no tento mogiano, conferido por Geovane. William, como meia, rendeu menos e deu lugar a Deyvid Sacconi, mas não se pode avaliar nenhum dos jogadores por uma partida.

O mesmo vale para o time. Muricy Ramalho segue reclamando mais reforços, mesmo sem ter a Libertadores da América pela frente, apenas a Copa do Brasil e o estadual no primeiro semestre. Ainda prefiro Diego Souza no ataque do que no meio, porque ele e o time rendem mais. Mas faltam ainda uns reservas, gente no ataque e opção para se variar taticamente.

O ano vai ser longo, isso todo palmeirense sabia. Espero que seja, também, bom como a estreia.

sábado, janeiro 16, 2010

Olhar dos Pampas - Quem disse que gaúcho não entende de cerveja?

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LETICIA PEREZ*

É isso mesmo, quem disse que gaúcho não entende de cerveja?

Afinal, propaganda de cerveja só dá carioca, gente na praia ou os paulistas fazendo “happy hour” no bar. Como estratégia de marketing de massa, até vai, afinal a TV sempre tentar homogenizar o país e ainda temos marqueteiros que pensam o eixo Rio-SP, como o centro do país, composto por consumidores alvoraçados...

Mas, aqui no Rio Grande do Sul as coisas são diferentes. Nem tudo o que funciona lá dá certo aqui.

Como é minha estreia no Futepoca, a minha dica fica para a cerveja viva chamada Coruja. Esta cerveja tem uma história peculiar (como diria minha avó). Um dia um carinha, estudante de arquitetura na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS ) resolveu produzir cerveja no apartamento, exatamente no centro de POA.

O Mika, dono da fábrica, é um alemãozão daqueles que só se encontra aqui no sul. Seu avô era cervejeiro da Bohemia e ensinou ao neto como se fazia uma boa cerveja. E não é que o guri aprendeu!?

Uma cerveja artesanal não-pasteurizada, feita com lúpulo, fermento, água e três vezes mais malte de cevada... De tanto ver os amigos tomar a sua deliciosa cerveja em casa e de graça, decidiu “se juntar” (como se diz nas barrancas do Uruguai) com outro amigo e pimba: foi criada a Coruja.

Ouvi do próprio Mika a história, um dia, sentada num murinho no Cais do Porto em Porto Alegre.

A Coruja cresceu e hoje é praticamente uma holding, com bar na Cidade Baixa, chopp em vários lugares e uma distribuição bem bacana para venda. Ela é cheirosa, encorpada, deliciosa. E com uma proposta visual tuuuudo de bom. A garrafa remete a um frasco de remédio antigo, um charme. E, se vale o trocadilho, é um bálsamo!



*Leticia Perez é gaúcha tricolor, historiadora, passou pelo jornalismo e trabalha com comunicação e marketing. Além de: Taurina, louca por pizza e interessada em cachaças de todos os tipos e claro no futebol e na politica e na própria maldita. Escreve no Futepoca regularmente na coluna: Olhar dos Pampas

sexta-feira, janeiro 15, 2010

Com gastroenterite, Lucia Hippolito acusa "patrulha da lama"

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Dois dias depois de uma inserção meio trágica em sua coluna "Por dentro da política", a cientista política Lucia Hippolito respondeu, em seu blogue, o que aconteceu na noite de quarta-feira, 13. Após ter seu momento Vanusa e Fernando Vanucci por não dizer coisa com coisa, a comentarista acusa as críticas e seus autores de "patrulha da lama".

Tudo não passou de um erro, admite, mas cuja explicação é "muito mais prosaica do que do que as interpretações mirabolantes que possam circular por aí".

Segundo o post, desde 10 de janeiro, uma gastroenterite a aflige. "Melhoro um dia, pioro no outro, e ninguém encontra uma causa plausível", lamenta. "No dia 13, quarta-feira, errei ao entrar no ar. Estava com muitas cólicas e, na hora de falar, tive uma cólica lancinante. Não conseguia controlar a dor."

Ela diz naõ ter ideia do que falou e diz que "preferimos" cortar a ligação. Na verdade, quem decidiu por isso, aparentemente, foi o apresentador Roberto Nonato. a não ser que houvesse outra forma de comunicação dela com a redação.

"Na hora em que larguei o telefone e corri para vocês-sabem-onde", completa. Espero que "vocês-sabem-onde" não tenha telefones piscando.

Além de agradecer a seus leitores que a apoiaram, ela disparou contra os críticos. "Obrigada de coração pelo carinho de vocês. Vocês são dez! O resto é a patrulha da lama em ação."

"Obrigada pelo carinho", com a resposta aos malvados como o Futepoca, está no Por dentro do Blog.

Esclarecido.

Deu a louca no Ricardo Gomes?

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Duas coisas me chamaram a atenção no noticiário sobre o São Paulo nesta semana: primeiro que o time titular está treinando com dois zagueiros, André Dias e Miranda, depois de cinco anos no esquema 3-5-2 (instituído por Emerson Leão em 2004). Segundo que o time está tentando o retorno de Cicinho para a lateral-direita, sob a justificativa de que o volante Jean está jogando improvisado e González seria deficiente na marcação. Ué, será que o Cicinho, alguma vez na vida, foi especialista em marcação? E ainda por cima sem a proteção de três zagueiros? Vai entender o Ricardo Gomes...

Exceções

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O Paulistão deste ano começa neste final de semana com a pecha de "campeonato de veteranos". Roberto Carlos veio para o Corinthians aos 36 anos, Marcelinho Paraíba retornou ao São Paulo aos 34, Giovanni passa pela terceira vez pelo Santos às vésperas de completar 38 e Juninho Paulista decide reforçar o próprio time que dirige, o Ituano, aos 36 - entre outros casos que devo estar esquecendo de mencionar (Luizão, Amoroso, Cafu etc). Mas há dois casos diferenciados entre os "vovôs". São atletas que, ao contrário dos outros veteranos, nunca abandonaram seus clubes, não foram jogar na Europa e não estão voltando apenas no fim da carreira. Óbvio que estou falando dos goleiros Marcos, do Palmeiras, e Rogério Ceni, do São Paulo (foto), que completam 37 anos em 2010. E com recordes para ficar na história.

Logo na estreia contra o Mogi Mirim, Marcos vai completar 470 jogos pelo Palmeiras. Assim, ficará muito perto de superar o ponta Edu (472 jogos) e o volante Galeano (474) para se tornar o décimo jogador com mais partidas pelo clube. Bem distante do recordista Ademir da Guia (901 jogos), mas só por causa de suas seguidas contusões, pois poderia ter, no mínimo, o dobro de partidas. De qualquer forma, em tempos em que os jogadores mal conseguem passar duas ou três temporadas no mesmo clube, a perenidade de Marcos é um fato raro. Assim como a de Rogério Ceni, que chegará a 874 jogos com a camisa do São Paulo contra a Portuguesa, no domingo. Ele é o recordista absoluto do clube, bem a frente do segundo colocado, o também goleiro Waldir Peres, que jogou 617 vezes pelo Tricolor. Vejam as listas:

Palmeiras
1º - Ademir da Guia - 901 partidas
2º - Emerson Leão - 617
3º - Dudu - 609
4º - Waldemar Fiúme - 603
5º - Waldemar Carabina - 601
6º - Luís Pereira - 568
7º - Djalma Santos - 498
8º - Nei - 488
9º - Valdir de Morais - 482
10º - Galeano - 474

São Paulo
1º - Rogério Ceni - 873 partidas
2º - Waldir Peres - 617
3º - Poy - 565
4º - De Sordi - 536
5º - Roberto Dias - 523
6º - Teixeirinha - 516
7º - Terto - 498
8º - Mauro Ramos - 492
9º - Gino - 447
- Nelsinho- 447


Obs.: Curioso que Leão e Waldir Peres, ambos goleiros, amigos e rivais (como Marcos e Ceni), tenham feito o mesmo número de jogos por Palmeiras e São Paulo, respectivamente, ocupando a vice-liderança nos dois casos.

Há 25 anos, Tancredo era eleito presidente

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Eu tinha acabado de completar 11 anos e meu pai era malufista. Estava possesso, pois, na tela da TV naquele 15 de janeiro de 1985, a votação indireta para a presidência da República via Colégio Eleitoral, em Brasília, caminhava a passos largos para a derrota de Paulo Maluf. Não deu outra: às 11h35, o deputado João Cunha (PMDB-SP) deu a Tancredo Neves o voto número 344, suficiente para garantir sua eleição. No total, o mineiro obteve 480 votos (69% do Colégio) contra 180 (26%) de Maluf. Nove delegados não apareceram - cinco do PT, dois do PMDB, o senador Amaral Peixoto (PDS) e Jiúlio Caruso (PDT). E 17 se abstiveram, entre eles o líder do PDS na Câmara, Nélson Marchezan, vaiado e acusado de traidor pelos malufistas. Meu pai também o xingava bastante. Eu mal entendia o que acontecia.

Em contraste com a festa da "democracia" e do "fim" da ditadura militar, uma tragédia: naquela data, 93 pessoas haviam morrido de madrugada na favela do Tabuazeiro, em Vitória (ES), em um deslizamento de terra provocado pelas fortes chuvas (como se vê, desastres desse tipo são recorrentes nos verões brasileiros). Tancredo (na foto acima, ao centro), em seu discurso, garantiu: "Esta foi a última eleição indireta do País". De fato, foi. Mas ele não viveria para ver. Paulo Maluf, por sua vez, se proclamou "vitorioso", por entender que sua candidatura "garantiu o processo político".

Depois de tudo isso, veio a posse do vice-presidente José Sarney em março, no lugar de um agonizante Tancredo, vítima de diverticulite (pergunta que não quer calar: se o presidente não tomou posse, seu vice existe legalmente?). E depois de longo calvário, transformado em novela mexicana, morreu. Coincidentemente, no feriado de 21 de abril. Mas essa já é outra história...

quinta-feira, janeiro 14, 2010

Lucia Hippolito tem seu momento de Fernando Vanucci

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A comentarista de política da CBN, Lucia Hippolito, em sua inserção no quadro "Por dentro da política" de quarta-feira, 13, teve de ser interrompida pelo apresentador Roberto Nonato. Supostamente por problemas no telefone – que estava "piscando", segundo Hippolito – a voz da analista parecia de uma pessoa embriagada. Foi seu momento Fernando Vanucci ou Vanusa. A sugestão veio de um leitor do Futepoca.

Ela comentava a terceira edição do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), alvo de polêmica entre o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi. Uma nova versão do decreto foi definida na quarta em reunião entre os ministros, suprimindo algumas expressões e destacando o caráter de diretriz e não de lei. Mas a cientista política mal consegue encadear as palavras.

– Olha, Lolito (sic), eu, eu particularmente, acho uma coisa muito complicada. Acho que o presidente cometeu um erro político, no sentido de cometer um monte de... de... de... de erros... de criar um monte de empresas, de brigas nesse problema. Agora, eu acho o seguinte: desse ponto de vista exclusivo das... das... das, ele não... dos direitos humanos, do ponto de vista dos direitos humanos... eu vou dizer uma coisa a você...

– Ô Lúcia, a gente vai tentar refazer o contato para voltar daqui a pouco em melhores condições

– É, esse... o telefone tá piscando, tá cortando a linha...

Aí o volume da voz da comentarista vai baixando e ela sai do ar.



No site da CBN, o último comentário é de quarta-feira, 13. Nada para hoje.

Em 2006, depois da final da Copa de 2006, na Alemanha, quando a Itália se sagrou campeã, o apresentador Fernando Vanucci foi ao ar, na Rede TV!, claramente alterado, dizendo que "a África do Sul também não é tão longe, é logo ali". Ele enrolava a língua e parecia pior do que muito bêbado que chama o "adevogado". Ele alegou que estava sob efeitos de calmantes e até brincou com isso depois.

Outra que teve seu momento de celebridade manguaça foi a cantora Vanusa. Ela foi à Assembleia Legislativa de São Paulo cantar o hino nacional e pagou um mico, trocando a letra e tudo mais. Os calmantes também foram apontados como culpados.

Mais Lucia Hippolito aqui e aqui.

Atualização, sexta-feira, 15, 16h30:
Com gastroenterite, Lucia Hippolito acusa "patrulha da lama"

Tipos de cerveja 44 - As Smoked (ou 'defumadas')

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As Smoked clássicas são provenientes de Bamberg, na Alemanha. São feitas usando malte previamente defumado, o que dá as cervejas um gosto muito distinto. Esta técnica é usada também para a produção de outros tipos de cerveja, como algumas Scotch Ales e Porters. Porém, o estilo que com mais se assemelha a ele talvez seja o das Rauchbier, que também utiliza malte defumado e que é igualmente de Bamberg. Para experimentar: Alaskan Smoked Porter, Aecht Schlenkerla Fastenbier e Bièropholie Calumet (foto).

Domingos eterno!

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Ontem pela manhã, durante o clássico lusitano entre Portuguesa e Portuguesa Santista, jogo-treino disputado em Mogi das Cruzes, o zagueiro Domingos (ex-Santos e agora no time do Canindé) deu uma entrada violenta no centroavante Caconde (ex-Clube Atlético Taquaritinga e agora no time praiano), provocando um tremendo quebra-pau, que encerrou o "amistoso" ainda no primeiro tempo. Questionado sobre o pugilato, Domingos esquivou-se: "Quero paz em 2010". Imagine se quisesse guerra...

Domingos (à esquerda), em pose de pugilismo, parte pra cima de Caconde

quarta-feira, janeiro 13, 2010

Planejamento, gestão e eficiência

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Materinha muito esclarecedora do site Brasília Confidencial, publicada no dia 4, escancara o que a imprensa paulistana - e grande parte da nacional - tenta esconder de todo jeito: as trágicas enchentes no estado de São Paulo tem responsável com nome e sobrenome, José Serra. Desde o início de dezembro, ele cortou em 20,4% os recursos para combater as enchentes em 2010, segundo análise do economista Eduardo Marques, do Transparência São Paulo. A previsão de Serra é cortar R$ 52 milhões. De acordo com Marques, além de prever menos recursos para 2010 em relação a 2009, o tucano impediu que a Assembléia Legislativa corrigisse estes problemas com emendas ao orçamento. Em números, o governo paulista previu R$ 252,2 milhões em 2009 para combater enchentes, mas destinará apenas R$ 200,6 milhões em 2010.

Segundo o Brasília Confidencial, os principais cortes de recursos foram para as ações de limpeza e conservação de corpos d´água (desassoreamento dos rios e canais), na manutenção, operação e implantação de estruturas hidráulicas e nas obras complementares na bacia do Alto Tietê. Foram retirados do canal do rio Tietê em 2009 cerca de 400 mil metros cúbicos de sedimentos, segundo o governo do estado. No entanto, especialistas têm avaliado que seria necessária a retirada de pelo menos um milhão de metros cúbicos por ano. Outros números do orçamento público revelam que em 2009 o Estado pretendia retirar 2,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos com R$ 4,4 milhões. Não cumpriu nem 10% da meta, nem justificou o gasto. Pior: em 2010, o Estado pretende retirar quase a mesma quantidade de sedimentos com apenas R$ 1,5 milhão. Mágica? Ah, mais essa: não há registros sobre serviços de desassoreamento em 2006, 2007 e 2008...

"Sem dúvida nenhuma, estes valores apontam para as verdadeiras causas das últimas enchentes na marginal do Tietê, bem como do agravamento das inundações de bairros inteiros na cidade de São Paulo", arremata o economista Eduardo Marques. Planejamento, gestão e eficiência. Esse é o forte do PSDB. José Serra merece um prêmio: nenhum voto em 2010.

"Alguém sabe por onde andam os militares?"

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A indicação foi feita pelo Twitter do Vi o Mundo. O comentarista José Nêumane Pinto, conhecido pelas suas posições conservadoras, resolveu palpitar sobre a terceira versão do Plano Nacional dos Direitos Humanos, que a grande mídia tem vendido como se fosse uma "reforma constitucional" feita por decreto. Asneira da grossa e que só faz sentido em um ano eleitoral, reverberada por uma fatia da imprensa comercial que parece ter perdido qualquer prurido em mentir.

O plano estabelece diretrizes para se fomentar uma cultura de respeito aos direitos humanos e teve outras duas edições lançadas durante o governo FHC. Tais diretrizes estão aí para serem discutidas pelas instituições e pela própria sociedade, não vão se tornar legislação com um passe de mágica. O ídolo futepoquense Cláudio Lembo, que está longe de ser de esquerda, já deu a dica: vá à fonte, leia o Plano ou confira os pontos que a mídia tem repercutido com o texto.

Abaixo, a inspiração pouco democrática de Nêumane Pinto. Triste sinal.

Som na caixa, manguaça! - Volume 47

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CHICLETE DE HORTELÃ
(Composição: Zeca Pagodinho)

Mussum

Eu já mandei pedir à Odete
Para me mandar
Um chiclete de hortelã
Para tirar
Esse cheiro de aguardente
De romã do Ceará
Já cansei de implorar à minha irmã
Prá me mandar um chiclete de hortelã

Ela foi para bahia
Terra do balangandã
E numa casa de santo
Foi comprar um talismã
Que dizia ter encantos
Quebrava os quebrantos
E era de Iansã
E eu só pedi prá me comprar
Um chiclete de hortelã

Quando vem raiando o dia
Meditando em seu divã
Só penso na carestia
Que aumenta a cada manhã
Oh, meu Deus, que bom sereia
Se eu comprasse alcatra ou chã
Mas o dinheiro já nem dá
Pro chiclete de hortelã

Nos meus tempos de infância
Todo dia de amanhã
O bom velhinho do doce
Que de criança era fã
Tem cocada, mariola
Bala e doce de maçã
Olha aí

Quem quer comprar
Um chiclete de hortelã
O meu time vai domingo
Jogar no maracanã
Vou festejar a vitória
Com a torcida campeã
Se quando eu chegar em casa
Não estiver de cuca sã
Prá disfarçar eu vou mascar
Um chiclete de hortelã

(Do LP "Mussum - Água Benta", 1978) - baixe aqui

Queria ser mais otimista

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Por Moriti Neto

Esperei ao máximo para escrever este post na esperança de ter notícias mais alentadoras. Só que o São Paulo, que se reapresentou oficialmente na última quinta-feira, dia 7, não passou do “pacotão” de seis reforços previstos para a temporada 2010.

No final das contas, acabei escrevendo o texto num calor de lascar e, por motivos, digamos, tristes e que violam as condições objetivas das quais necessitam um manguaça para estar mínima e momentaneamente satisfeito, a sede já extrapolava. Talvez isso justifique o pessimismo abaixo.

Chegaram Marcelinho Paraíba, Carlinhos Paraíba, Fernandinho, Xandão, Léo Lima e André Luis. Entre os que deixaram o clube, maior destaque para Borges e Hugo, que participaram das vitoriosas campanhas nos nacionais de 2007 e 2008. Ambos vão defender o Grêmio.

Dos contratados, pode-se dizer que o time ganha uma opção interessante no meio. Marcelinho Paraíba, aos 34 anos, ainda é bom. Chuta, dribla e passa com qualidade. Porém não é o tão esperado armador (se é que isso ainda existe) que a torcida há tanto reivindica. Está mais para um ponta de lança, jogando próximo aos atacantes e buscando a tabela e a chegada para finalizar.

Sobre o zagueiro André Luis, é de doer tecer análises. É fraco tecnicamente e de cabeça. Já arrumou confusões de tudo que é tipo, até cartão para árbitro – na Copa Sul Americana – deu. Exatamente por isso, está suspenso por seis partidas em competições internacionais. Ou seja, fica fora da primeira fase da Libertadores. Na mesma toada, o meia atacante Fernandinho, eleito a revelação do último Brasileirão, chega com uma fratura no pé, fará cirurgia e ficará dois meses sem atuar. Bem, ainda que a ausência do zagueiro possa ser um “reforço”, não dá pra conceber uma diretoria que se gaba do suposto “planejamento diferenciado”, contratando dois atletas com os quais não vai contar por tempo razoável na competição mais importante do primeiro semestre. Ao menos se fossem dois craques...

Dos outros reforços, pouco a dizer. Para a zaga, Xandão, assim como André Luis e Fernandinho, veio do Barueri, time de aluguel e sem expressão. Pouco vi jogar. O volante Carlinhos Paraíba, junto com o “xará” Marcelinho, veio do Coritiba, rebaixado no campeonato nacional. Sobre Léo Lima, somente digo que seu empresário é um cara muito bem relacionado.

E os garotos?

Das revelações da base tricolor, seguidos imbróglios nos últimos dias. Primeiro foi o meia Oscar, considerado uma grande promessa no clube, quem saiu reclamando direitos trabalhistas. E mais dois casos foram na mesma esteira. O lateral esquerdo Diogo e o atacante Lucas Piazon, de apenas 15 anos, também recorreram à Justiça do Trabalho.

A diretoria alega que os jovens são aliciados por empresários, mas uma mensagem, no mínimo estranha, do dirigente Marco Aurélio Cunha, gravada na caixa postal do celular de Oscar, lembra cenas do “Poderoso Chefão”: "Oscar, você sabe o quanto gosto de você. Acho que esse caminho é horrível. Foi um erro estratégico imenso, e espero que você não tenha permitido. Com certeza, sua vida vai ficar difícil porque seus argumentos são ruins e a força jurídica do São Paulo é muito grande. Me liga, meu filho, para eu te orientar, eu não quero passar o que você vai passar", falou o cartola.

Não é preciso ser gênio para saber que há algo de muito podre nos negócios do futebol. O jornalista Marcello Lima, da Rádio Jovem Pan, em seu Twitter, observou que o agente de Oscar, Giuliano Bertolucci, ligou para um dirigente do São Paulo pedindo 30% dos direitos do jovem atleta em troca da retirada da ação. Ou seja, com a conduta dos dois lados, constata-se que escrotidão pouca é bobagem.

Perspectivas para o comportamento do time em campo? Com a média dos reforços, mais o nível de “planejamento” e os problemas na base, Ricardo Gomes deverá sofrer bastante para montar uma equipe que crie alternativas de jogo e mude o estilo – que funcionou bem por três anos, mas que está manjado pelos adversários – e leve algum título para o Morumbi.

Ah, mas tem tal e tal possibilidade... Detesto especulações de contratações. Não sou dos que passam algum tempo imaginando (embora já o tenha feito quando mais jovem, a idade diminuiu minha criatividade nesse sentido) “como ficará meu time com fulano ou sicrano?” (embora já o tenha feito quando mais jovem, a idade diminuiu minha criatividade nesse sentido).

Então, se o Tricolor contratar melhor – e eu espero que o faça – comento de novo e quem sabe termino um texto de forma mais positiva e, quem sabe, menos sedento.

terça-feira, janeiro 12, 2010

Sobre o Grêmio Prudentino

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A notícia não é nova, mas como não havia sido repercutida aqui no Futepoca, acredito que ainda caiba destaque: o Grêmio Recreativo Barueri, que em 2009 disputou a elite de Campeonato Paulista e Campeonato Brasileiro (obtendo a vaga na Copa Sul-Americana 2010) mandará seus jogos pelo Paulistão deste ano em Presidente Prudente, no interior paulista, bem distante de Barueri. É o primeiro passo de um processo que, até segunda ordem, culminará na transferência definitiva do clube para Presidente Prudente e na mudança de nome da equipe - que deverá ser rebatizada para Grêmio Prudentino.

O motivo da alteração é um quebra-pau entre os administradores do clube e a administração da cidade de Barueri. O clube sempre recebeu apoio confesso da prefeitura local e, com ele, teve ascensão meteórica no futebol local - basta lembrar que no não tão distante assim 2005 fazia festa pelo título da terceira divisão paulista. A situação começou a se estremecer quando, em 2008, o GRB se transformou em clube-empresa (passando a adotar o sufixo LTDA em seu nome oficial), à revelia do que queria a prefeitura.

Em dezembro, então, se deu o racha definitivo: o clube fazia exigências para permanecer na cidade, e a prefeitura respondia que elas seriam atendidas caso "o clube fosse devolvido à população de Barueri" - ou seja, para debaixo da asa da administração municipal.

Já no final do ano passado, ainda pelo Brasileirão, o Barueri mandou seu jogo final (contra o Atlético-PR) em Presidente Prudente e agora no começo desse ano anunciou sua transferência para lá, ao menos durante o Paulista.

A medida tem sido recebida com repulsa pela maioria das pessoas, ao menos as com quem converso. O Barueri, digamos a verdade, nunca foi visto com olhos muito entusiasmado. Não tem torcida, não tem tradição, contava com o sempre contestável apoio do poder público e tira da elite uma vaga que poderia ser ocupada por Bahia, Ponte Preta, Santa Cruz ou qualquer outra equipe mais tradicional no futebol nacional.

Para muitos, a mudança de cidade do clube é a "cereja do bolo" da deteriorização do futebol brasileiro representada pelo Barueri - um cenário no qual o domínio da bola fica na mão de empresários comprometidos apenas com seus interesses financeiros.

Não chego a discordar de tudo isso. E confesso achar meio sem-graça o Barueri na primeira divisão do futebol nacional. Mas, justamente por isso, sou dos poucos que vê a ida a Presidente Prudente como uma boa notícia.

Prudente é uma cidade grande, importante mas distante pra caramba de qualquer outra que tenha um time na primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Sua população, por incompetência dos clubes locais (e todos aqueles fatores estruturais de sempre), está impossibilitada de ver no estádio um jogo da elite nacional. Bem diferente do que ocorre com os moradores de Barueri - próximos de São Paulo, Santos e até mesmo Campinas.

Já que há um time como o Barueri na primeira divisão, que ele sirva ao menos para que a população de uma importante região do estado tenha bom futebol perto de casa. Porque a Grande São Paulo já é bem provida disso.

Pérolas do Enem

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Uma amiga me encaminha uma lista com pérolas encontradas em provas do Enem. O tema da redação foi "Aquecimento global". Difícil comprovar a autenticidade, mas, mesmo assim, pincei meia-dúzia para comentar entre uma cerveja e outra:

"A floresta amazônica não pode ser destruída por pessoas não autorizadas".

"Tem empresas que contribui para a realização de árvores renováveis".

"A natureza está cobrando uma atitude mais energética dos governantes".

"A floresta está cheia de animais já extintos. Tem que parar de desmatar para que os animais que estão extintos possam se reproduzirem e aumentarem seu número respirando um ar mais limpo".

"O que vamos deixar para nossos antecedentes?".

"A floresta tá ali paradinha no lugar dela e vem o homem e créu".