Destaques

quarta-feira, abril 16, 2008

Contas de bar, saideiras, calculadoras e moedinhas

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Sei que o combinado é não reproduzir emeios, mas acho que alguns trechos de uma mensagem que recebi até cabem aqui, como o lance do bar. Deixo claro que a intenção não é reproduzir chavões ou reduções machistas, apenas notar sutilmente que tudo tem um fundo de observação e veracidade, até mesmo o besteirol. O texto versa sobre possíveis diferenças de hábitos e/ou comportamentos entre homens e mulheres:

No bar, quatro homens pedem a conta e jogam na mesa R$ 20,00 cada um, mesmo que o rateio seja de R$ 12,50 cada. Logo, o troco será convertido em saideiras. Quando quatro mulheres recebem sua conta, surgem várias calculadoras e todas procuram pelas moedinhas exatas dentro da bolsa.

Na locadora, a mulher procura um filme em que uma só pessoa morre, bem devagarinho, e de preferência por amor. Um homem considera um bom filme aquele em que muita gente morre bem depressa, se possível com rajadas de metralhadora e grandes explosões.

No comércio, um homem pagará R$ 2,00 por um item que vale R$ 1,00, mas que ele realmente precisa. Uma mulher pagará R$ 1,00 por um item que vale R$ 2,00, mas que ela não precisa para nada e que nunca terá a menor utilidade.

Matrimônio: uma mulher costuma se casar esperando que o homem mude, mas ele não muda. Já um homem casa-se esperando que a mulher não mude. Mas ela muda.

Em casa, uma mulher tem a última palavra na discussão. Por definição, qualquer coisa que um homem disser depois disso já será outra discussão.

Londres nega recursos para campeonato mundial de futebol gay

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Deu no MixBrasil

O prefeito de Londres negou patrocínio ao Campeonato Mundial da Associação de Futebol Gay e Lésbico, realizado em agosto, na capital inglesa. Ken Livingstone, também se recusou a assinar a carta de apoio à candidatura da Associação para subvenção ao fundo de loteria, outra frente de arrecadação de 30 mil libras para a liga buscado pela entidade.

Livingstone é membro do partido trabalhista, do ex-primeiro ministro Tony Blair e do atual, Gordon Brown. Ele está em plena campanha de reeleição, com ameaça de perder o cargo, já que as pesquisas do Guardian/ICM mostram empate técnico com o deputado conservador Boris Johnson. O pleito ocorre em 1º de maio.

A surpresa explica-se ainda, porque Livingstone chegou a publicar uma carta de apoio ao evento no site da competição. "Como prefeito de Londres, estou comprometido na luta por igualdade para lésbicas e gays e enfrentando a homofobia", escreveu. "O campeonato da IGLFA estará ao lado da Parada do Orgulho e da Comunicada Rally, da Parada Soho, do mês da história GLBT, do dia internacional contra a homofobia e do Festival de Filmes Gays&Lésbicos de Londres fazendo nossa cidade um dos centros da cultura gay no Reino Unidio e uma das capitais gays do mundo", arrematou.

Os integrantes da Associação Internacional de Futebol Gay e Lésbico (International Gay and Lesbian Football Association, IGLFA em inglês) acreditam que, mesmo assim, o evento vai acontecer. "Ken Livingstone está dispondo de bilhões de libras para mega eventos corporativos, como as Olimpíadas de 2012, mas não pode dar poucas mil libras para ajudar a celebrar o campeonato de futebol gay", declarou Peter Tatchell, do grupo de direitos humanos GLBT OutRage!.

"Londres teve a honra de ser escolhida para receber o Campeonato, mas o prefeito está se recusando a apoiá-lo", completou.

Em 2007, campeonato semelhante foi organizado na Argentina. Na ocasião, constava que não há exigência de que os atletas sejam gays.

O "inseticida social" da PM

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"A PM é o melhor inseticida contra a dengue. Conhece aquele produto, [inseticida] SBP? Tem o SBPM. Não fica mosquito nenhum em pé. A PM é o melhor inseticida social". Foi com essa declaração, rindo, que o comandante de Policiamento da Capital, coronel Marcus Jardim, definiu o resultado da operação policial que matou nove supostos traficantes durante incursão do Bope (Batalhão de Operações Especiais) na Vila Cruzeiro, zona norte do Rio de Janeiro.

De acordo com reprotagem da Folha de S. Paulo, um dos objetivos era destruir barricadas feitas pelo tráfico, que estariam impedindo moradores de levar familiares a hospitais para tratar de doenças como a dengue. Daí veio a infeliz comparação do coronel, que ainda disse ao jornal: "Amanhã [hoje] o pau na vagabundagem continua". E "alertou" na seqüência: "Quem quiser se render - e deve se render - é preso. Aqueles que resistiram de maneira injusta à atuação da PM, aconteceu o que aconteceu [foram mortos]".

Mas se Jardim quer facilitar o acesso dos moradores a hospitais, no mês passado afirmou que iria dificultar que as pessoas chegassem aos bailes funk, que ele define como "reunião de vagabundos". À época, confessou: "não tenho poder para proibir esses bailes, mas posso dificultar sua realização", falando da intenção de promover batidas no entorno dos locais antes do início dos bailes, para abordar e revistar os freqüentadores

O mesmo coronel já havia aparecido na mídia em novembro do ano passado, quando "presenteou" o relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Execuções Arbitrárias, Sumárias ou Extra-Judiciais, Philip Alston, com uma réplica do Caveirão (foto), veículo blindado da PM que faz incursões nas favelas cariocas. A justificativa dada ao Jornal do Brasil, por conta do presente, foi a seguinte: "Ele [Alston] ficou extremamente surpreso com o presente. Tem a questão das tradições culturais de povos, de etnias. Por exemplo, o nascimento de Jesus Cristo quando os reis magos levaram especiarias como incenso."

Na entrevista, Jardim utiliza argumento parecido com o do Capitão Nascimento, personagem do filme Tropa de Elite, de que se vive na cidade um estado de guerra. "O que nós vivemos é uma guerra urbana. O guerreiro tem que se defender. Os que são contra a utilização do blindado, com todo o respeito, dão a conotação de que não estão familiarizados com a situação ou envolvidos com coisas escusas. É inconcebível ver um policial morrer. O blindado permite se chegar ao objetivo. Quem não gosta do Caveirão gosta de maconha. Quem não gosta do Caveirão, gosta de cocaína."

Democracia é isso aí.

Há (quase) 37 anos, direto do túnel do tempo...

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Na polêmica sobre o gol de mão de Adriano no clássico de domingo, muitos recuperaram a história de outro prejuízo alviverde, há quase 37 anos. Vale relembrar: em 27 de junho de 1971, mais de 103 mil pessoas pagaram ingresso para ver a decisão do Campeonato Paulista entre São Paulo e Palmeiras, no Morumbi. O Tricolor abriu o placar logo aos 6 minutos de jogo, com Toninho Guerreiro. Precisando da vitória, o Palmeiras partiu com tudo para o ataque. Aos 22 minutos do segundo tempo, um cruzamento da direita encontrou Leivinha à frente da marca do pênalti. O atacante cabeceou forte e mandou a bola para o fundo das redes. Porém, o árbitro Armando Marques anulou o gol, dizendo que havia sido marcado com a mão. Como mostra a imagem acima, além de não ter usado as mãos, Leivinha ainda teve a camisa puxada, na área, pelo são-paulino Edson Cegonha. Mesmo que o juiz tivesse validado o gol, o empate ainda garantia o título para o Tricolor. Mas os palmeirenses dizem que, com a vibração, o time teria ido pra cima e conquistado a virada e o caneco. Tudo bem, só que, aí, ficamos só na hipótese. Outro dia, na TV Gazeta, um jornalista (não me lembro quem) afirmou que, em 1974, durante uma excursão da seleção brasileira na Europa, Armando Marques teria se aproximado de Leivinha e confessado que errou e que o gol foi legal. Se fez isso, é muita cara-de-pau...

Erramos. Blogue coletivo tem disso

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Post retirado do ar.




Erramos

O Futepoca é um blogue coletivo feito a muitas mãos. Não dá pra calcular exatamente quantas são, porque parte delas (mãos) estão ocupadas carregando copos. Cada um dos autores tem suas senhas de acesso e suas idéias e publica o que quer. A edição coletiva dos demais é feita depois que o texto foi pro ar. Isso porque, embriagados ou sóbrios, todos estão sujeitos a lapsos e erros. A respeito desse fato, pode-ser ler uma entrevista no parceiro Cervejas do Mundo, concedida pelo Marcão, por e-mail, em que ele explica isso na quarta pergunta.

Foi o que aconteceu na manhã desta quarta-feira, 16, quando Gerardo publicou comentários sobre uma "eleição" promovida dentro de uma campanha publicitária sobre o melhor jogador do mundo. Argentino, Gerardo se surpreendeu com o artigo do editor de Esporte da Folha Online, Eduardo Vieira da Costa, porque desconhecia o "concorrente" brasileiro.

O Futepoca não publica posts pagos (leia mais) nem promovidos por campanhas de marketing, pagos ou não.

Leia-se, portanto, erramos. O Futepoca pede desculpas aos leitores.

por Futepoca

terça-feira, abril 15, 2008

Aquecimento global prejudica cerveja, mas não vodka

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Conforme postei outro dia, o "aquecimento global vai aumentar o preço da cerveja", pois, segundo Jim Salinger, especialista meio ambiental do Instituto de Água e Pesquisa Meteorológica da Nova Zelândia, as áreas secas onde existem vastas plantações de cevada receberão cada vez menos chuva. Porém, há sempre males que vêm para o bem: no Canadá, a indústria de bebidas NLC (Newfoundland and Labrador Liquor Corporation) resolveu produzir vodka com água proveniente de pedaços de iceberg! No site www.icebergvodka.com, uma voz de mulher anuncia que "há 12 mil anos, a neve era totalmente pura, e agora, depois de congelada e compactada em paredes glaciais, pode ser retirada tão pura quanto antes". Claro, é tudo marketing. Mas que para os manguaças o aquecimento global tem lado bom e ruim, isso tem...

Mais um lance polêmico: Adriano agarrado na área

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Os lances duvidosos - e os nem tanto - do clássico entre São Paulo e Palmeiras parecem não ter fim. A novidade é o vídeo acima, que mostra Adriano tendo sua camisa puxada por Léo Lima antes de marcar o contestado primeiro gol do Tricolor. Confira.

Tipos de cerveja 6 - As Belgian Ale

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Com raízes que remontam ao século 18, as Belgian Ale atingiram o auge no final da 2ª Guerra Mundial. Na Europa, é considerado um tipo de cerveja para todas as ocasiões, ao contrário das Belgian Strong Ales, suas "parentes". "Nas Belgian Ale nada deve ser muito pronunciado: o equilíbrio entre os diversos elementos é a chave do sucesso", explica Bruno Aquino, do site CdM (www.cervejasdomundo.com). O produto pode ir de um amarelo dourado até à cor de cobre, com boa presença de frutas, malte e especiarias, tanto no aroma como no sabor. Têm espuma branca, cremosa e não muito duradoura. Exemplos são a Palm Speciale, a Vieux-Temps e a Ommegang Rare Vos (foto).

Vanderlei, o vidente

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Egolatria, de acordo com definição do dicionário Houaiss: amor exagerado pelo próprio eu; culto de si mesmo; egotismo. Esse prêmbulo é necessário para avaliar a declaração do treinador Vanderlei Luxemburgo, após a derrota do Palmeiras para o São Paulo, no domingo. Na coletiva, foi questionado a respeito de Kléber não ter cumprimentado Denílson, que entrou em seu lugar. Daí, o "vidente" justificou a substituição com essa:

- Eu pensei que poderia ter um pênalti, como aconteceu, e o Alex teria de ficar para bater. Por isso, saiu o Kléber.

Pobre Palmeiras que depende de um jogador só para cobrar... pênaltis! Mas bem aventurado seja por ter um treinador que consegue prever o que vai acontecer na partida, na linha do inesquecível Valter Mercado (foto). E olha que o Robério de Ogum nem anda mais com Luxa...

Pedreiro enterra camisa no estádio do rival

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Não é futebol, mas imagina se fosse: Um pedreiro, identificado pela Associated Press como sendo Gino Castignoli, enterrou uma camisa do Boston Red Sox, time de beisebal (esse desconhecido) dos EUA nas obras do estádio do New York Yankees para dar ao rival na liga nacional estadunidense. A mandinga foi descoberta e a camisa desenterrada será enviada para Boston junto com uma outra de um ídolo dos Yankees, onde serão vendidas num leilão beneficente.

(com informações do Estadão)

segunda-feira, abril 14, 2008

Siglas e nomes que não gostaríamos de usar

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Em São Bernardo do Campo (SP), a prefeitura criou uma secretaria que, pelo nome, ficará difícil o cidadão entender o que faz ou para o que serve: Secretaria Especial de Coordenação e Assessoramento Governamental. Mas o melhor (ou pior) é a sigla: SECAG.

Ps.: Em Diadema (SP), na mesma região, há um programa municipal de nome, digamos, não muito feliz: "SE TOCA MULHER".

Salsicha na manguaça disponível no Bar do Vavá

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Ao estômago (e fígado) de quem interessar possa: deixei no freezer do Bar do Vavá (rua Fradique Coutinho, 390, Pinheiros, São Paulo), aos cuidados do João e para quem quiser experimentar, uma vasilha fechada com cerca de meio quilo da "Salsicha curtida na manguaça", mais recente invenção do chef Marcos Xinef aqui para o Futepoca. Como fiz e levei pra lá no sábado (12/04), acredito que a vodka tenha curtido ainda mais o negócio. Aos incautos: a mistura é forte e é aconselhável comer com pão (há uma padaria em frente ao simpático buteco). Sobre a "salsicha na manguaça", só o que posso dizer é que foi a primeira vez na vida que fiquei de pileque só com um alimento, antes de beber qualquer coisa. E não fui só eu...

Péssima arbitragem também em Minas

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Se o Paulo César foi decisivo para a vitória Sampaulina, lá em Minas o Alício Pena Júnior e os auxiliares também aprontaram...

No jogo do Galo contra o Tupi, deixou de marcar pênalti claro para o Atlético logo no início do jogo. Estava do lado da jogada e não teve coragem. Na seqüência, falta para o Tupi e gol...

O Galo empatou com um pênalti, que foi, mas foi menos pênalti que o primeiro, passou à frente num golaço coletivo de troca de passes e gol de cabeça do "gigante" Danilinho (1,64 metro) e poderia ir para o intervalo com 3 a 1 se o bandeirinha não inventasse de marcar impedimento em gol contra.

O lateral do Galo cruzou, antes de a bola chegar num jogador do Atlético impedido o zagueiro do Tupi cortou para dentro do gol. Nunca vi anulação por impedimento em gol contra...

Depois ainda marcou impedimento do Danilinho, que não foi, depois de ele ter driblado o goleiro e estar sozinho na frente da meta.

Ou seja, o que era para ficar 4 a 1, virou 2 a 2, com um gol de fora da área do Tupi e só não foi pior porque brilhou a estrela do atacante Renan, de 18 anos, que entrou e desempatou.

No outro jogo das semifinais, no Mineirão, o Cruzeiro fez 4 a 1 no Ituiutaba, mas cedeu o empate em 4 a 4 em bobeiras de sua defesa.

Deve dar Atlético e Cruzeiro nas finais, até porque têm a vantagem do empate nos jogos decisivos, mas é bom ficar de barbas de molho e não bobear o próximo final de semana...

Olho no lance!

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O primeiro gol do clássico foi mão na bola. Indiscutível. No festival da cara-de-pau, o próprio Adriano reconheceu (mas disse que a bola bateu "só um pouquinho" em sua mão), o juiz Paulo César Oliveira admitiu (mas interpretou que "não houve intenção") e o técnico da seleção brasileira de vôlei feminino, José Roberto Guimarães, até elogiou o atleta são-paulino pelo grau de dificuldade da jogada (juro por Deus, isso aconteceu na Record News!). Pelos vários ângulos da TV, o soco na bola é nítido.

Portanto, o lance, capital para definição da primeira partida entre São Paulo e Palmeiras, pelas semifinais do Paulistão, é ponto passivo de discussão: o gol foi ilegal e o juiz errou. Mas o pior é que também pairam suspeitas sobre o segundo gol de Adriano. Nos flagrantes desse post, do fotógrafo Antonio Ledes (exclusivos para o Futepoca), o momento exato em que o jogador passa por Pierre e chuta para o fundo das redes de Marcos, logo no início da segunda etapa. Confesso que tenho dúvidas. O que acham? Foi falta ou jogo de corpo?

domingo, abril 13, 2008

Conhecidos na festa

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Sexta fui na festa de inauguração da nova sede dos Bancários de ABC. Estava lotado de personalidades da política, figuras destacadas do ambiente sindical, e vários jornalistas famosos, entre eles o senhor da foto, o Marcão claro! E eu como bom paparazzi que sou, não ia deixar passar a oportunidade de fotografar uma "celebridade" da imprensa local. Sucesso a Rita e todos os camaradas do sindicato, a sede esta um show. Parabéns!

sábado, abril 12, 2008

Atlético (PR), rádios e a experiência de Santa Catarina

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Ainda sobre a intenção do Atlético (PR) em cobrar das emissoras de rádio para utilizarem as cabines de transmissão da Arena da Baixada, é bom lembrar que em Santa Catarina já houve um precedente nesse sentido. Porém, com duas diferenças fundamentais: primeiro, os clubes estavam unidos na peleja, não era uma iniciativa individual; segundo, a exigência para o uso de cabines e acesso ao gramado era a inserção de 900 comerciais por clube nos intervalos. Esse termo, na prática uma permuta, facilitava a vida das menores que já têm como prática isso para vender seus espaços de valor reduzido. Já as grandes estariam pagando de forma direta.

Para explicar mais da experiência de Santa Catarina, o Futepoca conversou com o jornalista Marcos Castiel, do blog do Castiel, que faz a cobertura do futebol do estado. Confira abaixo:

Futepoca - Na sua opinião, o que motivou a Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina a tentar trocar espaços comerciais em troca do uso das cabines de rádio?

Marcos Castiel - Esta é uma questão comercial, por um lado; um jogo de poder, de outro. A Associação de Clubes antecipa, de forma abrupta, uma questão que será bastante polêmica num futuro próximo. A relação da mídia com os clubes é uma via de mão dupla, as rádios não vivem sem os clubes, os clubes precisam das rádios. Se houver radicalismo, ambos perdem. Em princípio, é uma atitude que prejudica, ou "amarra", as rádios de menor poder aquisitivo e que, num futuro, pode intensificar o monopólio da informação e concentrá-la em mãos de emissoras mais poderosas.

Todos sabemos que em uma Copa do Mundo, por exemplo, a cobertura, no caso da TV, só é feita por quem compra - e por muito dinheiro - a exclusividade no seu país. Ou, no caso das rádios e jornais, por quem já tem tradição na cobertura, que conquistou, no caso das rádios, sua cadeira cativa. No futuro, o acesso também será cobrado. No caso brasileiro, no entanto, o rádio tem um cunho social, já que a característica de nosso torcedor/consumidor é distintinta do europeu.

Portanto, o monopólio nesta área seria, na conjuntura brasileira, um perigo. Do ponto de vista comercial, o valor agregado de uma transmissão esportiva é muito maior que o simples aluguel de uma cabine. Ronaldinho Gaúcho tem o "gordo" de seus proventos na mídia e não no salário. Assim é o retorno para os clubes, com espaços diários nas rádios. Já imaginou se perdessem tal espaço?. Acho que esta medida, em grandes eventos, seria um filtro, por exemplo, na cobertura de uma final. No cotidiano, vai voltar-se contra o clube.

Futepoca - A questão acabou na Justiça. Houve tentativa de acordo entre as partes? Como está a situação hoje?

Castiel - Houve um acordo anterior à Justiça, em que cada grupo encontrou sua solução para o início da competição. Até hoje, é veiculado nas rádios da Capital pequenas inserções de mídia dos clubes. Não sei os detalhes, mas as emissoras menores aceitaram os termos, as de maior porte negociaram uma fórmula de inserção menos abrangente do que a inicialmente proposta. Preciso contatar o corpo jurídico de ambas as partes para saber detalhes da ação para fazer uma resposta mais fundamentada sobre como está a situação hoje. Até onde sei, há uma liminar favorável às emissoras até julgamento do mérito, mas fico devendo uma resposta mais consistente.

Futepoca - Em média, quantas emissoras fazem transmissão dos jogos do Campeonato Catarinense? Que tipo de prejuízo as emissoras menores poderiam ter com a exigência dos clubes?

Castiel - Na Capital, são três emissoras de rádio, duas AM e uma FM. Em Criciúma, três emissoras AM. Em Joinville, duas emissoras AM. Nas demais regiões, em geral, são duas emissoras (Tubarão, Lages, Chapecó, Itajaí). Nos municípios menores, geralmente uma rádio cobre (Ibirama, Jaraguá do Sul etc). O prejuízo não é formal, no momento. A troca é por mídia. No futuro, estas rádios menores, que não puderem pagar, ficariam alijadas da cobertura, assim como seus ouvintes perderiam o democrático poder de escolha.

Futepoca - Houve uma divisão entre as emissoras grandes e as menores?

Castiel - Houve divisão entre as emissoras. Se houvesse união e ninguém transmitisse os jogos, imagine o prejuízo para os clubes em termos de mídia. Mas imediatamente as rádios menores aceitaram as condições. Não sei as condições com precisão no interior, mas, na Capital, Guarujá e CBN/Diário não aceitaram a medida e, por pouco, não transmitiram os jogos da primeira rodada.

Futepoca - Baseado na experiência de Santa Catarina, você acha que a iniciativa do Atlético Paranaense vai ser exitosa?

Castiel - A iniciativa do Atlético é ousada. Nem certa, nem errada, mas radical. Será fruto, com certeza, de iniciativa judicial pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio. E, conforme, o que ficar definido, pode reverter contra o clube em forma de boicote, já que a iniciativa é individual e, não, coletiva, como em SC. Nesse caso, o clube sairia perdendo, e muito, sem sua exposição na mídia em nível nacional.

sexta-feira, abril 11, 2008

Pseudo-esquerda

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Em evento na Alesp (Assembléia Legislativa de São Paulo) contra a legalização do aborto, a ex-senadora Heloísa Helena (PSol) é flagrada de braços dados com o deputado estadual Orlando Morando (PSDB). Esse parlamentar é o mesmo que declarou em entrevista ao site de notícias G1, em novembro do ano passado, que considerava a sessão solene do orgulho gay, realizada na Alesp naquele mês, "uma vergonha". E se posicionou a favor do pedido de cassação do mandato do colega Carlos Gianazzi, promotor do evento. Detalhe: Gianazzi é do PSol, partido presidido por...Heloísa Helena. Frase lapidar do pensamento "liberal" de Morando, na época: "Pode ser que tenha parlamentares que se sintam à vontade de apoiar (o evento comemorativo do orgulho gay), por fazerem parte do movimento".

Atlético-PR inova mais uma vez...

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... resta saber se pra bem ou pra mal.

Ontem, o rubro-negro do Paraná divulgou para a imprensa que passaria a cobrar das emissoras de rádio interessadas em transmitir jogos do clube na Arena da Baixada. O valor? "Míseros" R$ 15 mil reais por transmissão, a partir da estréia do clube no Campeonato Brasileiro. Para todos os 38 jogos do clube na Série A, os interessados podem fechar um pacote a módicos R$ 456 mil.

A justificativa do clube é essencialmente financeira. Alegam dirigentes do Furacão que as emissoras usam instalações e nome do clube sem dar nenhum retorno em dinheiro - e, se as TVs precisam pagar para transmitir, então o mesmo deveria ser cobrado das emissoras de rádio. Há quem ache que a medida até valorizará o trabalho dos radialistas, já que espantará emissoras menores e, por consequência, trará anúncios mais polpudos às que tiverem condições de bancar a cota estipulada pelo Atlético.

Os radialistas curitibanos, como esperado, rejeitaram a medida. Dizem que o valor é inviável e que, na avaliação deles, o principal prejudicado na história será o torcedor atleticano sem dinheiro para ver o jogo "pessoalmente" ou nos pay-per-views da vida, que ficará sem opções para curtir a partida no seu radinho.

Falando para a Gazeta do Povo, Marcelo Ortiz, da rádio curitibana Banda B, traçou o seguinte paralelo: “pagamos US$ 70 mil dólares (cerca de R$ 118 mil) pelas transmissões da última Copa do Mundo, e foi por toda competição, por um evento e todos os jogos inclusos. Isso pra você ver como está completamente fora de questão esse preço pedido pelo Atlético”.

Vale lembrar que a medida também vale para rádios de outros estados que porventura iriam até a Arena da Baixada para narrar jogos de clubes de suas localidades contra o Atlético-PR.

No Brasil, nenhum clube age dessa forma. E não sei qual o procedimento dos times do exterior para as transmissões radiofônicas.

Confesso que até agora não consegui formar opinião conclusiva sobre o fato. Acho viável o Atlético querer ganhar algum dinheiro em cima das transmissões, tal qual se faz com as TVs - que, lembrando, pagam aos clubes o que é hoje uma das suas principais fontes de renda. Mas o valor é sem-noção demais.

Faço um prognóstico, mais um chute do que qualquer outra coisa. Acredito que o Atlético vai manter a idéia, mas com um valor muito mais camarada do que esse inicialmente proposto. Como toda negociação, aliás.

E se isso vingar, preparem-se para uma avalanche que deve ser repetida por todos os clubes, ao menos os maiores.

Apenas os paulistas balançam na Libertadores

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O final da quinta rodada na primeira fase da Libertadores deixou três clubes brasileiros já classificados. Cruzeiro, Flamengo e Fluminense agora se preocupam em assegurar uma melhor posição entre os primeiros colocados dos grupos, o que garante a vantagem de jogar a segunda partida em casa.

O time mineiro é por enquanto o de melhor campanha no torneio, com 11 pontos, mas vai enfrentar a altitude na última partida contra o Real Potosí. Ainda assim, tem tudo pra vencer, conquistando o direito de pegar nas oitavas o segundo colocado com menor pontuação. O que, a bem da verdade, é algo lotérico, já que esse posto pode ser ocupado, por exemplo, pelo Boca Juniors, que não vai conseguir avançar para a fase seguinte sem uma vitória por no mínimo dois gols de diferença sobre o União Maracaibo, em casa. A depender do resultado da partida entre Atlas e Colo Colo, será obrigado até a fazer mais que isso.

Já os cariocas decidem seus destinos em casa. Vantagem para o Flamengo, que vai pegar o fraquíssimo Coronel Bolognesi no Maracanã, o que deve lhe garantir o primeiro lugar do grupo. Já o Fluminense enfrenta a LDU que, assim como o Fluminense, tem dez pontos, embora com saldo de gols pior. Um empate deixa o time de Renato Gaúcho na liderança, mas a vitória pode até fazer com que ele seja o melhor clube da primeira fase.

São Paulo e Santos

As derrotas fora de casa, se não tiraram São Paulo e Santos da zona de classificação de seus respectivos grupos, jogaram pressão sobre os times que jogam em seus estádios sua sorte na Libertadores.

O São Paulo ainda tem chances de ser o primeiro colocado do grupo, bastando vencer o Atlético de Medellin no Morumbi. Mesmo o empate pode classificar o Tricolor, só que na segunda posição, desde que o Audax Italiano não vença o já desclassificado Sportivo Luqueño no Paraguai. A questão é se o time de Muricy vai conseguir embalar no torneio. Ontem, voltou a demonstrar o futebol sem sal que o caracteriza na temporada, emplacou alguns contra-ataques no segundo tempo, Adriano perdeu um gol incrível, mas a defesa entregou. Em especial, André Dias, o lento zagueiro que não me acostumo a ver como titular em um time como o São Paulo.

Já o Santos fez um dos piores primeiros tempos de sua história recente contra o Chivas, em Guadalajara. O esquema de três zagueiros de Leão, aliado a atuações tenebrosas de jogadores como Dênis, por pouco não fizeram a equipe tomar uma goleada antes do intervalo. 2 a 1 ficou barato e na segunda etapa o Chivas fez de tudo pra entregar a partida, mas o Alvinegro não aceitou. Agora, o time tem que vencer o Cúcuta na Vila Belmiro, embora também possa se classificar até com derrota, desde que o Chivas não vença o San José, nos 3.700 metros de Oruro.

As campanhas contrastantes dos paulistas com os demais brasileiros pode forçar um confronto verde-amarelo já nas oitavas de final. O Santos, sem possibilidade de ser primeiro do seu grupo, é um forte candidato a topar Cruzeiro, Flamengo ou Fluminense, podendo até mesmo cruzar o São Paulo, se este ficar em primeiro. Se o Tricolor paulista ficar em segundo, até dois cruzamentos entre brasileiros pode acontecer.

E fica a questão pros palpiteiros de plantão: qual brasileiro vai mais longe na Libertadores?

quinta-feira, abril 10, 2008

Tipos de cerveja 5 - As Baltic Porter

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No século 18, muitas fábricas da Inglaterra faziam produtos mais fortes destinados especificamente à exportação, tendo como principal mercado os países ao redor do Mar Báltico - hoje, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Rússia, Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia e Alemanha. As chamadas Baltic Porter derivam basicamente das Porter inglesas, mas têm algumas influências das Russian Imperial Stouts, pelo que, por vezes, podem ser identificadas como Imperial Porters. No início, as Porters eram bem mais fortes do que hoje, ultrapassando os 7% de teor álcoolico. "É um estilo muito complexo, especialmente o sabor, com presença de chocolate e malte torrado, elaborado com lúpulo continental e malte de Viena ou de Munique", comenta Bruno Aquino, do site Cervejas do Mundo (www.cervejasdomundo.com). Exemplos das Baltic são a finlandesa Koff Porter, a russa Baltika 6 Porter (foto) e a sueca Carnegie Porter.