Destaques

terça-feira, agosto 26, 2008

No butiquim da Política - Esqueleto legislativo

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CLÓVIS MESSIAS*

A CPOS (Companhia Paulista de Obras e Serviços) tem que justificar a necessidade de R$ 2,8 milhões extras para terminar o anexo da Assembléia Legislativa de São Paulo (à esquerda). Hoje, a obra é apenas um esqueleto que consumiu muito dinheiro público. O custo inicial, assinado em 2005, era de R$ 10,4 milhões. Vale lembrar que esta obra teve início antes das eleições para deputados estaduais, em 2006. Nada aconteceu, apesar de ter consumido dinheiro adicional. O TCE (Tribunal de Contas de Estado) rejeitou três aditamentos, já feitos ao primeiro contrato. Um dos aditivos previa a retirada do contrato dos serviços de esquadrias metálicas, madeiramento, instalações hidráulicas, elétricas, de incêndio e revestimento.

Os valores pedidos correspondem a 54% da soma dos contratos, o que ultrapassa os limites da lei de licitações, que é de 25%. O prédio está lá, parado. Nada acontece. Mas, como se comenta no butiquim, eles querem falar em término da obra, porque, como aconteceu no inicio, estamos às portas de mais uma eleição. Sobrou um esqueleto e o dinheiro acabou. O pessoal divaga, com fundamento. Afinal, se o TCE rejeita e o MP (Ministério Público) investiga, é porque deve existir fogo nesta fumaça.

Prova disso é que o presidente da CPOS, Mansueto Lunardi (foto acima), se demitiu. Os serviços foram contratados novamente, com a Sistema e a Empreendimentos Guimarães, por R$ 7,3 milhões. Não dá para entender, são muitos números e nenhum resultado. É dinheiro público. A pergunta, na mesa do butiquim, é: será que já existe dívida de campanha, de algum candidato? Mas aí alguém lembra, no meio do papo, um texto de Leonardo Boff, para colocar um ponto final: "Ética, do grego ethos, designa a moradia humana, portanto ético significa tudo aquilo que ajuda a tornar o ambiente melhor. Para que seja uma moradia saudável, materialmente sustentável, psicologicamente integrada e espiritualmente fecunda".

*Clóvis Messias é dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa de São Paulo e escreve semanalmente para o Futepoca.

Por Cidade Limpa, metrô vai deixar de arrecadar 18 mi

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A prefeitura de São Paulo anunciou ontem que o Metrô não terá mais publicidade em suas estações. Segundo a administração municipal, a propaganda violaria os princípios da Lei Cidade Limpa, que vem provocando uma verdadeira guerra contra a publicidade exterior na capital desde o início do ano passado.

Tomei conhecimento dessa recente proibição hoje pela manhã, ao ouvir a coluna do publicitário Antoninho Rossini na Rádio Bandeirantes. De acordo com Rossini, a medida gerará uma perda de arrecadação de 18 milhões anuais para o Metrô paulista.

Eu já tenho bronca dessa lei faz tempo. Agora, a coisa já caminha para o ódio. Vejo a Cidade Limpa como uma medida populista, ineficaz e economicamente danosa a São Paulo. É populista porque tem a premissa de "melhorar o visual da cidade", bem na linha do "para inglês ver"; é ineficaz, porque São Paulo não teve nenhuma evolução significativa em termos estéticos (em alguns casos a situação ficou até pior, já que a publicidade ocultava paredes de alguns prédios pra lá de mal conservados); e é economicamente danosa porque prejudica um segmento considerável da economia para se tentar buscar uma "beleza" inalcançável.

Estão aí os números: o metrô vai deixar de arrecadar 18 milhões de reais em nome de uma "estética" que certamente não será notada pelos usuários (e falo como um deles).

Em tempo, deixo claro que essa não é uma crítica de um "eleitor do PT a uma lei do DEM". Sim, já votei no PT muitas vezes e, sim, a lei é do DEM; mas a aprovação que a Cidade Limpa teve aqui na capital transpassa as fronteiras partidárias e é vista em muitos anti-tucanos e anti-pefelê de carteirinha. E, da minha parte, tal medida seria rejeitada sendo quem fosse seu criador.

O complicado é que nenhum dos candidatos à prefeitura paulistana se opõe à lei, já que eles estão cientes da popularidade da medida...

segunda-feira, agosto 25, 2008

F-Mais Umas - Nuzman, um profissional sem metas

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CHICO SILVA*



Fui convidado para escrever sobre Fórmula-1 neste site. Mas peço licença a vocês e ao Felipe Massa, que venceu sem contestação o GP da Europa (prova chatíssima disputada no belo circuito de rua de Valência), para falar um pouco sobre a campanha olímpica do Brasil em Pequim. Como alguns de vocês sabem, no último ano, por questões profissionais, mergulhei nas entranhas da estrutura que administra o esporte olímpico brasileiro. E dessa imersão tirei algumas conclusões que talvez ajudem a explicar o nosso desempenho apenas razoável na China (aliás, em todos os jogos anteriores), como bem definiu o presidente Lula (acima) no "Café com o presidente" de hoje.

Vamos a elas: nunca o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) recebeu tantos recursos e investimentos, sejam eles privados ou estatais, num ciclo olímpico. No total, passaram pelas mãos de Carlos Arthur Nuzman (à direita), presidente do COB, & companhia (leia-se: presidentes de confederações), cerca de R$ 1,2 bilhão. A maior parte desse dinheiro veio da Lei Piva, que destina 2% da arrecadação das loterias para COB, para as confederações de cada modalidade esportiva e para o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) - se bem que este último leva apenas 15% do bolo.

Como se nota, o problema deixou de ser a falta crônica de recursos e passou a ser a gestão deles. O COB, que tem como fonte própria apenas as verbas dos seus patrocinadores, administra esse dinheiro alheio como bem entende. O resultado disso é que esportes sem muita expressão e visibilidade acabam recebendo migalhas. São modalidades como tiro esportivo (à esquerda), lutas, levantamento de peso e tênis de mesa, só para citar algumas, que, para outros países, são verdadeiras usinas de medalhas. Por isso, se quiser ser uma potência olímpica, o Brasil terá que olhar mais para os esportes nanicos.

Apesar da autonomia quase irrestrita para administrar o dinheiro alheio, o COB treme quando ouve falar em metas. Nuzman se gaba de dirigir uma instituição que, segundo ele, é qualificada e profissionalizada. Então, qual é o problema de se estabelecer metas de desempenho por modalidade? E se as metas não forem atingidas, é preciso investigar as causas do insucesso e não simplesmente pedir mais dinheiro, como o presidente do COB fez na coletiva do balanço do desempenho brasileiro na China. Essas Olimpíadas revelaram um descompasso entre investimento e resultado. Isso precisa ser corrigido.

Como maior financiador do esporte de alto rendimento no país, o governo federal não pode se omitir da tarefa de fiscalizar e acompanhar o uso dos seus recursos, sejam eles diretos ou indiretos. Mas peralá: longe de mim defender uma intervenção federal na atividade. O que sugiro é a participação de todos os segmentos envolvidos, governo, COB, confederações e atletas, na decisão de como e onde aplicar esse dinheiro. O que não dá para aceitar é alguém administrando os bônus e repassando os ônus. Aí a vara quebra, o cavalo refuga, o uniforme encolhe e o país anda para trás na conquista de medalhas olímpicas (acima, à direita).

Para terminar, vou chover no molhado ao falar na necessidade premente de investimento no esporte de base e educacional. Mas, para isso, o governo precisa tirar recursos do alto rendimento e destiná-los para a criação e melhoria de equipamentos esportivos e formação de professores e especialistas. Aí é que entra, ou deveria entrar, a iniciativa privada no papel da grande patrocinadora das Daianes, Scheidts, Jades e Maurrens do Brasil. Porém, os empresários também têm que mudar sua visão. Hoje, a grande maioria só investe no esporte em momentos de grande exposição, como nos anos de Pan e Olimpíada. Contam-se nos dedos aqueles que desenvolvem trabalhos longos e sem a contrapartida imediata do resultado. Para o bem do esporte brasileiro isso precisa mudar.

Até a próxima, quando volto a falar do que me trouxe a esse espaço: a F-1.




*Chico Silva é jornalista, wilderista (fanático por Billy Wilder) e nelson-piquetista. Em futebol, 60% santista, 40% timbu pernambucano. Bebe bem e escreve semanalmente a coluna F-Mais Umas para o Futepoca.

Promoção Mico Olímpico

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A Olimpíada de Pequim 2008 acabou. Para tentar lidar melhor com a síndrome de abstinência de esportes durante as madrugadas, o Futepoca lança a promoção Mico Olímpico.

A gente quer saber:

Qual foi o maior mico brasileiro ou internacional da Olimpíada de Pequim 2008?


O simpático mico está no blogue de Roni Chittoni

A melhor resposta com as devidas justificativas será publicada no Futepoca e vai ganhar um exemplar do Almanaque Olímpico SporTV, dos jornalistas Marcelo Barreto e Armando Freitas. O vencedor leva ainda um par de ingressos assistir Viagem ao Centro da Terra – o Filme. Todo o material será enviado pelo correio.

O par de ingressos válidos de segunda a quinta-feira para qualquer cinema do país em que o filme estiver passando, exceto o Cinemark Iguatemi (São Paulo), Grupo Araújo (confira as salas aqui), Grupo Estação (Rio de Janeiro) e salas vips do Cinemark Cidade Jardim (São Paulo).

Os bilhetes são uma cortesia do parceiro Guia da Semana. O livro é cortesia da SporTV.

Para se inspirar, leia a cobertura dos Jogos Olímpicos.

Para participar, clique aqui.

Por falhas ingênuas, mais uma rodada fora do G4

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O São Paulo foi ao Couto Pereira enfrentar o Coritiba precisando vencer para ter uma chance de voltar ao pouco freqüentado G4. Pois começou levando um gol num lance risível. Richarlyson faz uma falta na altura do meio de campo. O juiz marcou e ele virou de costas para reclamar, atitude que lhe é peculiar. A zaga tricolor, por sua vez, ficou esperando o posicionamento do ataque, numa boa. Nisso, alguém muito esperto do Coritiba - não vi quem foi - bateu a falta rapidinho. Rodrigo Heffner foi lançado, cruzou na área e Ricardinho completou. André Dias ainda tentou tirar, mas só ajudou a empurrar pra dentro. Gol para deixar o torcedor bem irritado. Mas eu até vi o lado bom da coisa: quem sabe o Richarlyson não pára de reclamar de qualquer coisa e presta mais atenção ao jogo?

Depois desse lance, o São Paulo praticamente dominou as ações e foi pouco ameaçado. O empate veio ainda no primeiro tempo, em cruzamento do bom Jean para o zagueiro Rodrigo, que foi bem ontem. Do jeito que o São Paulo jogava deu até um certo otimismo para o segundo tempo.

Mas, no início de etapa complementar, a bobeira da zaga se repetiu. Rodrigo Heffner cobrou um lateral que parecia um lançamento para Keirrison, que aproveitou a saída estabanada de Rogério do gol para mais uma vez colocar o Coxa à frente. Os sãopaulinos reclamaram de que o lateral foi cobrado fora do lugar. Haja paciência... Deviam reclamar dos cochilos da defesa. Alguém imagina isso acontecendo no ano passado?

Logo em seguida o Tricolor reempatou o jogo, mais um cruzamento, dessa vez de Rodrigo para Hugo. E, apesar de seguir dominando, o São Paulo não foi capaz de vencer. Tudo bem que só o Grêmio venceu o Coritiba em casa nessa campeonato. Mas se o time quer algum sucesso no Brasileiro não pode se dar ao luxo de tomar gols bobos como esses. E, por mais uma rodada, o São Paulo fica fora da zona para a Libertadores. Numa rodada tão boa para o Palmeiras, nenhuma notícia boa.

Alex Silva

Nenhuma notícia boa mesmo. Alex Silva está perto de acertar sua transferência para o Hamburgo, por 7 milhões de euros. É possível que ele nem volte a vestir a camisa tricolor. A verdade é que estava demorando, e vou ficar feliz se só ele for embora.

Série C não terá pontos corridos

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A CBF divulgou hoje o calendário do futebol brasileiro para 2009.

(Antes de mais nada, um parêntese: estamos em agosto e o calendário do ano que vem já está divulgado. Quem imaginaria, hein? Tá certo que o futebol brasileiro ainda precisa se organizar muito, mas quem negar que houve muitos, muitos avanços é cego.)

Para as Séries A e B, nada muda. A elite começa em 3 de maio e se encerra em 6 de dezembro. A segundona tem início em 1º de maio e acaba em 29 de novembro. Ambos seguirão no sistema de pontos corridos, que vigora na Série A desde 2003 e na B desde 2006. A Copa do Brasil vai de 18 de fevereiro a 1º de julho.

Mudança significativa acontece daí pra baixo. Em abril, a CBF confirmou que criaria a quarta divisão nacional, a Série D. Mais do que delimitar mais um nível para o futebol brasileiro, a medida era interessante porque acarretaria numa "moralização" da Série C que, apesar de também ter passado por importantes ajustes, ainda é um samba do crioulo doido com seus grupos regionalizados e times que podem disputar de dois a 32 jogos. Segundo o falado no primeiro semestre, a Série C também passaria a ser disputada em pontos corridos. Já a D herdaria da terceirona atual o sistema regionalizado e também a composição dos times derivada dos campeonatos estaduais.

Pois bem: no anúncio que fez no dia de hoje, a CBF manteve o Brasileirão repartido em quatro divisões. Mas ao invés de confirmar a Série C em pontos corridos, comunicou que o campeonato terá "formato de disputa diferente das Séries A e B, a ser anunciado oportunamente".

Muito, muito curioso isso. O que a CBF define como "oportunamente"? Que momento é mais oportuno que o atual, em que a idéia é antecipar o calendário e dar oportunidade a todos os times de desenvolverem seus planejamentos? E o mais importante: qual será a fórmula de disputa da Série C do ano que vem? Não sou daqueles que acha que pontos corridos é sinônimo de organização e todo e qualquer regulamento diferente desse é a personificação da balbúrdia. Mas, por outro lado, os grupinhos regionais e eliminações prévias só desvalorizam o certame. Então, o que esperar?

A imagem que ilustra o post é o distintivo do Águia de Marabá, time de Marabá-PA que está prestes a se classificar à terceira fase da Série C. Se realmente avançar, o time confirma presença na Terceirona de 2009. O escudo foi retirado do distintivos.com.br, site do saudoso Luiz Fernando Bindi.

Finalmente, o Santos quase como deveria ser

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O Santos ontem na Vila Belmiro não fez propriamente uma exibição de gala, mas mostrou que poderia estar muito mais bem posicionado na tabela não fossem as sucessivas trapalhadas da diretoria peixeira. Diante do Cruzeiro, um adversário respeitável que está no G-4 e goleou o Alvinegro no primeiro turno, dominou a partida e poucas chances deu ao rival.

Um meio-campo marcador com Roberto Brum, Bida, Rodrigo Souto e Michael deram consistência à marcação santista, anulando a principal arma do Cruzeiro no Brasileirão: o contra-ataque. Os números evidenciam isso: foram 19 desarmes santistas contra 11 da equipe mineira, e os azuis erraram 49 passes contra 32 dos donos da casa.

Dois fatores auxiliaram o treinador Márcio Fernandes na empreitada de ontem. Primeiro, o leque de opções foi maior. Ele contou com a volta de Rodrigo Souto, Michael (que cumpriu suspensão contra o Ipatinga), Molina e com Wendell, que pela direita - lado cronicamente caótico do Santos há anos -, não comprometeu; e Bida mais adaptados ao time.

O outro fator que ajudou o técnico foi a sorte. Kléber se contundiu contra o Ipatinga e deu possibilidade para que Fernandes colocasse Carleto na esquerda e Michael no meio. O lateral santista chegou a acertar um cruzamento na medida para Kléber Pereira. Mesmo sabendo que o menino tem muito a evoluir, me perguntei: quanto tempo o titular, convocado pra seleção brasileira, não faz isso? Não consegui lembrar. Além disso, o Peixe também levou mais perigo nas bolas paradas, já que, com Kléber, isso simplesmente não acontece.

Agora, contra o São Paulo, no domingo, o treinador e seu time tem uma prova de fogo. Chegou a hora de diferenciar os homens dos meninos e o Santos vai dizer se vai penar até as últimas rodadas com a presença na zona do rebaixamento ou se conseguirá ficar a uma distância segura da região perigosa. Perder é admissível e é do jogo, mas a atitude será fundamental pra convencer o torcedor de que vale a pena sofrer por esse time.

Santos ajuda, e Palmeiras é segundo

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O empate do Grêmio contra o Náutico no quarto minuto de acréscimo nos Aflitos e a vitória santista sobre o Cruzeiro deixaram o Palmeiras em segundo lugar, com um ponto de vantagem sobre os azuis de Minas Gerais e cinco atrás do time de Celso Roth, líder há oito rodadas.

Palmeiras
Ao que me interessa.



Diante da Lusa no Pacaembu, o primeiro tempo foi mais fácil com ajuda do goleiro André Luis no terceiro gol. Mas a partida terminou 4 a 2, e Valdir Espinoza caiu para dar lugar a Estevam Soares.

O rendimento cair depois de chegar ao intervalo com quatro tentos de vantagem é normal. Tomar dois gols de Jonas com isso é que soa estranho. Curioso que o segundo tempo daquele empate de 25 de maio, quando a Portuguesa era comandada por Vagner Benazzi, o segundo tempo também foi da representação do Canindé.

Os 4 a 2 reduzem a pressão da goleada diante do Inter e dão esperança de um 1 a 0 suado na Arena da Baixada no domingo diante do Atlético-PR goleado pelo xará mineiro ontem. Isso por causa do retrospecto verde fora de casa nesta edição do Brasileiro.

E eu que reclamei das mexidas do Luxemburgo por motivos táticos não andavam dando certo, tenho que comentar a substituição por causa da contusão do Fabinho Capixaba. A entrada de Gustavo em seu lugar logo aos 7 do primeiro tempo deixou o time com três zagueiros e Sandro Silva e Evandro caindo pela direita no ataque. Interessante, mas nenhum dos gols saiu pela direita nem a favor nem contra.

Mídia luxemburguista?
"Mesmo que seja convidado pela CBF, Luxa permanece no Verdão até dezembro"

Seleção Brasileira pode mudar de técnico após Olimpíada

Ou será que o Dunga se convenceu sozinho de que deve ter medo? Dunga se diz tranquilo e provoca Luxemburgo em desembarque

domingo, agosto 24, 2008

Sangue falso não pode OU resquícios da ditadura

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Na tarde deste domingo fui à delegacia do bairro Paraíso, em São Paulo, onde ocorreu um ato (foto) em memória das vítimas do extinto Doi-Codi (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna), órgão de repressão e violência da ditadura militar brasileira (1964-1985). Uma das sedes do serviço funcionou no prédio da delegacia, na Rua Tutóia nº 1.000, e foi o local de suplício e morte de centenas de pessoas. A manifestação (foto) também aproveitou para reforçar o pedido de punição para os torturadores e mandantes, debate que repercute no país.

"A punição é fundamental, faz parte dos novos passos para a retomada da democracia no Brasil, que ainda não é completa", observou o jornalista e escritor Alípio Freire (à esquerda), um dos torturados pela ditadura que compareceu à manifestação. "A Lei de Anistia, de 1979, diz que não haverá punição para os crimes políticos e conexos, ou seja, que tenham conexão com eles, cometidos nos tempos da ditadura tanto pelos militares quanto pelas suas vítimas. Só que tortura e assassinato não são crimes políticos e nem conexos. São crimes de lesa-humanidade, imprescritíveis", acrescenta Freire, que foi preso em agosto de 1969 e torturado na Oban (Operação Bandeirante) e no Dops (Departamento de Ordem Política e Social) até dezembro daquele ano, ficando preso, depois, até outubro de 1974.

E ele tem razão ao dizer que a retomada da democracia ainda não se consolidou. Quando a manifestação pacífica em frente à delegacia já ia terminando, uma lata de tinta vermelha foi despejada no local (à direita) para marcar as violências e os assassinatos praticados ali. Ato contínuo, um policial (delegado ou investigador, não ficou claro) saiu aos berros da delegacia e mandou que limpassem o chão. Vaiado, o homem voltou para o prédio, mas ameaçava gritando que alguém ficaria detido pelo derramamento da tinta. Depois, saiu com uma máquina digital e fez fotos dos manifestantes, que se dirigiram para um espaço a um quarteirão dali. Mas, óbvio, não deu nem cinco minutos e baixou polícia no local.

Por sorte, todos conseguiram ir embora bem rápido, sem confusões. Mas a truculência serviu para deixar claro que o comportamento da polícia brasileira é mais uma herança maldita daqueles anos de chumbo.

sábado, agosto 23, 2008

O ouro feminino: um triunfo de renegados

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O jogo estava 24 a 19 para o Brasil. A equipe tinha 4 match points para chegar a uma inédita decisão nas Olimpíadas. De repente, o apagão. A Rússia vence o quarto set e leva a semifinal para o tie-break. De novo, a seleção tem a vantagem. De novo, desperdiça. A Rússia disputa o ouro, enquanto uma perplexa e cabisbaixa equipe não encontra ânimo para obter o bronze.

As críticas chovem. A jovem Mari é taxada de “amarelona”, assim como outras atletas. O treinador José Roberto Guimarães é afrontado, tendo ainda contra si o contraste do novo
pop star do vôlei, o performático e histriônico técnico Bernardinho. E logo os dois teriam um embate público.

Guimarães insinua que a levantadora Fernanda Venturini obedece às instruções de seu marido, e não as suas, repassando informações que seriam do âmbito da equipe feminina. Já o capo da seleção masculina dedica o título à esposa e afirma que ela teria “transformado a história do vôlei feminino no Brasil”.

A inimizade entre os dois estava selada. Pior para Guimarães, já que Bernardinho virou exemplo de sucesso. Bem pago para estrelar campanhas publicitárias de gosto duvidoso e palestras motivacionais para executivos, continuou tendo sucesso à frente da seleção masculina. A seleção feminina também colecionava trunfos, mas o peso de Atenas pairava sobre todo o time. Os homens se tornam campeões mundiais em 2006, e o treinador dedica novamente a conquista a Fernanda.

A derrota no Pan e o fantasma de Fernanda

Nos quatro anos que separaram a Grécia da China, os dois se enfrentaram em partidas válidas pela Superliga feminina, Bernardinho à frente do Rexona e Guimarães comandando o Osasco em 2005. A rivalidade chegava a níveis exorbitantes, tanto que, após uma derrota para o time paulista, o treinador da seleção masculina quebrou a porta de um vestiário do ginásio osasquense. No Mundial feminino, nova derrota para a Rússia.

Veio o Pan, a medalha de ouro para os homens e as mulheres, novamente, ficavam a ver navios com a derrota para Cuba na final. O selo de “amarelão” se consolidava. Como Felipão teve de agüentar o lobby em prol do veterano Romário em 2002, Zé Roberto em 2008 se via às voltas com o fantasma de
Fernanda Venturini. Por obra e graça sabe-se lá de quem, vaza um e-mail pela imprensa onde a levantadora se oferece para voltar a jogar e ir a Pequim.

O técnico não assume um enfrentamento e, em um primeiro momento não descarta a convocação dela, mas no fim não a chama. A titular é Fofão, reserva de Fernanda por dez anos na seleção. Em abril de 2008, o Zé Roberto chama Mari, afastada desde o Pan para “amadurecer”, e traz também de volta a experiente Waleskinha, longe da seleção desde 2006.

Zé Roberto segue longe dos holofotes, e a imprensa chega até mesmo a dizer que a boa fase da seleção feminina deve-se também ao rival Bernardinho, que foi durante sete anos comandante da seleção. Esquecem, porém, o quanto o inverso é tão ou mais verdadeiro, já que Guimarães foi o primeiro técnico brasileiro a conquistar ouro olímpico em esportes coletivos, com a vitória da seleção em 1992. Foi o primeiro a exigir dos atletas
versatilidade de funções, o ataque de todos os lados da quadra, diferenciais em relação às demais equipes. Rompeu justamente com o estigma do “quase”, sedimentando o caminho trilhado por gerações anteriores e pavimentando as futuras conquistas.

E em 23 de agosto de 2008 veio a consagração maior. De novo, o treinador fez história ao obter o primeiro ouro para o Brasil em esportes coletivos femininos, sagrando-se o único técnico a obter o ouro olímpico no vôlei masculino e feminino. E, junto dele, Fofão, a melhor levantadora do torneio, uma ex-reserva que mostrou o quanto soube agarrar a oportunidade que teve. Mari, maior pontuadora naquela semifinal contra a Rússia com incríveis 33 pontos e mesmo assim massacrada, soube dar a volta por cima. Paula Pequeno, que ficou de fora de Atenas por conta de uma ruptura de ligamentos no joelho e depois ficaria afastada em função de uma gravidez, também deu um exemplo de superação, assim como todas as outras que conseguiram afastar o estigma de “amarelão”. Uma seleção que honrou a tradição de ataque do vôlei, mas que tornou o bloqueio uma arma poderosíssima, tanto quanto a defesa. Obra do técnico que, segundo
Carol Gattaz, cortada da seleção antes dos Jogos, “soube administrar egos e vaidades”, além de inovar novamente no aspecto tático. E obra de um grupo que soube suportar críticas e dar a volta por cima, com uma obstinação e frieza de vencedoras.

Que os homens vençam amanhã. Mas as mulheres já são as verdadeiras heroínas dos Jogos de Pequim. E Zé Roberto é o maior técnico da história do vôlei brasileiro.

sexta-feira, agosto 22, 2008

Maurren é ouro!

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Que a Maurren Maggi ganhou o ouro olímpico no salto em distância todo mundo já sabe. Mas é uma conquista tão absurdamente especial que não dá para passar em branco. Em 2003, no auge da carreira, logo depois de fazer sua melhor marca pessoal, a atleta tomou uma suspensão de dois anos por doping. Todo mundo conhece a história também. Não foi doping coisa nenhuma, mas as decisões do mundo do esporte são cruéis. Ela abandonou a carreira e teve uma filha.
Aí ela voltou aos 30 anos - deixa eu falar de novo: TRINTA anos - para o esporte e, em dois anos, ganhou o ouro em uma Olimpíada. E colocando a responsabilidade nas próprias costas. Antes da competição, cobrou de si mesma um resultado que não podia ser menor do que ótimo, e depois ainda disse que não ficou satisfeita com a distância alcançada. Foi ainda a primeira medalha de ouro conquistada por uma brasileira em modalidades individuais.
Essa é uma das grandes histórias da Olimpíada. Haja volta por cima! Parabéns Maurren! Foi sensacional.

Uma pontinha de esperança para o santista

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Em tempos de Olimpíadas, com vários casos de doping pipocando (como em todo evento olímpico, aliás), o Santos teve uma boa notícia na área. A Fifa aceitou o recurso do clube contra a suspensão do volante Rodrigo Souto, flagrado em exame antidoping na partida contra o San Jose, na Taça Libertadores da América. Como o atleta vinha treinando normalmente, pode ser escalado já na partida contra o Cruzeiro, domingo, na Vila Belmiro.

O jogador, cujo exame detectou a presença de cocaina, não entrava em campo desde o dia 16 de julho, quando o Santos tomou um chocolate do Figueirense por 3 a 0 em Florianópolis. Embora livre da punição da Fifa, ele continua suspenso das competições organizadas pela Conmebol e o caso segue na Corte Arbitral do Esporte eo órgão pode remeter novamente o assunto à Fifa. Que os advogados do Santos trabalhem.

África, a capital do futebol em 2009/10

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A notícia não é nova (é de março). Mas eu não sabia, então acho que cabe o post. Em 2009, o Mundial Sub-20 acontecerá no Egito, e o Sub-17 será realizado na Nigéria.

"E daí?", perguntará um leitor mais sagaz. E daí que é o seguinte: ao abrigar esses eventos, a África polarizará as disputas do futebol mundial no próximo biênio. Além desses torneios já citados, também em 2009 acontecerá a Copa das Confederações, na África do Sul e, em 2010, a Copa do Mundo, na terra de Nelson Mandela.

É um momento único para o futebol africano. Que precisa se consolidar. Apareceu para o mundo com a seleção de Camarões e suas boas campanhas em 1982 e 1990; Nigéria, em 1994 e 1998, e Senegal, em 2002, também tiveram um ótimo desempenho, e há atletas africanos em praticamente todas as equipes de ponta para o futebol mundial, como Essien, Drogba, Kanouté, Diarra e por aí vai.

Se por um lado a África é respeitada, por outro não dá para negar que paira um clima de "eterna promessa" sobre o continente. Depois da euforia provocada por Camarões, esperava-se ver africanos lutando pelo título das Copas do Mundo seguintes, mas as seleções do continente não chegaram sequer às semifinais - trunfo que até a Ásia conseguiu, com a Coréia do Sul em 2002 (com ajudinhas da arbitragem, não se pode esquecer).

Talvez sediar os quatro principais eventos do futebol de seleções em dois anos impulsione o extra-campo do futebol da África, e seja o empurrãozinho que o continente precisa para deixar de ser a "eterna promessa" do futebol mundial.

Brasil desconta os 3 a 0 da semi nos belgas. E daí?

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Dizem que o Dunga foi para a China para passar protetor solar. No final, levou um bronze contra a Bélgica. E uma bela de uma cenoura dos argentinos!

"Discípulos" de Felipão comandam futebol nacional

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Se o Corinthians vencer o CRB neste sábado (o que não é difícil, pois os alagoanos são os lanternas da série B), o futebol nacional confirmará um panorama interessante. No caso de vitória por 1 a 0, o alvinegro de Parque São Jorge, líder da competição, chegará a 42 pontos em 20 partidas, com 12 vitórias, 6 empates, 2 derrotas, 37 gols pró e 14 contra (saldo de 23 gols). Curiosamente, o Grêmio de Porto Alegre, líder da série A, tem campanha muito semelhante: 44 pontos em 21 jogos, com 13 vitórias, 5 empates, três derrotas e os mesmos 37 gols pró e 14 contra, com idêntico saldo de 23 gols. Seria só uma mera coincidência?

Como não acompanho a série B e pouco vejo das partidas dos gaúchos, não me atrevo a fazer um paralelo "tático" ou apontar qualquer outro padrão entre as duas equipes. Mas há um detalhe pouco explorado: os técnicos de Grêmio e Corinthians são, respectivamente, os gaúchos Celso Roth (de Caxias do Sul) e Mano Menezes (de Santa Cruz do Sul), um e outro considerados "discípulos" de Luiz Felipe Scolari, o Felipão (atual técnico do inglês Chelsea e natural de Passo Fundo). Ou seja, membros da chamada "escola gaúcha" de técnicos, com muita marcação, força no meio-de-campo e festival de gols de bola parada e de chuveirinho na área.

Como disse, não sei se esse é o caso dos atuais líderes das séries A e B do Brasileirão, mas que o - ótimo - trabalho dos dois técnicos deve ter alguma coisa a ver com suas características de origem, isso dá o que pensar. Será que teremos uma dobradinha gaúcha no final do ano? Comentários de corintianos e gremistas sobre o padrão tático dos times são bem-vindos.

Ps.: Carlos Caetano Bledorn Verri, o Dunga, é gaúcho de Ijuí. Mas é melhor não fazer qualquer relação entre seu trabalho e o de seus conterrâneos...

"Não sei o que aconteceu..."

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É interessante ver o quanto os jogos Olímpicos de Pequim deixaram muitos perplexos. Decepções, frustrações e dá-lhe pedidos de desculpa padrão: “Queria pedir desculpas a todos por...”. Ah, pelamordedeus. Perder faz parte do esporte, da vida, e do mundo mágico das canetas, aquele lugar de uma dimensão desconhecida que armazena todas aquelas que você perdeu durante a vida.

Mas uma pergunta tem saído com relativa freqüência no mundo esportivo durante os últimos dias. “O que aconteceu?”, que poderia ser substituído por “Como assim?” e similares. Vários personagens nos brindaram com essa pergunta, como se alguém pudesse de fato respondê-la. Abaixo, alguns dos “enduvidados” cartesianos.

“Não sei o que acontece com a gente nas finais”, Marta, sobre a final olímpica, mais um vice pro Brasil. Também não sei, mas já está virando um hábito pouco saudável.

“Não saio, não bebo, não fumo, me dedico 100% a isso, então não sei o que aconteceu”, Jadel Gregório, após o sexto lugar. Não sai, não bebe... e não sabe o que aconteceu? Ah, faça-me o favor...

“A mão estava lá, ela estava lá. Eu não sei o que aconteceu”, Lauryn Williams, do revezamento 4 por 100 m masculino, justificando a queda do bastão que tirou a equipe estadunidense da final. A constatação de que nem ele nem o companheiro Tyson Gay tinham ficado manetas no meio da prova é de uma racionalidade a toda prova.

"Eu confesso que não sei o que aconteceu aqui hoje", Pradeeban Peter-Paul, mesatenista canadense, sobre a derrota pra o brasileiro Gustavo Tsuboi no tênis de mesa individual. E ainda completou: "ser eliminado por um cara como o Gustavo é algo terrível". Quanta humildade...

“"Não sei o que aconteceu. Tudo estava indo bem”, Diego Hipólito, após a queda, no melhor estilo “Meu Mundo Caiu”.

“Se eu estivesse machucado ou não tivesse treinado direito, tudo bem. Mas me preparei muito para estar aqui, não tem explicação o que aconteceu”, César Castro, dos Saltos Ornamentais, ao explicar o medonho desempenho no trampolim. Tudo bem, Castro, todo mundo estava dormindo quando você competiu mesmo.

“Não sei o que acontece no time”, Márcio Fernandes, treinador do Santos, depois do empate com o Ipatinga. Se me pagarem o salário dele, tento descobrir.

Pérolas da transmissão de Luciano do Valle

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O Futepoca gosta de reclamar da mídia. Critica, chia, boqueja, tira onda, se diverte (essa lista de links poderia ir longe).

Foto: Youtube
Mas Luciano do Valle anda, já há algum tempo, merecendo uma homenagem semelhante àquelas normalmente dedicadas a Galvão Bueno.

O exaustivo levantamento de pérolas durante suas transmissões de Pequim foi motivado pela constatação de que rir das preciosidades é até uma forma de espantar o sono. Mas quando a "piada" é sem querer, fica feio...

Na semi-final brasileira do vôlei de praia em que Márcio e Fábio Luiz venceram Ricardo e Emanuel, o locutor torcia descaradamente pela segunda dupla, a favorita e dona do ouro olímpico em Atenas. Por isso, não se conformava com o que via. E dá-lhe pérolas.

"[A minha dupla favorita] tá começando a pegar no tranco, que nem carro de manhã."

"Saque tático do Ricardo (pausa dramática). E tem que ter frieza. Se for um pouco mais forte, fica fácil, se for mais fraca, fica na rede."

"Ricardo tem um saque chatinho quando passa da rede. Esquisitinho".

"Não dá para dizer que ganhando o primeiro set vai ganhar o jogo, mas é meio caminho andado."

"O torcedor brasileiro vibra mesmo sabendo que o ponto foi contra o Brasil"

E quando veio o informe sobre a brilhante participação brasileira na maratona de natação, modalidade estreiante nos jogos, veio uma ótima:

"Maratona [de natação]! O próprio nome já diz, que é uma prova de resistência".

Repeteco
Há pouco, durante final, quando o Brasil teve de se contentar com mais uma medalha de prata, Luciano do Valle voltou a carga. Desta vez só tive paciência para anotar esta, no começo do jogo, quando parecia que a dupla canarinho iria manter o padrão de jogo da semi-final.

"Não gosto de fazer previsão, porque ninguém aqui é vidente. Mas quando o Fábio Luiz tá com moral para defender, atacar e bloquear, hãm... Nem Ricardo e Emanuel conseguiram parar."

Hãm, melhor não comentar.

Mas depois do tie break, veio uma discussão com o Álvaro José sobre a evolução chinesa em 24 anos de participação em olimpíadas. Espelhar-se na China seria a solução para o Brasil? Veja bem:

"Precisamos colocar a cabeça no lugar. É simples. Mas parece que é complicado."

E quem discorda?

quinta-feira, agosto 21, 2008

Corinthians “doa” Dinélson para o Coritiba

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O Coritiba assinou hoje com o meia Dinélson, de 22 anos. “Como?”, pergunta o torcedor mais atento, sabendo que o jogador tinha vínculo até 2009 com o Corinthians. E eu explico: a diretoria alvinegra liberou o jogador de graça para o time paranaense.

A justificativa para o “negócio”, segundo se vê na imprensa, é estreitar laços com a diretoria do Coxa, com vistas a uma futura negociação envolvendo o atacante Keirrison. Então o Dinélson foi moeda de troca pelo atacante? Segundo divulgado, não. É só um afago, um gesto de boa vontade.

Sou só eu que acho ou é estranho sair doando jogador?

Sabedoria popular brasileira

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Cansado do show de bobagens das emissoras nacionais durante as Olimpíadas de Pequim, o colega de trabalho Gerson desabafa:

"-Meu pai sempre dizia uma coisa certa: os locutores de rádio pensam que somos surdos; e os de TV, que somos cegos!".

Felipão terá que se alinhar

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Em pelo menos uma coisa os ingleses já disciplinaram o treinador Luiz Felipe Scolari, o nosso Felipão. É no visual: durante as partidas, o técnico do penta terá que se trajar com elegantes ternos Armani, como o da foto, em que ele está ao lado de Ashley Cole, lateral-esquerdo que treinará no Chelsea.

Causa estranheza, pra nós, vermos Felipão nesse estilo todo. Até porque aqui no Brasil associamos terno no futebol imediatamente a Vanderlei Luxemburgo - técnico que, em tudo, se notabilizou como o verdadeiro antagonista de Scolari nos anos 1990. Luxa fazia um time técnico, Felipão era brigador; Luxa era marqueteiro, Felipão tinha uma sinceridade cativante; Luxa era razão, Felipão a emoção; e Luxa usava terno, enquanto Felipão vestia o agasalho do clube onde trabalhava no momento.

Mas eu acredito que um profissional deve se adequar à cultura futebolística de onde ele está atuando. E, se na Inglaterra o hábito é o uso de terno, que se use!