Destaques
domingo, abril 14, 2013
Brasil, um país de tolos
E a água do mar recua, antes do tsunami...
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Corinthians leva virada merecida do Linense
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Sheik até que foi bem num jogo preguiçoso (Foto: Fernando Calzzani/Agência Estado) |
O Corinthians perdeu merecidamente do Linense na tarde deste domingo, por 2 a 1, e de virada, que é mais gostoso, como é sabido e comentado por todos desde que o futebol existe. Foi mais uma atuação preguiçosa do time, que confiou demais nas próprias qualidades e no gol marcado por Guerrero logo aos 3 minutos de jogo.
O gol não foi um fato isolado no começo da partida. O Corinthians começou pressionando e criou algumas boas chances de gol até uns 15 minutos de jogo. Mas o ímpeto foi caindo e o Linense começou a gostar cada vez mais do jogo, como dizia o filosofo e poeta Juarez Soares. No segundo tempo, passou a adorar, marcando dois gols com João Salles e Leandro Brasília em jogadas bisonhas do sistema defensivo alvinegro, esquisito com o improviso de Alessandro como lateral-esquerdo.
Tite então encheu o time de atacantes no time, especialmente após a expulsão de Marcelo: Jorge Henrique por Pato (sim, isso implica em mais um atacante, já que JH há tempos não joga como tal) e Ralph por Paulo Vitor, jovem que na base era conhecido como Paulinho e fez sua estreia no time principal.
O time virou um bando desorganizado, mas um bando bastante ofensivo. Pressionou o Linense em sua grande área e garantiu ao goleiro Leandro Santos o status de herói da partida ao defender cabeçadas de Pato, Paulo André e um chute do garoto Paulo Vitor. Cabe ainda lembrar que Pato sofreu um pênalti não marcado pelo confuso árbitro, mas juntando o humor da tarde com o jeito que o povo anda perdendo penalidades, não ia dar em nada mesmo.
De útil, Shieik seguiu jogando bem e Guerrero fazendo gol. Pato se mostrou mais participativo e aceso que em outras ocasiões, chamando o jogo pra si quando entrou. Ele precisa perceber que vai precisar correr mais se quiser uma vaga no time. Paulo Vitor jogou pouco mas bem, fazendo umas três jogadas bacanas. Que entre de novo.
Falta mais um jogo para o fim desta horrorosa primeira fase do Paulistão. Que acabe logo.
Sobre jornalismo, tomates e gente
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Por Fabrício Lima
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A musa do Cansei e seus tomates: um novo patamar para o ridículo |
Mas e quando a chuva não vem?
Em alguns dos mais de 1415 municípios afetados por aquela que já é considerada a pior estiagem desde 1958, não chove há mais de 18 meses. A previsão dos técnicos do setor de meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) é ainda pior: o inverno tipicamente chuvoso do semiárido não deve acontecer em 2013. Naquele estado, o Grupo de Apoio a Desastres (GADE) está mobilizado desde o ano passado. Há três dias a Defesa Civil do Piauí disponibilizou mais 250 caminhões-pipa para atender a demanda de água para consumo humano em pelo menos 90 municípios. Apenas em Pernambuco, Minas Gerais e Bahia, mais de 440 municípios estão em estado de emergência desde o segundo semestre de 2012.
Em alguns estados a produção de leite já caiu mais de 70% por causa da morte do rebanho. As safras de chuchu, maracujá, arroz e milho estão severamente comprometidas. Até agora, estima-se em uma década o tempo que será necessário para recuperação da região a estágios anteriores à seca.
Mas voltemos aos tomates.
Durante o mês de abril as redes sociais pareciam o centro de Buñol na ultima quinta-feira de agosto. A festa espanhola da guerra de tomates ganhou uma versão digital do Brasil com tomates de todas as cores e tamanhos esparramados pelas timelines. Tinha maquiagem de tomate, joias feitas com tomates, carros de tomate, tomate nas novelas, no esporte, na música e na política.
Mas é claro que um perfil pessoal nas redes sociais não deve satisfação a ninguém. Cada usuário é responsável pelo que compartilha entre os seus pares. Não vejo pecado algum em externar uma alfinetada bem-humorada consolidada em uma informação parcial, afinal, há uma diferença gritante entre o compromisso de abastecer o público com informações qualificadas e uma piada ou protesto entre amigos.
Eis que entra no ar a eterna musa do “Cansei” Ana Maria Braga ostentando um colar feito de tomates em um canal de concessão pública de alcance nacional. Seria um protesto divertido se não fosse pela subtração de duas informações importantíssimas sobre a questão: a) A pior seca no semiárido brasileiro dos últimos cinquenta anos é fundamental para entender a inflação do preço do tomate; e b) o preço exorbitante do tomate é, de longe, o menor dos problemas provocados ou perpetuados pela seca. E quando a iniciativa parte de uma jornalista de formação e ex-âncora de telejornal, ela torna-se de extremo mau gosto.
Mesmo os canais de comunicação apegados à formalidade, com toda aquela pompa e circunstância teimosa do ofício do jornalismo, negligenciaram um elemento essencial no ato de informar: a apuração do contexto.
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Coordenação desse nível só no meio de campo do Barcelona |
Enquanto isso, pelo menos na zona do semiárido, partidos de situação e oposição fazem coro pedindo por socorro às suas cidades. Além do desespero, partilham a negligência e a impotência diante do poder de ação irredutível que a natureza tem e a humanidade, não.
Baixado o preço do tomate os grandes veículos nacionais começam aos poucos a se voltar para a a mais terrível das secas, publicando notícias com um atraso de quase seis meses em relação aos veículos regionais. Ficou claro que a naturalização da miséria é tão aguda que o flagelo da seca já não vende mais jornais e mal serve como palanque político.
Fabrício Lima é baiano de nascença, jornalista e publicitário de formação, videomaker de ofício, torcedor do Bahia por sina e só bebe Kaiser por falta de opção.
sábado, abril 13, 2013
Peixe finalmente joga bem, Neymar faz 4 e já é artilheiro do Paulista
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Neymar fez quatro contra o União Barbarense. Quem mais fez? |
Artilharia e protesto da torcida
quinta-feira, abril 11, 2013
Mano Brown "vetou" Rafael Moura no Santos e diz que Neymar é "a melhor coisa que aconteceu no Brasil depois da eleição do Lula"
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Claro que sou suspeito por ter participado da conversa, mas a entrevista com Mano Brown para a revista Fórum (aqui e aqui) vale a pena ser lida pela contundência e transparência de suas análises, que vão muito além do que pensam alguns acadêmicos encastelados de nossas universidades. Contudo, fora a política, tema tratado por ele em boa parte do papo, Brown também fala sobre outra questão atinente a este blogue: o futebol.
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"Ah, melei mesmo, contrata a Xuxa também" (Foto Guilherme Perez) |
Brown ainda fez outra crítica à forma como o estádio da Vila Belmiro, já há algum tempo, vem sendo modificado pelos dirigentes. "O Santos tá com um complexo de pobreza que eu não compreendo, esse negócio ridículo de colocar vidro no estádio inteiro, não dá pra ouvir as vozes da torcida, diminui a pressão. Os caras ficam batendo nos vidros, ficam parecendo loucos, esse negócio de colocar televisão nos camarotes", criticou. "O setor Visa é vazio o ano inteiro, eu já perguntei ao presidente pra quem que é bom o marketing da torcida vazia, abre a câmera e o estádio está vazio."
Sobre Neymar, o rapper não poupa elogios. "O Neymar é sensacional, melhor coisa que aconteceu no Brasil depois da eleição do Lula", diz. "Só poderia ter nascido no Santos mesmo, é foda, não cabe em outro time, mano."
Confira o resto da entrevista aqui.
Presa fácil
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Flamengo-PI 2 X 2 Santos - crônica de um empate vexatório
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“Mas quando a bola
rolou... meu Deus do céu, o que foi isso. O jogo de ontem foi a pior
partida do Santos nesse ano. (…) Gramado ruim, retranca excessiva?
Esses dois fatores existiram, mas não dá pra atribuir o mau
desempenho a eles. Sou mais culpar quem é de direito, os próprios
jogadores do Santos.”
Giva, um gol e uma atuação razoável |
Corinthians joga muito e passa fácil pelo San José
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Little Romário comemora o primeiro boi a passar na porteira boliviana (Foto: Marcos Ribolli) |
Poucas vezes a expressão “fora o baile” foi tão válida quanto nos 3 a 0 aplicados pelo Corinthians sobre o fraco San José na noite desta quarta, no Pacaembu. Com marcação adiantada o tempo todo, o Timão mal deixou os bolivianos chegarem no campo de ataque.
A falta de meias sentida na última partida foi suprida por uma maior participação de Paulinho ao lado de Danilo, pela pressão constante em cima do adversário com a bola e, sem dúvida, pela falta de futebol do San José.
O primeiro saiu com Romarinho, de cabeça após cobrança de falta de Emerson. Antes disso, Sheik havia sofrido pênalti não marcado pela arbitragem. Os outros dois vieram no segundo tempo, um com Guerrero em novo passe de Sheik e o derradeiro de Edenilson, em bela abertura de Pato após passe de... Sheik.
Sim, Sheik jogou muita bola, bem como Romarinho, responsáveis pela grande movimentação e pela volta da obsessiva marcação no ataque. Os dois foram os melhores em campo, mas na verdade, o ataque todo jogou muito. Para ter uma ideia, Pato entrou no final e, em 15 minutos, meteu uma bola na trave e deu assistência suculenta para o terceiro gol.
A essa altura, Tite já havia sacado Danilo e transformado o já ofensivo 4-2-3-1 inicial em um curioso 4-2-4, só com Paulinho e Ralph no meio, Emerson e Romário pelos lados. A ousadia tão atípica do treinador quando em vantagem no placar se explica pela busca da momentânea segunda colocação geral, conseguida ao ultrapassar no saldo de gols o argentino Vélez Sarsfield, mas que ainda pode ser perdida de acordo com os resultados de outras partidas.
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Horácio defende energicamente seu primo JC |
Lá também está o goleiro Cássio, substituído por Júlio “Horácio” César, que hoje não foi exigido mas ainda assim tentou dar alguma emoção num passe meio atrapalhado. JC me deixa na dúvida: não sei se é azarado, pipoqueiro ou simplesmente meio ruinzinho. Volta, Cássio!
quarta-feira, abril 10, 2013
Quem é o Flamengo do Piauí, adversário do Santos na Copa do Brasil
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Para falar do Flamengo local, que, ao contrário do co-irmão carioca, está bem na luta pelo estadual, é preciso falar dos clubes do Piauí, que não têm tido grande destaque no cenário nacional
há algum tempo. Desde 1986, ano da última participação de um time do
estado na primeira divisão com o Piauí Esporte Clube, as equipes dali
não alcançam chegar sequer à segunda divisão nacional. Assim, a Copa do
Brasil se torna o espaço onde conseguem enfrentar os grandes do país.
Desde a criação do torneio, em 1989, dez clubes do Piauí já a disputaram.
O Flamengo é quem tem mais participações; com a de 2013, são nove. O
Parnahyba, outro representante piauiense em 2013, River, 4 de Julho,
Barras, Piauí, Picos, Comercial, Caiçara e Cori-Sabbá são os outros que
já disputaram a Copa do Brasil.
O cartel de todos eles é pouco invejável. Em 80 jogos, são 57
derrotas, 11 empates e 12 vitórias. O clube que mais venceu foi
justamente o Flamengo, com 6 triunfos. É também o único que conseguiu
avançar de fase. Em 2001, chegou até as oitavas de final, vencendo duas
vezes o Moto Club do Maranhão por 2 a 1 e desclassificando o Sport com
uma vitória por 2 a 0 e uma derrota de 1 a 0. Mas não resistiu ao
Corinthians sofrendo duas derrotas, 8 a 1 e 3 a 0. Já em 2002, avançou à
segunda fase passando pelo Independente-AP, empate em 1 a 1 fora de
casa e vitória por 1 a 0 em seus domínios. A desclassificação aconteceu
em uma única partida, derrota por 5 a 0 para o São Paulo.
Jogos entre Flamengo-PI e Santos
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Aílton Lira, artilheiro daquele amistoso |
A única vez em que o Peixe enfrentou uma equipe do Piauí oficialmente foi justamente na última participação de um clube do estado na primeira divisão nacional, em 1986. O Santos foi a Teresina e venceu o Piauí, no Albertão, por 2 a 0, dois gols de Dino Furacão. O atacante, aliás, como lembra este post do Terceiro Tempo, se notabilizou na goleada peixeira sobre o Naútico em setembro, no mesmo Brasileiro de 1986, quando marcou quatro dos cinco gols de um 5 a 0 na Vila Belmiro.
O time piauiense terminou no grupo C daquele confuso Brasileiro com uma vitória, um empate e oito derrotas, Chico Formiga estava à frente do Peixe na ocasião. Em sua última peleja pelo campeonato piauiense, o Flamengo venceu o 4 de julho por 3 a 1, ficando muito perto de assegurar uma vaga para as semifinais da competição e, para o duelo contra o Santos, foram colocados 40 mil ingressos à venda. O jogador mais conhecido do rubro-negro já jogou na Vila Belmiro em 1998 e 1999. Trata-se de Lúcio Bala, atacante de 38 anos que atua pelo 21º clube de sua carreira, e deve estar em campo contra o Peixe na quarta.
Post adaptado do blogue Filho de Peixe. Original aqui.
terça-feira, abril 09, 2013
Pinceladas cariocas - Ninguém mais se lembrará das Torres Gêmeas!
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por Enrico Castro
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Convoca, Felipão! Quem não tem Fred caça com Rhayner? |
Pode passar muitos anos, mas aqueles momentos históricos importantes ficam gravados para sempre em nossas memórias. Todos se lembram exatamente onde estavam e o que estavam fazendo quando, por exemplo, Getúlio Vargas se suicidou, Ayrton Senna morreu, as Torres Gêmeas foram abatidas, a seleção brasileira venceu cada uma de suas cinco Copas do Mundo etc. O último sábado, 6 de abril de 2013, certamente foi mais uma destas datas que se fixarão em nossas mentes, sobretudo para quem acompanha o velho e violento esporte bretão. O fato apoteótico aconteceu em Volta Redonda, na partida entre Fluminense e Resende, aos 13 minutos do segundo tempo. Após 2 anos e 2 meses, cinco clubes diferentes e 84 jogos, o atacante Rhayner marcou um gol! (pausa para estupefação geral da Nação) E um jejum deste porte não poderia ser findado com um gol comum. Como num roteiro previamente ensaiado, Rhayner invadiu a área, deixou dois adversários pra trás e cruzou; o goleiro do Resende, num afã de ser lembrado na posteridade, decidiu ajudar o malogrado atacante do Flu e empurrou a bola para dentro de sua própria meta. Se encerrava naquele momento o maior jejum de gols de um atacante que se tem notícia no futebol profissional brasileiro. O jogo em si, a vitória do Flu por 2 x 0, e a lesão que vai deixar Fred inativo por pelo menos três semanas foram ofuscados e, portant,o não são dignos de comentários. Começo aqui a campanha “Chama o Rhayner, Felipão!”
"Vozes do Além" complicaram o Fla Também no sábado, o Flamengo se livrou de mais uma derrota, desta vez para o Duque de Caixas, com um gol de Cléber Santana nos acréscimos: 1 x 1. O time mais uma vez não se encontrou em campo e viu suas ínfimas chances matemáticas de classificação para as finais do 2º turno virarem pó. A partida foi sonolenta até mesmo para quem estava secando o Fla, algo que atualmente significa o mesmo que empurrar bêbado ladeira abaixo. Maldade desnecessária. Tudo transcorria dentro da normalidade até que mais um de nome pomposo resolveu fazer fama na Taça Rio - vide atuação patética do árbitro e lord Philip Benett no jogo entre Botafogo e Madureira, quando desmarcou um pênalti em favor do Botafogo assinalado por ele mesmo. Todos agora têm certeza que a FERJ se antecipou à FIFA e decidiu lançar mão, na clandestinidade, do recurso eletrônico para dirimir dúvidas em lances polêmicos: no jogo entre Flamengo e Duque de Caxias, após Pathrice Maia e o bandeirinha validarem o gol de Hernane, que estava impedido, o árbitro escutou "vozes do Além" (ou seriam as "forças ocultas" do Jânio?) e anulou o tento, afundando ainda mais o Fla. Seja na política, nas relações pessoais ou no futebol, o Rio de Janeiro continua o mesmo: segue na vanguarda da malandragem...
Vitinho está 'comendo a bola' Já o Botafogo segue implacável e, ainda sem contar com Seedorf, engrenou a sexta vitória consecutiva: 3 x 0 sobre o pato Olaria, digo, fraco Olaria. Mais uma vez Vitinho, que entrou aos 28 do 2º tempo, fez a diferença. Marcou dois golaços e colocou mais uma interrogação na cabeça do técnico Osvaldo de Oliveira, que segue mantendo o garoto no banco de reservas em prol da escalação dos pernas-de-pau Rafael Marques e Bruno Mendes. Como o Bota é chegado numa superstição, dizem que o jovem é o talismã do momento, e que vai repetir os “feitos” recentes de Iranildo, Almir e Caio. Aquele torcedor alvinegro que acompanha mesmo o time espera, do fundo do âmago, que isso não aconteça, pois nenhum dos três se tornou o craque que as diretorias de suas épocas esperavam. Apesar de ainda ser cedo para afirmar, Vitinho parece jogar mais que todos eles juntos. Já está na hora de Oswaldo ganhar coragem e escalá-lo desde o início das partidas.
Rivais já miram naufrágio da nau vascaína no Brasileirão E o Vasco, enfim venceu uma: 2 x 1 frente ao Friburguense. Com isso, encontra-se agora na confortável posição de vice-lanterna de seu grupo (uma vez vice, sempre vice). Como o time apenas cumprirá tabela no restante do torneio, a diretoria vascaína, que é mais desorganizada que pelada dominical de pinguços, tenta de qualquer maneira negociar Dedé, o único do elenco que ainda possui mercado em times de ponta. A expectativa é conseguir fazer caixa para pagar os atrasados e ainda receber jogadores para fortalecer o elenco que, com certeza, brigará para não cair no Brasileirão. Mas, se a negociação com o Corinthians melar, é bom a diretoria pensar logo em um novo treinador, pois Autuori já avisou que, com salários atrasados, vai pular fora da nau vascaína em junho. Se isso acontecer, só um milagre evitará que o barco português afunde no final do ano.
"Adeus pintura, olá cerveja"
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Cachaça não é água. Cerveja não é água. Nem é vinho, nem tinta spray, nem é cola branca, nem manteiga de amendoim...
E tem dias em que um gole parece seguir, goela abaixo, como água... Em outros, embrulha o estômago como cola.
As metáforas podem seguir por rumos variados.
O artista plástico Peter Cuba, que vive em Chicago, montou uma série de peças transformando cada um desses itens em... Budweiser...
As imagens, exibidas no perfil do moço no Flickr, sob a alcunha de Two Horse Town, são divertidas, quase nonsense.




A obra foi publicada em 2010, dois anos depois da compra da americana Anheuser-Busch pela belgo-brasileira InBev. E muito tempo antes da referida marca voltar às prateleiras dos supermercados brasileiros, agora disputando espaço no segmento premium.
Com a explicação da proposta da instalação, tudo fica muito mais claro: "Minha nova arte é pôr rótulos de Budweiser em outras coisas. Adeus pintura, olá bebida".
Como ironiza Randy Ludacer, do Box Vox, "diluir a marca, nunca a cerveja".
domingo, abril 07, 2013
O que devia ter feito no domingo passado
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sábado, abril 06, 2013
Brasil sacola a frágil Bolívia com dois de Neymar
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Neymar botou dois na conta e uma bola na trave (Foto: Aizar Raldes/AFP) |
Com um primeiro tempo divertido e um segundo tempo de muitas experiências, o amistoso entre Brasil e Bolívia, em Santa Cruz de La Sierra, foi excelente programa para deixar passar a ressaca na tarde deste sábado. Acabou num 4 a 0, primeira vitória de Felipão na nova fase, fruto em grande parte da extrema fragilidade dos bolivianos, oitavos colocados nas eliminatórias para a Copa 2014 e praticamente sem carimbo para visitar o Brasil ano que vem.
Com dois gols marcados, dribles e boas tabelas, Neymar foi o destaque da partida. Outro foi Ronaldinho Gaúcho, que jogou muito bem, protegeu a bola, limpou as jogadas e deu belos passes. Foi o grande organizador do time em sua primeira atuação convincente com a camisa amarela em um bom tempo. De uma tabela entre os dois saiu o tento mais bonito da peleja, o terceiro. Damião fez um gol – e como centroavante, é isso que dele se espera. Os dois últimos ganharam pontos na disputa por vaga no grupo da Copa das Confederações.
Os defensores Rever e Dedé foram muito pouco exigidos, mas corresponderam. André Santos até participou de algumas boas jogadas no ataque, mas deixou espaços na zaga e forçou lances de habilidade em momentos equivocados. Outro que sai valorizado é Jean, que teve atuação correta na lateral-direita. Como joga também de volante e até arrisca de meia, a polivalência é seu trunfo para estar no grupo.
Na meia cancha, Paulinho também se destacou, marcando, armando e chegando ao ataque com competência. Impressiona a enorme faixa de campo em que atua. Seu vizinho Ralph errou alguns passes no início, mas se acalmou e melhorou. Faltou Jadson, que foi bem, deu assistência par ao primeiro de Neymar e participou do lance do primeiro tento. Mas sumiu em certos momentos e não conseguiu armar nada na segunda etapa, quando o fardo foi lançado sobre seus ombros com a saída de Gaúcho.
Sobre a segunda etapa, pouco haveria a dizer, não fossem tantas as substituições. Com a vantagem estabelecida, os brasileiros desaceleraram de forma preguiçosa, permitindo ao ataque boliviano demonstrar toda a sua fraqueza. Felipão trocou de monte: Neymar por Osvaldo, que se mexeu bastante e levou perigo; Damião por Pato, que pouco fez, mas pode alegar que a leseira coletiva não deixou a bola chegar até ele; Gaúcho por Leandro, que jogou pouco mas deixou o dele na única jogada bem tramada dos 45 minutos finais; e Dedé por Dória, que mal vi em campo.
Felipão parece estar começando a se entender melhor no novo cargo. Resta saber se Gaúcho consegue jogar no mesmo nível contra marcações mais fortes. Se sim, deve ganhar com méritos a vaga na armação central e resolver o maior pepino do time desde os tempos de Mano.
Malandragem, dá um tempo – o jogo foi marcado pelas federações brasileira e boliviana com o nobre pretexto de destinar sua renda para a família do menino Kevin Espada, morto na partida entre San José e Corinthians. No entanto, o pessoal do país de Evo Morales deu uma de esperto e inclui outros dois destinos para a arrecadação: os jogadores da seleção boliviana campeã da Copa América em 1963 e, surpresa, ela mesma, a confederação. Os pais lamentaram o uso do nome do menino para promover a partida. Feio.
sexta-feira, abril 05, 2013
Acabou
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quinta-feira, abril 04, 2013
Com dois belos gols de falta, Santos e São Caetano empatam no Pacaembu
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Corinthians joga mal, mas ganha do Millonarios
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Danilo não jogou bem, mas salvou o time na hora do aperto (Guillermo Legaria/AFP) |
O Corinthians venceu o Millonarios por 1 a 0 na Colômbia, é líder de seu grupo na Libertadores no saldo de gols e está garantido na próxima fase, mesmo que perca no Pacaembu do boliviano San Jose, o que é improvável. Tudo isso é verdade e muito positivo. Mas que jogou mal nesta quarta-feira, ah, se jogou.
Apertado pelo rival desde o princípio, assustou a incapacidade do time em trocar três passes certos consecutivos. A bola queimava nos pés de Danilo, Paulinho e Romarinho, que em tese deveriam ser os condutores da orquestra. O resultado: até os 35 minutos do primeiro tempo, com marcação forte e adiantada, o poderoso Millonarios barcelonizou o Timão, com uma posse de bola de 67%, ainda que com poucas chances mais claras de gol. Apenas a defesa alvinegra funcionava, com o time fechadinho em busca de um contra-ataque que morria de forma sistemática nos erros de passe da meia cancha e na pressão colombiana.
A coisa melhorou um pouquinho nos últimos dez minutos, com o ímpeto dos donos da casa arrefecendo e um pouco mais de acertos dos meias corintianos, mas nada que mudasse a partida. Que na verdade não mudou até o final, com a exceção do placar. Jorge Henrique entrou no lugar de Pato, no que eu critiquei como uma admissão de empate por parte de Tite, e após 10 segundos em campo tabelou com Alessandro e deu o passe para Danilo acertar um belíssimo chute de fora da área, no cantinho, salvando mais uma vez o time numa situação complicada. A pressão continuou, Cássio fez algumas defesas, Rentería perdeu gol num rebote do goleiro, mas ficou por isso, acabando com as chances do Millonarios.
Como frente ao São Paulo, as ausências de Renato Augusto e Douglas se fizeram sentir. A presença de um deles aliviaria os encargos de Danilo e Paulinho. Tanto Romarinho, aposta de Tite na armação central, quanto Sheik não são disso, preferem o drible. E Jorge Henrique, a opção direta, tem se conformado com o papel de dublê de lateral, buscando a marcação acima de tudo. Impressionante que um elenco tão caro e aparentemente bem montado como o do Corinthians sofra com desfalques, ainda mais de um jogador que chegou há tão pouco tempo como Renato. Talvez valesse a pena Edenilson pela direita, tem mais jeito de meia que os demais. Mas torço mesmo é para que Renato volte a jogar logo.
Isso não exime de culpa os meias que jogaram, especialmente Paulinho, bastante abaixo de sua média. Nem os laterais, que não ajudaram em nada na saída de bola. A boa notícia é que mesmo com tudo isso, jogando mal, ganhamos. É um bom começo.
quarta-feira, abril 03, 2013
Público-alvo
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terça-feira, abril 02, 2013
Palmeiras mostra raça contra o Tigre e ganha esperança na Libertadores
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Merecida comemoração palmeirenses (Foto: Nelson Almeida/AFP) |
O Palmeiras recebeu o horroroso Tigres das Argentina e venceu por 2 a 0 na noite desta terça-feira, no Pacaembu. Vitória certamente facilitada pelo pouquíssimo futebol que os hermanos conseguiram passar pela fronteira disfarçado de pancadaria pura. Mas os principais elementos do triunfo alviverde foram a raça e a entrega do desfalcado time, que não perdeu nenhuma dividida.
O destaque foi o garoto Vinícius, que exemplifica a situação bizarra que o Palmeiras superou no jogo. Ele entrou no jogo logo no começo, após a contusão do titular Patrick Vieira. Quer dizer, titular é jeito de falar, já que o Verdão jogou com uma boa meia dúzia de desfalques. Mas o fato é que Vinícius entrou e, do alto de seus 19 anos, resolveu o jogo com duas assistências para os gols de Charles e Caio.